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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 13
Olá pessoal!
SUMÁRIO
Vamos lá?!
2§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado,
que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada
pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida
agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do
segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
MODALIDADES DE INTERVENÇÃO
pode o Estado fazê-lo em relação aos bens da União. Por outro lado
(desde que haja autorização legislativa), a União pode instituir servidão
em relação a bens estaduais e municipais, e o Estado em relação a bens
municipais. Na verdade, essa regra de “hierarquia” entre os entes
federados vale para todas as modalidades de intervenção que podem
incidir sobre bens públicos.
As servidões administrativas podem ser instituídas por meio de
acordo administrativo ou por sentença judicial. Por essa razão, diz-se
que, na servidão administrativa, não há autoexecutoriedade.
Pelo acordo administrativo, o Poder Público e o particular
proprietário do imóvel celebram um acordo formal permitindo que o
Estado utilize a propriedade para determinada finalidade de interesse
público. Esse acordo deve ser sempre precedido da declaração de
necessidade pública de instituir a servidão por parte do Estado. Essa
declaração é feita por meio de decreto do Chefe do Executivo.
Quando não há acordo entre as partes, a servidão pode ser instituída
por sentença judicial. O mais comum é o Poder Público entrar com ação
contra o proprietário. Mas também pode ocorrer o contrário, ou seja, o
proprietário entrar com ação contra o Poder Público caso, por exemplo, o
Estado passe a usar sua propriedade sem a instituição formal da servidão
e, consequentemente, sem lhe pagar a devida indenização.
Por falar em indenização, ela só é devida para ressarcir os danos
ou prejuízos causados pelo Poder Público durante o uso. Afinal, não
há transferência de propriedade. Portanto, se o Poder Público não
provocar nenhum dano ou prejuízo ao imóvel, o proprietário não fará jus a
qualquer indenização. Por outro lado, se houver prejuízo, o proprietário
deverá ser indenizado em montante equivalente ao prejuízo. E o ônus da
prova é do proprietário, ou seja, é ele quem deve demonstrar que o
Poder Público danificou seu imóvel e, por isso, lhe deve a indenização.
O prazo de prescrição para o particular pleitear indenização no caso
de servidão administrativa é de cinco anos, contados da efetiva restrição
imposta pelo Poder Público (Decreto-lei 3.365/1941, art. 10, parágrafo
único).
Sendo a servidão administrativa um direito real em favor do Poder
Público sobre a propriedade alheia, cabe inscrevê-la no Registro de
Imóveis para produzir efeitos erga omnes, ou seja, para assegurar o
conhecimento do fato por terceiros interessados.
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
4. (FGV – OAB 2017) O Município Beta foi assolado por chuvas que provocaram
o desabamento de várias encostas, que abalaram a estrutura de diversos imóveis,
os quais ameaçam ruir, especialmente se não houver imediata limpeza dos terrenos
comprometidos. Diante do iminente perigo público a residências e à vida de
pessoas, o Poder Público deve, prontamente, utilizar maquinário, que não consta de
seu patrimônio, para realizar as medidas de contenção pertinentes.
Assinale a opção que indica a adequada modalidade de intervenção na propriedade
privada para a utilização do maquinário necessário.
A) Requisição administrativa.
B) Tombamento.
C) Desapropriação.
D) Servidão administrativa.
Comentários: A modalidade adequada de intervenção na propriedade
privada a ser aplicada no caso é a requisição administrativa, prevista no art. 5º,
XXV da Constituição Federal:
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano;
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
7 Há casos em que a ocupação temporária incide sobre terrenos vizinhos a obras públicas vinculadas ao
LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS
8 Carvalho Filho ensina que a legislação federal e estadual poderá ser suplementada, no que couber, pela
legislação municipal, por força do art. 30, II da CF.
12. (FGV – OAB 2010) Acerca do tombamento, como uma das formas de o Estado
intervir na propriedade privada, os proprietários passam a ter obrigações negativas
que estão relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) Os proprietários são obrigados a colocar os seus imóveis tombados à disposição
da Administração Pública para que possam ser utilizados como repartições públicas,
quando da necessidade imperiosa de utilização, a fim de suprir a prestação de
serviços pelo Estado de forma eficiente.
(B) Os proprietários são obrigados a suportar a fiscalização dos órgãos
administrativos competentes.
(C) Os proprietários não podem destruir, demolir ou mutilar o bem imóvel e somente
poderão restaurá-lo, repará-lo ou pintá-lo após a obtenção de autorização especial
do órgão administrativo competente.
(D) Os proprietários não podem alienar os bens, ressalvada a possibilidade de
transferência para uma entidade pública.
