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Auditoria p/ Receita Federal

Teoria e exercícios comentados


Prof. Claudenir Brito e Prof. Rodrigo Fontenelle – Aula 07

AULA 07: Utilização de trabalhos da auditoria interna.


Uso de trabalhos técnicos de especialistas. Eventos
Subsequentes. Continuidade Operacional. Auditoria de
estimativas Contábeis. Contingências.
SUMÁRIO PÁGINA
Introdução 01
1. Utilização do trabalho de outros profissionais 02
2. Continuidade Operacional 13
3. Contingências 15
4. Auditoria de Estimativas Contábeis 19
5. Eventos Subsequentes 21
Questões comentadas 26
Referências bibliográficas 56

Olá Pessoal!

Sejam bem-vindos a nossa aula 07.

No encontro de hoje vamos falar de alguns assuntos pontuais mas que


têm sido explorados em provas das áreas fiscais. Dentre eles, incluímos
dois (continuidade operacional e contingências) que não estão explícitos
no edital 2012 da RFB, mas que podem ser cobrados, pois fazem parte
das normas de auditoria independente.

Em relação aos assuntos abordados nesta aula, as bancas têm


geralmente explorado de forma semelhante os principais pontos, como
veremos na resolução dos exercícios. Portanto, a dica é fazer muitas
questões sobre esses temas, pois a ESAF não terá como “fugir” muito do
tipo de abordagem que vem sendo utilizada para aferição do
conhecimento nesses itens.

Continuamos à disposição nos emails


claudenir@estrategiaconcursos.com.br e
rodrigofontenelle@estratégiaconcursos.com.br. Bons estudos e vamos à
aula!

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1. Uso do trabalho de outros profissionais

Na realização dos trabalhos de auditoria independente, o auditor poderá


utilizar trabalhos anteriores de outros profissionais, de acordo com certas
regras a serem seguidas, sempre com vista do objetivo principal do
auditor independente, que é o de emitir uma opinião sobre as
demonstrações contábeis da empresa auditada.

Os trabalhos que podem ser utilizados e que são cobrados em prova são
os de outros auditores independentes, os da auditoria interna, e o de
especialistas. Vamos estudar essa utilização nos tópicos a seguir.

1.1 - Trabalho de outro auditor independente

O auditor deve fazer menção em seu relatório, caso utilize o trabalho de


outro auditor. De acordo com Almeida (2010), esse fato ocorre com
frequência quando sociedades investidas, cujos investimentos são
avaliados pelo método de equivalência patrimonial (MEP), são auditadas
por outros auditores.

Nesse sentido, o auditor principal deve efetuar procedimentos para obter


evidência de auditoria suficiente de que o trabalho efetuado pelo outro
auditor está adequado para as finalidades do auditor principal.

A NBC TA 600 – Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações


Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos
Componentes – traz considerações especiais aplicáveis às auditorias de
grupos, em particular aquelas que envolvem auditores de componente.

Componente, segundo a norma, é uma entidade ou atividade de


negócios para a qual a administração do grupo ou dos componentes
elabora informações contábeis que devem ser incluídas nas
demonstrações contábeis do grupo.

A NBC TA 600 pode ser útil ao auditor independente quando este envolver
outros auditores na auditoria de demonstrações contábeis que não são
demonstrações contábeis de grupos. Por exemplo, o auditor pode
envolver outro auditor para observar a contagem de estoques ou fazer a
inspeção física de ativos fixos em local remoto.

De qualquer forma, esse envolvimento não modifica a


responsabilidade do auditor em relação aos trabalhos desenvolvidos.

Com relação a essa responsabilidade, segundo a norma, o sócio


encarregado do trabalho do grupo é responsável pela direção,

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supervisão, execução e desempenho do trabalho de auditoria do


grupo, em conformidade com as normas técnicas e profissionais, assim
como exigências legais e regulamentares aplicáveis, e se o relatório de
auditoria emitido é ou não apropriado nas circunstâncias.

Como resultado, o relatório de auditoria sobre as demonstrações


contábeis do grupo não deve se referir ao auditor do componente.
Se tal referência for requerida por lei ou regulamento, o relatório do
auditor deve indicar que a referência não diminui a responsabilidade
do sócio encarregado ou da firma encarregada do trabalho do grupo e
pela opinião de auditoria do grupo.

1.2 - Trabalho do Auditor Interno

A norma referente ao assunto é a NBC TA 610, aprovada pela Resolução


CFC nº. 1.229/09, que trata da responsabilidade do auditor externo
(independente) em relação ao trabalho dos auditores internos, quando o
auditor independente observar que existe a probabilidade de que a
função de auditoria interna seja relevante para a auditoria
independente.

Isso ocorre quando a natureza das responsabilidades e atividades da


função de auditoria interna estiver relacionada com os relatórios
contábeis da entidade e se o auditor independente espera utilizar o
trabalho dos auditores internos para modificar a natureza, época ou
reduzir a extensão dos procedimentos de auditoria a serem executados.

A utilização do trabalho dos auditores internos pode levar o auditor


independente a rever a sua avaliação dos riscos de distorção
relevante.

Atenção: a Norma não trata dos casos em que auditores internos atuam
na assistência direta do auditor independente na aplicação de
procedimentos de auditoria.

A relação entre a função de auditoria interna e o auditor independente


possui as seguintes características:

- os objetivos da função de auditoria interna são determinados pela


administração e, quando aplicável, pelos responsáveis pela governança.
Embora os objetivos da função de auditoria interna e o do auditor
independente sejam diferentes, os meios utilizados pela auditoria
interna e pelo o auditor independente para alcançar seus respectivos
objetivos podem ser semelhantes.

- Independentemente do grau de autonomia e de objetividade da função


de auditoria interna, tal função não é independente da entidade,
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como é exigido do auditor independente quando ele expressa uma opinião


sobre as demonstrações contábeis. O auditor independente assume
integral responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa
responsabilidade do auditor independente não é reduzida pela utilização
do trabalho feito pelos auditores internos.

O auditor independente assume integral responsabilidade pela


opinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditor
independente não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos
auditores internos.

Vamos relembrar que as funções de auditoria interna variam


amplamente e dependem do tamanho e da estrutura da entidade e dos
requerimentos da administração. As atividades da função de auditoria
interna podem incluir um ou mais dos itens a seguir:

 Monitoramento do controle interno.


 Exame das informações contábeis e operacionais.
 Revisão das atividades operacionais.
 Revisão da conformidade com leis e regulamentos.
 Gestão de risco.
 Governança.

Os objetivos do auditor independente, quando a entidade tiver a


função de auditoria interna que o auditor independente determinou como
tendo a probabilidade de ser relevante para a auditoria, são:

(a) determinar se e em que extensão utilizar um trabalho


específico dos auditores internos; e
(b) caso utilize um trabalho específico da auditoria interna,
determinar se o trabalho é adequado para os fins da auditoria.

Antes da utilização do trabalho dos auditores internos, o auditor


independente deve determinar o efeito planejado do trabalho dos
auditores internos na natureza, época ou extensão dos procedimentos
do auditor independente.

Para determinar se é provável que o trabalho dos auditores internos


seja adequado para os fins da auditoria, o auditor independente deve
avaliar os seguintes fatores:

a) Objetividade

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 a situação da função de auditoria interna na entidade e a


capacidade dos auditores internos de serem objetivos;
 se a função de auditoria interna apresenta relatórios para os
responsáveis pela governança;
 se estão livres de qualquer responsabilidade conflitante;
 se os responsáveis pela governança supervisionam a
contratação de pessoas relacionadas com a função de auditoria
interna;
 se existem limitações ou restrições para a função de auditoria
interna pela administração;
 se e em que extensão a administração age de acordo com as
recomendações da auditoria;

b) Competência técnica

 se os auditores internos são membros de órgãos profissionais;


 se têm competência e treinamento técnico adequados;
 se existem políticas estabelecidas para a contratação e o
treinamento;

c) Zelo profissional

 se as atividades da auditoria interna são planejadas,


supervisionadas, revisadas e documentadas adequadamente;
 a existência e a adequação de manuais de auditoria, de
programas de trabalho e da documentação de auditoria interna.

d) Comunicação

 as reuniões são realizadas em intervalos apropriados durante


todo o período;
 o auditor independente é informado sobre relatórios de auditoria
interna; e
 o auditor independente informa os auditores internos sobre
assuntos significativos que possam afetar a auditoria interna.

Para que o auditor independente possa utilizar um trabalho específico dos


auditores internos, deve avaliar e executar os procedimentos de auditoria
nesse trabalho, para determinar a sua adequação.

A natureza, época e extensão desses procedimentos dependem da


avaliação dos riscos de distorção relevante, da avaliação da auditoria
interna e da avaliação do trabalho específico dos auditores internos.
Esses procedimentos de auditoria podem incluir:

- exame dos itens já examinados pelos auditores internos;


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- exame de outros itens semelhantes; e


- observação dos procedimentos executados pelos auditores
internos.

Para determinar a adequação de trabalhos específicos executados


pelos auditores internos para os seus objetivos como auditor
independente, este deve avaliar se:

(a) o trabalho foi executado por auditores internos que


tenham competência e treinamento técnicos adequados;
(b) o trabalho foi adequadamente supervisionado, revisado e
documentado;
(c) foi obtida evidência de auditoria apropriada para permitir
que os auditores internos atinjam conclusões razoáveis;
(d) as conclusões são apropriadas nas circunstâncias; e
(e) quaisquer exceções ou assuntos não usuais divulgados pelos
auditores internos estão resolvidos adequadamente.

Se o auditor independente usa um trabalho específico dos auditores


internos, deve incluir na documentação de auditoria as conclusões
atingidas relacionadas com a avaliação da adequação do trabalho
dos auditores internos.

1.3 - Trabalho de especialista de outra área

A Resolução CFC Nº. 1.230/09 aprovou a NBC TA 620, que trata da


responsabilidade do auditor em relação ao trabalho de pessoa ou
organização em área de especialização que não contabilidade ou
auditoria, quando esse trabalho é utilizado para ajudar o auditor a
obter evidência de auditoria suficiente e apropriada.

Atenção: especialista, neste caso, não inclui aquele que trabalho com
contabilidade ou auditoria. A NBC TA 620 não trata de situações em que a
equipe de trabalho inclui um membro, ou consulta uma pessoa ou
organização, com especialização em uma área específica de contabilidade
ou auditoria. Esse caso é tradado pela NBC TA 220 – Controle de
Qualidade.

A NBC TA 620 também não trata da utilização, pelo auditor, do


trabalho de pessoa ou organização usado pela entidade para ajudá-la
na elaboração das demonstrações contábeis (especialista da
administração) – tratada pela NBC TA 500 – Evidência de Auditoria.

O auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria e essa


responsabilidade não é reduzida pela utilização do trabalho de
especialista contratado pelo auditor (doravante especialista do auditor ou
especialista).
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O auditor é o único responsável por expressar opinião de


auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do
trabalho de especialista contratado pelo auditor.

No entanto, se o auditor concluir que o trabalho desse especialista é


adequado para fins da auditoria, o auditor pode aceitar que as
constatações ou conclusões desse especialista em sua área de
especialização constituem evidência de auditoria apropriada.

Ou seja: se o auditor considerar o trabalho adequado, poderá utilizar


seus resultados como evidência de auditoria, para o embasamento das
conclusões apresentadas no relatório.

Objetivos do auditor, em relação ao uso do trabalho de especialistas:

(a) determinar a necessidade de utilizar o trabalho de


especialista; e
(b) no caso de utilização, determinar se o trabalho é adequado
para fins da auditoria.

“Especialista do auditor”, segundo a NBC TA 620, é uma pessoa ou


organização com especialização em área que não contabilidade ou
auditoria, contratado pelo auditor, cujo trabalho nessa área é
utilizado pelo auditor para ajudá-lo a obter evidência de auditoria
suficiente e apropriada.

Essa especialização pode incluir especialização relacionada a:

 avaliação de instrumentos financeiros complexos, terrenos e


edifícios, instalações fabris e máquinas, jóias, peças de arte, e
ativos que possivelmente apresentem problemas de perdas no
valor recuperável;
 cálculo atuarial referente a contratos de seguro ou planos de
benefícios a empregados;
 estimativa de reservas de petróleo e gás;
 avaliação de responsabilidade ambiental, e custos de limpeza de
locais;
 interpretação de contratos, leis e regulamentos;
 análise de assuntos complexos ou não usais de natureza fiscal.

