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PROGRAMA DA FEDERAÇÃO DA
ÁREA URBANA DE LISBOA 2019-2021
1
Índice
Carta do Candidato....................................................................................................................... 3
Uma Comunidade de Ativistas ...................................................................................................... 5
Ativismo na Organização ........................................................................................................... 7
Ativismo em Comunicação ........................................................................................................ 8
Ativismo na Capacitação ........................................................................................................... 9
Uma Comunidade De Causas ...................................................................................................... 10
Causas na Igualdade ................................................................................................................ 10
Causas na Democracia e no Poder Local ................................................................................. 13
Causas no Conhecimento & na Cultura................................................................................... 15
Escola Pública ...................................................................................................................... 15
Ensino Superior ................................................................................................................... 17
Causas na Cultura .................................................................................................................... 19
Causas da Emancipação Jovem ............................................................................................... 20
O Trabalho ........................................................................................................................... 20
A Habitação ......................................................................................................................... 21
A Família Jovem ................................................................................................................... 22
Causas na Mobilidade ............................................................................................................. 23
Causas na Saúde e no Desporto .............................................................................................. 24
Causas de uma Economia de Esquerda ................................................................................... 26
Causas na Sociedade Digital .................................................................................................... 28
Causas no Ambiente e no Bem Estar-Animal .......................................................................... 30
Causas no Bem-Estar Animal................................................................................................... 33
Agradecimento
Queremos agradecer a todxs os que contribuíram para a elaboração desta Moção
Global de Estratégia, desde os que escreveram contributos aos que participaram no
Fórum da Moção, em Odivelas. Este projeto constrói-se com todxs e para todxs, e por
isso a tua participação foi fundamental!
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Carta do Candidato
Carx camarada,
Apresentamo-nos como Uma Juventude de Causas. Fazemo-lo com a convicção de
que a Juventude Socialista vence quando se dedica a Causas.
Vence, em primeiro lugar, na militância. Porque, de uma forma ou de outra, o que nos
leva a militar na Juventude Socialista são as Causas e a nossa vontade de as
concretizar. Queremos que cada militante encontre na FAUL um espaço de realização
das suas Causas e que, através da militância ativista, façamos da JS uma poderosa
força para transformar a sociedade.
Vence, também, na mobilização da nossa geração. Paralelamente à crescente
distância dos jovens face aos partidos, vai crescendo a sua participação em
movimentos sociais, no ativismo de causas. Este paradoxo resolve-mo-lo quando
admitimos que também os partidos estão muitas vezes distantes dos jovens e das suas
Causas. Cabe à Juventude Socialista essa aproximação, quer através da ação política,
quer de uma agenda política de Causas.
A JS tem de conseguir concretizar respostas para os desafios que os jovens
enfrentam nos principais palcos da sua vida – educação, trabalho, habitação,
mobilidade; e na forma como nos relacionamos uns com os outros – desde a igualdade
de género, os direitos LGBTI, o anti-racismo e a economia que, além das suas
desigualdades e injustiças, permeia e agudiza todas as outras.
Temos também que ter uma agenda política para a sustentabilidade, travando um
combate sem tréguas às alterações climáticas. Urge motivar os jovens para a defesa
do SNS e para o seu aprofundamento, desestigmatizando a saúde mental e criando
condições para estilos de vida mais saudáveis. Por fim, numa sociedade que já é
digital, a JS tem que pensar como assegurar que a tecnologia gera prosperidade de
forma inclusiva, salvaguardando os direitos de todos.
Cada uma destas Causas exige soluções no plano local, metropolitano, nacional e
europeu, que importa desenvolver. A uma Federação como a nossa cabe também
perceber a dimensão metropolitana destas Causas - não fosse esta a região com maior
número de estudantes universitários do país ou a região com menor taxa de atividade
física e maior taxa de obesidade.
A este aprofundamento de Causas temos que somar um aprofundamento da nossa
Capacidade organizativa e dos nossos laços de Comunidade. Vamos criar novos canais
de participação política a nível federativo. Queremos continuar a inovar na forma
como comunicamos interna e externamente. Importa capacitar os nossos militantes,
com formação tanto nas ideias como na prática política. Precisamos ainda de apoiar a
participação de grupos sub-representados, como os sub-18, as minorias étnicas, os
estudantes do ensino profissional e politécnico e os jovens menos qualificados.
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Teremos, por fim, que cimentar a coesão e solidariedade entre concelhias e militantes,
pois a JS será tanto mais impulsionadora de grandes causas quanto for incubadora de
grandes amizades.
Ao melhor representar e mobilizar a nossa geração, venceremos também mais
combates políticos. A história do socialismo é a história de estar à frente do seu
tempo, de lutas improváveis por Causas que pareciam utopias – assente na mais velha
ideia de sempre, que todos nascemos livres e iguais e que a sociedade se deve
organizar para assegurar essa liberdade, para efetivar essa igualdade e dar a todxs
iguais oportunidades de se realizarem.
Muitas foram as conquistas desta ideia ao longo dos anos – desde o SNS ao Estado
Social, desde a Escola Pública ao Casamento entre pessoas do mesmo sexo. Somos
jovens herdeiros orgulhosos de gerações de Socialistas – de gerações como Mário
Soares e António Arnaut, mas também das últimas gerações que lideraram a JS/FAUL.
