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QUÍMICA

Química para
vestibular medicina
4ª edição • São Paulo
2018

CIÊNCIAS
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Edson Yukishigue Oyama,
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© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino. São Paulo, 2018
Todos os direitos reservados.

Autores
Edson Yukishigue Oyama
Eduardo Noriyuki Sakuma Shibata
Marcos Navarro

Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Sistema de Ensino

Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Revisora
Maria Cristina Lopes Araújo

Pesquisa iconográfica
Eder Carlos Bastos de Lima
Programação visual
Hexag Sistema de Ensino

Editoração eletrônica
Claudio Guilherme da Silva
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva

Projeto gráfico e capa


Raphael Campos Silva

Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)

Impressão e acabamento
Meta Solutions

ISBN: 978-85-9542-026-7

Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo usado apenas para fins didáticos, não represen-
tando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.

2018
Todos os direitos reservados por Hexag Sistema de Ensino.
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Telefone: (11) 5071-0991
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CARO ALUNO

O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos princi-
pais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo
enriquecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2018.
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores.
No total, são 105 livros e 6 cadernos de aula.

O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno

realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar.

Todo livro é iniciado por um infográfico. Esta seção, de forma simples, resumida e dinâmica, foi desenvolvida para indicação dos assuntos mais abordados
nos principais vestibulares, voltados para o curso de medicina em todo território nacional.
O conteúdo das aulas está dividido da seguinte forma:
TEORIA
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos, de cada coleção, tem como principal objetivo apoiar o estudante na resolução de questões
propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, completos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam
as explicações dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados, e compõem um conjunto abrangente de
informações para o estudante, que vai dedicar-se à rotina intensa de estudos.
TEORIA NA PRÁTICA (EXEMPLOS)
Desenvolvida pensando nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Nesses
compilados nos deparamos com modelos de exercícios resolvidos e comentados, aquilo que parece abstrato e de difícil compreensão torna-se mais aces-
sível e de bom entendimento aos olhos do estudante.
Através dessas resoluções é possível rever a qualquer momento as explicações dadas em sala de aula.
INTERATIVIDADE
Trata-se do complemento às aulas abordadas. É desenvolvida uma seção que oferece uma cuidadosa seleção de conteúdos para complementar
o repertório do estudante. É dividido em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas e livros para o aprendizado do
aluno. Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados. Há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, sendo conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica. Tudo é selecionado
com finos critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso estudante.
INTERDISCIPLINARIDADE
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é elaborada, a cada aula, a seção interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares
de hoje não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada matéria.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como biologia e
química, história e geografia, biologia e matemática, entre outros. Neste espaço, o estudante inicia o contato com essa realidade por meio de explicações
que relacionam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, o estudante
consegue entender que cada disciplina não existe de forma isolada, mas sim, fazendo parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive.
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana no desenvolver do dia a dia, dificultando
o contato daqueles que tentam apreender determinados conceitos e aprofundamento dos assuntos, para além da superficial memorização ou “decorebas”
de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios de aprendizagem com os conteúdos, foi desenvolvida a seção "Aplicação no Cotidiano". Como o próprio
nome já aponta, há uma preocupação em levar aos nossos estudantes a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo que eles têm
contato em seu dia a dia.
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Elaborada pensando no Enem, e sabendo que a prova tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, o estudante deve
conhecer as diversas habilidades e competências abordadas nas provas. Os livros da “Coleção vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas
dessas habilidades. No compilado “Construção de Habilidades”, há o modelo de exercício que não é apenas resolvido, mas sim feito uma análise expo-
sitiva, descrevendo passo a passo e analisado à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a
apurá-las na sua prática, identificá-las na prova e resolver cada questão com tranquilidade.
ESTRUTURA CONCEITUAL
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Geramos aos estudantes o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um
deles é a estrutura conceitual, para aqueles que aprendem visualmente a entender os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas
mentais e fluxogramas. Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita sua organização de estudos e até a resolução dos exercícios.
A edição 2018 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para
o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.

Herlan Fellini
QUÍMICA
QUÍMICA 1 - ATOMÍSTICA
Aulas 11 e 12: Ligação covalente e ligação metálica 7
Aulas 13 e 14: Geometria e polaridade molecular 33
Aulas 15 e 16: Forças intermoleculares 59
Aulas 17 e 18: Ácidos 97

QUÍMICA 2 - RADIOATIVIDADE E QUÍMICA ORGÂNICA


Aulas 11 e 12: Cinética dos decaimentos radioativos 123
Aulas 13 e 14: Introdução à Química Orgânica 151
Aulas 15 e 16: Hidrocarbonetos 175
Aulas 17 e 18: Funções Orgânicas: álcool, éter e fenol 207

QUÍMICA 3 - GASES E SOLUBILIDADE


Aulas 11 e 12: Transformações gasosas 235
Aulas 13 e 14: Misturas Gasosas 257
Aulas 15 e 16: Densidade dos gases, efusão e difusão gasosa 279
Aulas 17 e 18: Solubilidade 299
INFOGRÁFICO:
Abordagem da ATOMÍSTICA nos principais vestibulares.

FUVEST - A prova da FUVEST aborda principalmente questões envolvendo ligações intermolecula-


res e polaridade das moléculas, englobando assuntos diversos da área química junto desse assunto.

ADE DE ME
LD D

UNICAMP - A Unicamp, como feito em sua última pro-


U

IC
FAC

INA

1963

va em 2017, aborda ligações intermoleculares, polari-


BO
T U C AT U

dade das moléculas e tipos de ligação com frequência,


usando de artifício a abordagem no cotidiano.

UNESP - Como sempre, uma prova objetiva e


relativamente fácil, na qual é pedido nada mais
além daquilo que foi visto em aula, nunca fugin- UNIFESP - A prova é muito conceitual e trabalha
do do contexto das questões. bastante com os conceitos de polaridade, solubilidade
das moléculas e forças intermoleculares, sendo a sua
prova muito bem elaborada.

ENEM / UFRJ - As questões abordadas são em grande parte com relação a forças
intermoleculares ou polaridade das moléculas, com perguntas objetivas e diretas e
muito mais teóricas.

UERJ - A UERJ costuma abordar as questões de forma muito conteudista e


fazendo abordagem da interdisciplinaridade. Muitas vezes, nessas questões é
necessário ter uma boa base matemática para resolução dos exercícios.
© Magnifiko/Shutterstock

Aulas 11 e 12

Ligação covalente e
Ligação metálica
Competências 1, 2, 3, 5, 6 e 7
Habilidades 4, 7, 8, 12, 17, 18, 20, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Ligação covalente
Ocorre entre átomos de ametais (não metais) – incluindo o hidrogênio – mediante compartilhamento de pares de
elétrons.
Os ametais são os elementos mais eletronegativos da tabela periódica. Se dois ametais aproximarem-se,
ambos vão atrair os elétrons das suas camadas de valência, bem como os elétrons do outro. No entanto, a atração
que eles exercem sobre os elétrons não é suficiente para que ocorra transferência definitiva de elétrons de um átomo
para outro. Em razão disso, eles acabam compartilhando pares de elétrons, a fim de adquirirem estabilidade. Quando
dois ou mais átomos (iguais ou diferentes) de ametais se unem, formam-se os aglomerados denominados moléculas.

Moléculas são aglomerados atômicos formados por átomos ligados entres si mediante ligações covalentes, ou
seja, mediante o compartilhamento de pares de elétrons.

Esquematicamente, a ligação covalente pode ser representada assim:

Átomo A B
Tendência receber elétrons receber elétrons

Classificação ametal ou hidrogênio ametal ou hidrogênio

Exemplos:
1. Molécula formada por átomos de hidrogênio (Z = 1).
O hidrogênio tem um elétron na camada de valência. Para ficar idêntico ao gás nobre hélio (Z = 2), com 2
elétrons na última camada, é necessário mais um elétron. Portanto, 2 átomos de hidrogênio compartilham
seus elétrons para ficarem estáveis.

Fórmula:

O traço (–) indica o par de elétrons compartilhado pelos dois átomos de hidrogênio.
Nessa situação, é como se cada átomo tivesse 2 elétrons em sua eletrosfera. De fato, os elétrons pertencem
aos dois átomos, ou seja, ambos compartilham os 2 elétrons.
A menor porção de uma substância resultante de ligação covalente é chamada molécula. H2 é, portanto,
uma molécula ou substância molecular.

2. Molécula de água, formada por átomos de hidrogênio e de oxigênio.


A ligação covalente também ocorre entre átomos de diferentes elementos, como a água.

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O oxigênio tem 6 elétrons na última camada de valência e precisa receber 2 elétrons para completar o
octeto na camada de valência para ficar estável. O hidrogênio tem um elétron na camada de valência.
Precisa receber 1 elétron para completar a camada de valência – configuração do gás nobre hélio – para
estabilizar-se. Ao se ligarem mediante compartilhamento de seus elétrons, os átomos estabilizam-se, uma
vez que completam as respectivas camadas de valência de acordo com sua “necessidade”.

Representação da ligação covalente


A ligação covalente pode ser representada de várias formas:
a. fórmula eletrônica, fórmula de Lewis ou estrutura de Lewis
O compartilhamento dos pares eletrônicos é representado por bolinhas (•) dentro de retângulos.
b. fórmula estrutural plana
Os pares eletrônicos compartilhados são representados por traços (–) que unem os átomos participantes
da ligação.

Fórmula eletrônica Fórmula estrutural Pares eletrônicos Classificação


A A A–A 1 par eletrônico Ligação simples

A A A=A 2 pares eletrônicos Ligação dupla

A A A;A 3 pares eletrônicos Ligação tripla

c. fórmula molecular
Mais simplificada, mostra apenas quais e quantos átomos têm a molécula.

Representação da ligação covalente coordenada ou dativa


Ligações covalentes adicionais usando pares eletrônicos de um único átomo

A ligação covalente, em que ambos os elétrons vêm de um só átomo, é chamada ligação coordenada ou liga-
ção dativa, e é representada por uma seta (é) na fórmula estrutural.
§§ SO2

O par eletrônico destacado (que está ligando o enxofre ao segundo oxigênio), pertencia, de início, apenas
ao enxofre.

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Trata-se não mais de ligação covalente usual, em que cada ligação – par eletrônico compartilhado – é
formada por um elétron de cada átomo, mas de uma covalência especial, em que o par eletrônico compartilhado é
formado por elétrons de apenas um dos átomos da ligação.
Antigamente, esse tipo de ligação era denominado ligação covalente dativa e representado por uma seta
(é), partindo do átomo que “oferece” o par eletrônico em direção ao átomo favorecido.

Representação da ligação coordenada ou dativa


A molécula SO2 fica:
§§ Fórmula estrutural atual: O = S – O
§§ Forma antiga, mas ainda bastante usual nos exames vestibulares: O = S é O
§§ Outros exemplos:
H2SO4

HCℓO4

H3PO4

HNO3

A formação do íon amônio (NH4+) dá-se mediante a reação:

NH3 + H+ é N​H4​ +​  ​

Inicialmente, o NH3 tinha um par eletrônico livre, e o íon hidrogênio (H+), por sua vez, não tinha elétrons
(uma vez que, regularmente, o H+ provém de outra molécula, na qual deixou seu próprio elétron). Por isso, o NH3
compartilha o par eletrônico livre que inicialmente era exclusivo do nitrogênio.

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Considerando ainda o exemplo do NH4+, observe: após a formação do NH+4 , não há diferença alguma entre
as quatro ligações covalentes.

Em outras palavras, os quatro hidrogênios tornam-se perfeitamente equivalentes entre si. Em razão disso, é
mais correto representar o NH4+; assim:

Fórmula estrutural por escrito

Colunas 14 15 16 17

Estrutura eletrônica na camada externa

Distribuição

Exceções à teoria do octeto


Alguns átomos não precisam ter oito elétrons na camada de valência para se estabilizarem; outros comportam mais
do que oito elétrons na camada de valência. Por isso, são considerados exceções à teoria do octeto:
a. Boro (B)
Forma compostos estáveis mediante três ligações simples e estabiliza-se com seis elétrons na camada de
valência.
b. Berílio (Be)
Forma compostos estáveis mediante duas ligações simples e estabiliza-se com apenas quatro elétrons na
camada de valência.
c. Número maior do que oito elétrons na última camada
Em alguns casos, os átomos de fósforo e enxofre (existem outros átomos) aparecem com mais de 8 elétrons
na camada de valência, que, em certas moléculas, aparecem com 10 e 12 elétrons, respectivamente, na ca-
mada de valência. Esses casos só ocorrem quando o átomo central é relativamente grande, para que possa
acomodar mais elétrons ao seu redor. Essa camada de valência expandida só aparece em elementos do
3º período da tabela periódica para baixo.

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d. Número ímpar de elétrons na última camada
Há casos em que a camada de valência é completada com número ímpar de elétrons. Alguns exemplos
são os compostos NO, NO2 e CℓO2, que apresentam 7 elétrons ao redor do átomo central (nitrogênio e cloro).
e. Compostos dos gases nobres
Embora tenha sido dito que os gases nobres não têm ou têm pouca tendência de se unir a outros elementos,
existem compostos de gases nobres estáveis (eles reagem em condições especiais). Alguns exemplos são o
XeF2 e o XeF4.

Fórmula

Átomo Molecular Eletrônica Estrutural

B BF3

Be BeF2



P PCℓ5 ℓ

S SF6

N NO

Gás nobre (Xe) XeF4

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Propriedades das substâncias moleculares (covalentes)
As propriedades das substâncias molecurares são dificilmente generalizáveis, mas é possível apontar algumas
bastante comuns:
1. São encontradas nos três estados físicos.
2. Apresentam ponto de fusão e ponto de ebulição menores que os dos compostos iônicos.
3. Se puros, não conduzem eletricidade, à exceção do grafite, que é condutor.
4. Se em estado sólido, apresentam retículos moleculares ou retículos covalentes.
Retículo cristalino covalente: todos os átomos estão ligados por uma rede bastante grande de ligações
covalentes.

Retículo cristalino do diamante (átomos unidos mediante ligações covalentes)

Retículo cristalino covalente: formado pela união de moléculas mediante interações ou forças intermolecu-
lares.

Oxigênio Hidrogênio

Retículo cristalino molecular do gelo (moléculas de água)

Teoria na prática
1. O número total de elétrons em uma molécula de água é igual a:
a) 10.
b) 8.
c) 6.
d) 4.
e) 2.

14
Resolução:
Consultando os números atômicos na tabela periódica, obtém-se:
Hidrogênio (Z = 1) ä 1 elétron
Oxigênio (Z = 8) ä 8 elétrons

Na molécula de H2O há ao todo 10 elétrons, ou seja, 1 de cada hidrogênio e 8 do oxigênio.

Alternativa A

Observação: é comum, mas incorreta, a resposta 8 elétrons para esse exercício. Saliente-se que 8 elétrons
são apenas os elétrons nas camadas de valência dos átomos, os que aparecem na fórmula de Lewis (fórmula
eletrônica), portanto. Além deles há mais 2 na primeira camada do oxigênio que não aparecem na fórmula
de Lewis.

2. Qual dessas fórmulas é prevista para o composto formado por átomos de fósforo e flúor, considerando o
número de elétrons da camada de valência de cada átomo?
a) P ; P
b) P — F ; P
c) F — P ; F
F
|
d) F — P — F
P
|
f) P — F — P

Resolução:

O fósforo tem 5 elétrons na camada de valência e tende, portanto, a ganhar 3 elétrons. O flúor tem 7 elé-
trons na camada de valência e tende, portanto, a ganhar 1 elétron. Logo, os dois elementos deverão formar
um composto covalente com o fósforo (P) na posição central.

Alternativa D

3. Os metais, explorados desde a Idade do Bronze, são muito utilizados até hoje, por exemplo, na aeronáutica,
na eletrônica, na comunicação, na construção civil e na indústria automobilística.
Sobre os metais, pode-se afirmar que são:
a) bons condutores de calor e de eletricidade, assim como os não metais.
b) materiais que se quebram com facilidade, característica semelhante aos cristais.
c) materiais que apresentam baixo ponto de fusão, tornando-se sólidos na temperatura ambiente.
d) encontrados facilmente na forma pura ou metálica, sendo misturados a outros metais, formando o mi-
neral.
e) maleáveis, transformando-se em lâminas, por exemplo, quando golpeados ou submetidos a rolo com-
pressor.

15
Resolução:

a) Falso, pois os não metais têm propriedades opostas às dos metais, ou seja, não são bons condutores de
calor nem de eletricidade.
b) Falso, pois os metais são resistentes à quebra, diferentemente dos cristais.
c) Falso, pois os metais possuem alto ponto de fusão (exceto o mercúrio). Por isso, eles são sólidos à tem-
peratura ambiente.
d) Falso, pois a maioria dos metais não é encontrada pura ou na forma metálica na natureza (exceto metais
nobres, como ouro e platina), normalmente estando na forma de óxidos metálicos. Podem vir combina-
dos com outros metais, mas não puros ou na forma metálica.
e) Verdadeiro, pois os metais são dúcteis, podendo ser transformados em fios, e maleáveis, transformando-
-se em lâminas, por exemplo, quando golpeados ou submetidos a um rolo compressor.

Altenativa E

4. (UnB) O ouro é o mais maleável e dúctil dos metais. Possui o número atômico 79, ponto de fusão igual a
1064,43 °C e ponto de ebulição igual a 2807 °C. Sobre o ouro, julgue os itens abaixo em verdadeiro ou
falso.
1) Uma peça metálica de platina é mais facilmente convertida em fios que uma peça metálica de ouro.

2) O isótopo 198
​  ​ Au, utilizado no tratamento de doenças cancerígenas, possui 198 nêutrons.
79

3) A notação 79Au3+ representa um íon que tem 82 prótons e 79 elétrons.


4) Os elevados pontos de fusão e de ebulição são justificados pelo fato de as ligações metálicas dos áto-
mos do ouro serem muito fortes, mantendo estes átomos intensamente unidos.

Resolução:

1) Falso. O ouro é mais facilmente convertido em fios, pois é o metal mais dúctil (transformado em fios) e
maleável (transformado em lâminas ou chapas) dos metais.
2) Falso. N = A – Z → N = 198 – 79 → N = 119
3) Falso. A notação 79Au3+ indica que o átomo apresenta 79 prótons e 76 elétrons
4) Verdadeiro. A ligação metálica é estabelecida através da interação entre os prótons do núcleo e os
elétrons do átomo vizinho.

Ligação metálica
Uma das principais características dos metais é a condução fácil da eletricidade. Considerando que a corrente elé-
trica é um fluxo de elétrons, criou-se a chamada teoria da nuvem eletrônica ou teoria do mar de elétrons.
Em princípio, os átomos dos metais têm apenas 1, 2 ou 3 elétrons na última camada eletrônica, camada
essa regularmente afastada do núcleo, consequentemente, com pouca força de atração daqueles elétrons. Resulta-
do: os elétrons escapam facilmente do átomo e transitam livremente pelo retículo cristalino metálico. Desse modo,
os átomos que perdem elétrons transformam-se em cátions; esses cátions podem receber elétrons e voltar à forma
de átomo neutro, e assim sucessivamente.
Conclusão: de acordo com essa teoria, o metal é um aglomerado de átomos neutros e cátions mergu-
lhados em uma nuvem (ou mar) de elétrons livres e mantidos unidos – diz-se também que esses elétrons estão
deslocalizados.

