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ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS
E CÁLCULO DE DOSAGENS

Enf.ª Sara Fernandes

Curso Técnico Auxiliar de Veterinária


1º Parte da aula:
 Papel do Auxiliar de Veterinária
 Fármacos Vs Medicamentos
 Farmacocinética
 Posologia e curva dose-efeito
 Cuidados a ter com os medicamentos
 Plano de medicação e material para injetáveis
 Principais vias de administração
 Reconstituição de soluções
 Cálculo de doses
2º Parte da aula:
 Vias de administração menos utilizadas

 Diferentes tipos de medicamentos


 Um dos papéis principais do Auxiliar de Veterinária é
administrar medicações. Este ato é de extrema
importância no resultado final do processo terapêutico do
animal e envolve vários riscos pelo que se torna
importante que o auxiliar possua conhecimentos sólidos
ao nível da sua preparação e administração.
☺ Certificar-se que está administrar a medicação correta;

☺ Administrar pela via correcta e no tempo certo;

☺ Observar reacções do animal durante a administração;

☺ Explicar ao proprietário administração de medicamentos;

☺ Registar no processo clínico.


FÁRMACOS – São substâncias químicas capazes de alterar as
funções do organismo.

MEDICAMENTOS – São substâncias químicas que têm uma ação


profilática e terapêutica.

. Ação profilática – prevenção de doenças (ex. vacinas)

. Ação terapêutica – cura da doença


 Sequência de eventos desde que o medicamento é
administrado até à sua eliminação.

Administração  Absorção  Efeito no órgão alvo  Metabolização  Excreção

Objetivo:
Fármaco reconheça o seu local de ação, realize o seu
trabalho e após a sua conclusão, seja imediatamente
eliminado (rim, fígado, trato GI).
Existem diversos fatores que influenciam a farmacocinética!

Carácter geral

Variações individuais

Posologia

Associações medicamentosas

Regime alimentar

Condições atmosféricas
DOSE:

Quantidade de medicamento administrado num toma, na qual é esperado que se


verifiquem efeitos no organismo.

Dose adequada:

Efeito positivo – Ação terapêutica  Sem alterações indesejáveis no


organismo

Dose desajustada:

Efeito negativo – Ação prejudicial  Falência de alguns órgãos

A reter:

A avaliação da dose a administrar de qualquer medicação só pode ser feita pelo


Médico veterinário.
Interpretação gráfica, no que diz respeito a fármacos terapêuticos:

.À medida que aumentamos a dose


administrada, aumentamos a resposta ao
medicamento;
. A resposta tem no entanto, um limite máximo
que caso seja ultrapassado (ex:
sobredosagem) iremos obter um efeito com
consequências indesejáveis.
.É importante respeitar o intervalo de
segurança dos medicamentos.
‣ Ter o cuidado de os ter sempre arrumados de forma
ordenada e devidamente identificados;

‣ Armazenados em locais secos;

‣ Cumprir com as temperaturas ideais de cada um e verificar


sempre o prazo de validade;

‣ Ter atenção aos fármacos fotossensíveis.


 Dose ; Via ; Frequência ; Duração (?)

SIGLAS

Dose: Frequência:
ml – Mililitros (mL) SID – 1 vez por dia
Via de administração: Q2h – A cada 2 horas
IV – Intra-venoso BID – 2 vezes por dia
SC – Sub-cutâneo TID – 3 vezes por dia

IM – Intra-muscular QID – 4 vezes por dia

 IP – Intra-peritoneal QOD – De 2 em 2 dias


 PO (per os) – Via oral
. Agulhas:

 Descartáveis e de metal;

 Diâmetro: medido em Gauges (do maior para o mais pequeno)

. 18G (Verde);

. 20G (Amarela);

. 23G (Azul);

. 25G (Laranja - pediátrica)

Mais utilizadas no HVP:

Amarela  Azul  Laranja


. Seringas:

 Descartáveis

 Volumes: 1ml (insulina), 2ml, 5ml, 10ml, 20ml e 50 ml (utilizadas


para administrações orais)

 Componentes da seringa:

. Canhão

. Êmbolo

. Corpo
 Factores que influenciam a escolha da via de administração:

 . Forma farmacêutica disponível (comprimidos, xarope, injetável);

 . Propriedades físicas do fármaco;

 . Tempo de ação (rapidez de absorção);

 . Temperamento do animal;

 . Patologia em causa.
 Oral

 Intravenosa

 Subcutânea

 Intramuscular
‣ Medicação absorvida na mucosa gástrica, oral, ou intestinal;

‣ Absorvida mais lentamente;

‣ Absorção influenciada por vários factores (motilidade GI, pH da

medicação);

‣ Não utilizar em animais com vómitos.


