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capa
que merece a saudação: “Incrível!
Fantástico! Extraordinário!”
Pág. 06
BRASIL
Alda Inácio......................................................................................................17
Antônio Guedes Alcoforado ........................................................................22
Entrevistas
Carol Bonacim..............................................................................................27
Claúdia Isadora F. de Oliveira.........................................................................33
Giovane Santos................................................................................................38
Jack Michel......................................................................................................43
José Carlos Sibila............................................................................................48
Luiz Amato.....................................................................................................51
Mary Angela...................................................................................................54
Paulo Marsal...................................................................................................58
Pedroom Lanne..............................................................................................61
Rijarda Giandini.............................................................................................65
Silvia Ligabue..................................................................................................70
T. S. Duque......................................................................................................73
Uiara Melo.......................................................................................................77
Valéria Guerra.................................................................................................81
Vanessa Arruda...............................................................................................85
PORTUGAL
Manuel Amaro................................................................................................89
Participação Colunas
Especial A Vida em Partes – Francisco Mellão Laraya.............15
Mercado Literário – Léo Vieira..............................26
Amilton Costa..................................................................21 Solar de Poetas – José Sepúlveda..................69
Fabiana Juvêncio....................................................................31 Poetas Povoeiros – Amy Dine..................................93
Ramalho Leite.........................................................................36
Noka......................................................................................41
Dilercy Adler......................................................................47
Margarida Lorena Zago....................................................53
Resenha
Nell Morato..........................................................................57
Onã Silva..............................................................................60
Profissional
Alameda – autora Astrid Cabral..............94
Marta Maria Niemeyer.....................................................76
Anchieta Antunes..............................................................84
Helena Santos.......................................................................88
Livros
Francisco Evandro....97
Lola Prata...................99
Lúcia Gonçalves......100
em Foco Neyd Montingelli....101
Valéria Guerra.........102
Revista Divulga Escritor
Revista Literária da Lusofonia
Ano IV
Nº 19
Shirley M. abr/mai 2016
Cavalcante (SMC)
Editora e Coordenadora Publicação:
do projeto Divulga Escritor Bimestral
www.divulgaescritor.com
Editora Responsável:
Shirley M. Cavalcante
Com enorme orgulho e satisfação, apresentamos a segunda edição Divulga DRT: 2664
Escritor: Revista Literária da Lusofonia, 2016.
Nesta edição encontraremos alguns textos em homenagem ao dia das Mães. Projeto gráfico
Tantos sonhos juntos, repletos de esperanças, pequenas conquistas, VIDA. e Diagramação
Vamos juntos ler, divulgar, a Revista Literária da Lusofonia, a Revista EstampaPB
esta composta com entrevistas e matérias exclusivas de escritores e escritoras
contemporâneas. Para Anunciar
Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos: smccomunicacao@hotmail.com
Obrigada, Jose Sepulveda, apoio em Portugal. 55 – 83 – 9121-4094
Obrigada Amy Dine, apoio em Portugal.
Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal. Para ler edições
Obrigada, Francisco Mellão Laraya, apoio Brasil. anteriores acesse
Obrigada, Mirian Menezes de Oliveira, apoio Brasil. www.divulgaescritor.com
Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal.
Obrigada, Mário de Méroe, apoio Brasil. Os artigos de opinião são de inteira
Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio Brasil. responsabilidade dos colunistas
Obrigada, Ilka Cristina, apoio Brasil que os assinam, não expressando
Obrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas necessariamente o pensamento da
maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas. Divulga Escritor.
Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo!
MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATURA. por ISSN 2358-0119
juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI.
Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista elaborada
por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo o mundo.
Boa Leitura!
DIVULGA ESCRITOR
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DIVULGA ESCRITOR
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Escritor Paul Richard Ugo é um
prazer contarmos com a sua parti-
cipação no projeto Divulga Escri-
tor, conte-nos o que mais o atrai
nos contos?
Paul Richard Ugo - Contos são his-
tórias curtas, de leitura rápida e que
trazem para dentro de um mesmo
livro, diversas histórias dentro de
um mesmo estilo. É como se lêsse-
mos um seriado como Tales From
The Crypt ou Além da Imaginação
(Twiligth Zone). Gosto do estilo pois
não cansa o leitor. E isso não invali-
da que alguns contos de um mesmo
livro possam ter conexões e ainda
serem histórias independentes. E
isso acontece em meu livro. Acho
que escrevo contos por influência de
excelentes professores que tive na es-
cola e no curso superior pois sempre
me estimularam a escrever redações.
E isso acabou me dando um sentido
de síntese para expor uma história
complexa e atraente em poucas pá-
ginas. Para mim, é uma sensação de
prazer imenso quando termino um
conto. É como terminar de escrever
um livro. Então, imagine um livro
com mais de vinte e dois contos: é
este prazer multiplicado por 20!
Vamos as rapidinhas
Nome: Paul.
Apelido: Não tenho.
Autor: Gabriel Garcia Marques.
Autora: Maria Clara Machado.
Livro: Minha Vida – de Charles
vídeos que tenho postado e feito so- crise que vivemos, os novos meios Chaplin.
zinho, sem ajuda de ninguém. Pre- permitiram um crescimento no nú- Ator: Vincent Price.
paro meu cenário em casa mesmo, mero de escritores que encontram Atriz: Beth Davis.
meu figurino, faço meu pequeno cada vez mais facilidades em editar Filme: Dracula de Bram Stockler.
roteiro para não fugir do tema, edi- suas obras. Vejo o fenômeno dos Música: Clássica – todas.
to, coloco trilhas, efeitos sonoros, Vlogs e Blogs como um manancial Ídolo: Deus.
visuais, etc. É muito divertido e me usado por editoras para encontrar Prato preferido: Cheio.
tira da realidade por uns instantes. valores que sejam comercialmente Signo: Leão.
Volto ao meu tempo de adolescente. interessantes. Já o mercado publici- Cidade: Barcelona.
E, sem dúvida nenhuma, o melhor tário vive olhando para seu próprio Curiosidade: Meus personagens
hobbie é escrever. Às vezes os tex- umbigo como produtor de entrete- é que dizem o que eu devo escre-
tos saem “a prima pena” tão pron- nimento literário, mas se alimenta ver sobre eles. Parece loucura, mas
tos que até desconfio se não foram cada vez mais destes expoentes es- quem é são?
intuídos por algum escritor morto. critores pois eles são a renovação Frase: A palavra escrita o vento não
Quem sabe? Quem quiser visitar o das tendências, as vozes das tribos leva. A palavra dita se esgota no fim
canal, é só acessar o link com hábitos muito próprios que do sopro que a provoca. A palavra
https://www.youtube.com/channel/ acabam formando segmentos mer- escrita é firme. A palavra dita é som.
UCLYgRcOjRrgvDYC7m2zvGog cadológicos bem definidos e inte- (Paul Richard Ugo)
ressantes.
Como você vê a literatura no mer-
cado publicitário? Pois bem, estamos chegando ao _________________
Paul Richard Ugo - Não tenho fim da entrevista. Muito bom co- Participe do projeto
acompanhado muito o mercado li- nhecer melhor o escritor, publi- Divulga Escritor
terário mas percebo que apesar da citário e professor Paul Richard www.divulgaescritor.com
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DIVULGA ESCRITOR
Inesquecível Visita
Paul Richard Ugo
va claudicante por conta das dores que o reumatismo me fazendo sentir apenas um frio indescritível onde
me provocava. deveria ser seu corpo físico. Ela continuou ali, imóvel.
Toc, toc, toc. Sem uma solução para tamanho impasse, voltei para
Minha mão fria alcançou a pesada maçaneta e antes o sofá não sem antes acender mais algumas velas.
de abrir a porta, hesitei por alguns instantes esperan- Queria certificar-me de que aquilo era real, mas aquela
do em vão ouvir meu martírio sonoro. Nada aconte- imagem não saia dali, pairando a poucos centímetros
ceu. Desisti da vontade de abrir a porta e voltei a pas- do chão. Pensei que talvez fosse melhor esperar o dia
sos lentos para a minha poltrona de onde não deveria raiar, ou o efeito do álcool terminar.
sair. Ao sentar, acomodando meu corpo às mossas Toc, toc, toc.
anatômicas criadas ao longo de décadas, peguei meu Seria ela novamente? Não. Ela permanecia impávida
livro e reiniciei minha leitura. no mesmo lugar com sua funesta e etérea imagem.
Toc, toc, toc. Toc, toc, toc.
_ Ah, o diabo resolveu rir de mim esta noite! – pensei Quem poderia ser? Teria a morte algum ajudante?
alto. Levantei decidido desta vez em abrir a porta e Seria matar-me uma tarefa para a qual necessitasse
colocar-me frente a frente com esta irritante presença. de ajuda? Havendo somente uma maneira de saber e
Cheguei mais uma vez à porta e a abri rapidamente, acabar de uma vez com esta angústia, voltei até a porta
fazendo com que o vento gelado apagar todas as velas e abri. Era um pobre homem, faminto e trêmulo de
que se esforçavam em iluminar a sala com suas tristes frio. Em seu rosto haviam marcas da lepra que já havia
e trêmulas chamas. A escuridão não me permitiu ver tomado alguns dedos de ambas as mãos, enfaixadas
nada. Apenas senti algo passando por mim, como um por trapos pútridos. O vento gelado que passava por
véu de fina seda atravessando meu rosto na direção seu corpo trazia consigo um forte mau cheiro de quem
da sala. _Quem é você? – perguntei em voz alta. Não não fazia a higiene havia muito tempo. Num impulso,
obtive resposta mas tive a clara impressão que era al- mesmo antes que eu perguntasse a que viera, o maltra-
guém e que talvez estivesse buscando abrigo. As cha- pilho lançou-se sobre mim, empurrando meu corpo
mas da lareira já haviam sido extintas pelas brancas contra a parede, abrindo caminho como um bárbaro
cinzas que abafavam as brasas vermelhas. Mas podia- invasor. Alcançou minha garrafa e grunhindo como
-se sentir ainda, o terno calor das incineradas lenhas. um selvagem sorveu meu caro vinho em um só gole.
Talvez o estranho estivesse neste momento ali, procu- Voltou-se para mim, puxando uma faca da cintura gri-
rando aquecer-se, seguindo por seus sentidos, o calor tando que queria roupas, dinheiro, joias, ouro e comi-
da lareira. Tateei até alcançar um candelabro, antes da. Tentei acalma-lo, porém quase me entregando na
aceso, que ficava em um aparador próximo à porta. certeza de que a morte estava ali somente esperando
Com meus trêmulos dedos, procurei no bolso de meu o meu fim. Pedi calma ao larápio e ofereci mais uma
robe de chambre, fósforos que pudessem aliviar mi- garrafa de vinho, dizendo que ficaria tudo bem pois eu
nha curiosidade e meu medo. Acendi a primeira vela, tinha joias, ouro e dinheiro. O que ele desconhecia era
já olhando em seguida, na direção de onde deveria que a garrafa que lhe ofereci era uma mistura fatal de
estar o misterioso e calado intruso. Nada vi. Acendi venenos usados para o controle da praga de ratos que
a segunda, a terceira, a quarta e antes de completar assolava a pequena vila e seus silos de cereais. Sofrega-
as sete velas do candelabro, já caminhei pela sala na mente e sem se dar conta, o infeliz bebeu vários goles
direção do vulto que agora ia sendo descortinado pela antes de perceber o engodo. Num grito de dor seguido
fraca luz. O terror tomou conta de mim ao deparar- de um farto vômito de sangue, ainda tentou alcançar-
-me com ninguém menos do que ela, a morte, em sua -me com sua faca, caindo aos meus pés se contorcen-
negra e etérea túnica preta, com seu cajado encimado do aos gritos, vertendo sangue pela boca e por suas
por uma foice e seu capuz, ocultando sua cadavérica narinas. Neste momento vi a figura da morte fazer um
face. Tomei coragem e perguntei se minha hora havia sobrevoo pela sala, pousando sobre o corpo moribun-
chegado, mas ela, imóvel, nada respondeu. Insisti na do, levantando sua foice e ceifando de uma vez sua
pergunta sem conseguir qualquer reação. Com uma vida. Como quem arranca uma fronha de um traves-
até então desconhecida coragem, me aproximei de seiro, com suas garras arrancou a alma do desgraçado,
sua face até quase encostar meu rosto no dela, sentin- levando-a consigo pela porta, ainda entreaberta. Antes
do a aura gelada que a circundava. Tentei toca-la com de sair, a morte virou-se para mim e acenou com sua
minhas mãos, porém estas atravessavam seu corpo cabeça.
