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Naturalmente, pelo tempo de vida e pela experiência, a sabedoria dos pais para enfrentar
a vida ultrapassa amplamente a dos filhos. O Senhor chama para um reconhecimento
deste fato e para uma aceitação da autoridade paterna, em lugar de rejeição, rebelião e
menosprezo pelos "velhos".
2. Honra e Respeito
Efésios 6:2,3 "Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;
para que te vá bem e seja de longa vida sobre a terra."
Êxodo 20:12 "Honra a teu pai e a tu mãe para que teus dias se prolonguem na terra que
o Senhor teu Deus te dá."
O respeito brota de uma atitude interior de reconhecimento e apreço pela função dos
pais. Antigamente existia uma certa distância entre pais e filhos. O tratamento era mais
fechado e menos próximo. Agora a relação tem se tornado mais íntima e informal. Os
pais se dão mais à amizade e companheirismo. Por causa disto, muitos filhos perdem
sua posição com respeito a eles, já que são tratados como iguais, e as vezes são
insolentes e não respeitadores. Dão o mesmo peso e valor às próprias opiniões, desejos
ou compreensão das coisas como se tivessem a mesma experiência dos pais. Sequer
percebem a diferença. Crêem que estão em melhores condições para determinar rumos
e ações. Por uma questão de modernidade, consideram a si mesmos mais atualizados,
mais educados, mais capazes, e menosprezam o critério de seus pais. Esquecem que
nem sempre o moderno é o melhor, e essa atitude é expressa no trato, através de
palavras, ou mesmo no tom de voz.
A vontade de Deus é que o filho tenha em alta estima a sabedoria e experiência dos pais,
porque a sabedoria não se adquire em alguns poucos anos de escola, mas num largo
aprendizado na vida e chega com o correr dos anos, através do experimentar, do errar,
de meditar e avaliar.
Nossa sociedade considera as pessoas idosas como um traste, ou algo pesado e sem
valor que é preciso arrastar. E ainda mais quando começam com suas enfermidades e
achaques. Deixam-nos de lado, ignorando-os, ou encerrando em asilos ou hospitais
geriátricos.
Deus os considera muito valiosos pelo acúmulo de sabedoria que cada um deles tem e
nos insta a amar e cuidar-lhes (ainda que com sacrifício), e a proteger e cobrir todas as
suas necessidades. Chega um tempo em que já não podem mais cuidar de si mesmos, e
esse é o nosso momento de honrar e retribuir em uma pequena medida o que temos
recebido deles, não devemos abandoná-los.
"Mas se alguma viúva tem filhos, ou netos, aprendam esses primeiro a ser piedosos para
com sua própria família, e a recompensar a seus pais; porque isto é bom diante de
Deus."
1Timóteo 5:4,8 "...porque se alguém não cuida dos seus, e principalmente os de sua
casa, tem negado sua fé, e é pior que um incrédulo."
Levíticos 19:32 "Diante das cãs te encurvarás, e honrarás o rosto do ancião, e de teu
Deus terás temor. Eu sou o Senhor."
3. Amor e amizade
É preciso desenvolver um trato afetuoso entre pais e filhos, expressar o amor em gestos
e palavras. Faz bem a um pai receber expressões de amor da parte de seu filho. Muitas
vezes somos muito reticentes ao manifestar o que sentimos e, desta forma, deixamos
passar preciosas oportunidades que não se repetirão. Uma palavra, uma flor, um beijo,
um gesto, um cartão ou um bombom, são meios singelos e eloqüentes de transmitir
amor, gratidão, apreço.
Para que aconteça uma amizade entre pais e filhos é imperioso que as duas partes se
determinem acercar-se e oferecer-se. Muitas vezes falamos da brecha que existe entre
as gerações e instamos aos pais a sair ao encontro de seus filhos, para buscar e oferecer
companheirismo. E quanto aos filhos? A opção é a mesma: buscar o diálogo e a amizade
com seus pais.
Quando uma criança se torna jovem e começa a amadurecer, são muito poucos os anos
que lhe restam no lar paterno. Convém aproveitá-los desenvolvendo uma relação mais
profunda e estreita com os pais, que se tornará em amizade e que perdurará pelo resto
da vida. É muito o que um filho recebe, e é necessário que aprenda a manifestar apreço
e gratidão pela entrega e sacrifício de seus pais por ele.
4. Obrigações específicas
Quando se toma consciência se trabalha melhor. Toda tarefa deve ser realizada com
esmero, capricho e cabalmente, num tempo razoável. É nesta etapa da vida que se
adquirem os hábitos de trabalho. Quem se acostuma com a pressa e falta de ordem se
acomoda logo a este estilo. Em tudo é preciso buscar a excelência, o capricho. Também,
os pais que liberam seus filhos de toda a responsabilidade de trabalho não estão lhe
fazendo nenhum favor, isso somente os ajuda a crescer despreocupados e
irresponsáveis.