Porém, a nível global, as últimas décadas foram de retrocesso político e moral, com o
acentuar e normalizar da crescente desigualdade, com o desmantelar e desprezar da
solidariedade social e dos serviços públicos, e com o incitamento à competição de uns
com os outros, enquanto os mais ricos cooperam entre si para extraírem uma fatia
maior da riqueza que produzimos. Não só as instituições criadas pelos socialistas
foram abaladas, como os próprios valores da sociedade foram minados. Isto é o que
resultou do pior da globalização, à qual os socialistas têm de dar uma resposta efetiva.
O sucesso político, económico e social deste Governo socialista demonstra bem que,
apesar disso, há alternativa. É uma alternativa que centenas de autarcas socialistas
vinham a construir nos seus concelhos e freguesias. É uma alternativa para cuja
renovação temos que mobilizar os portugueses nas Eleições Legislativas deste ano. É
uma alternativa que a Europa precisa, para tornar esta década de crise e austeridade
numa nova década de esperança e maior integração. Não deixaremos de fazer ouvir
essa voz jovem nas Eleições Europeias.
O socialismo depende da força da nossa voz, da audácia das nossas ideias e da
persistência do nosso ativismo. Não tenhamos dúvidas que as esperanças, anseios e,
sim, condições de vida dependem do sucesso desta comunidade de ativistas que é a
JS/FAUL. É por isso que, contando Com Todos, não poderemos faltar a esta chamada
de sermos “Uma Juventude de Causas”. Conto convosco!
Miguel Costa Matos
Candidato a Presidente da JS/FAUL
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Uma Comunidade de Ativistas
A gestão da crise económica internacional veio criar uma “era de austeridade”.
Esta era da austeridade, apesar de eficazmente contrariada pelo António Costa,
subsiste como uma forma de pressão e ameaça às políticas públicas que privilegiam a
recuperação de rendimentos e o reforço do Estado Social.
A “era de austeridade” (Streeck), sob a roupagem de um neoliberalismo
altamente ideológico, procurou cristalizar a incerteza como característica principal e
inevitável das nossas vidas. Foi assim que se tornou possível o desgaste profundo das
estruturas da sociedade, da desvalorização das relações de trabalho e da desagregação
das organizações da sociedade civil, através da criação de um ambiente coletivo de
isolamento e incapacidade auto-induzido.
A afirmação de uma sociedade pós industrial, em que a atomização individual
vence sobre os projectos comuns, e em que nenhuma alternativa aparenta realista
precisa de ser contrariada. Na sua falta de pluralidade e na falta de controlo que nos
faz sentir encontra-se o vazio que os populismos pretenderam preencher.
Só poderemos vencer este combate com uma mensagem assente na
capacidade humana para a cooperação, ao invés da competição - e de uma
cooperação na realização de Causas, que desmintam a falta de alternativas e
devolvam ao ser humano o sonho da utopia e a percepção de que realmente pode
transformar a sociedade. A forma de realizarmos este objetivo, trazermos esperança e
sairmos vencedores é através de Ativismo.
O ativismo age para transformar a sociedade. Congrega liberdade individual -
expressa na ligação individual a uma causa e na forma como se faz sentir no agir em
coletivo – e forma-se a partir de uma comunidade, que nos apoie e alavanque os
nossos esforços na justa mas dura luta de concretizar Causas. Assim, só com uma
Comunidade forte de Ativistas conseguiremos aproximar-nos destas realizações.
Só assim podemos aspirar a oferecer respostas ao vazio periclitante do centro
político que, em torno da ideia de consenso, aniquilou o confronto político e recusou
a afirmação de alternativas ao status quo de desigualdade, injustiça generalizada e
insustentabilidade ambiental.
É com uma Comunidade de Ativistas que podemos restituir a legitimidade da
democracia para os eleitorados, impedindo que esta se esvazie no mero ato formal de
depositar o voto na urna, que signifique pouco mais que a prestação de contas às
instâncias do Capitalismo Financeiro.
É este espírito do ativismo, a vontade de estabelecer e partilhar um objetivo
comum, dentro de uma comunidade que, agindo localmente, tem impacto global
(Nash) que pretendemos trazer para dentro da JS/FAUL. Para que a nossa comunidade
seja bem sucedida, precisamos de assentar a sua construção sobre três valores
fundamentais:
1. Confiança;
2. Diversidade;
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3. Solidariedade;
Confiança
✓ As comunidades para poderem ser eficazes na sua ação necessitam de ser
unidas e coesas. Todas as organizações são compostas por pessoas e em
todos os projetos comuns precisamos de sentir que confiamos no outro
para que possamos com ele partilhar uma Causa, um projeto político. Só
conseguiremos ter uma comunidade unida, mobilizadora e reivindicativa
em torno das suas causas se esta reforçar os laços que unem cada um(x)
dos seus membrxs.
Diversidade
✓ As comunidades têm maior capacidade de estímulo à sua pertença, se
permitirem somar um leque tanto maior quanto possível de concretizações
individuais nas causas comuns. A riqueza da comunidade assentará na
diversidade da sua composição, na pluralidade das suas causas e na
capacidade de estabelecer um diálogo de convergência alargado.
Solidariedade
✓ A solidariedade permite uma visão de conjunto, estruturante e de
convergência nas políticas metropolitanas a seguir. Ao terem uma
comunidade de ativistas na conceção, serão pensadas num verdadeiro
espírito de solidariedade e com uma visão que recusa que os problemas
de cada concelho, sejam vistos como sua pertença exclusiva e não de
responsabilidade conjunta da Área Metropolitana.