A VIDA EM PARTES
ENTREVISTA
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) cional, conte-nos como surgiu o rumo que a poesia tradicional to-
conceito deste estilo poético? mou, passando a ser apenas um
Alda Inácio - O prazer é todo meu desabafo do poeta. Ela, como obra
Escritora Alda Inácio é um prazer em participar e sou grata pela opor- literária perdeu a força e o interes-
contarmos com a sua participação tunidade de divulgar meu trabalho se das pessoas. Caiu na mesmice
no projeto Divulga Escritor. Você que é o livro recém lançado Poema eterna, sem renovação consistente e
vem inovando os textos poéticos Tríptico Equacional. O trabalho com isto abriu a porta para a entra-
através da Poesia Triptica Equa- nasceu de uma insatisfação com o da do concretismo. Este não deixa
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DIVULGA ESCRITOR
de ser uma arte bem válida e admi- Podes nos apresentar um exemplo desta inovadora escrita literária?
rável, no entanto chamar uma gra-
vura de poesia é algo inquietante e
partindo disto eu comecei a cogitar
novas formas de escrita que pudes-
sem valorizar o texto. Assim sur-
giu esta forma estranha de poetizar
chamada Equacional.
voprojetoperse/WF2_BookDetails.
aspx?filesFolder=N1453092203917
Meu e-mail: alda_inacio@hotmail.
com
_________________
Participe do projeto
Divulga Escritor
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DIVULGA ESCRITOR
Muitas pessoas vivem cercadas Ele não me encarava. De lado, lho não dispõe de psicólogo, o rapaz
por muros, sejam eles imaginários com a mão no rosto, como se algo foi referenciado para atendimento
ou não, trancafiadas em conceitos e pavoroso estivesse na sua boca. com psicólogo noutra equipe.
preconceitos. Criam, dessa forma, Conversando, explicou-me que não A família também precisa de
um mundo restrito, e as mudanças gostava do rosto, se achava magro, orientação, daí a importância de
sempre ficam de lado, esbarram no feio, que o rosto crescera muito. um trabalho interdisciplinar onde
muro da incompatibilidade. Esta- -”Tenho vergonha do meu rosto”, entram Assistente Social, Psicólo-
cionam, não aceitam o novo, não disse ele repetidas vezes. go etc.
questionam, não trabalham para Ouvi tudo em silêncio. Expli- Os pacientes devem ser trata-
que o muro imaginário caia. quei-lhe que estava ali como amigo, dos como pessoas, seres humanos,
Uma família procurou-me para para ajudá-lo, mas só conseguiria que têm sonhos, medos, tristezas,
que visitasse seu filho de 22 anos ajudá-lo se ele me mostrasse o ros- alegrias, e não por números, senhas
que há dois anos vivia trancado, to, e a boca. Perguntei se poderia ir ou tipo de doença.
isolado num quarto. O motivo? Ele ao consultório, a resposta veio rápi-
sente vergonha de mostrar a boca, do, um “não” enfático e explicado
vergonha de sorrir, alega ter uma pela vergonha de se expor.
grande cicatriz no rosto. A mãe Contou-me que só saía de casa
acredita que ele esteja com câncer, à noite, depois que todos estivessem
mas nunca se dispôs a examinar a dormindo, e as ruas vazias. Sim-
boca do filho, acomodou-se diante plesmente um solitário trancafiado
de tais circunstâncias, após algum num mundo cheio de bloqueios,
tempo, resolveu procurar ajuda. que precisa de apoio, de amigos, de
Numa tarde, fui visitar a famí- ajuda.
lia, confesso que já esperava pelo Depois de muito conversar,
pior, pois o relato da mãe do jovem concordou em mostrar-me a boca.
não era nada animador. Chegando Eu já ansioso, procurava mostrar
lá, encontrei a humilde família à calma, já esperava realmente en-
minha espera na sala; fui conduzido contrar um rosto deformado.
até o final de um corredor onde en- Ele levantou, acendeu a luz do
contrei um quarto no qual descan- quarto, virou-se, retirou a mão da
sava um jovem enfermo. Fui apre- boca e ficou na minha frente. Abso-
sentado pela mãe, que nos deixou a lutamente normal, nenhuma lesão,
sós a conversarmos informalmente, nada fisicamente. Psicologicamente _________________
tentei levar uma conversa amigável, ele precisa de ajuda, precisa de tra- Participe do projeto
lutei para conquistar a sua confian- tamento. Divulga Escritor
ça em tão pouco tempo. Como na equipe da qual traba- www.divulgaescritor.com
ENTREVISTA
Escritor Antônio
Guedes Alcoforado
Antônio Guedes Alcoforado nasceu em
Oeiras, Piauí, Brasil, em 1968. Bacharel em
Direito, atua como bancário. Em 2015 iniciou
escrita em contos literários. É vencedor do
Primeiro Concurso Machado de Assis da
Academia Bauruense de Letras em 2015,
com o conto Natal com a Escrava Esperança
Garcia. O conto A Casa da Mãe Joana é
destaque no Panorama Literário Brasileiro
com uma das melhores obras do ano editorial
2014/2015 registrado pelo 1º Colegiado de
Escritores Brasileiros, órgão executivo da Cada palavra que
Litteraria Academiae Lima Barreto, no Rio de saia vinha pranto.
Na realidade todo
Janeiro. Participa emantologias de contos no
o livro é uma
Chile, Uruguai, Argentina, Portugal e Brasil.
homenagem ao
meu filho Marco
Antônio.”
Boa leitura!
Fonte: Assessoria do autor leitor aflorado, eclético na leitu- Em que momento pensou em es-
Antônio Guedes Alcoforado ra. Revistas, biografias, romances, crever “Um Marco em Minha
enfim um leque variado. Os livros Vida”?
Autor Antônio Guedes Alcofora- marcantes: Meu Destino é Pecar de AGA - A minha escrita sempre foi
do é um prazer contarmos com Nelson Rodrigues e 1968 - O ano intimista. Sou Bacharel em Direito
sua participação em nossas pá- que não terminou de Zuenir Ventu- e desde os dezoito anos de idade
ginas conte-nos o que levou a ter ra. Biografias que agradaram: Quase trabalho como bancário. Adoeci
gosto pela escrita literária? Tudo de Danusa Leão e Garrincha, em 2013. Ninguém adoece por que
AGA - Desde jovem tenha o lado A Estrela Solitária de Ruy Castro. quer. É devastador o desânimo e a
personagem, o serial killer que mata Quais seus principais objetivos cheias de gente. Então há mercado.
suas vítimas em veículos sobre ro- como autor?
das. Cada história com um veículo AGA - É continuar a me expressar Chegamos ao final da entrevista.
diferente: moto, quadriciclo, carros, através da escrita. É escrever. Tam- Foi bom conhecer melhor o autor
etc. E como um psicopata, ao final, bém unir-nos, autores brasileiros e Antônio Guedes Alcoforado. Dei-
ele se exibe. É morcego porque ele os demais lusófonos. xe uma mensagem aos autores e
mata/atua na noite. aos seus leitores.
O que mais lhe encanta na área li- AGA - Aos autores e leitores, leiam
Quem desejar adquirir seus livros terária? muito. Se interessem. Busquem e
como deve proceder? AGA - É o processo de criação. enfrentem os desafios da escrita.
AGA - Todos os meus livros são Criar a situação e surpreender o lei- Há mercado para todos os gostos.
escritos de forma independente. tor com um final único. Criem. Mais informações no site:
Assim como os artistas da música http://antoniogalcoforado.wix.
que hoje gravam e lançam na inter- Quais as melhorias que você cita- com/aga-autor
net de forma independente. Eu sou ria no mercado literário no Brasil?
o autor e também editor, diagra- AGA - Apesar de tudo que dizem
mador, etc. Depois publico no site contra, eu acredito nesse mercado.
www.clubedeautores.com.br, que os Há poucos concursos literários.
imprime por encomenda. Tem tam- Há poucas editoras fazendo anto- _________________
bém o canal alternativo que é fazer logias. Nichos a serem explorados. Participe do projeto
a encomenda direto a mim por e- Há oportunidade de crescimento. Divulga Escritor
-mail agalivros@yahoo.com.br Apesar de poucas, as livrarias vivem www.divulgaescritor.com
MERCADO LITERÁRIO
O Escritor
no Marketing
Promoções, ofertas, sorteios, carreira do escritor e blogueiro. Entendemos que pode apare-
contatos, pesquisa de mercado, Inclusive, muitas propostas de cer alguma indisposição em ter que
negociação com livrarias, ne- trabalho surgem aos profissio- aprender mais e fazer coisas que
gociação com gráficas, tramita- nais que “saem da toca”. Nunca não nos competiria, mas devemos
ções a fim de evitar terceirização em uma época de inclusão digital sempre pensar que “quem quer dá
(onde se acaba gastando mais), se pudesse aprender tanto através um jeito e quem não quer, dá uma
tudo isso é essencial para que as da praticidade de um smartfone desculpa”.
despesas sejam reduzidas, além ou do conforto a casa, em frente O conselho desta vez é: use o
de desenvolver mais o rumo da a um computador. que tem e faça a diferença.
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DIVULGA ESCRITOR
ENTREVISTA
Escritora Carol
Bonacim
Carol Bonacim é formada em Direito pela
Universidade de Ribeirão Preto, e há dois anos,
iniciou sua carreira como escritora, ao redigir a
primeira obra “Operação Arcádia”, um romance-
policial narrado em quatro etapas, e que
promete surpreender o leitor com a similitude
da atual realidade política, social e econômica
brasileira, sem, contudo, perder o encanto e o
charme de um lindo conto de amor vivenciado
pelos protagonistas.
Casada e amante da prática de esportes,
ela divide o tempo entre se dedicar à escrita
É costume no Brasil
e à leitura de obras literárias, assim como à que toda operação
corrida de rua e ao boxe. Redigida de forma das policias judiciárias
ímpar, “Operação Arcádia” promete arrancar seja agraciada
o fôlego de quem aprecia uma eletrizante com um nome
trama de ação, uma hilariante comédia, e uma específico, algo que
inesquecível história de amor. se amolde aos fatos
e aos personagens
investigados.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) parte da minha rotina desde a ado- com a situação social do Brasil (e ain-
lescência, contudo, a falta de oportu- da continuo), devido à atitude deso-
Escritora Carol Bonacim, é um nidade (leia-se dinheiro e tempo) me nesta e corrupta de uma parcela dos
prazer contarmos com a sua par- impediu, por alguns anos, de seguir governantes, pelo descaso com a lei,
ticipação no projeto Divulga Es- adiante e concretizar um sonho de e pela presença maciça do fantasma
critor, conte-nos em que momen- menina: publicar um livro. Operação da impunidade. Diante deste quadro,
to pensou em escrever o seu livro Arcádia surgiu numa época bastante encontrei na escrita um jeito de ex-
“Operação Arcádia”? conturbada para mim, pois passava travasar todos os meus sentimentos,
Carol Bonacim - A priori gostaria de por uma profunda crise profissional sensações e impressões sobre o atual
salientar que sempre fui apaixona- e pessoal. Naquele tempo também, drama nacional vivido e presenciado
da pela sexta arte; ler e escrever faz (2013), fiquei bastante indignada por todos nós, brasileiros.
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DIVULGA ESCRITOR
A
mulher contemporânea dios, crianças e doentes mentais. de direitos e oportunidades
apesar da evolução femi- Em 1962, com a edição do Estatuto concedidas ao macho da es-
nina e de várias conquis- da Mulher Casada, ela deixou de ser pécie” (MORGADO, Op. cit.
tas alcançadas, mesmo considerada incapaz e dependente p.13).
assim, ainda, na atualidade conti- do marido. Apesar da nova legis- Há uma inquietação men-
nua sendo considerada um objeto lação permitir às mulheres dispor surável quanto ao índice de
por alguns segmentos da sociedade livremente de seus bens, na prática violência na mulher praticada
que, em algumas das vezes, passí- o homem ainda mantinha um rígi- pelo homem, dos seus agen-
vel de várias formas de violência e, do poder sobre as propriedades em tes causadores e contra quem
condicionada ao silêncio extrema- comum (Oliveira, 2015). Ademais ele comete, contra o homem,
do para não se expor ou excluir-se no início do século XXI que pode o meio ambiente. No entanto,
de um determinado grupo social. ser observado um tímido avanço na não há uma preocupação pela
A violência contra a mulher é legislação brasileira com a promul- violência contra a mulher: a
qualquer ação ou omissão de modo gação das primeiras leis que coíbem violência dos usos e costu-
discriminatório, agressivo e coer- a violência doméstica contra a mu- mes, da imposição dos papéis
citivo pela vítima ser mulher, cau- lher, diante de uma discreta mani- sociais rígidos, a violência da
sando-lhe dano, morte, constrangi- festação da sociedade pelo descon- mulher contra a mulher mais
mento, limitação, sofrimento físico, tentamento com o atual quadro de frágil, a violência da mulher
sexual, moral, psicológico, social, violência conforme o mesmo autor. contra si, fazendo com que ela
político ou econômico, bem como Já Morgado que descreve o aceite sem criticar o que lhe é
perda patrimonial. Essa violência comportamento e o sofrimento da imposto, relegando seus direi-
pode acontecer tanto em espaços mulher: tos e deveres de pessoa ainda
públicos ou privados (AURÉLIO, “A mulher é sucessivamente conforme Morgado.