4.2 - Estudos
O estudo é o labor fundamental dos filhos, ao qual se aplicarão com esmero. Devem
dedicar tempo e esforço suficientes não só para serem aprovados, mas para saber cada
matéria. Deve-se ter consciência que o grau de progresso que alcançam no futuro está,
em grande parte, determinado por seu êxito nos estudos. Devemos erradicar a
mentalidade que reina na maioria dos jovens de hoje. Seguir a linha do menor esforço só
conduz à mediocridade. É preciso apegar-se ao estudo por uma questão de bom critério
e raciocínio lógico, acima do gosto ou desgosto que produza a necessidade de esforçar-
se. A preguiça sempre dá maus frutos. Não conduz a nada e paralisa o progresso.
É preciso que todo jovem se capacite intelectualmente e em tarefas manuais, a fim de ser
apto para desempenhar-se em qualquer âmbito, e diante de qualquer necessidade.
4.3 - Trabalho
Anos atrás, os jovens saíam para trabalhar bem novos. Era freqüente que um menino ou
menina adolescente conseguisse emprego. Mas um melhor nível econômico geral e uma
mudança de mentalidade dos pais, tem feito que estes procurem estudos superiores e
reduzam suas responsabilidades quanto a trabalho.
Hoje encontramos muitos jovens de vinte a vinte e cinco anos que ainda são sustentados
por seus pais para poderem se dedicar ao estudo com mais eficiência. Ainda que isso
produza um maior progresso intelectual e a possibilidade de alcançar uma posição com
êxito, contudo não ajuda muito ao desenvolvimento de sua personalidade. Assumir
responsabilidade é a melhor escola para o caráter.
É recomendável que meninas e meninos trabalhem desde novos, ainda que com um
emprego de poucas horas, e que aprendam a ganhar seu sustento. Se eles conseguirem
cobrir seus gastos com seu salário, isso será de grande ajuda para os pais, e lhes dará
um sentimento de dignidade e auto-estima. O trabalho amadurece.
Existem condutas e atitudes que contribuem para a harmonia e outras que a destroem.
Convém ter isso em conta para efetuar as mudanças que se fizerem necessárias.
1. O que destrói
A indiferença ou isolamento são atitudes que estorvam a boa relação. Quando alguém se
encerra em si mesmo, automaticamente deixa outro de fora. Fora de seu pensamento, de
seu interesse e de suas emoções. Quem se isola não pode compartilhar nem as alegrias
nem a dor de seu semelhante, neste caso seu irmão; e começa a tornar-se egocêntrico e
individualista. Mas Deus nos tem feito seres gregários, com necessidade da presença,
contato e do afeto dos demais. O isolamento obedece a maquinações puramente
satânicas, cujo fim é a destruição própria por solidão ou a destruição de outros por
abandono. Deus quer restaurar nossa sensibilidade para com os outros. Então é preciso
quebrar a barreira da indiferença e sair ao encontro dos outros.
É preciso ser cuidadoso no trato entre irmãos para que o diabo não ganhe terreno e
cause divisões.
de irmãs chamarem de "maricas" ao irmão pode ocasionar uma grave mudança em sua
personalidade (conhece-se casos de homossexualidade que começaram com
brincadeiras desta ordem). Se os irmãos chamam de "insuportável" ao irmão menor,
pode ocorrer que isso modifique sua auto-imagem. Tiago mostra:
Tiago 3:2-10 "Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos,
que se faça assim."
É necessário prestar atenção à maneira de falar para não ferir ou ofender. Muitas vezes o
irmão deixa passar a ofensa, mas seu coração fica ferido.
2. O que edifica
A solidez da relação fraternal dependerá de que se cultivem todos aqueles aspectos que
cimentam e constroem. É necessário prestar singular atenção ao tratamento afetuoso e
caloroso que expresse o amor que se sente pelo outro. Também que se dê lugar ao
companheirismo e à comunhão espiritual. Se todo o trato é em nível humano, com o
decorrer do tempo se tornará pobre. A presença do Senhor, a mudança, aprofunda e
enriquece a relação. Deve-se compartilhar experiências, leitura da palavra e períodos de
oração. Nesse nível espiritual a relação se torna cuidadosa e surge a ocasião onde o
Senhor endireita as situações tortas, e conserte os problemas que possam ter surgido.
Também possibilita o perdoar de todo o coração, restaurar a relação depois de algum
conflito.
3.1 - Sujeição
A sujeição que um filho deve a seus pais inconversos é a mesma que a daquele que tem
pais cristãos. A única exceção é quando o pai ou a mãe lhe exigir que entre em práticas
que vão contra suas convicções ou sua fé. Nesse caso é indispensável consultar a
irmãos que são seus guias espirituais e determinar se realmente a exigência dos pais
não corresponde.
Muitos filhos tomam facilmente essa exceção, quando em realidade o que querem
é esquivar-se da obediência. Por isso é tão importante que seja um irmão ou uma irmã
maduro quem determine se cabe ou não a sujeição.
3.2 – Testemunho
Os pais recebem um maior impacto pela vida transformada de seus filhos do que
por suas palavras. Por isso é muito importante que o filho viva em conformidade e
obediência a cada palavra do Evangelho de Jesus Cristo. Uma vida santa, simples,
comprometida e humilde é a pregação mais substancial que um pai não cristão pode
receber.
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Fonte: http://www.vivos.com.br/283.htm
Acesso em 15/04/2008