✓ A solidariedade deve orientar ação inter-concelhias e Federação. Com uma
atuação solidária inter-estruturas, somaremos também confiança e
diversidade na Comunidade.
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O Ativismo é por natureza eminentemente transformador. É com ele que
conseguiremos agir sobre os desafios do nosso tempo. Assim que este esteja
assegurado, estaremos numa Organização impactante, forte para intervir
politicamente e firme no sentido da transformação da sociedade para o progresso.
Acreditamos que para um Jovem Socialista, mais do que uma forma de organização,
o ativismo oferece garantias.
Ativismo na Organização
A realidade de hoje caracteriza-se por um panorama líquido (Bauman), em que o
modelo assente na autoridade não se revela apto a tutelar as relações humanas de
forma eficiente. Com todo o progresso tecnológico e a velocidade a ele associada, o
panorama passou a caracterizar-se num modelo de interação constante, de partilha
instantânea de informação, do conhecimento e aprendizagem ao longo da vida.
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Forma de estimularmos a ligação do novo militante à comunidade, permitindo
uma maior integração.
Ativismo em Comunicação
O sucesso da projeção da nossa comunidade de ativistas e das Causas Comuns
que defendemos assentará na nossa capacidade para as comunicarmos. Com a
transformação do digital, a comunicação política sofreu uma alteração profunda. Hoje,
as plataformas são de interação constante e o principal espaço de ação são as redes
sociais, o online ao invés dos palcos tradicionais de atuação. Assim, precisaremos de
afirmar uma Comunidade que comunica o seu trabalho, para tal, propomo-nos a:
Proximidade
✓ Só com proximidade conseguiremos sustentar uma visão integrada das
políticas Metropolitanas, privilegiando soluções que dêem respostas às
especificidades do território.
Abertura
✓ Só uma comunidade aberta à sociedade civil não corre o risco de se
esgotar entre os seus membros. Quanto maior for a abertura, inclusão e
aceitação de contributos da sociedade civil, maior o enriquecimento da JS.
✓ Abertura contraria a normatização da atuação via padronização do
comportamento, que torna as organizações permeáveis à estagnação e,
consequentemente, ao esgotamento da sua mensagem. Precisamos de
abertura aos contributos da sociedade, garantindo assim que somos
capazes de introduzir novas dinâmicas de participação.
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✓ A abertura e a maior participação dos cidadãos junto dos partidos políticos
representará mais confiança, credibilidade e reforço da legitimidade dos
partidos e da própria democracia.
✓ Os movimentos sociais congregam hoje dinâmicas assinaláveis do ponto
vista da participação cidadã e do impacto que a sua ação provoca na
sociedade. Bons exemplos disso são os movimentos que se Lixe a Troika,
movimento Occupy Wall Street, ou o movimento Mee Too,
respetivamente. Enquanto organização de ativistas, devemos procurar
enriquecer a nossa agenda de Causas com a partilha de pontos de vista e
a presença em ações coletivas com estes movimentos.
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Uma Comunidade De Causas
Causas na Igualdade
A Juventude Socialista tem tido um papel cimeiro na luta pela igualdade de
oportunidades para todos, tendo estado sempre na linha da frente na defesa de um
país mais igual, inclusivo, tolerante e progressista. Com as várias conquistas que já
obtivemos, desde a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), o casamento de casais
do mesmo sexo e possibilidade de adoção, tal como a abolição de práticas cirúrgicas
danosas em crianças interssexo, estas causas são não só estruturantes para a nossa
agenda política, como marcas da nossa identidade.
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incluir todos aqueles que não se revêem no género feminino e género
masculino.
✓ Combater a violência de género, através do endurecimento da moldura
penal contra o assédio sexual, a violação e a violência doméstica e no
namoro.
✓ Adotar uma política de tolerância zero face ao assédio sexual dentro da
estrutura, através da adoção de novas formas de facilitar a sua
comunicação segura e da criação de um grupo de trabalho para assegurar
uma cultura de afetos consentidos.
✓ Reforçar o apoio às vítimas de violência de género, encorajando as
autarquias a criarem centros de acolhimento temporário para vítimas.
✓ Denunciar e corrigir todas as formas de discriminação, nomeadamente a
desigualdade salarial, valorizando ainda a participação das mulheres em
cargos de liderança.
✓ Valorizar o trabalho de assistência, doméstica e familiar, raras vezes
remunerado, e assumido ainda de forma desproporcional pelas mulheres.
✓ Promover uma maior partilha do trabalho físico, mental e emocional no
seio do lar e da família.
✓ Protagonizar a defesa de maior cobertura das creches e do pré-escolar da
rede solidária não-lucrativa e da rede pública, reconhecendo que esta Área
Metropolitana tem a menor taxa real de pré-escolarização do país.
✓ Melhorar o acesso à IVG no Serviço Nacional de Saúde, atualmente
constrangido em vários hospitais.
✓ Reforçar a voz das pessoas LGBTI no sentido da diminuição dos
constrangimentos burocráticos no processo de mudança de sexo,
principalmente a despatologização da identidade trans.
✓ Maior formação acerca destes grupos no seio escolar, em conjunto com
associações ligadas à causa, de modo a evitar a exclusão social, a
transfobia, o estigma existente e, ao mesmo tempo, fomentar empatia,
compreensão e respeito por quem não se sente bem com o seu próprio
corpo de nascença.