Comentários: vamos analisar cada alternativa à luz do DL 25/1937:
a) ERRADA. O tombamento é uma modalidade de intervenção restritiva,
ou seja, o proprietário permanece na posse do bem, podendo dele usufruir,
ainda que com algumas restrições e condicionamentos. Tais restrições e
condicionamentos, todavia, não incluem colocar o imóvel à disposição da
Administração Pública para que possam ser utilizados como repartições
públicas. Tal forma de intervenção está mais para uma ocupação temporária
ou uma requisição administrativa. No tombamento, ao contrário, a finalidade é
proteger bens que possuem valor cultural, histórico, artístico, científico,
turístico e paisagístico.
b) CERTA, nos termos do art. 20 do aludido decreto-lei:
Art. 20. As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que poderá inspecioná-los sempre que fôr
julgado conveniente, não podendo os respectivos proprietários ou responsáveis criar
obstáculos à inspeção, sob pena de multa de cem mil réis, elevada ao dôbro em caso
de reincidência.
c) CERTA, conforme o art. 17 da referida norma:
Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruidas, demolidas
ou mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico
e Artistico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de multa de
cincoenta por cento do dano causado.
d) ERRADA. Os proprietários podem sim alienar os bens tombados, não
havendo limitação de transferência apenas a entidades públicas. A única
limitação que existe, na verdade, é a obrigação de se dar direito de preferência
ao Poder Público caso a alienação seja feita em leilão judicial. Mas se o Poder
Público não desejar adquirir o bem, o particular poderá aliená-lo a outro
particular. Por outro lado, os bens públicos tombados são inalienáveis, e só
15. (ESAF – PGFN 2007) Com relação aos bens públicos analise os itens a seguir:
I. as margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de
expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.
II. servidão de trânsito não-titulada, mas tornada permanente, sobretudo pela
natureza das obras realizadas, considera-se não-aparente, não conferindo direito à
proteção possessória.
III. uma das características das servidões públicas é a perpetuidade, entretanto, a
coisa dominante também se extingue caso seja desafetada, não podendo extinguir-
se pela afetação.
IV. em regra não cabe direito à indenização quando a servidão decorre diretamente
da lei.
V. o tombamento pode atingir bens de qualquer natureza: móveis ou imóveis,
materiais ou imateriais, públicos ou privados.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens II e III estão incorretos.
b) Apenas os itens I e II estão corretos.
c) Apenas o item III está incorreto.
d) Apenas o item I está correto.
e) Todos os itens estão incorretos.
Comentários: Vamos analisar cada assertiva:
I) CORRETA. Trata-se da transcrição da Súmula 479 do STF:
Súmula 479 – STF: As margens dos rios navegáveis são de domínio público,
insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.
II) INCORRETA. A resposta está na Súmula 415 do STF
Súmula 415 – STF: Servidão de trânsito não titulada, mas tornada permanente,
sobretudo pela natureza das obras realizadas, considera-se aparente, conferindo
direito à proteção possessória.
conservação do bem tombado. 4. A ação civil pública pode ser intentada para
proteger os bens de valor histórico. 5. Recurso especial conhecido, porém, não-
provido.
DESAPROPRIAÇÃO
BENS DESAPROPRIÁVEIS
PROCEDIMENTO
11 Há na doutrina quem defenda que a declaração expropriatória do Poder Legislativo não deve ser feita
por meio de lei, e sim por decreto legislativo. A diferença fundamental é que, se o ato for um decreto
legislativo, não precisa passar pelo crivo do Poder Executivo para fins de sanção ou veto.
13O autor da ação de desapropriação poderá ser a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios,
uma entidade da administração indireta ou um concessionário ou permissionário de serviço público, estes
últimos quando autorizados em lei ou contrato.
14 Carvalho Filho (2014, p. 880). O autor ensina que, no caso de hipoteca ou penhor, a desapropriação
acarreta o vencimento antecipado da dívida. Dessa forma, caso, por exemplo, o imóvel expropriado
estivesse hipotecado como garantia de um financiamento imobiliário, o proprietário, ao receber a
indenização, teria que quitar a dívida ou constituir uma nova garantia.
15 Segundo a Súmula 618 do STF, na desapropriação direta ou indireta, a taxa dos juros
compensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano . Na ADI 2.332/DF, o STF fixou o entendimento de
que a base de cálculo dos juros compensatórios deve corresponder à diferença entre 80% do preço
ofertado pelo Poder Público e o valor fixado na sentença. Ademais, na mesma ação, o STF entendeu
que os juros compensatórios são devidos independentemente de o imóvel produzir renda.
DESAPROPRIAÇÃO SANCIONATÓRIA
16 Maria Sylvia Di Pietro ensina que não é correto afirmar que a desapropriação de imóveis rurais é
sempre competência da União; somente o é quando o imóvel rural se destine à reforma agrária. Nesse
sentido, podem os Estados e Municípios desapropriar imóveis rurais para fins de utilidade pública; não
podem, frise-se, para fins de reforma agrária, privativa da União.
