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net/publication/276846418
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Eugenio Queiroga
University of São Paulo
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The configuration process of the open space systems in the urban form of Araguari, Minas Gerais, Brazil. View project
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RESUMO
O processo de urbanização brasileiro inclui, agora, a formação de novas metrópoles, não
apenas nucleadas por capitais de estados. A região metropolitana de Campinas é a mais
importante dessas novas realidades urbanas. Os seus antigos leitos ferroviários apresentam
alta ociosidade, podendo se prestar para novos usos que, de maneira sistêmica, propiciem a
requalificação da paisagem e contribuam para uma reestruturação do território metropolitano,
favorecendo seus cidadãos. Mais que apresentar uma diretriz propositiva, este artigo enfatiza
a importância das potencialidades da paisagem como elemento a ser considerado no
planejamento territorial.
Palavras-chave: Região metropolitana, antigos leitos ferroviários, vazios, sistemas,
transportes, parques lineares, espaço público, paisagem, território.
ABSTRACT
Nowadays the brazilian urbanization process includes the formation of news metropolis, not only from
capitals of members-states. The Campinas metropolitan region is the most important of the new urban
reality. Its old railways are few used and it can receive new uses that, by a systemic way, would provide
the qualification of landscape, contributing to restructure the metropolitan territory in favor of its citizens.
More than proposing guidelines, this article emphasizes the importance of the landscape potentialities as
an element to be considered in territorial planning.
Key words: Metropolitan region, old railways, voids, systems, transports, linear parks, public
space, landscape, territory.
INTRODUÇÃO
de 200 mil residentes, como Americana, Hortolândia, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré;
já Campinas ultrapassou um milhão de habitantes em 2004 (IBGE, 2005).
Região Metropolitana
de Campinas
POPULAÇÃO EM 2000
até 20.000
São Paulo, entre outras, os trilhos da Mogiana serviam em Mogi Mirim e Guaçu, São
José do Rio Pardo, Ribeirão Preto e Franca. Por Campinas trafegavam também os trens
da Estrada de Ferro Sorocabana, constituindo importante quebra do monopólio dos
ingleses na descida até o porto de Santos, passando por Mairinque, Sorocaba e São
Paulo, entre outras. Com menor expressão, havia os trens da Companhia Funilense
de estradas de ferro, que iam até o bairro do Funil, atual município metropolitano de
Cosmópolis, e os do Ramal Ferroviário de Campinas, que chegavam até as fazendas
de café dos distritos de Souzas e Joaquim Egídio.
GOIÁS
MINAS GERAIS
MATO GROSSO DO SUL
PARANÁ
Pelos trilhos campineiros circulavam, além do café, seus barões e pessoas de todas
as classes sociais, as mercadorias do estrangeiro, as informações nacionais e estrangei-
ras, a cultura metropolitana da época. A modernidade européia já não era privilégio
apenas dos nobres instalados na capital do império brasileiro. A riqueza do café e a
malha ferroviária campineira propiciavam à cidade tornar-se grande centro comercial
e de serviços para extensos territórios interioranos. Não fossem os surtos de febre
amarela do final século 19, e a passagem para o regime republicano, a rivalidade, na
época, entre Campinas e a capital do estado, poderia ter tido outros desdobramentos.
A partir da crise de 1929, o declínio da cultura cafeeira implica em prenúncio da
decadência do transporte ferroviário paulista. A queda do café, em volume e valor,
transportado pela ferrovia, logo significou menor margem de lucro das empresas fer-
roviárias paulistas. Parte dos recursos outrora investidos na cultura cafeeira e no setor
ferroviário foi transferida para outras culturas e atividades urbanas, notadamente fabris,
a partir das políticas de industrialização promovidas por Getúlio Vargas e por Juscelino
Kubitscheck. Tal industrialização se fez de maneira concentrada em algumas cidades,
principalmente em São Paulo e alguns municípios vizinhos, mas também Campinas,
Sorocaba, Jundiaí, São José dos Campos, Taubaté e Ribeirão Preto, para citar apenas
os principais municípios. Paulatinamente, essa mudança de endereço das atividades
econômicas e de seus respectivos mercados foram propiciando inversões crescentes
de capitais privados nos novos setores mais lucrativos, a ponto de a malha férrea ter
sido estatizada entre os anos 50 e 60. Evidentemente, não se tratava de uma estratégia
do Estado, para melhor controlar esse decadente, porém ainda importante meio de
transporte, mas sim o interesse dos capitais privados em livrarem-se desses ativos de
baixa liquidez, exigindo inversões crescentes para se tornarem competitivos diante dos
novos meios de transportes sobre pneus.