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Em muitos casos, a diferenciação entre especialização em contabilidade


ou auditoria e especialização em outra área será direta.

Em outros casos, entretanto, especialmente os que envolvem


conhecimentos especializados em área contábil ou de auditoria
emergente, a diferenciação entre áreas especializadas de
contabilidade ou auditoria e especialização em outra área será questão de
julgamento profissional.

O especialista do auditor pode ser interno (um sócio, ou equivalente no


setor público, ou uma pessoa que faz parte da equipe), ou externo.

Já o “Especialista da administração” é uma pessoa ou organização


com especialização em área que não contabilidade ou auditoria,
contratado pela administração, em que o trabalho nessa área é
usado pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações
contábeis.

Um exemplo bastante comum no Brasil é a utilização de atuário pela


administração de uma seguradora ou de um fundo de pensão para
estimar certas provisões.

Se a especialização é necessária para obter evidência de auditoria


apropriada e suficiente, o especialista pode ser necessário para ajudar o
auditor em um ou mais dos assuntos a seguir:

 entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seus


controles internos;
 identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante;
 determinação e implementação de respostas gerais aos riscos
avaliados no nível de demonstrações contábeis;
 definição e execução de procedimentos adicionais de auditoria
para responder aos riscos avaliados no nível de afirmação, que
compreendem testes de controle ou procedimentos
substantivos;
 avaliação da suficiência e adequação da evidência de auditoria
obtida na formação de opinião sobre as demonstrações
contábeis.

Contudo, o auditor pode ser capaz de executar a auditoria sem um


especialista. Esse entendimento pode ser obtido, por exemplo, por meio
de:

- experiência em auditar entidades que exigem a especialização na


elaboração das demonstrações contábeis;
- educação ou desenvolvimento profissional na área específica;
- discussão com auditores que executaram trabalhos similares.
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Nesses casos, podemos dizer que o auditor não entendeu como essencial
a utilização do especialista, tendo em vista sua experiência e
desenvolvimento profissional.

Em outros casos, entretanto, o auditor pode determinar que é


necessário utilizar especialista do auditor para ajudar a obter evidência
de auditoria suficiente e apropriada.

As considerações para decidir sobre utilizar o trabalho de especialista


do auditor podem incluir:
 se a administração já usou um especialista da
administração na elaboração das demonstrações;
 a natureza e importância do assunto, incluindo sua
complexidade;
 os riscos de distorção relevante decorrente desse assunto;
 a natureza dos procedimentos que se espera sejam
executados para responder aos riscos identificados.

A natureza, época e extensão dos procedimentos do auditor podem


variar dependendo das circunstâncias. Ao determiná-los, o auditor deve
considerar determinados assuntos:
(a) a natureza do assunto a que se refere o trabalho desse
especialista;
(b) os riscos de distorção relevante no assunto a que se refere
o trabalho desse especialista;
(c) a importância do trabalho do especialista no contexto da
auditoria;
(d) o conhecimento e a experiência do auditor em relação a
trabalho anterior executado por esse especialista; e
(e) se esse especialista está sujeito às políticas e procedimentos
de controle de qualidade da firma de auditoria.

O auditor deve estabelecer acordo, por escrito, com o especialista por


ele contratado, sobre os seguintes assuntos:
- a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho desse
especialista;
- as respectivas atribuições e responsabilidade do auditor e
desse especialista;
- a natureza, a época e a extensão da comunicação entre o
auditor e esse especialista, incluindo o formato dos relatórios; e
- a necessidade de o especialista observar requisitos de
confidencialidade.

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Acordo, por escrito, com o especialista, sobre:


- a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho;
- as respectivas atribuições e responsabilidade;
- comunicação entre o auditor e esse especialista; e
- necessidade de confidencialidade.

O auditor deve avaliar a adequação do trabalho do especialista do


auditor para fins da auditoria, incluindo
(a) a relevância e razoabilidade das constatações ou conclusões
desse especialista, e sua consistência com outras evidências;
(b) se o trabalho do especialista envolve o uso de premissas e
métodos significativos; e
(c) se o trabalho do especialista envolve o uso de dados-fonte
significativos para o seu trabalho.

Se o auditor determina que o trabalho do especialista do auditor não


é adequado para fins da auditoria, deve:
- estabelecer acordo com esse especialista sobre a natureza e a
extensão do trabalho adicional a ser executado pelo especialista;
ou
- executar procedimentos adicionais de auditoria.

O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do


auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada.

Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor em


seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de
ressalva ou outra modificação na sua opinião, o auditor deve indicar
no relatório que essa referência não reduz a sua responsabilidade por
essa opinião.

O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do


auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada.
Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor em
seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de
ressalva ou outra modificação na sua opinião, o auditor deve
indicar no relatório que essa referência não reduz a sua
responsabilidade por essa opinião.

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Outra norma que trata do assunto é a Resolução CFC nº 1.023/05, que


aprovou a NBC P 1.8 – Utilização de Trabalhos de Especialistas –,
estabelecendo as condições e procedimentos para utilização desses
profissionais, pelo auditor independente, como parte da evidência de seus
trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis.

Segundo a norma, ao utilizar-se de trabalhos executados por outros


especialistas legalmente habilitados, o auditor independente deve obter
evidência suficiente de que tais trabalhos são adequados para fins de
sua auditoria.

A expressão “especialista” significa um indivíduo ou empresa que


detenha habilidades, conhecimento e experiência em áreas específicas
não relacionadas à contabilidade ou auditoria.

Um especialista pode ser:

a) contratado pela entidade auditada;


b) contratado pelo auditor independente;
c) empregado pela entidade auditada; ou
d) empregado pelo auditor independente.

Quando o auditor independente faz uso de especialistas que sejam seus


empregados, estes devem ser considerados como tal e não como
auxiliares do processo de auditoria, com a consequente necessidade de
supervisão. Assim, nessas circunstâncias, o auditor independente não
necessita avaliar sua competência profissional a cada trabalho onde
estes se envolvam.

Isso não precisa decorar, basta entender o motivo. Ora, se o auditor já


está acostumado a trabalhar com o especialista – por ser seu empregado
–, não faria sentido, a cada trabalho, avaliar a competência do seu
empregado.

De acordo com a NBC P 1.8, são exemplos de evidências que


necessitam da intervenção de especialistas:

- avaliações de certos tipos de ativos, como por exemplo, terrenos


e edificações, máquinas e equipamentos, obras de arte e pedras
preciosas;
- determinação de quantidades ou condições físicas de ativos,
como por exemplo, minerais estocados, jazidas e reservas de
petróleo, vida útil remanescente de máquinas;
- determinação de montantes que requeiram técnicas ou métodos
especializados, como por exemplo, avaliações atuariais;

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- medição do estágio de trabalhos completados ou a completar


em contratos em andamento;
- interpretações de leis, de contratos, de estatutos ou de outros
regulamentos.

Como vimos, o auditor deve, antes de tudo, determinar a necessidade de


utilizar-se do trabalho de especialistas, devendo considerar:
- a relevância do item da demonstração contábil que está sendo
analisada;
- o risco de distorção ou erro (no trabalho do especialista);
- conhecimento da equipe de trabalho e a experiência prévia dos
aspectos considerados; e
- quantidade e qualidade de outras evidências de auditoria
disponíveis.

O auditor deve avaliar a competência profissional e a objetividade do


especialista. Caso tenha dúvidas da existência desses atributos, deve
discutir suas opiniões com a administração da entidade auditada e
considerar a necessidade de aplicar procedimentos adicionais de auditoria
ou buscar evidências junto a outros especialistas de sua confiança.

O auditor independente deve avaliar a qualidade e suficiência do trabalho


do especialista como parte da evidência de auditoria relacionada ao item
da demonstração contábil sob análise.

Isso envolve uma avaliação sobre se as conclusões do especialista


foram adequadamente refletidas nas demonstrações contábeis ou
fornecem suporte adequado para as mesmas.

Se os resultados do trabalho do especialista não fornecerem


suficiente evidência de auditoria ou se não forem consistentes com
outras evidências já levantadas, o auditor deve tomar devidas
providências, que podem incluir discussão com a administração da
entidade auditada e com o especialista; aplicação de procedimentos
de auditoria adicionais; contratação de um outro especialista; ou
modificação de seu parecer.

A responsabilidade do auditor fica restrita a sua competência profissional.

Segundo a norma, em se tratando de um parecer sem ressalva (opinião


não modificada), o auditor independente não pode fazer referência do
trabalho de especialista no seu parecer (relatório).

Em situações onde especialista legalmente habilitado for contratado


pela entidade auditada, sem vínculo empregatício, para executar
serviços que tenham efeitos relevantes nas demonstrações contábeis,

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este fato deve ser divulgado nas demonstrações e o auditor, ao emitir sua
opinião de forma modificada, pode fazer referência ao trabalho do
especialista.

2. Continuidade Operacional

O estudo da continuidade normal dos negócios da entidade deve ser


baseado, atualmente, na NBC TA 570 – continuidade operacional –, tendo
em vista a revogação da norma antiga – NBC T 11.10.

A NBC TA 570 trata da responsabilidade do auditor independente, na


auditoria de demonstrações contábeis, em relação ao uso do pressuposto
de continuidade operacional, pela administração, na elaboração das
demonstrações contábeis.

De acordo com esse pressuposto, a entidade é vista como “em


operação” em futuro previsível. As demonstrações contábeis, para fins
gerais, são elaboradas com base na continuidade operacional, a
menos que a administração pretenda liquidar a entidade ou interromper
as operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista além dessas.

Dessa forma, ativos e passivos são registrados considerando que a


entidade será capaz de realizar seus ativos e liquidar seus passivos no
curso normal dos negócios.

Esse conceito é também relevante para entidade do setor público. Podem


surgir riscos à continuidade operacional, em situações onde uma entidade
do setor público opera com fins lucrativos e o suporte do governo pode
ser reduzido ou retirado. Outro exemplo: privatização.

A avaliação, pela administração, da capacidade de continuidade


operacional, envolve exercer um julgamento, em determinado
momento, sobre resultados futuros incertos de eventos ou condições,
observados os seguintes fatores:

 o grau de incerteza aumenta significativamente quanto mais


distante no futuro ocorrer o evento ou condição, ou o
correspondente resultado;
 o tamanho e a complexidade da entidade, a natureza e a
condição de seu negócio e o grau em que ela é afetada por
fatores externos afetam o julgamento;
 qualquer julgamento sobre o futuro é baseado em informações
disponíveis na época em que o julgamento é feito.

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A responsabilidade do auditor é obter evidência de auditoria


suficiente sobre a adequação do uso, pela administração, do
pressuposto de continuidade operacional na elaboração e
apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão
sobre se existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade
operacional.
Entretanto, a ausência de qualquer referência à incerteza de
continuidade operacional, no relatório do auditor independente, não
significa garantia da capacidade de continuidade operacional.

Os objetivos do auditor, sobre o tema, são:

(a) obter evidência da adequação do uso, pela administração,


do pressuposto de continuidade operacional na elaboração
das demonstrações contábeis;
(b) concluir sobre a existência de incerteza significativa em
relação a eventos ou condições que podem levantar dúvida
quanto à continuidade; e
(c) determinar as implicações para o relatório.

O auditor deve revisar a avaliação da administração sobre a


capacidade de continuidade operacional, cobrindo o mesmo período
utilizado pela administração.

Ao revisar a avaliação da administração, o auditor deve verificar se essa


avaliação inclui todas as informações relevantes que o auditor tomou
conhecimento como resultado da auditoria.

Se forem identificados eventos ou condições que possam levantar dúvida


significativa quanto à capacidade de continuidade operacional, o
auditor deve aplicar procedimentos adicionais de auditoria.

Com base na evidência de auditoria obtida, o auditor deve expressar uma


conclusão se, no seu julgamento, existe incerteza significativa sobre a
capacidade de continuidade operacional relacionada a eventos ou
condições que possam levantar dúvida significativa sobre essa capacidade
de continuidade operacional.

Se as demonstrações contábeis foram elaboradas com base na


continuidade operacional, mas no julgamento do auditor, o uso do
pressuposto de continuidade utilizado pela administração é
inapropriado, o auditor deve expressar uma opinião adversa,
independentemente das demonstrações contábeis incluírem ou não a
divulgação dessa inadequação.