17 STF RE 543.974/MG
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
DIREITO DE EXTENSÃO
TREDESTINAÇÃO
RETROCESSÃO
22. (FGV – OAB 2012) A União, após regular licitação, realiza concessão de
determinado serviço público a uma sociedade privada. Entretanto, para a efetiva
prestação do serviço, é necessário realizar algumas desapropriações. A respeito
desse caso concreto, assinale a afirmativa correta.
a) A sociedade concessionária poderá promover desapropriações mediante
autorização expressa, constante de lei ou contrato.
b) As desapropriações necessárias somente poderão ser realizadas pela União, já
que a concessionária é pessoa jurídica de direito privado.
c) O ingresso de autoridades administrativas nos bens desapropriados, declarada a
utilidade pública, somente será lícito após a obtenção de autorização judicial.
d) Os bens pertencentes ao(s) Município(s) inserido(s) na área de prestação do
serviço não poderão ser desapropriados, mesmo que haja autorização legislativa.
Comentários: Vamos analisar cada alternativa:
a) CERTA. Embora a declaração expropriatória somente possa ser feita
pelo chefe do Executivo ou mediante lei, a fase executória da desapropriação
poderá ser promovida por sociedade concessionária, mediante autorização
expressa, constante de lei ou contrato. É o que prescreve o art. 3º do DL
3.365/41:
Art. 3o Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de carater
público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover
desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.
b) ERRADA. Como visto acima, as concessionárias de serviço público,
embora sejam pessoas jurídicas de direito privado, podem promover a fase
executória da desapropriação.
c) ERRADA. Nos termos do art. 7º do DL 3.365/1941, as autoridades
administrativas já podem ingressar nos bens a serem desapropriados logo
após a publicação da declaração de utilidade pública. Para tanto, não é
necessário obter autorização judicial.
d) ERRADA. Os bens pertencentes aos Municípios poderão ser
desapropriados pela União ou pelo Estado ao qual pertença. A desapropriação
de bem do Município, por ser um bem público, deve ser precedida de
autorização legislativa, emanada do ente que a está promovendo.
Gabarito: alternativa “a”
23. (FGV – OAB 2012) A empresa pública federal X, que atua no setor de
pesquisas petroquímicas, necessita ampliar sua estrutura, para a construção de dois
galpões industriais. Para tanto, decide incorporar terrenos contíguos a sua atual
unidade de processamento, mediante regular processo de desapropriação.
A própria empresa pública declara aqueles terrenos como de utilidade pública e
inicia as tratativas com os proprietários dos terrenos – que, entretanto, não aceitam o
preço oferecido por aquela entidade. Nesse caso,
a) se o expropriante alegar urgência e depositar a quantia arbitrada de conformidade
com a lei, terá direito a imitir-se provisoriamente na posse dos terrenos.
b) a desapropriação não poderá consumar se, tendo em vista que não houve
concordância dos titulares dos terrenos.
c) a desapropriação demandará a propositura de uma ação judicial e, por não haver
concordância dos proprietários, a contestação poderá versar sobre qualquer matéria.
d) os proprietários poderão opor se à desapropriação, ao fundamento de que a
empresa pública não é competente para declarar um bem como de utilidade pública.
Comentários: As empresas públicas não possuem competência para
declarar a utilidade pública de bens para fins de desapropriação. Tal
prerrogativa pertence apenas ao chefe do Executivo, mediante decreto, ou pelo
Poder Legislativo, mediante lei (ou decreto legislativo, conforme defende parte
da doutrina). As entidades da administração indireta (autarquias, fundações,
empresas públicas e sociedades de economia mista), assim como as
concessionárias e permissionárias de serviços públicos, podem apenas
promover a fase executória da desapropriação, desde que expressamente
autorizadas em lei ou contrato (DL 3.365/41, art. 3º). Ou seja, tais entidades não
podem escolher quais bens serão desapropriados, mas apenas executar os
procedimentos operacionais necessários à transferência da propriedade dos
bens inseridos na declaração expropriatória.
Na situação descrita no item, portanto, a empresa pública não poderia
declarar os terrenos contíguos a sua unidade como de utilidade pública, de
modo que os respectivos proprietários poderão opor-se à desapropriação sob
este fundamento, conforme afirmado na alternativa “d”, que é o gabarito. Aliás,
a ilegitimidade da empresa pública para declarar a utilidade pública do terreno
também é a justificativa para o erro das demais opções.
Gabarito: alternativa “d”
3.365 / 41). No entanto, após algum tempo, Gilberto descobre que a utilização do
imóvel foi transferida, sem qualquer formalidade, ao diretório regional do partido do
governador do Estado. Indignado com a situação, Gilberto procura um advogado
para orientá-lo. Nesse caso, assinale a afirmativa que indica o correto
esclarecimento a ser dado pelo advogado.
a) A conduta do Estado não é vedada pelo ordenamento jurídico, não obstante a
destinação diversa dada ao imóvel.
b) A conduta do Estado não é passível de controle judicial, porque diz respeito ao
mérito administrativo, o que é vedado segundo nosso ordenamento jurídico.
c) Uma demanda judicial deve ser ajuizada, visando declarar a nulidade do ato de
desapropriação ao argumento de ocorrência de tredestinação ilícita.
d) O ato não pode ser invalidado judicialmente, somente restando a Gilberto ajuizar
uma demanda, postulando reparação pelos danos materiais e morais sofridos.
