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Inclusão Escolar:
Representações
Compartilhadas de Profissionais
da Educação acerca da
Inclusão Escolar
School inclusion:
Representations about school inclusion shared with
professionals of education
Pontifícia Universidade
Católica de Campinas
Artigo
Políticas inclusivas: a escola Esse é um grande desafio, uma vez que essa
população de alunos se caracteriza,
como eixo da reconstrução
explicitamente, por possuir comprometimentos
social que afetam sua integridade e que podem trazer
prejuízos à locomoção, à coordenação de
Sabe-se que, objetivamente, a ação educacional movimentos, à fala, à compreensão de
aparenta estar fortemente respaldada, seja por informações, à orientação espacial ou à
suas formalizações internacionais, seja pelas percepção e ao contato com outras pessoas.
nacionais (ONU, 1982; ONU, 1990; ONU, Dentre essas, estão as deficiências físicas,
1994; Brasil, 1988; Brasil, 1990; Brasil, 1996). mentais, visuais e auditivas (Brasil, 2001a), que
Porém ressalta-se que, mesmo podendo fixar-se exigem novos posicionamentos a fim de
como uma forma eficaz de propagar e difundir reconstruir as práticas educativas oferecidas.
A necessidade de novas concepções, a educação não tem se
impulsionar a
apresentado como um exemplo efetivo nesse Ao se considerar o aluno com necessidades
mudança do
paradigma processo. Por meio da história das práticas educacionais especiais como cidadão que possui
vivenciado nas educacionais, constata-se que, durante muito direitos e deveres, o enfoque social de suas vidas
instituições tempo, essa área teve como meta a formação e é mudado, e eles passam a ser considerados
escolares deve ser
o desenvolvimento apenas dos alunos também produtores e reprodutores de sua
compreendida na
busca da caracterizados com “normais – normalizados”. realidade social a ponto de sua limitação ser
reconstrução da Há tempos a educação vem constituindo, cada caracterizada como secundária, o que
educação e do vez mais, espaços escolares limitados aos proporciona o desenvolvimento de novas
processo
educativo, não processos de ensino e aprendizagem, processos relações de convivência individuais e sociais. Essa
mais como foco esses que se configuram na criação de ambientes mudança de enfoque, no entanto, parece
exclusivista, mas fragmentados que dia a dia se transformam em esbarrar, prioritariamente, em aspectos subjetivos
como trajeto de que há muito delimitam e estigmatizam esses
um foco de enrijecimento, seleção,
inclusão e
mudança do estigmatização e normatização dos procedimentos alunos.
macro sistema educacionais, e, fundamentalmente, na
social. massificação do desenvolvimento humano (Bock, Subjetividade: implicações no
2003; Novaes, 2002). processo de inclusão escolar
A necessidade de impulsionar a mudança do Repensar e romper o foco e as barreiras
paradigma vivenciado nas instituições escolares dicotomizantes reproduzidas e refletidas pela
deve ser compreendida na busca da reconstrução educação em nossas escolas, prioritariamente
da educação e do processo educativo, não mais apresentada na relação inclusão/exclusão,
como foco exclusivista, mas como trajeto de representa um resgate das dimensões individual
inclusão e mudança do macro sistema social. e coletiva, não massificadas pela cultura vigente,
mas reenquadradas na busca de representações
Inclusão escolar de alunos com sociais, de singularidades, de significados e
necessidades especiais significações, portanto, do caráter subjetivo das
relações vivenciadas.
É na consideração de um novo contexto escolar,
com a inclusão de todos os alunos, inclusive de Assim, direcionar nossas instituições escolares ao
encontro dos fatos complexos é construir uma
alunos com necessidades especiais, que novos
nova vertente de atuação, não apenas
olhares poderão ser direcionados a todos os sujeitos,
determinada, mas fundamentalmente
com o devido entendimento de sua totalidade, com determinante na busca e compreensão dos
a reflexão da bagagem histórica da comunidade na discursos, significados, aspirações e idealizações
qual está inserido e, essencialmente, ao vê-lo como tão singulares nos agentes humanos envolvidos,
uma pessoa ativa e participativa. que se contrapõe ativamente às fragmentações
PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2007, 27 (3), 406-417
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Claudia Gomes & Fernando Luis Gonzalez Rey PSICOLOGIA CIÊNCIA E
PROFISSÃO, 2007, 27 (3), 406-417
que este explicita e objetiva as legislações e eles diretores, professores, pais ou alunos. Gonzalez Rey
políticas educacionais do País, pouco vem
considerar o sentido subjetivo desses sujeitos que Para tanto, ao buscar a investigação da ação
a lei abarca, como se as formulações tanto educacional inclusiva de alunos com
internacionais como nacionais, vastamente necessidades especiais no ensino regular, e
relatadas, pudessem se sobrepor ao relato tentando não explorar os aspectos explícitos, esta
particular e individual dos agentes humanos pesquisa propôs, como objetivo geral, explorar
envolvidos na questão, considerando-os passivos as representações compartilhadas pelos
e reprodutores fiéis de tais formulações. profissionais da educação quanto ao processo
de inclusão escolar de alunos portadores de
Os sentidos subjetivos representam as unidades necessidades especiais.