16
Agrupamento dos átomos dos metais dá origem ao retículo cristalino metálico.

faces

Propriedades dos metais


As substâncias metálicas ou, simplesmente, metais são úteis ao ser humano graças às suas propriedades genéricas:
1. Brilho característico – se polidos, os metais refletem muito bem a luz, propriedade de bandejas e espelhos
de prata.
2. Alta condutividade térmica e elétrica, graças aos elétrons livres. O movimento ordenado dos elétrons cons-
titui corrente elétrica que, se agitada, permite rápida programação de calor mediante substâncias metálicas.
3. Altos pontos de fusão e ebulição característicos dos metais, à exceção do mercúrio, PF = –39 ºC; gálio,
PF = 30 ºC; e potássio, PF = 63 ºC. Graças a essa propriedade e à boa condutividade térmica, alguns metais
são usados em panelas e radiadores de veículos.
4. Maleabilidade – os metais são facilmente maleáveis, transformados em lâminas. O ouro é o mais maleável
deles e permite a obtenção de lâminas muito finas.
5. Ductibilidade – os metais também são facilmente transformados em fios. Esse também é o caso do ouro.

Ligas metálicas
Há materiais com propriedades metálicas com dois ou mais elementos, um dos quais pelo menos é metal. As ca-
racterísticas das ligas metálicas não coincidem com as características dos metais puros. Em razão disso, elas são
muito utilizadas na indústria.
§§ Ouro 18 quilates – mistura formada por 75% de ouro e 25% de cobre e prata.
§§ Amálgama – liga de Hg, Ag e Sn usada antigamente em obturações.
§§ Bronze – liga de Cu e Sn usada na produção de sinos, medalhas, moedas, estátuas.
§§ Aço inox – liga de Fe, C, Cr e Ni usada em talheres, peças de carros e brocas.
§§ Latão – liga de Cu e Zn usada na produção de tubos, armas, torneiras e instrumentos musicais.

17
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Globo Ecologia Camada de Ozônio

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Ligação Covalente e Ligação Metálica

alunosonline.uol.com.br/quimica/ligas-metalicas.html

18
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

É possível encontrar a ligação covalente com facilidade em nosso dia a dia. Substâncias de uso muito comum, têm
em sua estrutura átomos com esse caráter de ligação, como a água, o gás oxigênio, a solução de vinagre, o álcool
etílico, o açúcar e o grafite.
Contudo, também podemos abordar substâncias que não estão tão evidentes em nosso cotidiano, mas que
estão ligadas diretamente às nossas vidas.
O ozônio (O3), é o principal gás situado na atmosfera responsável pela proteção do planeta Terra contra
os raios ultravioletas (UV) emitidos pelo Sol. Sem essa camada de gás existente na atmosfera a vida na Terra não
seria possível.
Bem como o elemento carbono (C), que pode ser encontrado na forma de diamante, passando por pro-
cessos de formação diferentes do carbono encontrado no grafite, sendo esta a diferença primordial entre essas
substâncias constituídas por átomos deste mesmo elemento químico.

INTERDISCIPLINARIDADE

As ligações covalentes estão presentes em grande proporção na natureza; os elementos que são responsáveis por
essas ligações (os não metais) estão presentes em grande parte dos compostos orgânicos. Mas também é possível
encontrá-los em compostos inorgânicos na forma de minerais, ou seja, estudando-se a geomorfologia de uma re-
gião é possível inferir quais elementos têm maior probabilidade de serem encontrados no solo daquela área; logo,
após a extração desses minerais, eles são tratados para se obter os seus elementos constituintes da forma mais
proveitosa possível.
O elemento fósforo (P) é um exemplo de elemento que, em sua maioria, vai ser encontrado no solo através
de seus fosfatos.
Não diferindo dos elementos metálicos, estes também passam por processos de purificação para se obter substân-
cias apenas constituídas por átomos de um determinado elemento; no entanto, curiosamente, metais podem passar por
reações em que são formadas ligas, misturas homogêneas resultadas da fundição de dois ou mais metais constituintes.

19
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 25 - Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou


implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.

A maneira como as substâncias são relacionadas e nomeadas é muito importante no


ramo da química. Com o passar do tempo e com a descoberta e síntese de novos ele-
mentos, mais classificações foram necessárias neste âmbito para se distinguir diferentes
substâncias. Uma das classificações mais corriqueiras, mas que não nos damos conta, é a
polaridade e, consequentemente, as interações intermoleculares.
Essas interações intermoleculares regem as propriedades físico-químicas que temos co-
nhecimento e são de extrema importância para entender o funcionamento da matéria a
nível molecular.

Modelo
(Enem) Quando colocamos em água, os fosfolipídeos tendem a formar lipossomos, estruturas for-
madas por uma bicamada lipídica, conforme mostrado na figura. Quando rompida, essa estrutura
tende a se reorganizar em um novo lipossomo.

Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídeos apresentarem uma natureza


a) polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água.
b) apolar, ou seja, não serem solúveis em solução aquosa.
c) anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos e bases.
d) insaturada, ou seja, possuírem duplas-ligações em sua estrutura.
e) anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e outra hidrofóbica.

20
Análise Expositiva

Habilidade 25
Nessa questão é trabalhado o conceito de interações intermoleculares e de polaridade.
Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídeos apresentarem uma natureza
anfifílica, ou seja, possuírem uma parte polar (hidrofílica) e outra apolar (hidrofóbica).

Alternativa E

Estrutura Conceitual

Ligação Química

Se
estiver Se
líquido estiver
ou sólido líquido
Ligação Ligação Ligação
metálica Iônica covalente

Existe Existe Existe


em em em

Substância Substância Apresenta


Substância
metálica iônica molecular

Formada
Tem Tem por

Retículo Retículo
cristalino cristalino Moléculas
metálico iônico
Nele Formado No estado
há por sólido

Elétrons Retículo
Íons
livres cristalino
Conduz molecular
corrente
elétrica Não
Baixo Baixo
conduz
ponto de ponto de
corrente
ebulição fusão
elétrica
21
E.O. Aprendizagem 5. (FEEQ-CE) O selênio e o enxofre pertencem
à família VI – A da tabela periódica. Sendo
assim, o seleneto e o sulfeto de hidrogênio
1. (Cefet-MG) A molécula do nitrogênio apre- são representados, respectivamente, pelas
senta, entre seus dois átomos, ligação: fórmulas:
a) iônica. a) HSe e HS.
b) metálica. b) H2Se e HS.
c) covalente. c) HSe e H2S.
d) de nitrogênio. d) H2Se e H2S.
e) H3Se e H3S.
2. (FEEQ-CE) O enxofre (Z = 16) pode ser en-
contrado sob a forma de moléculas S8. Nessas 6. (Mackenzie) Considere uma molécula de gás
moléculas, cada átomo adquiriu configura- carbônico (CO2), que é o principal gás res-
ção eletrônica de gás nobre ao compartilhar ponsável pelo efeito estufa. Numa molécula
quantos pares de elétrons? desse gás, o número de elétrons comparti-
a) 1 lhados é igual a:
b) 2 a) 2.
c) 3 b) 4.
d) 4 c) 6.
e) 5 d) 8.
e) 10.
3. (UFRGS) Os símbolos Cℓ, Cℓ2, Cℓ- represen-
tam, respectivamente: 7. (UFU) O fosgênio (COCℓ2), um gás, é prepa-
a) o elemento químico cloro, átomos do ele- rado industrialmente por meio da reação en-
mento cloro e o átomo do elemento cloro tre o monóxido de carbono e o cloro.
eletronegativo. A fórmula estrutural da molécula do fosgê-
b) a molécula da substância simples cloro, o nio apresenta:
elemento cloro e o átomo de cloro eletrone- Obs.: consulte a tabela periódica.
gativo. a) uma ligação dupla e duas ligações simples.
c) a molécula da substância simples cloro, a b) uma ligação dupla e três ligações simples.
molécula da substância cloro e o átomo do c) duas ligações duplas e duas ligações simples.
elemento cloro. d) uma ligação tripla e duas ligações simples.
d) o átomo do elemento cloro, a molécula da e) duas ligações duplas e uma ligação simples.
substância composta cloro, e o cátion cloreto.
e) o átomo do elemento cloro, a molécula da 8. (UFSM) Assinale verdadeira (V) ou falsa (F)
substância simples cloro e o ânion cloreto. em cada uma das seguintes afirmativas:
( ) Em condições ambientes, os compostos
4. (Mackenzie) Acredita-se que a superfície do iônicos são sólidos que têm pontos de fu-
planeta Plutão, chamado de “o enigma gela- são altos.
do”, seja formada por: N2,CO2,CH4,H2O. A úni- ( ) Nos compostos covalentes, a ligação ocor-
ca alternativa que contém a fórmula estru- re por compartilhamento de elétrons en-
tural correta de duas dessas substâncias é: tre os átomos.
Dados: Números atômicos: H = 1, C = 6, ( ) A condutividade elétrica dos metais se
N = 7, O = 8. explica pela mobilidade dos elétrons na
sua superfície.
a) ( ) As ligações iônicas ocorrem entre átomos
de metais.
A sequência correta é:
a) F – V – V – F.
b) b) F – F – F – V.
c) V – F – F – F.
d) F – V – F – V.
c) e) V – V – V – F.

9. Um químico recebeu três amostras sólidas


(X, Y, Z) e, após alguns testes, obteve os se-
d) guintes resultados:
I. X conduziu eletricidade no estado sólido.
II. Y não conduziu eletricidade no estado só-
lido, mas conduziu no estado líquido.
e) III. Z não conduziu eletricidade no estado só-
lido nem no estado líquido.

22
Analisando os resultados obtidos, é correto 3. (UFSCar) Apresentam somente ligações co-
afirmar que X, Y e Z são, respectivamente: valentes:
a) composto iônico, composto molecular, metal. a) NaCℓ e H2SO4.
b) metal, composto iônico, composto molecular. b) Mn2O3 e MgH2.
c) composto iônico, metal, composto molecular. c) HCℓ e Cℓ2O3.
d) composto molecular, metal, composto iônico. d) KNO3 e LiF.
e) metal, composto molecular, composto iônico. e) LiOH e CsI.

10. (Vunesp) Duas substâncias sólidas, X e Y, apre- 4. (Mackenzie) São exemplos de compostos
sentam as propriedades listadas na tabela: moleculares:
Substância a) CO2, H2O e H2O2.
Propriedades b) CO, KCℓ e NaCℓO.
X Y
c) NaF, MgO e C12H22O11.
Solubilidade em água solúvel insolúvel d) H2O, Li2O e CH4.
e) KNO3, Ca(OH)2 e NaH.
Ponto de fusão 880 °C 114
Condutividade elétrica não não 5. (PUC-SP) Em 1916, G.N. Lewis publicou o
no estado sólido conduz conduz primeiro artigo propondo que átomos podem
Condutividade se ligar compartilhando elétrons. Esse com-
não
da solução com conduz partilhamento de elétrons é chamado, hoje,
conduz
solvente adequado de ligação covalente. De modo geral, pode-
Baseando-se nestas informações, pode-se mos classificar as ligações entre átomos em
afirmar que: três tipos genéricos: ligação iônica, ligação
a) X é uma substância molecular e Y é substân- metálica e ligação covalente.
cia iônica. Assinale a alternativa que apresenta substân-
b) X é uma substância iônica e Y é substância cia que contêm apenas ligações covalentes.
molecular. a) H2O, C (diamante), Ag e LiH.
c) X é substância metálica e Y é substância iônica. b) O2, NaCℓ, NH3 e H2O.
d) X e Y são substâncias moleculares. c) CO2, SO2, H2O e Na2O.
e) X e Y são substâncias iônicas. d) C (diamante), Cℓ2, NH3 e CO2.
e) C (diamante), O2, Ag e KCℓ.

E.O. Fixação 6. (Cesgranrio) A ligação química entre dois


átomos genéricos, X e Y será:
1. (UEL) “A molécula NH3 apresenta entre os a) iônica, se, e somente se, X e Y forem não
átomos ligações (X). Estas ligações resultam metais do grupo 7A.
do compartilhamento de (Y) que estão mais b) covalente, se, e somente se, X for metal alca-
deslocados para um dos átomos, resultando lino e Y, halogênio.
molécula (Z).” c) covalente normal, se X e Y forem átomos do
Completa-se o texto acima substituindo-se mesmo não metal.
X, Y e Z, respectivamente, por: d) covalente dativa, se formada por pares ele-
Dado: Para a resolução desta questão, consi-
trônicos tendo sempre um elétron de X e ou-
dere que Z é polar
tro de Y.
a) iônicas, prótons e polar.
e) covalente coordenada, se X e Y se agruparem
b) covalentes, elétrons e apolar.
em forma de reticulados cristalinos.
c) iônicas, elétrons e polar.
d) covalentes, elétrons e polar.
e) iônicas, prótons e apolar. 7. (UFMG) Nas figuras I e II, estão represen-
tados dois sólidos cristalinos, sem defeitos,
2. (UFAL) Assinale a alternativa onde ambos os que exibem dois tipos diferentes de ligação
compostos apresentam ligações covalentes química.
múltiplas (duplas ou triplas):
Dados: H (Z = 1) , C (Z = 6) , N (Z = 7) , O
(Z = 8) , Aℓ (Z = 13) , Cℓ (Z = 17) , K (Z = 19)
a) H2O e O2.
b) H2O2 e HCℓ.
c) Cℓ2 e NH3.
d) CO2 e N2.
e) AℓCℓ3 e KCℓ.

23
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que:
a) a Figura II corresponde a um sólido condutor de eletricidade.
b) a Figura I corresponde a um sólido condutor de eletricidade.
c) a Figura I corresponde a um material que, no estado líquido, é um isolante elétrico.
d) a Figura II corresponde a um material que, no estado líquido, é um isolante elétrico.

8. (UEL) A imagem a seguir mostra três sólidos, cujas formas são cúbicas. Em (1), (2) e (3) estão
representados, respectivamente, (I2), (KBr) e (Fe).

Sobre as estruturas (1), (2) e (3), é correto afirmar:


a) A molécula individual do cristal (1) apresenta átomos unidos por ligação covalente polar.
b) O cristal (2) é formado por um número de prótons maior do que o número de elétrons.
c) A substância representada em (3) é boa condutora de eletricidade no estado sólido e no líquido.
d) A substância representada em (1) é boa condutora de eletricidade no estado líquido.
e) A substância representada em (2) é boa condutora de eletricidade no estado sólido.

9. (UFU) A melhor maneira de inferir sobre o tipo de ligação química predominante em uma deter-
minada substância é analisar algumas de suas propriedades físicas. Em relação às propriedades
das substâncias, é incorreto afirmar que:
a) os compostos iônicos conduzem a corrente elétrica no estado líquido, mas os compostos covalentes
moleculares geralmente são maus condutores de corrente elétrica nesse estado.
b) na temperatura de 25 °C e 1 atmosfera de pressão, todos os compostos iônicos são sólidos, enquanto
os compostos que apresentam ligações covalentes podem ser sólidos, líquidos ou gasosos.
c) os compostos com ligações metálicas são bons condutores de calor e eletricidade.
d) os pontos de ebulição são altos para todos os compostos iônicos e metálicos e baixos para todos os
compostos covalentes.

1
0. (PUC-SP) Analise as propriedades físicas na tabela a seguir:

Condução de corrente elétrica


Substância Ponto de fusão (ºC) Ponto de ebulição (ºC)
a 25 ºC a 1000 ºC
A 801 1413 isolante condutor
B 43 182 isolante -
C 1535 2760 condutor condutor
D 1248 2250 isolante isolante

Segundo os modelos de ligação química, A, B, C e D podem ser classificados, respectivamente, como:


a) composto iônico, metal, substância molecular, metal.
b) metal, composto iônico, composto iônico, substância molecular.
c) composto iônico, substância molecular, metal, metal.
d) substância molecular, composto iônico, composto iônico, metal.
e) composto iônico, substância molecular, metal, composto iônico.

24
E.O. Complementar metal encontra grande aplicação na indús-
tria de pilhas secas em que é utilizado como
ânodo (polo negativo). Sua densidade é de
1. (Unitau) Somando-se o número de ligações 7,14 g/cm3 a 20 °C.
covalentes dativas das moléculas HNO3, SO3 e Pode-se afirmar que a diferença dos valores
HCℓO4, teremos um valor igual a: de densidade entre esses dois metais é mais
a) 4. bem explicada:
b) 5. a) pela maior reatividade do zinco em relação
c) 6.
ao cobre.
d) 7.
b) pela diferença do raio atômico do cobre em
e) 8.
relação ao zinco, com o átomo de cobre apre-
sentando tamanho muito menor do que o de
2. (Cesgranrio) Um átomo possui a seguinte
zinco.
distribuição eletrônica: [Ar] 3d10 4s2 4p5.
c) pela diferença de massa atômica do cobre
Esse átomo, ao se ligar a outros átomos não
em relação ao zinco, com o zinco apresen-
metálicos, é capaz de realizar:
a) somente uma covalência normal. tando massa bem maior.
b) somente duas covalências normais. d) pelo posicionamento do zinco na tabela pe-
c) uma covalência normal e no máximo uma riódica, no período imediatamente posterior
dativa. ao cobre.
d) duas covalências normais e no máximo duas e) pelo diferente arranjo cristalino apresenta-
dativas. do pelos dois metais: o cobre tem os seus
e) uma covalência normal e no máximo três da- átomos mais empacotados, restando menos
tivas. espaços vazios entre eles.

3. (UEGO) Os metais são substâncias que apre- 5. (UFPR) Das fórmulas estruturais a seguir,
sentam elevada condutividade elétrica, brilho assinale a(s) correta(s).
metálico, ductibilidade (capacidade de ser es-
tirados em fios), maleabilidade (capacidade
de ser forjado em folhas finas) e geralmente
elevado ponto de fusão.
O cristal metálico é envolvido por uma nuvem
eletrônica deslocalizada (elétrons livres) que
é responsável por essas propriedades físicas.
Esse modelo de cristal metálico relaciona-se
com as afirmativas abaixo. Assinale V ou F.
( ) Os átomos do metal estão fracamente liga-
dos com o(s) seu(s) elétron(s) de valência.
( ) A energia de ionização é elevada.
( ) O elemento com a seguinte configuração
eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s1 é um metal.
( ) As propriedades químicas dos metais es-
tão também relacionadas com a sua baixa
eletronegatividade.
( ) O elemento com a seguinte configuração E.O. Dissertativo
eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 é um
metal. 1. (Unicid 2017) Numa sala de triagem de um
pronto-socorro, acidentalmente, um ter-
4. (PUC-SP) Cobre e zinco são metais de larga mômetro se quebrou e praticamente todo o
utilização na sociedade moderna. mercúrio contido no bulbo se espalhou pelo
O cobre é um metal avermelhado, bastante chão. No momento do acidente, a temperatu-
maleável e dúctil. É amplamente empregado ra da sala era de 25 ºC.
na fiação elétrica devido à sua alta condu-
a) Considerando o volume da sala 240 m3, a pres-
tividade. É também encontrado em tubula-
são atmosférica do mercúrio 2,6 · 10-6 atm a
ções de água, devido à sua baixa reatividade
(é um metal nobre), além de diversas ligas 25 ºC e R = 0,082 atm · L · mol-1 · K-1, cal-
metálicas, sendo o bronze a mais conhecida. cule a quantidade de vapor de mercúrio, em
Apresenta densidade de 8,96 g/cm3 a 20 °C. g, que se espalhou na sala.
O zinco é um metal cinza bastante reativo. b) Qual é o nome da liga metálica formada entre
É utilizado como revestimento de peças de o mercúrio e outro metal? Esse tipo de liga é
aço e ferro, protegendo-as da corrosão. Esse uma mistura homogênea ou heterogênea?

