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SUMÁRIO
Roteiro das Aulas........................................................................................6
Princípios Relevantes ao Direito do Trabalho....................................................8
I. Princípio da Proteção, Protetor, da Favorabilidade, Tutelar, Tuitivo ou Corretor de
Desigualdades.................................................................................................. 9
I.1. Princípio in dubio pro operario (in dubio pro misero)................................. 10
I.2. Princípio da Norma mais Favorável ao Trabalhador................................... 11
I.2.1. Situação Antes da Reforma Trabalhista Incidir....................................... 12
I.2.2. Situação Seguindo a Reforma Trabalhista............................................. 14
I.3. Princípio da Preservação da Condição mais Benéfica ou Inalterabilidade
Contratual Lesiva....................................................................................... 16
II. Princípio da Irredutibilidade de Salários.........................................................17
III. Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas...................................20
IV. Princípio da Imperatividade das Normas Trabalhistas................................. 23
V. Princípio da Integridade ou Intangibilidade Salarial..................................... 25
VI. Princípio da Continuidade da Relação de Emprego..................................... 27
VII. Princípio da Estabilidade Financeira........................................................ 30
VIII. Princípio da Primazia da Realidade........................................................ 31
IX. Princípio da Vedação ao Enriquecimento Sem Causa.................................. 33
X. Princípio da Razoabilidade (ou Racionalidade) e Proporcionalidade................ 35
XI. Princípio da Boa-Fé............................................................................... 37
XII. Princípio da Não Discriminação.............................................................. 38
XIII. Princípio da Liberdade do Trabalho........................................................ 40
XIV. Princípio da Isonomia.......................................................................... 43
XV. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana............................................... 44
Fontes do Direito do Trabalho...................................................................... 49
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I. Generalidades........................................................................................ 49
II. Hierarquia das Fontes............................................................................ 56
A Nossa Revisão........................................................................................ 60
Questões de Concurso................................................................................ 63
Gabarito................................................................................................... 71
Questões Comentadas................................................................................ 72
Referências Bibliográficas........................................................................... 76
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gional do Trabalho da 15ª Região, fico extremamente feliz por começar o nosso es-
Apenas para que você possa me conhecer melhor, sou Juiz Federal do Trabalho
balho. No TST, além das atividades rotineiras, atuo como supervisor do Núcleo de
dor do Estado (PGE). Na Corte Superior Trabalhista, integro, como gestor nacional,
As aulas serão preparadas com muita atenção ao que vem sendo cobrado nas
importante, uma vez que a lei nova não elimina situações já consolidadas e ainda
ferem a posições até o momento consagradas na Corte Superior e que colidem com
regras novas derivadas da reforma. E, como você bem sabe, esses entendimentos
Sempre levo em consideração que você tem pouco tempo para estudar todas as
mente honrado cada vez que um aluno me informa que foi aprovado.
Então, peço que me acompanhe nessas aulas que tentarei tornar as mais inte-
supõe disciplina. Não espere que tenha tempo sobrando para começar a estudar.
Muitos procuram pelo sucesso, mas ele é consequência lógica do estudo eficiente.
O estudo é que deve ser buscado, o sucesso aparece sozinho durante a busca. Hen-
ry David Thoreau, filósofo, já dizia: “O sucesso normalmente vem para quem está
Forte abraço,
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ser cobrados em futuras provas. As matérias abrangem o conteúdo dos editais so-
bre o concurso.
A ordem de liberação das aulas pode não coincidir com a sequência abaixo indi-
cada, o que em nada compromete seu aprendizado já que as matérias são tratadas
de forma autônoma.
não tratados originalmente nas aulas, essas aulas serão adaptadas conforme o as-
sunto respectivo.
flexibilização.
ou insalubres.
Aula 10 – FGTS.
licença-maternidade.
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Caro(a) aluno(a),
vidual do Trabalho ou que, mesmo sendo gerais do Direito, influenciam nesse ramo
princípio uma resposta para casos em que não existe nenhuma regra
interpretar a regra.