psicológicas que caraterizam a forma em que
foi subjetivada a experiência vivida, experiência Método
não no que ela, objetivamente, significa para
um observador externo, mas em toda sua carga Ao buscar compreender a inclusão escolar de
emocional e simbólica para aquele que a vive. alunos com necessidades educativas especiais,
Os sentidos constituem o sujeito e, no caso dos visualizando o estudo das representações de
alunos com necessidades especiais, esses profissionais da educação, a epistemologia de
sentidos subjetivos não são menos legítimos do pesquisa qualitativa tornou-se essencial no
que aqueles que caracterizam a vida de qualquer desenvolvimento do trabalho. Ressalta-se que
outra pessoa. São os sistemas desses sentidos, essa compreensão de pesquisa vem oferecer a
associados às experiências vividas, que González forma satisfatória de alcançar as exigências
Rey (2003) tem definido como configurações epistemológicas inerentes ao estudo da
subjetivas. subjetividade, como parte constitutiva do
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Inclusão Escolar:
Representações Compartilhadas de Profissionais da Educação acerca da Inclusão Escolar
A inclusão escolar de alunos com necessidades ativos frente a esses sentidos sociais vem delimitar
especiais só será bem sucedida se antes forem tanto os professores como os alunos na posição
tomados e observados alguns significados: o de a-sujeitamento.
professor regular deve acreditar que o aluno será
bem sucedido, toda a escola deve estar convicta Documentos, publicações e pesquisas concluem
de aceitar e compartilhar a responsabilidade pela que a efetivação de uma prática educacional
aprendizagem de estudantes com necessidades inclusiva requer, necessariamente, que todos os
especiais e os profissionais de educação devem professores e outros profissionais da educação
estar predispostos a trabalhar em colaboração sejam dotados de materiais, instrumentos e
com as salas de aula regulares (Eric, 2002). referenciais teóricos e práticos para que possam
adaptar suas práticas pedagógicas a fim de incluir
No entanto, posturas dissonantes foram todos os alunos, entre eles o aluno com
observadas quanto ao próprio professor, e foram necessidades especiais, com a construção de novas
claramente evidenciadas ao submergirem os concepções quanto às diferenças, e, acima de
aspectos individuais desses mesmos professores, tudo, com o trabalho em relação à diversidade,
que vivenciam sentidos subjetivos de seja ela física, cognitiva ou social, dentro da escola
potencialidades, desejos, frustrações e
(Marques, Oliveira & Santos, 1998).
competências, mas que são desconsiderados em
sua unicidade e singularidade individual: “Não Entretanto, esses mesmos documentos nada
é isso que é inclusão, colocar todo mundo na relatam quanto à vivência dos sentidos subjetivos
Se der uma escola junto, e o resto, a insegurança, a falta de desses profissionais frente a esse processo e, mais
forçada nele, ele preparo do professor, nada disso conta...” –
uma vez, a simplificação da proposta inclusiva,
vai, o problema é relato de uma das professoras que reitera a falta
que todo mundo por meio da instrumentalização baseada em seus
de consideração ao professor (suas expectativas
deixa ele fazer o inúmeros artigos, cede prioridade às expectativas,
que quer, e, e seus desafios).
temores e aspirações dos professores em relação
quando ele vê a
dificuldade, sabe
à inclusão escolar.
A instrumentalização e a racionalização dos
que não precisa
elementos de sentidos subjetivos, que são
enfrentar... é mais A meta de atender e desenvolver todos os alunos
fácil para muitos singulares e individuais, vêm abarcar a tão bem
indistintamente (proposta da educação inclusiva)
professores, deixar divulgada, porém extremamente ineficiente,
ele fora da sala, depende de os professores se posicionarem
proposta educacional inclusiva, que considera
pois daí não dá efetivamente quanto à questão e serem
seus agentes meros reprodutores, sem se dar
trabalho”; “antes impulsionados prioritariamente a reconhecer seus
não fazia nada, conta de que o sentido subjetivo parte de uma
organização singular que poderá impulsionar ou desejos e definir que contribuições podem dar
mas agora tenta
juntar as letras, não a tão divulgada busca por novas posturas no que se refere à proposta escolar inclusiva.
montar as
profissionais.
palavras... quanto O desenvolvimento de uma política educacional
às continhas, ele
vai muito bem. Somente com a devida consideração à que realmente oficialize uma ação educativa
singularidade dos professores é que novas embasada nas construções e singularidades deve
representações acerca do processo de inclusão avaliar e impulsionar o processo de inclusão
escolar de alunos com necessidades especiais, escolar focado nas diferenças, diversidades e
com novas posturas e formações teóricas e identidades diferenciadas de seus alunos (Silva,
práticas, serão alcançadas. 2000).