Ao longo da malha ferroviária de Campinas e sua região imediata, a paisagem
foi se alterando. Inicialmente, a ferrovia gerava avanços econômicos, nas estações se
fortaleciam as atividades centrais; nas imediações, armazéns de distribuição; a seguir,
fábricas de gêneros alimentícios, têxteis, máquinas de beneficiamento do café, mais
adiante cerâmicas e olarias, saindo da zona urbana, os campos cultivados, café para
todo o lado, mas também cana-de-açúcar.
Culturas localizadas, como a uva em Vinhedo ou o figo em Valinhos, são sinais de
imigrantes já proprietários de terras. Italianos, em maior número, vão adquirir sítios e
fazendas, sobretudo em Valinhos e Vinhedo; suíços assentaram-se ao sul de Campi-
nas e Indaiatuba; letos marcaram o território de Nova Odessa e a origem da cidade;
norte-americanos, vindos dos derrotados estados sulistas, estabeleceram plantations
de algodão e melancia em Santa Bárbara d’Oeste e Americana.
Os últimos a chegar foram os holandeses, mas já se estabeleceram de forma
independente da lógica ferroviária. Marcaram de forma ainda mais característica a
paisagem, com sua produção de flores, com sua organização cooperativa. Em 1991,
Holambra, com seu pequeno aglomerado urbano e produtivo território agrícola, é um
dos últimos municípios a criar-se na região.
Com o declínio da ferrovia, notadamente na segunda metade do século passado, as
atividades econômicas a elas ligadas vão, em maior ou menor medida, entrar também
em declínio. De áreas mais valorizadas passam a ser, por vezes, as mais desvalorizadas,
Figuras 4 e 5: Velhos galpões abandonados – novos vazios urbanos, bem próximos ao centro de Campinas,
nos trilhos da Paulista
Foto: Bitencourt, 2004; Queiroga, 2004
o rio Atibaia, seguia para o distrito de Joaquim Egídio ao lado do ribeirão das Cabras,
chegando até a fazenda de mesmo nome.
Já a moderna linha férrea, denominada “Corredor de Exportação”, implantada
entre os anos 80 e 90 pela extinta Fepasa, apresenta traçado mais retilíneo, com várias
obras de arte e grandes taludes de corte e de aterro; mesmo assim, em Indaiatuba, a
referida ferrovia se apresenta paralela ao rio Jundiaí, ainda que, é bem verdade, a uma
distância bem maior do curso d’água que as ferrovias do século 19.
Em fim, tratam-se, em maior medida, de paisagens fluviais, vales, em geral, de
pouca largura (raramente excedendo a um km, freqüentemente não ultrapassando
300 metros) que receberão, em suas proximidades, os trilhos e seus trens. Em cada
parada, um aglomerado urbano. Hoje, entre tais concentrações urbanas, pontuam-se,
nos vales, algumas fábricas e olarias, quase sempre construções de décadas atrás; no
mais, apresentam-se inúmeras várzeas com vegetação bastante alterada, restos de ma-
tas ciliares degradadas, vegetação palustre autóctone, gramíneas, alguma pastagem,
pouco gado, pouco valor de mercado. Trata-se de áreas bastante ociosas no presente,
verdadeiros vazios.