Comentários: Não é vedado ao Poder Público alterar a finalidade a ser
dada ao bem desapropriado, desde que a nova finalidade também observe o
interesse público. Nesse caso, trata-se de uma tredestinação lícita. Todavia, se
a nova destinação conferida ao bem desapropriado ocorrer com desvio de
finalidade, ou seja, se o bem não for utilizado em obras ou serviços públicos,
temos a chamada tredestinação ilícita, que gera o direito de reintegração do
bem ao ex-proprietário, por intermédio do instituto da retrocessão.
Na situação descrita no enunciado, o bem foi desapropriado para a
construção de uma escola, mas, ao invés disso, foi utilizado para a instalação
do diretório regional do partido do governador, em clara afronta ao princípio
da impessoalidade e ao interesse público. Dessa forma, o advogado deve
orientar o ex-proprietário a ajuizar uma demanda judicial, visando declarar a
nulidade do ato de desapropriação ao argumento de ocorrência de
tredestinação ilícita (alternativa “c”).
Gabarito: alternativa “c”
28. (Cespe – TJ/PI Juiz – 2012) A União pode desapropriar bens dos estados, do
DF e dos municípios, tendo os estados e os municípios, por sua vez, o poder de
desapropriar bens entre si, mas não bens da União.
Comentários: De fato, a União pode desapropriar bens dos estados, do
DF e dos municípios. Porém, os estados não podem desapropriar bens de
outros estados, mas apenas bens de municípios situados em seu território. Já
os municípios não podem desapropriar bens de outros municípios.
Gabarito: Errado
29. (Cespe – MPOG 2012) Com base na Lei n.º 3.365/1941 e suas alterações,
bem como nos instrumentos de controle urbanístico, julgue o item consecutivo.
A construção de um estádio está prevista no corpo da lei como caso de utilidade
pública, podendo ser feita desapropriação para a execução da obra. Ao Poder
Legislativo caberá decretar e tomar medidas de desapropriação, e ao Judiciário,
Gabarito: Errado
31. (Cespe – DP/DF 2013) Os juros compensatórios, que podem ser cumulados
com os moratórios, incidem tanto sobre a desapropriação direta quanto sobre a
indireta, sendo calculados sobre o valor da indenização, com a devida correção
monetária; entretanto, independem da produtividade do imóvel, pois decorrem da
perda antecipada da posse.
Comentário: A indenização pela desapropriação deve ser justa e prévia.
Ou seja, o pagamento deve ser realizado, em regra, antes da imissão na posse
pelo Poder Público. No entanto, desde que haja declaração de urgência pelo
Poder Público e depósito prévio, é possível ocorrer a chamada imissão
provisória na posse, isto é, o expropriante passa a ter a posse provisória do
Perceba, ainda, que, segundo a redação atual do art. 243 da CF, dada pela
EC 81/2014, as propriedades expropriadas serão destinadas à reforma agrária
e a programas de habitação popular, e não mais ao assentamento de colonos
para cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos.
Gabarito: Errado
desapropriação.
d) CERTA. A impossibilidade de reinvindicação decorre de a
desapropriação ser forma originária de aquisição de propriedade. Ademais,
possui previsão expressa no art. 35 do Decreto-lei 3.365/1941:
Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não
podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de
desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.
Decreto-lei 3.365/1941:
§ 3º É vedada a desapropriação, pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e
Municípios de ações, cotas e direitos representativos do capital de instituições e
emprêsas cujo funcionamento dependa de autorização do Govêrno Federal e se
subordine à sua fiscalização, salvo mediante prévia autorização, por decreto do
Presidente da República.
39. (ESAF – PGFN 2006) A desapropriação que ocorre em uma área maior que a
necessária à realização de uma obra, com vistas a que seja reservada para posterior
desenvolvimento da própria obra, é hipótese de
a) desapropriação indireta, por já ter o Supremo Tribunal Federal pacificado o
entendimento de ser inconstitucional a perda de propriedade por alguém para que o
bem fique, simplesmente, reservado para utilização futura.
b) desapropriação indireta, vez que a desapropriação em área maior do que a
inicialmente necessária somente seria juridicamente viável para assentamentos
rurais, em atividades concernentes à Reforma Agrária.
c) direito de extensão, reconhecido ao poder público quando razões de utilidade
pública ou interesse social justifiquem a medida.
d) desapropriação por zona, expressamente prevista em legislação que disciplina a
desapropriação por utilidade pública.
e) desapropriação por interesse social, tendo em vista que a destinação do bem se
dará no interesse da coletividade.