2005). violentada desde cedo pela
No ano de 1916, o Código Ci- imposição dos papéis sociais; Instituída a Lei 11.340/2006,
vil Brasileiro considerou a mulher desde a mais tenra idade é Lei Maria da Penha surgiu no an-
casada como, um ser, relativamen- treinada para submeter-se a seio de revelar este problema, tirou
te incapaz, determinando à esposa padrões impostos no decorrer dos moldes da violência comum, a
a obrigação de solicitar do marido dos séculos por uma autorida- praticada contra a mulher no seu
autorização à prática dos atos na de machista; violenta a si mes- ambiente doméstico, familiar ou
vida civil, como trabalhar, gerir e ma assumindo estes padrões de intimidade, um estatuto para
dispor dos seus bens. Apenas em sem exercer o direito de criti- socorrer essas vítimas, não somen-
1961 foi modificada a legislação car e sem se conceder o direito te de caráter repressivo, sobretudo,
que igualava as mulheres aos ín- de ser pessoa, com igualdade preventivo e assistencial, na pro-
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DIVULGA ESCRITOR
ENTREVISTA
Escritora Claúdia
Isadora F. de Oliveira
Sou gaúcha, nascida em Dom Pedrito, Rio Grande do
Sul. Aos 23 anos vim para Guarulhos, pois tomei posse
num cargo público em um órgão aqui da cidade. Me
formei em Letras Português/Inglês. Fiz pós graduação
em Língua Portuguesa. Frequentei diversos cursos na
área das artes: escrita criativa, roteiro audiovisual,
curso de formação cinematográfica, desenho de moda
básico e atualmente sou aluna do curso de teatro. Além
de escritora, sou cineasta e roteirista, trabalhei como
diretora e roteirista, em parceira com outros colegas,
no curta-metragem Necessidade Básica? (que fala
sobre a saúde pública no Brasil). Atualmente ele está
Me sensibilizou o fato
percorrendo os circuitos de Festivais e Mostras de
e aguçou em mim a
Curta-Metragens nacionais. Recentemente, publiquei o vontade de escrevê-
livro A Verdade em Marcha pelo site PerSe. Mais duas lo romanceado, de
obras literárias serão divulgadas em breve: Eu Fui um acordo com o que eu
Soldado Nazista na Reencarnação Passada e Alatina, a acredito que deveria ter
genia moderna. acontecido com ela.”
Boa leitura!
Participação especial
UMA “VELHA
SENHORA” JO
E
ra uma quinta-feira, 2 de pensamentos,suas aspirações, no to, o jornal do Partido tornou-se o
fevereiro do ano de 1893, começo vagas,depois francamente jornal do Governo. A União publi-
quando o Partido Republi- definidas e encorpadas aos carac- caria além do noticiário palaciano,
cano do Estado da Parahy- teres que dirigiam o movimento.A os atos emanados da administração
ba fez circular a primeira edição de única modificação que lhe anun- pública. O Diário Oficial, em sepa-
A União. Na capa, os editores pe- ciamos, é a creação d´esta folha, rado, é obra mais recente. O mode-
diam aos seus leitores, “o obsequio poderoso meio externo da cohesão lo serviu até para enriquecer nosso
de devolvel-o á respectiva typogra- e disciplina partidária.Iremos á luz folclore político. Zé Américo, no
phia” no prazo de três dias. Não da imprensa, visitar os arrayaes de Piancó, definiu o político Antonio
explicaram o motivo para essa res- nossos amigos, e crear-lhes um cen- Montenegro: “é mais fiel ao Gover-
tituição, mas o Walter Galvão, hoje tro de intelligencia, e de conselho. no que o chumbo do diário oficial”.
diretor desta folha, acredita que se Iremos a mesma luz prestar nossa Na minha irreverência já conhecida,
tratava de uma pesquisa para avaliar decidida cooperação ao illustre ad- prefiro dizer que A União “é o órgão
o alcance do periódico. ministrador do estado, o exm.sr.dr. mais independente que conheço: é
Na edição inaugural, o novo Alvaro Lopes Machado. O nosso do governo e não nega”.
órgão de imprensa traçava o seu apoio igualmente ilimitado, e sem No primeiro número do perió-
perfil, e se identificava como veí- nenhuma reserva extenderemos ao dico, temos conhecimento de que,
culo político-partidário, disposto a benemérito governo da União, e ao naquele ano de 1893 era Chefe de
defender a agremiação e seus inte- glorioso chefe da Republica, Sr. ma- Polícia da Paraíba o dr. Antonio
grantes. O jornal e o partido eram rechal Floriano Peixoto”. Ferreira Baltar; seu irmão, de nome
um só corpo e um só espírito. Por Da pia batismal aos dias de hoje, Abílio Ferreira Baltar, nomeado Fis-
isso, se dirigiu ao publico leitor “não a linha editorial deste jornal perma- cal, realiza a primeira extração da
para anunciar qualquer nova trans- nece a mesma. Mudam os governos, Loteria, à época, uma concessão
formação mas para configurar os mas sua fidelidade, jamais. A única particular entregue a um felizardo
motivos de sua origem, as formulas mudança foi a oficialização dessa chamado Bernardino Lopes Alhei-
que condensaram os seus primeiros lealdade. Em determinado momen- ros. O primeiro delegado da Capital
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DIVULGA ESCRITOR
OVIAL
era Francisco Chateaubriand Ban- nome desta folha” foi relatada com Areia, respectivamente, ficaram na
deira de Mello. O Assis, do mesmo detalhes a reunião de criação do suplência juntamente com outros
sobrenome e criador dos Diários novo partido realizada no Palácio nomes de rua menos votados.
Associados, tinha, então, um ano de do Governo, quando “duas ordens E encerra sua narrativa o jor-
idade. Naqueles dias, por emissão de cadeiras foram insuficientes para nal A União: “Servido em segui-
de notas falsas, foram presos dois acomodar os convidados”. Foi desig- da um agradável copo de cerveja,
diretores de bancos nacionais; “as nada uma comissão provisória para retiraram-se os convidados plena-
notas falsas do Banco Emissor de comandá-lo, eleita, democratica- mente satisfeitos, não só quanto ao
Pernambuco se distinguem pela im- mente, entre os presentes ao evento. cavalheirismo de trato do honrado
perfeição do mau papel”; o ministro O governador Álvaro Macha- governador, como em relação à pha-
da Fazenda manda que se recebam do asseverou “que não tinha vindo se de verdadeira actividade política,
as notas do Banco Emissor, tidas a Paraíba se não para reconstruir iniciada por tão solene reunião”. Es-
como verdadeiras, até que sejam o que fora demolido e por em or- tava fundado o Partido Republicano
substituídas pelo Banco da Repúbli- dem o que fora desorganizado”. No do Estado da Parahyba e o seu por-
ca; é nomeado um novo diretor para campo partidário desejava juntar os ta-voz, A União.
o Banco da República, o Sr. Tomaz bons elementos de outros partidos Esta semana A União entrou na
Coelho; o governador do Rio de e “fundi-los em um só, compacto era de informática, inaugurou sítio
Janeiro sanciona lei que transfere a e disciplinado”. A votação, apurada e um sistema on-line de envio de
sua Capital para a cidade de There- entre outros por Artur Aquiles e matéria para a publicação no Diário
sópolis; morre a esposa do ministro Tomaz Mindelo, proclamou como Oficial. A Velha Senhora de 123 anos
da Guerra. escolhidos para a primeira diretoria está cada dia mais jovem e dinâmi-
A denominação do jornal deve- do Partido Republicano os srs Diogo ca, sob o comando de uma equipe
-se à união dos próceres dos velhos Sobrinho,Eugenio Toscano,Gama e que se desdobra para oferecer seus
partidos, ao novo Partido Republi- Melo,Moreira Lima e José Evaristo, melhores serviços à Parahyba do
cano comandado por Álvaro Ma- os mais votados.Os srs Targino Ne- Norte. Parabéns !( Nas transcrições
chado. “No intuito de justificar o ves e Cunha Lima, de Bananeiras e mantive a grafia da época)
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DIVULGA ESCRITOR
ENTREVISTA
Escritor Giovane
Santos
Giovane da Silva Santos é mestre em Ciências
da Literatura pela UFRJ. Romancista, roteirista
e contista, leciona Literatura há 18 anos na
rede estadual do Rio de Janeiro. Tem artigos na
revista on-line Garrafas e cursou a Oficina de
Roteiro para TV do roteirista Luiz Carlos Maciel
nos anos 90. Escreveu matérias jornalísticas
sobre comportamento e cultura na Folha
Universitária da Universidade Castelo Branco.
Possui cinco romances, ainda não publicados:
Papo de Amigo, No rastro das estrelas, Os cinco
sentidos do amor, Labo B, Clarear e duas obras Temas como regressão de
publicadas: o romance “Sua vida pode ser um memória, sensitividade e
as novas chances que nos
musical”, lançado na XVII Bienal Internacional do
damos, a partir da auto
Livro no Rio e o livro de contos “Em que esquina
superação que a dança
se esconde essa tal felicidade?” pela editora proporciona, se entrelaçam
Multifoco. Administra o blog Oceano de Histórias. numa narrativa veloz como
a coreografia de uma peça
musical.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Giovane Santos - Cada um de nós a história humana. “Sua vida pode
tem uma trilha sonora, um ritmo ser um Musical” desenhou-se a par-
próprio de caminhar no mundo. tir do desejo de contar como as pes-
Escritor Giovane Santos é um pra- Alguns se reduzem a uma existên- soas mais díspares, loucas e opostas
zer contarmos com a sua partici- cia puramente orgânica, onde nada possíveis podem revitalizar suas
pação no projeto Divulga Escritor, mais resta que satisfazer necessi- existências e daqueles a sua volta
conte-nos em que momento pen- dades instintivas. Outros almejam com a magia de seus pés alados. Daí
sou em escrever “Sua vida pode fazer a diferença para diminuir o surgiu a história de Caíque Montei-
ser um Musical”? cinza acentuado com que pintamos ro, a celebridade dos musicais, que
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DIVULGA ESCRITOR
décadas de 20 e 60 do século XX. prosear sobre nosso estar no mun- te é que nossos ruídos internos não
Somente esmiuçando esses tópicos, do. Tudo, porém, com o abordagem desafinem o grande concerto do
podemos dar o colorido necessário do humor que retira nossas másca- mundo. Contatos com o autor
ao esqueleto de uma trama. ras e nos desnuda diante do mundo Email: giovanessantos@ig.com.br
como um espelho, que assusta, mas Blog http://oceanodehistorias.com/
Escritor Giovane Santos, nos con- nos permite o passo adiante. https://www.facebook.com/giova-
te, como sua vida pode ser um ne.santos.16718
musical? Como vê o mercado literário Na-
Giovane Santos - Fazer da vida um cional?
musical é optar por não se acomo- Giovane Santos - O mercado literá-
dar aquele sofázinho ensebado em rio, ao mesmo tempo que aposta em
que nosso corpo se amolda te tanto novos talentos, tateia com prudên-
frequentar. É sair da zona de con- cia para abarcar os diversos nichos
forto e entre o derrotismo fácil e o de públicos-leitores da atualidade,
mergulho em nosso lado solar, es- acostumados a uma perspectiva de
colher a segunda opção. Na atual vida veloz, dromológica, onde as te-
crise de valores em que vivemos, máticas ventiladas pela estética do
cercado pela lama de desastres po- cinema e da tevê norteiam o inte-
líticos e sociais, muitos dirão que resse de leitura. Muitas editoras só
isto é uma quimera. Lógico que não apostam em autores indicados por
sairemos sapateando pelas ruas ala- agentes literários, com algum nome
gadas pelo descaso governamental de peso relativo. Outras abrem pro-
durante as chuvas de verão, muito postas alternativas de divulgação
menos dançaremos sobre os táxis e de jovens autores. Contudo como o
carros de passeio como os hippies próprio nome diz é um mercado e o
de Miloš Forman em Hair. Pode- lucro fácil pesa, muitas vezes, mais
ríamos ser confundidos com black do que a qualidade de uma obra.
blocs nos dias atuais. Mas acreditar Um exemplo são as Bienais do Li-
que podemos ser o diferencial em vro. Um equilíbrio entre a demanda
nossas áreas de atuação é uma for- financeira e a qualidade literária se-
ma de bailar com a vida também. ria o ideal.
Escritora Noka
Participação especial
ENTREVISTA
Escritora
JackMichel
JackMichel é o nome artístico
de duas escritoras: Jaqueline
e Micheline Ramos. São irmãs
e nasceram respectivamente
em 20 de fevereiro e em 30
de novembro, na cidade de
Belém, Estado do Pará (Brasil).
Sua obra é ampla e pode ser
descrita entre romances, contos
e poesias. O estilo de escrita de
JackMichel foi influenciado por
autores mundiais clássicos de
...quem deu o xeque-mate
diversos gêneros literários como foi mesmo a inspiração
Oscar Wilde, Hans Christian que nos surgiu no cérebro,
Andersen, Lewis Carrol, Edgar como uma centelha
Allan Poe, Eça de Queirós, brilhante que risca o céu
Machado de Assis, dentre dos pensamentos.”
outros. JackMichel professa o
lema “ESCREVER É VIVER”.
Boa leitura!
