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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ VARA DA


COMARCA DE TIANGUÁ-CE

URGENTE – RÉU PRESO


Auto de prisão em flagrante nº: 5200-49.2018.8.06.0087
Inquérito nº: 560-90/2018

ERLANDES LUNGA DE SOUSA, já devidamente qualificado nos autos do


processo em epígrafe, por seu advogado adiante assinado, com escritório profissional na Av.
Moisés Moita, 1101, Edifício Jurídico Center, Sala 10, Bairro Planalto, Tianguá-CE, CEP:
62320-000, onde recebe avisos e intimações em geral, vem muito respeitosamente à presença
de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, LXVI da CF c/c 310, III e 321 do CPP,
requerer

Pedido De Revogação Da Prisão Preventiva C/C Requerimentos Diversos

pelas razões de fato e fundamentos jurídicos a seguir expostas:

I- DOS FATOS

A acusada encontra-se atualmente preso preventivamente na Delegacia Regional


de Tianguá-CE.

Ocorre que na data de 03 de fevereiro de 2018, a atuada teria sido presa em seu
comércio (que fica na sua casa) por Policial Militar, sem mandado judicial ou qualquer outra
autorização que seja. Na oportunidade o policial, por ordem do Ministério Público (segundo o
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seu depoimento), adentrou o comércio e deu voz de prisão à autuada sob acusação de
associação para o tráfico (art. 35, Lei nº 11.343/06).

Segundo o depoimento do condutor e das testemunhas, a autuada teria atendido


ligações do elemento conhecido como “Jorge da Ceasa” e lhe fornecido as informações
requeridas por este sobre a operação policial que era deflagrada no Bairro da Ceasa, sob esta
alegação, prenderam a autuada.

Ocorre Excelência, que ignoram que “Jorge da Ceasa” é o líder de uma


organização criminosa e, de certa forma, “comanda” o bairro em que a autuada reside, de
forma que, não atender a ligação deste homem, coloca em risco a vida da atuada e de toda a
sua família, visto que é público e notório que estas organizações criminosas são vingativas e
macabramente violenta, em especial com os moradores das comunidades comandada por estas
organizações, onde, quem não obedecer as normas estabelecidas pelo “comando”, é punido
severamente para servir de “exemplo” para os demais.

Porém, cumpre salientar, que não há um indicio que seja de que a autuada tenha
participação efetiva no comercio, transporte, distribuição ou qualquer outro dos núcleos dos
tipos previstos no art. 33, caput e § 1º e 34 da Lei nº 11.343/06.

Conforme o próprio depoimento de uma das testemunhas (Sub Ten PM Quirino),


que afirma que “sempre a conheceu como uma pessoa de bem e que trabalha” e que “a família
dela toda é muito honesta”, a autuada não oferece qualquer risco para ordem pública ou a
persecução penal.

Também se faz necessário ressaltar que tecnicamente a acusada é primária, haja


vista que não possui em seu desfavor nenhuma condenação penal transitada em julgado, em
tramite, ou outro inquérito policial que seja.

Esse é raciocínio abordado por GUILHERME DE SOUZA NUCCI ao ensinar


sobre a “primariedade”:
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“Primariedade é a situação de quem não é reincidente. Este, por sua


vez, é aquele que torna a cometer um crime, depois de já ter sido
condenado definitivamente por delito anterior, no País ou no exterior,
desde que não o faça após o período de cinco anos, contados da
extinção de sua primeira pena”.(Código de Processo Penal Comentado;
4ª ed.; ed. RT; São Paulo; 2005; p. 915).

Ressalte-se também que o mesmo não é possuidor de maus antecedentes, pois


como preleciona GUILHERME DE SOUZA NUCCI:

“Somente é possuidor de maus antecedentes aquele que, à época do


cometimento do fato delituoso, registra condenações anteriores, com
trânsito em julgado, não mais passíveis de gerar a reincidência (pela
razão de ter ultrapassado o período de cindo anos)”. (Op. Cit; p. 915).