Comentário: Trata-se da chamada desapropriação por zona (alternativa
“d”).
A desapropriação por zona, também chamada de desapropriação
extensiva, ocorre quando o Poder Público expropria uma extensão de área
maior que a estritamente necessária para a realização de uma obra ou serviço,
com a inclusão de áreas adjacentes que ficam reservadas para uma das
finalidades seguintes:
✓ Ulterior continuação do desenvolvimento da obra ou do serviço;
✓ Para serem alienadas depois que, em decorrência da obra ou do serviço,
ocorrer a sua valorização.
40. (ESAF – DNIT 2013) No que se refere à desapropriação por utilidade pública e
interesse social, com base no Decreto-Lei n. 3.365/41 e na Lei n. 4.132/62, é
incorreto afirmar que:
a) a desapropriação por interesse social será decretada para promover a justa
distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem estar social.
b) consideram-se de interesse social, entre outros, a proteção do solo e a
preservação de cursos e mananciais de água e de reservas florestais, além das
terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela conclusão de obras e
serviços públicos, notadamente de saneamento, portos, transporte, eletrificação,
VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, sejam
apropriados ao desenvolvimento de atividades turísticas.
requisição administrativa.
b) ERRADA. De fato, o STJ possui uma Súmula a respeito do prazo
prescricional para que o proprietário vítima da desapropriação indireta ajuíze a
ação visando à indenização pelas perdas e danos dela decorrentes. Trata-se da
Súmula 119, que diz: “a ação de desapropriação indireta prescreve em
vinte anos”. Portanto, o item erra ao falar em cinco anos. Não obstante,
ressalte-se que a referida Súmula foi editada com base no Código Civil antigo,
de 1916, aplicando por analogia o prazo prescricional de vinte anos então
previsto para a ação de usucapião extraordinário. O Código Civil atual, de
2002, reduziu esse prazo para dez anos, razão pela qual a jurisprudência do
STJ tem evoluído para considerar que a ação de desapropriação indireta
prescreve em dez, e não em vinte anos. Esse tema, porém, ainda não está
pacificado na jurisprudência.
c) ERRADA. A hipoteca não impede o prosseguimento do procedimento
de desapropriação. No caso de ônus reais (ex: hipoteca, penhor e anticrese),
esses ficam sub-rogados no preço da indenização.
d) CERTA, nos exatos termos do art. 8º do Decreto-lei 3.365/1941:
Art. 8o O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo,
neste caso, ao Executivo, praticar os atos necessários à sua efetivação.
e) ERRADA. Em regra, é vedado ao Município desapropriar bens da União
e das respectivas entidades da administração indireta, exceto se houver
autorização do Presidente da República, mediante decreto. Essa ressalva não
possui previsão expressa na lei, mas constitui um entendimento doutrinário e
jurisprudencial pacífico. Perceba que a assertiva fala em “presentes os
requisitos legais”, o que reforça o erro.
Gabarito: alternativa “d”
*****
Pronto, ficamos por aqui. Espero que tenha aproveitado mais esta
aula.
Erick Alves
➢ Procedimento da desapropriação:
✓ Fase declaratória: por decreto do Poder Executivo ou por lei do Poder Legislativo. A declaração fixa o
estado do bem para fins de indenização. Caduca em 5 anos (se for por interesse social, caduca em 2 anos).
✓ Fase executória: pode ser promovida pelas entidades da administração indireta e pelas delegatárias de
serviços públicos (estas, se autorizadas por lei ou contrato). Pode ser administrativa ou judicial. No
processo judicial só se discute o valor da indenização ou vício processual.
➢ Indenização:
▪ Justa, prévia e em dinheiro (regra).
▪ Pode ser em títulos da dívida pública, no caso de desapropriação por descumprimento do plano diretor do
Município ou em títulos da dívida agrária, no caso de desapropriação rural para reforma agrária (neste
último caso, benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro).
▪ Abrange o valor total do bem, assim como danos emergentes, os lucros cessantes, juros moratórios e
compensatórios, atualização monetária, despesas judiciais e honorários advocatícios.
▪ Ônus reais (penhor, hipoteca) ficam sub-rogados no preço.
▪ Benfeitorias feitas após a declaração: cobrirá apenas as necessárias e, se autorizadas, as úteis; jamais as
voluptuárias.
➢ Imissão provisória na posse: desde que haja declaração de urgência pelo Poder Público e depósito prévio. Dá
direito a juros compensatórios.
➢ Desapropriação indireta: desapropriação sem observância do devido processo legal, que gera uma situação
fática irreversível. Dá direito a indenização por perdas e danos. Prazo de prescrição, segundo o STJ: 10 anos.
➢ Direito de extensão: em caso de desapropriação parcial, quando a parte não expropriada do bem se torna
inútil ou sem valor econômico. Pode pedir que a desapropriação seja estendida a todo o bem.
➢ Tredestinação: dar ao bem expropriado uma destinação diferente da prevista no ato expropriatório.