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Quando o auditor independente conclui que o uso do pressuposto de


continuidade operacional é apropriado, porém existe incerteza
significativa, ele deve determinar se as demonstrações contábeis:

(a) descrevem adequadamente os principais eventos ou


condições que possam levantar dúvida significativa quanto à
capacidade de continuidade operacional; e
(b) divulgar que existe incerteza significativa relacionada à
capacidade de continuidade operacional e, portanto, que pode
não ser capaz de realizar seus ativos e saldar seus passivos no
curso normal do negócio.

Se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis, o


auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um
parágrafo de ênfase.

Se não for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis, o


auditor deve expressar uma opinião com ressalva ou adversa,
conforme apropriado, devendo declarar, no seu relatório, que há uma
incerteza significativa que pode levantar dúvida quanto à capacidade de
continuidade operacional da entidade.

Pressuposto inapropriado: opinião adversa.


Pressuposto apropriado, mas com incerteza sobre continuidade:
- divulgado adequadamente: opinião sem ressalva e
parágrafo de ênfase;
- não divulgado adequadamente: opinião com ressalva ou
adversa.

3. Contingências

Esse tema, embora não conste explicitamente no edital 2012 da RFB, tem
sido cobrado em diversas provas fiscais e, conforme explicado na
introdução desta aula, pode também aparecer na prova de Setembro.

A NBC TG 25, norma que trata do assunto, traz algumas definições


importantes acerca do tema. Muitas vezes conseguimos resolver as
questões apenas com esses conceitos que serão apresentados a seguir.

Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.


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Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já


ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da
entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

Evento que cria obrigação é um evento que cria uma obrigação legal ou
não formalizada que faça com que a entidade não tenha nenhuma
alternativa realista senão liquidar essa obrigação.

Obrigação legal é uma obrigação que deriva de:

(a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos);


(b) legislação; ou
(c) outra ação da lei.

Passivo contingente é:

(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja


existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais
eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou

(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que
não é reconhecida porque:

(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam


benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou

(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente


confiabilidade.

Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e


cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou
mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.

Esses eventos ou condições são questões de direto conhecimento e,


frequentemente, objeto de controle da administração da entidade e,
portanto, seus administradores constituem-se em fonte primária de
informação sobre esses eventos ou condições.

Assim, o Auditor deve pedir à administração do cliente para preparar


carta de solicitação de confirmação de dados (circularização) aos
consultores jurídicos encarregados dos processos e litígios em
andamento, para que o auditor a encaminhe a esses como forma de obter
e evidenciar o julgamento desses profissionais acerca do grau da
probabilidade de um resultado favorável ou desfavorável e do montante
envolvido.

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Caso considere necessário, o Auditor, baseado nas informações obtidas


dos consultores jurídicos, tendo em vista eventuais incertezas e
relevância do assunto, deve solicitar à administração a opinião de outro
consultor jurídico independente.

De acordo com orientação IBRACON (Instituto dos Auditores


Independentes do Brasil), a circularização dos advogados é uma forma de
o auditor obter confirmação independente das informações fornecidas
pela administração, referentes a situações relacionadas a litígios, pedidos
de indenização ou questões tributárias.

As respostas servem de evidência para que o auditor avalie se a


administração adotou os procedimentos adequados para a contabilização
e/ou divulgação dos passivos não registrados e/ou das contingências
(ativas ou passivas).

A extensão da seleção dos advogados a serem circularizados depende do


julgamento profissional do auditor, que deve levar em consideração:
- a estrutura de controles internos da empresa;
- a natureza e a relevância dos assuntos envolvidos.

Ao final o auditor deve avaliar todas as circunstâncias e as evidências


obtidas durante a aplicação de seus procedimentos de auditoria para
passivos não registrados e contingências para formar o seu julgamento
quanto à adequação às práticas contábeis adotadas na elaboração e na
apresentação das DC.

Em relação ao reconhecimento e divulgação (geralmente o mais cobrado


em prova), temos o seguinte:

Passivo contingente

A entidade não deve reconhecer um passivo contingente.

O passivo contingente é divulgado, a menos que seja remota a


possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos.

Quando a entidade for conjunta e solidariamente responsável por


obrigação, a parte da obrigação que se espera que as outras partes
liquidem é tratada como passivo contingente. A entidade reconhece a
provisão para a parte da obrigação para a qual é provável uma
saída de recursos que incorporam benefícios econômicos, exceto em
circunstâncias extremamente raras em que nenhuma estimativa
suficientemente confiável possa ser feita.

Ativo contingente
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A entidade não deve reconhecer um ativo contingente.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações


contábeis, uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a
ser realizado. Porém, quando a realização do ganho é praticamente
certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu
reconhecimento é adequado.

O ativo contingente é divulgado quando for provável a entrada de


benefícios econômicos.

Para ilustrar melhor essa questão de reconhecimento e divulgação,


apresentamos o quadro-resumo abaixo:

Ativo Contingente

Entrada de
Entrada de benefícios Entrada de
benefícios econômicos é benefícios
Tipo econômicos é provável, econômicos é
praticamente mas não possível (não
certa praticamente provável)
certa
O ativo não é
Nem
contingente.
Ação Apenas divulga reconhece nem
Deve ser
divulga
reconhecido

Passivo Contingente

Obrigação Obrigação
Obrigação
presente com
presente
com saída probabilidade
Tipo com saída
possível (não remota de
provável de
provável) de saída de
recursos
recursos recursos.

Reconhece e Apenas Nem reconhece


Ação
Divulga divulga nem divulga

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4. Estimativas contábeis

A NBC TA 540 trata da responsabilidade do auditor independente em


relação a estimativas contábeis, incluindo estimativas contábeis do valor
justo e respectivas divulgações em auditoria de demonstrações contábeis.

Mas o que é estimativa contábil?

Alguns itens das demonstrações contábeis não podem ser


mensurados com precisão pela administração, mas podem ser apenas
estimados. Para o CFC, essa forma de mensuração desses itens das
demonstrações contábeis é denominada estimativa contábil.

A natureza e a confiabilidade das informações disponíveis para a


administração para suportar a elaboração de estimativa contábil variam
significativamente, afetando o grau de incerteza associada às estimativas
contábeis, o que, por sua vez, afeta os riscos de distorção relevante de
estimativas.

O objetivo da mensuração de estimativas contábeis pode variar


dependendo da estrutura de relatório financeiro aplicável e do item
financeiro que está sendo relatado. Em alguns casos, é prever o
desfecho de uma ou mais transações, eventos ou condições que dão
origem à necessidade de estimativas contábeis.

Para outras estimativas contábeis, o objetivo da mensuração é diferente,


e é expresso em termos do valor da transação corrente ou um item das
demonstrações baseado nas condições vigentes na data da mensuração,
como preço de mercado estimado para um tipo de ativo ou passivo
específico.

Mas atenção: uma diferença entre o desfecho da estimativa contábil


e o valor originalmente divulgado nas demonstrações contábeis não
representa necessariamente uma distorção nas demonstrações.
Este é especialmente o caso para estimativas contábeis ao valor justo,
pois qualquer desfecho observado é invariavelmente afetado por eventos
ou condições posteriores à data em que a mensuração é estimada para
fins das demonstrações contábeis.

O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e


suficiente sobre:

(a) se as estimativas contábeis registradas ou divulgadas nas


demonstrações contábeis são razoáveis; e

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(b) se as respectivas divulgações são adequadas, no contexto da


estrutura de relatório financeiro aplicável - RFA.

Para a NBC TA 540, Estimativa contábil é a aproximação de um valor


monetário na ausência de um meio de mensuração preciso. Este termo é
usado para um valor mensurado do valor justo quando existe incerteza de
estimativa, bem como para outros valores que requerem estimativas.

Já a Estimativa pontual ou intervalo é o valor, ou intervalo de valores,


respectivamente, derivado de evidências de auditoria para uso na
avaliação da estimativa pontual da administração.

A norma apresenta, ainda, as seguintes definições:

Incerteza de estimativa é a suscetibilidade da estimativa contábil e das


respectivas divulgações à falta de precisão inerente em sua mensuração.

Tendenciosidade da administração é a falta de neutralidade da


administração na elaboração e apresentação de informações.

Estimativa pontual da administração é o valor selecionado pela


administração para registro ou divulgação nas demonstrações contábeis
como estimativa contábil.

Desfecho de estimativa contábil é o valor monetário real resultante da


resolução da transação, evento ou condição de que trata a estimativa
contábil.

Se, no julgamento do auditor, a administração não tratou adequadamente


os efeitos da incerteza de estimativa das estimativas contábeis que geram
riscos significativos, o auditor deve, se necessário, desenvolver um
intervalo para avaliar a razoabilidade da estimativa contábil.

O auditor deve avaliar, com base nas evidências de auditoria, se as


estimativas contábeis nas demonstrações são razoáveis no contexto da
estrutura de RFA ou se apresentam distorção.

Deve, ainda, obter evidência se as divulgações nas demonstrações,


relacionadas com estimativas contábeis, estão de acordo com as
exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável.

Uma diferença entre o desfecho da estimativa contábil e o valor


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originalmente divulgado nas demonstrações contábeis não representa


necessariamente uma distorção nas demonstrações, já que estamos
tratando de estimativas.

5. Eventos Subsequentes

A Resolução CFC Nº. 1.225/09 aprovou a NBC TA 560 – Eventos


Subsequentes –, que da trata da responsabilidade do auditor
independente em relação a eventos subsequentes na auditoria de
demonstrações contábeis.

De acordo com a norma, as demonstrações contábeis podem ser afetadas


por certos eventos que ocorrem após a data das demonstrações
contábeis.

No Brasil, a NBC TG 24 (antiga NBC T-19.12) – Evento Subsequente –


analisa o tratamento nas demonstrações contábeis de eventos, favoráveis
ou não, ocorridos entre a data das demonstrações contábeis
(mencionada como "data do balanço" nesse pronunciamento) e a data na
qual é autorizada a conclusão da elaboração das demonstrações
contábeis.

Essas estruturas costumam identificar dois tipos de eventos:


(a) os que fornecem evidência de condições existentes na data
das demonstrações contábeis; e
(b) os que fornecem evidência de condições que surgiram
após a data das demonstrações contábeis.

Uma informação importante é que a NBC TA 700 – Formação da Opinião e


Emissão do Relatório –, explica que a data do Relatório do Auditor
Independente informa ao leitor que o auditor considerou o efeito dos
eventos e transações dos quais o auditor se tornou ciente e que
ocorreram até aquela data.

A data do Relatório do Auditor Independente informa ao leitor que o


auditor considerou o efeito dos eventos e transações dos quais o
auditor se tornou ciente e que ocorreram até aquela data.

Os objetivos do auditor em relação aos eventos subsequentes são:

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(a) obter evidência sobre se os eventos ocorridos entre a data das


demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente
que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis,
estão adequadamente refletidos; e
(b) responder adequadamente aos fatos que chegaram ao
conhecimento do auditor independente após a data de seu relatório, que,
se fossem do seu conhecimento naquela data (do relatório), poderiam ter
levado o auditor a alterá-lo.

Para fins das normas de auditoria, eventos subsequentes são eventos


ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do
relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao
conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.

Devem ser considerados três momentos de eventos subsequentes:


5.1 Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis
e a data do relatório do auditor independente;
5.2 Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório, mas antes da data de
divulgação das demonstrações contábeis; e
5.3 Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a divulgação das demonstrações contábeis.

Após relatório
entre data das Após a
e antes da
DC e data do divulgação das
divulgação das
relatório DC
DC

5.1 Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e


a data do relatório do auditor independente

O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria


desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações
contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam
ser ajustados ou divulgados nas demonstrações foram identificados.

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Esses procedimentos devem cobrir o período entre a data das


demonstrações e a data do seu relatório, ou o mais próximo possível
dessa data.

Se, em decorrência desses procedimentos, o auditor identificar eventos


que requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações, o auditor
independente deve determinar se cada um desses eventos está refletido
de maneira apropriada nas demonstrações, de acordo com a estrutura
conceitual aplicável.

Dependendo da avaliação de risco do auditor independente, os


procedimentos de auditoria requeridos podem incluir procedimentos
necessários para obter evidência que envolva a revisão ou o teste de
registros contábeis ou transações ocorridos entre a data das
demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente.

