Sunteți pe pagina 1din 4

Agrupamento Escolas Poeta António Aleixo 2017/2018

Ensaio Filosófico
- PODEMOS UNIVERSALIZAR OS DIREITOS HUMANOS NUMA SOCIEDADE GLOBAL?
A questão principal é:
• Perante uma sociedade onde coexistem diferentes religiões, culturas, raças, etnias, como
podemos respeitar a identidade de cada um sem que fiquem ameaçados os direitos
fundamentais de todos?
Daí vindo a questão se podermos universalizar os direitos humanos numa sociedade global.
Pois, dede sempre que o nosso planeta foi constituído por diferentes raças e diferentes culturas
com diferentes valores. Embora este problemas do multiculturalismo não sejam de hoje, estes
encontram-se devido à globalização. Já na antiguidade era comum discriminar aqueles que não
correspondessem aos padrões “normais da sociedade”.
Lendo-se a Declaração Universal dos Direitos Humanos, são várias dúvidas que surgem
como por exemplo:
• “O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos
nubentes.” (Art.16, Declaração dos Direitos Humanos)
Sabemos que, ainda na atualidade, em vários países, nomeadamente India, existem
casamentos arranjados entre as famílias. E se um dos nubentes ou ambos não quiser/quiserem
se casar? Haverá proteção a ele/eles por parte da ONU? Como? E mesmo se houvesse, pelo
Artigo 12 da Declaração, que proíbe interferências na vida privada e em família, não seria uma
violação do mesmo artigo?
Deste modo, o objetivo deste ensaio é delinear os pontos fundamentais da discussão da
universalidade na aplicação dos Direitos Humanos num cenário mundialmente globalizado, sendo
a universalidade caracterizada pela sua capacidade de impor a todas as sociedades sem
distinção; e outro aspeto dos Direitos Humanos, o multiculturalismo, defendido pelos relativistas,
caracterizado pela coexistência de diversas culturas. Assim, será abordado aqui, a polêmica entre
a Universalidade dos Direitos Humanos em contraposição ao Relativismo Cultural, utilizando-se
para tal alguns exemplos.
b

Devemos lembrar-nos, contudo, que procurar a sequência dos acontecimentos e processos


que deram origem à cultura e às diferenças culturais nas várias culturas, que envolve tantos
factores e ciclos causais atuantes, inter-relacionados e recursivos, que qualquer descrição que se
proponha com o intuito de esclarecer e satisfazer a nossa curiosidade necessariamente será uma
excessiva simplificação do processo. Ainda assim, alguns conhecimentos e investigação têm sido
produzidos e ajudam-nos a perceber melhor, hoje, de que modo a seleção moldou as nossas
capacidades para a cultura. Atualmente é reconhecido que os diferentes caminhos que nos
conduziram onde estamos, sermos quem somos e fazemos o que fazemos, foram multicausais e
multidirecionais.
b

Para começar, é importante determinar o conceito dos Direitos Humanos: Os Direitos


Humanos foi reformulada após a segunda Guerra Mundial, é um documento de grande
importância a nível internacional, pois são aqueles pertinentes a todos os seres humanos,
independente de cor, raça, religião, sexo, riqueza ou nacionalidade representando assim uma
valorização do indivíduo na sociedade, conferindo-lhe segurança e proteção, direitos e deveres.
São direitos que cuidam dos aspectos essenciais à caracterização do homosapiens, um animal,
como Ser Humano. Direitos como dignidade, a liberdade, a vida e a segurança, que ditam a forma
como devemos nos olhar uns aos outros, com respeito e reconhecimento. As violações dos
direitos humanos manifestam-se através de atitudes racistas, xenófobas e sexistas. No entanto,
existem também casos de violações de direitos humanos que chegam a ser mais graves, como o
tráfico humano, a escravatura, entre outros.
b

Como os Direitos Humanos começou a ser discutido a nível Global, após a segunda Guerra
Mundial, sucedeu-se o foco na Dignidade Humana. De acordo com Sidney Guerra (2012), a
dignidade humana encontra base no cristianismo, segundo qual o ser humano é criado à imagem
e semelhança de Deus; a pessoa é atribuída de características próprias e intrínsecas, que a
qualificam especial e detentora de dignidade.
Nessa perspetiva, o Homem passa a ter valor e autonomia de vontade. Tal como Sidney,
Sarlet (2001) também ressaltou a conceito da dignidade humana.