Além do mais, é trabalhadora e possui comercio próprio e morava na propriedade


de um amigo. Tanto é assim, que o acusado reforça sua intenção de não se furtar da Justiça, e
compromete-se desde logo a comparecer a todos os atos do processo.

A defesa requer sua liberdade para que possa responder adequadamente ao


processo e pela aplicabilidade de um brocardo jurídico da presunção de inocência até que se
esgotem todos os recursos da ampla defesa e contraditório, onde a prisão cautelar é uma
exceção.

Neste sentido alinham-se Américo Bedê Júnior e Gustavo Senna (Princípios do


Processo Penal: Entre o garantismo e a efetividade da sanção), Aury Lopes Filho (Direito
Processual Penal e sua Conformidade Constitucional), Fernando da Costa Tourinho Filho
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(Processo Penal), Paulo Rangel (Direito Processual Penal) e Vicente Greco Filho (Manual de
Processo Penal).

Assim, diante do princípio constitucional da presunção de inocência - art. 5º, inc.


LVII da Constituição Federal cabe ao Estado acusador apresentar prova cabal a sustentar sua
denúncia, impondo-se ao magistrado fazer valer brocado outro, a saber: allegare sine probare
et non allegare paria sunt - alegar e não provar é o mesmo que não alegar.

A certeza do direito penal mínimo no sentido de que nenhum inocente seja


punidoé garantida pelo princípio humanístico e constitucional in dubio pro reo. É o fim
perseguido nos processosregulares e suas garantias. Expressa o sentido da presunção de não
culpabilidadedo acusado até prova em contrário: é necessária a prova – quer dizer, a certeza,
ainda que seja subjetiva – não da inocência, mas da culpabilidade, não setolerando a
condenação, mas exigindo-se a absolvição em caso de incerteza. (FERRAJOLI, 2006, p. 104).
[1]

Aincerteza é, na realidade, resolvida por uma presunção legal de inocência em


favordo acusado, precisamente porque a única certeza que se pretende do processoafeta os
pressupostos das condenações e das penas e não das absolvições e daausência de penas.

II – DO DIREITO

Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva,


o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares
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previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste
Código.

O dispositivo reitera o comando do art. 282, § 6º, do CPP, de que “a prisão


preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida
cautelar (art. 319)”. Reforça-se, aqui, a natureza subsidiária da prisão preventiva em relação
às medidas cautelares diversas da prisão (art. 319, do CPP), sensivelmente menos onerosas
para o investigado ou acusado.

Os critérios previstos no art. 282, a que se refere o art. 321, do CPP, são, em
primeiro lugar, a proporcionalidade, traduzida em adequação (aptidão para a produção dos
efeitos desejados) e necessidade (impossibilidade de obtenção de tais efeitos por outro meio).
Nos termos do art. 282, I, do CPP, as medidas cautelares devem ser aplicadas quando forem
necessárias “para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos
casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais”. Além disso, como
dispõe o art. 282, II, do CPP, devem ser aplicadas tendo em conta “a adequação da medida à
gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado”.

A regra, portanto, na falta de motivos para a imposição da prisão preventiva, será


a decretação da liberdade provisória, sem fiança.

Em face da situação danosa que o paciente se encontra, justifica-se a presente


medida. Vale pontuar que o paciente cumpre todos os requisitos para obtenção de liberdade
provisória, eis que possui residência fixa, RÉU PRIMÁRIO e trabalhador. Comprometendo-se
a comparecer em todos os atos processuais solicitados.
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Segundo Cezar Roberto Bitencourt, (Código penal comentado 7. Ed. — São


Paulo: Saraiva, 2012):

“ Em outros termos, o limite do lícito termina necessariamente onde começa o


abuso, pois aí o dever deixa de ser cumprido estritamente no âmbito da legalidade, para
mostrar-se abusivo, excessivo e impróprio, caracterizando sua ilicitude. Exatamente assim
configura-se o excesso, pois, embora o “cumprimento do dever” se tenha iniciado dentro dos
limites do estritamente legal, o agente, pelo seu procedimento ou condução inadequada, acaba
indo além do estritamente permitido, excedendo-se, por conseguinte.”