‣ Via de “eleição” pelo seu efeito rápido;

‣ Temperatura do líquido (ajustada à temperatura corporal);

‣ Tonicidade do líquido (igualada à tonicidade do sangue);

‣ Ausência total de ar e cuidados de assepsia;

‣ Devem ser administrados lentamente;

‣ Formas oleosas e medicamentos com precipitados (partículas sólidas )


não devem em regra ser administrados por esta via;

‣ Cuidado com o extravasamento, no caso por exemplo, dos


quimioterápicos.
No cão e no gato a administração de injetáveis por via intra-venosa pode ser realizada

através da punção direta de uma veia ou da administração no cateter.

Tendo em conta o calibre da veia para a punção direta, utiliza-se:

 Agulhas: 25G (laranja – gatos e cães pequenos) a 23G (azul – cães médios e grandes)
 Seringas: Depende da dose a administrar.
Exemplos: - 2ml (gatos e cães pequenos)

- 5ml (cães médios e grandes)

No caso de se proceder à colocação de cateter IV para administração, utiliza-se:

- 22G (azul – gatos e cães pequenos) e 20G (rosa – cães grandes)


‣ Absorção mais lenta  duração mais prolongada;
‣ Administração na região interescapular  tecido menos irrigado  menos
doloroso;
‣ Muito utilizada para administração de medicamentos injetáveis, vacinas,
fluidoterapia SC;
‣ Cuidado na administração para não provocar abcessos;
‣ Evitar em animais desidratados porque não há uma absorção eficaz.
Escolha do material a utilizar:

 Agulha: 20G (amarela – cães grandes), 23G (azul – cães médios) e 25G
(laranja – cães pequenos e gatos)  Atenção! Poderá sofrer alterações consoante
o tipo de fluído que se quer administrar!

 Seringa: Depende da dose a administrar.


‣ Absorção rápida  tecido muscular muito irrigado  mais doloroso;

‣ Realiza-se em zonas de grandes músculos (coxa e lombo);

‣ Maior perigo de atingir um nervo e causar paralisias locais;

‣ Contra-indicada para a administração de grandes volumes e líquidos


irritantes.

Escolha do material a utilizar:

‣ Agulha: 23G (azul – cães grandes a médios) e 25G (laranja – cães

pequenos e gatos);

‣ Seringa: Depende da dose a administrar.


 Na reconstituição utilizar:

  Água própria para a diluição fornecida com o medicamento;

  NaCl 0,9%

  Não usar RINGER – Precipita alguns medicamentos!


  Nunca misturar 2 medicamentos diferentes!
 Graduada em UI (Unidade Internacional)

 Seringas Medicina humana: 1 ml = 100 UI

 Seringas Veterinária: 1ml = 40 UI

 Não confundir as duas seringas!


Conversões (conceitos adquiridos):
. Massa: . Volume:

1g (grama) = 1000mg (miligramas) 1l =1000 ml

1mg (miligrama) = 1000 g (microgramas)

 Dosagem: mg/kg (peso de animal)

 Concentração: mg/ml ou em %
Exemplo 1: Valium (10 mg/ml) – Significa que em cada 1ml existem 10 mg
do principio ativo (diazepam).

Exemplo 2: Alsir 5% (50mg/ml) – Significa que em cada 1ml existem 50mg


do principio ativo (enrofloxacina)
Exercício 1:

Calcule a dose em ml (unidade de medida) necessária de Alsir 5% (enrofloxacina)


na dosagem de 5mg/kg para um cão com 15kg, para administração SC, SID.

1. Sabe-se que um frasco de Alsir 5% tem 50mg/ml (enrofloxacina);

2. Por indicação médica, sabe-se que a dosagem pedida é de 5mg/kg;

3. Recorre-se então a cálculos matemáticos:

1º Cálculo: Descobrir a quantidade total em mg que o cão precisa.

Então,

5 (mg) x 15 (kg) = 75mg

Explicação: Multiplicou-se 5mg por 15kg (peso vivo) para saber-se que quantidade
total em mg necessitaria o animal.
2º Cálculo: Converter para mililitros (ml) a quantidade que se descobriu anteriormente
em mg, para poder-se preparar a administração (via sub-cutânea).

Utiliza-se, SEMPRE a regra de 3 simples!

