Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Resenha
Diante do que foi apresentado, vale ressaltar que tanto a teologia bíblica quanto a
teologia sistemática são disciplinas bíblicas, pois tem origem no conteúdo da Bíblia e por
tanto buscam ser fieis a ela, a primeira com ênfase no “arranjo do conteúdo” e a outra no
“arranjo tópico” (CHEUNG, 2008, p.03). Vincent Cheung também destaca que a
supervalorização da história bíblica, pressuposto da Teologia Bíblica, pode ser fruto de um
“preconceito intelectual” contra sistemas que seguem a lógica (CHEUNG, 2008, p.05).
Para reforçar a validade das duas disciplinas, Cheung cita que a Bíblia tanto tem
exemplos de que Deus fala por meio de narrativas como de discursos sistemáticos, como em
Colossenses 1.15-23, apresentando uma cristologia sistematizada como seu tema central.
Bem como, a narrativa bíblica do discurso de Estevão (Atos 7), para ele trata-se de “uma
porção brilhante de Teologia Bíblica”. E encerra "Se desejarmos insistir que Deus glorifica
a si mesmo por meio de história, então devemos admitir também que a história que ele conta
contém mais discursos do que narrativas." (CHEUNG, 2008, p.06).
Postas essas coisas, o texto se torna muito relevante para trazer à tona uma visão de
colaboração entre os teólogos das duas vertentes, ressaltando que a Teologia Bíblica deve
assumir pressupostos da Teologia Sistemática, essa por sua vez, tem em suas bases a boa
exegese e os resultados da Teologia Bíblica. O estudante de teologia deve lançar mão dessa
visão de mutualidade para que possa interpretar e ensinar as Escrituras o mais correto
possível, para glória de Deus e crescimento da propagação do Evangelho de forma saudável
e conciliadora.
REFERÊNCIAS
COSTA, José Carlos de Lima; CAMPOS, Samuel Marques. Teologia Bíblica e Teologia
Sistemática: um diálogo crítico. Colloquim, Crato – CE, v. I, n. 2, p.24-43, 2. Sem. 2016.
Disponível em: <http://www.faculdadebatistacariri.edu.br/colloquium/index.php/revista/
article/view/12/10>. Acesso em: 13 set. 2018.