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Eu, nós, tu.

Ou como utilizar exemplos na sala de aula

Pedro Damião
Twitter: @geofactualidade | Blogger: geofactualidades.blogspot.com

A Teoria da Carga Cognitiva, proposta por John Sweller no final dos anos 80, é uma teoria sobre a aprendizagem
baseada na premissa de que, como o cérebro não consegue processar tantas informações ao mesmo tempo, há
que limitar a quantidade de novas informações para que a memória operativa (curto prazo) não fique
sobrecarregada, dificultando a aprendizagem. Esta teoria assenta em três premissas que têm como pano de fundo
a forma como o cérebro processa informação:

a) a memória humana pode ser dividida em memória operativa (curto prazo) e memória de longo prazo;

b) a informação é armazenada na memória de longo prazo sob a forma de esquemas (um esquema é uma
estrutura mental que representa algum aspecto do mundo; as pessoas usam esquemas para organizar o
conhecimento atual e providenciar uma base para a compreensão futura);

c) o processamento de novas informações resulta em "carga cognitiva" na memória operativa, o que pode
afetar a aprendizagem.

Para evitar esta sobrecarga cognitiva, os professores devem especificar aos alunos:

a) o que está a ser aprendido, distinguindo conhecimento do conteúdo do conhecimento procedimental (p.
ex., classes ocas – conteúdo; construir uma pirâmide etária com classes ocas);

b) a sequência da aprendizagem (p. ex., o que são escalas como se calculam distâncias reais no mapa
como planear um itinerário turístico);

c) a natureza do que está a ser aprendido, ou seja, conhecimentos específicos e definições vs design thinking
através de conhecimentos e definições (p. ex., analisar criticamente uma política demográfica e seu impacto
para um país).

A Teoria da Carga Cognitiva suporta modelos explícitos de instrução, porque tais modelos tendem a estar de
acordo com a forma mais eficaz como o cérebro humano aprende. A instrução explícita envolve os professores,
que mostram claramente aos alunos o que fazer e como fazer, em vez de os alunos descobrirem ou construírem
informações por si mesmos.

De acordo com John Hattie, a instrução direta, aquilo que entre nós se entende como uma aula de cariz mais
expositivo, envolve sete etapas principais cuidadosamente organizadas:

1. Comunicar os objetivos de aprendizagem e orientar os alunos para a aprendizagem;


2. Avaliar se os alunos possuem o conhecimento e as habilidades necessárias para compreender a nova aula;
3. Apresentar os princípios-chave da nova aula através de instruções claras;
4. Verificar o domínio e compreensão do aluno, colocando questões, fornecendo exemplos e corrigindo os
equívocos;
5. Fornecer oportunidades para a prática orientada;
6. Avaliar o desempenho e fornecer feedback sobre a prática orientada;
7. Fornecer oportunidades para a prática independente através do trabalho em grupo ou individual na aula
ou trabalho de casa.

Centremo-nos na utilização de exemplos para ensinar novos conteúdos e habilidades, como forma de reduzir a
sobrecarga cognitiva. De acordo com os Princípios de Instrução de Barak Rosenshine, os exemplos são nada mais
nada menos que os modelos que ajudam a tornar concreto, aquilo que é abstrato.

Batalha de Ideias para a Sala de Aula 1


Um "exemplo trabalhado" é um problema que já foi resolvido pelo professor para o aluno, com cada passo
totalmente explicado e claramente mostrado. A pesquisa demonstra consistentemente que os alunos que recebem
muitos exemplos trabalhados aprendem novos conteúdos com mais eficácia do que os alunos que são obrigados a
resolver o mesmo problema sozinhos. Ao pedir que os alunos concluam uma tarefa, é importante ter uma versão
completa da mesma tarefa para ser tomada como referência. Os alunos não precisarão de seguir as instruções
sobre como completar a tarefa e isso reduzirá a carga cognitiva.

Os críticos da introdução de “exemplos trabalhados” apontam para o facto de que tornam a aprendizagem
passiva em vez de mais ativa, e portanto não será suscetível dos alunos criarem os esquemas mentais necessários
na memória de longo prazo para a resolução de problemas noutras situações. Uma solução para obviar a esta
crítica foi o desenvolvimento de “exemplos por completar”, tarefas que incluem um exemplo trabalhado, onde o
aluno tem que completar alguns passos para chegar à solução. Os exemplos por completar reduzem a sobrecarga
cognitiva porque os esquemas mentais podem ser adquiridos pelo estudo da parte já trabalhada. Exigir que o
aluno conclua o exemplo trabalhado pelo professor irá garantir que processará o exemplo em profundidade.

Na tabela seguinte, podemos ver correlação existente entre as etapas de instrução direta, os princípios da
instrução e a teoria da carga cognitiva:

Princípios da Instrução
Etapas Instrução direta ou explícita Teoria da Carga Cognitiva
(Barak Rosenshine)
Eu Exemplo trabalhado Proporcionar modelos
O professor demonstra a Reduz a sobrecarga cognitiva para Clarifica e exemplifica etapas
1 resolução de um problema quem tem pouca informação de base específicas de uma tarefa
Ajuda a construir esquemas mentais Torna concreto, aquilo que é
Exemplifica os critérios de sucesso abstrato
Nós Exemplo por concluir Introduzir novo material em
O professor demonstra a Uma solução híbrida entre exemplo pequenos passos / Modelos
2 resolução de um problema e trabalhado e exemplo por concluir Domínio individual e progressivo
pede a um aluno para Garante que o aluno processa as de etapas
completar a tarefa partes trabalhadas Impede a sobrecarga cognitiva
Tu Problema Prática independente
Os alunos resolvem um Os alunos aplicam o conhecimento O aluno desenvolve a
3
problema de forma em novas situações, utilizando os automatização na resolução de
independente esquemas mentais adquiridos problemas

A Teoria da Carga Cognitiva também descreve a redução gradual do apoio do professor ao aluno e apresenta um
contínuo quase análogo em que os alunos adquirem um esquema mental à medida que ganham proficiência para
resolver problemas.

No início do estudo de nova informação ou conteúdo, os alunos devem dedicar o máximo possível da memória
operacional (curto prazo) à construção do esquema mental, e a maneira mais eficiente consiste em estudar
exemplos trabalhados que exemplificam o conceito que está a ser ensinado, ao mesmo tempo que vão
experimentando o sucesso em pequenos passos. Embora os critérios de sucesso abstratos e ambíguos possam ser
úteis para os professores, os exemplos concretos serão certamente muito mais úteis para os alunos.

Esta redução gradual da intervenção do professor é uma abordagem aconselhável e sensata quando se ensina
qualquer conteúdo: a sequência de tarefas aumenta lentamente o esforço do aluno, reduzindo simultaneamente a
necessidade do professor dar exemplos trabalhados; à medida que os alunos vão aumentando a sua proficiência
na realização das tarefas, são obrigados a resolver cada vez mais do problema, até chegarem à prática
independente.

Batalha de Ideias para a Sala de Aula 2

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