Então, 50mg ------------- 1ml

75mg ------------ X X = (75 x 1) : 50 = 1,5ml

Resposta: A dose de Alsir 5%, para administração SC, necessária para um cão com
15kg é de 1,5ml.
Exercício 2:
Calcule a dose em ml necessária de Lasix (furosemida) na dosagem de 2mg/kg para um
cão com 5kg, para administração IV.

1. Sabe-se que uma ampola de Lasix tem10mg/ml (furosemida);


2. Por indicação médica sabe-se que a dosagem pedida é de 2mg/kg, então:
2(mg) x 5(kg) = 10mg
3. Conversão para ml:
Recorre-se à regra de 3 simples:
10mg ----------- 1ml
10mg ---------- X X = (1 x 10) : 10 = 1ml
Resposta: A dose de Lasix (furosemida), para administração IV, necessária para um cão
com 5kg é de 1ml na dosagem de 2mg/kg.
Exercício 3:

Calcule a dose necessária de primperan (metoclopramida) na dosagem de 1mg/kg,


para um cão com 10kg, para administração intra-venosa.

Nota: Na embalagem refere que cada ampola tem10mg/2ml.

1º Cálculo:
1(mg) x 10(kg) = 10mg

2º Cálculo:

10mg -------- 2ml


10mg -------- X X = 2 ml

Resposta: Dose necessária de primperan é de 2ml.


Exercicio 4. Queremos administrar 20UI insulina num animal. Qual a quantidade necessária em ml?
Cálculos auxiliares:
Para o caso de já se ter a dose calculada para
A) Para uma seringa de insulina humana:
uma seringa de insulina veterinária, é
Sabe-se que cada 1ml contêm100UI
obrigatório fazer-se sempre os cálculos de
Então, 100UI -------- 1ml
20UI --------- X
conversão para se saber a quantidade que se

X = (1 x 20) : 100 deve colocar numa seringa de insulina humana.

X = 0,2ml Neste exemplo colocando a quantidade de


0,5ml numa seringa de insulina humana, estar-
B) Para uma seringa de insulina veterinária: se-ia a administrar na realidade 50UI quando a
Sabe-se que cada 1ml contêm 40UI
quantidade pretendida seria de 20UI.
Então, 40UI ---------- 1ml
20UI ---------- X Mais do dobro da dose
X = (1 x 20) : 40
Erro fatal para o animal
X = 0,5ml
. Qualquer medicação tem potencial para prejudicar o estado de
saúde do animal.

. A avaliação da dose a administrar só pode ser feita pelo Médico


Veterinário.

. Ter noção que cada medicamento tem um intervalo de segurança e


que ultrapassá-lo provoca um efeito negativo no animal.
 Intradérmica (ex.: teste alergia - abdómen)

 Intra-articular (tratamentos tópicos)

 Intracardíaca (utilizada em paragem cardiorrespiratória


e eutanásia)

 Epidural (cesarianas ou mielografias)


 Antibióticos
 AINES
 Anti-eméticos
 Anti-fúngicos
 Desparasitantes internos
 Desparasitantes externos
 Soluções otológicas
 Colírios
 Medicamentos de aplicação cutânea
 Quimioterapia
Objetivo: Atuar contra as bactérias e alguns parasitas

Classificação dos AB de acordo com a composição química:

.Beta-lâctamicos

.Tetraciclinas

.Aminoglicosídeos (nefrotóxicos)

.Quinolonas

Os mais utilizados são: beta-lâctamicos e quinolonas


 Exemplos: Penicilina, cefalosporinas e amoxicilinas

 Ligam-se a enzimas bacterianas e impedem a síntese


da parede bacteriana.

 Efeitos secundários: vómitos e diarreia


 Inibem a síntese proteica impedindo a multiplicação
das bactérias.

 Exemplos:

 Efeitos secundários:
Vómitos e esofagites (irritante para a mucosa)

Administrar com comida ou água.


 Eficaz para Gram positivos e Gram negativos (tipos de
antigénios bacterianos).

 Exemplos: Alsir e baytril


 Anti-inflamatórios não esteróides;
 Propriedades anti-inflamatórias, anti-piréticas e
analgésicas;
 Efeitos secundários: ulceração gástrica, insuficiência
renal e distúrbios da coagulação.
 Mais usado: Onsior (comprimidos e injetável)
 Não usar brufen ou paracetamol em animais –
TÓXICO!
 Actuam a nível central ou periférico para inibirem o vómito.

 Exemplos:

. Cerenia:

É um antiemético para uso subcutâneo, que previne e trata animais com vómito

agudo.