Filosofia 1
Agrupamento Escolas Poeta António Aleixo 2017/2018

Como em toda a tese, é claro que, existem aqueles que defendem esta sobreposição da
universalidade/objetividade dos Direitos Humanos, como é o caso de um jurista Antônio Augusto
Cançado, Bobbio, Marília Ferreira da Silva e Erick Wilson Pereira. E os que defendem o
relativismo cultural como é caso de Boaventura de Souza Santos (1997) e Flávia Piovesan (2009).
b

Respondendo à pergunta se podemos universalizar os direitos humanos:


NÃO! de acordo com o relativismo cultural:
O Relativismo Cultural é a teoria que defende que os valores não são propriedades objetivas
do mundo, sendo, antes, projetados nele pelos diferentes sujeitos, no caso do subjetivismo, e
culturas, no caso do relativismo cultural.
Na concepção Relativista, a noção de direito está relacionado ao sistema político,
económico, social, cultural e moral vigente em determinada sociedade. Por esse ângulo, cada
sociedade possui o seu conceito acerca dos direitos fundamentais, que estão associadas às
peculiaridades históricas e culturais. Assim, pensam que pluralismo cultural dificulta a formação de
uma concepção universal de moral, logo se tornando necessário o respeito às diferenças culturais
das diferentes sociedades.
Basicamente a ideia relativista é que a cultura é uma idealização histórica de cada povo, e
as particularidades culturais devem ser respeitadas, e que, nesse ideal a universalização dos
direitos humanos fere a autodeterminação dos povos.
1. Os valores são relativos às sociedades.
2. Não há valores morais universais.
3. Nenhum código moral é superior a qualquer outro.
b

Argumentos do relativismo cultural:


• ARGUMENTO DA DIVERSIDADE OU DO DESACORDO
Consiste apenas em chamar a atenção para o facto conhecido de que os juízos de valor
sobre o que quer seja variam enormemente de indivíduo para indivíduo e de cultura para cultura,
através do tempo e da geografia, variando até ao longo da vida do mesmo indivíduo. O relativismo
defende que isso é tudo o que há para constatar acerca dos valores, pois afirma ele, não há
qualquer realidade mais profunda sobre eles que precisemos de conhecer para decidir que os
juízos de valor são verdadeiros. Não há verdade objetiva sobre os valores, ou, o que acaba por
ser mesmo, todos os juízos de valor são “verdades” relativas para as comunidades e indivíduos
que neles acreditam.
As principais objeções aqui será notar que a diversidade e a divergência não são suficientes
para provar que não há factos sobre a matéria e que ninguém está correto nem enganado sobre
ela: do facto se há extraterrestres não se segue que todas essas ideias sejam igualmente
“verdadeiras” nem que não há nem deixa de haver Deus ou extraterrestres, mas apenas que não
o sabemos (ainda).
b
• ARGUMENTO DA TOLERÂNCIA
Um último argumento aplica-se com maior propriedade aos valores éticos e morais.
Consiste em afirmar que, como estamos em dúvida se temos, ou não, razões solidas para
acreditar numa das teorias em confronto, uma delas, o relativismo, tem uma vantagem objetiva
que, na dúvida, nos deve levar optar por ela: promover a tolerância entre os indivíduos e as
comunidades. Se admitirmos, como afirma o relativismo, que ninguém está objetivamente certo ou
errado acerca dos valores, não teremos tendência para impor aos outros os nossos valores ou os
da nossa comunidade, promovendo assim, uma saudável convivência baseada na tolerância.
Uma objecção do argumento é notar que ele envolve uma contradição por se basear, sem
dar por isso, na ideia de que a tolerância é um bem objetivo, acima de todas as outras
considerações. Mas a tolerância é um valor, pelo que deveríamos admitir que o juízo de valor “Ser
tolerante é bom.” é apenas verdadeiro em sentido relativo, o que implica aceitar o juízo contrario,
isto mostra que não podemos escolher o relativismo pela vantagem da tolerância e, ao mesmo
tempo, querer escapar a conclusão de que segundo o próprio relativismo, ser tolerante não é uma
vantagem nem uma desvantagem.
b
SIM! De acordo com o universalismo:
Quando falamos de universalização, igualmente falamos do Objetivismo (quanto aos
valores), é a teoria que defende que os valores são propriedades objetivas do mundo,
independentes das valorizações efetivamente realizadas por indivíduos e culturas nos quais
incide. Por sua objetivação, por traçar uma ordem pública mundial com fundamento no respeito à 