Além disso, deve-se ainda utilizar os princípios quando houver conflito entre
regras aplicáveis a um caso. Assim, é possível que haja duas regras diferentes apli-
cáveis a determinado caso, quando, então, haverá necessidade de que se opte por
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uma delas ou mesmo que haja aplicação limitada de ambas. São os princípios que
Você não pode negar que existe efetivamente a possibilidade de conflito entre
princípios, o que deve ser resolvido com base em uma análise de importância en-
do Direito, olhando o problema concreto, verifica qual o bem ou direito mais re-
pesados), avaliados, para se apurar qual deles deve prevalecer em um certo caso
prático.
Como você percebe, são diversos nomes para o mesmo princípio. Ele parte da
mais fraco, não possui o mesmo nível de autonomia que o tomador de serviços. Não
possui o obreiro a mesma facilidade para negociar as regras que regerão seu trabalho.
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ções possíveis, deve o operador do Direito adotar aquela que seja a mais van-
tajosa ao trabalhador.
Para ilustrar o que estamos falando, veja a regra do art. 1º da Lei n. 12.506/2011:
Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1o de maio de 1943, será
concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano
de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por
ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, per-
fazendo um total de até 90 (noventa) dias.
Esse preceito não esclarece se a proporcionalidade do aviso prévio deve ser apli-
pode exigir o cumprimento do aviso prévio por apenas 30 dias ou pode exigir no
Todavia, esse princípio não pode ser aplicado em todos os casos do Direito. Exis-
sual, cada uma das partes (autor e réu) possui seus encargos probatórios,
de maneira que, havendo dúvida se um fato ocorreu ou não, não deve o juiz
balhador, julgar contra ele se o obreiro não se livrou de seu fardo processual.
Não se pode, em princípio, atuar contra a lei (contra legem). Se você usa o
que uma regra prevista na lei pode ser afastada se contrariar princípios cons-
Constituição.
Daí surge uma pergunta natural: qual é a norma mais favorável ao trabalhador?
A questão parece ser simples, mas precisa de um pouco mais exame, visto que
Essa teoria possui importância significativa, visto que tem sido recusada no con-
venção coletiva de trabalho sobre mesmo tema. Não se aceita a teoria da acumula-
ção para separar as regras mais vantajosas de cada diploma normativo. Conven-
sas e que contém o conjunto de normas que regerão as relações de trabalho dos
presas e que contém o conjunto de normas que regerão as relações de trabalho das
CLT
Art. 611. Convenção Coletiva de Trabalho é o acôrdo de caráter normativo, pelo qual
dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais esti-
pulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às
relações individuais de trabalho.
§ 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar
Acordos Coletivos com uma ou mais emprêsas da correspondente categoria econômica,
que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da emprêsa ou das acordan-
tes respectivas relações de trabalho.
a convenção coletiva estabelece que a jornada de seis horas para turnos ininter-
ruptos de revezamento (art. 7º, XVI) e adicional de horas extras no mínimo 60%
acima da remuneração hora normal. Por outro lado, imagine um contrato de traba-
lho que preveja adicional de horas extras de 50% e uma jornada de 5 horas para o
por inteiro, com todas as suas vantagens e desvantagens. Não se pode ape-
coletiva do trabalho, deve-se optar por aquela mais favorável no seu conjunto.
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Trabalho:
Assim, veja que a lei não menciona nada que indique que prevalecerá a nor-
ma mais favorável quando houver convenção e acordo coletivo, mas apenas que
seja menos favorável, a intenção do legislador foi fazer essa norma prevalecer.
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Art. 444. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das
partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao tra-
balho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competentes.
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se
às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia le-
gal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado
portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou
superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Pre-
vidência Social.
Como você nota, se o trabalhador que possui diploma de curso superior re-
ceber salário mensal igual ou maior que o dobro do limite máximo dos bene-
as normas coletivas. Isto significa que, para esses trabalhadores de salário maior
limites do art. 611-A da CLT serão analisados na aula sobre contrato de trabalho.
V – plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empre-
gado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança;
VI – regulamento empresarial;
VII – representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII – teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
IX – remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado,
e remuneração por desempenho individual;
X – modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI – troca do dia de feriado;
XII – enquadramento do grau de insalubridade;
XIII – prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autori-
dades competentes do Ministério do Trabalho;
XIV – prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em progra-
mas de incentivo;
XV – participação nos lucros ou resultados da empresa.