✓ Regulamentar o trabalho sexual de forma a que os trabalhadores do sexo
tenham liberdade de escolha individual, protegendo-os dos abusos
associados a este trabalho e dando-lhes maior proteção social.
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mesma, com a criação de cidades mais inclusivas. Assim, é necessário termos como
Causa Comum:
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✓ Desenvolver os mecanismos de apoio públicos para a reconversão e adaptação
de habitação para as pessoas com mobilidade reduzida e outro tipo de
limitações físicas, promovendo a sua crescente independência.
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✓ Uma dotação de verba anual e obrigatória destinada a projetos em
temáticas relacionadas com a educação, a participação cívica, a cultura e
o desporto.
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transportes e com mais direitos assegurados. As autarquias devem ser a primeira
pedra do edifício do Estado: mais aberto, plural e democrático.
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resposta aos alunos, em particular no 9.º ano de escolaridade e no final do
ensino secundário, valorizando todas as ofertas educativas e formativas,
com particular ênfase na valorização do Ensino Profissional.
✓ Persistir num reforço da autonomia das escolas, para que possam adoptar
estratégias e respostas à medida dos seus contextos educativos,
promovendo uma visão integrada e articulada das diferentes disciplinas,
incluindo o recurso à coadjuvação.
✓ Aprofundar o debate sobre o acesso à alimentação em cantinas escolares.
✓ Operacionalizar o funcionamento das cantinas escolares no período de
férias, de forma assegurar o acesso à alimentação.
✓ Garantir a inclusão, de forma universal e gratuita, do pequeno-almoço nas
cantinas escolares.
✓ Estudar novos modelos de gestão das cantinas escolares, privilegiando uma
aposta que assente na gestão pública e escolar das referidas cantinas.
✓ Pugnar pelo reforço da rede de transporte escolar, especialmente nos
concelhos da Área Metropolitana de Lisboa com menor densidade
populacional.
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✓ Rejuvenescer os quadros de docentes nas escolas, em resposta à
alarmante estatística de que apenas 0,4% dos professores têm menos de 30
anos.
✓ Investir na formação dos professores para a pedagogia ao longo da
carreira.
Ensino Superior
A valorização do conhecimento científico, enquanto um dos pilares do
desenvolvimento da nossa comunidade, é fundamental para o futuro. Sabemos que
hoje o cumprimento do desígnio constitucionalmente consagrado de acesso ao ensino
tendencialmente gratuito não se encontra realizado. Também nas condições de
partida dos candidatos encontramos obstáculos ao acesso efetivo, decorrentes de
anos de políticas discriminatórias para com os jovens estudantes do Ensino Profissional
e Artístico.
Urge pois afirmar um Ensino Superior para todos, mais inclusivo, aberto à
sociedade e ao papel fundamental dos jovens estudantes. Esse é um desígnio para
todos os socialistas, mas especialmente para os da FAUL que no seu território tem a
maior cidade universitária do país, com mais de 120 mil alunos.
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✓ Valorizar do Programa Almeida Garrett, que replica o programa Erasmus
dentro da rede de ensino superior portuguesa.
✓ Promover a informatização da entrega de trabalhos e do processo de
avaliação.
✓ Lutar por uma maior representatividade dos alunos nos órgãos de decisão
das instituições de ensino superior.
✓ Replicar o contrato de confiança na atribuição da ação social escolar
existente já dentro do Ensino Superior para a transição entre o secundário
e o superior.
Temos de ter a coragem de afirmar os custos de habitação, como uma
segunda propina para os estudantes portugueses. Para garantir uma efetividade do
direito à educação, é necessário dar resposta à falta de acesso a habitação nas cidades,
uma vez que 42% dos estudantes do ensino superior estão a residir fora do agregado
familiar. Hoje, um quarto em Lisboa custa em média 485 euros, preço que muito
dificilmente consegue ser suportado por um jovem. Assim, enquanto comunidade de
ativistas intransigente na defesa dos jovens, propomos:
✓ Disponibilizar, até 2030, um quarto numa residência a todos os jovens
universitários no primeiro ano da licenciatura.
✓ Reformar o Complemento de Alojamento, calculando-o em função do
custo da habitação no concelho onde estudam, ao invés do seu cálculo em
função do IAS.
✓ Considerar mecanismos que assegurem que uma maior fatia do
arrendamento de quarto a estudantes é formalizado, conferindo assim
maiores direitos ao jovem arrendatário.
✓ Aproveitar a descentralização da gestão de edifícios públicos devolutos
para encorajar as autarquias a criarem residências universitárias.
✓ Garantir que as residências universitárias estão devidamente equipadas,
com equipamentos condignos à vivência do dia-a-dia, como salas de
estudo, facilidades de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, entre
outros.
✓ Adotar condições especiais de urbanismo para a criação de residências
universitárias, a par das já praticadas para a reabilitação urbana.
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✓ Lutar por um ensino superior mais inclusivo para pessoas com deficiência,
reconhecendo e trabalhando as insuficiências das infraestruturas mas,
também, no próprio processo de ensino e aprendizagem, em particular no
que concerne à avaliação e certificação.
✓ Promover os estudantes como co-criadores do currículo, promovendo uma
reflexão sobre quais os conhecimentos essenciais que um aluno deve
adquirir em cada grau académico.