25
2. (Vunesp) Considere as espécies químicas Br2 7. (UFMG) Leia o texto a seguir. Esse texto,
e KBr. Dados os números de elétrons na ca- apesar de conter vários erros conceituais,
mada de valência, K = 1 e Br = 7, explique, faz parte de matéria publicada em um jornal
justificando, o tipo de ligação que ocorre en- de circulação nacional, sob o título:
tre os átomos de:
a) bromo, no Br2. "SAL TEM PROPRIEDADES DE DER-
b) potássio e bromo, no KBr. RETER OS CRISTAIS DE GELO"

"Jogue um punhado de sal grosso numa cal-


3. (UFRJ) Durante um experimento, seu pro-
çada coberta de gelo (comum em países mui-
fessor de química pediu que você identifi-
to frios no inverno, por causa da neve). O
casse as soluções aquosas presentes em cada
gelo derrete imediatamente.
um dos béqueres (A, B, C) apresentados a
Sabemos no entanto que o sal não é quente.
seguir. Na verdade, o sal gelado causaria o mesmo
efeito. Como o gelo derrete? A resposta está
na química. Em estado líquido, as moléculas
de água estão em movimento. Mas quando a
temperatura cai, elas param, congelando em
cristais.
Um pedaço de gelo sempre tem moléculas
passando de um estado para o outro.
Um dos béqueres contém um sistema não Se você pudesse ver cada molécula de água,
homogêneo de sacarose, cuja fórmula mole- veria dois átomos de hidrogênio ligados a
cular é C12H22O11. um de oxigênio, formando um triângulo (daí
a) Identifique o béquer que contém a solução o símbolo químico da água ser H2O).
de sacarose. Justifique sua resposta. Por causa da posição dos átomos, cada molé-
b) Coloque em ordem crescente de eletronega- cula de água gera um campo elétrico.
tividade os elementos químicos presentes na Cada molécula de sal é formada por átomos de
sacarose. Justifique sua resposta, com base sódio e cloro interligados. Quando sal grosso
na estrutura eletrônica dos elementos. é jogado no gelo ocorre uma reação imediata.
Uma molécula de sal normal não tem carga
elétrica, mas quando se separa uma molécu-
4. (UFV) Escreva a fórmula estrutural para cada
la de sal, os átomos liberados ficam eletri-
fórmula molecular representada a seguir.
camente carregados (átomos carregados são
a) H3C – NH2
chamados de íons).
b) CO2
Moléculas de água são eletricamente atraí-
c) C2CℓF3 das por íons. Por isso grupos de moléculas
de água que ainda estão em estado líquido
5. (UFJF) Considere as substâncias puras KOH começam a se aglomerar em torno dos íons
e HNO3 e suas propriedades apresentadas na sódio e cloro.
Tabela 1 e responda aos itens abaixo. Enquanto isso, as outras moléculas de água
se libertam do gelo e também ficam em volta
Tabela 1: Propriedades físicas e químicas das dos átomos de sódio e cloro.
substâncias puras KOH e HNO3 Logo só resta água."
Substância KOH HNO3 a) SUBLINHE, no texto, UM erro conceitual.
Ponto de fusão/ºC 360 - 42 b) EXPLIQUE o que está errado no trecho subli-
Ponto de ebulição/ºC 1320 83 nhado.
c) REESCREVA-O, de modo a torná-lo correto.
Condutividade elé- Não conduz Não conduz
trica a 25 ºC
Fonte: CRC Handbook of Chemistry and Physics, 95th 8. (UFG) Analise os esquemas a seguir:
Edition, William M. Haynes (ed.) 2014-2015.

Quais são os tipos de ligação química exis-


tentes nas duas substâncias puras?

6. (UnB - Adaptada) Escreva as fórmulas estru-


turais das seguintes substâncias:
a) O3 (ozônio).
b) SO3 (trióxido de enxofre).

26
Tendo em vista as estruturas apresentadas: para promover a indução de chuvas artifi-
a) explique a diferença de comportamento en- ciais. A técnica de indução adotada, chamada
tre um composto iônico sólido e um metal de bombardeamento de nuvens ou semeadu-
sólido quando submetidos a uma diferença ra ou, ainda, nucleação artificial, consiste no
de potencial; lançamento em nuvens de substâncias agluti-
b) explique por que o comportamento de uma nadoras que ajudam a formar gotas de água.
solução de substância iônica é semelhan- (http://exame.abril.com.br. Adaptado.)
te ao comportamento de um metal sólido,
quando ambos são submetidos a uma dife- Além do iodeto de prata (AgI), outras subs-
rença de potencial. tâncias podem ser utilizadas como agentes
aglutinadores para a formação de gotas de
água, tais como o cloreto de sódio(NaCℓ), o
9. O ouro simboliza a perfeição da matéria,
gás carbônico (CO2) e a própria água. Con-
pois não sofre corrosão, não é atacado por
siderando o tipo de força interatômica que
quase nenhuma substância e não perde o
mantém unidas as espécies de cada agente
brilho com o tempo – representa, pois, a
aglutinador, é correto classificar como subs-
imortalidade. O ouro puro é chamado de ouro
tância molecular:
24 quilates (24 K). O número de quilates in-
a) o gás carbônico e o iodeto de prata.
dica o número de partes de ouro puro em 24
b) apenas o gás carbônico.
partes da liga. Dessa forma, o ouro 18 quila-
c) o gás carbônico e a água.
tes, muito usado na confecção de joias, tem d) apenas a água.
18 partes de ouro em 27 portes de liga, o e) a água e o cloreto de sódio.
que corresponde a 75% de ouro na liga. Em
relação a esse assunto indique:
2. (Fuvest) A figura abaixo traz um modelo da
a) O ouro 18 quilates é uma liga metálica ho-
estrutura microscópica de determinada subs-
mogênea, heterogênea ou um composto in-
tância no estado sólido, estendendo-se pelas
termediário? Justifique.
três dimensões do espaço. Nesse modelo, cada
b) O ouro 14 quilates tem uma tonalidade mais
esfera representa um átomo e cada bastão,
avermelhada que o ouro 18 quilates. A que
uma ligação química entre dois átomos.
você atribui essa coloração?

1
0. O latão é uma liga formada por cobre e zin-
co. Essa liga é adequada para a produção de
peças moldadas, sendo altamente resistente
à corrosão e mais dura e resistente do que o
cobre isolado.
Duas amostras de metal apresentam compo-
sição diferente. A massa-padrão é formada
por 80% de cobre e 20% de zinco, e as pa-
nelas formadas por 60% de cobre e 40% de A substância representada por esse modelo
zinco (porcentagens em massa). tridimensional pode ser:
Dados: densidade do cobre 8,96 g/cm3, den- a) sílica, (SiO2)n.
sidade do zinco 7,14 g/cm3. b) diamante, C.
a) O latão é utilizado na confecção de massas c) cloreto de sódio, NaCℓ.
para aferição de balanças e dinamômetros. d) zinco metálico, Zn.
Determine a massa de cobre e zinco presente e) celulose, (C6H10O5)n.
numa massa-padrão de 300 g.
b) Indique qual das ligas metálicas apresenta 3. (Unifesp) A tabela apresenta algumas pro-
maior densidade. Justifique. priedades medidas, sob condições experi-
mentais adequadas, dos compostos X, Y e Z.

E.O. Objetivas Composto Dureza


Ponto
de
condutividade
elétrica

(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) Fusão


(ºC)
fase
sólida
fase
líquida
não não
1. (Unesp) No ano de 2014, o Estado de São X macio 115
conduz conduz
Paulo vive uma das maiores crises hídricas
de sua história. A fim de elevar o nível de muito não não
Y 1600
duro conduz conduz
água de seus reservatórios, a Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Pau- não
Z duro 800 conduz
lo (Sabesp) contratou a empresa ModClima conduz

27
A partir desses resultados, podem-se classificar os compostos X, Y e Z, respectivamente, como
sólidos:
a) molecular, covalente e metálico.
b) molecular, covalente e iônico.
c) covalente, molecular e iônico.
d) covalente, metálico e iônico.
e) iônico, covalente e molecular.

4. (Unesp) S1, S2 e S3 são três substâncias distintas. Inicialmente no estado sólido, foram aquecidas
independentemente até a fusão completa enquanto se determinavam suas condutividades elétri-
cas. Os resultados das observações estão resumidos na tabela.

COMPORTAMENTO QUANTO À CONDUTIVIDADE ELÉTRICA


Substância Estado sólido Estado líquido
S1 condutor condutor
S2 isolante isolante
S3 isolante condutor

S1, S2 e S3 correspondem, respectivamente, a compostos:


a) metálico, covalente e iônico.
b) metálico, iônico e covalente.
c) covalente, iônico e metálico.
d) iônico, metálico e covalente.
e) iônico, covalente e metálico.

5. (Unesp) As substâncias X, Y e Z, sólidas a temperatura ambiente, apresentam as propriedades físicas


resumidas na tabela adiante.
Com base nestes dados, conclui-se que:

Substância X Y Z
sulubilidade em água solúvel insolúvel insolúvel
condutividade elétrica do sólido não conduz conduz não conduz
condutividade elétrica no estado fundido conduz conduz não conduz
condutividade elétrica em solução aquosa conduz — —

a) X é uma substância iônica; Y e Z são substâncias covalentes.


b) X é uma substância iônica; Y é um metal e Z é uma substância covalente.
c) X é uma substância covalente; Y e Z são substâncias iônicas.
d) X e Y são substâncias covalentes e Z é uma substância iônica.
e) X, Y e Z são substâncias iônicas.

6. (Fuvest 2018)

28
Analise a tabela periódica e as seguintes a) Quais são os elementos X, Y e Z?
afirmações a respeito do elemento químico b) A combinação de dois desses elementos pode
enxofre (S): formar substâncias não iônicas e gasosas a
I. Tem massa atômica maior do que a do se- temperatura e pressão ambientes. Escreva a
lênio (Se). fórmula de uma dessas substâncias.
II. Pode formar com o hidrogênio um com-
posto molecular de fórmula H2S. 4. (Fuvest) Considere o elemento cloro forman-
III. A energia necessária para remover um do compostos com, respectivamente, hidro-
elétron da camada mais externa do enxo- gênio, carbono, sódio e cálcio.
fre é maior do que para o sódio (Na). a) Com quais desses elementos o cloro forma
IV. Pode formar com o sódio (Na) um com- compostos covalentes?
posto iônico de fórmula Na3S. b) Qual a fórmula eletrônica de um dos com-
São corretas apenas as afirmações: postos covalentes formados?
a) I e II.
b) I e III. 5. (Unesp) O Brasil possui a maior reserva do
c) II e III. mundo de hematita (Fe2O3), minério do qual
d) II e IV. se extrai o ferro metálico, um importante
e) III e IV. material usado em diversos setores, princi-
palmente na construção civil. O ferro-gusa é
produzido em alto-forno conforme esquema,
E.O. Dissertativas usando-se carvão como reagente e combus-
tível, e o oxigênio do ar. Calcário (CaCO3) é
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) adicionado para remover a areia, formando
silicato de cálcio.
1. (Unicamp) Observe as seguintes fórmulas
eletrônicas (fórmulas de Lewis):

Consulte a Classificação Periódica dos Elemen-


tos e escreva as fórmulas eletrônicas das molé-
culas formadas pelos seguintes elementos: Reações no alto-forno (T = 1600 °C):
a) fósforo e hidrogênio. 2C(g) + O2(g) → 2CO(g)
b) enxofre e hidrogênio. Fe2O3(g) + 3CO(g) → 2Fe(ℓ) + 3CO2(g)
c) flúor e carbono. CaCO3(s) + areia → escória (ℓ) [CaSiO3 + CaO]
Números atômicos: C = 6, O = 8, Si =14, Fe = 26.
2. (Unicamp) A fórmula estrutural da água oxi-
Quais são as duas propriedades intensivas do
genada, fornece as seguintes ferro e da escória que permitem aplicar a téc-
informações: a molécula possui dois átomos nica de separação dos componentes da mistura
de oxigênio ligados entre si e cada um deles bifásica? Quais os tipos de ligações químicas
está ligado a um átomo de hidrogênio; há existentes no ferro e no dióxido de carbono?
dois pares de elétrons isolados em cada áto-
mo de oxigênio. Com as informações dadas a 6. (Fuvest) Reescreva as seguintes equações
seguir, escreva a fórmula estrutural de uma químicas, utilizando estruturas de Lewis
molécula com as seguintes características:
(fórmulas eletrônicas em que os elétrons de
possui dois átomos de nitrogênio ligados
valência são representados por • ou x), tanto
entre si e cada um deles está ligado a dois
para os reagentes quanto para os produtos.
átomos de hidrogênio; há um par de elétrons
Dados:
isolado em cada átomo de nitrogênio.
H N O F Na
3. (Unicamp - Adaptada) Considere as seguin- Número atômico 1 7 8 9 11
tes informações sobre os elementos quími- Número de elé-
cos X, Y e Z: 1 5 6 7 1
trons de valência
Elemento Família Período a) H2 + F2 → 2HF
X do oxigênio 2 b) HF + H2O → H3O+ + F-
Y 14 2 c) 2Na0 + F2 → 2Na+F-
Z dos alcalinos 4 d) HF + NH3 → NH4+F-

29
7. (Unicamp) O medicamento dissulfiram, cuja
fórmula estrutural está representada a se- Gabarito
guir, tem grande importância terapêutica e
social, pois é usado no tratamento do alcoo-
lismo. A administração de dosagem adequa- E.O. Aprendizagem
da provoca no indivíduo grande intolerância 1. C 2. B 3. E 4. D 5. D
a bebidas que contenham etanol.
6. D 7. A 8. E 9. B 10. B

E.O. Fixação
1. D 2. D 3. C 4. A 5. D

6. C 7. B 8. C 9. D 10. E

a) Escreva a fórmula molecular do dissulfiram.


b) Quantos pares de elétrons não compartilha-
dos existem nessa molécula?
E.O. Complementar
c) Seria possível preparar um composto com a 1. C 2. E 3. V F V V V 4. E
mesma estrutura do dissulfiram, no qual os 5. 02 + 08 = 10
átomos de nitrogênio fossem substituídos
por átomos de oxigênio? Responda sim ou
não e justifique.
E.O. Dissertativo
1.
a) m = 5,10 g.
b) Amálgama. Sendo uma mistura homogênea.
2.
a) Br é 7 elétrons na última camada (ame-
tal). Como os dois átomos tendem a re-
ceber elétron, ocorre entre eles com-
partilhamento de elétrons. A ligação é
covalente.
b) K é 1 elétron na última camada (metal).
O átomo de potássio tende a ceder elétrons,
enquanto o bromo tende a receber elétrons.
Então há transferência de elétron do potás-
sio para o bromo. A ligação é iônica.
3.
a) O béquer C contém a solução de sacarose.
A solução de sacarose não conduz corren-
te elétrica, pois não sofre ionização.
b) Ordem crescente de eletronegatividade
dos elementos químicos presentes na sa-
carose: H< C < O.
A interação núcleo – elétrons é maior no
oxigênio do que no carbono, apesar des-
tes átomos apresentarem o mesmo núme-
ro de camadas, pois a carga nuclear do
oxigênio é maior.
Apesar de o hidrogênio apresentar uma
camada a menos do que o oxigênio e o
carbono, sua carga nuclear é muito infe-
rior e sua energia de ionização é menor.
4.

a)

b) O = C = O

c)

30
5.
Ligação covalente e iônica para o HNO3 e
KOH, respectivamente.
E.O. Dissertativas
6. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
a) 1.
a)

b) H
HP (PH3)
H
7. b)
a) Molécula de sal. H SH (H2S)
b) O sal, por ser iônico, não forma molécula,
os íons se agrupam formando cristais. c)
c) Cada fórmula de sal. F
8. F C F (CF4)
a) Nos compostos iônicos sólidos, os íons (car- F
gas) estão presos na rede cristalina e não
2.
se movimentam. Nos metais sólidos, os elé-
trons estão livres na rede cristalina (cons-
tituindo bandas eletrônicas) movimentan-
do-se livremente (corrente elétrica). 3.
b) Numa solução iônica, os cátions e ânions es- a) X, Y e Z são, respectivamente, o oxigênio,
carbono e potássio.
tão livres, por isso geram corrente elétrica.
b) CO2 (ou CO)
9.
4.
a) Homogênea. Como os metais que com-
põem essa liga (Cu, Ag e Au) são da mes-
ma família na tabela periódica (família a) Cℓ (ametal VIIA)
11), todos formam retículos cristalinos
muito semelhantes.
b) Devido a uma maior porcentagem de co- O cloro forma compostos covalentes com
bre na liga. hidrogênio (H) e carbono (C), pois ela
10. ocorre entre ametais.
a) 300 g — 100% b)
m(Cu) — 80%
ä m(Cu) = 240 g
300 g — 100%
m(Zn) — 20%
ä m(Zn) = 60 g 5. As duas propriedades são densidade (a escó-
Portanto, há 240 g de cobre e 60 g de zinco. ria é menos densa e flutua sobre ferro fun-
b) A liga contendo 80% de cobre apresen- dido, que é mais denso) e a solubilidade (os
ta maior densidade, porque o cobre é um dois não se misturam).
metal mais denso do que o zinco. Quanto Tipos de ligação: ferro é um metal; logo se
maior o teor de cobre na liga, mais denso liga por ligação metálica; carbono e oxigênio
o material (mais próximo de 8,96 g/cm3). são ametais; logo fazem ligações covalentes.
6. As equações químicas, utilizando as estrutu-
ras de Lewis, são dadas por:

E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. C 2. A 3. B 4. A 5. B

6. C

31
7.
a) A fórmula molecular é: C10H20N2S4.
b) Nitrogênio: existem dois pares de elé-
trons não compartilhados.
Enxofre: existem oito pares de elétrons
não compartilhados.
Na molécula: dez pares de elétrons não
compartilhados.
c) Não. Átomos de oxigênio não podem
substituir os átomos de nitrogênio, pois
as valências são diferentes, ou seja, a
quantidade de ligações efetuadas pelos
elementos na molécula é diferente. O ni-
trogênio faz três covalentes comuns con-
tra duas do oxigênio.

32
Aulas 13 e 14

Geometria e
polaridade molecular
Competências 5 e 7
Habilidades 18, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Geometria molecular
É o estudo da distribuição espacial dos átomos em uma molécula, distribuição essa que, dependendo dos átomos
que a compõem, pode assumir formas geométricas. Dentre as principais classificações estão a linear, a angular, a
trigonal plana, a piramidal e a tetraédrica.
Para se determinar a geometria de uma molécula, é preciso conhecer a teoria da repulsão dos pares eletrô-
nicos (TRPE) da camada de valência.

Teoria da repulsão dos pares eletrônicos


Baseia-se na ideia de que, estejam ou não fazendo ligação química (sendo compartilhados), os pares eletrônicos
da camada de valência de um átomo central comportam-se como nuvens eletrônicas que se repelem, mantendo a
maior distância angular possível uns dos outros.
Uma nuvem eletrônica pode ser constituída de uma ligação simples, dupla, tripla ou mesmo por um par de
elétrons não ligantes (que não estão fazendo ligação química).
A teoria da repulsão dos pares eletrônicos funciona bem para moléculas do tipo ABx, do qual A é o átomo
central e B é chamado elemento ligante. Nessa molécula, os pares de elétrons (nuvens eletrônicas) da camada de
valência do átomo central A se repelem, determinando o formato da molécula ou íon.
Portanto, se houver duas nuvens eletrônicas ao redor de um átomo central, a maior distância angular que
elas podem assumir é 180°. Se houver três nuvens, 120° etc. É de extrema importância analisar se a ligação é
covalente ou iônica.
Portanto:
§§ a geometria das nuvens, isto é, a orientação espacial dessas nuvens (pares eletrônicos), depende do número
total de nuvens eletrônicas ao redor do átomo central A; e
§§ a geometria molecular, no entanto, é determinada pela posição dos núcleos dos átomos ligados ao redor
do átomo central.