Participação especial
LIBERTAÇÃO
Aprisiono o verbo
devoro a “carne”
–pecado humano-
cerne do desejo
tresloucado
do fruto proibido
insaciavelmente
insano!...
aprisiono a dor
em amargas palavras
algemadas
–cárcere privado-
esvaziada
da linguagem erótica ...
recrio liturgias que jaz
procissões na impressora
santos e rezas do meu computador
que se pretendem assépticos e digito
e no entanto tácita
mostram-se e indolentemente
contagiam cada letra
com os seus próprios cada sílaba
venenos cada sentença
exoticamente tóxicos! cada cicatriz intensa
aprisiono o amor da vida
no papel A4 que se expõe
e
ao se mostrar
completamente nua
sem qualquer reserva
se ergue
se levanta
alça vôo
...se liberta...
e
me liberta também!!!
ENTREVISTA
Boa leitura!
É a estória de um jovem
com dupla personalidade
que se vê aprisionado
em um lugar que não
consegue identificar. Sua
única possibilidade de
descoberta e liberdade é
viajar para o passado.”
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) gico”, também conhecido como me auxiliar da magia para estabe-
“Realismo Fantástico”? lecer a minha estrutura narrativa.
J. C. Sibila - O que me atrai no rea- É um gênero associado em geral à
Escritor José Carlos Sibila, é um lismo mágico é a viabilidade de in- ficção latino-americana, mas que
prazer contarmos com a sua parti- terferência de acontecimentos fan- ocorre também em romances de
cipação no projeto Divulga Escri- tásticos em uma narrativa realista. outras procedências. Na América-
tor, conte-nos o que o encanta no Quando não encontro possibilida- -Latina encontram-se exemplos na
estilo de escrita do “Realismo Má- des narrativas no realismo, procuro obra de Gabriel Garcia Márquez. Na
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DIVULGA ESCRITOR
ENTREVISTA
Boa leitura!
para o desenvolvimento das ações tor, como público ou como membro timentos com textos (mesmo com
necessárias. Estamos a duas sema- da coordenação do evento (traba- qualidade excepcional) de ilustres
nas do início do Festival, mas ainda lho voluntário). desconhecidos, se podemos faturar
recebo perguntas do tipo: Para que com títulos e autores (as) conheci-
serve a entrevista? Quem fornece os prêmios dos sor- dos do púbico.
teios?
O que o público poderá encontrar Luiz Amato - Os autores. Nós pedi- De onde pensa que vem a resis-
no festival? mos aos mesmos, dentro da medida tência de alguns leitores quanto a
Luiz Amato - Nesta edição, somos do possível (não existe obrigatorie- obras nacionais?
161 escritores (as) dos mais variados dade), que doem brindes (livros, Luiz Amato - Com certeza do to-
estilos, onde 72 deles, participarão marcadores, botons, etc), para sor- tal desconhecimento do que é, e, da
de bate-papos, sextas e sábados, em tearmos ao público participante. qualidade da literatura nacional. Já
tempo real. O público poderá per- Em escala bem menor, também li um comentário que dizia “Nossa,
guntar o que quiser. Temos também direcionado ao público, recebemos que ruim este livro, tinha que ser
as entrevistas publicadas durante doações de terceiros. um autor nacional”. Quem teceu
os dias da semana, no período do esse comentário, esquece que gene-
evento, onde os autores respondem Como enxerga a literatura nacio- ralizar é errado. Se um não presta,
às perguntas enviadas pelo público. nal atual? não significa que todos não pres-
Adicionamos nesta 2ª edição, entre- Luiz Amato - Eu sempre gosto de tam. Um outro detalhe. Os estran-
vistas com profissionais da área li- usar esse termo: Somos um vul- geiros que aqui chegam, já foram
terária, e um evento que chamamos cão prestes a entrar em erupção. A insistentemente preparados, para
de pré FLAL, onde os participantes quantidade de obras, com qualida- ter excelência em sua qualidade.
inscritos enviam textos, que são pu- de excelente, é muito grande. Te-
blicados anonimamente. O público mos escritores (as) com nível para Haverá o FLAL 3?
pode comentar e avaliar. sucesso mundial. Luiz Amato - Eu penso que sim,
pois, mesmo o festival sendo recen-
Como é a interação entre o públi- O que pensa do trabalho das edi- te, está na 2ª edição, já atingiu pa-
co e os autores? toras quanto a obras nacionais? tamares para figurar no calendário
Luiz Amato - Ela ocorre, principal- Luiz Amato - Sem generalizar, resu- nacional de eventos culturais. Pode
mente, durante os bate-papos, onde mo em duas palavras: Faturamento ser que eu não faça mais parte da
o público, em um sistema de per- e Rotina: A editora é uma empresa, e organização coordenação, mas con-
guntas e respostas em tempo real, como todo negócio visa faturamen- tinuará divulgando e mostrando
obtém informações sobre os mais to. O mesmo tem à plena garantia que a cultura é o maior tesouro de
variados quesitos, do autor partici- ao se editar uma obra estrangeira, já um ser humano.
pante. consagrada, de venda fácil. Aconte-
_________________
ce que esse procedimento, acaba se Participe do projeto
Qualquer um pode participar? tornando uma rotina. Para que per- Divulga Escritor
Luiz Amato - Sim, tanto como au- dermos tempo e arriscarmos inves- www.divulgaescritor.com
Participação especial
A Sublimidade do Amor
ENTREVISTA
Entrevista sobre
Direitos Autorais
com Doutora Mary
Angela
MARY ÂNGELA MARQUES BRUNO, nascida aos 04
de junho, na cidade de São Paulo- Capital – SP, mais
precisamente no Bairro de Santo Amaro, onde vive até
os dias atuais. Graduou-se em Biomedicina e pós Graduou-se
em Patologia Clínica, pela OSEC – Organização Santamarense de
Educação e Cultura. Atualmente é ADVOGADA e Sócia do Escritório
Marques Bruno Advogados Associados. É Membro Efetiva da
Comissão da Mulher Advogada e da Comissão de Direito Eletrônico
e Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP. Coordenadora Adjunta da
Comissão da Mulher Advogada da OAB Santo Amaro. Membro da
Comissão de Direitos e Defesa dos Animais da OAB Santo Amaro.
Membro do Conselho Diretor da ACSP Distrital Sul, Integrante do
Conselho Diretor IASA (Instituto Advogados Santo Amaro) e da
AASP (Associação dos Advogados de São Paulo).
Boa leitura!
uma pessoa ficar interessada pelo sível realizar a transferência dos di- lização específica numa mídia e
projeto, ter uma ideia do que aque- reitos de um autor para outro? for utilizado em outra, como o au-
le autor escreveu e depois montar Dra. Mary Bruno: Os direitos mo- tor deverá agir?
com outra equipe. rais não são negociáveis, autor é o Dra. Mary Bruno: Comprovada
senhor possuidor e detentor desses essa situação o autor terá o direito
O registro de uma obra na Biblio- direitos que impedem essa trans- de fazer cessar esse uso indevido e
teca Nacional não é obrigatório ferência. Mas em contrapartida, é consequentemente será indenizado
para seu uso ou publicação. Sen- possível a cessão de direitos patri- por perdas e danos.
do facultativo, quais as vantagens moniais que vão lhe garantir o rece-
desse registro? bimento de uma remuneração. Qual seria o foro competente para
Dra. Mary Bruno: A vantagem é dirimir questões que envolvam di-
que no caso da existência de um con- É possível que uma obra de autor reitos autorais?
flito ou dúvida sobre autoria da obra , vivo, seja administrada por tercei- Dra. Mary Bruno: Depende da si-
o registro facilita muito a defesa. ros, sem prévia consulta ao autor? tuação, mas em regra geral o Códi-
Dra. Mary Bruno: Como disse an- go de Processo Civil dita às regras
Quando determinada obra não for teriormente o autor é sempre o se- de competência, que é a Justiça Es-
registrada, o que seria necessário nhor possuidor da obra, logo sem tadual. Porém se estivermos dis-
para comprovação de sua autoria? a prévia autorização do autor não é cutindo o título da obra, se even-
Dra. Mary Bruno: Em princípio possível que haja a administração. tualmente alguém registrou como
seria necessário um termo de res- Porém, ocorrendo a morte do au- marca no INPI, aí a competência
ponsabilidade, aonde todos os que tor, caberia aos herdeiros autorizar será na esfera Federal.
vierem a ter acesso àquela obra, de- o não esse posicionamento.
verão assiná-lo. Com o surgimento da rede mun-
Se porventura uma obra for re- dial de computadores (internet),
Em casos onde determinadas pes- vendida, objetivando a obtenção qual seria o impacto, sofrido nas
soas tiverem acesso à uma obra de lucro, o autor deverá ser remu- questões que envolvam direitos
sem autorização e está não estiver nerado? autorais?
registrada, como poderíamos pro- Dra. Mary Bruno: Logicamente Dra. Mary Bruno: Pois bem, ouso
var a autoria? que sim, pois essa situação pode- dizer que o impacto foi avassalador,
Dra. Mary Bruno: Em uma situ- mos definir como sendo o chamado pois as pessoas passaram a ter aces-
ação dessa a autoria será provada direito de sequencia. Exemplifican- so a todo e qualquer conteúdo que
através de uma medida judicial, do: Se uma novela for vendida para antes não tinham. Porém ainda não
com apresentação de testemunhas outro país , o autor tem o direito le- existe a consciência plena de que o
e outros manuscritos anteriores ou gal de remuneração. autor, deva ser retribuído.
até mesmo os próprios arquivos de
computadores. E se eventualmente Sabemos que uma mesma obra Como se regulamenta o direito
não houver o registro serão admiti- pode ser utilizada em diferentes autoral na internet hoje no Brasil?
dos qualquer meio de prova permi- mídias, dessa forma como conci- Dra. Mary Bruno: Essa é uma
tido em direito, tais como: emails, liar a utilização dela? questão de grande relevância ! Com
documentos entre outros. Dra. Mary Bruno: Sabemos que advento do Marco Civil da Internet,
um contrato firmado para uma mí- que nada mais é do que a lei que
Até que ponto podemos classificar dia específica pode restringir novos regulamenta o uso da Internet no
uma obra como similar a outra? E contratos para suportes diferentes. Brasil, deliberadamente excluiu de
o que caracteriza o plágio? Por esse motivo, tais contratos de- seu âmbito de aplicação às questões
Dra. Mary Bruno: Nesses casos verão ser interpretados de forma relativas ao direito autoral e aca-
adota-se o critério da subjetividade, restritiva. Por exemplo, se estiver bou limitando-se a dispor que, até
pois se apresenta fora de um con- estipulado que determinada obra a entrada em vigor de lei específica,
texto, sendo impossível sabermos só é liberada para ser prensada em ficaria valendo as regras de direito
se houve ou não o plágio. E, para forma de livro, para que eventual- autoral vigente de 1998. Portanto,
dirimir esta questão necessária se mente se torne um e-book, será ne- não há ainda, regulamentação espe-
faz a figura de um perito para fazer cessária a elaboração de um novo cifica para o direito autoral na inter-
tal aferição. contrato com clausulas específicas. net. É importante dizer que na oca-
sião da elaboração do Marco Civil
Revista Academica On Line: É pos- Quando um contrato previr a uti- da Internet houve certa polêmica
Participação especial
neno das plantas. Pareciam mar-
ENTREVISTA
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) ca e contos que versam sobre a ida- Em que momento pensou em es-
de média, principalmente a respeito crever “Oluap: O Guerreiro”?
Escritor Paulo Marsal, é um pra- dos vikings, por outro lado, além Paulo Marsal - Sempre quis es-
zer contarmos com a sua partici- dos textos, sou fascinado pelos fil- crever um livro, principalmente
pação no projeto Divulga Escri- mes, séries e animes do gênero. Por- depois que ingressei no meio aca-
tor, conte-nos o que o motivou a tanto, não havia outro caminho que dêmico como docente, todavia,
ter gosto pela Literatura Épica? não o de escrever um épico, no caso apesar de ser Mestre em Adminis-
Paulo Marsal - Desde pequenino sobre os escandinavos do Século IX tração de Negócios (MBA), não me
sou fanático por mitológica nórdi- (risos). via escrevendo sobre o assunto. A
ideia do Oluap surgiu após um con- vros sejam uma boa fonte de entre-
vite de um amigo Professor Dr. em tenimento aos leitores, pois se trata
Filosofia, quem também é diretor de um texto leve e de qualidade,
na Dialógica Editora e escreveu meu modéstia à parte (risos).