✓ Lícita: a destinação é diferente, mas não deixa de observar o interesse público; não dá direito a retrocessão.
✓ Ilícita: a destinação é diferente e não atende o interesse público (desvio de finalidade).
➢ Retrocessão: é o direito que tem o expropriado de exigir de volta o seu imóvel caso o Poder Público não dê a
ele o destino que motivou a sua desapropriação, nem outro destino que atenda o interesse público. O
proprietário, para reaver o bem, deve pagar o seu valor atual (e não o valor que recebeu de indenização).
1. (Cespe – AGU 2009) Servidão administrativa é um direito real de gozo que independe
de autorização legal, recaindo sobre imóvel de propriedade alheia. Sejam públicas ou
privadas, as servidões se caracterizam pela perpetuidade, podendo, entretanto, ser extintas
no caso de perda da coisa gravada ou de desafetação da coisa dominante. Em regra, não
cabe indenização quando a servidão, incidente sobre imóvel determinado, decorrer de
decisão judicial.
3. (FGV – OAB 2013) A fim de permitir o escoamento da produção até uma refinaria,
uma empresa pública federal, que explora a prospecção de petróleo em um campo terrestre,
inicia a construção de um oleoduto. O único caminho possível para essa construção
atravessa a propriedade rural de Josenildo que, em razão do oleoduto, teve que diminuir o
espaço de plantio de mamão e, com isso, viu sua renda mensal cair pela metade.
Assinale a afirmativa que indica a instrução correta que um advogado deve passar a
Josenildo.
a) Não há óbice à constituição da servidão administrativa no caso, mas cabe indenização
pelos danos decorrentes dessa forma de intervenção na propriedade.
b) A servidão administrativa é ilegal e Josenildo pode desconstituí-la, pois o instituto só tem
aplicação em relação aos bens públicos.
c) A servidão administrativa é ilegal, pois o nosso ordenamento veda a intervenção do
Estado sobre propriedades produtivas.
d) Não há óbice à constituição da servidão administrativa e não há de se falar em qualquer
indenização.
4. (FGV – OAB 2017) O Município Beta foi assolado por chuvas que provocaram o
desabamento de várias encostas, que abalaram a estrutura de diversos imóveis, os quais
ameaçam ruir, especialmente se não houver imediata limpeza dos terrenos comprometidos.
Diante do iminente perigo público a residências e à vida de pessoas, o Poder Público deve,
prontamente, utilizar maquinário, que não consta de seu patrimônio, para realizar as
medidas de contenção pertinentes.
5. (Cespe – DPU 2010) O poder público pode intervir na propriedade do particular por
atos que visem satisfazer as exigências coletivas e reprimir a conduta antissocial do
particular. Essa intervenção do Estado, consagrada na Constituição Federal, é regulada por
leis federais que disciplinam as medidas interventivas e estabelecem o modo e a forma de
sua execução, condicionando o atendimento do interesse público ao respeito às garantias
individuais previstas na Constituição. Acerca da intervenção do Estado na propriedade
particular, julgue o item subsequente.
No caso de requisição de bem particular, se este sofrer qualquer dano, caberá indenização
ao proprietário.
8. (Cespe – DPU 2010) O poder público pode intervir na propriedade do particular por
atos que visem satisfazer as exigências coletivas e reprimir a conduta antissocial do
particular. Essa intervenção do Estado, consagrada na Constituição Federal, é regulada por
leis federais que disciplinam as medidas interventivas e estabelecem o modo e a forma de
sua execução, condicionando o atendimento do interesse público ao respeito às garantias
individuais previstas na Constituição. Acerca da intervenção do Estado na propriedade
particular, julgue o item subsequente.
10. (Cespe – TJ/PI Juiz – 2012) O tombamento pode ser voluntário ou compulsório,
provisório ou definitivo, conforme a manifestação da vontade ou a eficácia do ato.
11. (Cespe – AGU 2009) O instituto do tombamento provisório não é uma fase
procedimental antecedente do tombamento definitivo, mas uma medida assecuratória da
eficácia que este último poderá, ao final, produzir. A caducidade do tombamento provisório,
por excesso de prazo, não é prejudicial ao tombamento definitivo.
12. (FGV – OAB 2010) Acerca do tombamento, como uma das formas de o Estado intervir
na propriedade privada, os proprietários passam a ter obrigações negativas que estão
relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) Os proprietários são obrigados a colocar os seus imóveis tombados à disposição da
Administração Pública para que possam ser utilizados como repartições públicas, quando da
necessidade imperiosa de utilização, a fim de suprir a prestação de serviços pelo Estado de
forma eficiente.
(B) Os proprietários são obrigados a suportar a fiscalização dos órgãos administrativos
competentes.
(C) Os proprietários não podem destruir, demolir ou mutilar o bem imóvel e somente
poderão restaurá-lo, repará-lo ou pintá-lo após a obtenção de autorização especial do órgão
administrativo competente.