Além dos procedimentos de auditoria requeridos, o auditor


independente pode considerar necessário e apropriado:

 ler os últimos orçamentos disponíveis, previsões de fluxos de


caixa e outros relatórios da administração relacionados de
períodos posteriores à data das demonstrações contábeis;
 indagar, ou estender as indagações anteriores verbais ou por
escrito, aos consultores jurídicos sobre litígios e reclamações; ou
 considerar a necessidade de representações formais que cubram
determinados eventos subsequentes para corroborar outra
evidência de auditoria e assim obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente.

5.2 Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente


após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das
demonstrações contábeis

O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum


procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após
a data do seu relatório.

Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas antes da data de


divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar
conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do
relatório, poderia ter levado o auditor a alterá-lo, ele deve:
(a) discutir o assunto com a administração;
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser
alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas
demonstrações contábeis.

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Em geral, pode ser que não haja exigência da legislação ou


regulamentação para que a administração reapresente demonstrações
contábeis. Esse é frequentemente o caso quando a emissão das
demonstrações contábeis para o período seguinte é iminente, desde que
sejam feitas as divulgações apropriadas nessas demonstrações.

Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor


independente deve:

1 - aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas


circunstâncias da alteração;
2 - estender os procedimentos de auditoria mencionados até a
data do novo relatório do auditor independente; e
3 - fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações
contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente não
deve ter data anterior à data de aprovação das demonstrações
alteradas.

Caso a administração altere as demonstrações, o auditor deve:


1 - aplicar os procedimentos necessários;
2 - estender os procedimentos até a data do novo relatório; e
3 - fornecer novo relatório.
O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior à
data de aprovação das demonstrações alteradas.

Se a administração puder restringir a alteração das demonstrações


contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes, o auditor
pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos
subsequentes.

Nesses casos, o auditor deve alterar o relatório para incluir data


adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do
auditor independente sobre os eventos subsequentes estão restritos
unicamente às alterações descritas na nota explicativa.

Quando, nessas circunstâncias, o auditor alterar seu relatório para


incluir data adicional, a data do relatório anterior à alteração
subsequente feita pela administração permanece inalterada, pois essa
data informa ao leitor quando o trabalho de auditoria para essas
demonstrações contábeis foi concluído.
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Entretanto, é incluída data adicional no relatório do auditor


independente para informar os usuários que os procedimentos
posteriores àquela data restringiram-se à alteração subsequente das
demonstrações contábeis.

Segue exemplo desse tipo de data adicional:

(Data do relatório do auditor independente), exceto para a Nota Y, que é de (data da


conclusão dos procedimentos de auditoria restritos à alteração descrita na Nota Y)

5.3 Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente


após a divulgação das demonstrações contábeis

Após a divulgação das demonstrações, o auditor independente não tem


obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação
às demonstrações.

Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor


independente tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu
conhecimento na data do relatório, poderia tê-lo levado a alterar seu
relatório, o auditor independente deve:

(a) discutir o assunto com a administração e, quando


apropriado, com os responsáveis pela governança;
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser
alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar do assunto
nas demonstrações contábeis.

Caso o relatório seja alterado, o auditor deve incluir no seu relatório,


novo ou reemitido, Parágrafo de Ênfase com referência à nota
explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das
demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior
fornecido pelo auditor independente.

Caso a administração não tome as providências necessárias para garantir


que todos os que receberam as demonstrações emitidas anteriormente
sejam informados da situação e não altere as demonstrações nas
circunstâncias em que o auditor considere necessário, o auditor
independente deve tomar as medidas apropriadas para tentar evitar o uso
por terceiros daquele relatório de auditoria.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

1 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - A empresa Grandes


Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o
encerramento do balanço e a emissão do parecer pelos auditores.
No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas
demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma de
auditoria deve:
a) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramento
aos trabalhos.
b) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato relevante.
c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas
explicativas.
d) refazer o parecer considerando as novas informações, determinando
nova data para publicação das demonstrações contábeis.
e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, discutir o assunto
com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias.

Comentários:
Segundo o item 11.16.3.2 da NBC T 11.16, que tratava de
transações e eventos subsequentes, “quando, após a data do Parecer
do auditor, mas antes da divulgação das Demonstrações Contábeis
o auditor tomar conhecimento de fato que possa afetar de maneira
relevante as Demonstrações Contábeis, ele deve decidir se elas devem
ser ajustadas, discutir o assunto com a administração e tomar as
medidas apropriadas às circunstâncias.” (grifos nossos) Portanto, a
letra “e” foi retirada de maneira literal da norma supra, sendo a resposta
da questão.
Ressalta-se que, atualmente, a norma vigente para que trata de
eventos subsequentes é a NBC TA 560, que define esse tipo de evento
como sendo aqueles ocorridos entre a data das demonstrações contábeis
e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao
conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.
Em relação ao disposto na questão, atualmente a norma vigente
determina que auditor deve:
(a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado,
com os responsáveis pela governança;
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser
alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas
demonstrações contábeis.
Resposta: E

2 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - O auditor da empresa


Encerramento S.A. obteve evidências da incapacidade de

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continuidade da entidade, nos próximos 6 meses. Dessa forma,


deve o auditor:
a) informar, em parágrafo de ênfase no parecer, os efeitos da situação na
continuidade operacional da empresa de forma que os usuários tenham
adequada informação sobre a situação.
b) emitir parecer com ressalva, limitando o escopo dos trabalhos pelas
restrições financeiras apresentadas pela atividade.
c) emitir parecer com abstenção de opinião por não conseguir determinar
a posição econômica e financeira da empresa.
d) emitir parecer sem ressalva, mas estabelecendo que a empresa
apresente as demonstrações contábeis, de forma a divulgar os valores
dos ativos e passivos por valor de realização.
e) relatar em parecer adverso os efeitos no patrimônio que o processo de
descontinuidade ocasiona, trazendo os valores dos ativos e passivos, a
valor de realização.

Comentários:
A NBC T 11.10, que tratava de continuidade normal das atividades
da entidade à época da prova, estabelecia, em seu item 11.10.1.3, que a
evidência de normalidade pelo prazo de um ano após a data das
Demonstrações Contábeis é suficiente para a caracterização dessa
continuidade.
Além disso, a norma prevê que, caso o auditor constate que há
evidências de riscos na continuidade normal das atividades da entidade,
ele deverá, em seu parecer, mencionar, em parágrafo de ênfase, os
efeitos que tal situação pode determinar na continuidade operacional da
entidade, de modo que os usuários tenham adequada informação sobre a
mesma. Portanto, a letra “a” é a resposta correta.
Ressalta-se que, atualmente, a norma que trata de continuidade
operacional de uma empresa é a NBC TA 570. Segundo essa norma,
quando o auditor independente conclui que o uso do pressuposto de
continuidade operacional é apropriado nas circunstâncias, porém existe
incerteza significativa, ele deve determinar se as demonstrações
contábeis:
(a) descrevem adequadamente os principais eventos ou
condições que possam levantar dúvida significativa quanto à
capacidade de continuidade operacional e os planos da
administração para tratar desses eventos ou condições; e
(b) divulgar claramente que existe incerteza significativa
relacionada a eventos ou condições que podem levantar
dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade
operacional e, portanto, que pode não ser capaz de realizar
seus ativos e saldar seus passivos no curso normal do
negócio.
Se for feita divulgação adequada nas demonstrações contábeis, o
auditor deve expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um
parágrafo de ênfase em seu relatório para:
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(a) destacar a existência de incerteza significativa


relacionada ao evento ou à condição que pode levantar
dúvida significativa quanto à capacidade de
continuidade operacional; e
(b) chamar a atenção para a nota explicativa às
demonstrações contábeis que divulga os assuntos
referentes à continuidade operacional da empresa.
Se não for feita divulgação adequada nas demonstrações
contábeis, o auditor deve expressar uma opinião com ressalva ou
adversa, conforme apropriado.
Resposta: A

3 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Ao avaliar o pressuposto


de continuidade operacional da entidade auditada, o auditor deve
lançar mão de indicações que, isoladamente ou não, possam
sugerir dificuldades na continuação normal dos negócios. Entre
tais indicações, não se inclui:
a) incapacidade financeira de a entidade pagar seus credores nos
vencimentos.
b) alteração na política econômica governamental que afete a todos os
segmentos produtivos.
c) existência de passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo).
d) posição negativa do Capital Circulante (deficiência de Capital
Circulante).
e) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus
compromissos com a entidade.

Comentários:
Questão bastante intuitiva. Já que a política governamental afeta
todos os segmentos produtivos, as consequências serão sentidas por
todos e não apenas pela empresa. Todos os outros itens são específicos
da entidade auditada. Dessa forma, a única alternativa que não
corresponde a indicações de uma possível descontinuidade operacional é
a letra “b”.
Resposta: B

4 - (ESAF / SEFAZ-SP / 2009) - As seguintes opções constituem


exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto:
A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor.
B) alteração do controle societário.
C) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital.
D) destruição de estoques em decorrência de sinistro.
E) variação sazonal dos custos com insumos.

Comentários:
De acordo com a NBC TA 560, as demonstrações contábeis podem
ser afetadas por certos eventos que ocorrem após a data das
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demonstrações contábeis, e antes da emissão do relatório do auditor


independente. De modo geral, são eventos favoráveis ou não à
administração, mas imprevisíveis.
Nesse sentido, a alternativa E apresenta um fato que poderia ter
sido previsto, por ser constante – variação sazonal dos custos.
As demais alternativas apresentam fatos que atendem à definição.
Resposta: E

5 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Em relação ao tema


‘contingências’, podemos afirmar que o trabalho do auditor visa
identificar as seguintes ocorrências, exceto:
a) Passivos não-registrados.
b) Contingências passivas relacionadas a litígios.
c) Contingências ativas relacionadas a pedidos de indenização.
d) Contingências passivas relacionadas a questões tributárias.
e) Ativos não-registrados.

Comentários:
Segundo a NBC T 11.15, norma vigente à época que tratava de
contingências, “o Auditor Independente deve considerar na realização de
um exame, de acordo com as normas de auditoria para identificar
passivos não registrados e contingências ativas ou passivas
relacionados a litígios, pedidos de indenização ou questões
tributárias, e assegurar-se de sua adequada contabilização e/ou
divulgação nas Demonstrações Contábeis examinadas.” (grifos nossos)
Dessa forma, a única ocorrência que não deve ser objetivo de
identificação por parte do auditor são os ativos não-registrados (letra
“e”). Dado o princípio da prudência, o ativo contingente não deve ser
reconhecido se a entrada dos benefícios econômicos for apenas possível
ou provável. Caso essa entrada de recursos seja praticamente certa, já
não se trata mais de ativo contingente.
Resposta: E

6 - (ESAF / SUSEP / 2010) - As estimativas contábeis


reconhecidas nas demonstrações contábeis da empresa são de
responsabilidade:
a) dos auditores externos.
b) dos advogados.
c) da auditoria interna.
d) do conselho de administração.
e) da administração da empresa.

Comentários:
Estimativa contábil, segundo a NBC TA 540, que trata do tema, é a
aproximação de um valor monetário na ausência de um meio de
mensuração preciso. Essas estimativas são de responsabilidade da
administração da entidade e se baseiam em fatores objetivos e
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subjetivos, requerendo o seu julgamento na determinação do valor


adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis. Portanto,
questão bastante direta, cuja resposta é a letra “e”.
Resposta: E

7 - (ESAF / PMRJ / 2010) - A respeito do uso de especialista de


outra área em auditoria, é correto afirmar, exceto:
a) na avaliação do trabalho do especialista, não cabe ao auditor revisar ou
testar a fonte de dados utilizada.
b) na emissão de parecer sem ressalva, o auditor não pode fazer
referência ao trabalho de especialista no seu parecer.
c) a certificação profissional, licença ou registro em órgão de classe é um
dos elementos de verificação da competência do especialista.
d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das premissas e
métodos utilizados, é do especialista e não do auditor.
e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do
trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria.