Figura 6:
A região
metropolitana de
Campinas – Rios
e ferrovias
Desenho:
Bitencourt, 2004;
revisão:
Queiroga, 2005
Figura 7: Região
metropolitana de Campinas
– manchas de urbanização
em 2000
Desenho: Queiroga, 2005;
base: NESUR-UNICAMP;
Embrapa
Figuras 8 e 9: Vistas parciais da Estação de Sumaré e da longa praça que articula a Igreja Matriz à estação
Fotos: Queiroga, 2004
Figura 10: A Estação de Americana, seu largo hoje tomado por ônibus
Foto: Queiroga, 2004
Figura 11: Rua de pedestres ligando a Estação Ferroviária de Americana à praça da Igreja Matriz
Foto: Queiroga, 2004
desde aquela época, qualquer outro conjunto de espaços da esfera de vida pública.
Até os espaços do poder público não se situam de maneira tão estratégica no tecido
urbano; pelo contrário, em muitos casos, tanto os edifícios da câmara municipal quanto
da prefeitura acabam mudando de lugar, por discutíveis necessidades funcionais. Mesmo
quando bem implantados, caso do Palácio dos Jequitibás, em Campinas, já estarão
mais isolados quanto aos demais espaços públicos mais relevantes de suas respectivas
cidades. Os espaços públicos mais importantes continuam no centro, a despeito de todo
o processo de “urbanização difusa” (PORTAS, 1993) contemporâneo, tão característico
da metrópole campineira.
A ferrovia, em todos os casos citados, induziu o crescimento das respectivas áreas
centrais até a estação central, mas também estabeleceu nela um forte limite do centro.
Mais que isso, as áreas do mesmo lado do centro se valorizaram diferencialmente
daquelas que ficaram para trás da linha do trem, constituindo-se em marco norteador
de diferenças locacionais, dando início, ainda no século 19, a um claro processo de
segregação socioespacial. Para cima da ferrovia – ou, em Campinas, para norte e
nordeste da linha tronco da Cia. Paulista – era maior o interesse dos capitais imobi-
liários, das elites, do Estado com suas normas e sua aplicação, seus investimentos,
conseqüentemente, maior interesse dos setores de comércio e serviços. Para baixo da
linha do trem, nas áreas menos favorecidas, aqueles que não podem pagar o preço
das áreas adequadamente urbanizadas, bem servidas, os pobres.
Evidentemente, com o passar de décadas, mesmo as áreas inicialmente mais pobres,
diante da proximidade das áreas centrais, separadas “apenas” pela ferrovia, acabam
recebendo infra-estruturas urbanas que as valorizam, fazendo com que os mais pobres
sejam, muitas vezes, expulsos dali. De qualquer forma, a inércia espacial (SANTOS,
1996) trabalha consolidando práticas dos atores imobiliários que acabam, sobretudo
nas maiores cidades metropolitanas, realizando lançamentos que reforçam os vetores
territoriais da segregação urbana.
No meio intra-urbano da metrópole campineira, a ferrovia, mesmo reduzida a
transporte de cargas, mesmo nos locais em que a ociosidade é elevada, ainda se
coloca como elemento físico-estruturador do processo de segregação socioespacial.
Tal situação é notável nas paisagens urbanas de Americana, Nova Odessa, Sumaré,
Campinas (em relação à linha da Cia. Paulista), Valinhos e Vinhedo, ainda que, para
esses três últimos municípios, a rodovia Anhangüera seja elemento muito mais forte
para compreender os processos mais atuais de segregação socioespacial.
Não se pretende definir o que deve ou não ser feito com os antigos leitos ferro
viários da região metropolitana de Campinas. Mas a leitura desses espaços e de sua
inserção no território metropolitano permite aventar potencialidades de renovação da
Figuras 12 e 13:
Estabelecimentos de serviço
mais ou menos informais
ocupando diferentes
trechos desocupados da
Sorocabana em Campinas
Fotos: Queiroga, 2004
paisagem que podem ir muito além das áreas em si, eventualmente participando de
uma reestruturação do território metropolitano. Apresentar essa possibilidade é con-
tribuir para o debate, tanto acadêmico quanto no âmbito da gestão pública, sobre o
futuro dessas áreas.
