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MÍDIA E FAMÍLIA

Quem não tem um aparelho de televisão em casa. Segundo dados divulgados pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) existem mais aparelhos de televisão nos
lares brasileiros do que filtro de água. O grande desafio é saber dominá-la. Na entrevista, pastor
Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista Itacuruçá, no Rio de Janeiro, fala sobre o tema.
Ele também é jornalista, escritor e conferencista nacionalmente conhecido.
Como o Sr. avalia a televisão brasileira hoje?
Nossa televisão é uma das melhores do mundo, segundo dizem porque não conheço
outras. Esteticamente os programas são mesmo bem produzidos. Predominam, no entanto, os
programas importados, na forma ou no conteúdo, de outros países. Quem só vê televisão aberta
sofre mais do que os outros, por absoluta falta de opção. Quem vê televisão paga pensa que tem
mais opção.
Os programas de televisão são tão bons que, se eu tivesse um pouco mais de juízo,
venderia a que tenho. Passo às vezes horas diante dela, desligada. Não me faz falta. Não me
desperta interesse. As novelas são iguais. Os debates são os mesmos. Documentários há
pouco. Arte há pouca.
Não é que a televisão tenha que ser chata, mas para ter conteúdo um programa tem que
ser chato.
No canal aberto existe algum programa do seu conhecimento que seja útil para
as famílias?
Ouço falar da Supernanny, mas nunca vi. O Globo Repórter é quase sempre
interessante, com bom material informativo. Se os pais puderem assistir com os filhos programas
como “Altas Horas”, com Serginho Groissman, haverá material para bons papos em casa.

Como os pais podem dominar a mídia, incluindo aí a televisão?

Os adultos devem se educar para a mídia e educar suas crianças. Não adianta negar a
televisão, porque ela é central. Uma vez perguntei a meus alunos de um curso universitário
sobre quantos aparelhos de TV tinham em casa. Uma aluna disse que tinham sete.

O pessoal da mídia também precisa ser educado, para entenderem que seu meio não é apenas
um canal de entretenimento. Tudo educa.

Os pais têm que ver TV com os filhos; os pais têm que ver os programas que os filhos gostam.

Quais são, na sua opinião, os maiores prejuízos que a televisão tem trazido para as
famílias?

A tela tem a sedução de fazer uma pessoa achar que aquilo que vê é um modelo a ser seguido.

O “casal” homossexual, quando apresentado, torna-se um modelo. Muitas vezes, até o criminoso
é glamurizado. Lembram-se de Leonardo Pareja?
Como podemos, como famílias, dar nossa contribuição para melhorar a
qualidade dos programas?
Na sociedade brasileira, não há a menor chance de uma influência. Os boicotes a
programas e a anúncios são uma forma perfeita de fazer uma voz ser ouvida. A única forma
eficaz de chamar o povo para um boicote à televisão é a televisão, que não abrirá espaço para a
promoção do boicote, por razões mais que óbvias.
Como famílias e igrejas, podemos ficar no micromundo e nos educarmos a nós mesmos
para não consumirmos porcaria e educarmos os nossos queridos para não consumirem porcaria.
O que a sociedade poderia mudar o quadro caótico da qualidade dos programas
da televisão brasileira?
A sociedade brasileira não existe; existe uma opinião pública que é formada, com
poucas opções para a liberdade.
O sr. assiste televisão? Qual é o seu programa favorito?
Assisto pouquíssimos programas de televisão, por falta de interesse e tempo. Vejo
basicamente telejornais e eventualmente algum programa de documentação ou debate.
Vejo também futebol, quando o meu time (Botafogo, do Rio de Janeiro) joga. Vejo pouco,
porque, geralmente quando vejo, perde. De vez em quanto vejo um programa humorístico
chamado “A diarista”. Na média, devo ver uns 70 minutos de TV por semana.
Que critérios o Sr. usa para assistir a um programa?
O critério básico é o do respeito ao telespectador, tanto do ponto de vista ético quando
intelectual. Um programa que emite valores contrários aos meus, vejo só uma vez, e não mais.
Com o advento da televisão digital, pode haver alguma mudança nesse quadro,
da qualidade dos programas?
Quem vai controlar a TV digital são os mesmos que controlam a TV tradicional. Por que
algo haveria de mudar, só porque a infotecnologia mudou? As melhores possibilidades estão na
internet, quando a democracia que ela permite estiver acessível, de modo que uma organização
que promova os valores cristãos para a família, por exemplo, tenha um espaço sem censura
para a difusão de seus ideais. Hoje o filtro é tão rigoroso que não há democracia: prevalece o
pensamento único.

Fonte: http://www.clickfamilia.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1685&sid=18

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