Prefácio, Wagner Guedes. Após al-
gumas negociações, dei vida à obra, Você que já morou no Canadá,
que foi aceita em primeira instância como você vê o mercado literário
pelo Conselho Editorial e precisou brasileiro?
de poucos ajustes para ser publicada. Paulo Marsal - Na minha singela
opinião, há preconceito contra os
Quais os principais desafios para autores brasileiros da nova geração,
escrita da obra? valorizamos apenas aqueles “mons-
Paulo Marsal - Por se tratar de um tros sagrados”, como Machado de
épico, os maiores desafios foram as Assis, um dos meus preferidos, in-
pesquisas de ambientação e voca- clusive, e esquecemos de nossos
bulário, pois há bastantes palavras contemporâneos, contudo, super
oriundas dos vikings ou de portu- valorizamos os escritores estran-
guês arcaico que foram inseridas, como um, então depois de tanto geiros, alguns com toda a razão,
além de cidades e costumes, tudo pesquisar e “matutar”, resolvi inver- mas em via de regra, nem todos são
isso mesclado com a maneira con- ter o meu nome, daí Oluap. melhores que os brasileiros, assim
temporânea de escrever. Oluap de Nordvestland é um jo- como acontece no cinema ou nos
vem de família humilde, que caiu quadrinhos. Como agravante, o
De que forma estes desafios foram nas graças do Rei Ragnar (olha o brasileiro não é muito acostumado
superados? Ragnar aqui! [risos]) e por conta a ler, acredito que 2 a cada 10 fa-
Paulo Marsal - Com muito foco, disso, passou por treinamentos não zem da leitura um hábito, tanto que
determinação, estudo e carinho, só militares, como também intelec- nossas principais livrarias têm dei-
não há outra forma de fazê-lo. tuais e filosóficos, neste contexto, a xado de lado os livros e optado por
personagem se tornou um feroz ba- outras formas de entretenimento
O que mais o encanta em “Oluap: talhador que busca seus ideais com como música, games e filmes, ainda
O Guerreiro”? astúcia e coragem. há aquelas que em suas lojas físicas
Paulo Marsal - A forma cativante e nem mais livros têm.
direta da narrativa, sem muito pre- Onde podemos comprar o seu li-
ciosismo ou escassez de detalhes re- vro? Pois bem, estamos chegando ao
levantes ao enredo. Rápido e direto! Paulo Marsal - No momento Olu- fim da entrevista. Muito bom co-
(risos) São 232 páginas que podem ap: O Guerreiro está disponível para nhecer melhor “Oluap: O Guer-
ser lidas em poucas horas. Outra encomendas nas Livrarias Nobel e reiro” do autor Paulo Marsal.
coisa que valoriza a obra são as ilus- Cultura, pronta entrega na Dialó- Agradecemos sua participação
trações, as quais foram muito bem gica Editora e na unidade do Sho- no projeto Divulga Escritor. Que
concebidas pelo meu amigo Emílio pping Santana da Livraria Nobel, mensagem você deixa para nossos
Yamazaki do Estúdio Escola Mode- seguem os links para compra on-li- leitores?
lo Design. ne: http://www.livrariacultura.com. Paulo Marsal - Que continuem len-
br/p/oluap-o-guerreiro-46124756 do, divulgando e participando do
Como foi a escolha do título, quem http://www.dialogicaeditora.com. Projeto Divulga Escritor, que é uma
é o Guerreiro Oluap? br/#!product/prd1/4314622645/ fantástica iniciativa, e que se divir-
Paulo Marsal - É uma história en- oluap%3A-o-guerreiro Em breve tam lendo o meu livro (risos).
graçada, pois todos os nomes “vi- estará nas Livrarias Cia. dos Livros, Serviços: paulohmmarsal@gmail.
kings” que passavam pela minha Martins Fontes Paulista, Leitura e com - www.facebook.com/paulo-
cabeça já haviam sido usados por Curitiba, todas para compra a pron- marsalautor - www.oluapolivro.
outros autores ou historiadores, a ta entrega ou on-line. com.br
exemplo Ragnar e Erik, que no fi-
nal entraram no livro, porém como _________________
personagens coadjuvantes. Eu pre- Quais os seus principais objetivos Participe do projeto
cisava de um nome inédito, que se- como autor? Divulga Escritor
não “viking”, que ao menos soasse Paulo Marsal - Quero que meus li- www.divulgaescritor.com
Participação especial
educação, cultura, saúde;
sendo autora de vários li-
vros e ganhadora de pre-
miações. Mas, é o seu cur-
rículo de mãe que a renova,
diariamente, com poesias
e poeticamente ao lado
do seu lindo nino cachos
de ouro. Anjinho Minho...
Mãezinha Minha... é um
livro mas também uma ex-
Onã Silva, a Poetisa do Cui- pressão de amor mútua de- Capa do livro Anjinho Minho... Mãezinha
dar, Colunista do site DIVULGA mostrada por ambos: a ma- Minha...
ESCRITOR, tem um currículo de mãe escritora e o nino (o
atuação na área de enfermagem, anjinho) como ilustrador.
A poesia “Anjinho, anjinho meu... Anjinho Minho” publicada no livro Anjinho Minho... Mãezinha Minha...
ENTREVISTA
Escritor Pedroom
Lanne
Pedroom Lanne é webwriter, mestre em Comunicação
Social e especialista em novas mídias, mas, sobretudo,
Doom player, dinossauro da era dos BBS e amante
fervoroso de ficção-científica de um modo geral, fã e
apaixonado pela literatura do fantástico. É esta justa
paixão que guia Pedroom em sua obra de estreia como
escritor romancista através da ficção-científica – o título
“Adução” –, uma narrativa que ultrapassa as fronteiras
de seu entusiasmo pelo conhecimento e aflora em
palavras sua linha de pensamento que converge na
busca de um mundo onde sabedoria, fé e utopia
convivem harmonicamente. Como inspiração, Pedroom
é leitor e aficcionado por autores póstumos como Poe, Que o leitor atual
Wells, Verne e Monteiro Lobato, e contemporâneos consiga tirar vantagem
de algo que há pouco
como S. King, J. Anson e Érico Veríssimo. Diz que
tempo era impossível:
seus livros prediletos são “Histórias Extraordinárias”,
manter contato com
“Christiane F.”, “1984” e “Laranja Mecânica”, e o o escritor via Internet,
melhor filme que já viu, pois, além de leitor e escritor é sobretudo os novos
também cinéfilo, foi “Rapa Nui”. escritores.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Pedroom Lanne - A trama desse li- lavras, a inspiração para escrever
vro me veio à cabeça no dia 22 de “Adução” veio no primeiro dia do
Escritor Pedroom Lanne é um pra- Dezembro de 2012 quando estive reinício da conta longa do calendá-
zer contarmos com a sua partici- visitando a cidade São Thomé das rio maia. Costumo dizer que essa
pação no projeto Divulga Escritor, Letras em Minas Gerais (Brasil), história foi plantada na minha men-
conte-nos em que momento pen- por ocasião daquela que deveria ser te por algum alienígena, não só pela
sou em escrever o seu livro “Adu- a data do “fim do mundo” previsto ocasião em que a imaginei, também
ção, o Dossiê Alienígena”? no calendário maia. Em outras pa- pelo fato da cidade de São Thomé
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DIVULGA ESCRITOR
ser um ponto turístico conhecido somente consultei um especialis- veio a mente quando estava em São
por supostas visitações e contatos ta, um professor de física, que me Thomé das Letras, é a história dos
de seres extraterrestres. Verdade é ajudou a confirmar a coerência dos alienígenas, de como eles evoluíram
que estive lá de férias com minha assuntos da forma como os abordei. como espécie até um dia conquista-
esposa, ela que não conhecia o lo- O mesmo vale para os campos das rem e habitarem o espaço.
cal, pois, se o mundo fosse mesmo biomédicas e da psicologia, outras
acabar, talvez lá fosse um bom lugar duas áreas de grande apelo dentro Qual a mensagem que você quer
para se estar caso algum alienígena da história que escrevi, das quais transmitir ao leitor através do en-
se dispusesse a nos salvar. É claro obtive muitas informações junto a redo que compõe a obra, nos apre-
que digo isso de brincadeira, verda- especialistas de ambas. sente os principais personagens e
de é que o mundo não acabou e eu sua missão?
tive essa súbita inspiração quando O que mais o encanta em “Adução, Pedroom Lanne - Não posso dar
lá estive, se isso teve alguma influ- o Dossiê Alienígena”? detalhes sobre os protagonistas
ência do além, não existe nenhuma Pedroom Lanne - É difícil, como humanos da história, pois tiraria a
prova material ou consciente do autor, dizer o que mais encanta em graça da leitura já no princípio do
fato, eu prefiro acreditar que o lugar minha obra. Talvez o forte da obra livro. Posso apenas dizer que eles
me inspirou, apenas isso. seja o que mais “desencanta”, pois, foram escolhidos e modelados con-
em grande parte, a história se trata forme o tema que queria abordar
Quais os principais desafios para de uma crítica ou sátira dos nossos que é, como enfatizei anteriormen-
escrita do enredo que compõe a conceitos de vida e sociedade. A te, a história dos alienígenas, inclu-
obra? partir de uma perspectiva conscien- sive a data de partida da história e
Pedroom Lanne - O grande desafio te mais evoluída que a nossa, tento as características dos mesmos fo-
foi abordar temas que estão com- expor o que os alienígenas pensa- ram delineadas com esse objetivo,
pletamente fora da minha área de riam de nossa existência atual aqui por isso, posso dizer, eles são norte-
conhecimento, especialmente para na Terra. Da mesma forma, eu ques- -americanos que vivem no ano de
desenvolver o universo imaginário tiono nossas utopias de um mundo 1978 – não porque quis escrever
no qual vivem os alienígenas da mais desenvolvido, de modo que o uma história “americanófila” ou
história que desenvolvi, o mundo universo alienígena que imaginei criar algo que tivesse apelo para o
quântico, habitado pela espécie que também tem suas falhas e os seus mercado dos EUA, o próprio desen-
denominei Quanticus-sapiens, pois limites, difere-se do nosso apenas volvimento da história vai desmen-
tive que me basear nas mais recen- por praticar uma ética diferenciada tir essa aparência inicial, poderia
tes teorias da física quântica para e mais refinada que a nossa, e, claro, dizer, até, que a história não tem
desenvolvê-lo. Um desafio para um pela tecnologia, que é super, hiper, nada de norte-americana, se trata
mero comunicólogo cuja afinidade ultra-avançada. de uma “armadilha” para os norte-
com a matemática é praticamente -americanos. Quanto a mensagem
nula. Que temas são abordados nesta que quero transmitir, muito sim-
obra? ples, mostrar que muitos de nos-
De que forma estes desafios foram Pedroom Lanne - Embora pareça sos valores, que as dores de nossa
superados? que não, o tema mais forte da obra sociedade atual são mesquinhas e
Pedroom Lanne - Imaginação e é a evolução das espécies, pois a ultrapassadas, que uma existência
intuição são as palavras-chave para aventura não se resume ao drama em nível cósmico implica em dei-
a superação desse desafio, mas não dos personagens humanos (terrá- xarmos tudo isso para trás.
só. Tive que pesquisar muitos sítios queos) que utilizei para compor o
e buscar várias referências sobre enredo da história, se trata de como Como você vê o mercado literário
física quântica, matemática e as- e o quanto uma espécie precisa Nacional?
tronomia para compor uma histó- evoluir em termos tecnológicos e Pedroom Lanne - No Brasil, pés-
ria que fosse coerente com as teo- genéticos para conseguir habitar o simo. Embora exista um boom de
rias atuais. Hoje, a Internet facilita espaço. Nesse sentido, os protago- novas publicações e autores, muito
bastante esse trabalho, de forma nistas humanos formam um elo de em função das facilidades que se
que consegui superar essas dúvidas nossa civilização atual com a civi- tem para publicar um livro hoje em
sem precisar recorrer a entrevistas lização alienígena futurista (tendo dia, ou mesmo se publicar na Inter-
com professores e pesquisadores como pano de fundo uma história net, em termos de mercado, a coisa
do assunto. Consegui reunir as in- sobre viagem no tempo), enquanto continua ruim por aqui. Digo que
formações que precisava sozinho, a história que narro, aquela que me continua em função do que ouço de
ENTREVISTA
Escritora Rijarda
Giandini
Rijarda Giandini, brasileira de
Fortaleza, casada com Giovanni
e mãe de Artur. Historiadora
e Internacionalista, mora no
Restelo, em Lisboa, desde 2014,
para um doutorado em História
Contemporânea. É diretora do
Instituto da Cidade, em Fortaleza
e membro do Conselho da Camera
di Commércio Italo-Brasiliana do
Nordest. Traduziu adaptou o conto
infantil “Il Principe Felice”, de Oscar
Wilde, para o português e realidade As impressões que
brasileira. Escreveu o livro de Poesia relato são reais. Direitos
“Inquietude”, ambos inéditos. Possui e deveres, em todos os
capítulos de livros e artigos em momentos, observados
revistas sobre Cidades Sustentáveis.
com o espírito
desarmado. Viver Lisboa
não é nenhum sacrifício.
Ao contrário. Amar é
Boa leitura! uma consequência.”