Comentários:
Segundo a NBC TA 620, que trata da utilização do Trabalho de
Especialistas, em muitos casos, o auditor pode testar os dados-fonte.
Entretanto, em outros casos, quando a natureza dos dados-fonte usados
pelo especialista do auditor é altamente técnica em relação à área do
especialista, esse especialista pode testar os dados-fonte. Se o
especialista do auditor testou os dados-fonte, uma maneira apropriada
para o auditor avaliar a importância, integridade e precisão desses dados
pode ser a indagação a esse especialista, ou a supervisão ou revisão dos
testes aplicados por ele. Portanto, a letra A está errada, sendo o gabarito
da questão.
Todas as outras afirmativas estão corretas, segundo as normas
vigentes atualmente.
Resposta: A

8 - (ESAF / CGU / 2006) - Consideram-se exemplos de transações


e eventos subsequentes, havidos entre a data de término do
exercício social e até após a data da divulgação das
demonstrações contábeis, exceto:
a) as operações rotineiras de compra e venda.
b) a compra de nova subsidiária ou de participação adicional relevante em
investimento anterior.
c) a destruição de estoques ou estabelecimento em decorrência de
sinistro.
d) a alteração do controle societário.
e) o aporte de novos recursos, inclusive como aumento de capital.

Comentários:

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Para responder questões desse tipo, temos que identificar qual das
operações são relevantes e específicas apenas daquela empresa auditada.
Dessa forma, verificamos que a letra A apresenta uma situação
típica, rotineira, não sendo, portanto, caracterizada como evento
subsequente. Todas as outras afirmativas exibem eventos relevantes e /
ou atípicos que aconteceram na empresa auditada.
Resposta: A

9 - (ESAF / CGU / 2006) - Uma possível obrigação presente cuja


existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um
ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o
controle da entidade, deve ser classificada como:
a) contingência ativa.
b) provisão.
c) contingência passiva.
d) obrigação não formalizada.
e) fato gerador.

Comentários:
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 25, Contingência Passiva
é uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais
eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou uma
obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é
reconhecida porque:
• não é provável que uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
• o valor da obrigação não pode ser mensurado com
suficiente confiabilidade.
Para conhecimento, a mesma norma define Contingências ativas como
“possíveis ativos presentes, decorrentes de eventos passados, cuja
existência será confirmada somente pela ocorrência ou não ocorrência de
um ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controle
da entidade”.
Resposta: C

10 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - Quando da utilização de serviços


de especialista, não há responsabilidade do auditor:
a) em confirmar se o especialista é habilitado.
b) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado.
c) quando o especialista for funcionário da empresa auditada.
d) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a
empresa.
e) em divulgar o fato em parecer sem ressalva.

Comentários:

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Como vimos em questão anterior, a única alternativa que não


apresenta uma responsabilidade do auditor é a de letra E, pois, segundo a
NBC TA 620, o auditor não deve fazer referência ao trabalho do
especialista do auditor em seu relatório que contenha opinião não
modificada.
Em relação ao tema, é importante deixar claro o que diz o item 3 da
supracitada norma (grifamos): “O auditor é o único responsável por
expressar opinião de auditoria e essa responsabilidade não é
reduzida pela utilização do trabalho de especialista contratado
pelo auditor. No entanto, se o auditor, tendo utilizado o trabalho desse
especialista e seguido esta Norma, concluir que o trabalho desse
especialista é adequado para fins da auditoria, o auditor pode aceitar que
as constatações ou conclusões desse especialista em sua área de
especialização constituem evidência de auditoria apropriada.”
Resposta: E

11 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Quando o auditor externo


constata eventos ocorridos, entre as datas do balanço e a do seu
parecer e a entidade não realiza os ajustes recomendados
adequadamente, deve o auditor:
a) expedir parecer adverso ou mencionar os fatos em parágrafo de
ênfase.
b) elaborar parecer de auditoria com abstenção de opinião ou sem
ressalva.
c) emitir parecer com ressalva ou mencionar os fatos em parágrafo de
ênfase.
d) somente exigir a menção em notas explicativas evidenciando os
respectivos cálculos.
e) recomendar menção em nota explicativa e emitir parecer sem ressalva.

Comentários:
Segundo a NBC T 11, vigente à época, 11.16.1.2, o auditor deve
considerar em seu parecer os efeitos decorrentes de transações e eventos
subsequentes relevantes ao exame das Demonstrações Contábeis,
mencionando-os como ressalva ou em parágrafo de ênfase, quando não-
ajustadas ou reveladas adequadamente. Portanto, letra C.
Atualmente, segundo a NBC TA 560, se o auditor identificar eventos
que requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações contábeis, o
auditor independente deve determinar se cada um desses eventos está
refletido de maneira apropriada nas referidas demonstrações contábeis de
acordo com a estrutura conceitual aplicável.
Além disso, o auditor independente deve solicitar à administração e,
quando apropriado, aos responsáveis pela governança, uma
representação formal de que todos os eventos subsequentes à data das
demonstrações contábeis e que, segundo a estrutura de relatório
financeiro aplicável, requerem ajuste ou divulgação, foram ajustados ou
divulgados.
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Resposta: C

12 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Na constatação de evidências de


riscos na continuidade normal das atividades da entidade, o
auditor independente deverá emitir parecer:
a) com abstenção de opinião.
b) sem ressalva e sem parágrafo de ênfase.
c) com ressalva e com parágrafo de ênfase.
d) sem ressalva e com parágrafo de ênfase.
e) adverso e com parágrafo de ênfase.

Comentários:
Questão bastante batida e que não podemos errar. Se for feita
divulgação adequada nas demonstrações contábeis, o auditor deve
expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase em
seu relatório para:
(a) destacar a existência de incerteza significativa relacionada ao
evento ou à condição que pode levantar dúvida significativa
quanto à capacidade de continuidade operacional; e
(b) chamar a atenção para a nota explicativa às demonstrações
contábeis que divulga os assuntos especificados referentes à
continuidade operacional.
Prestem atenção, pois a questão irá tentar induzir o candidato ao
erro. Ele só irá emitir uma opinião com ressalva ou adversa se não for
feita a divulgação adequada por parte da empresa. Se a questão não falar
nada (como esta) presume-se que essa divulgação foi realizada.
Resposta: D

13 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Para dimensionar se a empresa


terá continuidade de suas atividades, o auditor deve avaliar se
haverá normalidade nas operações da empresa pelo período de:
a) seis meses após a data das demonstrações contábeis.
b) dois anos após a data das demonstrações contábeis.
c) um ano após a publicação das demonstrações contábeis.
d) seis meses após a publicação das demonstrações contábeis.
e) um ano após a data das demonstrações contábeis.

Comentários:
Outra questão bastante recorrente. Segundo a norma atual (NBC TA
570), além de indagações à administração, o auditor não tem a
responsabilidade de aplicar nenhum outro procedimento de auditoria para
identificar eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa
quanto à capacidade de continuidade operacional além do período
avaliado pela administração, que seria de pelo menos doze meses a
partir da data das demonstrações contábeis.
Resposta: E

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14 - (ESAF / CGU / 2006) - Com relação às estimativas contábeis


praticadas pela empresa objeto da auditoria, podemos afirmar
que:
a) são de responsabilidade do auditor da entidade e se baseiam em
fatores objetivos e subjetivos requerendo o seu julgamento.
b) o auditor não tem responsabilidade de certificar-se dos procedimentos
e métodos utilizados pela entidade para determinação das estimativas.
c) o auditor não deve basear-se em posições de períodos anteriores da
empresa para não se influenciar por efeitos passados.
d) o auditor pode basear-se em conhecimentos básicos e incompletos dos
controles internos e procedimentos da entidade.
e) o auditor deve assegurar-se da razoabilidade das estimativas,
individualmente consideradas, quando estas forem relevantes.

Comentários:
Vamos aos erros.
As estimativas contábeis são de responsabilidade da empresa e não
do auditor. Entretanto, este deve sim certificar-se dos procedimentos e
métodos utilizados pela entidade para determinação das estimativas.
Portanto, as letras A e B estão incorretas.
Além disso, o auditor deve revisar o desfecho das estimativas
contábeis incluídas nas demonstrações contábeis do período anterior ou,
quando aplicável, seus recálculos posteriores para o período corrente.
Dessa forma, a alternativa C também está errada.
O auditor pode se basear em conhecimentos completos e não
incompletos do controle interno da entidade auditada, sendo a letra D
também incorreta.
Por fim, a letra E está correta, sendo o gabarito da questão.
Resposta: E

15 - (ESAF / CGU / 2006) - São consideradas situações de eventos


subsequentes para a auditoria, exceto fatos ocorridos:
a) após a publicação do balanço e do parecer de auditoria.
b) durante o exercício contábil objeto da auditoria.
c) da data de fechamento do balanço até a data de emissão do parecer.
d) durante a publicação do balanço e do parecer de auditoria.
e) depois do término dos trabalhos de campo e emissão do parecer e
antes da data de publicação.

Comentários:
Conforme já vimos, segundo a NBC TA 560, Eventos Subsequentes
são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data
do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao
conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.
Dessa forma, a única opção que não se enquadra nessa definição é
a letra B, já que fatos ocorridos durante o exercício contábil objeto da

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auditoria não podem ser considerados subsequentes pois estão dentro do


escopo da auditoria.
Para relembrar, seguem algumas definições importantes trazidas
pela norma supracitada:
Data das demonstrações contábeis é a data de encerramento do
último período coberto pelas demonstrações contábeis.
Data de aprovação das demonstrações contábeis é a data em que
todos os quadros que compõem as demonstrações contábeis foram
elaborados e que aqueles com autoridade reconhecida afirmam que
assumem a responsabilidade por essas demonstrações contábeis.
Data do relatório do auditor independente é a data do relatório do
auditor independente sobre as demonstrações contábeis de acordo com a
NBC TA 700.
Data de divulgação das demonstrações contábeis é a data em que o
relatório do auditor independente e as demonstrações contábeis auditadas
são disponibilizados para terceiros.
Resposta: B

16 - (ESAF / RFB / 2003) - O auditor externo, ao utilizar o


trabalho de terceiros para complementar seus trabalhos, não terá
responsabilidade quando executado por:
a) contador na função de auditor interno da empresa auditada para a qual
realizou trabalhos.
b) perito contratado pelo cliente para elaboração de laudo de reavaliação
de ativos.
c) consultores tributários ou advogados para complemento dos trabalhos
da auditoria.
d) especialistas da área de informática para revisão dos sistemas da
empresa auditada.
e) especialistas legalmente habilitados para suporte aos trabalhos da
auditoria externa.

Comentários:
Em relação aos especialistas, o auditor é o único responsável por
expressar opinião de auditoria e essa responsabilidade não é reduzida
pela utilização do trabalho de especialista contratado. Ou seja, as
alternativas D e E estão incorretas.
Em relação aos trabalhos do auditor interno, da mesma forma, a
responsabilidade do auditor é integral, conforme se verifica na NBC TA
610, o que torna a alternativa A incorreta.
A alternativa C está incorreta, por considerarmos os consultores
tributários e advogados especialistas, recaindo na mesma explicação das
alternativas D e E.
A alternativa B está correta, pois o perito contratado pelo cliente é
um “especialista da administração”. Nesse caso, o trabalho é usado pela
entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis, o que

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exclui a responsabilidade do auditor nesse sentido (a reavaliação de


ativos).
Resposta: B

17 - (ESAF / RFB / 2003) - Na hipótese de o auditor constatar e


evidenciar na análise da empresa que haja risco de continuidade,
o auditor deve:
a) guardar sigilo dos fatos contábeis, não divulgando ao público ou em
nota explicativa.
b) avaliar os efeitos nas demonstrações contábeis quanto à realização dos
ativos.
c) limitar os procedimentos e testes para realização do trabalho na
empresa.
d) evidenciar a normalidade das operações pelo prazo mínimo de seis
meses.
e) omitir do parecer de auditoria o fato para não dificultar a situação da
empresa.