. Metoclopramida:

É um fármaco utilizado pela medicina no tratamento de distúrbios na motilidade

gastrointestinal. É um bloqueador dopaminérgico, antiemético e estimulante

peristáltico. Pode ser usado em cães e gatos iv ou subcutâneo.


Objetivo: Impedir a síntese de gorduras na parede celular dos fungos

 Terminam em “...ol”: cetocanazol, itraconazol.

Vantagens:

. Largo espectro de ação

. Muito eficazes e pouco tóxicos

. Aplicação tópica e sistémica

 Efeitos secundários: hepatopatias


Os desparasitantes internos, atuam:

. Sobre o sistema neuromuscular e no metabolismo energético;

. Na reprodução do parasita;

. Na terapêutica curativa (animal)

. Na terapêutica preventiva (efetivo)

Escolha na terapêutica curativa:

Ideal é basear-se no resultado do exame coprológico a fim de sabermos em que tipo

de parasita queremos atuar.


Desparasitantes internos  Atuam no controlo e prevenção dos parasitas
internos gastrointestinais e prevenção da dirofilariose

Através:

. Administração oral de comprimido

Dose: Varia consoante a idade e peso do animal

Cão e gato: Milbemax


Frequência

Deve ser administrado a partir das 6


semanas de vida (±1 mês e meio) e daí em
Cachorro e gatinho
diante mensalmente até o animal completar
6 meses de idade.

Pelo menos 4 vezes ao ano.


Cadelas e gatas que estejam a amamentar
Cão e gato devem ser tratadas ao mesmo tempo que os
seus filhotes.
Champôs
. Pouco eficazes ou muito tóxicos.

. Cuidado com os champôs á base de organoclorados vendidos em

drogarias e Petshops  São muito tóxicos

(incluindo para as pessoas) e não se

justifica o seu uso.


 Coleiras

 Pouco eficazes quando utilizadas isoladamente para


pulgas e carraças.

 Muito úteis para a prevenção de Leishmaniose e


dirofilariose como repelentes de mosquitos.
Sprays

Em regra mais eficazes se aplicados corretamente em


toda a superfície do corpo, excepto mucosas e olhos.
Difíceis de aplicar em gatos, cães de pêlo comprido e
animais agressivos.
Spot-ons / Pipetas

Verificar SEMPRE as espécies alvo!!!


Cuidado com a aplicação de piretrinas (pulvex e advantix)
em gatos – FATAL!!!

Aplicar na base do pescoço para não serem lambidos.

Não dar banho 48h antes ou depois.


 Limpadores auriculares: soro fisiológico ou limpadores comerciais.

 Auxiliam na remoção de matéria orgânica (cerúmen) permitindo a


actuação do medicamento.

 Deve ser feita semanalmente de forma profilática.

 Medicamentos: normalmente com antibiótico, corticóide e anti-


fúngico.
 Não se deve aplicar qualquer tipo de solução sem o
exame prévio pelo veterinário. Em caso de ruptura de
tímpano muitas das medicações são tóxicas para o
ouvido médio/interno.

 Aplicar profundamente; risco de atingir o tímpano é


nulo.
 Medicações aplicadas topicamente

nos olhos (ex: gotas ou pomadas);

 Aproximar-se do animal por trás.

 Nunca aplicar corticóides sem exame médico prévio

risco de agravamento em caso de úlcera da córnea.


 Antibióticos: feridas infectadas.

 Corticóides: dermatites, saculites.

 Antifúngicos: tinha localizada.

 Desvantagem: dificuldade em aplicar devido ao pêlo;


risco de ingestão.
 Actuam sobre células em rápida divisão;

 Efeitos secundários: leucopénia (diminuição dos glóbulos


brancos), sépsis, vómitos e diarreia;

 Queda de pêlo é invulgar;

 Muito cuidado com o risco de extravasamento;

 Dosagem prescrita pelo Veterinário responsável;


. Os agente quimioterápicos têm a capacidade de provocar cancro se

em contacto com a nossa superfície corporal;

. Usar uma sala isolada no hospital;

. Usar um resguardo absorvente descartável para cobrir a superfície

da mesa;

. Usar luvas e bata de mangas compridas, máscara e gorro;

. Cuidado na reconstituição;

. Lavar mãos após remover as luvas.


Obrigada
pela atenção!

Hospital Veterinário do Porto


Travessa Silva Porto, 174, 4250-475 Porto
T: +351 22 834 81 70 F: +351 22 834 81 71
E:info@hvp.pt
W: www.hvp.pt

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