Vejamos o que discorre o insigne JULIO FABRINI MIRABETE sobre o tema:

Como, em princípio, ninguém dever ser recolhido à prisão senão após a sentença
condenatória transitada em julgado, procura-se estabelecer institutos e medidas que assegurem
o desenvolvimento regular do processo com a presença do acusado sem sacrifício de sua
liberdade, deixando a custódia provisória apenas para as hipóteses de absoluta necessidade.

No caso em tela, patente é a inexistência do periculum in libertatis, cabendo


ressaltar que a medida cautelar só deve prosperar diante da existência de absoluta necessidade
de sua manutenção e caso subsista os dois pressupostos basilares de todo provimento cautelar,
ou seja, o fumus bonis júris e o periculum in mora, devendo haver a presença simultânea dos
dois requisitos, de modo que, ausente um, é ela incabível.
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GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA

O Requerente não apresenta e não ocasionará nenhum risco para a ordem pública,
cabendo ressaltar que é no seio da família, núcleo social de suma importância para a redução
da criminalidade, que o Requerente pretende se estabelecer e dar continuidade sua vida
cotidiana, razão pela qual não se pode cometer a injustiça de presumir uma periculosidade
inexistente.

Igualmente, impor ao Requerente o cumprimento antecipado de uma pena é o


mesmo que fechar os olhos aos princípios que norteiam o ordenamento jurídico, em especial,
no que pertine ao princípio da inocência e a dignidade da pessoa humana.

CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL

O Requerente não pretende e de nenhuma forma perturbará ou dificultará a busca


da verdade real, no desenvolvimento da marcha processual, pois estará voltado, tão-somente,
a defender-se da acusação que contra si foi imputada, estando certo de que com a
continuidade do labor diário chegará ao termo do processo com a consciência de ter feito jus à
confiança do Estado-juiz e da sociedade.

Ademais, o Requerente é consciente de que a instrução criminal é o meio hábil de


exercer o direito constitucional do contraditório e da ampla defesa, ONDE PROVARÁ SUA
INOCÊNCIA NO CURSO PROCESSUAL, razão pela qual não se pode presumir que o
mesmo se voltará contra o único meio que possibilitará o exercício de sua defesa.
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APLICAÇÃO DA LEI PENAL

A prisão não deve prosperar sob o argumento de se garantir a aplicação da lei


penal, posto que o Requerente possui possibilidade de trabalho, endereço conhecido e jamais
se furtará a se defender da acusação que lhe é imputada, sendo que poderá e se disponibilizará
a ser localizado a qualquer momento para a prática dos atos processuais, comprometendo-se a
comparecer a todos os atos do processo.

Mais por mais, é de singular interesse do Requerente se prontificar e


disponibilizar-se para responder ao processo, uma vez que a única forma de trazer à tona a
verdade real dos fatos para a aplicação justa da lei.

O mesmo tem requisitos legais para estar em liberdade e responder a todo ato
processual dessa forma, nada mais justo é que seja concedido através da postulada, em sede
revogação da prisão preventiva, para assim, seja efetuada a justiça consagrada na Constituição
Federal de 1988.

Referente a dignidade da pessoa humana, pontuam os autores Ives Gandra da


Silva Martins, Gilmar Ferreira Mendes, Carlos Valder do Nascimento (Tratado de direito
constitucional, v. 1 / – 2. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2012): “O fundamento básico de todos
esses direitos é a dignidade da pessoa humana, pela sua criação à imagem e semelhança de
Deus, diferente e, portanto, superior a todo o universo material. As Constituições Alemã (art.
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1.1), Chinesa (art. 38) e Espanhola (art. 10), entre tantas, assentam ser inviolável a dignidade
da pessoa humana.