(...)
sobre a lei. É o famoso negociado sobre o legislado. Perceba que essa preva-
lência não foi condicionada a que haja norma coletiva mais favorável. Isso
significa que a norma coletiva poderia prever vantagens inferiores à lei que,
O art. 611-B cria restrições a essa nova regra, restrições essas que estudare-
Nesse princípio, você deve entender que, estabelecida uma determinada van-
Essa premissa pode ser vista no fundamento utilizado na Súmula 51, I, do TST:
Constituição Federal
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo co-
letivo;
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Errado.
O item está falso, já que claramente a Constituição admite redução por negociação
coletiva. Negociação coletiva apenas ocorre com participação por sindicato dos tra-
Vale lembrar, ainda que, segundo o entendimento do TST, não pode haver
uma mera redução de salários por meio de norma coletiva, mas sim a redução
julgado:
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Art. 611-A. (...)
§ 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva
ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dis-
pensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo.
Como você notou, a nova regra estabelece que a redução de salário ou jor-
coletiva.
em que existe, sim, redução da parte do salário, mas ela não viola o princípio. Isso
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em detrimento do trabalhador.
trabalhistas e, para preservar seu emprego ou sua função, abriria mão de direitos
trabalhistas assegurados por lei. Como consequência, não se aceita, como regra, a
legislador não podem, em geral, ser afastadas. Esse caráter cogente (obri-
gatório) das normas trabalhistas impediria que o trabalhador tivesse sua gama de
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mente válidas;
quia, deve ser aplicado aquele cujo conjunto inteiro é mais favorável.
um trabalhador que tenha dez mil reais de salários para receber aceite, na audiên-
cia, um acordo de cinco mil para receber em duas parcelas, evitando um processo
judicial prolongado.
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Constituição Federal
Art. 7º (...)
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e qua-
tro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de reve-
zamento, salvo negociação coletiva;
CLT
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da
Justiça do Trabalho.
A grande questão refere-se aos limites dessa transação. O que poderia ser ne-
gociado? Recorde-se de que existem direitos fundamentais e de que existem tam-
bém direitos que nem mesmo por norma coletiva podem ser transacionados para
pior. Apenas o tempo consolidará essa resposta através da jurisprudência.
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CLT
Art. 9º Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
CLT
Art. 444. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipula-
ção das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de
proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões
das autoridades competentes.
lhista, em contraponto à diretriz civil de soberania das partes no ajuste das condi-
Letra b.
No entanto, existem casos específicos (não são a regra, mas exceções) em que
a lei prevê que as partes podem estabelecer regras distintas da prevista em lei. São
CLT
Art. 543.
§ 2º Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou
cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desem-
penho das funções a que se refere este artigo.
penso, o que significa dizer sem a percepção de remuneração durante seu manda-
to. Todavia, podem a empresa e trabalhador eleito estipular regra contrária, isto
Art. 444. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das
partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao tra-
balho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competentes.
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Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se
às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia le-
gal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado
portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou
superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Pre-
vidência Social.
Como você nota, se o trabalhador que possui diploma de curso superior re-
ceber salário mensal igual ou maior que o dobro do limite máximo dos benefí-
significa que a norma coletiva poderia afastar algumas regras previstas em lei.
a) autorizados em lei;
balho);
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Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do
empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou
de contrato coletivo.
da SDI-I do TST:
exemplo de desconto autorizado em lei, já que a CLT foi recepcionada pela Consti-
tuição como Lei ordinária. Outro exemplo de autorização em lei cuida do art. 462,
§ 1º, da CLT:
CLT
Art. 462. (...)
§ 1º Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que
esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
Por último, vale lembrar que o TST admite a adesão do obreiro a um benefício
tas vezes o desconto de valores para ajudar a custear a vantagem. São exemplos
A Súmula evidencia que a adesão individual não vulnera o art. 462 da CLT,
exemplo).