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) em fazer parte, agora como escrito- Camões, Eça, Pessoa, Saramago,
ra, de um projeto que acompanho Sophia, Cecília, dentre alguns. Con-
Escritora Rijarda Giandini, é um já algum tempo. Parabéns à equipe fesso que sou uma amante do Rio
prazer contarmos com a sua parti- pelo “Divulga Escritor”. O meu en- Tejo. O Tejo me é fascinante pelo
cipação no projeto Divulga Escri- cantamento pela cidade é algo sem- que tem de história, de conquistas,
tor, conte-nos o que a motivou a se pre em estado latente, às vezes “des- de rebuliços e por sua calma cortan-
encantar por Lisboa? coberto” nas entrelinhas de alguns do uma cidade que existe indissoci-
Rijarda Giandini - O prazer é meu escritores que muito prezo como ável do seu rio. Para mim Lisboa é
www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
65
DIVULGA ESCRITOR
a moldura do Tejo. As cores refle- ele estivesse em competição. Fo- também muitos descuidos urbanos,
tidas em suas águas acompanham mos ver uma apresentação de fado lixo nas ruas, um quê de desconfor-
as idiossincrasias do tempo. Talvez e uma amiga, professora de Direito to, que foram fascinantes porque
seja o meu primeiro encantamento. Internacional, a Renata em dueto são reais. Perdi-me nesta cidade,
Depois tem a própria cidade. E por de fado...digo que este livro é uma como nos perdemos nas grandes
ela tornei-me uma flaneur diurna. grande celebração à amizade. paixões. Fiz um sem número de fo-
Lisboa é solar, com cores espetacu- tografias que ajudaram a captar al-
lares; a conformação urbana é insti- Como é viver e amar Lisboa? gumas emoções, deslumbramentos,
gante. As ruelas, becos e escadarias, Rijarda Giandini - Viver e Amar encantamento e algumas tristezas
geralmente nos surpreendem. Lisboa não é difícil por nenhuma geradas por maus tratos urbanos. E
Por outro lado, tivemos uma boa re- situação. Ressalto sempre que a ci- com elas fiz a escrita interpretando
cepção dos lisboetas. Especialmente dade, seja ela qual for, é acolhedo- este meu olhar. Resultou em uma
da Universidade por onde faço um ra na proporção da nossa relação obra agradável que se lê rápido e
doutorado em História Contempo- respeitosa com ela. Neste livro eu que faz sonhar. As fotografias assim
rânea. Acredito que foram as jun- apresento um jeito de chegar e per- como fragmentos e noticias do livro
ções ou confluências de uma cidade manecer como parte do todo. Fiz estão no blog www.rijardagiandini.
que por não ser perfeita, limpa, é valer meus direitos, inclusive para a wordpress.com
real e preserva ainda alguns modus bolsa de estudos, reclamei quando
vivendi muito fascinantes. necessário, sugeri quando assim foi Quais os principais desafios para
possível. Participei como voluntária escrita do livro?
Em que momento pensou em es- de ações da minha Junta de Fregue- Rijarda Giandini - O desafio maior
crever “Viver e Amar Lisboa”? sia. O livro foi escrito sem que nin- é sempre começar. Não só a escri-
Rijarda Giandini - Acredito que foi guém soubesse de sua existência. ta. Dar o primeiro passo. Concreti-
na primeira vez que vi o Rio Tejo As impressões que relato são reais. zar as ideias, as intenções. Não há
da minha janela. Senti uma emoção Direitos e deveres, em todos os mo- receita porque é um processo in-
forte e indescritível, como se hou- mentos, observados com o espíri- dividual e absolutamente pessoal,
vesse ancestralidade. Apropriei- to desarmado. Viver Lisboa não é único. Escrevi o livro entre os me-
-me deste canto do Tejo. Contudo, nenhum sacrifício. Ao contrário. ses de Agosto de 2014 e Setembro
demorei a encontra-lo fisicamente. Amar é uma consequência. de 2015. Propositadamente, optei
Mantive com ele uma relação ceri- por fazer com as primeiras impres-
moniosa. “Um resguardo de meni- Rijarda, que temas são abordados sões, os primeiros olhares, virgens
na faceira”. em nesta obra literária? olhares, sem conceitos preestabe-
O mais forte, porém, foi o desejo Rijarda Giandini - Dividi o livro lecidos. Andei durante 9 meses a
em compartilhar este meu momen- em dois grandes capítulos. O pri- pé ou em meios públicos, que são
to com outras pessoas. Pensei em meiro é o “Viver Lisboa” no qual eu bons. Tive a companhia quase sem-
contar, em primeira pessoa, a mi- relato as principais situações prová- pre do Giovanni e do Artur, o que
nha experiência de brasileira, classe veis, como as questões de Educação, tornou o processo mais real, lúdico
média, com filho pequeno, marido Saúde, moradia, supermercados, e compartilhado. Porém, o maior
músico. Talvez muitas pessoas pu- transportes, diversão e entreteni- desafio foi conciliar o primeiro
dessem inspirar-se ou beneficiar-se mento sem custos, etc. Este é um ano do doutorado com o processo
com algumas situações que viven- livro para quem tem um orçamento literário. Não por este último, mas
ciamos. Outro sentimento que ma- controlável. Procurei apresentar al- porque foi um ano em que mudei
chuca é a questão da saudade que ternativas de viver bem sem gastar o foco da minha investigação duas
bate forte, principalmente, dos ami- além. As palavras diferentes, as im- vezes. E cada vez pressupõe novas
gos mais próximos e da família. Daí prescindíveis, a gentiliza e a rude- pesquisas, encontrar orientadores,
o processo de escrita servir como za dos portugueses, dentre outros além das aulas curriculares. Tive,
uma espécie de catarse. Comecei temas. O outro Capítulo é o “Amar também, uma boa dose de sorte.
a passear com os amigos como se Lisboa”. Nele apresento uma Lis- Todos os orientadores tanto do Bra-
aqui estivessem. Levei-os comigo boa margeada pelo Tejo. Adentrei sil quanto de Portugal apoiaram-
em várias locais. Por exemplo: se ví- os bairros, as freguesias, buscando -me nas decisões. E a Universidade
amos uma corrida, em que Lisboa os espaços ainda pouco explora- sempre esteve presente quando as-
é pródiga, pensávamos no Marcos, dos pelo turismo tradicional. Visi- sim necessitei. Enfim, depois de um
nosso amigo brasileiro, morador de tei capelas, monumentos, parques, ano, havia já a definição da Tese, to-
Florença, na Itália. Era como se ali jardins. Descobri preciosidades. Vi das as cadeiras cumpridas com boas
mar, das pedras... foi para o sul que Projeto e vejo mais e mais livros e au- Fragmentos do Livro
fui para um sabático que se prolon- tores em nossa língua. Tenho muito
gou por quatro anos! Ali aprendi a orgulho de pertencer a esta grande Rio Tejo:
colher uvas e fazer a sagrada trans- Pátria chamada Língua Portuguesa. “De frente para a Torre
formação em vinho; azeitonas, em Somos um. Divulguem a boa litera- de Belém, sem aproxi-
pés seculares, colheras para o azei- tura, este é o critério. Ler, escrever, mar-me, deixo voar as
te de oliva. Fazer a salsa de pomo- ler. Incentivar o nosso cérebro à lei- gaivotas. Vejo as naus
doro (molho de tomate) plantados tura. Quanto ao meu livro “Viver e saindo em busca do
por mim. É um amor maduro este Amar Lisboa” gostaria que fosse útil ouro, das terras, das
pelas pequenas cidades italianas. para provocar um belo sorriso, para gentes, das especiarias.
Faço meu percurso ao menos uma sonhar, para planejar seu estudo nas Sempre a eterna busca
vez por ano. Giovanni é italiano, do terras de Camões, e para viajar de que nos faz levantar dia
Norte, e é a síntese da minha rela- olhos bem abertos ou fechados em a dia. Os homens por-
ção calma, arrebatadora e perene noites de sonhos. Contatos da auto- tugueses, deixam suas
com o País. Com Lisboa, foi algo ra - Rijarda@icloud.com mulheres, seus meninos,
mais contemporâneo, acho, por Facebook: Rijarda Giandini / Viver suas fomes para saciar
conta do meu olhar de hoje. Ela, a e Amar Lisboa - www.rijardagian- em outras paragens. “
cidade, de repente apresentou-se dini.wordpress.com “Andando! Assim come-
como uma conformação dos meus ço a conhecer a cidade.
anseios. Um amor à primeira vis- Sem pressa ou pré-
ta, talvez. Lembro-me que quando -conceitos concebidos
chegamos para o primeiro encontro e cheios de pecados.
com a direção da minha Univer- Como o corpo da pessoa
sidade, o aeroporto surpreendeu- amada, percorro sem
-nos pela beleza, grandiosidade do juízos. Simplesmente,
shopping internacional e pelo me- admirando as curvas, as
trô dentro do aeroporto. Ali fomos dobras, os montes. Não
recebidos, em pintura em azulejos, há o certo ou o menos.”
por grandes personagens portugue- “Adentrei nos meandros
ses, nos dando às boas vindas. O da vida em Lisboa, suas
primeiro encantamento. Em nos- dificuldades, institui-
so segundo dia de morada, fomos ções, supermercados,
a um supermercado e um senhor lojas e mercados. Como
com não menos de 80 anos, nos estudante de doutorado,
deu uma “boleia”(carona) sem que esposa e mãe vivenciei
eu pedisse...vejo a cidade gentil. e fiz valer meus direitos
Como demonstro no livro Lisboa é de bolsa de estudo, de
uma alternativa muito interessante subsídios, de cidadã e, os
para quem quer ter uma experiên- correspondentes, deve-
cia de moradia. Em termos de custo res. Viver Lisboa é uma
da vida é relativamente menor do face da moeda. A outra,
que a Itália e do que o Brasil. Como Amar Lisboa, é quase
qualidade de vida é superior nos uma consequência.”
dois casos.
SOLAR DE POETAS
A Gaveta
E
ra frequente reunirmo-nos naquela salinha, perfuração no fundo da mesma. Nos convívios que na-
primariamente concebida para escritório do quela salinha iam acontecendo quase sempre a história
ministro do Evangelho que deveria servir na da gaveta da secretaria vinha a tema de conversa e ami-
nossa pequenina Igreja da Rua do Pinhal. úde gracejávamos com o “descuido “ de certo operário
Mas o espaço só raramente foi utilizado para esse fim, que de forma pouco profissional tinha deixado a gaveta
sendo frequentemente usado como arquivo ou sala de com esse buraco inusitado no interior e que a atravessa-
apoio e fortuitamente para usar o sanitário ali exis- va em toda a sua largura. Como foi possível ter passado
tente. despercebido?
Havia ali dois sofás individuais, uma cadeira de Ó Joaquim, tira lá una minutos para - arranjar isso,
apoio e a cadeira que servia à robusta secretaria de ma- pá! – gracejavam os presentes para o homem tapa-furos
deira ali existente. Uma estante era usada para alojar lá do sítio.
alguns livros e pastas de arquivo da secretaria da Igreja. Durante muito tempo, negligentemente, a gaveta
Num canto, uma porta de acesso ao tal lavabo de apoio permaneceu assim, sem que vivalma tivesse o descorri-
à sala. mento de a mandar consertar. E os comentários iam-se
E era ali que por norma nos reuníamos para cava- sucedendo sem que ninguém tomasse qualquer inicia-
quear um pouco antes de cada reunião. tiva para colmatar o problema.
Entre os frequentadores do espaço estava o Né Pin- Um dia calhou ao Né Pinto sentar-se na cadeira da
to, um invisual, membro assíduo e dedicado da Igreja e secretária. Chegou um pouco mais atrasado e o seu lu-
que duas vezes por semana - fora os dias em que andava gar habitual estava ocupado. Alguém, gentilmente, lhe
a calcorrear por todos os recantos da cidade - se deslo- ofereceu a cadeira da secretária.
cava a pé de sua casa situada a uns dois bons quilóme- No meio daquela cavaqueira reparamos a dado mo-
tros, fizesse chuva ou fizesse sol. Percorria as ruas com mento que a mão do Né , sorrateiramente, se infiltrava
uma ligeireza tal que surpreendia qualquer passante na gaveta até que atingiu o famigerado buraco. Um pe-
que quase sempre o saudava com carinho: sado silêncio se fez sentir na sala e todos os olhares se
- Bom dia, Né… dirigiram espantados para ele.
- Bom dia - respondia, chamando sempre pelo Abriu-a, tateou o forro e detetou o orifício. Silente,
nome os seus interlocutores. estendeu a mão direita por debaixo da gaveta até chegar
- Vais até a Igreja? mesmo lá ao fundo. Tateou de novo, agarrou na ponta
- Vou por aí. É preciso alimentar a alma… do forro e com um brilho nos olhos, empurrou-o em
O Né era operário numa fiação onde exercia com direção a si, recolocando-o no seu devido lugar:
grande profissionalismo a função de revisor de tecidos. - Já está. - desabafou.
Deliciávamo-nos a ouvir as suas histórias às vezes ro- Abriu-a com um sorriso nos lábios e, perante a es-
cambolescas e experiências de vida interessantíssimas. tupefação dos presentes, desabafou: -
Quando abríamos a gaveta, saltava-nos à vista uma Temos gaveta!
www.divulgaescritor.com
www.divulgaescritor.com
| abr/maiRevista
| fev/mar
| 2016 Divulgar Escritor | www.divulgaescritor.com | out/nov | 2015
| 2016 6969
DIVULGA ESCRITOR
ENTREVISTA
Escritora Silvia
Ligabue
Formada em Psicologia desde 1989, possui
Certificação Internacional Wellness Coaching pelo
National Wellness Institute. Especializada em
Promoção da Saúde pelo Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da USP e Pós-graduada
em Terapia Cognitiva com base construtivista pela
Universidade Paulista com curso de extensão na
Universidade do Minho-Braga-Portugal (1996) e
Co-fundadora da Sociedade Brasileira de Terapia
Cognitiva. Além de autora do livro “Faça Escolhas, não
terceirize sua vida”, lançado pela editora Autografia
em 2015. Colaboradora do capítulo 10, Depressão, Que as escolhas
do livro, “A poderosa, a vida da mulher pode ser nos concedem uma
sensação de liberdade
melhor a cada dia” Paulo Cezar Fernandes David,
e de resgatar nosso
editora Olivier – 2003 colaboradora do artigo, Pressão
próprio poder.”
para ser bem-sucedido pode destruir seus planos de
felicidade, e textos mensais em qualidade de vida,
autoconhecimento entre outros temas na UOL.