Comentários:
Conforme visto anteriormente, em questões sobre continuidade,
primeiramente o auditor deve verificar se a empresa evidenciou os riscos
de continuidade operacional e seus efeitos nas demonstrações contábeis,
da forma como está discriminado na letra B.
As letras A e E estão incorretas, pois o auditor independente não
pode omitir essa informação nem guardar sigilo desse assunto, já que ele
emitirá uma opinião sobre a conformidade das demonstrações contábeis.
A alternativa C também está errada porque não deve haver, por
parte do auditor, limitação de procedimentos e testes por causa da
continuidade operacional da empresa auditada.
Por fim, como vimos em questão anterior, o auditor não tem a
responsabilidade de aplicar nenhum outro procedimento de auditoria para
identificar eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa
quanto à capacidade de continuidade operacional além do período
avaliado pela administração, que seria de pelo menos doze meses a
partir da data das demonstrações contábeis.
Resposta: B

18 - (ESAF / RFB / 2003) - São diversos os pressupostos mínimos


a serem avaliados pelo auditor na análise da continuidade da
empresa, conforme determina a NBC-T 11. Dos indicadores
abaixo, indique qual não representa um indicador financeiro.
a) Índices financeiros adversos de forma contínua.
b) Dificuldades de acertos com credores.
c) Posição negativa de capital circulante líquido.
d) Perda de mercado, franquia ou licença.
e) Prejuízos operacionais substanciais de forma contínua.

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Comentários:
Esta questão foi elaborada ainda na vigência da NBC T 11. Os
exemplos daquela norma foram modificados pela NBC TA 570, vigente
atualmente. Abaixo seguem os exemplos de indicadores financeiros da
norma atual (grifamos):
 patrimônio líquido negativo (passivo a descoberto);
 empréstimos com prazo fixo, próximos do vencimento, sem
previsões realistas de renovação ou liquidação; ou utilização
excessiva de empréstimos de curto prazo para financiar ativos
de longo prazo;
 indicações de retirada de suporte financeiro por credores;
 fluxos de caixa operacionais negativos indicados por
demonstrações contábeis históricas ou prospectivas;
 principais índices financeiros adversos;
 prejuízos operacionais significativos ou deterioração
significativa do valor dos ativos usados para gerar fluxos de
caixa;
 atraso ou suspensão de dividendos;
 incapacidade de pagar credores nas datas de vencimento;
 incapacidade de cumprir com os termos contratuais de
empréstimo;
 mudança nas condições de pagamento a fornecedores, de
compras a prazo para pagamento à vista;
 incapacidade de obter financiamento para o desenvolvimento de
novos produtos essenciais ou outros investimentos essenciais.
A letra D, apesar de ser um indicador que deve ser levado em conta
em relação à continuidade operacional da empresa, trata de um indicador
operacional e não financeiros. Portanto, é a alternativa a ser marcada.
Atenção para não cair na “pegadinha” da letra E, imaginando que, por
causa da palavra operacionais se tratasse de indicador operacional. Como
vimos acima, prejuízos operacionais significativos é um indicador
financeiro.
Resposta: D

19 - (ESAF / RFB / 2003) - O auditor externo, ao realizar


procedimentos para constatação de eventos subsequentes e
constatar a existência de evento que altera substancialmente a
situação patrimonial da empresa, deve:
a) sempre ressalvar o parecer e exigir o ajuste das contas.
b) não se pronunciar por não fazer parte do período das demonstrações
contábeis.
c) sempre emitir parecer adverso e solicitar a inclusão de notas
explicativas.
d) elaborar notas explicativas e sempre ressalvar o parecer.
e) exigir o ajuste das contas ou a inclusão de notas explicativas.

Comentários:
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Ao identificar eventos subsequentes, o auditor deve considerar os


que gerem ajustes nas demonstrações contábeis e os que são
evidenciados em notas explicativas. No caso da questão, o auditor deve
exigir o ajuste das contas ou a inclusão do assunto em notas explicativas.
Resposta: E

20 - (ESAF / SUSEP / 2002) - O auditor ao identificar eventos


subsequentes deve considerar:
a) somente eventos que gerem ajustes nas demonstrações contábeis.
b) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis e no
parecer de auditoria.
c) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis ou a
divulgação de informações nas notas explicativas.
d) fato não objeto da auditoria por ocorrer após o fechamento dos
trabalhos de auditoria.
e) exclusivamente, ajustes que modifiquem o parecer de auditoria.

Comentários:
Ao identificar eventos subsequentes, o auditor deve considerar os
que gerem ajustes nas demonstrações contábeis e os que são
evidenciados em notas explicativas, o que torna a alternativa A
incorreta.
As alternativas B e E estão incorretas, pois os eventos subsequentes
não demandam ajustes no relatório do auditor independente.
A letra C é a alternativa correta, como vimos no comentário da letra
A.
Por fim, a alternativa D está incorreta, pois o fechamento dos
trabalhos não é parâmetro para a definição de eventos subsequentes, e
sim a data das demonstrações contábeis.
Resposta: C

21 - (ESAF / SUSEP / 2002) - O auditor independente constatou,


durante seus trabalhos de campo, que uma contingência ativa,
provável e estimada, não constava nos registros contábeis da
entidade auditada. Nesse caso, o auditor deve emitir um parecer:
a) sem ressalva.
b) com ressalva.
c) adverso.
d) com negativa de opinião.
e) com abstenção de opinião.

Comentários:
Em relação ao tema Contingências, em caso de dúvida, voltem no
esquema que fizemos no item 3 desta aula
Na questão em tela, a atitude da empresa foi correta, seguindo o
princípio da prudência, devendo o auditor emitir um relatório sem
modificação de opinião (à época da questão, parecer sem ressalva).
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Resposta: A

22 - (ESAF / SUSEP / 2002) - Após a data de fechamento, mas


antes da emissão de seu parecer, o auditor independente
constatou que a matriz da empresa que ele audita requereu
concordata. Esse fato pode afetar a continuidade operacional de
seu cliente que é dependente financeiramente da matriz. A
administração da empresa apresentou adequada interpretação
nas demonstrações contábeis; diante dessa situação, o auditor
deve emitir um parecer:
a) com ressalva e parágrafo de ênfase.
b) com abstenção de opinião.
c) adverso com parágrafo de descontinuidade.
d) sem ressalva com parágrafo de ênfase.
e) de incerteza com parágrafo de descontinuidade.

Comentários:
Essa não dá pra errar mais. Se a empresa apresentou adequada
interpretação nas demonstrações contábeis acerca do assunto tratado na
questão, não tem porque o auditor ressalvar seu parecer. Ele deve,
entretanto, incluir um parágrafo de ênfase para chamar atenção do
usuário da informação acerca daquele risco de continuidade operacional.
Resposta: D

23 - (ESAF / SUSEP / 2002) - Quando o auditor interno coopera,


em tempo integral, com o trabalho do auditor independente,
conforme acordo pré-estabelecido com a administração da
entidade, a responsabilidade do parecer é:
a) compartilhada entre o auditor interno e o independente.
b) única e exclusiva do auditor interno.
c) única e exclusiva do auditor independente.
d) única e exclusiva da administração da empresa.
e) compartilhada entre a administração e o auditor interno.

Comentários:
Segundo a NBC TA 610, o auditor independente assume integral
responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa
responsabilidade do auditor independente não é reduzida pela utilização
do trabalho feito pelos auditores internos.
Resposta: C

24 - (ESAF/Pref. Natal/ATM/2008) - O auditor, ao realizar


processo de auditoria na empresa Mother S.A., constata a
existência de benefício de Previdência Privada concedido a seus
funcionários. A empresa participa com 80% das contribuições
totais, tendo pactuado em contrato a participação e a
complementação das insuficiências de fundos. No intuito de
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aplicar os procedimentos de auditoria na área, a empresa de


auditoria contrata firma especializada em cálculos atuariais, para
verificação. Assim, a responsabilidade do auditor:
A) limita-se aos trabalhos por ele efetuados, sendo a firma especializada
responsável pelos trabalhos especiais, tendo o auditor que mencionar o
nome da empresa responsável pelos trabalhos e os efeitos apurados.
B) é igual à da empresa contratada, respondendo pelos erros ou fraudes
que possam surgir, sendo obrigatória a menção da empresa contratada
no parecer de auditoria.
C) fica restrita à sua competência profissional, e, na ocorrência de emitir
parecer sem ressalva, não poderá fazer referência do especialista no seu
parecer.
D) é compartilhada com a empresa contratada na avaliação das
metodologias e técnicas utilizadas, respondendo tecnicamente pelos
cálculos e valores apresentados nas demonstrações contábeis.
E) está condicionada à escolha de empresa idônea e competente que não
possua vínculo com a empresa auditada e que não tenha dependência,
sendo a responsabilidade técnica e de avaliação de metodologias para
avaliação dessa área de responsabilidade da empresa especializada.

Comentários:
As alternativas A e B estão incorretas, pois, segundo a NBC TA 620,
o auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria e essa
responsabilidade não é reduzida pela utilização do trabalho de especialista
contratado pelo auditor. Além disso, o auditor não deve fazer referência
ao trabalho do especialista do auditor em seu relatório que contenha
opinião não modificada.
Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor
em seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento
de ressalva ou outra modificação na sua opinião, o auditor deve indicar no
relatório que essa referência não reduz a sua responsabilidade por essa
opinião.
A alternativa C está correta, e é o gabarito da questão.
A alternativa D está incorreta, pois, como já vimos, não há um
compartilhamento de responsabilidades, assumindo o auditor a
responsabilidade integral pelos trabalhos, restrita à sua competência
profissional. Outro erro da alternativa é afirmar que o auditor vai
responder tecnicamente pelos dados apresentados nas demonstrações, o
que é responsabilidade da administração da empresa auditada.
A alternativa E está incorreta, pois a única restrição à
responsabilidade do auditor é em relação a sua competência profissional.
Resposta: C

25 - (ESAF/Pref. Natal/ATM/2008) - Não corresponde a um


evento subsequente que gera ajuste nas demonstrações
financeiras:

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A) decisão definitiva de processo judicial, dando ganho ou perda da causa


que represente valor relevante.
B) perda de valor de investimentos, em decorrência do declínio do valor
de mercado das ações.
C) descoberta de erros ou fraudes posteriores, que afetam o resultado da
empresa.
D) determinação de valores referentes a pagamento de participação nos
lucros ou referente a gratificações assumidas legalmente e não
formalizadas.
E) ativos deteriorados, que constavam com valor significativo e que não
foram ajustados.

Comentários:
Conforme vimos em questões anteriores, a alternativa B é a única
que apresenta um fato esperado – variação positiva ou negativa dos
preços das ações.
As demais alternativas corresponde a eventos subsequentes que
geram ajustes nas demonstrações financeiras.
Resposta: B

26 - (ESAF / AFRF / 2009) - O auditor, ao avaliar as provisões


para processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções
S.A., percebeu que nos últimos três anos, os valores provisionados
ficaram distantes dos valores reais. Dessa forma, deve o auditor:
A) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela
empresa, no período.
B) determinar que a administração apresente novos procedimentos de
cálculos que garantam os valores registrados.
C) ressalvar o parecer, por inadequação dos procedimentos,
dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis.
D) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos três
anos, para estabelecer o valor da provisão.
E) avaliar se houve o ajuste dos procedimentos, para permitir estimativas
mais apropriadas no período.

Comentários:
Erros das alternativas:
A – os critérios devem ser estabelecidos pela administração, não
pelo auditor.
B – por tratarmos de estimativas, não há necessidade de garantia
dos valores registrados.
C – uma diferença entre o desfecho da estimativa e o valor
originalmente divulgado não representa necessariamente uma distorção.
D – não cabe ao auditor estabelecer os critérios para o
estabelecimento das estimativas.
E – alternativa correta, por ser a única possível ao auditor.
Resposta: E
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Pessoal, até aqui trouxemos as principais questões da ESAF acerca do


tema da nossa aula de hoje. Entretanto, selecionamos outras questões
das principais bancas e concursos do país, algumas bem recentes, para
vermos como o assunto tem sido cobrado.

27 - (FCC / TCM-CE / 2010) - A utilização dos eventos


subsequentes aplicados às contas de contas a pagar tem como
objetivo:
A) verificar se os valores pagos após a data de encerramento das
demonstrações contábeis foram corretamente provisionados.
B) avaliar as alterações significativas no fluxo dos procedimentos
contábeis após o fechamento das demonstrações contábeis.
C) complementar ou subsidiar os procedimentos de auditoria aplicados
durante a avaliação dos saldos das demonstrações contábeis, a fim de
concluir sobre a adequação do saldo da conta.
D) certificar se os valores pagos foram efetivamente debitados em conta-
corrente da empresa auditada.
E) certificar se a contabilização dessas contas são corretas.