Nesse ponto, apenas para que você não faça uma compreensão errada, o TST
nefício que precisa do desconto salarial não implica presunção de vício no consen-
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do, necessitando desse trabalho, não daria margem ao rompimento. Logo, caso o
empregador alegue que houve pedido de demissão ou dispensa sem justa causa,
Então, devemos presumir que a extinção do contrato ocorreu sem justa causa.
o despedimento é do empregador.
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Certo.
Havendo sucessão trabalhista, como ocorre, por exemplo, com uma empresa X que
prou o Gran Cursos Online. Nesse caso, Danilo, empregado desta última empresa,
CLT
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
rupção do contrato.
obreiro não está laborando, mas sabe que continua empregado até o final do lapso
de descanso.
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e passou a exercer um cargo de confiança na empresa para o qual existe uma gra-
tificação de função (ex. gerente), o TST entende que, exercida função gratificada
por mais de 10 anos, mesmo que o trabalhador seja retirado de sua função (desde
que sem justo motivo) e volte a ser escriturário, não deixará de ter direito à grati-
ficação. É que já havia se acostumado com o valor que lhe era pago.
Embora seja comum sempre pensar em 10 anos como mínimo, o TST reconhece
sionada) com menos tempo somente para impedir que os 10 anos sejam comple-
obstativo.
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Art. 468. (...)
§ 1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o
respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o
exercício de função de confiança.
§ 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não as-
segura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação
correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de
exercício da respectiva função.
Segundo esse princípio, prevalece a realidade dos fatos sobre atos forma-
formal.
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percentual.
Nesse particular, muitos dirão que o documento é meio de prova, o que não se
nega. O problema é que a prova não é absoluta (juris et de jure), mas relativa
(juris tantum), sendo derrubada quando existe prova que demonstra que a reali-
dade é outra.
Súmula 12 do TST
CARTEIRA PROFISSIONAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003
As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não ge-
ram presunção “juris et de jure”, mas apenas “juris tantum”.
cias legais e/ou constitucionais para determinados institutos. Assim, por exem-
de emprego sem concurso, isso não seria possível após a Constituição Federal de
1988, visto que a Magna Carta exige o respeito ao postulado do concurso público
vínculo de emprego.
le a opção correta no que diz respeito aos princípios e fontes do direito do trabalho.
Errado.
O item estudado está falso, uma vez que a Constituição não permite o acesso a em-
prego público sem aprovação em concurso. Isso ocorre mesmo que os elementos
Outro princípio geral do Direito. Ele parte da premissa de que não deve o
Exemplo disso ocorre em relação às horas extras. Muito embora a CLT apenas
permita, como regra, a realização de 2 horas extras por dia (art. 59 da CLT), se a
pessoa trabalhar mais de 2 horas extras, todas elas deverão ser pagas para impedir
TST:
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existem casos em que o bem tutelado, por ser mais relevante, não permite
penalmente ilícita, como jogo do bicho ou tráfico de drogas. Como reconhecer direi-
e crime? Isso definitivamente não é permitido. O Estado não pode compactuar com
atividades que repudia tanto que chegou a classificá-las como ilícitos penais. Logo,
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não demandam esse conhecimento, até mesmo porque inúmeros julgados utilizam
diversas dessa matriz. Apenas para facilitar a compreensão, citamos algumas de-
monstrações:
Veja um julgado:
juiz usar a razoabilidade para fixar a indenização dentro dos parâmetros estabele-
Art. 223-G. (...)
§ 1º Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um
dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação:
I – ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido;
II – ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido;
III – ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido;
IV – ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do
ofendido.
§ 2º Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixada com observância dos
mesmos parâmetros estabelecidos no § 1º deste artigo, mas em relação ao salário con-
tratual do ofensor.
§ 3º Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da
indenização.
Veja um julgado:
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pressupõe razoabilidade.
Veja um julgado:
Essa boa-fé cuida de princípio geral do direito e deve ser tanto subjetiva
para o diurno, por exemplo, para forçar o empregado a pedir demissão por ser in-
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envolvidas. Definido no ajuste que o empregado perceberá salário fixo como forma
de pagamento de salário, eventual novo ajuste para substituir o salário fixo por
Código Civil
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contra-
to, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
9.029/1995:
Lei n. 9.029/1995
Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para
efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo,
origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional,
idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao
adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.