(D) Os proprietários não podem alienar os bens, ressalvada a possibilidade de transferência
para uma entidade pública.
13. (FGV – OAB 2011) Com relação à intervenção do Estado na propriedade, assinale a
alternativa correta.
(A) A requisição administrativa é uma forma de intervenção supressiva do Estado na
propriedade que somente recai em bens imóveis, sendo o Estado obrigado a indenizar
eventuais prejuízos, se houver dano.
(B) A limitação administrativa é uma forma de intervenção restritiva do Estado na
propriedade que consubstancia obrigações de caráter específico e individualizados a
proprietários determinados, sem afetar o caráter absoluto do direito de propriedade.
(C) A servidão administrativa é uma forma de intervenção restritiva do Estado na
propriedade que afeta as faculdades de uso e gozo sobre o bem objeto da intervenção, em
razão de um interesse público.
15. (ESAF – PGFN 2007) Com relação aos bens públicos analise os itens a seguir:
I. as margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e,
por isso mesmo, excluídas de indenização.
II. servidão de trânsito não-titulada, mas tornada permanente, sobretudo pela natureza das
obras realizadas, considera-se não-aparente, não conferindo direito à proteção possessória.
III. uma das características das servidões públicas é a perpetuidade, entretanto, a coisa
dominante também se extingue caso seja desafetada, não podendo extinguir-se pela
afetação.
IV. em regra não cabe direito à indenização quando a servidão decorre diretamente da lei.
V. o tombamento pode atingir bens de qualquer natureza: móveis ou imóveis, materiais ou
imateriais, públicos ou privados.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens II e III estão incorretos.
b) Apenas os itens I e II estão corretos.
c) Apenas o item III está incorreto.
d) Apenas o item I está correto.
e) Todos os itens estão incorretos.
18. (Cespe – TJ/RR 2013) No que se refere ao tombamento, assinale a opção correta.
a) A partir do tombamento, o bem torna-se inalienável.
b) A partir do tombamento, o bem somente poderá ser alienado à União, se ela for a
instituidora do gravame.
c) O tombamento de bens de valor histórico ou artístico é de competência privativa da
União.
d) A partir do tombamento, o bem somente poderá ser alienado depois de exercido o direito
de preferência pela União, pelos estados e pelos municípios, nessa ordem.
e) Os bens móveis públicos não são passíveis de tombamento.
19. (Cespe – OAB 2010) Acerca da desapropriação e dos institutos a ela relacionados,
assinale a opção correta.
a) Tratando-se de desapropriação por utilidade pública para a realização de obra, as áreas
contíguas necessárias à execução da obra poderão ser abrangidas pela desapropriação,
independentemente da inclusão dessas áreas na declaração de utilidade pública.
b) A fase declaratória, durante a qual o poder público manifesta sua vontade na futura
desapropriação, é iniciada com a declaração expropriatória e formalizada por meio de ato
20. (FGV – OAB 2010) Nas hipóteses de desapropriação, em regra geral, os requisitos
constitucionais a serem observados pela Administração Pública são os seguintes:
a) comprovação da necessidade ou utilidade pública ou de interesse social; pagamento de
indenização prévia ao ato de imissão na posse pelo Poder Público, e que seja justa e em
dinheiro; e observância de ato administrativo, sem contraditório por parte do proprietário.
b) comprovação da necessidade ou utilidade pública ou de interesse social; pagamento de
indenização prévia ao ato de imissão na posse pelo Poder Público, e que seja justa e em
dinheiro; e observância de procedimento administrativo, com respeito ao contraditório e
ampla defesa por parte do proprietário.
c) comprovação da necessidade ou utilidade pública ou de interesse social; pagamento de
indenização prévia ao ato de imissão na posse pelo Poder Público, e que seja justa e em
títulos da dívida pública ou quaisquer outros títulos públicos, negociáveis no mercado
financeiro; e observância de procedimento administrativo, com respeito ao contraditório e
ampla defesa por parte do proprietário.
d) comprovação da necessidade ou utilidade pública ou de interesse social; pagamento de
indenização, posteriormente ao ato de imissão na posse pelo Poder Público, e que seja
justa e em dinheiro; e observância de procedimento administrativo, com respeito ao
contraditório e ampla defesa por parte do proprietário.
22. (FGV – OAB 2012) A União, após regular licitação, realiza concessão de determinado
serviço público a uma sociedade privada. Entretanto, para a efetiva prestação do serviço, é
necessário realizar algumas desapropriações. A respeito desse caso concreto, assinale a
afirmativa correta.
a) A sociedade concessionária poderá promover desapropriações mediante autorização
expressa, constante de lei ou contrato.
b) As desapropriações necessárias somente poderão ser realizadas pela União, já que a
concessionária é pessoa jurídica de direito privado.
c) O ingresso de autoridades administrativas nos bens desapropriados, declarada a utilidade
pública, somente será lícito após a obtenção de autorização judicial.
d) Os bens pertencentes ao(s) Município(s) inserido(s) na área de prestação do serviço não
poderão ser desapropriados, mesmo que haja autorização legislativa.