Assim, nesse Estado Constitucional e democrático de direito é que encontraremos


o fundamento de validade do ius puniendi, bem como suas limitações. É um Estado em que os
direitos humanos deverão ser preservados a qualquer custo. Como diz precisamente Norberto
Bobbio, ‘o reconhecimento e a proteção dos direitos do homem estão na base das
Constituições democráticas’.

A Carta magna de 88: "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança;

1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação


imediata.
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Que espécie de ressocialização de um ser humano poderemos esperar, quando lhe


são sonegados os mínimos direitos constitucionalmente assegurados.

Assim, constitucionalmente assegura-se o direito da liberdade ao acusado, já que é


possuidor de todos os requisitos legais e a prisão cautelar é exceção, figurando na
Constituição Federal a presunção de inocência até o trânsito em julgado de todos os recursos
cabíveis no contraditório e ampla defesa.

Neste sentido o TJ/RS:

HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO SIMPLES.


ART. 157, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. DESNECESSIDADE DA PRISÃO
PREVENTIVA. PACIENTE PRIMÁRIO. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS.
APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR MENOS GRAVOSA. POSIBILIDADE NO CASO
CONCRETO. As circunstâncias do caso concreto não evidenciam a necessidade da
segregação cautelar do paciente, já que não demonstrado o periculum libertatis, ou seja, o
risco que a liberdade do agente possa ocasionar à ordem pública. No caso em apreço, o
paciente é jovem (18 anos) e primário, não respondendo a nenhum outro processo na seara
criminal. Além disso, comprovou endereço fixo e atividade laboral lícita. Sendo assim, diante
do contexto fático, impõe-se a concessão da ordem de habeas corpus, condicionada à medida
cautelar de comparecimento mensal em Cartório para informar endereço e justificar
atividades, sob pena de revogação do benefício em caso de descumprimento. HABEAS
CORPUS CONCEDIDO. DETERMINADA A EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ DE SOLTURA
NA ORIGEM. (Habeas Corpus Nº 70068174853, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Lizete Andreis Sebben, Julgado em 24/02/2016)
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HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO


MAJORADO. ART. 157, § 2º, INC. I E II, DO CP. DESNECESSIDADE DA PRISÃO
PREVENTIVA. PACIENTE PRIMÁRIO. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS.
APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR MENOS GRAVOSA. POSIBILIDADE NO CASO
CONCRETO. As circunstâncias do caso concreto não evidenciam a necessidade da
segregação cautelar do paciente, já que não demonstrado o periculum libertatis, ou seja, o
risco que a liberdade do agente possa ocasionar à ordem pública. No caso em apreço, dos
agentes flagrados, o paciente é o único primário e que não responde a nenhum outro processo
na seara criminal e que comprovou endereço fixo e atividade laboral lícita. Sendo assim,
diante do contexto fático, impõe-se a concessão da ordem de habeas corpus, condicionada às
medidas cautelares de comparecimento mensal em Cartório para informar endereço e
justificar atividades, e proibição de ausentar-se da Comarca, sob pena de revogação do
benefício. HABEAS CORPUS CONCEDIDO. DETERMINADA A EXPEDIÇÃO DE
ALVARÁ DE SOLTURA NA ORIGEM. (Habeas Corpus Nº 70067328682, Quinta Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lizete Andreis Sebben, Julgado em 16/12/2015)

Vale dizer, não há mais como cogitar da liberdade divorciada da justiça social,
como também infrutífero pensar na justiça social divorciada da liberdade.

Em suma, todos os direitos humanos constituem um complexo integral, único e


indivisível, em que os diferentes direitos estão necessariamente inter-relacionados e
interdependentes entre si.
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De outra, é certo que a ordem pública não será burlada e nem afetada com a
soltura do acusado, pois não se justifica nenhum argumento como o de que com a soltura
poderia voltar a delinquir, já que o mesmo é trabalhador, tem residência fixa e meios lícitos de
sobrevivência.