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mas com o cristalino objetivo de combater a discriminação. Apenas para ilustrar cito:
Constituição
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de ad-
missão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de ad-
missão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre
os profissionais respectivos;
Por oportuno, para finalizar, uma das hipóteses em que se reconhece a ilicitude
Esse princípio pode ser inferido diretamente da Constituição, no art. 5º, XIII:
Constituição Federal
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, (...), nos
termos seguintes:
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
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trabalho ou ofício, desde que não haja violação a valores caros ao ser humano e
Constituição Federal
Art. 1º A República Federativa do Brasil, (...), constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Constituição Federal
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social, (...)
Cuidado aqui, pois a liberdade do trabalho não é absoluta. Pode haver, para
devem ser atendidos, tais como idade mínima, autorização administrativa para es-
Lei n. 7.102/1983
Art. 16. Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos:
I – ser brasileiro;
II – ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;
III – ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;
IV – ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimen-
to com funcionamento autorizado nos termos desta lei.
V – ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;
VI – não ter antecedentes criminais registrados; e
VII – estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
Nesse ponto, surge uma questão: será que a exigência, para ser válida, de-
co, para o qual a lei não exige apresentação de certidão negativa de antecedentes
criminais, mas o TST entende que é razoável esse requisito na Tese do tema re-
petitivo n. 1:
Por outro lado, resta óbvio que não se podem aceitar exigências patronais
vigilante:
Por esse princípio, devem ser reconhecidos os mesmos direitos àqueles que
se encontram na mesma situação jurídica, desde que não exista uma razão
plausível de diferenciação.
Constituição Federal
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantin-
do-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente
e o trabalhador avulso.
Lei n. 6.019/1974
Art. 12. Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da em-
presa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese,
a percepção do salário mínimo regional;
CLT
Art. 460. Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância
ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma
empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço se-
melhante.
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,
nacionalidade ou idade.
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Uma ponderação merece ser feita. É evidente que estamos falando da isono-
mia material (ou real). É a famosa expressão “tratar os desiguais desigualmen-
te”. Dessa forma, havendo uma justificativa constitucionalmente aceitável,
pode haver uma diferenciação no tratamento.
Esse certamente é o espírito que norteou o legislador ao estabelecer que a mu-
lher possui direito a uma escala de revezamento com uma folga coincidente aos
domingos a cada quinzena (art. 386 da CLT) e que o menor de 18 anos trabalhador
não pode, como regra, fazer horas extras (art. 413, caput, da CLT), sendo o labor
extraordinário apenas em casos excepcionais (art. 413, I e II, da CLT).
Constituição Federal
Art. 1º A República Federativa do Brasil, (...), constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
III – a dignidade da pessoa humana;
Art. 170. A ordem econômica, (...), tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (...)
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Nesse ponto, apenas para que você possa entender a dimensão da extrema rele-
vância desse princípio no âmbito laboral, aponto agora diversas aplicações práticas:
Veja um caso:
REVISTA ÍNTIMA. CONTATO CORPORAL. DANO MORAL CONFIGURADO. Esta Corte tem
consignado o entendimento de que o poder diretivo e fiscalizador do empregador per-
mite, desde que procedido de forma impessoal, geral e sem contato físico ou exposição
do funcionário a situação humilhante e vexatória, a realização de revista visual em
bolsas e pertences dos empregados. (...) Entretanto, nos casos em que há “revista
íntima”, consistente na verificação pessoal com contato físico ou nas hipóteses em que
o empregado sujeito a essa conduta patronal tenha que expor partes do seu corpo ou
suas roupas íntimas, há violação da dignidade do trabalhador, circunstância que ense-
ja o pagamento de indenização por dano moral. No caso, o Regional consignou que “a
reclamante, aqui recorrida, fez explicitar em seu interrogatório, que a revista era rea-
lizada no corpo da empregada, com toques manuais e apalpação”, e que foi aplicada à
ré a revelia, reputando-se, por consequência, verídicos, os fatos alegados pela autora.