Importante
Não confundir geometria dos pares eletrônicos (nuvens eletrônicas) com geometria da molécula.

Considerando, pois, a orientação das nuvens e o número de átomos ligados ao átomo central, há possíveis
geometrias moleculares de acordo com a posição dos núcleos desses átomos.

Moléculas e suas geometrias

BeH2 H2O BH3 NH3 CH4


Linear Angular Trigonal Plana Piramidal Tetraédrica

35
Roteiro para determinação da geometria molecular
1. Determinar a fórmula eletrônica da substância contando os pares eletrônicos (nuvens eletrônicas) ao redor
do átomo central. Considere como par eletrônico:
§§ cada ligação dupla, tripla ou coordenada/dativa (–, =, ≡, →);
§§ cada par de elétrons não ligantes.

2. Os pares eletrônicos repelem-se ao máximo.

Orientação
Número de nuvens
(geometria) das Disposição Geometria
ao redor do átomo Fórmula eletrônica
nuvens (pares dos ligantes molecular
central
eletrônicos)

Sempre
Linear O=C=O
2
H—C;N
Linear

Angular

3
2 átomos ligantes Trigonal plana
(triangular) Trigonal plana

2 átomos ligantes Angular

N
4 Piramidal

3 átomos ligantes

Tetraédrica Tetraédrica

4 átomos ligantes

Observe:
§§ A geometria linear das nuvens determina somente moléculas lineares.
§§ A geometria trigonal plana das nuvens pode determinar moléculas angulares ou trigonais planas.
§§ A geometria tetraédrica das nuvens pode determinar moléculas angulares, piramidais ou tetraédricas.
Observação: existem ainda mais duas geometrias possíveis, quando o átomo central ultrapassar os 8 elé-
trons na camada de valência (existem mais tipos de geometria, na qual não vamos entrar em detalhes):

36
§§ Bipirâmide trigonal: acontece quando há cinco nuvens eletrônicas na camada de valência do átomo
central, todas fazendo ligação química. O átomo central assume o centro de uma bipirâmide trigonal, sólido
formado pela união de dois tetraedros por uma face comum. Como exemplo, cita-se a molécula PCℓ5.

§§ Octaédrica: acontece quando há seis nuvens eletrônicas na camada de valência do átomo central e todas
fazem ligações químicas. Os átomos periféricos assumem os vértices de um octaedro e o átomo central fica
no centro do octaedro. Um exemplo seria a molécula SF6.

Moléculas de PCℓ5 e SF6 com geometria bipirâmide trigonal e octaédrica, respectivamente.

Geometria de íons
Como visto, átomos podem se transformar em íons ao perder (tornando-se cátions) ou ganhar (tornando-se ânions)
elétrons. Existem muitos íons denominados poliatômicos, os formados por mais de um átomo. A determinação de
sua geometria segue exatamente as mesmas regras usadas para a geometria das moléculas.

Teoria na prática
1. Se dissolvido em água, o ácido nítrico (HNO3) sofre ionização, produzindo o ânion nitrato NO​ –3​.   Determine a
geometria desse ânion.

Resolução:

Fórmulas do ácido e do ânion:

No rompimento da ligação, o hidrogênio perde seu elétron e o oxigênio recebe esse elétron.

37
Ao redor do átomo central do ânion (N) há três nuvens eletrônicas e três ligantes. Como há três nuvens eletrô-
nicas, a geometria das nuvens é trigonal plana. Como o átomo de nitrogênio está no centro de um triângulo
com os três vértices ocupados por átomos de oxigênio, a geometria molecular também é trigonal plana.

Importante
A geometria molecular coincide com a geometria das nuvens, se o número de átomos ao redor do átomo
central for igual ao número de nuvens (pares eletrônicos) ao redor desse átomo central.

2. Na molécula da amônia (NH3) há quatro nuvens eletrônicas (quatro pares eletrônicos, dos quais um deles é
não ligante) ao redor do átomo central (N). Portanto, a geometria das nuvens é tetraédrica. Como há apenas
três átomos (ligantes) ao redor do átomo central, a geometria molecular é piramidal.

Polaridade molecular

Polaridade das ligações


O acúmulo de cargas elétricas em determinada região é denominado polo, que pode ser de dois tipos:

+ d = região de menor densidade eletrônica, que corresponde ao átomo menos eletronegativo.


– d = região de maior densidade eletrônica, que corresponde ao átomo mais eletronegativo.

Exemplo:

38
Polaridade versus tipo de ligação química
a. Ligações iônicas
Em uma ligação iônica ocorre transferência definitiva de elé-
trons, o que acarreta a formação de íons positivos (cátions)
ou negativos (ânions), os quais dão origem a compostos
iônicos. Como todos os íons apresentam excesso de cargas
elétricas positivas ou negativas, eles sempre terão polos.

NaCℓ: exemplo de composto iônico, em que a transfe-


Portanto: rência de elétron é definitiva.

As ligações iônicas apresentam máxima polarização. Toda substância iônica é polar por natureza.

b. Ligações covalentes
Nessas ligações, a existência de polos está associada à deformação da nuvem eletrônica e depende da
diferença de eletronegatividade entre os elementos.
Se a ligação covalente ocorrer entre átomos de mesma eletronegatividade, não ocorrerá distorção da nuvem
eletrônica, ou seja, não ocorrerá formação de polos. Por isso, essas ligações são denominadas apolares.

Cℓ2: não há diferença de polo; portanto, é uma molécula apolar.

Na ligação covalente entre átomos de eletronegatividades diferentes, ocorre deformação da nuvem eletrô-
nica em decorrência do acúmulo de carga negativa (–d) em torno do elemento de maior eletronegatividade.
Essas ligações são denominadas polares.

HCℓ: Há diferença de polo; logo, a molécula é polar.

Em razão disso, conclui-se que:

Ligação entre átomos de mesma eletronegatividade ä ligação covalente apolar.


Ligação entre átomos de diferentes eletronegatividades ä ligação covalente polar.

39
Para comparar a intensidade de polarização das ligações, recorre-se à escala de eletronegatividade de
Pauling:

À luz dos itens já discutidos, pode-se estabelecer a seguinte relação:

Vetor momento dipolar


A polaridade de uma ligação é caracterizada por uma grandeza denominada momento dipolar (m), ou dipolo
elétrico, que é representada por um vetor orientado no sentido do elemento menos eletronegativo para o elemento
mais eletronegativo, do polo positivo para o polo negativo, portanto.

Polaridade das ligações covalentes


Para verificar a polaridade das ligações covalentes, usa-se a escala de eletronegatividade de Pauling:

§§ Se a diferença de eletronegatividade entre os átomos ligados for diferente de zero (geralmente átomos
diferentes), o vetor μ estará definido (não é nulo) e a ligação será polar, ou seja, haverá distorção da nuvem
eletrônica entre os dois átomos envolvidos na ligação covalente. A nuvem eletrônica ficará deslocada para
o lado do elemento mais eletronegativo.
§§ Se a diferença de eletronegatividade entre os átomos envolvidos na ligação for nula (geralmente átomos iguais
ou átomos com eletronegatividades muito próximas), o vetor μ também será nulo e a ligação será apolar, ou
seja, não haverá distorção da nuvem eletrônica entre os dois átomos envolvidos na ligação covalente.
Quando o ∆ (diferença) for maior que 1,7, o composto tem caráter iônico (ou seja, a ligação é iônica); abaixo
de 1,7, o composto tem caráter covalente (ou seja, a ligação é covalente).

40
Exemplos:

Polaridade molecular
Como se determina a polaridade ou apolaridade de uma molécula?

a) Experimentalmente
Uma molécula é considerada polar, se orientada na presença de um campo elétrico externo, e apolar, se não
orientada. O polo negativo da molécula é atraído pela placa positiva do campo elétrico externo e vice-versa,
como mostra a figura.

b) Teoricamente
​_____›
Pode-se determinar a polaridade de uma molécula pelo vetor momento dipolar resultante m
​ R ​,  isto é, pela
soma dos vetores de cada ligação polar da molécula.

​_____›
Para determinar o vetor momento dipolo resultante, ​mR ​ ,  dois fatores devem ser considerados:
§§ a escala de eletronegatividade, que determina a orientação dos vetores nas ligações polares; e
​_____›
§§ a geometria molecular, que determina a disposição espacial dos vetores m
​ R ​ . 

41
Exemplos:
​____›
Fórmula molecular Geometria/Vetores ​mR   ​ Molécula
___
​_____› ​ ›
HCø ​mR  ​ ≠ 0 ​
​    Polar

_____ ​___›
​ ›
CO2 ​ R ​  = 0 
m ​  ​  Apolar

​_____›
_​__›
H2O ​mR  ​ i 0 ​
​    Polar

​_____›
_​__›
NH3 ​mR  ​ i 0 ​
​    Polar

c) Método alternativo para determinação da polaridade molecular


Outra maneira – bem mais simples – de analisar a polaridade de uma molécula é comparar o número de
nuvens eletrônicas (pares eletrônicos) ao redor do átomo central com o número de átomos iguais (de
um mesmo elemento químico) ligados ao átomo central. Se os valores forem iguais, a molécula será apolar;
caso contrário, será polar.

Número de nuvens eletrônicas ≠ do número de átomos iguais ä molécula polar


Número de nuvens eletrônicas = ao número de átomos iguais ä molécula apolar

Exemplos:

42
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Misteriosa areia que tem medo de água...

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Geometria Molecular

phet.colorado.edu/sims/html/molecule-shapes/latest/molecule-shapes_pt_BR.html

44
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

A polaridade das moléculas é a principal causa da ação dos detergentes. Tudo se deve ao caráter anfifílico desses
produtos, formando uma micela com a sujeira.
Caráter anfifílico: diz-se que uma substância é anfifílica quando na mesma molécula existem regiões
predominantemente polares (região hidrofílica) e regiões predominantemente apolares (região hidrofóbica).
Por exemplo:
Parte hidrofilica

MICELA Parte hidrofóbica

H2O

Então, se um detergente entra em contato com uma gordura, a região apolar do detergente vai envolver a
gordura, que tem caráter apolar, e o detergente formará uma micela em torno da gordura, deixando exposta a sua
região polar, que terá contato direto com a água; deste modo, arrastando a gordura da superfície em que estiver.

INTERDISCIPLINARIDADE

Em biologia, no aspecto celular, todas as reações ocorridas só são possíveis graças à polaridade que existe em cada
uma das moléculas envolvidas.
Existem vitaminas que são lipossolúveis, como a vitamina A, e vitaminas como a vitamina C, que são hidros-
solúveis, ou seja, o meio em que elas estão é fator determinante para que qualquer reação aconteça, permitindo
que nosso organismo se comporte normalmente ou de forma anômala.
Pare para pensar, se o nosso cabelo, feito de uma proteína chamada queratina, tivesse caráter hidrofílico, ele
seria dissolvido pela água! Você não iria querer isso, certo?
O cabelo umedece porque é poroso e permite a passagem da água por seus poros, mas não se engane, isso
só é possível porque o cabelo tem em sua estrutura molecular regiões de baixa polaridade, permitindo, assim, uma
pequena atração pelas moléculas de água.

45
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 24 - Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, subs-


tâncias ou transformações químicas.

Com o passar do tempo foi necessário a criação de substâncias diversas, seja para uso
industrial, médico, farmacológico, do cotidiano etc. Com isso veio a nomeação e a no-
menclatura dessas substâncias.
Os ácidos exercem função importantíssima em todas as áreas supracitadas e são os com-
postos responsáveis por impactos ambientais gigantescos, como a chuva ácida. Seus pre-
cursores são os óxidos, que, em contato com a água, causam a acidificação das chuvas,
causando danos ambientais e ecológicos graves.

Modelo
(Enem) O processo de industrialização tem gerado sérios problemas de ordem ambiental, econômi-
ca e social, entre os quais se pode citar a chuva ácida. Os ácidos usualmente presentes em maiores
proporções na água da chuva são o H2CO3, formado pela reação do CO2 atmosférico com a água, o
HNO3, o HNO2, o H2SO4 e o H2SO3. Esses quatro últimos são formados principalmente a partir da
reação da água com os óxidos de nitrogênio e de enxofre gerados pela queima de combustíveis
fósseis.
A formação de chuva mais ou menos ácida depende não só da concentração do ácido formado,
como também do tipo de ácido. Essa pode ser uma informação útil na elaboração de estratégias
para minimizar esse problema ambiental. Se consideradas concentrações idênticas, quais dos áci-
dos citados no texto conferem maior acidez às águas das chuvas?
a) HNO3 e HNO2.
b) H2SO4 e H2SO3.
c) H2SO3 e HNO2.
d) H2SO4 e HNO3.
e) H2CO3 e H2SO3.

46
Análise Expositiva

Habilidade 24
Como de costume as questões do Enem abordam situações problemas onde relacionam a pre-
servação do meio ambiente como preocupação principal.
Os ácidos citados no texto e conferem maior acidez às águas das chuvas são os ácidos sulfú-
rico e nítrico, pois são ácidos fortes.
Uma maneira de saber que estes ácidos são fortes é lembrando que:
D = quantidade de átomos de oxigênio – quantidade de átomos de hidrogênios ionizáveis.
Conforme o valor de D encontrado, teremos a seguinte classificação:

Oxiácidos Valor de D
Fracos 0
Semifortes ou moderados 1
Fortes 2 ou 3
Assim:
H2SO4 ⇒ 4 – 2 = 2 (ácido forte)
HNO3 ⇒ 3 – 1 = 2 (ácido forte)

Alternativa D

47
Estrutura Conceitual

Molécula Nela, átomos


Tem unem-se por

Pode ser
determinada Geometria Ligação
usando a molecular covalente

Pode ser
Teoria da
repulsão dos
pares eletrônicos Geometria
Apolar Polar
da camada molecular
de valência Depende da
diferença de
Depende
da
Eletronegatividade
Trigonal
Linear Angular
Plana Influencia

A soma
Momento de dipolo fornece
Piramidal Tetraédrica (da ligação)
Expressa

Depende
Molécula Polaridade
Nulo da
apolar das ligações
Momento
dipolo
Pode ser resultante
Molécula Não
polar nulo

48
E.O. Aprendizagem e) formam-se 2 mols de moléculas.

1. (PUC-MG) Sejam todas as seguintes molécu- 7. (UFPE) As ligações químicas nas substâncias
las: H2O, BeH2, BCℓ3 e CCℓ4. K(s), HCℓ (g), KCℓ (s) e Cℓ2 (g), são respec-
As configurações espaciais dessas moléculas tivamente:
são, respectivamente: a) metálica, covalente polar, iônica, covalente
a) angular, linear, trigonal, tetraédrica. apolar.
b) angular, trigonal, linear, tetraédrica. b) iônica, covalente polar, metálica, covalente
c) angular, linear, piramidal, tetraédrica. apolar.
d) trigonal, linear, angular, tetraédrica. c) covalente apolar, covalente polar, metálica,
covalente apolar.
2. (UFPI) No espaço entre as estrelas, em nossa d) metálica, covalente apolar, iônica, covalente
galáxia, foram localizadas, além do H2, pe- polar.
quenas moléculas, tais como H2O, HCN, CH2O, e) covalente apolar, covalente polar, iônica,
H2S e NH3. Indique a que apresenta geome- metálica.
tria trigonal planar.
a) CH2O 8. (FGV) O uso dos combustíveis fósseis, gaso-
b) HCN
lina e diesel, para fins veiculares resulta em
c) H2O
emissão de gases para a atmosfera, que ge-
d) H2S
ram os seguintes prejuízos ambientais: aque-
e) NH3
cimento global e chuva ácida. Como resultado
3. (UFSM) Assinale a alternativa que apresenta da combustão, detecta-se na atmosfera au-
mento da concentração dos gases CO2, NO2 e
apenas moléculas contendo geometria pira-
SO2.
midal.
a) BF3 – SO3 – CH4 Sobre as moléculas desses gases, é correto
b) SO3 – PH3 – CHCℓ3 afirmar que
c) NCℓ3 – CF2Cℓ2 – BF3 a) CO2 é apolar e NO2 e SO2 são polares.
d) POCℓ2 – NH3 – CH4 b) CO2 é polar e NO2 e SO2 são apolares.
e) PH3 – NCℓ3 – PHCℓ2 c) CO2 e NO2 são apolares e SO2 é polar.
d) CO2 e NO2 são polares e SO2 é apolar.
4. (FMTM-MG) A partir da análise das estrutu- e) CO2 e SO2 são apolares e NO2 é polar.
ras de Lewis, o par de substâncias que apre-
senta a mesma geometria molecular é:
9. (Mackenzie) Dentre as substâncias água,
Dados: números atômicos H = 1; C = 6; N = 7; cloreto de hidrogênio, tetracloreto de carbo-
O = 8; P = 15; S = l6; Cl = 17. no e gás carbônico, é correto afirmar que:
a) CH3Cℓ, e SO3.
a) todas são moléculas polares.
b) NH3 e SO3.
c) PCℓ3 e SO3. b) somente o gás carbônico e o tetracloreto de
d) NH3 e PCℓ3. carbono são moléculas polares.
e) NH3 e CH3Cℓ. c) somente a água e o cloreto de hidrogênio
são moléculas polares.
5. (UFMA) Um elemento X, de configuração d) somente o cloreto de hidrogênio e o tetra-
eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3, ao combinar-se cloreto de carbono são moléculas polares.
com um elemento Y, de configuração 1s2 2s2 e) somente o tetracloreto de carbono e a água
2p5, formará um composto que apresentará a são moléculas polares.
forma:
a) pirâmide quadrada XY3. 1
0. (PUC-RS) O dióxido de carbono possui molé-
b) piramidal YX3. cula apolar, apesar de suas ligações carbono
c) trigonal plana XY3. – oxigênio serem polarizadas. A explicação
d) piramidal XY3. para isso está associada ao fato de:
e) bipirâmide trigonal YX3. a) a geometria da molécula ser linear.
b) as ligações ocorrerem entre ametais.
6. (Mackenzie) Em relação à combinação de 1
c) a molécula apresentar dipolo.
mol de átomos de flúor (Z = 9) com 1 mol de
d) as ligações ocorrerem entre átomos de ele-
átomos de hidrogênio (Z = 1), pode-se afir-
mentos diferentes.
mar que:
e) as ligações entre os átomos serem de nature-
Dados – Eletronegatividade: F = 4,0 ; H = 2,1
za eletrostática.
a) a ligação iônica é predominante.
b) formam-se moléculas apolares.
c) cada átomo de flúor liga-se a dois átomos de
hidrogênio.
d) predomina a ligação covalente polar.