Neste sentido, a ampla defesa através de medidas protetivas ao acusado deverão


exaurir-se todas as possiblidades levando em consideração a presunção de inocência,
consagrada na Carta Magna de 1988, artigo 5º, inciso LVII.

A segregação cautelar é medida excepcional, exigindo a presença dos requisitos


previstos nos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal para a sua decretação.

Assim, deve vir assentada em elementos que demonstrem a sua efetiva


imprescindibilidade no contexto em que praticada a infração, especialmente com a entrada em
vigor da Lei 12.403/2011. A prisão não pode ser encarada como antecipação de pena, pois seu
caráter é de necessidade diante da periculosidade do agente e da gravidade concreta do
suposto crime.

Conforme Ferrajoli (2006, p. 104): “A incerteza é, na realidade, resolvida por uma


presunção legal de inocência em favor do acusado, precisamente porque a única certeza que
se pretende do processo afeta os pressupostos das condenações e das penas e não das
absolvições e da ausência de penas.”[2]
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No caso em tela, vale ressaltar que não pode haver, quanto aos pressupostos para a
decretação da prisão preventiva, qualquer tipo de presunção.

Ademais, a prisão cautelar deve ocorrer somente nos casos em que é necessária,
em que é a única solução viável -ultima ratio - onde se justifica a manutenção do infrator fora
do convívio social devido à sua periculosidade e à probabilidade, aferida de modo objetivo e
induvidoso, de voltar a delinquir, o que certamente não é o caso presente.

Dessa forma, ínclito julgador, a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA SEM


ARBITRAMENTO DE FIANÇA ao acusado é medida que se ajusta perfeitamente ao caso em
tela, não havendo, por conseguinte, razões para a manutenção do mesmo aprisionado.

Ademais, MM. Juiz, não se pode ignorar o espírito da lei, que na hipótese da
prisão preventiva ou cautelar visa a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução
criminal ou, ainda, para assegurar a aplicação da lei penal, que no presente caso, pelas razões
anteriormente transcritas, encontram-se plenamente garantidas.

Assim, notório que a concessão da liberdade provisória atenderá aos ditames do


ordenamento jurídico, beneficiará a sociedade como um todo e possibilitará ao Requerente o
retorno de sua vida pessoal e a exercer seu direito de defesa em liberdade, razão pela qual
requer-se a V. Exa que seja concedida a LIBERDADE PROVISÓRIA ao Requerente, haja
vista que o mesmo é PESSOA PRIMÁRIA, TRABALHADOR E SEM ANTECEDENTES
CRIMINAIS, tem plenas condições de responder o processo criminal em liberdade, não
havendo razão para mantê-lo em custódia, com a PRISÃO, PODENDO ESTAR
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OCORRENDO A MAIOR DAS INJUSTIÇAS: “A SEGREGAÇÃO DA LIBERDADE DE


UM INOCÊNTE”.

DOS PEDIDOS

Assim sendo, conclui-se ser admissível a revogação da prisão preventiva, haja


vista as condições pessoais do acusado, isto basta para evidenciar a não periculosidade do
agente e baseado na presunção de inocência constitucional.

Por todo o exposto, requer seja revogada a prisão preventiva, por ausentes os
requisitos dos artigos 311 de 312 do Código de Processo Penal, com devida expedição de
alvará de soltura em favor do acusado, como medida de INTEIRA JUSTIÇA.

Pelo exposto e de acordo com a melhor doutrina e jurisprudência aplicadas ao


caso em análise, requer a concessão da LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA, uma vez
restarem ausentes às hipóteses constantes do Art. 312 do CPP.

Se V. Exa entender de outra forma, que seja aplicada outra medida diversa da
prisão.

Concedida a medida pleiteada, requer a imediata expedição de alvará de soltura


em favor do Requerente, conforme as disposições legais pertinentes.
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Nesses Termos,

Pede Deferimento.

Porto Alegre, xxxxxxxxxxxxxx e 2016.

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ADVOGADO OAB/RS

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