Assim, comprovada a prática de revista íntima pela empresa, tal procedimento enseja
o ressarcimento moral do empregado. Com efeito, a Corte a quo afirmou que a em-
pregadora adotou conduta plenamente invasiva da privacidade e intimidade dos seus
empregados, submetendo-os a uma situação vexatória e de profundo constrangimento,
situação incompatível com a dignidade da pessoa humana e com a valorização do tra-
balho, contrariando flagrantemente os princípios que regem os contratos de emprego.
(...) (RR – 556-36.2014.5.05.0102, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, Data
de Julgamento: 08/06/2016, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/06/2016)
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Constituição Federal
Art. 5º (...)
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e a suas liturgias;
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
da confissão ficta, em razão de ele implicar abalo aos valores inerentes à dignidade da
pessoa humana, consistentes, dentre outros, na aflição psicológica do empregado com
a dificuldade de fazer frente às despesas para a manutenção de si próprio e de sua
família. X – Nesse sentido, consolidou-se a jurisprudência da SBDI-1 desta Corte, pois
comprovado o reiterado descumprimento, por parte do empregador, da obrigação de
pagar salários ao empregado, resta configurado o dano moral. XI – Firmou-se, assim,
o entendimento de que o atraso no pagamento dos salários é capaz de gerar lesão de
ordem psíquica no trabalhador, relacionada à aptidão de honrar compromissos assumi-
dos e de prover o sustento próprio e da família. (...) (RR – 1256-64.2013.5.04.0008,
Relator Ministro: Antonio José de Barros Levenhagen, Data de Julgamento: 11/05/2016,
5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 13/05/2016)
Constituição Federal
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a mora-
dia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
Claro que sua violação contraria a própria condição humana, a qual pressupõe
qual a parte afirma tê-lo sofrido. (...) (RR – 142800-26.2006.5.01.0022, Relator Minis-
tro: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 25/02/2015, 2ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 06/03/2015)
e respeitar a condição humana. Veja julgado que o TST deixa claro que houve
Art. 5º (...)
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degra-
dante;
este julgado:
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I. Generalidades
pecíficos desse ramo, sejam eles princípios gerais do Direito ou mesmo princípios
constitucionais.
seis categorias:
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trabalho;
mente adota para reger sua atividade, vinculando a empresa e integrando o con-
trato de trabalho;
O CESPE já considerou que os usos são fonte do direito, assim como os costumes.
correta.
Certo.
mas ou autônomas.
Aqui você precisa conhecer o que seria uma sentença normativa. É o nome que
decidirá.
Trabalho valem para toda a categoria, quer dizer, todos os trabalhadores e empre-
essa fonte do Direito. Lembre-se: o trabalhador pode não ser filiado, mas continua
integrando a categoria.
Por outro lado, em um acordo coletivo desse sindicato com uma escola, os
Letra d.
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CLT
Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições
legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por
equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do
trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre
de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse
público.
Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo
em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.
Art. 8º (...)
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
De toda sorte, o parágrafo único do art. 8º da CLT, ou, após a reforma trabalhista
(Lei n. 13.467/2017), § 1º do art. 8º, possui uma previsão realmente relevante: a in-
dicação de que o Direito Comum é fonte subsidiária do Direito do Trabalho. Isso nos
Art. 8º (...)
Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo
em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.
Por outro lado, veja, a título ilustrativo, o art. 940 do Código Civil (“Aquele que
demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias re-
cebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no
primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que
dele exigir, salvo se houver prescrição”). Essa regra, para o TST, não é compatí-
CLT
Art. 8º (...)
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
Outro ponto relevante: quando estudamos o art. 8º, surge uma dúvida: será
corrente) que defendem que são apenas meios de suprir as lacunas da norma
que são fontes subsidiárias. E há uma terceira corrente que defende que ape-
Somente para facilitar, vamos entender o que seria cada um desses institutos.
dada matéria. Analogia é o meio que permite, na falta de norma para um caso
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A lei ou o ato normativo é genérico, abstrato e impessoal. Logo, muitas vezes essa
que o juiz vai julgar. Então, o juiz pode temperar o rigor da lei, já que pode ser que,
em alguns casos, o que a regra escrita contém é excessivo para aquele caso que o
Quanto a qual corrente você deve adotar, fique tranquilo(a). Quando são for-
esses institutos. Se, por acaso, a questão se referir a tais institutos como fontes
art. 8º da CLT.