✓ Valorizar os cursos técnicos superiores profissionais (TeSP) e unificação de
modelos com outros cursos de nível 5.
✓ Reforçar a componente modular e optativa dos currículos universitários.
Causas na Cultura
A cultura constitui um investimento fundamental para a democracia. A
própria qualidade da democracia é definida pela cultura do seu povo. Importa, por
isso, perceber porque Portugal é dos países, na Europa, com menores hábitos de
consumo de bens culturais, a par de países como a Hungria, Áustria, Itália e Polónia,
onde os movimentos populistas florescem.
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✓ Desenvolver uma aplicação tecnológica do Mapa Cultural Metropolitano,
que identifique e informe sobre as várias iniciativas, associações e
equipamentos culturais existentes na Área Metropolitana.
Causas da Emancipação Jovem
A emancipação é, fundamentalmente, a liberdade de cada um poder realizar-se
de forma autónoma e desenvolver a sua personalidade e preferências de acordo com a
sua individualidade. Esta só é possível quando o Estado garante os meios para o
exercício dessa efetiva liberdade, criando as condições para que, na esfera do
trabalho, este seja digno e justo e, na habitação, consiga garantir a cada um de nós a
possibilidade de habitar uma casa digna, com um espaço relativamente inviolável,
onde sejamos capazes de formar uma família.
O Trabalho
O Trabalho é uma das grandes questões da nossa geração. Precisamos de ter,
como prioridade de uma geração de causas, o combate à precariedade laboral. A
falta de contratos de trabalho, os falsos recibos verdes e os contratos a termo retiram
direitos garantidos da parte mais fraca na relação. O trabalho apenas poderá
dignificar-se se a relação de forças entre trabalhador e patrão forem mais equilibradas.
Para afirmar o nosso direito a um trabalho digno, precisamos de afirmar como causa
comum:
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✓ Discutir a implementação de mecanismos de distribuição de dividendos
aos trabalhadores, de forma a mitigar a assimetria entre capital e trabalho
e aumentar a motivação dos trabalhadores.
✓ Integrar representantes dos trabalhadores com direito a voto nos
Conselhos de Administração das empresas, em linha com o praticado no
Norte da Europa.
✓ Incentivar a criação de cooperativas e de empresas sem fins lucrativos.
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Hoje, o problema das rendas aparece-nos com um dos principais problemas nas
principais cidades, em especial da Área Metropolitana de Lisboa e do Porto. Só em
2018 os valores subiram em média 20%, sem se fazerem acompanhar de um aumento
proporcional no rendimento dos portugueses.
A partir de 2014, Lisboa liderou o crescimento turístico europeu, com um valor
acima dos 15%. A especulação imobiliária veio a agudizar os problemas da habitação,
aumentando o valor da renda e diminuindo os fogos para arrendamento pela sua
reconversão para alojamento local. Assim, cabe-nos defender medidas para mitigar
os efeitos da especulação, através de diferentes vias, como:
✓ Criar um fundo de garantia mútua para aquisição da primeira habitação, a
par do já existente para crédito empresarial, permitindo aos jovens
dispensar um fiador e obter condições mais favoráveis.
✓ Isentar de Imposto de Selo e IMT os jovens que comprem a sua 1ª
habitação, rejeitando que a nossa geração esteja condenada a ser
arrendatária.
✓ Transformar o Porta65 numa prestação social a conceder a todos os jovens
elegíveis, substituindo o atual modelo exclusionário e excessivamente
burocrático.
✓ Investir num parque habitacional público, a rendas acessíveis.
✓ Recuperar as linhas de crédito para reabilitação imobiliária com
intervenção do estado, dirigindo-as especialmente ao público jovem.
A Família Jovem
Hoje é extraordinariamente difícil para os jovens começar uma família. Os
custos financeiros, que vão desde educação, alimentação, higiene, representam em
média 236€ a 678€ euros por mês com cada filho por agregado (até aos 25 anos), às
quais acrescem as dificuldades de gerir o tempo da família e do trabalho. Em
consequência destes fatores, o resultado é uma parentalidade mais tardia e com
menos filhos, que deixa sem resposta os desafios demográficos atuais. Para
responder a estes desafios, propomos:
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Causas na Mobilidade
A qualidade de vida, especialmente numa área metropolitana, depende da
capacidade dos cidadãos se deslocarem dentro da mesma. A mobilidade tem, pois,
que ser vista como um direito. No entanto, esse direito é posto em causa por um
sistema de transportes desarticulado, caro e fragmentado por pequenos monopólios
locais que falham sistematicamente o seu papel de serviço público.
A preferência pelo transporte privado, em detrimento do coletivo, constitui
uma ameaça, não só pelo seu contributo para as alterações climáticas, mas também
pela a poluição do ar e do ruído refletida na qualidade de vidas das cidades. Equivale a
mais congestionamento e tempo perdido em deslocações, ao mesmo tempo que
rouba às cidades espaços que poderiam servir as pessoas.
A aceleração do aquecimento global obriga a que todas as políticas
direcionadas à mobilidade sejam enquadradas com uma dimensão de
sustentabilidade ambiental e de promoção do ganho ecológico.
Assim, defendemos como Causas na mobilidade:
✓ Assegurar a gestão pública da Carris metropolitana e a gestão pela Área
Metropolitana do Metropolitano de Lisboa.