49
E.O. Fixação 5. (PUC-MG) Relacione a fórmula, forma geo-
métrica e polaridade a seguir, assinalando a
opção correta.
1. O gás carbônico liberado na atmosfera, ori- a) Fórmula: CO2; forma geométrica: linear; po-
ginário da queima de combustíveis fósseis, laridade: polar.
é considerado o responsável pelo efeito es- b) Fórmula: CCℓ4; forma geométrica: tetraédri-
tufa, já que absorve ondas de calor refleti- ca; polaridade: polar.
das pela superfície terrestre, provocando o c) Fórmula: NH3; forma geométrica: piramidal;
aquecimento da atmosfera. Por outro lado, polaridade: apolar.
d) Fórmula BeH2; forma geométrica: linear; po-
o hidrogênio é considerado combustível não
laridade: apolar.
poluente, pois o seu produto de queima é a
água, que também absorve ondas de calor;
6. (UFRGS) O momento dipolar é a medida
porém, condensa-se facilmente em função do quantitativa da polaridade de uma ligação.
seu ponto de ebulição, ao contrário do CO2. Em moléculas apolares, a resultante dos mo-
Com base nessas informações, pode-se afir- mentos dipolares referentes a todas as liga-
mar que a diferença de ponto de ebulição ções apresenta valor igual a zero. Entre as
entre o CO2 e o H2O relaciona-se: substâncias covalentes a seguir:
a) à interação iônica das moléculas do CO2. I. CH4
b) ao menor peso molecular da água. II. CS2
c) à polaridade da molécula da água. III. HBr
d) ao conteúdo de oxigênio das moléculas. IV. N2
e) à diferença dos raios atômicos dos elemen- quais as que apresentam a resultante do mo-
tos. mento dipolar igual a zero?
a) Apenas I e II.
2. (UFPI) Moléculas polares são responsáveis b) Apenas II e III.
pela absorção de energia de micro-ondas. c) Apenas I, II e III.
Assinale abaixo a substância que mais pro- d) Apenas I, II e IV.
vavelmente absorverá nesta região. e) I, II, III e IV.
a) BeCℓ2
b) H2O 7. (UFPE) Considerando os seguintes haletos
c) CCℓ4 de hidrogênio HF, HCℓ e HBr, pode-se afir-
d) CO2 mar que:
a) a molécula mais polar é HF.
e) BF3
b) a molécula mais polar é HCℓ.
c) todos os três são compostos iônicos.
3. As polaridades das ligações e a polaridade d) somente HF é iônico, pois o flúor é muito
final das moléculas de CO2, SO2 e N2 são, res- eletronegativo.
pectivamente: e) somente HBr é covalente, pois o Bromo é um
a) CO2; ligações polares e molécula apolar. SO2; átomo muito grande para formar ligações iô-
ligações polares e molécula apolar. N2; liga- nicas.
ções apolares e molécula apolar.
b) CO2; ligações polares e molécula polar. SO2; 8. (UFRGS) Considere as afirmações abaixo a
ligações apolares e molécula apolar. N2; liga- respeito da relação entre polaridade e geo-
ções apolares e molécula apolar. metria molecular de algumas substâncias.
c) CO2; ligações polares e molécula apolar. SO2; I. A molécula de CO2 apresenta geometria
ligações polares e molécula polar. N2; liga- linear e não sofre deflexão num campo
ções apolares e molécula apolar. elétrico.
d) CO2; ligações polares e molécula apolar. SO2; II. A geometria angular da molécula de ozô-
ligações polares e molécula apolar. N2; liga- nio (O3) contribui para seu caráter polar.
ções apolares e molécula polar. III. A estrutura piramidal da molécula do me-
tano (CH4) justifica sua propriedade de
ser um composto polar.
4. (Mackenzie) No CO2, a geometria da molécu-
IV. A molécula da amônia (NH3) apresenta
la, a polaridade da molécula e a polaridade
caráter polar e estrutura trigonal planar.
das ligações são, respectivamente:
Quais estão corretas?
a) trigonal, apolar e polares. a) Apenas I e II.
b) linear, apolar e apolares. b) Apenas I e III.
c) angular, polar e apolares. c) Apenas II e IV.
d) linear, apolar e polares. d) Apenas III e IV.
e) angular, polar e polares. e) Apenas I, II e III.
Obs.: ozônio é uma exceção e é uma molécula
polar, apesar de ser constituída por átomos
iguais.

50
9. (UFCE) Considere a espécie química mole- 3. (Vunesp) Um elemento químico A, de núme-
cular hipotética XY2, cujos elementos X e Y ro atômico 11, um elemento químico B, de
possuem eletronegatividades 2,8 e 3,6, res- número atômico 8, e um elemento químico
pectivamente. Experimentos de susceptibili- C, de número atômico 1, combinam-se for-
dade magnética indicaram que a espécie XY2 mando o composto ABC. As ligações A–B e
é apolar. B–C, no composto, são, respectivamente:
Com base nessas informações, é correto afir- a) covalente polar, covalente apolar.
b) iônica, iônica.
mar que a estrutura e as ligações químicas
c) covalente polar, covalente polar.
da molécula XY2 são, respectivamente: d) iônica, covalente polar.
a) piramidal e covalentes polares. e) metálica, iônica.
b) linear e covalentes polares.
c) bipiramidal e covalentes apolares. 4. (UFRN) O nitrogênio forma vários óxidos bi-
d) angular e covalentes apolares. nários apresentando diferentes números de
e) triangular e covalentes apolares. oxidação: NO (gás tóxico), N2O (gás anesté-
sico-hilariante), NO2 (gás avermelhado, irri-
1
0. (ITA) Assinale a opção que contém a afirma- tante), N2O3 (sólido azul) etc. Esses óxidos
ção falsa. são instáveis e se decompõem para formar
a) NH3 tem três momentos de dipolo elétrico, os gases nitrogênio (N2) e oxigênio (O2).
cujo somatório não é nulo. O óxido binário (NO2) é um dos principais
b) CH4 tem quatro momentos de dipolo elétri- poluentes ambientais, reagindo com o ozô-
co, cujo somatório é nulo. nio atmosférico (O3) – gás azul, instável
c) CO2 tem dois momentos de dipolo elétrico, – responsável pela filtração da radiação ul-
cujo somatório é nulo. travioleta emitida pelo Sol. Analisando a es-
trutura do óxido binário NO2, pode-se afir-
d) O momento de dipolo elétrico total do aceti-
mar que a geometria da molécula e a última
leno (C2H2) é zero.
camada eletrônica do átomo central são, res-
e) A ligação dupla entre carbonos tem momen-
pectivamente:
to de dipolo elétrico menor do que a ligação a) angular e completa.
tripla entre átomos de carbono. b) linear e incompleta.
c) angular e incompleta.

E.O. Complementar d) linear e completa.

5. O aumento de diferença de eletronegatividade


1. (UEPG) Sobre as seguintes geometrias mole- entre os elementos que ligam entre si ocasiona
culares, assinale verdadeiro ou falso. a seguinte ordem no caráter das ligações:
( ) O composto CO2 é apolar porque μR = 0. a) covalente polar, covalente polar, iônica.
( ) Os compostos NH3 e H2O são moléculas b) iônica, covalente polar, covalente apolar.
polares. c) covalente apolar, iônica, covalente polar.
( ) Os compostos BF3 e CO2 são apolares, pois d) covalente apolar, covalente polar, iônica.
μR ≠ 0. e) iônica, covalente apolar, covalente polar.
( ) Os compostos H2O e BF3 são moléculas po-
lares, pois μR = 0.
( ) Os compostos NH3 e BF3 são moléculas
apolares.
E.O. Dissertativo
1. (Unicid – Adaptado 2017) Considere as se-
2. (UFF-RJ) A capacidade que um átomo tem guintes substâncias químicas: CCℓ4, HCCℓ3,
de atrair elétrons de outro átomo, quando os CO2, H2S, Cℓ2, H3CCH3 e NH3.
dois formam uma ligação química, é deno- Qual é a geometria dessas moléculas? Classifi-
minada eletronegatividade. Essa é uma das que-as em substâncias polares e não polares.
propriedades químicas consideradas no es-
tudo da polaridade das ligações. 2. (Unicid) Considere a reação:
Consulte a tabela periódica e assinale a op- H2SO4(aq) + BaCℓ2(aq) → BaSO4(s) + 2HCℓ(aq)
ção que apresenta, corretamente, os compos-
Escreva a fórmula estrutural do ácido sulfú-
tos H2O, H2S e H2Se, em ordem crescente de
rico e indique o tipo de ligação que forma
polaridade.
essa substância.
a) H2Se < H2O < H2S
b) H2S < H2Se < H2O 3. (PUC-RJ) A água é uma das moléculas respon-
c) H2S < H2O < H2Se sáveis pela vida na forma que conhecemos.
d) H2O < H2Se < H2S Sobre a estrutura e composição dessa molé-
e) H2Se < H2S < H2O cula, faça o que se pede.

51
Considere: M(H2O) = 18 g/mol–1
Constante de Avogrado = 6,0 · 1023
a) Represente a fórmula estrutural da molécula
mostrando a posição relativa dos átomos e
dos elétrons não ligantes na estrutura.
b) Calcule a porcentagem, em massa, de hidro-
gênio na molécula de água.
c) Calcule a massa de uma molécula de água.

4. (UFJF – Adaptada) Sabe-se que compostos Aquecendo-se o sistema, o sódio metálico


constituídos por elementos do mesmo grupo se funde formando sódio líquido (e também
na tabela periódica possuem algumas pro- vapor de sódio). O iodo, por sua vez, se va-
priedades químicas semelhantes. Entretan- poriza e se desloca na direção do fundo do
tubo maior.
to, enquanto a água é líquida em condições
No encontro das duas substâncias ocorre vi-
normais de temperatura e pressão (CNTP), o
gorosa reação química, com emissão de luz
sulfeto de hidrogênio, também chamado de
e calor. O iodeto de sódio sólido se deposita
gás sulfídrico, como o próprio nome revela,
nas paredes do tubo.
é gasoso nas CNTP.
a) Escreva a equação balanceada para a reação
a) Tendo em vista a posição dos elementos na
química descrita anteriormente:
tabela periódica, escrever a configuração
b) O tipo de ligação química existente entre os
eletrônica da camada de valência dos átomos
átomos de iodo no I2 é __________.
de oxigênio e de enxofre.
c) O tipo de ligação química existente en-
b) Desenhe a estrutura de Lewis para o H2S e
tre os átomos de sódio no cubo de Na é
preveja a geometria dessa molécula. __________.
c) Que tipo de ligação química ocorre nos com- d) O tipo de ligação química existente entre os
postos H2O e H2S? átomos de sódio e iodo no iodeto de sódio é
__________.
5. (Vunesp) Entre as substâncias: gás amoníaco
e) Supondo que o sódio seja 90% puro e que a
– NH3(g), metano – CH4(g), cloreto de hidrogê-
massa do cubinho de sódio seja igual a 2,60
nio – HCℓ(g), nitrogênio – N2(g) e água - H2O(l), g, havendo iodo em excesso, serão obtidos
indique qual apresenta molécula do tipo: __________ g de iodeto de sódio.
a) tetraédrica e apolar. f) Conforme descrito no item anterior, o iodo
b) angular e polar. estava presente em excesso. Foram consumi-
dos _________ g de iodo.
6. (UFPR) Usando o método da ligação de va-
lência e a teoria da hibridização, explique
9. (UEMA) O gelo seco corresponde ao dióxido de
a estrutura da molécula de HCN, caracteri-
carbono no estado sólido. Suas aplicações são
zando o tipo das ligações químicas entre os
as mais variadas, desde efeitos especiais em
átomos, os ângulos entre as ligações e, quan-
shows à conservação de alimentos. Neste últi-
do houver, a hibridização apresentada pelos
mo caso, seu uso é preferencial quando compa-
átomos da molécula.
rado ao gelo comum (água no estado sólido).
O texto acima cita duas substâncias compos-
7. (ITA – Adaptada) Considere as seguintes mo- tas e um estado físico da matéria.
léculas no estado gasoso: OF2, BeF2. a) Por que o CO2 sólido é chamado de gelo seco?
a) Dê as estruturas de Lewis e as geometrias b) Por meio da geometria da molécula, diferen-
moleculares de cada uma das moléculas. cie a água do CO2. Justifique sua resposta.
b) Indique a molécula que deve apresentar ca-
ráter polar. 1
0. (Udesc) O tipo de ligação química que se for-
ma da combinação entre os átomos de dois
8. (UFV) Na revista “Journal of Chemical Edu- elementos pode ser definido pela diferença
cation” (maio de 2000), foi descrita uma de eletronegatividade entre os átomos parti-
experiência interessante e de fácil execução cipantes da ligação.
para a obtenção da substância iodeto de só- a) Qual é a ligação química que se estabelece
dio, a partir de sódio metálico e iodo. entre átomos do elemento A (Z = 19) com
Um tubo de ensaio pequeno contendo iodo átomos do elemento B (Z = 17)? E entre áto-
é pendurado dentro de um tubo maior que mos de B e de C (Z = 15)?
contém o sódio metálico, conforme ilustrado b) Qual(is) desses compostos conduz (bem)
pela figura adiante. corrente elétrica quando fundido(s)?

52
E.O. UERJ químicas indicadas na estrutura, X deverá
ser substituído pelo seguinte elemento:

Exame de Qualificação a) fósforo.


b) enxofre.
c) carbono.
1. (UERJ) Para fabricar um dispositivo condu- d) nitrogênio.
tor de eletricidade, uma empresa dispõe dos
materiais apresentados na tabela abaixo: 4. (UERJ) Em fins do século XVI, foi feita uma
das primeiras aplicações práticas de uma pi-
Material Composição química
lha: a decomposição da água em oxigênio e
I C hidrogênio, processo denominado eletrólise.
II S Já naquela época, com base nesse experi-
III As mento, sugeriu-se que as forças responsá-
IV Fe veis pelas ligações químicas apresentam a
seguinte natureza:
Sabe-se que a condutividade elétrica de um só- a) nuclear.
lido depende do tipo de ligação interatômica b) elétrica.
existente em sua estrutura. Nos átomos que c) magnética.
realizam ligação metálica, os elétrons livres d) gravitacional.
são os responsáveis por essa propriedade.
Assim, o material mais eficiente para a fa-
bricação do dispositivo é representado pelo E.O. UERJ
seguinte número:
a) I. Exame Discursivo
b) II.
c) III. 1. (UERJ) Em algumas indústrias, a fumaça
d) IV. produzida pelo processo de queima de com-
bustíveis fósseis contém a mistura dos se-
2. (UERJ) Nos motores de combustão interna, guintes gases residuais: CO2, CO, SO2, N2 e O2.
o sulfeto de hidrogênio, presente em com- Nomeie o CO2, indique a geometria molecu-
bustíveis, é convertido no poluente atmos- lar do SO2.
férico óxido de enxofre IV, como mostra sua Em seguida, escreva o símbolo do elemento
equação de combustão abaixo. químico que compõe um dos gases residuais,
H2S(g) + 3/2O2(g) → SO2(g) + H2O(ℓ) sabendo que esse elemento pertence ao gru-
po 15 da tabela de classificação periódica.
O sulfeto de hidrogênio é extraído dos com-
bustíveis por um solvente que possui baixa
polaridade molecular e natureza ácido-bási-
ca oposta à sua.
E.O. Objetivas
As fórmulas eletrônicas do sulfeto de hidro- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
gênio (H2S) e (SO2) do óxido de enxofre IV
estão, respectivamente, representadas em: 1. (Unesp) A degradação anaeróbica de matéria
a) orgânica contendo enxofre pode levar à for-
mação de substâncias com odores altamente
b) desagradáveis. Dentre essas substâncias es-
tão o gás sulfídrico (H2S) e as mercaptanas,
como a pentamercaptana (1-pentanotiol).
c)

d)

3. (UERJ) Observe a estrutura genérica repre- Assinale a alternativa que apresenta


sentada a seguir. corretamente a geometria molecular do gás
sulfídrico e a fórmula molecular do 1-pen-
tanotiol.
a) Angular e C5H4S.
b) Linear e CH4S.
c) Angular e CH4S.
Para que o composto esteja corretamen- d) Angular e C5H12S.
te representado, de acordo com as ligações e) Tetraédrica e C5H12S.

53
2. (Unifesp) Na figura, são apresentados os de- Analise a polaridade dessas moléculas, sa-
senhos de algumas geometrias moleculares. bendo que tal propriedade depende da dife-
rença de eletronegatividade entre os átomos
que estão diretamente ligados. Nas molécu-
las apresentadas, átomos de elementos dife-
I: linear II: angular rentes têm eletronegatividades diferentes.
(Observação: eletronegatividade é a capaci-
dade de um átomo para atrair os elétrons da
ligação covalente.)
Dentre essas moléculas, pode-se afirmar que
III: piramidal IV: trigonal são polares apenas:
a) A e B.
SO3, H2S e BeCℓ2 apresentam, respectivamen- b) A e C.
te, as geometrias moleculares: c) A, C e D.
a) III, I e II. d) B, C e D.
b) III, I e IV. e) C e D.
c) III, II e I.
d) IV, I e II.
e) IV, II e I. E.O. Dissertativas
3. (Unesp) Considere os hidretos formados pe- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
los elementos do segundo período da classi-
ficação periódica e as respectivas geometrias 1. (Unesp) P e Cℓ têm, respectivamente, 5 e 7
moleculares indicadas: BeH2 (linear), BH3 elétrons na camada de valência.
(trigonal), CH4 (tetraédrica), NH3 (pirami- a) Escreva a fórmula de Lewis do tricloreto de
dal), H2O (angular) e HF (linear). Quais des- fósforo.
tas substâncias são mais solúveis em benze- b) Qual é o tipo de ligação formada?
no (C6H6)?
a) Amônia, água e ácido fluorídrico. 2. (Unesp) A partir das configurações eletrôni-
b) Hidreto de berílio, hidreto de boro e amônia. cas dos átomos constituintes e das estrutu-
c) Hidreto de berílio, hidreto de boro e metano. ras de Lewis:
d) Hidreto de boro, metano e fluoreto de hidro- a) determine as fórmulas dos compostos mais
gênio. simples que se formam entre os elementos:
e) Metano, amônia e água. I. hidrogênio e carbono.
II. hidrogênio e fósforo.
4. (Unesp) O efeito estufa resulta principal- b) Qual é a geometria de cada uma das molécu-
mente da absorção da radiação infraverme- las formadas, considerando-se o número de
lha, proveniente da radiação solar, por mo- pares de elétrons? (números atômicos: H =
léculas presentes na atmosfera terrestre. A 1; C = 6; P = 15.)
energia absorvida é armazenada na forma de
energia de vibração das moléculas. Uma das 3. (Unesp) Representar as estruturas de Lewis
condições para que uma molécula seja capaz e descrever a geometria de NO2–, NO3– e NH3.
de absorver radiação infravermelha é que ela (Números atômicos: N = 7; H = 1; O = 8.)
seja polar. Com base apenas neste critério,
4. (Unesp) Utilizando-se fórmulas de Lewis, é
dentre as moléculas O2, N2 e H2O, geralmen-
possível fazer previsões sobre geometria de
te presentes na atmosfera terrestre, contri-
moléculas e íons.
buem para o efeito estufa:
a) O2, apenas. (Números atômicos: H = 1; B = 5; F = 9 e
b) H2O, apenas. P = 15)
c) O2 e N2, apenas. a) Represente as fórmulas de Lewis das espé-
d) H2O e N2, apenas. cies BF4– e PH3.
e) N2, apenas. b) A partir das fórmulas de Lewis, estabeleça a
geometria de cada uma dessas espécies.
5. (Fuvest) A figura mostra modelos de algu-
mas moléculas com ligações covalentes entre 5. (Unicamp) A partir de um medicamento
seus átomos. que reduz a ocorrência das complicações do
diabetes, pesquisadores da UNICAMP conse-
guiram inibir o aumento de tumores em co-
baias. Esse medicamento é derivado da gua-
nidina, C(NH)(NH2)2, que também pode ser
encontrada em produtos para alisamento de
cabelos.

54
a) Levando em conta o conhecimento químico,
preencha os quadrados incluídos no espaço Gabarito
de resposta abaixo com os símbolos de áto-
mos ou de grupos de átomos, e ligue-os atra-
vés de linhas, de modo que a figura obtida
represente a molécula da guanidina.
E.O. Aprendizagem
b) Que denominação a figura completa e sem os 1. A 2. A 3. E 4. D 5. D
quadrados, recebe em química? E o que re-
6. D 7. A 8. A 9. C 10. A
presentam as diferentes linhas desenhadas?