Comentários:
De acordo com a Resolução CFC Nº. 1.225/09, que aprovou a NBC
TA 560 – Eventos Subsequentes –, as demonstrações contábeis podem
ser afetadas por certos eventos que ocorrem após a data das
demonstrações contábeis.
Em relação às contas a pagar, o objetivo da apresentação de
eventos subsequentes seria concluir sobre a adequação do saldo da
conta. Assim, a única alternativa que completa o enunciado da questão é
a de letra C, complementar ou subsidiar os procedimentos de auditoria
aplicados durante a avaliação dos saldos das demonstrações, a fim de
concluir sobre a adequação do saldo da conta.
Lembrem-se de que um dos objetivos do auditor em relação aos
eventos subsequentes é obter evidência sobre se os eventos ocorridos
entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório, que
precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações, estão
adequadamente refletidos.
Resposta: C

28 - (FCC / Pref. São Paulo / AFTM / 2007) - Considere as


afirmações a seguir, relativas a transações e eventos
subsequentes ao término do exercício social a que se referem as
demonstrações contábeis auditadas:
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento
subseqüente relevante.

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II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações


contábeis, não devem ser considerados pelo auditor, uma vez que
ele não pode emitir um novo parecer.
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados
adequadamente pela companhia, o auditor deve mencioná-los,
como ressalva ou em parágrafo de ênfase, em seu parecer
(relatório).
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é
considerada um evento subsequente relevante.
Está correto o que se afirma APENAS em
A I e II.
B I e III.
C II e III.
D II e IV.
E III e IV.

Comentários:
O item I está incorreto, pois a emissão de debêntures e ações deve
ser considerada como relevante evento subsequente, se realizada após a
data das demonstrações contábeis, por alterar o número disponível
desses ativos no mercado.
O item II está incorreto, por contrariar a definição de evento
subsequente, em relação a eventos ocorridos após a data das
demonstrações.
O item III foi considerado correto pela banca, embora discordemos.
Acontece que, se os eventos subsequentes não foram revelados nas
demonstrações contábeis, não caberia mencioná-los em parágrafo de
ênfase, pois esse parágrafo, segundo a NBC TA 706, é o parágrafo
incluído no relatório de auditoria, referente a assunto “apropriadamente
apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis”, que assumem
grande importância para o entendimento das demonstrações pelo usuário,
no julgamento do auditor.
Assim, caberia ao auditor mencionar esses eventos como ressalva.
De qualquer forma, o item foi considerado como correto.
O item IV está correto, por alterar a quantidade de ativos da
Companhia, o que vai influenciar as demonstrações contábeis como um
todo.
Resposta: E

29 - (Pref. Jaboatão/AFTM/2006/FCC) - NÃO se caracterizam


como eventos subsequentes, aqueles ocorridos:
A) entre a data do término do exercício social e a data da emissão do
parecer.
B) após o término do trabalho de campo, com a emissão do parecer, e a
data da divulgação das demonstrações contábeis.
C) durante o exercício social, mas contabilizados após o término do
exercício social, como ajuste das demonstrações contábeis.
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D) após a publicação das demonstrações contábeis pela empresa


auditada.
E) após a emissão do parecer pela firma de auditoria, antes da publicação
das demonstrações contábeis.

Comentários:
Conforme verificado nesta aula, segundo a NBC TA 560, Eventos
subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações
contábeis e a data do relatório do auditor independente e fatos que
chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu
relatório.

Emissão do
Término do Divulgação das
Exercício Social 1 Relatório de 2 Demonstrações 3
Auditoria

Devem ser considerados três momentos de eventos subsequentes:


1 - Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data
do relatório do auditor independente;
2 - Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após
a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das
demonstrações contábeis; e
3 - Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após
a divulgação das demonstrações contábeis.
Assim, eventos ocorridos durante o exercício social, ainda que
contabilizados após o término do exercício social, não são considerados
eventos subsequentes.
Resposta: C

30 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – O auditor


independente, para determinar se o trabalho dos auditores
internos é adequado, deve avaliar os aspectos relacionados nas
alternativas a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A objetividade da função de auditoria interna.
b) A competência técnica dos auditores internos.
c) A necessidade do uso do trabalho de especialistas para executar a
auditoria interna.
d) O zelo profissional demonstrado pelos auditores internos durante o
trabalho.
e) A comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor
independente.

Comentários:
A NBC TA 610, norma técnica que trata da utilização do trabalho de
auditoria interna estabelece, em seu item 12, que, para determinar a
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adequação de trabalhos específicos executados pelos auditores internos


para os seus objetivos como auditor independente, este deve avaliar se:
(a) o trabalho foi executado por auditores internos que
tenham competência e treinamento técnicos adequados;
(b) o trabalho foi adequadamente supervisionado, revisado
e documentado;
(c) foi obtida evidência de auditoria apropriada para
permitir que os auditores internos atinjam conclusões
razoáveis;
(d) as conclusões são apropriadas nas circunstâncias e
quaisquer relatórios elaborados pelos auditores internos são
consistentes com os resultados do trabalho executado; e
(e) quaisquer exceções ou assuntos não usuais divulgados
pelos auditores internos estão resolvidos adequadamente.
Já o item A4 da mesma norma destaca que os fatores que podem
afetar a determinação do auditor independente quanto a se é provável
que o trabalho dos auditores internos seja adequado para os fins da
auditoria incluem: objetividade, competência técnica, zelo
profissional e comunicação.
Dessa forma, a alternativa “c” é a resposta da questão, uma vez
que o auditor independente avaliará a necessidade do uso de especialista
para a execução de sua própria auditoria e não da interna.
Resposta: C

31 - (FCC / TCE-SE / 2011) - Segundo a NBC TA 560, evento


subsequente é aquele ocorrido entre a data:
(A) de elaboração das demonstrações contábeis e a data de sua
aprovação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.
(B) das demonstrações contábeis e a data de sua aprovação e fatos que
chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de
divulgação das demonstrações contábeis.
(C) das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor
independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.
(D) de aprovação das demonstrações contábeis e a data do relatório do
auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis.
(E) de aprovação das demonstrações contábeis e a data da de sua
divulgação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis.

Comentários:
A NBC TA 560 define evento subsequente como “eventos ocorridos
entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor
independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório”.
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Portanto, mais uma questão literal da FCC retirada das novas


normas técnicas de auditoria.
Resposta: C

Bom pessoal, por hoje é isso. Esperamos que tenham gostado e


compreendido a forma de cobrança, principalmente da ESAF, dos temas
vistos na aula de hoje.

Segue, a partir de agora, a relação de questões comentadas durante a


aula, a fim de que possam resolver as questões sem os comentários,
como um simulado. O gabarito está ao final.

Até a próxima aula! Bons estudos!

QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA

1 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - A empresa Grandes


Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o
encerramento do balanço e a emissão do parecer pelos auditores.
No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas
demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma de
auditoria deve:
a) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramento
aos trabalhos.
b) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato relevante.
c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas
explicativas.
d) refazer o parecer considerando as novas informações, determinando
nova data para publicação das demonstrações contábeis.
e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, discutir o assunto
com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias.

2 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - O auditor da empresa


Encerramento S.A. obteve evidências da incapacidade de
continuidade da entidade, nos próximos 6 meses. Dessa forma,
deve o auditor:
a) informar, em parágrafo de ênfase no parecer, os efeitos da situação na
continuidade operacional da empresa de forma que os usuários tenham
adequada informação sobre a situação.
b) emitir parecer com ressalva, limitando o escopo dos trabalhos pelas
restrições financeiras apresentadas pela atividade.
c) emitir parecer com abstenção de opinião por não conseguir determinar
a posição econômica e financeira da empresa.

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d) emitir parecer sem ressalva, mas estabelecendo que a empresa


apresente as demonstrações contábeis, de forma a divulgar os valores
dos ativos e passivos por valor de realização.
e) relatar em parecer adverso os efeitos no patrimônio que o processo de
descontinuidade ocasiona, trazendo os valores dos ativos e passivos, a
valor de realização.

3 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Ao avaliar o pressuposto


de continuidade operacional da entidade auditada, o auditor deve
lançar mão de indicações que, isoladamente ou não, possam
sugerir dificuldades na continuação normal dos negócios. Entre
tais indicações, não se inclui:
a) incapacidade financeira de a entidade pagar seus credores nos
vencimentos.
b) alteração na política econômica governamental que afete a todos os
segmentos produtivos.
c) existência de passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo).
d) posição negativa do Capital Circulante (deficiência de Capital
Circulante).
e) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus
compromissos com a entidade.

4 - (ESAF / SEFAZ-SP / 2009) - As seguintes opções constituem


exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto:
A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor.
B) alteração do controle societário.
C) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital.
D) destruição de estoques em decorrência de sinistro.
E) variação sazonal dos custos com insumos.

5 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Em relação ao tema


‘contingências’, podemos afirmar que o trabalho do auditor visa
identificar as seguintes ocorrências, exceto:
a) Passivos não-registrados.
b) Contingências passivas relacionadas a litígios.
c) Contingências ativas relacionadas a pedidos de indenização.
d) Contingências passivas relacionadas a questões tributárias.
e) Ativos não-registrados.

6 - (ESAF / SUSEP / 2010) - As estimativas contábeis


reconhecidas nas demonstrações contábeis da empresa são de
responsabilidade:
a) dos auditores externos.
b) dos advogados.
c) da auditoria interna.
d) do conselho de administração.
e) da administração da empresa.
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7 - (ESAF / PMRJ / 2010) - A respeito do uso de especialista de


outra área em auditoria, é correto afirmar, exceto:
a) na avaliação do trabalho do especialista, não cabe ao auditor revisar ou
testar a fonte de dados utilizada.
b) na emissão de parecer sem ressalva, o auditor não pode fazer
referência ao trabalho de especialista no seu parecer.
c) a certificação profissional, licença ou registro em órgão de classe é um
dos elementos de verificação da competência do especialista.
d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das premissas e
métodos utilizados, é do especialista e não do auditor.
e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do
trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria.

8 - (ESAF / CGU / 2006) - Consideram-se exemplos de transações


e eventos subsequentes, havidos entre a data de término do
exercício social e até após a data da divulgação das
demonstrações contábeis, exceto:
a) as operações rotineiras de compra e venda.
b) a compra de nova subsidiária ou de participação adicional relevante em
investimento anterior.
c) a destruição de estoques ou estabelecimento em decorrência de
sinistro.
d) a alteração do controle societário.
e) o aporte de novos recursos, inclusive como aumento de capital.

9 - (ESAF / CGU / 2006) - Uma possível obrigação presente cuja


existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um
ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o
controle da entidade, deve ser classificada como:
a) contingência ativa.
b) provisão.
c) contingência passiva.
d) obrigação não formalizada.
e) fato gerador.

10 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - Quando da utilização de serviços


de especialista, não há responsabilidade do auditor:
a) em confirmar se o especialista é habilitado.
b) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado.
c) quando o especialista for funcionário da empresa auditada.
d) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a
empresa.
e) em divulgar o fato em parecer sem ressalva.

11 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Quando o auditor externo


constata eventos ocorridos, entre as datas do balanço e a do seu
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parecer e a entidade não realiza os ajustes recomendados


adequadamente, deve o auditor:
a) expedir parecer adverso ou mencionar os fatos em parágrafo de
ênfase.
b) elaborar parecer de auditoria com abstenção de opinião ou sem
ressalva.
c) emitir parecer com ressalva ou mencionar os fatos em parágrafo de
ênfase.
d) somente exigir a menção em notas explicativas evidenciando os
respectivos cálculos.
e) recomendar menção em nota explicativa e emitir parecer sem ressalva.

12 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Na constatação de evidências de


riscos na continuidade normal das atividades da entidade, o
auditor independente deverá emitir parecer:
a) com abstenção de opinião.
b) sem ressalva e sem parágrafo de ênfase.
c) com ressalva e com parágrafo de ênfase.
d) sem ressalva e com parágrafo de ênfase.
e) adverso e com parágrafo de ênfase.

13 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Para dimensionar se a empresa


terá continuidade de suas atividades, o auditor deve avaliar se
haverá normalidade nas operações da empresa pelo período de:
a) seis meses após a data das demonstrações contábeis.
b) dois anos após a data das demonstrações contábeis.
c) um ano após a publicação das demonstrações contábeis.
d) seis meses após a publicação das demonstrações contábeis.
e) um ano após a data das demonstrações contábeis.