Tendo em vista que a desativação de vários dos antigos leitos ferroviários vem ocor-
rendo de maneira paulatina, corre-se o risco de propostas mais sistêmicas poderem ser
inviabilizadas em poucos anos, se não forem tomadas algumas medidas de proteção
no curto prazo. Alguns fragmentos dessas áreas já estão precariamente ocupados pelos
mais diversos usos: de ferros-velhos a oficinas mecânicas, de habitações clandestinas
a estacionamentos de shopping centers. Mas, ao menos por enquanto, nada que torne
impeditivo recuperá-las para uso público.
Evidentemente, ações pontuais de preservação são louváveis. Vários municípios,
pretendendo salvar as antigas estações centrais, transformam-nas em pequenos museus
ou centros culturais. Quase sempre são parcos os recursos e grandes as dificuldades
de programação de atividades, resultando em espaços pouco utilizados – Valinhos,
Sumaré, Nova Odessa, Jaguariúna e Santa Bárbara. Diante da escala do patrimônio
ferroviário, a Estação Cultura e o Ceprocamp (centro profissionalizante), implementados
na Estação Campinas pela gestão Izalene Tiene (2001-2004) são iniciativas pouco
relacionadas e que subutilizam o espaço de mais de 300 mil m2.
Figura 15: A antiga Estação Ferroviária de Nova Odessa abriga, agora, um pequeno “Espaço Cultural” e a Liga
Novaodessense de Futebol
Foto: Queiroga, 2004
Figura 16: Parque linear entre o rio Quilombo e a ferrovia, em Americana, área praticamente abandonada
Foto: Queiroga, 2004
Campinas. Tal iniciativa acabou fracassando por vários motivos; faltou, sem dúvida, uma
visão sistêmica que pudesse otimizar o empreendimento, integrando-o a outros modos
de transportes, notadamente coletivos. Seria lógico tratar o VLT como meio troncal a
receber passageiros de linhas de ônibus alimentadoras do sistema, mas isso não foi
feito e o VLT acabou competindo com o ônibus em trajeto mais sinuoso e lento. Como
ação isolada e pontual, a experiência não avançou para a gestão seguinte.
Em 2003, a EMDEC, empresa responsável pelo transporte urbano em Campinas,
apresentou seu plano preliminar de transportes para Campinas, onde, novamente,
propõe-se o aproveitamento dos antigos leitos ferroviários para transportes urbanos
sobre trilho. Dessa vez, trata-se de uma proposta bastante abrangente, ainda que pre-
liminar e merecedora de maiores estudos de detalhamento. A EMDEC propôs, para a
linha tronco da antiga Paulista, a implantação de um trem de maior capacidade, de
escala metropolitana. Os antigos leitos da Sorocabana e da Mogiana prestariam-se
à implantação de um veículo leve sobre trilhos – VLT, passando, possivelmente, como
subterrâneo na área central, complementariam esse sistema troncal alguns corredores
exclusivos de ônibus, como o já existente na avenida das Amoreiras, que se instalariam
em todas as avenidas com grande número de linhas de ônibus. Além disso, a EMDEC
ainda apontou para a possibilidade de tratar esse sistema troncal como eixos prefe-
renciais de adensamento urbano, sendo, em sua proximidade, desejável um maior
aproveitamento do solo, de modo a otimizar o uso da rede de transportes proposta.
A proposta da EMDEC é bastante interessante, mas, como empresa municipal, seu
alcance metropolitano é limitado, ainda que seu pequeno quadro de planejamento esti-
vesse em contato com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU, atual
responsável pelos transportes metropolitanos nas três metrópoles paulistas. Poder-se-ia
Figura 18: Uma situação típica dos vazios urbanos junto dos antigos leitos ferroviários da metrópole campineira:
fragmentos de mata ciliar bastante alterados, vegetação de várzea, equipamento ferroviário abandonado. Trecho de
vale do rio Quilombo em Nova Odessa
Foto: Queiroga, 2004
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