Filosofia 2
Agrupamento Escolas Poeta António Aleixo 2017/2018

dignidade da pessoa humana. E também traz consigo a ideia de indivisibilidade desses


direitos ao catalogar os direitos políticos e civis com os direitos sociais, culturais e económicos.
Os universalistas propõem a existência de um “mínimo ético irredutível”, caracterizado por
um grupo de Direitos Humanos tidos como inerentes à condição de ser humano e, para tanto,
aplicável a todos, independentemente de raça, cor, nacionalidade ou religião.
1. Os valores são objetivos.
2. O valor de verdade não depende das preferencias do que o sujeito o prefere.

Os argumentos seguidos do universalismo/objetivismo são criticas ao relativismo cultural:


b

• ARGUMENTO DAS CONSEQUÊNCIAS MORALMENTE INDESEJÁVEIS


O argumento mais evidente contra o relativismo apela às consequências morais de o
adotarmos. Se formos relativistas, teremos de aceitar que nenhum juízo de valor pode ser
rejeitado por não corresponder à verdade dos factos, porque não há nenhuma “verdade dos
factos” sobre os valores. Isso implica aceitar as perspectivas morais dos antigos acerca dos
escravos e das mulheres, as dos dos medievais acerca das bruxas e heréticos, ou as do racismo
violento acerca de como tratar as “raças inferiores”, não estão nem mais nem menos corretas do
ponto vista moral do que as perspectivas das modernas sociedades democráticas.
A resposta relativista é igualmente evidente: essa pode ser uma consequência de facto
indesejável do ponto vista moderno, mas, se tal for o caso, de nada adianta reclamar só porque
nos desagrada; será simplesmente uma verdade amarga que temos que aceitar.
b
• ARGUMENTO DA COINCIDENCIA DE VALORES
Este argumento vira o argumento da divergência contra o próprio relativismo. O argumento
baseava-se na observação do desacordo entre as pessoas e entre comunidades quanto aos
valores morais, estáticos e outros. O objetivista pode fazer o contrário, dizendo que, dada a
dificuldade natural em descobrir valores e a enorme diversidade de pessoas, experiências,
culturas e tempos, o que é de surpreender é que haja tão grande coincidência em algumas
crenças fundamentais acerca dos valores, mesmo que haja exceções - discordâncias - atribuíveis
a erros ou a falta de formação.
Por exemplo, o homicídio e o incesto são considerados moralmente errados, e obras como
as de da Vinci, Shakespeare ou Mozart são consideradas belas por praticamente todas as
pessoas e culturas. Uma maneira simples de explicar isso é defender que eles são,
respetivamente, maus e belos de facto.
Outro exemplo moralmente errado é a “mutilação genital feminina” no continente Africano.
Este procedimento consiste na remoção parcial ou total da parte externa da genitália feminina e
tem seu conceito tão arraigado na cultura africana que os primeiros relatos de tais acontecimentos
pré-datam o surgimento de qualquer religião, como as dos gregos e egípcios.
b
• ARGUMENTO DO DISSIDENTE
Este argumento contraria a posição do relativismo cultural em particular. Segundo essa
teoria, o facto de alguns juízos de valor serem considerados verdadeiros e outros falsos é
simplesmente um reflexo das crenças de cada cultura ou comunidade. Assim, as ações que o
Egito Antigo considerava moralmente corretas e os objetos considerava belos são diferentes de
que a sociedade portuguesa atual assim considera, o que para o relativismo, é tudo o que
precisamos para explicar que a moralidade e os gostos de um faraó difiram dos meus (e não haja
alguma “verdade dos factos” sobre moral e beleza).
Mas esta descrição tem o problema de tomar incompreensível o fenómeno da dissidência,
que consiste em um membro de uma cultura ou comunidade ir contra os valores tradicionalmente
aceites por essa comunidade e nos quais foi educado. Ora, que há tal dissidência de valores é
uma evidência. É precisamente devido a ela que há mudanças de cultura nas comunidades. Se o
Egipto, ao longo dos tempos, acabou por banir a escravatura, foi necessariamente porque
algumas pessoas formadas nessa cultura originalmente esclavagista - tomava que “A escravatura
é moralmente aceitável” como verdadeiro -, chegaram a conclusão de que afinal era falso. Mas
como poderiam fazê-lo, se os juízos de valor, propõe o relativismo cultural, fosse sempre um
espelho do que a cultura aceita?