✓ Reduzir o custo do transporte público dos atuais 0,17-0,27 €/km para o
custo médio do transporte individual (0,09 €/km), assumindo como
princípio a progressiva gratuitidade dos transportes coletivos.
✓ Cobrir toda a Área Urbana de Lisboa com a rede de transportes públicos,
através do reforço da rede e oferta, e com o Passe Único Metropolitano,
incluindo também os concelhos de Azambuja e Arruda dos Vinhos.
✓ Promover a substituição e renovação das frotas públicas para novos
veículos mais ecológicos.
✓ Construir bolsas de estacionamento próximas de transportes públicos, em
especial nas periferias da cidade de Lisboa.
✓ Incrementar soluções de mobilidade partilhada.
✓ Promover o apoio financeiro à aquisição de carros elétricos e a melhoria
da rede de carregamento.
✓ Promover o apoio ao abate ecologicamente sustentável de veículos antigos
e com emissões elevadas.
✓ Incentivar soluções que privilegiem meios de mobilidade leve, como a
utilização de bicicletas e outros, através da construção de ciclovias e da
criação de sistemas públicos de transportes partilhados no Poder Local.
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✓ Promover a construção de parques de estacionamento próximos de
interfaces de transportes públicos, facilitando a utilização dos mesmos.
Causas na Saúde e no Desporto
Atualmente, a obesidade é um dos problemas mais sérios de saúde pública, em
Portugal e em todo o mundo, sendo perspectivada como a epidemia do século XXI.
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A saúde mental dos estudantes universitários tem vindo a despertar maior
cuidado devido ao aumento da prevalência e gravidade das perturbações psiquiátricas.
São inúmeras as causas que contribuem para este facto: pressão académica, pressão
profissional, deterioração de relações de amizade e a criação de expectativas
generalizadas, muitas vezes frustradas.
Um estudo realizado durante o ano letivo 2017/2018, no âmbito do programa
“+Contigo”, desenvolvido por escolas de todo o país, conclui que há cerca de 26% de
estudantes que têm sintomas depressivos, e destes, cerca de 40% estão em risco
elevado de terem comportamentos auto lesivos. Segundo a OMS, o suicídio é a
principal causa de morte entre os 15 e 29 anos, globalmente.
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legislatura alcançámos um passo decisivo com a legalização da canábis para fins
medicinais, que, sendo embora uma questão distinta, não deixa de revelar uma maior
abertura da sociedade para o tema. Precisamos de ir mais longe e:
✓ Defender a legalização e regulamentação do canábis para fins recreativos,
a partir dos 18 anos, como forma de prevenir comportamentos de risco,
que ponham em causa consumidores.
Um debate que está a emergir na sociedade e que merece a nossa melhor atenção
é o impacto do aumento de horas de trabalho e do designado por “home office” para
a saúde dos jovens trabalhadores. Trabalhar horas em demasia pode ter um impacto
crucial na saúde humana, sendo uma das principais causas da existência de doenças
mentais nos jovens portugueses. Assim, como uma Juventude de Causas,
afirmaremos para responder a este desafio:
✓ O Estabelecimento de condições que valorizem o equilíbrio entre as
responsabilidades profissionais e pessoais, através da promoção da saúde
mental no próprio local de trabalho.
✓ A disponibilização de acompanhamento psicológico gratuito para todos os
trabalhadores do setor público durante o período de trabalho.
✓ Promover o aconselhamento e serviços relacionados com as necessidades
familiares e laborais dos trabalhadores, através de programas de
preparação para a maternidade/paternidade ou boas práticas de gestão
de tempo.
✓ Promover programas de valorização fiscal, ou de outro tipo, a empresas
que apostem na saúde mental dos seus empregados, através de boas
políticas laborais, como a promoção de atividades extra que fomentem o
espírito de equipa.
✓ Executar campanhas de Sensibilização para o Setor Empresarial que
promovam o investimento na saúde mental dos trabalhadores,
promovendo assim o aumento do rendimento individual e coletivo.
Por fim, uma outra Causa que deve guiar o nosso eixo estruturante da Saúde é a
defesa da despenalização da morte assistida, reconhecendo o direito de antecipar o
momento da morte de um cidadão que sofra de uma doença incurável, sem
possibilidade de melhoria e que esteja nas suas plenas capacidades mentais e
psicológicas. Cabe-nos a nós, enquanto comunidade de ativistas, lutar pela garantia
das condições de saúde dignas dos nossos cidadãos, inclusive, no fim das suas vidas. O
testamento vital deve também ver a sua complexidade reduzida.
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um Estado Social mais forte e uma democracia robusta e credível. Este último desafio
é, atualmente, um dos mais exigentes para partidos e políticos. Consideramos, pois,
que é exatamente na economia que se encontra uma chave, senão a chave -
desenvolver uma economia baseada nos princípios socialistas, orientada para as reais
necessidades do cidadão.
Um Estado mais forte será a pedra basilar para a prossecução de uma
Economia de Esquerda, alinhada com a justiça social, a solidariedade e a diminuição
das desigualdades. Para concretizar esse objetivo, precisamos de:
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✓ Orientar a economia portuguesa para a diferenciação do produto
nacional, através da inovação na produção e nos produtos, valorização
dos recursos endógenos.
✓ Apostar na formação e no conhecimento orientados para a educação para
as novas tecnologias, dando, desde já, início à requalificação do nosso
capital humano e antecipando as revoluções produtivas que se aproximam.