A vivência de sentidos subjetivos calcados em Enquanto os docentes não forem revistos como
verdades, a priori estabelecidas, que, ao invés expressão de sentidos subjetivos individuais e
de contrapor, vem enraizar conceitos sociais, como sujeitos construtores e singulares,
dominantes, é claramente constatada no que dotados de crenças, desejos, frustrações e afetos,
se refere ao tratamento de alguns alunos. não poderão assumir o papel de educar todo e
Entretanto, a inexistência de posicionamentos qualquer aluno, de modificar e redirecionar sua
prática profissional para ações mais igualitárias, frisa a delimitação, massificação e padronização
e a instituição escolar continuará reproduzindo do desenvolvimento humano.
o círculo cruel da diferenciação e exclusão dos
alunos. Relato como o descrito abaixo, feito por uma
das professoras e confirmado direta e
Esse fato é alimentado por sentidos subjetivos indiretamente pelos demais profissionais, vem
que denotam medos, inseguranças, frustrações marcar essa representação, bastante comum
e incapacidades no enfrentamento do problema, entre os profissionais: “A vinda dele é só para
porém a falta de capacitação institucional é que conviva com os outros; tudo bem que ele
inseparável desse processo e influencia o aspecto ajuda, varre a sala, mas não tem como haver
subjetivo nos professores, o que forma barreiras aprendizado”. Pode ser constatado que a
para a efetivação da proposta educacional demarcação apenas da socialização como um
inclusiva. dos possíveis caminhos da inclusão escolar é
assumida também em suas posturas e em relatos
Uma das questões claramente evidenciadas é como: “Ele deveria ir para uma escola especial,
que o a-sujeitamento dos professores, presente pois só vem aqui para conversar e até brigar,
tanto na formulação de nossas diretrizes mas não aprende nada”.
educacionais como na prática cotidiana da escola,
firma tanto os padrões de relação dos alunos Assim, torna-se evidenciada a tendência de
como a padronização de suas práticas considerar a inclusão escolar uma possibilidade
profissionais. de socialização, muito mais relacionada ao
objetivo de aproximação, interação e convivência
Ao analisar as inúmeras pesquisas que de tais alunos com o restante da sala do que a
direcionam, fundamentalmente, aos professores um real desenvolvimento cognitivo e social,
a responsabilidade de remover os obstáculos que como se segue no relato de uma das professoras:
se interpõem entre o aluno e o ensino que lhe “Aprender não aprende, mas acho que é
é ministrado, que eles possam assumir sua importante o convívio social; não é porque ele
responsabilidade pelo aprendizado de todo e não aprende que não precisa conviver com os
qualquer aluno, modificar seu enfoque de amigos, e aqui ele tem amigos, não faz a lição,
atuação profissional e considerar os alunos dentro mas o social também é muito importante”.
de sua individualidade e diversidade; esse, sim,
é o primeiro passo para a compreensão das A proposta inclusiva, de acordo com Marques,
práticas inclusivas, assim como a tomada de Oliveira e Santos (1998), para alguns professores,
consciência frente a novas posturas e à sua prática leva em consideração a possibilidade de
de atuação (Mantoan, 1997; Orofino & Zanello, interação social dos alunos portadores de
1999), além da contraposição ativa às práticas necessidades especiais visando muito mais ao
de exclusão escolar como descritas nas próximas bem-estar social desses alunos, fato de extrema
representações compartilhadas pelos importância não fosse a limitação existente na
profissionais. demarcação desenvolvimento cognitivo/social,
como se se estruturassem em processos
Inclusão escolar: delimitação, massificação e dicotômicos.
padronização do desenvolvimento humano
calcada na burocratização do ensino A compreensão meramente instrumentalizadora,
aprendizagem: uma outra representação empregada pela educação, com processos fixos
configurada na instituição escolar por um número e invariáveis, com um conhecimento estático e
relevante de professores vem relacionar os acabado, contrapõe-se ativamente ao
aspectos subjetivos, que limitam a inclusão direcionamento para a formação e o
escolar de alunos com necessidades especiais, desenvolvimento global dos educandos (Gallo,
apenas a uma possibilidade de socialização que 1999).