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Silvia Ligabue - Gostaria desde já Acredito muito na prevenção e tra-
agradecer minha participação neste tamento, em viver uma vida com
Escritora Silvia Ligabue, é um projeto que venho acompanhando a qualidade, com mais leveza e então
prazer contarmos com a sua par- algum tempo e que tenho muito res- resolvi falar de tudo isso, de plantar
ticipação no projeto Divulga Es- peito. Sou psicóloga clinica a mais uma semente em cada leitor com
critor, conte-nos o que a motivou de 25 anos , tenho uma consultoria esta leitura e é claro que as escolhas
a escrever o seu livro “Faça esco- em Qualidade de vida no trabalho e cabem a cada um sobre o carinho
lhas, não terceirize sua vida”? sou Coaching em bem estar. que querem seguir.
ENTREVISTA
Escritor T. S. Duque
T.S.Duque nasceu em São Paulo, onde mora
atualmente com a esposa e os dois filhos. É
formado em Engenharia Logística e trabalha
como tal na maior parte do tempo. Começou a
escrever aos 22 anos de idade com o primeiro
volume da série Tânton e as fortalezas de
Asmodeus em 2012, título que o lançou no
universo literário fantástico brasileiro. Sempre
foi apaixonado pelo mundo das letras e a
entrada na literatura ocorreu de forma natural,
através do gosto pela leitura e as ideias que
sempre borbulhavam em sua cabeça. Dessa
paixão literária e dessas ideias nasceu Tânton, É muito difícil lutar
seu principal personagem e mestre, que vem contra isso, contra um
ensinando grandes lições a este autor que está inimigo que se parece
apenas começando e evoluindo. tanto com você. Esse é
um desafio histórico.”
Boa leitura!
parou e Tânton, agora mais madu- Onde podemos comprar o seu li-
ro e entendendo melhor o que está vro?
acontecendo no mundo, vai em T. S. Duque - O livro pode ser ad-
busca de Azazel, demônio respon- quirido no meu site www.tsduque-
sável pela ira na história. O objeti- oficial.com, ou no site da editora
vo é prendê-lo no tempo e destruir www.editoraapmc.com.br ou atra-
seus domínios no reino das trevas, vés do e-mail t.s.duque@outlook.
fazendo com que seus objetivos no com. O envio é feito para todo o
mundo real também desapareçam. Brasil.
A maior diferença entre os dois li-
vros é que, diferentemente do pri- Quais os seus principais objetivos
meiro volume que trata bastante como escritor?
de explicar a história, a origem de T. S. Duque - Meu principal ob-
Tânton e sua família além de criar jetivo é ser lido, realmente não
o pano de fundo principal, sem dei- há maior prazer. É um hobby que
xar faltar muita aventura, é claro, o quero levar para a vida toda. Além
segundo volume é mais eletrizante de contribuir para um cenário na-
no que diz respeito aos desafios en- cional que tem pouca visibilidade,
frentados por ele e também ao psi- infelizmente, mas que possui seus
cológico envolvido, sobretudo pelo diferenciais históricos para uma so-
encontro com um velho conhecido. ciedade se desenvolver.
Participação especial
Calendário Infância
Janeiro: Tempo de férias,
Na infância brinca-se de faz de conta, o imaginário ul-
viajar de Leste a Oeste, Nor-
trapassa o limite do cenário... Criança brinca com bola, água
te Sul. Banho de mar e céu azul.
e lama. Faz cabana embaixo do lençol da cama. O guri sobe
Fevereiro: Cair na folia com alegria
em árvore, pedala na bicicleta, mergulha na piscina ou na
samba, frevo e marchinha na festa da
praia. Faz castelo na areia e constrói delícias com barro e anda
carochinha.
descalço. Criança gosta de ler e escrever histórias. Desenha e
Março: Estudar e trabalhar com foco e
pinta com pincel e tinta. Pinta um, dois, três e também pinta
emoção para garantir o futuro da nação.
o sete... Na descoberta do mundo ao seu redor vai de Sul ao
Abril: Uma pausa para oração e ga-
Norte, sobe nos montes e viaja na linha do horizonte. Criança
rantir o predão.
constrói seu brinquedo sem fazer segredo... Criança feliz corre,
Maio: Mês das noivas animadas pre-
pula cai e rala o nariz. Sacode a poeira e dá volta por cima, sai
parando o casório, o vestido majestoso pro-
sorrindo bailando e sambando sem cicatriz. Criança conten-
vando na confecção.
te sorri sem dente, o dente está mole não se enrole, chama o
Junho: Muitos festejos encantados ce-
irmão doutor pra tirar sem dor. A infância é inocente diz o que
lebram Santo Antônio e S. João. O forró no
sente, gosta de chocolate e presente. Pipoca e paçoca. Seu me-
arrasta pé ponto alto na comemoração.
lhor amigo é uma foca. Criança com tempo e espaço livre cria,
Julho: O pescador com dois peixes
inventa, raciocina, age e interage. Comunica e não se trumbica.
e três pães cinco mil pessoas alimentou.
Cresce aprende e escina, ao tornar adulta é tranquila e serena,
Ele é pescador de homens, tem a chave do
confiante e produtiva.
segredo.
Agosto: Metade do mundo fazendo
aniversário, balas, bolas e bolos, alegrando
da criançada. Assoprar a velinha já está no
imaginário.
Setembro: A primavera che-
gando um bailar de revoada, a ale- Mulher
gria de pássaros e borboletas en-
feitando a natureza. Flores, cores e
perfumes com brilhos de vaga -lumes. Mulher foi escolhida por DEUS para ser a mãe de seu
Outubro: O camponês fervoroso e espe- filho. Mulher recebeu o dom de gerar e amar, a delicadeza de
rançoso iniciando sua plantação, arroz, criar ternura para educar. Mulher tem capacidade de concluir
milho e feijão... várias coisas ao mesmo tempo. Mulher pode ser mãe, cozi-
Novembro: O décimo terceiro sai ou nheira, lavadeira, arrumadeira, passadeira. MULHER pode
não sai? O ano já acabou, vou planejar mi- ser professora, médica, cantora e escritora. Mulher pode ser
nhas férias. Ufa! Cansado de trabalhar nem arquiteta, motorista ou maquinista. MULHER pode ser o que
consigo imaginar... quiser. A mulher é sempre bela não depende de que a vela.
Dezembro: O foco é Natal, comida, MULHER deve sentir-se sempre bela. Seu olhar que fascina
bebida, luz, brilho e presente... Alguém o sorriso que ilumina, sua palavra que ensina. Majestosa e
lembrando do aniversariante ? poderosa o mundo para ti inclina.
ENTREVISTA
Escritora Uiara
Melo
Aos 33 anos Uiara Melo é uma escritora que
gosta de desafios! Residente em Macaé –
RJ, publicou a obra “As várias fases de um
amor” (Livro de poesias), participou de vários
concursos literários, tendo em seu currículo
alguns textos publicados nas seguintes
obras: Antologias de Poetas Brasileiros
Contemporâneos (CBJE), volumes 39 com a
poesia “Você”, 40 “Falta”, 41 “Má Companhia”
e Eldorado Coletânea de Poemas, Crônicas
e Contos 2008(SP), com a poesia “Paixão
Avassaladora”. Seu mais recente trabalho é
o romance-drama “Zafhira – Quando o amor Não tenho objetivos
acontece”, publicado e distribuído de forma fixos, eu só quero tocar
independente. no íntimo do leitor,
escrevo o que gosto,
então espero que as
pessoas gostem do que
Boa leitura!
eu escrevo”
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Uiara Melo - Foi o Luiz quem me Divulga Escritor - Em que mo-
convidou e na hora aceitei. Gosto mento se sentiu preparada para
Divulga Escritor - Escritora Uiara de contribuir para coisas boas. publicar o seu primeiro livro de
Melo é um prazer contarmos com poesia “As várias fases de um
a sua participação no projeto Di- Divulga Escritor - O que mais a amor”?
vulga Escritor, conte-nos o que a encanta no evento? Uiara Melo - Quando eu perce-
motivou a participar do Festival Uiara Melo - A oportunidade de bi que havia produzido textos em
de Literatura organizado pelo es- visibilidade, e também por estar co- quantidade suficiente para publica-
critor Luiz Amato? nhecendo outros escritores. ção, então resolvi fazê-lo.
www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
77
DIVULGA ESCRITOR
Uiara Melo - Por que adquirir o do com muito amor, carinho e suor
Sem Sombra? Oras, porque sim. dessa escritora independente que
Posso escrever páginas e mais pá- vos escreve.
gina em defesa dele para vender o
meu peixe. Mas a única coisa que Divulga Escritor - Onde podemos
digo é que a leitura nos faz viajar, e comprar os seus livros?
nessa viagem onde conduzirei o lei- Uiara Melo - A várias fases de um
tor, ele poderá conhecer um pouco amor – Esgotado, pretendo lan-
da cidade de Marvão em Portugal çar novamente em 2016 Zafhira-
junto com a Fernanda, e ainda ser Quando o amor acontece – Comigo _________________
cúmplice de suas decisões e ações. uiarameloautora@gmail.com Participe do projeto
Tenho certeza que o leitor não irá site da Letra e Versos http://www. Divulga Escritor
se arrepender, o livro foi produzin- letraseversos.com.br/livraria-virtu- www.divulgaescritor.com
ENTREVISTA
Escritora Valéria
Guerra
Valéria Guerra Reiter : atriz, escritora, cantora,
historiadora, autora dos livros: Eu preciso de
um Hulk, Expectativas e contos, Lágrimas e
trópicos sonetos e confetti, todos lançados
em bienais do livro de São Paulo, de 2010
a 2014. Ganhou o prêmio Clarice Lispector,
por sua arte literária (em 2015 – pela editora
comunicação) e o prêmio de melhor contista em
2014, reconhecida pela editora Mágico de OZ.
Artilheira da cultura do Forte de Copacabana...
atualmente ministra aulas de teatro na
Agência BR Sete em Petrópolis, dirige a GGG
Empreendimentos Artísticos. E realmente se
refletirmos um
Boa leitura! pouquinho veremos que
o mistério expectante de
uma narrativa que conta
algo nos oferta um
golpe a cada parágrafo,
o que nos desperta para
a vida.”
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) advém da fé no cotidiano, no sobre- mem moderno este gosto. Acho que
natural, na ficção, e na vida. Contar criar é algo excepcional, e criar con-
Escritora Valéria Guerra Reiter, é uma história é algo maravilhoso, tos é divino.
um prazer contarmos com a sua seja ela baseada em fatos, ou não;
participação no projeto Divulga a tradição oral que reunia os povos O que mais a encanta neste estilo
Escritor, conte-nos o que a moti- antigos em torno de uma fogueira de escrita literária?
vou a ter gosto por contos? para ouvir as trajetórias aventurei- Valéria Reiter - Compútus (latim)
Valéria Reiter - O gosto por contos ras de antepassados legou ao Ho- que significa conta, gênero literá-
cem anos que estão chegando, ama cia de viver me ofereceu através da
seus filhos, netos e bisnetos, porém jornada da existência; ah já ia me
diz que ser velho ou ser novo, é só esquecendo de mais um hobbies:
uma questão de alma... Cantar.