14 - (ESAF / CGU / 2006) - Com relação às estimativas contábeis


praticadas pela empresa objeto da auditoria, podemos afirmar
que:
a) são de responsabilidade do auditor da entidade e se baseiam em
fatores objetivos e subjetivos requerendo o seu julgamento.
b) o auditor não tem responsabilidade de certificar-se dos procedimentos
e métodos utilizados pela entidade para determinação das estimativas.
c) o auditor não deve basear-se em posições de períodos anteriores da
empresa para não se influenciar por efeitos passados.
d) o auditor pode basear-se em conhecimentos básicos e incompletos dos
controles internos e procedimentos da entidade.
e) o auditor deve assegurar-se da razoabilidade das estimativas,
individualmente consideradas, quando estas forem relevantes.

15 - (ESAF / CGU / 2006) - São consideradas situações de eventos


subsequentes para a auditoria, exceto fatos ocorridos:
a) após a publicação do balanço e do parecer de auditoria.
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b) durante o exercício contábil objeto da auditoria.


c) da data de fechamento do balanço até a data de emissão do parecer.
d) durante a publicação do balanço e do parecer de auditoria.
e) depois do término dos trabalhos de campo e emissão do parecer e
antes da data de publicação.

16 - (ESAF / RFB / 2003) - O auditor externo, ao utilizar o


trabalho de terceiros para complementar seus trabalhos, não terá
responsabilidade quando executado por:
a) contador na função de auditor interno da empresa auditada para a qual
realizou trabalhos.
b) perito contratado pelo cliente para elaboração de laudo de reavaliação
de ativos.
c) consultores tributários ou advogados para complemento dos trabalhos
da auditoria.
d) especialistas da área de informática para revisão dos sistemas da
empresa auditada.
e) especialistas legalmente habilitados para suporte aos trabalhos da
auditoria externa.

17 - (ESAF / RFB / 2003) - Na hipótese de o auditor constatar e


evidenciar na análise da empresa que haja risco de continuidade,
o auditor deve:
a) guardar sigilo dos fatos contábeis, não divulgando ao público ou em
nota explicativa.
b) avaliar os efeitos nas demonstrações contábeis quanto à realização dos
ativos.
c) limitar os procedimentos e testes para realização do trabalho na
empresa.
d) evidenciar a normalidade das operações pelo prazo mínimo de seis
meses.
e) omitir do parecer de auditoria o fato para não dificultar a situação da
empresa.

18 - (ESAF / RFB / 2003) - São diversos os pressupostos mínimos


a serem avaliados pelo auditor na análise da continuidade da
empresa, conforme determina a NBC-T 11. Dos indicadores
abaixo, indique qual não representa um indicador financeiro.
a) Índices financeiros adversos de forma contínua.
b) Dificuldades de acertos com credores.
c) Posição negativa de capital circulante líquido.
d) Perda de mercado, franquia ou licença.
e) Prejuízos operacionais substanciais de forma contínua.

19 - (ESAF / RFB / 2003) - O auditor externo, ao realizar


procedimentos para constatação de eventos subsequentes e

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constatar a existência de evento que altera substancialmente a


situação patrimonial da empresa, deve:
a) sempre ressalvar o parecer e exigir o ajuste das contas.
b) não se pronunciar por não fazer parte do período das demonstrações
contábeis.
c) sempre emitir parecer adverso e solicitar a inclusão de notas
explicativas.
d) elaborar notas explicativas e sempre ressalvar o parecer.
e) exigir o ajuste das contas ou a inclusão de notas explicativas.

20 - (ESAF / SUSEP / 2002) - O auditor ao identificar eventos


subsequentes deve considerar:
a) somente eventos que gerem ajustes nas demonstrações contábeis.
b) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis e no
parecer de auditoria.
c) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis ou a
divulgação de informações nas notas explicativas.
d) fato não objeto da auditoria por ocorrer após o fechamento dos
trabalhos de auditoria.
e) exclusivamente, ajustes que modifiquem o parecer de auditoria.

21 - (ESAF / SUSEP / 2002) - O auditor independente constatou,


durante seus trabalhos de campo, que uma contingência ativa,
provável e estimada, não constava nos registros contábeis da
entidade auditada. Nesse caso, o auditor deve emitir um parecer:
a) sem ressalva.
b) com ressalva.
c) adverso.
d) com negativa de opinião.
e) com abstenção de opinião.

22 - (ESAF / SUSEP / 2002) - Após a data de fechamento, mas


antes da emissão de seu parecer, o auditor independente
constatou que a matriz da empresa que ele audita requereu
concordata. Esse fato pode afetar a continuidade operacional de
seu cliente que é dependente financeiramente da matriz. A
administração da empresa apresentou adequada interpretação
nas demonstrações contábeis; diante dessa situação, o auditor
deve emitir um parecer:
a) com ressalva e parágrafo de ênfase.
b) com abstenção de opinião.
c) adverso com parágrafo de descontinuidade.
d) sem ressalva com parágrafo de ênfase.
e) de incerteza com parágrafo de descontinuidade.

23 - (ESAF / SUSEP / 2002) - Quando o auditor interno coopera,


em tempo integral, com o trabalho do auditor independente,
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conforme acordo pré-estabelecido com a administração da


entidade, a responsabilidade do parecer é:
a) compartilhada entre o auditor interno e o independente.
b) única e exclusiva do auditor interno.
c) única e exclusiva do auditor independente.
d) única e exclusiva da administração da empresa.
e) compartilhada entre a administração e o auditor interno.

24 - (ESAF/Pref. Natal/ATM/2008) - O auditor, ao realizar


processo de auditoria na empresa Mother S.A., constata a
existência de benefício de Previdência Privada concedido a seus
funcionários. A empresa participa com 80% das contribuições
totais, tendo pactuado em contrato a participação e a
complementação das insuficiências de fundos. No intuito de
aplicar os procedimentos de auditoria na área, a empresa de
auditoria contrata firma especializada em cálculos atuariais, para
verificação. Assim, a responsabilidade do auditor:
A) limita-se aos trabalhos por ele efetuados, sendo a firma especializada
responsável pelos trabalhos especiais, tendo o auditor que mencionar o
nome da empresa responsável pelos trabalhos e os efeitos apurados.
B) é igual à da empresa contratada, respondendo pelos erros ou fraudes
que possam surgir, sendo obrigatória a menção da empresa contratada
no parecer de auditoria.
C) fica restrita à sua competência profissional, e, na ocorrência de emitir
parecer sem ressalva, não poderá fazer referência do especialista no seu
parecer.
D) é compartilhada com a empresa contratada na avaliação das
metodologias e técnicas utilizadas, respondendo tecnicamente pelos
cálculos e valores apresentados nas demonstrações contábeis.
E) está condicionada à escolha de empresa idônea e competente que não
possua vínculo com a empresa auditada e que não tenha dependência,
sendo a responsabilidade técnica e de avaliação de metodologias para
avaliação dessa área de responsabilidade da empresa especializada.

25 - (ESAF/Pref. Natal/ATM/2008) - Não corresponde a um


evento subsequente que gera ajuste nas demonstrações
financeiras:
A) decisão definitiva de processo judicial, dando ganho ou perda da causa
que represente valor relevante.
B) perda de valor de investimentos, em decorrência do declínio do valor
de mercado das ações.
C) descoberta de erros ou fraudes posteriores, que afetam o resultado da
empresa.
D) determinação de valores referentes a pagamento de participação nos
lucros ou referente a gratificações assumidas legalmente e não
formalizadas.

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E) ativos deteriorados, que constavam com valor significativo e que não


foram ajustados.

26 - (ESAF / AFRF / 2009) - O auditor, ao avaliar as provisões


para processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções
S.A., percebeu que nos últimos três anos, os valores provisionados
ficaram distantes dos valores reais. Dessa forma, deve o auditor:
A) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela
empresa, no período.
B) determinar que a administração apresente novos procedimentos de
cálculos que garantam os valores registrados.
C) ressalvar o parecer, por inadequação dos procedimentos,
dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis.
D) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos três
anos, para estabelecer o valor da provisão.
E) avaliar se houve o ajuste dos procedimentos, para permitir estimativas
mais apropriadas no período.

27 - (FCC / TCM-CE / 2010) - A utilização dos eventos


subsequentes aplicados às contas de contas a pagar tem como
objetivo:
A) verificar se os valores pagos após a data de encerramento das
demonstrações contábeis foram corretamente provisionados.
B) avaliar as alterações significativas no fluxo dos procedimentos
contábeis após o fechamento das demonstrações contábeis.
C) complementar ou subsidiar os procedimentos de auditoria aplicados
durante a avaliação dos saldos das demonstrações contábeis, a fim de
concluir sobre a adequação do saldo da conta.
D) certificar se os valores pagos foram efetivamente debitados em conta-
corrente da empresa auditada.
E) certificar se a contabilização dessas contas são corretas.

28 - (FCC / Pref. São Paulo / AFTM / 2007) - Considere as


afirmações a seguir, relativas a transações e eventos
subsequentes ao término do exercício social a que se referem as
demonstrações contábeis auditadas:
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento
subseqüente relevante.
II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações
contábeis, não devem ser considerados pelo auditor, uma vez que
ele não pode emitir um novo parecer.
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados
adequadamente pela companhia, o auditor deve mencioná-los,
como ressalva ou em parágrafo de ênfase, em seu parecer
(relatório).
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é
considerada um evento subsequente relevante.
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Está correto o que se afirma APENAS em


A I e II.
B I e III.
C II e III.
D II e IV.
E III e IV.

29 - (Pref. Jaboatão/AFTM/2006/FCC) - NÃO se caracterizam


como eventos subsequentes, aqueles ocorridos:
A) entre a data do término do exercício social e a data da emissão do
parecer.
B) após o término do trabalho de campo, com a emissão do parecer, e a
data da divulgação das demonstrações contábeis.
C) durante o exercício social, mas contabilizados após o término do
exercício social, como ajuste das demonstrações contábeis.
D) após a publicação das demonstrações contábeis pela empresa
auditada.
E) após a emissão do parecer pela firma de auditoria, antes da publicação
das demonstrações contábeis.

30 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – O auditor


independente, para determinar se o trabalho dos auditores
internos é adequado, deve avaliar os aspectos relacionados nas
alternativas a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A objetividade da função de auditoria interna.
b) A competência técnica dos auditores internos.
c) A necessidade do uso do trabalho de especialistas para executar a
auditoria interna.
d) O zelo profissional demonstrado pelos auditores internos durante o
trabalho.
e) A comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor
independente.

31 - (FCC / TCE-SE / 2011) - Segundo a NBC TA 560, evento


subsequente é aquele ocorrido entre a data:
(A) de elaboração das demonstrações contábeis e a data de sua
aprovação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.
(B) das demonstrações contábeis e a data de sua aprovação e fatos que
chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de
divulgação das demonstrações contábeis.
(C) das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor
independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.
(D) de aprovação das demonstrações contábeis e a data do relatório do
auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis.
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(E) de aprovação das demonstrações contábeis e a data da de sua


divulgação e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data de aprovação das demonstrações contábeis.

GABARITO

1-E 2-A 3-B 4-E


5-E 6–E 7-A 8-A
9-C 10 - E 11 - C 12 - D
13 - E 14 - E 15 - B 16 - B
17 - B 18 - D 19 - E 20 - C
21 - A 22 - D 23 - C 24 - C
25 - B 26 – E 27 - C 28 - E
29 - C 30 - C 31 - C

Prof. Claudenir Brito Prof. Rodrigo Fontenelle


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Auditoria p/ Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
Prof. Claudenir Brito e Prof. Rodrigo Fontenelle – Aula 07

Referências utilizadas na elaboração das aulas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo.


7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ARAGÃO, Marcelo. Auditoria CESPE – questões comentadas e organizadas


por assunto. 1. ed. Rio de janeiro: Método, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

________. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de


Contabilidade.

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Instrução Normativa 01, de 06 de


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CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.


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FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria - Questões. Rio de Janeiro: Elsevier. 1.


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FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:


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JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. 9.


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MACHADO, Marcus Vinícius Veras e PETER, Maria da Glória Arrais. Manual


de auditoria governamental. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

OLIVEIRA, Luís Martins de et al. Curso básico de auditoria. 2. ed. São


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RIBEIRO, Juliana Moura e RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. 1. ed. São
Paulo: Saraiva, 2012.

WANDERLEY, Carlos Alexandre Nascimento. Auditoria: teoria e questões.


1. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2011.

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