23. (FGV – OAB 2012) A empresa pública federal X, que atua no setor de pesquisas
petroquímicas, necessita ampliar sua estrutura, para a construção de dois galpões
industriais. Para tanto, decide incorporar terrenos contíguos a sua atual unidade de
processamento, mediante regular processo de desapropriação.
A própria empresa pública declara aqueles terrenos como de utilidade pública e inicia as
tratativas com os proprietários dos terrenos – que, entretanto, não aceitam o preço oferecido
por aquela entidade. Nesse caso,
a) se o expropriante alegar urgência e depositar a quantia arbitrada de conformidade com a
lei, terá direito a imitir-se provisoriamente na posse dos terrenos.
b) a desapropriação não poderá consumar se, tendo em vista que não houve concordância
dos titulares dos terrenos.
c) a desapropriação demandará a propositura de uma ação judicial e, por não haver
concordância dos proprietários, a contestação poderá versar sobre qualquer matéria.
d) os proprietários poderão opor se à desapropriação, ao fundamento de que a empresa
pública não é competente para declarar um bem como de utilidade pública.
27. (FGV – OAB 2013) O Município de Barra Alta realizou a desapropriação de grande
parcela do imóvel de Manoel Silva e deixou uma parcela inaproveitável para o proprietário.
No caso descrito, o proprietário obterá êxito se pleitear
a) a reintegração de posse de todo o imóvel em função da má-fé do Município.
B) o direito de extensão da desapropriação em relação à área inaproveitável.
C) a anulação da desapropriação em relação à parcela do imóvel suficiente para tornar a
área restante economicamente aproveitável.
D) a anulação integral da desapropriação, pois a mesma foi ilegal.
29. (Cespe – MPOG 2012) Com base na Lei n.º 3.365/1941 e suas alterações, bem como
nos instrumentos de controle urbanístico, julgue o item consecutivo.
A construção de um estádio está prevista no corpo da lei como caso de utilidade pública,
podendo ser feita desapropriação para a execução da obra. Ao Poder Legislativo caberá
decretar e tomar medidas de desapropriação, e ao Judiciário, analisar e decidir se o caso de
utilidade pública se caracteriza ou não.
31. (Cespe – DP/DF 2013) Os juros compensatórios, que podem ser cumulados com os
moratórios, incidem tanto sobre a desapropriação direta quanto sobre a indireta, sendo
calculados sobre o valor da indenização, com a devida correção monetária; entretanto,
independem da produtividade do imóvel, pois decorrem da perda antecipada da posse.
39. (ESAF – PGFN 2006) A desapropriação que ocorre em uma área maior que a
necessária à realização de uma obra, com vistas a que seja reservada para posterior
desenvolvimento da própria obra, é hipótese de
40. (ESAF – DNIT 2013) No que se refere à desapropriação por utilidade pública e
interesse social, com base no Decreto-Lei n. 3.365/41 e na Lei n. 4.132/62, é incorreto
afirmar que:
a) a desapropriação por interesse social será decretada para promover a justa distribuição
da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem estar social.
b) consideram-se de interesse social, entre outros, a proteção do solo e a preservação de
cursos e mananciais de água e de reservas florestais, além das terras e águas suscetíveis
de valorização extraordinária, pela conclusão de obras e serviços públicos, notadamente de
saneamento, portos, transporte, eletrificação, armazenamento de água e irrigação, no caso
em que não sejam ditas áreas socialmente aproveitadas.
c) são prerrogativas do Poder Executivo tomar a iniciativa da desapropriação e praticar os
atos necessários à sua efetivação.
d) a declaração de utilidade pública far-se-á por decreto do Poder Executivo.
e) aquele cujo bem for prejudicado extraordinariamente em sua destinação econômica pela
desapropriação de áreas contíguas terá direito a reclamar perdas e danos do expropriante.
41. (Cespe – TJ/BA 2012) Considerando a disciplina que rege a desapropriação, assinale
a opção correta.
a) A União poderá desapropriar bens para atendimento de necessidades coletivas, urgentes
e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de
irrupção de epidemias.
b) Conforme entendimento sumulado pelo STJ, o prazo prescricional da ação de
desapropriação indireta é de cinco anos.
c) Caso recaia hipoteca sobre o imóvel a ser desapropriado, o poder público ficará impedido
de dar início ao processo expropriatório.
d) O Poder Legislativo pode tomar a iniciativa da desapropriação, cabendo, nesse caso, ao
Executivo praticar os atos necessários à sua efetivação.
Referências:
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Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 32ª ed. São Paulo: Malheiros,
2015.
Borges, C.; Sá, A. Direito Administrativo Facilitado. São Paulo: Método, 2015.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.
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Tribunais, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 41ª ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
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