E.O. Fixação
1. C 2. B 3. C 4. D 5. D

6. D 7. A 8. A 9. B 10. E

E.O. Complementar
6. (Unesp) Considere os seguintes compostos, 1. V, V, F, F e F 2. E 3. D 4. C 5. D
todos contendo cloro:
BaCℓ2; CH3Cℓ; CCℓ4 e NaCℓ.
Sabendo que o sódio pertence ao grupo 1, o
bário ao grupo 2, o carbono ao grupo 14, o E.O. Dissertativo
cloro ao grupo 17 da Tabela Periódica e que 1.
CCl4 – Tetraédrica, apolar.
o hidrogênio tem número atômico igual a 1: HCCl3 – Tetraédrica, polar
a) transcreva a fórmula química dos compostos CO2 – Linear, apolar
iônicos para o caderno de respostas e identi- H2S – Angular, polar
fique-os, fornecendo seus nomes. Cl2 – Linear, apolar
b) apresente a fórmula estrutural para os com- H3CCH3 – Tetraédrica, apolar
postos covalentes e identifique a molécula NH3 – Piramidal, polar
que apresenta momento dipolar resultante
2.
diferente de zero (molécula polar).

7. (Unesp) O dióxido de carbono (CO2), conhe-


cido também por gás carbônico, é um óxido
formado por átomos com diferentes eletrone-
gatividades. Com base nessas informações:
a) explique por que a molécula de CO2 é classi-
ficada como apolar.
Ligação covalente
b) monte a fórmula estrutural do CO2, indican-
do os momentos dipolares de cada uma das 3.
ligações, e calcule o momento dipolar resul- a) Teremos:
tante (ìR).

8. (Unesp) Para as moléculas N2 e N2H4 (hidra-


zina) pede-se:
b) Teremos:
a) Escrever as respectivas estruturas de Lewis.
H2O = 18 g
b) Em qual das duas moléculas a distância de
18 g — 100%
ligação nitrogênio – nitrogênio é menor?
Justifique a resposta. 2 g — x%
(Dados – Números atômicos: H = 1, N = 7) x = 11,11%
c) Teremos:
18 g — 6 × 1023 moléculas
9. (Unesp) Dar as estruturas de Lewis e des-
x — 1 mol
crever a geometria das espécies SO2, SO3 e
x = 3 × 10–23 g
(SO4)2-.
Números atômicos: S = 16; O = 8.

55
4.
a) 8O = 1s22s22p4 ä C ∙ V = 2s22p4
E.O. UERJ
16
S = 1s22s22p63s23p4 ä C ∙ V = 3s23p4 Exame Discursivo
b) Angular 1. CO2: dióxido de carbono ou anidrido ("gás
carbônico").
Geometria molecular do SO2: angular.

c) Ligação covalente.

5.
a) Metano – CH4(g)
b) Água – H2O(ℓ) O nitrogênio, símbolo N, compõe um dos ga-
6.
Observe a figura a seguir: ses residuais, sabendo que esse elemento per-
tence ao grupo 15 ou VA da tabela de classifi-
cação periódica (décima quinta coluna).
(1) Ligação covalente simples
(2) Ligação covalente tripla
Hibridização sp.
E.O. Objetivas
Ângulo entre a ligação covalente simples e a (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
ligação covalente tripla = 180 graus. 1. D 2. E 3. C 4. B 5. E
7.
a)
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) Observe a figura a seguir:

b) OF2
8.
a) Na + 1/2 I2 é NaI
b) ligação covalente apolar b) Ligação covalente polar.
c) ligação metálica 2.
d) ligação iônica a) Estruturas de Lewis:
e) 15,26
f) 12,92
9.
a) Porque apesar de ter a aparência de gelo
(água no estado sólido), ele na verdade é
o dióxido de carbono sólido.
b) A água apresenta uma geometria angular
enquanto que o CO2 é linear.
10.
a) A é um metal alcalino e B um ametal, por-
b) CH4 – geometria molecular tetraédrica
tanto será uma ligação iônica. Por C ser
PH3 – geometria molecular piramidal
também um ametal a combinação entre B
3.
e C formará uma ligação covalente.
b) O A, pois é o único que em solução aquosa
libera íons, que são os responsáveis pela a)
condução de corrente elétrica.

E.O. UERJ b)

Exame de Qualificação
c)
1. D 2. B 3. C 4. B

56
4. logo a molécula é linear.
a) Estrutura de Lewis As ligações entre o carbono e o oxigênio
são polares, devido a diferença de ele-
tronegatividade, mas a soma dos vetores
momento dipolo elétrico é igual a zero,
logo a molécula é apolar.
b)
8.
a)

b) Geometria molecular b) No N2, pois há duas ligações pi.


BF4– é tetraédrica
PH3 é pirâmide trigonal 9.
Observe a figura a seguir:
5.
a) Teremos:

b) A denominação química é fórmula estru-


tural plana simplificada. As diferentes li-
nhas desenhadas representam as ligações
covalentes que ocorrem entre os átomos.

6.
a) BaCℓ2: cloreto de bário
NaCℓ: cloreto de sódio
b) O cloreto de metila é polar:

7.
Equações:
a)

A repulsão máxima entre as nuvens ele-


trônicas gera um ângulo de 180 graus,

57
Aulas 15 e 16

Forças intermoleculares
Competências 4, 5, 6 e 7
Habilidades 14, 18, 21, 24, 25 e 27
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Forças intermoleculares
Forças ou interações intermoleculares são forças de atração que ocorrem entre as moléculas (por isso o ter-
mo intermoleculares, entre moléculas) das substâncias, que as mantêm unidas no estado sólido e líquido. Elas são
bem mais fracas que as interações intramoleculares (dentro das moléculas) ou interatômicas (entre átomos), que
unem átomos (na ligação covalente) ou íons (na ligação iônica e na metálica).

As forças intermoleculares determinam os pontos de fusão e de ebulição e a solubilidade das substâncias


umas nas outras, bem como a tensão superficial e a viscosidade dos líquidos.

§§ Tensão superficial é uma propriedade que faz com que a camada superficial de um líquido comporte-se
como uma membrana elástica. O efeito dela são as gotas de água, as bolhas de sabão ou a possibilidade
de os insetos caminharem sobre a superfície da água.
§§ Viscosidade é a propriedade física que caracteriza a resistência de um fluido (líquido ou gás) ao escoamento,
a uma dada temperatura. O óleo, por exemplo, é mais viscoso que a água.
As forças intermoleculares são também conhecidas como forças de Wan der Waals (físico holandês que
previu sua existência). As mais importantes são três:

Forças de dipolo-dipolo ou de dipolo permanente


Se a molécula contém um dipolo permanente (devido à polaridade de uma ou mais de suas ligações covalente),
então podemos ver como essas moléculas se atraem umas às outras: o lado positivo do dipolo dessa molécula atrai
o lado negativo do dipolo da outra molécula. Esta força existe, portanto, entre moléculas polares (μtotal ≠ 0).

Exemplo:
§§ Moléculas de cloreto de hidrogênio (HCℓ) no estado gasoso.

Dipolo permanente entre duas moléculas de HCℓ

Outros exemplos: HBr, SO2, NH3 etc.

61
Forças de dipolo instantâneo + dipolo induzido ou
forças de London ou forças de Van der Waals
Ocorre entre moléculas apolares e também têm natureza elétrica. Numa molécula apolar como o H2, os elétrons
estão equidistantes dos núcleos. Num determinado instante, no entanto (por isso o nome dipolo instantâneo), a
nuvem eletrônica pode se aproximar mais de um dos núcleos e estabelecer um dipolo instantâneo, o qual, por sua
vez, induz (por isso o nome dipolo induzido) as demais moléculas a formarem novos dipolos, dando origem a uma
força de atração elétrica de pequena intensidade entre elas.

Exemplos:
§§ O gelo seco (CO2), o iodo (I2), as pedras de naftalina e as de cânfora sofrem sublimação, isto é, passam dire-
tamente do estado sólido para o gasoso, uma vez que as interações de dipolo instantâneo-dipolo induzido
que as unem são fracas.

     
gelo seco cristais de iodo pedras de naftalina pedras de cânfora

Outros exemplos: H2, N2, O2, F2, Cø2, Br2, P4, S8, CH8 e todos os hidrocarbonetos.

Observação: o termo forças de Van der Waals inclui três tipos de interações distintas: forças entre dois
dipolos permanentes (ou dipolo-dipolo), entre dipolo permanente e induzido (instantâneo) e entre dois dipolos
induzidos (força de dispersão de London ou forças de London). Apesar de a força de dispersão de London ser
quase 10 vezes mais fraca do que as forças dipolo-dipolo, ela é importante para explicar várias propriedades
como: solubilidade, viscosidade, temperatura de fusão e ebulição, entre outros.

Ligações ou pontes de hidrogênio


É um caso particular das forças de dipolo permanente (dipolo-dipolo), segundo o qual a intensidade é tão grande
que recebe um nome particular. Ocorre em moléculas que apresentam átomos de hidrogênio (elemento com baixa
eletronegatividade) com elementos muito eletronegativos, como o flúor, o oxigênio ou o nitrogênio.
Os exemplos mais frequentes são as moléculas formadas pela combinação do hidrogênio com os elementos
muito eletronegativos mencionados:

HF   H2O   NH3

62
Observe a formação das ligações de hidrogênio em cada uma das moléculas:
a) HF

b) H20
As ligações de hidrogênio explicam uma propriedade muito particular da água. Ao contrário da maioria das
substâncias, a água sólida é menos densa que a água líquida.

água líquida água sólida

Observe: o arranjo desordenado das moléculas no estado líquido é mais compacto, há menos espaços
vazios entre elas, razão pela qual a substância é mais densa nesse estado. No entanto, o arranjo ordenado
do estado sólido cria espaços vazios maiores entre as moléculas, o que torna a substância mais “leve”,
menos densa.

c) NH3

A dupla hélice do DNA é estabilizada por pontes de hidrogênio entre as bases presas às duas cadeias.

63
Temperaturas de fusão (TF ou PF) e de ebulição (TE ou PE)
Primeiro caso
Moléculas com tamanhos (massas moleculares) semelhantes.

Aumenta a intensidade da interação:


dipolo instantâneo-dipolo induzido < dipolo permanente < ligação de hidrogênio

Aumenta o ponto de fusão e o ponto de ebulição.

Exemplos:
Substância Massa molecular (u) Interação PE (°C)
CH4 16 dipolo instantâneo-dipolo induzido –162

H2O 18 ligação de hidrogênio +100

Substância Massa molecular (u) Interação PE (°C)


CH3 – O – CH3 46 dipolo permanente –24

CH3 – CH2 – OH 46 ligação de hidrogênio +78

64
Segundo caso
Moléculas com mesmo tipo de interação e tamanhos (massas moleculares) diferentes.

Aumenta a massa molecular.

Aumenta o ponto de fusão e o ponto de ebulição.

Exemplos:
Substância Massa molecular (u) Interação PE (°C)
CH4 16 dipolo instantâneo-dipolo induzido –162

C4H10 58 dipolo instantâneo-dipolo induzido –1

Substância Massa molecular (u) Interação PE (°C)


CH3 – OH 32 ligação de hidrogênio +65

CH3 – CH2 – OH 46 ligação de hidrogênio +78

Substância Massa molecular (u) Interação PE (°C)


HCℓ 36,5 dipolo permanente –85

HBr 81 dipolo permanente –67

Terceiro caso
Moléculas com mesmo tipo de interação e mesma massa molecular.

Diminui a ramificação.
Aumenta a área de contato entre as moléculas.

Aumenta o ponto de fusão e o ponto de ebulição.

Exemplos:
Substância Massa molecular (u) Interação PE (°C)

Metilpropano
CH3 dipolo instantâneo-dipolo
| 58 –12
induzido
H3C — CH — CH3

Butano
dipolo instantâneo-dipolo
58 –0,5
induzido
H3C — CH2 — CH2 — CH3

65
Observação: apesar de ter a mesma massa molecular e o mesmo tipo de interação (dipolo instantâneo-
-dipolo induzido) entre suas moléculas, o metil-butano é ramificado. A área de contato entre suas moléculas é
menor do que no butano, cuja cadeia é normal. Quanto maior a área de contato entre as moléculas, mais intensas
são as interações, maior, portanto, é o ponto de ebulição.

metil-butano butano

Solubilidade
Por que o óleo não se dissolve na água? É necessário considerar que os processos de dissolução estão associados
às interações moleculares.
O tipo de força intermolecular da água deve ser diferente do tipo de força intermolecular do óleo.
Como a água é uma substância polar, conclui-se que as moléculas do óleo devem ser apolares, mesmo sem
conhecer a estrutura dela.
Baseado nesse fato, pode-se afirmar que:

Substâncias polares tendem a se dissolver em solventes polares.


Substâncias apolares tendem a se dissolver em solventes apolares.

Exemplos:
§§ Os derivados do petróleo – querosene, gasolina, óleo diesel e óleo lubrificante – são formados por hidro-
carbonetos apolares, solúveis (miscíveis), portanto, entre si e insolúveis (imiscíveis) com a água que é polar.
§§ O etanol (álcool) comum dissolve-se tanto na gasolina (apolar) quanto na água (polar). Por quê? Porque
o etanol apresenta uma molécula com cadeia apolar (CH3 – CH2 –), que interage com a gasolina (mistura
de moléculas apolares) e extremidade muito polar (– OH), que estabelece ligações de hidrogênio – muito
intensas – com a água.

66
Teoria na prática
1. As pontes de hidrogênio formadas entre moléculas de água HÖH podem ser representadas neste modelo.
Com base nele, represente as pontes de hidrogênio entre moléculas de amônia: NH3.

Resolução:

A água tem dois pares de elétrons livres e pode apresentar uma arrumação espacial como a apresentada
no enunciado. O NH3 tem somente um par de elétrons livres; consequentemente, pode apresentar apenas
uma arrumação linear. Observe:

2. Considere os processos I e II representados pelas equações:

Indique quais as ligações são rompidas em cada um desses processos.

Resolução:

Em (I) são rompidas as pontes de hidrogênio da água líquida, o que lhe permite a passagem para o estado
gasoso.
Em (II) são rompidas as ligações covalentes entre o hidrogênio e o oxigênio (H – O – H), “quebrando” as
moléculas de água e dando origem ao hidrogênio e ao oxigênio atômicos.

67
3. (UFU) As substâncias SO2, NH3, HCℓ e Br2 apresentam as seguintes interações intermoleculares, respectiva-
mente:
a) forças de London, dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio e dipolo induzido-dipolo induzido.
b) dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, dipolo-dipolo e dipolo induzido-dipolo induzido.
c) dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, ligação de hidrogênio e dipolo-dipolo.
d) dipolo instantâneo-dipolo induzido, dipolo-dipolo, ligação de hidrogênio, dipolo-dipolo.

Resolução:

SO2: molécula angular e polar (dipolo-dipolo ou dipolo permanente-dipolo permanente)


NH3: molécula piramidal e polar (ponte de hidrogênio ou ligação de hidrogênio)
HCℓ: molécula linear e polar (dipolo-dipolo; em vários casos a atração intermolecular é classificada como
ligação de hidrogênio)
Br2: molécula linear e apolar (dipolo induzido-dipolo induzido ou força de Van der Waals)

Alternativa B

4. (Unirio) Uma substância polar tende a se dissolver em outra substância polar. Com base nesta regra, indique
como será a mistura resultante após a adição de bromo (Br2) à mistura inicial de tetracloreto de carbono
(CCℓ4) e água (H2O).
a) Homogênea, como o bromo se dissolvendo completamente na mistura.
b) Homogênea, com o bromo se dissolvendo apenas no CCℓ4.
c) Homogênea, com o bromo se dissolvendo apenas na H2O.
d) Heterogênea, com o bromo se dissolvendo principalmente no CCℓ4.
e) Heterogênea, com o bromo se dissolvendo principalmente na H2O.
Resolução:

Como o exercício fala que uma substância polar tende a se dissolver em outra substância polar, logo o seu
oposto também é válido – uma substância apolar tende a se dissolver em outra substância apolar.
Verificando a polaridade das moléculas, temos:
Br2 – molécula apolar
CCℓ4 – molécula apolar
H2O – molécula polar

Na mistura inicial (CCℓ4 + H2O), ambas não estavam misturadas entre si. Quando o Br2 foi adicionado, a
maior parte se dissolveu no CCℓ4 devido a sua semelhança de polaridade (uma pequena parte foi dissolvida
em água). Logo, a solução final será heterogênea (mais de uma fase), com maior parte dissolvida no CCℓ4.
Alternativa D

68
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Testamos o repelente de líquidos NeverWet...


Fonte: Youtube

70
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

No cotidiano, é possível identificar facilmente a aplicação desse conhecimento, realizando rapidamente uma “mistura” de
água com óleo em um recipiente. Na verdade, não ocorrerá mistura nenhuma, posto que essas substâncias possuem ca-
ráteres opostos e dessa forma se repelem. No geral, é muito fácil observar essa propriedade nas substâncias corriqueiras.
Outro conhecimento trazido por essa propriedade é o conhecimento dos pontos de fusão e ebulição de
compostos, ficando muito evidente com relação a óleos e gorduras.
A definição para diferenciar os dois é simples, mas você a conhece?
Óleos e gorduras são basicamente lipídeos, diferenciando-se apenas por seus estados físicos.
Óleos são líquidos enquanto gorduras são sólidas.
Isso acontece pelas interações intermoleculares existentes em suas cadeias moleculares. Gorduras, no geral,
possuem menor quantidade de duplas, desencadeando, assim, uma cadeia mais retilínea que permite maior intera-
ção de suas moléculas, aumentando seus pontos de fusão e ebulição. Já os óleos tendem a ter mais insaturações,
produzindo o efeito reverso, distanciando suas cadeias e diminuindo os pontos de fusão e ebulição.
cadeias carbônicas saturadas e insaturadas
a presença de ligações duplas - insaturações - entre átomos de carbono diminui o ponto de fusão

Ácido Esteárico
18 átomos de carbono
Saturado
Ponto de fusão: 70ºC

Ácido Oleico
18 átomos de carbono
Monoinsaturado
Ponto de fusão: 13ºC

INTERDISCIPLINARIDADE

Um paralelo que pode ser feito com as forças intermoleculares é sobre as mudanças de estado físico. Quando
substâncias mudam de estado, é necessário que haja troca de calor, no entanto, em física, é dito que quando uma
substância está mudando de estado físico, sua temperatura permanece constante. Como isso pode acontecer?
Isso ocorre porque quando uma substância atingiu seu ponto de fusão ou ebulição, essa substância atingiu
a temperatura necessária para romper suas ligações intermoleculares. Portanto, nos pontos de fusão e ebulição de
qualquer matéria a energia térmica que está sendo fornecida é aproveitada para romper com as interações existen-
tes entre as moléculas, para mudar de estado.