Conclui-se assim que a concepção universaliza dos Direitos Humanos deve ser aplicada
com cautela, pois existe uma linha imaginaria entre a necessidade de intervenção para garantir os
Direitos Humanos, e a necessidade de respeitar a cultura alheia. Mais recente podemos citar as

Filosofia 3
Agrupamento Escolas Poeta António Aleixo 2017/2018

posições do Estado Islâmico contra o ocidente, que praticamente coloca em confronto sociedades
de origem muçulmana contra as cristãs.
Como se nota, a solução do problema ainda não se apresenta de forma clara. Pois, é sabido
para que se chegasse a uma solução a corrente entre os relativistas e universalizas se unam,
formando assim uma única corrente.

Filosofia - ESPAA
Trabalho realizado pela Daniela Ciobanu, 11ºF, número 3.
Ensaio Filosófico - “Podemos universalizar os direitos humanos numa sociedade global?”

Comentário Final da professora:

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Referências
- https://manoelbatista.jusbrasil.com.br/artigos/348502363/as-limitacoes-do-multiculturalismo-na-
universalidade-dos-direitos-humanos
- https://pt.slideshare.net/mluisavalente/cidadania-13520184
- https://www.passeidireto.com/arquivo/2666231/ccj0058-wl-a-lc-sobre-a-universalidade-rumo-
aos-direitos-internacional-dos-direi
- http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=74105d373a71b517
- http://www.notapositiva.com/old/pt/trbestbs/filosofia/10_cultura_valores.htm
- https://www.eusemfronteiras.com.br/os-males-e-os-bens-da-religiao/
- https://www.eusemfronteiras.com.br/o-islamismo-e-o-mundo-ocidental/
- https://www.significados.com.br/relativismo/
- http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18159&revista_caderno=29
- https://jus.com.br/artigos/19027/direitos-humanos-universalismo-versus-relativismo
- http://jornaldefilosofia-diriodeaula.blogspot.pt/2014/01/blog-post_14.html
- http://jornaldefilosofia-diriodeaula.blogspot.pt/p/programa.html
- http://jornaldefilosofia-diriodeaula.blogspot.pt/2014/01/relativismo-cultural.html
- http://brainly.com.br/tarefa/5142543
- http://brainly.com.br/tarefa/5061411
- http://pt.slideshare.net/mluisavalente/cidadania-13520184
- www.notapositiva.com/old/pt/trbestbs/filosofia/10_direitos_humanos_globalização_d.htm
- www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf

Filosofia 4

S-ar putea să vă placă și