Qual fonte deve ter prevalência? Qual regramento fica em posição superior
no Direito do Trabalho?
da CLT foi alterado de maneira que o acordo coletivo sempre prevalece sobre
Não importa se a regra do contrato é mais vantajosa. É que nesse caso incide o
Art. 444. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das
partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao tra-
balho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competentes.
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Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se
às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia le-
gal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado
portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou
superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Pre-
vidência Social.
superior receber salário mensal igual ou maior que o dobro do limite máxi-
benéfica ou não.
Isso significa que, para esses trabalhadores de salário maior e diploma de curso
Quando existe uma lei, nada impede que haja a edição de um decreto regu-
Aqui cabe um cuidado. Esse decreto não pode inovar no mundo jurídico. Não
indica:
sobre a lei. É o famoso negociado sobre o legislado. Perceba que essa preva-
lência não foi condicionada a que haja norma coletiva mais favorável. Isso
significa que a norma coletiva poderia prever vantagens inferiores à lei que,
mento
trabalhador contratado pela Administração Pública sem concurso público, uma vez
que a Constituição considera nulo esse contrato (art. 37, II e § 2º, da CLT). Logo,
serão devidos apenas o saldo de salário e o FGTS, conforme Súmula n. 363 do TST:
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A NOSSA REVISÃO
Princípios orientam como devem ser a compreensão, a interpretação, a integração e a
aplicação do Direito Processual Penal aos casos concretos no Brasil.
Princípios
Linha mestra Observações
Regentes
Na dúvida sobre a interpretação de uma
Não é absoluto. Exceções:
In dubio pro norma, deve-se ir na linha que seja mais
a) matéria probatória;
operario favorável ao trabalhador penal condena-
b) regra expressa contrária.
tória.
Três teorias para sua aplicação:
Havendo diversas normas sobre o mesmo
Norma mais a) acumulação;
tema, deve-se aplicar aquela mais favo-
favorável ao b) conglobamento;
rável ao trabalhador. Com a reforma tra-
trabalhador c) conglobamento mitigado ou por
balhista, esse princípio foi flexibilizado.
instituto.
Estabelecida uma determinada vanta-
gem/condição para o trabalhador na for-
Inalterabilidade mação ou no curso do contrato de tra-
Ver art. 468 da CLT.
contratual lesiva balho, as alterações posteriores apenas
podem ocorrer validamente, como regra,
se mais benéficas ao obreiro.
Salário não pode sofrer redução, exce-
Irredutibilidade
tuada a hipótese de previsão em norma Ver art. 7º, VI, da CF.
de salários
coletiva.
Como regra, a impossibilidade de renún-
Indisponibilidade
cia de direitos trabalhistas e a impossibi- O princípio não é absoluto e com-
dos direitos
lidade de transação de direitos trabalhis- porta exceções.
trabalhistas
tas em detrimento do trabalhador.
As exceções. Descontos:
a) autorizados em lei;
Integridade ou b) autorizados em norma coletiva;
Empregador não pode realizar descontos
intangibilidade c) autorizados por adesão individual
no salário do empregado, como regra.
salarial voluntária de trabalhador a benefício
concedido ou contrato pelo empre-
gador.
As normas trabalhistas, em virtude de
Excepcionamente, a lei prevê que
Imperatividade visarem à proteção ao hipossuficiente,
as partes podem estabelecer regras
das normas são imperativas, cogentes, quer dizer,
distintas da prevista em lei (normas
trabalhistas inafastáveis. Com a reforma trabalhista,
dispositivas).
esse princípio foi flexibilizado.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Regulamento anterior. Neste caso, segundo a Súmula 51 do TST, “as cláusulas re-
Princípio da
a) Razoabilidade.