Participação especial
...queria só mais uma semana
...para amar minha mãe um na fronte coroada de atenções, de expectativa do próximo domingo.
pouquinho mais... para fazer- sensibilidade, cuidados, de zelo Queria com ela desfrutar da
lhe carinhos, passar a mão em pela família; queria dar-lhe um alegria de comer algodão doce
seus cabelos brancos, beijar suas grande abraço filial e receber o e brindar nossos olfatos com a
bochechas. troco em abraço maternal. Queria fragrância dos canteiros de rosas
Queria um pouco mais de acariciar seus braços gordinhos daquela praça encantada. Aquelas
tempo em sua companhia para e dar um carinhoso beliscão nas tardes tinham o néctar do enlevo da
aprender a ser um homem de bem, suas papadas. Queria vê-la sorrir cumplicidade de mãe e filho glabro.
com atitudes retas, com o caráter novamente, a gargalhada do Para mim, aqueles momentos,
formado. prazer da vida na companhia dos eram sempre melhores que uma
Queria me embevecer com filhos criados e educados, prontos tarde no circo. A saudade é opaca
seu sorriso santo, beijar suas mãos para encarar a selva de pedras. porque não tem textura.
gordinhas e sentir o carinho de seus Queria vê-la sorrir a certeza Queria só mais uma semana
cuidados; beber na sua fonte de do dever cumprido, da tarefa para amar, “desesperadamente” a
tolerância, sentir o cheiro do círio realizada com louvor. Queria ir minha mãe que está, desde os meus
de sua esperança, que nunca se com ela fazer a feira do sábado, 17 anos, na companhia de Deus.
apagou. provendo o lar de suas necessidades
Queria só mais uma semana praticas. Ela que “arengava” com
para dedicar todo o meu amor à todos os fregueses por um preço
minha santa mãezinha, minha mãe melhor, presa aos cuidados de um
que tanto me amou, me cuidou, orçamento domestico compatível
pensou minhas feridas de corpo e com os ganhos dos filhos que
alma, velou meu sono agitado por trabalhavam de sol a sol.
pesadelos de estripulias juvenis. Queria sair com ela, de mãos
Queria poder dizer que nunca dadas, para passear na praça e
lhe esqueci, que rezo por ela todas escutar a “retreta” da Banda de
as noites, que peço a Deus que a Musica da Policia Militar, quando
tenha sob seus cuidados, que não a se apresentava no coreto aos
deixe sofrer, que seja sempre amada domingos. Momentos em que ela
por todos os anjos. Queria pedir a cobria sua fisionomia de candura
Deus o perdão de minha saudade, e deleite com o ritmo dos acordes
contra a qual não tenho forças para marciais. Não saía daquela posição
lutar. até que o ultimo som invadisse
Queria só mais um segundo seu momento de puro prazer, e
para presentear-lhe um grande beijo já começava a beber na taça da
ENTREVISTA
Escritora Vanessa
Arruda
Vanessa Arruda é compositora
e escritora, escreve artigos.
Estudou em Itupeva e na
faculdade de pedagogia em
Indaiatuba.
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) “Eu x Eu O Pensamento Inimigo”? Que temas são abordados nesta
Vanessa Arruda - Olá, igualmente, obra?
eu nunca pensei em escrever um li- Vanessa Arruda - Os temas abor-
Escritora Vanessa Arruda é um vro, mas um dia me veio um email dados são os pensamentos e as
prazer contarmos com a sua par- marketing de uma famosa livraria emoções das pessoas em forma de
ticipação no projeto Divulga Es- dizendo se eu já havia pensado em poesia.
critor, conte-nos em que momen- fazer um ebook a partir daí eu
to pensou em escrever o seu livro pensei e comecei o livro. Qual a mensagem que você quer
Participação especial
MÃE
Mãe…
Sou eu
És tu
Somos nós
Não é quem pariu e sentiu dor…
É quem aconchega e dá calor
É quem acolhe o que não gerou
e por ele morre, por amor
É quem por mais que se sinta perdi- SURPRESA
da,
do filho não abre mão
É sentimento, emoção
não é sangue, direito, nem posse
É quem tem coração Uma lua de algodão
pronto para qualquer situação Num sonho de magia
mesmo que doa, mesmo que perca o Veio cair na minha mão
chão E engravidou-me de alegria
Mas o amor, esse, não perde, não! Tal era a boa energia
Mãe… Perdida em tamanha euforia
Sou eu Nem me lembrei que ela
És tu Era mensageira da paixão
Somos nós Enviada pelo meu amor
Que amamos os filhos de prontidão E foi por pouco que não perdi
sem precisar razão O beijo louco que para mim trazia
É quem para além de dar vida Presente do dono do meu coração!
dá a vida pelo filho, sem se questio-
nar
Ser Mãe, é simplesmente Amar!
ENTREVISTA
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) uma honra fazer parte deste proje- de um romance; caímos diretamen-
to que traz visibilidade aos autores te sobre a ação sem ter que estar a
Escritor Manuel Amaro Mendon- e escritores menos conhecidos e faz contar todos os meandros que le-
ça, é um prazer contarmos com a a homenagem aos livros e à palavra varam o protagonista àquele ponto.
sua participação no projeto Divul- escrita, tantas vezes desprezados. Tudo se passa muito depressa e, a
ga Escritor, conte-nos o que o mo- Os contos são histórias curtas mas maior parte das vezes, num curto
tivou a ter gosto por contos? cheias de intensidade. Muitas vezes espaço de tempo. São essas duas
Manuel Amaro - É um prazer e não é mais do que uma cena intensa coisas que me dão muito prazer na
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DIVULGA ESCRITOR
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DIVULGA ESCRITOR
POETAS POVEIROS
...e chegou enfim o tão ansiado dia 19 de Março! A casa estava cheia e o programa do Mar à Tona
decorreu lindamente. Uma vez mais foi um verdadeiro exito. Deixo-vos um artigo e algumas fotos de um
Jornal da Póvoa que em algumas linhas descreve o evento.
Livro: Alameda
Autor: Astrid Cabral
rios
cios: é deserto e exílio fora da terra daquela ao seu esvaziamento e sen-
prometida, errância, algo sempre tido. Nesta terceira edição de 2014
por vir.” pela Ibis Libris, o livro Alameda,
Percorrer os labirintos do uni- que foi lançado originalmente em
verso vegetal parece-nos a sabe- 1963, ganha novo corpo com uma
Cabrals
doria de uma voz que não se quer capa belíssima, orelha de Fausto
calar. Apesar da imobilidade e inér- Cunha, apresentação da prima da
cia deste mundo, como a escritora autora, Leyla Leong, que é tocante
várias vezes salienta, é a mobilidade e bela, e análise crítica do saudoso
do mundo que o cerca que lhe dá o Antônio Paulo Graça. Este corpo
dinamismo necessário para suas re- teórico maravilhoso percorre os
voluções, transformações e altera- fios das palavras de Astrid e insti-
ções, conduzindo a todos aos ciclos gam à leitura desta obra fascinante
como é triste a dor do ser em despir- da vida e da morte. O homem altera pelo corpo dilacerado dos vegetais.
-se da vida para conquistar a morte o fluxo da natureza a partir de sua
– seu medo mais apavorante. Um cultura, mas a natura responde com Link para compra do livro:
vaso que cai com a planta ou a en- sua beleza e cânticos não trans- http://ibislibris.loja2.com.
xurrada das águas ou o vento, a pi- cendentais, mas mais do que ima- br/4757639-ALAMEDA
sada dos homens levam os vegetais nentes. Aqui, neste livro de contos
para este limite que é uma agressivi- excepcional, temos o universo da Mais informações sobre a autora:
dade à sua memória do futuro, um vegetação como resposta à agressi- http://malabarismospoeticos.blo-
devir para a perenidade, que por vidade do homem, a delicadeza do gspot.com.br/2016/03/a-brilhante-
estar além, apresenta-se aqui como vegetal se mostra como chuva, lágri- -escritora-do-brasil-astrid.html
uma utopia vegetal como são todas ma que percorre os olhos dos seres,
as utopias do homem, fadadas ao a compreensão, dor e sofrimento de
fracasso. Esta palavra, fracasso é o seu limite e da morte, que certeira
que define este universo frondoso transmuta tudo em vida artística, o
das flores, árvores, plantas e todas belo no homem e na natureza, que
as espécies do mundo vegetal. aqui é transcrito a partir de belíssi-
O título “Alameda” se oferece mos contos de Astrid Cabral, cantos
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DIVULGA ESCRITOR
Em livro, Curso de
Técnicas Poéticas
com a autora Lóla
Prata
Sobre a autora
Lóla Prata, nome literário de MARIA
DE LOURDES PRATA GARCIA, santis-
ta, mora em Bragança Paulista SP desde
1974 e, na Cidade Poesia, dedica-se à
literatura. Fundadora da ASES –Associa-
ção de Escritores- Presidenta da seção da
União Brasileira de Trovadores -UBT-,
correspondente da Academia Feminina
de Letras de Jundiaí SP, da Academia
Feminina de Ciências, Letras e Artes de
Santos SP, Academia Pontagrossense de
Letras de Ponta Grossa PR, Academia
de Letras e Artes de Caldas Novas GO,
entre outras agremiações literárias.
Dezoito livros publicados em papel,
sendo 1 Dicionário de Rimas ARRIMO
(cadeira 35 da Academia Internacional
de Lexicografia) e E EU SEI FAZER
VERSOS?, ensino de estruturas poéti-
cas.
Comendadora Municipal por serviços
prestados à Cultura.
Homenagem da Câmara Municipal em
2008.
Consulesa Honorífica pela Real Acade-
E EU SEI FAZER VERSOS? mia de Letras de Porto Alegre RS.
Três livros impressos e comercializados
Curso de esquemas poéticos, apresentando pouco mais de 70 com a LiteraCidade, editora de Belém
técnicas clássicas, medievais, modernas e pós-modernas, brasilei- PA.
ras e estrangeiras, de elaboração de poemas. Quinze dos livros, são e-books no for-
Na 2ª parte, vocabulário relativo às peculiaridades gramaticais mato Kindle, autopublicados na loja da
que orientam a perfeita contagem métrica dos versos, assim como Amazon para serem lidos em qualquer
definem estruturas (Acróstico, Diacróstico, Teléstico, Breve, Lime- suporte eletrônico.
rique, Leonino, Parlenda, Nênia, Soneto, Ex-Libris, Trevo, Triver- Site da autora:
sos, Xácara, etc.) para confecção de trabalhos literários tanto em http://www.lolaprata.com.br/novo/E-
verso como em prosa. -EU-SEI-FAZER-VERSOS-.php
Tem por objetivo o aprimoramento dos poetas na nobre arte Email contato:
de versejar. lola@pratagarcia.com
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DIVULGA ESCRITOR
Livro: “A culpa
da paixão”
Em Barretos/SP, uma jovem apaixona-se por um ban-
dido procurado. A família tradicional da cidade e seu pai
policial fazem de tudo para separá-los, mas não conseguem.
A paixão da moça e a obsessão do meliante, fazem com que
todo o esforço da família seja em vão. Pensando em prote-
ger sua família, Anely some e resolve tratar dos seus pro-
blemas amorosos em Curitiba/Pr, longe de todos, inclusive
do namorado. Quase um ano depois, o seu retorno culmina
em um confronto com bandidos e policiais dentro da sala
de parto onde a sua irmã está dando à luz. Muitas mortes e
feridos e a jovem acaba presa. A vida de um dos bebês que
nasceram naquela sala será marcada por surpresas impres- A autora
sionantes. Depois de 30 anos será que os erros serão repa- Neyd Montingelli, nasceu em Curitiba
rados? Quem pode matar o passado? é casada e tem 4 filhas. Tem Formação em
Psicologia, Nutrição, Processamento de
alimentos e Laticínios. É aposentada pela
Caixa Econômica Federal. Tem 12 livros
publicados e participa em 62 antologias.
Foi premiada em concursos literários de
contos, crônicas e poesias. Membro da
ALUBRA e ALB/Araraquara, do Núcleo de
Letras e Artes de Buenos Aires e de Lisboa,
da Academia ALMAS de Salvador/Ba, do
Centro de Letras do Paraná e da Embaixada
da Poesia. Recebeu troféu Cecília Meireles
e Federico Garcia Lorca; Medalha Monteiro
Lobato; Medalha Melhores Poetas da
Magico de Oz, Troféu Melhores Cronistas,
Certificado de Responsabilidade Cultural
Semeador de Livros e Amigos da Juruá
Editora e o Certificado de Responsabilidade
Cultural do Instituto Memória Piá Bom de
História. O livro Cavalos e contos recebeu
o prêmio de melhor livro de contos pela
Literarte.
Escreve todos os dias e em seus textos e
poesias, gosta de inserir episódios divertidos,
dramáticos, reais ou não, e principalmente
inusitados. A família é o seu tema preferido
e mesmo nos contos fictícios, coloca
acontecimentos que lembram os episódios
vividos pelos familiares.
Sinopse
Os vinte e um contos aqui desenvolvidos trazem
a tona um insigth sobre a vida, numa releitura ro-
manceada em sentimentos e palavras. Há vivências
e energias bem soltas neste compêndio que se ba-
seia também em fatos reais desenrolados em contos
– este gênero literário tão necessário ao leitor desde
sempre. A autora conta histórias com expectativas e
remete o leitor no tempo, sem cronologia.
Sobre a autora
Valéria Guerra Reiter : atriz, escritora, cantora, his-
toriadora, autora dos livros: Eu preciso de um Hulk,
Expectativas e contos, Lágrimas e trópicos sonetos
e confetti, todos lançados em bienais do livro de
São Paulo, de 2010 a 2014. Ganhou o prêmio Clari-
ce Lispector, por sua arte literária (em 2015 – pela
editora comunicação) e o prêmio de melhor con-
tista em 2014, reconhecida pela editora Mágico de
OZ. Artilheira da cultura do Forte de Copacabana...
atualmente ministra aulas de teatro na Agência BR
Sete em Petrópolis, dirige a GGG Empreendimen-
tos Artísticos.
Contato para compra do livro:
escritordeluz@hotmail.com
Contatos da autora:
Valeriaguerra.357@facebook.com
Actresspoetry@instagram.com
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ExpectativasEContos/?fref=ts