A fiscalidade assume-se como um instrumento fundamental e primordial para
o reforço do papel do Estado enquanto garante do Estado Social.
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✓ Promover comportamentos seguros e éticos online, despertando os jovens
para estas temáticas no currículo da disciplina de Tecnologias de
Informação e Comunicação.
Num mundo cada vez mais digital, a segurança no espaço digital assume uma
importância cada vez maior. A cibersegurança vai muito para além da sensibilização
para as temáticas de protecção no espaço digital. Vários dos mecanismos digitais que
procuram garantir a segurança dos cidadãos podem ser utilizados para invadir a sua
privacidade. Assim, é necessário garantir que há legislação que proteja essa
privacidade mas que não comprometa o combate ao terrorismo e à criminalidade.
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Apesar dos benefícios referidos, há também novos desafios que têm de ser
enfrentados. A massificação da utilização das redes sociais leva a que estas sejam uma
das principais fontes de informação, nomeadamente de informação política. As redes
sociais, ao utilizarem algoritmos que beneficiam a visualização de conteúdos tidos
como preferenciais para o utilizador, criam um viés na criação de pensamento
político, pois não apresentam conteúdos com retórica contraditória àquela que é
maioritariamente consumida pelo utilizador.
Nesse sentido, para defesa da democracia, cabe ao Estado reforçar os seus
mecanismos de comunicação e difusão da pluralidade de pensamento político.
Propomos, por isso, que:
✓ O Estado adapte a utilização de tempos de antena para os tornar comuns,
não apenas nos meios de comunicação social tradicionais como ainda
noutros meios de comunicação digitais.
O digital deve desempenhar também um papel de grande importância na
modernização administrativa. O Estado deve ser pioneiro na adoção de novas
tecnologias que lhe concedam maior rapidez, segurança e inovação administrativa.
Entendemos que as demoras nos processos da administração pública, nomeadamente
nos processos judiciais, e a quantidade de utilização de papel nos mesmos já não são
uma necessidade e já não deviam ser uma prática a seguir, por motivos económicos e
ecológicos.
Assim, defendemos que o Estado assuma um esforço efetivo para se tornar
paperless e para digitalizar os seus processos de forma a garantir uma maior
eficiência e eficácia dos mesmos.
Causas no Ambiente e no Bem Estar-Animal
No atual panorama em que todos os alertas sobre as alterações climáticas
estão dados e os prazos para atuar sobre os problemas ambientais são cada vez mais
curtos, torna-se necessário entender o ambiente como a causa mais importante do
século XXI.
Cabe à sociedade civil alterar o seu paradigma quotidiano e estrutural no
sentido de o tornar mais amigo do ambiente, mas também cabe ao Estado o papel
fundamental de dirigir esta mudança e dar o exemplo, na medida em que esgotou o
tempo de acreditar que o mercado, por si só, se saberá adaptar aos desafios
ambientais.
É importante, também, entender que a sobreexploração dos recursos refletir-
se-á com mais intensidade nas classes baixas, na medida em que serão as classes altas
que terão condições para adquirir os bens mais escassos e mais essenciais. Como
Socialistas, teremos que começar a entender o Ambiente como uma causa
potencialmente geradora de grandes desigualdades sociais e económicas.
No sentido de encontrar soluções para os problemas ambientais Mundiais,
Nacionais e da Área Urbana de Lisboa, propomos como Causas:
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✓ Maior disseminação de artigos de higiene mais “amigos do ambiente”, tais
como o copo menstrual, a escova de dentes de bambu, entre outras.
✓ Encerrar as centrais a carvão até ao final da próxima legislatura,
aproveitando a sua capacidade na rede para instalação de energias
renováveis.
✓ Liberalizar o regime de auto-abastecimento (e.g. painéis fotovoltaicos em
casa), permitindo a partilha de custos e proveitos de energia em
comunidades locais e a revenda dos excedentes de energia para a rede.
✓ Apostar num aumento da capacidade de armazenamento de energia,
reforçando ainda o I&D neste setor.
✓ Reforçar as interligações e a implementação dos leilões para energias
renováveis atualmente propostos pelo Governo.
✓ Proteger e valorizar as florestas e matas da nossa região como Monsanto,
Malveira, a Serra de Sintra, entre outras, assegurando uma adequação do
seu valor natural com a sua utilização humana.
A alimentação está na base de muitos problemas de sobreexploração dos
recursos e de emissões de gases de efeito estufa. O impacto da indústria agropecuária
nas emissões de metano (25 a 100 vezes mais danoso para a atmosfera que o CO2), a
quantidade de recursos necessários para alimentação do gado, a gestão dos
efluentes e a desflorestação são problemáticas de impactos tremendos para o
ambiente. Do mesmo modo, a sobre-exploração dos oceanos tem resultado na
redução expressiva das populações de muitas espécies marinhas.
Assim sendo, é importante pensar em medidas que promovam uma alimentação
sustentável, procurando reduzir os consumos de carne e peixe e promovendo as
alternativas vegetarianas. Propomos como causas:
✓ A promoção de campanhas de sensibilização para redução do consumo de
carne e mais assentes no consumo de proteína vegetal.
✓ A redução dos apoios à bovinocultura e suinocultura e o aumento dos apoios
para a criação de pequenos ruminantes.
✓ A promoção do aumento das refeições vegetarianas nas cantinas, através
da introdução de um regime de rotatividade com a carne e peixe.