Direito do Trabalho possui princípios próprios que norteiam a sua aplicação. Assim,
a) intangibilidade contratual.
b) primazia da realidade.
d) integralidade salarial.
e) flexibilização.
o intérprete a aplicar a norma mais benéfica ao trabalhador, ainda que essa norma
dispensada por justa causa por não atender aos ditames inseridos no regulamento
que limitava o uso do banheiro em, no máximo, cinco minutos, no período da ma-
nhã e no período da tarde. A mesma já tinha sido advertida por escrito duas vezes
b) está correto o uso do direito de controle do empregador, uma vez que ao assu-
causa somente ocorre após a aplicação de três advertências e não duas, como no caso.
reta.
d) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos nor-
Acerca dos princípios e das fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta.
empregador não pode interferir nos direitos dos seus empregados, salvo se expres-
sidere:
o despedimento é do empregador.
Trabalho:
néfica.
Considere:
I – Lei ordinária.
II – Medida provisória.
a) I, II e V.
b) I e II.
c) I, II, IV e V.
d) I, II e III.
e) IV e V.
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I – A Lei Ordinária que prevê disposições a respeito do 13º salário é uma fonte
material autônoma.
a) III e IV.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
a) a jurisprudência.
b) os usos e costumes.
e) a analogia e equidade.
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a) autônomas.
b) heterônimas.
e) extraestatais.
Considere:
do Direito do Trabalho.
vez que não há previsão legal para sua utilização, bem como se refere ape-
a) I e II, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e III, apenas.
e) II, apenas.
a opção correta.
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d) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos nor-
balho:
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Prof. José Gervásio A. Meireles
GABARITO
1. E
2. e
3. b
4. e
5. b
6. C
7. c
8. b
9. a
10. c
11. d
12. a
13. c
14. b
15. a
16. b
17. d
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QUESTÕES COMENTADAS
Direito do Trabalho possui princípios próprios que norteiam a sua aplicação. Assim,
a) intangibilidade contratual.
b) primazia da realidade.
d) integralidade salarial.
e) flexibilização.
Letra b.
A questão trata da importância da verdade dos fatos. Essa verdade prevalece sobre
(letra “b”).
dispensada por justa causa por não atender aos ditames inseridos no regulamento
que limitava o uso do banheiro em, no máximo, cinco minutos, no período da ma-
nhã e no período da tarde. A mesma já tinha sido advertida por escrito duas vezes
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b) está correto o uso do direito de controle do empregador, uma vez que ao assu-
causa somente ocorre após a aplicação de três advertências e não duas, como no caso.
Letra c.
pessoa humana. Resta claro que a restrição de uso de banheiros viola essa digni-
Considere:
do Direito do Trabalho.
vez que não há previsão legal para sua utilização, bem como se refere ape-
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a) I e II, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e III, apenas.
e) II, apenas.
Letra a.
O item I está correto. As normas coletivas são fontes formais autônomas, conforme
vimos na aula.
O item II está correto. A legislação trabalhista faz referência como meio de integra-
O item III está errado. Existe previsão legal para o uso da jurisprudência no art.
a opção correta.
d) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos nor-
Letra b.
a) Errada. A letra “a” está errada. O trabalhador não pode renunciar o direito de
gente, inafastável).
b) Certa. A letra”b” está certa. Como visto, o CESPE adota o entendimento de que
c) Errada. A letra “c” está errada. A CLT não pode se sobrepor à Constituição
nimos, sem prejuízo de outros mais vantajosos ao trabalhador (art. 7º, caput, da
CF). Essa orientação específica excetiva não foi explicada no item, atraindo a regra
geral.
d) Errada. A letra “d” está errada. Os atos normativos do Poder Executivo, tais
heterônomas.
e) Errada. A letra “e” está errada. Você viu no começo da aula que os princípios
auxiliam na interpretação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3. CARVALHO, Augusto César Leite de. Direito do trabalho. Curso e discurso. São
5. DELGADO, Maurício Godinho Delgado. Curso de direito do trabalho. 16ª ed. São
9. MOLINA, André Araújo. Teoria dos princípios trabalhistas. São Paulo: Atlas, 2013.
10. PLÁ RODRIGUES, Américo. Princípios do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2015.
12. ZANGRANDO, Carlos. Princípios do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2013
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