71
Estrutura Conceitual

Molécula

Interage
por meio de

Ponto
de ebulição
Forças (ou ligações
ou interações) Influenciam
intermoleculares
Solubilidade

Dipolo Dipolo
Ligação de permanente-dipolo induzido-dipolo
hidrogênio permanente induzido

Ligação Entre Entre


entre moléculas moléculas

F, O, N com H Polares Apolares

72
E.O. Aprendizagem Com base nos conhecimentos sobre subs-
tâncias e misturas, materiais homogêneos
e heterogêneos, atribua V (verdadeiro) ou F
1. (UFRGS) O gás metano (CH4) pode ser obtido (falso) aos sistemas químicos que correspon-
no espaço sideral pelo choque entre os áto-
dem, metaforicamente, à imagem da charge.
mos de hidrogênio liberados pelas estrelas e
( ) Mistura de sólidos CaO e CaCO3.
o grafite presente na poeira cósmica. Sobre
( ) Mistura de benzeno e hexano.
as moléculas do metano pode-se afirmar que
o tipo de ligação intermolecular e sua geo- ( ) Gelatina.
metria são, respectivamente: ( ) Mistura de CCℓ4 e H2O.
a) ligações de hidrogênio e tetraédrica. ( ) Mistura de ácido etanoico e álcool metílico.
b) forças de Van der Waals e trigonal plana. Assinale a alternativa que contém, de cima
c) covalentes e trigonal plana. para baixo, a sequência correta.
d) forças de Van der Waals e tetraédrica. a) V, V, V, F, F.
e) ligações de hidrogênio e trigonal plana. b) V, V, F, F, V.
c) V, F, V, V, F.
2. (FGV) Considere as interações que podem d) F, V, F, V, F.
ocorrer entre duas substâncias quaisquer e) F, F, V, F, V.
entre as representadas na tabela.
4. (Fatec) Para os compostos HF e HCℓ, as for-
I iodo (I2) ças de atração entre as suas moléculas ocor-
II água (H2O) rem por:
III etanol (C2H5OH) a) ligações de hidrogênio para ambos.
b) dipolo-dipolo para ambos.
IV ciclo-hexano (C6H12)
c) ligações de Van der Waals para HF e ligações
Forças intermoleculares do tipo ligações de de hidrogênio para HCℓ.
hidrogênio podem ocorrer apenas na intera- d) ligações de hidrogênio para HF e dipolo-di-
ção das substâncias polo para HCℓ.
a) I e II. e) ligações eletrostáticas para HF e dipolo in-
b) I e III. duzido para HCℓ.
c) II e III.
d) II e IV. 5. (PUC-RS) Para responder à questão, numere
e) III e IV.
a Coluna B, que contém algumas fórmulas de
substâncias químicas, de acordo com a Co-
3. (UEL) Analise a charge a seguir e responda
luna A, na qual estão relacionados tipos de
à(s) questão(ões).
atrações intermoleculares.
Coluna A
1. pontes de hidrogênio
2. dipolo induzido-dipolo induzido
3. dipolo-dipolo
Coluna B
( ) HF
( ) Cℓ2
( ) CO2
( ) NH3
( ) HCℓ
A numeração correta da Coluna B, de cima
para baixo, é:
a) 1 – 3 – 3 – 2 – 1.
b) 2 – 1 – 1 – 3 – 2.
Observa-se, na charge, que apenas um indi- c) 1 – 2 – 2 – 1 – 3.
d) 3 – 1 – 1 – 2 – 3.
víduo está lendo um livro, causando curiosi-
e) 3 – 2 – 3 – 1 – 1.
dade nos demais, que fazem uso do celular.
Entre algumas interpretações, essa imagem
pode ser relacionada a um sistema quími- 6. (UFG) Três substâncias, água (H2O), etanol
co, no qual o indivíduo lendo o livro é uma (CH3CH2OH) e acetona ((CH3)2CO) foram adi-
entidade química (molécula ou átomo) que cionadas em três tubos de ensaio, na mes-
não interage, não possui afinidade com os ma quantidade em volume, conforme figura
demais indivíduos. apresentada a seguir.

73
8. (CFT-MG) Os gases CH4, NH3 e H2S estão em
ordem crescente de temperaturas de ebuli-
ção em:
a) CH4, H2S e NH3.
b) H2S, CH4 e NH3.
c) NH3, H2S e CH4.
d) CH4, NH3 e H2S.
Considerando-se a volatilidade das substân-
9. (Cesgranrio) Analise o tipo de ligação quí-
cias presentes nos tubos, após um deter-
mica existentes nas diferentes substâncias:
minado tempo, a figura que representa as
Cℓ2, HI, H2O e NaCℓ, e assinale a alternativa
quantidades em volume das substâncias à
que as relaciona em ordem crescente de seu
temperatura ambiente é:
respectivo ponto de fusão.
a) a) Cℓ2 < HI < H2O < NaCℓ
b) Cℓ2 < NaCℓ < HI < H2O
c) NaCℓ < Cℓ2 < H2O < HI
d) NaCℓ < H2O < HI < Cℓ2
b) e) HI < H2O < NaCℓ < Cℓ2

10. (UECE) Em 1960, o cientista alemão Uwe


Hiller sugeriu que a habilidade das lagartixas
c) de caminhar nas paredes e no teto era por con-
ta de forças de atração e repulsão entre molé-
culas das patas da lagartixa e as “moléculas”
da parede, as chamadas forças de Van der Wa-
d) als. Esta hipótese foi confirmada em 2002 por
uma equipe de pesquisadores de Universida-
des da Califórnia. Sobre as Forças de Van der
Waals, assinale a afirmação verdadeira.
e) a) Estão presentes nas ligações intermolecu-
lares de sólidos, líquidos e gases.
b) Só estão presentes nas ligações de hidrogênio.
c) Também estão presentes em algumas liga-
7. (UFRGS) Uma garrafa de refrigerante fecha- ções interatômicas.
da, submetida a um resfriamento rápido e d) São forças fracamente atrativas presentes
mantida por longo tempo em repouso em um em algumas substâncias como o neônio, o
freezer, pode “explodir”, provocando o ex- cloro e o bromo.
travasamento de seu conteúdo.
Considere as afirmações abaixo, sobre esse
fenômeno. E.O. Fixação
I. O gás carbônico contido no refrigerante
transforma-se em gelo seco que então su- 1. (FMP) “Anderson Silva ainda não deu sua
blima, rompendo o recipiente. versão sobre ter sido flagrado no exame an-
II. Os sais contidos no refrigerante, quando em tidoping, conforme divulgado na noite de
temperaturas muito baixas, formam siste- terça-feira. O fato é que a drostanolona,
mas altamente higroscópicos, o que provoca substância encontrada em seu organismo,
um significativo aumento de volume. serve para aumentar a potência muscular – e
III. O processo de solidificação da água, presen- traz uma série de problemas a curto e longo
te no refrigerante, provoca organização das prazos.”
moléculas em uma estrutura cristalina que Disponível em: <http://sportv.globo.com/site/combate/
ocupa um volume maior que a água líquida. noticia/2015/02/medica-explica-substancia-em-exame-de-
Quais dessas afirmações podem ocorrer du- anderson-silva-drostanolona.html>. Acesso em: 16 abr. 2015.
rante o processo de extravasamento?
a) Apenas I. A pouca solubilidade dos compostos em água
b) Apenas II. está relacionada às interações químicas.
c) Apenas III. Sendo assim, a pouca solubilidade do este-
d) Apenas I e III. roide propionato de drostanolona deve-se à
e) I, II e III. ligação do tipo.

74
Sua fórmula estrutural é: A partir das informações apresentadas, é IN-
CORRETO afirmar que:
a) a substância mais volátil é o H2S, pois apre-
senta a menor temperatura de ebulição.
b) a água apresenta maior temperatura de ebu-
lição, pois apresenta ligações de hidrogênio.
c) todos os hidretos são gases à temperatura
ambiente, exceto a água, que é líquida.
d) a 100 °C, a água ferve, rompendo as ligações
covalentes antes das intermoleculares.

5. (UECE) O ponto de ebulição do álcool etílico


a) de hidrogênio (CH3 – CH2 – OH) é 78,15 ºC e o do éter me-
b) de dipolo-dipolo tílico (CH3 – O – CH3) é –24,8 ºC. Isso ocorre
c) eletrovalente quando as forças intermoleculares do álcool
d) de Van der Waals
etílico são maiores porque
e) covalente a) ele apresenta ligações de hidrogênio.
b) é um composto covalente polar.
2. (UFSJ) O álcool etílico é usado na limpeza c) sua massa molecular é maior do que a do
doméstica porque dissolve gorduras, é solúvel éter metílico.
em água e é mais volátil do que ela. Além dis- d) ele apresenta moléculas de maior simetria.
so, sua densidade é menor do que a da água.
Essas propriedades são explicadas correta- 6. (UERN) Os ácidos em maior ou menor grau são
mente nas alternativas abaixo, EXCETO em: prejudiciais quando manuseados ou podem
a) O etanol é solúvel em água porque forma li-
causar danos só de chegarmos perto. Alguns
gações de hidrogênio com a mesma.
b) O etanol dissolve gorduras porque tem uma deles em temperatura ambiente são gases
parte apolar em sua estrutura. (isso se deve ao fato de apresentarem baixas
c) O etanol é mais volátil que a água porque temperaturas de ebulição) e a sua inalação
suas ligações intermoleculares são mais fra- pode provocar irritação das vias respiratórias.
cas do que as da água. (Sardella, Antonio. Química. Volume único. Série novo
ensino médio. São Paulo: Ática, 2005. p. 74.)
d) O etanol é menos denso que a água porque
sua temperatura de ebulição é menor do que De acordo com a tabela a seguir, determine a
a da água. ordem crescente das temperaturas de ebuli-
ção dos ácidos.
3. (UFC) Sabendo-se que a temperatura de ebu-
lição de uma substância depende da inten- Composto Massa molecular
sidade das forças intermoleculares presen- H 2S 34
tes, assinale a alternativa que corretamente
apresenta as substâncias em ordem crescen- H2Se 81
te de temperatura de ebulição. H2Te 129
a) H2, N2, O2, Br2.
b) N2, Br2, O2, Br2.
c) Br2, O2, N2, H2. a) H2S < H2Se < H2Te
d) Br2, N2, H2, O2. b) H2S < H2Te < H2Se
e) O2, Br2, N2, H2. c) H2Te < H2Se < H2S
d) H2Te < H2S < H2Se
4. (PUC) Analise o gráfico, que apresenta as
temperaturas de ebulição de compostos bi- 7. (PUC-RJ) Propriedades como temperatura de
nários do hidrogênio com elementos do gru- fusão, temperatura de ebulição e solubilida-
po 16 (coluna 6A), à pressão de 1 atm. de das substâncias estão diretamente liga-
das às forças intermoleculares. Tomando-se
como princípio essas forças, indique a subs-
tância (presente na tabela a seguir) que é
solúvel em água e encontra-se no estado lí-
quido à temperatura ambiente.

Ponto de fusão Ponto de


Substância
(°C) ebulição (°C)
H2 –259,1 –252,9
N2 –209,9 –195,8

75
Ponto de fusão Ponto de
Substância
(°C) ebulição (°C)
C6H6 5,5 80,1
C2H5OH –115,0 78,4
KI 681,0 1330,0

a) H2
b) N2
c) C6H6
d) C2H5OH
e) KI

8. (UFMG) Considere separadamente as substâncias liquidas tetracloreto de carbono, água, hexano e


acetona, listadas na tabela de interações intermoleculares, nessa ordem.
As interações mais fortes entre as espécies constituintes estão indicadas corretamente em:

CCℓ4 H2O CH3(CH2)4CH3 CH3COCH3


I Dipolo-dipolo Ligação de hidrogênio Dipolo-dipolo Van der Waals
II Van der Waals Dipolo-dipolo Dipolo-dipolo
III Van der Waals Ligação de hidrogênio Van der Waals Dipolo-dipolo
IV Íon-íon Dipolo-dipolo Van der Waals Van der Waals
V Dipolo-dipolo Ligação de hidrogênio Van der Waals Dipolo-dipolo

a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V

9. (UPF) Em uma análise química, foram determinadas algumas propriedades das substâncias orgâ-
nicas abaixo representadas.

Considerando as representações estruturais dessas substâncias, assinale a alternativa que apresen-


ta a resposta correta.
a) Todas apresentam interações intermoleculares, do tipo ligação de hidrogênio e, portanto, temperatu-
ras de ebulição elevadas.
b) As interações que ocorrem entre as moléculas das substâncias I e II são do tipo ligações de hidrogênio.
c) A ordem crescente das temperaturas de ebulição para as substâncias é II < I < III.
d) As substâncias I e II são apolares e por isso se dissolvem em água.
e) A substância II apresenta cadeia carbônica ramificada, assim, suas temperaturas de fusão e de ebulição
são mais altas quando comparadas com a substância representada em I.

76
1
0. (UPF) A alta tensão superficial apresentada pela água é explicada por fortes interações que ocor-
rem entre as moléculas dessa substância. No caso específico da água, a tensão superficial é tão alta
que permite que alguns insetos, como o mosquito da Dengue, consigam “andar” sobre ela. Com
base na tensão superficial característica da água, H2O(l), avalie as afirmativas como verdadeiras (V)
ou falsas (F).

( ) A elevada tensão superficial da H2O(l) é explicada em função das ligações de hidrogênio que
ocorrem entre moléculas vizinhas e que representam as mais intensas interações intermolecu-
lares.
( ) A interação de grande intensidade que ocorre entre os átomos de hidrogênio e de oxigênio de
moléculas distintas de água pode ser explicada pela diferença de eletronegatividade entre esses
átomos.
( ) Interações do tipo dipolo induzido–dipolo induzido ocorrem com moléculas de água e depen-
dem da existência de polaridade permanente nas moléculas.
( ) O fato de as moléculas de água serem apolares favorece para que suas interações intermolecu-
lares sejam estabelecidas com grande intensidade.
A opção que contém a ordem correta das assertivas, de cima para baixo, é:
a) V – F – F – F.
b) V – V – F – F.
c) F – V – V – F.
d) V – F – V – F.
e) F – F – V – V.

E.O. Complementar
1. (UFPA) Substâncias químicas de interesse industrial podem ser obtidas por meio de extração de
plantas, produzidas por micro-organismos, sintetizadas em laboratórios, entre outros processos de
obtenção. Abaixo é apresentado um esquema de reação para obtenção de uma substância utilizada
como flavorizante na indústria de alimentos.

Em relação às propriedades físicas das substâncias 2 e 3, a substância:


a) 3 é mais solúvel em água do que a substância 2.
b) 3 é mais solúvel em solvente polar do que a substância 2.
c) 2 é mais solúvel em solvente apolar do que a substância 3.
d) 2 é mais solúvel em água do que a substância 3.
e) 2 e a substância 3 apresentam a mesma solubilidade em água.

77
2. (UFSC) O gelo seco corresponde ao CO2 solidificado, cuja fórmula estrutural é O = C = O.
O estado sólido é explicado por uma única proposição correta. Assinale-a.
a) Forças de Van der Waals entre moléculas fortemente polares de CO2.
b) Pontes de hidrogênio entre moléculas do CO2.
c) Pontes de hidrogênio entre a água e o CO2.
d) Forças de Van der Waals entre moléculas apolares do CO2.
e) Interações fortes entre os dipolos na molécula do CO2.

3. (UFRGS) Na coluna da esquerda, abaixo, estão listados cinco pares de substâncias, em que a pri-
meira substância de cada par apresenta ponto de ebulição mais elevado do que o da segunda
substância, nas mesmas condições de pressão. Na coluna da direita, encontra-se o fator mais sig-
nificativo que justificaria o ponto de ebulição mais elevado para a primeira substância do par.
Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda.
1. CCℓ4 e CH4 ( ) intensidade das ligações de hidrogênio
2. CHCℓ3 e CO2 ( ) massa molecular mais elevada
3. NaCℓ2 e HCℓ ( ) estabelecimento de ligação iônica
4. H2O e H2S ( ) polaridade da molécula
5. SO2 e CO2
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 2 – 4 – 1 – 3.
b) 2 – 4 – 3 – 5.
c) 3 – 5 – 4 – 1.
d) 4 – 1 – 3 – 5.
e) 4 – 5 – 1 – 3.

4. (UFRGS) Em 2015, pesquisadores comprimiram o gás sulfeto de hidrogênio (H2S) em uma bigorna
de diamantes até 1,6 milhão de vezes à pressão atmosférica, o suficiente para que sua resistência
à passagem da corrente elétrica desaparecesse a 69,5 ºC. A experiência bateu o recorde de "super-
condutor de alta temperatura" que era –110 ºC, obtido com materiais cerâmicos complexos.
Assinale a afirmação abaixo que justifica corretamente o fato de o sulfeto de hidrogênio ser um
gás na temperatura ambiente e pressão atmosférica, e a água ser líquida nas mesmas condições.
a) O sulfeto de hidrogênio tem uma massa molar maior que a da água.
b) O sulfeto de hidrogênio tem uma geometria molecular linear, enquanto a água tem uma geometria
molecular angular.
c) O sulfeto de hidrogênio é mais ácido que a água.
d) A ligação S − H é mais forte que a ligação O − H.
e) As ligações de hidrogênio intermoleculares são mais fortes com o oxigênio do que com o enxofre.

5. (UPF) Tramita na Câmara Federal projeto de lei (PL 6068/13) que prevê ações que impliquem a redu-
ção na emissão de poluentes por veículos automotores. Atualmente, a Lei nº 8.723/93 fixa em 22%
o percentual obrigatório de adição de álcool à gasolina e permite ao governo variar esses percentuais
entre 18% e 25%. O projeto, apresentado pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP),
prevê que esse percentual passe a variar entre 20% e 30%. Segundo o parlamentar, além de contri-
buir para a saúde pública, a proposta pretende “estimular o setor sucroalcooleiro a continuar expan-
dindo as suas atividades em todas as fases da cadeia produtiva”.
Agência Câmara Notícias. Disponível em:
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/
comissoes-permanentes/cme/noticias/projetoaumenta-percentual-de-alcool-na-gasolina. Acesso em: 23/04/2014

78
Com relação às propriedades dos compostos Observação: a fórmula molecular para ambos
orgânicos que apresentam a função álcool, os compostos é C2H6O.
analise as alternativas e assinale a incorreta: Dado: a fórmula estrutural dos compostos é:
a) As substâncias químicas 2-metil-propan-2-ol
e butan-2-ol são classificadas, respectivamen-
te, como álcool terciário e álcool secundário.
b) Se for considerado um teor de álcool na ga-
solina de 23% (v/v), significa que, para cada
200 mL da solução, estarão dissolvidos 46
mL de etanol.
4. (UFG) Analise o quadro a seguir.
c) O etanol pode se dissolver em gasolina, pois
possui cadeia carbônica apolar, e em água, Solubilidade
Substâncias Tfusão (°C)
por estabelecer ligações de hidrogênio com em Água
as moléculas de água. Cloreto de
801 ?
d) Uma mistura de etanol e água, em propor- sódio
ções específicas, poderá formar um sistema Glicose 186 ?
azeotrópico, e seus componentes não se- Naftalina 80 ?
rão separados por destilação simples, pois
tal sistema possui temperatura de ebulição Considerando-se as informações apresentadas:
constante. a) explique as diferenças de ponto de fusão das
e) Os álcoois são menos reativos do que os hi- substâncias em relação às suas forças inter-
drocarbonetos, de mesma massa molar, devi- moleculares;
do ao fato de serem polares. b) classifique as substâncias apresentadas
como solúvel, pouco solúvel ou insolúvel.
Justifique sua resposta a partir da polarida-
E.O. Dissertativo de das moléculas.

5. (ITA) Qualitativamente (sem fazer contas),


1. (UEG) As aminas pertencem a uma classe de
como você explica o fato de a quantidade de
moléculas orgânicas que, em muitos casos,
calor trocado na vaporização de um mol de
encontra grande aplicação biológica. Abaixo,
água no estado líquido ser muito maior do
são apresentados exemplos dessas substân-
que o calor trocado na fusão da mesma quan-
cias que rotineiramente são encontradas nos
tidade de água no estado sólido?
laboratórios de química.
6. (UFPR) Com relação aos compostos I, II e III
a seguir, responda:

Após a análise dessas estruturas químicas,


forneça uma explicação para a diferença dos
pontos de ebulição desses compostos.