✓ O Estado também servir refeições vegetarianas em visitas de estado e outros
eventos oficiais.
✓ O aumento do IVA da carne de vaca, da carne de porco e de todas as
espécies de peixes ameaçadas para 23%.
Existem, igualmente, práticas e causas a propor quanto ao papel que as
empresas e as indústrias devem desempenhar no que respeita à melhoria do
ambiente. É importante promover que a esfera privada amplie a sua ação a favor do
ambiente. Temos, por isso, como causas:
✓ Implementar um regime reduzido de IVA para produtos vendidos a granel.
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✓ Promover uma maior compreensão do Rio Tejo por parte dos nossos
ativistas. Defendendo a fiscalização e o aumento das coimas para as
empresas e indústrias que efetuem descargas ilegais no Rio Tejo.
✓ Incluir, em todas as embalagens, de um indicador da pegada ecológica do
produto.
✓ Divulgar os consumos energéticos e de recursos dos edifícios públicos e
privados, promovendo a concorrência entre estes por uma maior eficiência
na utilização dos mesmos.
De acordo com a Sociedade Ponto Verde, 70% dos lares portugueses pratica a
reciclagem. Após anos de investimento e de sensibilização para a prática,
consideramos que este número deveria ser bastante superior e não nos contentamos
com o que já foi alcançado. É importante destacar que o primeiro passo, na gestão
dos recursos, passa pela Redução, e que esse deve ser o pensamento primário. Por
último, após a utilização dos recursos, o Estado deve promover que os materiais
reciclados sejam reinseridos no mercado e na utilização do dia-a-dia, de modo a
promover a economia circular e a utilização sustentável dos recursos.
Num contexto em que Portugal já assumiu que vai falhar as metas nacionais
para a prevenção e gestão de resíduos urbanos, tendo requerido, à União Europeia,
mais dois anos para o cumprimento das mesmas, temos como Causas:
✓ Utilizar papel reciclado em todas as instituições públicas como escolas,
edifícios municipais, entre outros.
✓ Colocar um preço em todos os sacos de plástico em todas as superfícies
comerciais.
✓ Retirar os plásticos descartáveis do mercado até 2020, antecipando-nos à
decisão, já tomada pela União Europeia, de abolir os mesmos em 2021.
✓ Promover a Reciclagem com o alargamento da cobertura da sua rede e com
fiscalização apertada a quem não cumprir a prática.
✓ Implementar a Reciclagem em todos os edifícios coletivos, públicos ou
privados, como escritórios, empresas, escolas, edifícios municipais, etc.
✓ Implementar o contentor para os Resíduos Orgânicos na Reciclagem, com
vista à prática da Compostagem.
✓ Criar centros de recolha de resíduos nas superfícies comerciais que
ofereçam uma contrapartida financeira em troca dos resíduos definidos.
✓ Investir na aquisição de tecnologia, como a Seabin, que permita a limpeza do
mar, nomeadamente a recolha de lixos como o plástico.
✓ Implementar bancos de roupa em 2ª mão, nas escolas, de modo a
normatizar as trocas de roupa entre os mais jovens.
✓ Criar legislação reguladora no que diz respeito ao design de produto, de
forma a garantir a reciclagem da maior parte da matéria prima utilizada.
✓ Promover a manutenção e reparação de produtos, ao invés da substituição.
No atual contexto persiste na sociedade civil alguma renitência em assumir
comportamentos necessários para fazer face aos problemas ambientais. Entendemos,
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por isso, que cabe ao Estado um papel essencial de dar o exemplo através das suas
práticas. Tendo já proposto a renovação das frotas de automóveis do Estado, a
implementação de refeições vegetarianas nas cantinas públicas e nos eventos oficiais,
a obrigatoriedade da reciclagem em edifícios públicos e a utilização de papel reciclado
nos mesmos, propomos ainda como causas:
✓ Reconverter os edifícios públicos de modo a que se tornem mais eficientes,
ecológicos e sustentáveis nos mais diversos âmbitos (energia, água, gestão
de resíduos, etc.)
✓ Converter progressivamente a iluminação pública para iluminação a Led’s.
✓ Explorar a alimentação à base de insetos, nomeadamente apoiando a sua
divulgação e degustação.
✓ Criar Regulamentos Municipais para o Arvoredo, de forma a promover
boas práticas na manutenção do arvoredo ornamental, à semelhança do
que foi feito em Lisboa.
✓ Apoiar os mercados municipais como promotores de uma economia de
proximidade.
✓ Apostar no alargamento das hortas urbanas e em hortas sociais.
✓ Reforçar a fiscalização e implementação das leis de proteção ambiental.
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extinção no catálogo criado pela União Internacional para a Conservação da
Natureza e dos Recursos Naturais.
✓ Criar a provedoria do animal em todos os municípios da Área Urbana de
Lisboa.
✓ Reforçar a fiscalização do Estado, com especial enfoque no cumprimento do
projeto-lei 360/XIII, que proíbe a venda de animais selvagens em plataformas
online, aumentando as coimas para os infratores e dotando os meios de
fiscalização (Spena) dos recursos necessários para a identificação dos infratores
e apreensão rápida com subsequente recolocação dos animais apreendidos.
A concretização de uma cidadania ambiental focada numa relação que aposta
num entendimento dos animais como seres sencientes e que invista na consciência
ambiental, impõe-nos que concretizemos como causas:
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