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Representações Compartilhadas de Profissionais da Educação acerca da Inclusão Escolar
que acarreta não apenas o pleno a-sujeitamento Porém, vale firmar que, para que a inclusão
de professores, mas que, fundamentalmente, escolar de alunos com necessidades especiais
se contrapõe ao resgate dos sentidos subjetivos ocorra com sucesso, é imprescindível o
acerca da questão inclusiva e impulsiona uma desenvolvimento adequado do professorado e
terceira e mais delimitada representação acerca o suporte de profissionais especializados, de
da inclusão escolar. métodos de ensino e de atividades adequadas,
entre outros (Eric, 2002), que enfatizem as
Inclusão escolar: práticas de humanização do potencialidades dos alunos e, em conseqüência,
ensino ou práticas sociais compensatórias? Uma os incluam no sistema regular de ensino, sem
outra representação compartilhada pelos discriminá-los por suas deficiências ao compensar
profissionais atribui ao processo de inclusão sua “estada na escola” com práticas de caridade.
escolar de alunos com necessidades especiais
um contexto impulsionador de práticas sociais De acordo com Sestario et al. (2002), a crise
compensatórias, como se seguem nos relatos: educacional que atravessa nosso país é positiva
para o redirecionamento das ações excludentes
Tem que fazer caridade com esses alunos”; “tem e massificadoras até então desenvolvidas por
que ter o dom, não é qualquer um que consegue nossas escolas. Essa crise vem, ainda, propiciar
uma aproximação”; “ são tão prestativos, tenho novas reflexões quanto às práticas educacionais
um ótimo relacionamento com eles, mas dizer empregadas e destinadas aos alunos com
necessidades especiais. Tem que fazer
que fazem alguma coisa... faço acordos, eles caridade com
não me atrapalham e eu deixo eles ficarem na esses alunos”; “tem
sala de aula. Esse desenvolvimento, porém, só poderá ser que ter o dom,
alcançado e aplicado se se partir das mudanças não é qualquer
na formação e no respaldo adequado aos um que consegue
A caridade é compreendida por atos de prover uma
docentes, que conduzirão os procedimentos
roupas, comidas e materiais, e busca justificar e aproximação”; “
educacionais destinados a esses alunos. Serão são tão
recompensar a estada do aluno na escola com
posicionamentos impulsionados pelos sentidos prestativos, tenho
ações desvinculadas de uma prática educacional, um ótimo
subjetivos sociais e individuais, na composição
conforme o relato de uma das dirigentes da relacionamento
de novas representações acerca da inclusão
escola: “A característica mais relevante atribuída com eles, mas
escolar de alunos com necessidades especiais. dizer que fazem
a ele é ser extremamente prestativo (limpeza
alguma coisa...
da sala de aula, do pátio, cuidado com o som da Seja embasado na subjetividade social, seja na faço acordos, eles
escola)”. O próprio aluno incorporou essa subjetividade individual, esses sentidos subjetivos não me
representação ao seu processo de inclusão atrapalham e eu
serão singulares como suas crenças, seus deixo eles ficarem
escolar ao assumir, em diferentes momentos, desafios, inseguranças e concepções, que na sala de aula.
os afazeres de limpeza da escola. direcionarão reflexões e posturas na construção
e no desenvolvimento de uma escola inclusiva
De modo geral, a inclusão escolar de alunos com que ofereça, indistintamente, serviços
necessidades especiais é vista, pelos professores, educacionais a todos os alunos, não calcados
como uma ação muito mais humanitária do que em formalizações legais e racionais, mas no
realmente educacional, e assim, não só as impulso de todos os sujeitos a uma condição
barreiras explícitas como também a falta de constituinte e construtora de suas relações, entre
estrutura predial, de organização escolar, de elas, as relações educacionais.
recursos e métodos educacionais apropriados
devem ser analisados (Mantoan, 1997), e, Considerações finais
essencialmente, os sentidos subjetivos vividos
pelos professores quanto ao processo de inclusão Frente ao objetivo lançado, de explorar as
escolar de uma nova clientela devem ser representações de profissionais da educação no
discutidos e compreendidos em um primeiro processo de inclusão de alunos com
momento. necessidades especiais nas escolas regulares e
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Inclusão Escolar:
Representações Compartilhadas de Profissionais da Educação acerca da Inclusão Escolar
Claudia Gomes
Mestre em Psicologia escolar (PUC-Campinas), doutoranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia
como Profissão e Ciência (PUC-Campinas).
BOCK, A. M. B. Psicologia da Educação: Cumplicidade Ideológica. In: GONZALEZ REY, F. Comunicación, Personalidad y Desarrollo. Havana: Referências
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São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003, pp. 79-103.
_______________. A Pesquisa e o Tema da Subjetividade. In:
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coletiva de autoria da Editora Revista dos Tribunais. São Paulo: Editora
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BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, nº 8.069/
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