2. (UFC) As forças intermoleculares são res-


ponsáveis por várias propriedades físicas e
químicas das moléculas, como, por exemplo,
a temperatura de fusão. Considere as molé-
culas de F2, Cℓ2 e Br2. a) Qual o que possui maior ponto de ebulição?
a) Quais as principais forças intermoleculares Justifique sua resposta.
presentes nessas espécies? b) Qual o menos solúvel em água? Justifique
b) Ordene essas espécies em ordem crescente sua resposta.
de temperatura de fusão. c) Quais aqueles que formam pontes de hidro-
gênio entre suas moléculas? Mostre a forma-
3. (PUC-RJ) O dimetiléter tem seu peso mole- ção das pontes.
cular igual a 46 e ponto de ebulição igual a –
25 °C. O álcool etílico (etanol) tem o mesmo 7. (UFU) Muitas propriedades físicas das subs-
peso molecular, mas um ponto de ebulição tâncias, entre elas a solubilidade, podem ser
bem mais alto igual a 78,3 °C. Apresente a explicadas a partir da polaridade de suas
fórmula estrutural de cada um dos compos- moléculas. Sabendo-se que “semelhante dis-
tos e, através delas, explique a grande dife- solve semelhante”, considere as substâncias
rença dos seus pontos de ebulição. amônia, água, e metano e responda:

79
Amônia (NH3) mentano (CH4) 1
0. (Fac. Albert Einstein)
a) Qual a polaridade dessas moléculas? Justi-
fique sua resposta com base na geometria DO LIXO AO CÂNCER
molecular. O vertiginoso crescimento populacional hu-
b) Qual substância será mais solúvel em água
mano associado à industrialização e ao au-
com base nos dipolos criados? Justifique sua
resposta. mento do consumo resultou em um problema
de proporções gigantescas: o lixo. No Brasil,
entre 2003 e 2014, a geração de lixo cresceu
8. (UFU) O experimento abaixo foi descrito no
periódico Química Nova na Escola, n. 23, de 29% taxa maior que aquela apresentada pelo
maio 2006: próprio crescimento populacional no perío-
Materiais do, que foi de 6%. Nesse cenário, o grande
§§ Pedaços de papel não encerado (guarda- desafio, sem dúvida, é o descarte adequado
napo, folha de caderno etc.) dos resíduos. Dentre as opções existentes,
§§ Pedaços de papel encerado (as ceras utili- uma das mais controversas é a incineração
zadas são formadas por hidrocarbonetos) de resíduos de serviços de saúde, de lixo ur-
§§ Pedaços de saco plástico (formada por bano e de resíduos industriais.
polietileno)
Procedimento
1. Coloque os diferentes pedaços de papel e
de saco plástico lado a lado.
2. Pingue algumas gotas de água sobre cada
um deles e espere alguns minutos.
3. Observe a absorção da água nos mate-
riais.

Considere as estruturas abaixo:

Muitos especialistas condenam a prática


da incineração do lixo principalmente pelo
fato de que a combustão de certos resíduos
gera dioxinas. Pesquisas têm demonstrado
que essas substâncias são cancerígenas em
diversos pontos do organismo, em ambos
os sexos e em diversas espécies. Por serem
lipofílicas, as dioxinas se bioacumulam nas
cadeias alimentares. Desse modo, além de
se contaminarem diretamente ao inalarem
emissões atmosféricas, as pessoas também
Faça o que se pede: podem sofrer contaminação indireta por via
a) Indique qual(is) material(is) absorveu(ram) alimentar. Ao que tudo indica, a incinera-
água.
b) Explique, utilizando as estruturas molecula- ção do lixo, apesar de reduzir o problema do
res e as informações acima, o motivo da di- acúmulo de resíduos, acarreta problemas de
ferença de absorção da água nos três casos. saúde para a população.

9. (UFU) Solvente é um líquido capaz de dis-


solver um grande número de substâncias.
Muitas indústrias que empregam o benzeno
como solvente têm substituído pelo cicloexa-
no, um hidrocarboneto bem menos agressivo.
Considerando as características gerais do
solvente, explique por que os líquidos H2O e
C6H12 são imiscíveis entre si.

80
Entre as dioxinas, a que tem mostrado a maior toxicidade e, por isso mesmo, é a mais famosa, é a
2,3,7,8 tetraclorodibenzo-para-dioxina (TCDD). Essa substância, cuja estrutura está representada a
seguir, apresenta uma dose letal de 1,0 µg/kg de massa corpórea, quando ministrada por via oral,
em cobaias.

A respeito do TCDD, responda aos seguintes itens:


Dados: Massa molar (g ∙ mol-1):
H = 1,0: C = 12,0; O = 16,0; Cℓ = 35,5.
1µg = 10-6 g
a) Classifique a molécula de TCDD quanto à polaridade. Com base nessa classificação e nas interações
intermoleculares, explique o caráter lipofílico dessa substância.
b) Determine a fórmula molecular e a massa molar do TCDD. Calcule a quantidade de matéria de TCDD,
em mol, considerada letal para uma cobaia que apresenta 966 g de massa.

E.O. Enem
1. (Enem) A China comprometeu-se a indenizar a Rússia pelo derramamento de benzeno de uma
indústria petroquímica chinesa no rio Songhua, um afluente do rio Amur, que faz parte da fron-
teira entre os dois países. O presidente da Agência Federal de Recursos da água da Rússia garantiu
que o benzeno não chegará aos dutos de água potável, mas pediu à população que fervesse a água
corrente e evitasse a pesca no rio Amur e seus afluentes. As autoridades locais estão armazenando
centenas de toneladas de carvão, já que o mineral é considerado eficaz absorvente de benzeno.
Internet: <www.jbonline.terra.com.br>
(com adaptações)

Levando-se em conta as medidas adotadas para a minimização dos danos ao ambiente e à popula-
ção, é correto afirmar que
a) o carvão mineral, ao ser colocado na água, reage com o benzeno, eliminando-o.
b) o benzeno é mais volátil que a água e, por isso, é necessário que esta seja fervida.
c) a orientação para se evitar a pesca deve-se à necessidade de preservação dos peixes.
d) o benzeno não contaminaria os dutos de água potável, porque seria decantado naturalmente no fundo
do rio.
e) a poluição causada pelo derramamento de benzeno da indústria chinesa ficaria restrita ao rio Songhua.

2. (Enem) A pele humana, quando está bem hidratada, adquire boa elasticidade e aspecto macio e
suave. Em contrapartida, quando está ressecada, perde sua elasticidade e se apresenta opaca e
áspera. Para evitar o ressecamento da pele é necessário, sempre que possível, utilizar hidratantes
umectantes, feitos geralmente à base de glicerina e polietilenoglicol:

Disponível em: http://www.brasilescola.com.


Acesso em: 23 abr. 2010 (adaptado).

81
A retenção de água na superfície da pele promovida pelos hidratantes é consequência da interação
dos grupos hidroxila dos agentes umectantes com a umidade contida no ambiente por meio de:
a) ligações iônicas.
b) forças de London.
c) ligações covalentes.
d) forças dipolo-dipolo.
e) ligações de hidrogênio.

3. (Enem) Quando colocamos em água, os fosfolipídeos tendem a formar lipossomos, estruturas for-
madas por uma bicamada lipídica, conforme mostrado na figura. Quando rompida, essa estrutura
tende a se reorganizar em um novo lipossomo.

Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídeos apresentarem uma natureza:


a) polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água.
b) apolar, ou seja, não serem solúveis em solução aquosa.
c) anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos e bases.
d) insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações em sua estrutura.
e) anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e outra hidrofóbica.

4. (Enem) O armazenamento de certas vitaminas no organismo apresenta grande dependência de sua


solubilidade. Por exemplo, vitaminas hidrossolúveis devem ser incluídas na dieta diária, enquanto
vitaminas lipossolúveis são armazenadas em quantidades suficientes para evitar doenças causadas
pela sua carência. A seguir, são apresentadas as estruturas químicas de cinco vitaminas necessá-
rias ao organismo.

82
Dentre as vitaminas apresentadas na figura, aquela que necessita de maior suplementação diária é:
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.

5. (Enem) As fraldas descartáveis que contêm o polímero poliacrilato de sódio (1) são mais eficientes
na retenção de água que as fraldas de pano convencionais, constituídas de fibras de celulose (2).

CURI, D. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 23, maio 2006 (adaptado).

A maior eficiência dessas fraldas descartáveis, em relação às de pano, deve-se às:


a) interações dipolo-dipolo mais fortes entre o poliacrilato e a água, em relação às ligações de hidrogênio
entre a celulose e as moléculas de água.
b) interações íon-íon mais fortes entre o poliacrilato e as moléculas de água, em relação às ligações de
hidrogênio entre a celulose e as moléculas de água.
c) ligações de hidrogênio mais fortes entre o poliacrilato e a água, em relação às interações íon-dipolo
entre a celulose e as moléculas de água.
d) ligações de hidrogênio mais fortes entre o poliacrilato e as moléculas de água, em relação às interações
dipolo induzido-dipolo induzido entre a celulose e as moléculas de água.
e) interações íon-dipolo mais fortes entre o poliacrilato e as moléculas de água, em relação às ligações
de hidrogênio entre a celulose e as moléculas de água.

6. (Enem) O principal processo industrial utilizado na produção de fenol é a oxidação do cumeno


(isopropilbenzeno). A equação mostra que esse processo envolve a formação do hidroperóxido de
cumila, que em seguida é decomposto em fenol e acetona, ambos usados na indústria química
como precursores de moléculas mais complexas. Após o processo de síntese, esses dois insumos
devem ser separados para comercialização individual.

Considerando as características físico-químicas dos dois insumos formados, o método utilizado


para a separação da mistura, em escala industrial, é a:
a) filtração.
b) ventilação.
c) decantação.
d) evaporação.
e) destilação fracionada.

7. (Enem 2017) A cromatografia em papel é um método de separação que se baseia na migração dife-
rencial dos componentes de uma mistura entre duas fases imiscíveis. Os componentes da amostra
são separados entre a fase estacionária e a fase móvel em movimento no papel. A fase estacionária
consiste de celulose praticamente pura, que pode absorver até 22% de água. É a água absorvida
que funciona como fase estacionária líquida e que interage com a fase móvel, também líquida
(partição líquido-líquido). Os componentes capazes de formar interações intermoleculares mais
fortes com a fase estacionária migram mais lentamente.

83
Uma mistura de hexano com 5%(v/v) de acetona foi utilizada como fase móvel na separação dos
componentes de um extrato vegetal obtido a partir de pimentões. Considere que esse extrato con-
tém as substâncias representadas.
RIBEIRO, N. M.; NUNES, C. R. Análise de pigmentos de pimentões por cromatografia
em papel. Química Nova na Escola, n. 29, ago. 2008 (adaptado).

A substância presente na mistura que migra mais lentamente é o(a)


a) licopeno.
b) a - caroteno.
c) γ - caroteno.
d) capsorubina.
e) a - criptoxantina.

8. (Enem 2017) Partículas microscópicas existentes na atmosfera funcionam como núcleos de con-
densação de vapor de água que, sob condições adequadas de temperatura e pressão, propiciam
a formação das nuvens e consequentemente das chuvas. No ar atmosférico, tais partículas são
formadas pela reação de ácidos (NX) com a base NH3, de forma natural ou antropogênica, dando
origem a sais de amônio (NH4X), de acordo com a equação química genérica:

HX(g) + NH3(g) → NH4X(S)


FELIX. E. P.; CARDOSO, A. A. Fatores ambientais que afetam a precipitação úmida.
Química Nova na Escola, n. 21, maio 2005 (adaptado).

A fixação de moléculas de vapor de água pelos núcleos de condensação ocorre por


a) ligações iônicas.
b) interações dipolo-dipolo.
c) interações dipolo-dipolo induzido.
d) interações íon-dipolo.
e) ligações covalentes.

9. (Enem 2017) Na Idade Média, para elaborar preparados a partir de plantas produtoras de óleos
essenciais, as coletas das espécies eram realizadas ao raiar do dia. Naquela época, essa prática era
fundamentada misticamente pelo efeito mágico dos raios lunares, que seria anulado pela emissão
dos raios solares. Com a evolução da ciência, foi comprovado que a coleta de algumas espécies ao
raiar do dia garante a obtenção de material com maiores quantidades de óleos essenciais.
A explicação científica que justifica essa prática se baseia na
a) volatilização das substâncias de interesse.
b) polimerização dos óleos catalisada pela radiação solar.
c) solubilização das substâncias de interesse pelo orvalho.
d) oxidação do óleo pelo oxigênio produzido na fotossíntese.
e) liberação das moléculas de óleo durante o processo de fotossíntese.

84
E.O. UERJ - Exame de Qualificação
1. (UERJ) Diversos mecanismos importantes para a manutenção da vida na Terra estão relacionados
com interações químicas.
A interação química envolvida tanto no pareamento correto de bases nitrogenadas no DNA quanto
no controle de variações extremas de temperatura na água é uma ligação do seguinte tipo:
a) iônica.
b) covalente.
c) de hidrogênio.
d) de Van der Waals.

2. (UERJ) Compostos de enxofre são usados em diversos processos biológicos. Existem algumas bac-
térias que utilizam, na fase da captação de luz, o H2S em vez de água, produzindo enxofre no lugar
de oxigênio, conforme a equação química:

6 CO2 + 12 H2S → C6H12O6 + 6 H2O + 12 S

O H2S é um gás que se dissolve em água.


Essa solubilidade decorre da formação de interações moleculares do tipo:
a) iônica.
b) covalente.
c) dipolo-dipolo.
d) ligação de hidrogênio.

3. (UERJ) A vitamina C, cuja estrutura é mostrada a seguir, apresenta vários grupos hidrófilos, o que
facilita sua dissolução na água. Por esta razão, ao ser ingerida em excesso, é eliminada pelos rins.

Considerando suas atrações interatômicas e intermoleculares, esse caráter hidrossolúvel é justifi-


cado pelo fato de a vitamina C apresentar uma estrutura composta de:
a) heteroátomos.
b) íons aglomerados.
c) dipolos permanentes.
d) carbonos assimétricos.

4. (UERJ) O betacaroteno, cuja fórmula estrutural está representada a seguir, é um pigmento presen-
te em alguns vegetais, como cenoura e tomate.

Dentre os solventes a seguir, aquele que melhor solubiliza o betacaroteno é:


a) água.
b) etanol (C2H6O).
c) hexano (C6H14).
d) propanona (C3H6O).

85
5. (UERJ) No esquema a seguir estão representadas, na forma de linhas pontilhadas, determinadas
interações intermoleculares entre as bases nitrogenadas presentes na molécula de DNA – timina,
adenina, citosina e guanina.

As interações representadas entre a timina e a adenina, e entre a citosina e a guanina, são do tipo:
a) iônica.
b) metálica.
c) dipolo-dipolo.
d) ligação de hidrogênio.

6. (UERJ) O experimento a seguir mostra o desvio ocorrido em um filete de água quando esta é esco-
ada através de um tubo capilar.

Considerando suas ligações interatômicas e suas forças intermoleculares, a propriedade da água


que justifica a ocorrência do fenômeno consiste em:
a) ser um composto iônico.
b) possuir moléculas polares.
c) ter ligações covalentes apolares.
d) apresentar interações de Van der Waals.

7. (UERJ) Água e etanol são dois líquidos miscíveis em quaisquer proporções devido a ligações inter-
moleculares, denominadas:
a) iônicas.
b) pontes de hidrogênio.
c) covalentes coordenadas.
d) dipolo induzido-dipolo induzido.

86
E.O. UERJ À temperatura e pressão ambientes, os cons-
tituintes químicos das notas de saída:

Exame Discursivo a) são líquidos oleosos que aderem à pele por


meio de ligações de hidrogênio.
b) evaporam mais rapidamente que os consti-
1. (UERJ) O enxofre é um elemento químico tuintes químicos das notas de coração e de
que pode formar dois óxidos moleculares: fundo.
SO2 e SO3. c) apresentam densidade mais elevada que os
Nomeie a geometria dessas moléculas. Expli- constituintes químicos das notas de coração
que, ainda, por que apenas o SO2 é solúvel e de fundo.
em água. d) são gases cujas moléculas possuem elevada
polaridade.
e) são pouco solúveis no ar atmosférico.
E.O. Objetivas 3. (Unicamp) Uma prática de limpeza comum
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) na cozinha consiste na remoção da gordura
de panelas e utensílios como garfos, facas,
1. (Unesp) Pode-se verificar que uma massa de etc. Na ação desengordurante, geralmente se
água ocupa maior volume no estado sólido usa um detergente ou um sabão. Esse tipo
(gelo) do que no estado líquido. Isto pode de limpeza resulta da ação química desses
ser explicado pela natureza dipolar das liga- produtos, dado que suas moléculas possuem:
ções entre os átomos de hidrogênio e oxigê- a) uma parte com carga, que se liga à gordura,
nio, pela geometria da molécula de água e cujas moléculas são polares; e uma parte apo-
pela rigidez dos cristais. As interações entre lar, que se liga à água, cuja molécula é apolar.
as moléculas de água são denominadas: b) uma parte apolar, que se liga à gordura, cujas
a) forças de Van der Waals. moléculas são apolares; e uma parte com car-
b) forças de dipolo induzido. ga, que se liga à água, cuja molécula é polar.
c) forças de dipolo permanente. c) uma parte apolar, que se liga à gordura, cujas
d) pontes de hidrogênio. moléculas são polares; e uma parte com car-
e) ligações covalentes. ga, que se liga à água, cuja molécula é apolar.
d) uma parte com carga, que se liga à gordura,
cujas moléculas são apolares; e uma parte apo-
2. (Unesp) Alguns cheiros nos provocam fas-
lar, que se liga à água, cuja molécula é polar.
cínio e atração. Outros trazem recordações
agradáveis, até mesmo de momentos da in-
fância. Aromas podem causar sensação de 4. (Unifesp) A geometria molecular e a polari-
bem-estar ou dar a impressão de que alguém dade das moléculas são conceitos importan-
está mais atraente. Os perfumes têm sua tes para predizer o tipo de força de interação
composição aromática distribuída em um entre elas. Dentre os compostos moleculares
modelo conhecido como pirâmide olfativa, nitrogênio, dióxido de enxofre, amônia, sul-
dividida horizontalmente em três partes e feto de hidrogênio e água, aqueles que apre-
caracterizada pelo termo nota. As notas de sentam o menor e o maior ponto de ebulição
saída, constituídas por substâncias bem vo- são, respectivamente:
láteis, dão a primeira impressão do perfume. a) SO2 e H2S.
b) N2 e H2O.
As de coração demoram um pouco mais para c) NH3 e H2O.
serem sentidas. São as notas de fundo que d) N2 e H2S.
permanecem mais tempo na pele. e) SO2 e NH3.
(Cláudia M. Rezende. Ciência Hoje,
julho de 2011. Adaptado.)
5. (Fuvest) Considere os seguintes compostos
isoméricos:

Certas propriedades de cada uma dessas


substâncias dependem das interações en-
tre as moléculas que a compõem (como, por
exemplo, as ligações de hidrogênio). Assim,
pode-se concluir que:

87
a) a uma mesma pressão, o éter dietílico sólido funde a uma temperatura mais alta do que o butanol sólido.
b) a uma mesma temperatura, a viscosidade do éter dietílico líquido é maior do que a do butanol líquido.
c) a uma mesma pressão, o butanol líquido entra em ebulição a uma temperatura mais alta do que o éter
dietílico líquido.
d) a uma mesma pressão, massas iguais de butanol e éter dietílico liberam, na combustão, a mesma quan-
tidade de calor.
e) nas mesmas condições, o processo de evaporação do butanol líquido é mais rápido do que o do éter die-
tílico líquido.

6. (Unifesp) Assinale a alternativa que apresenta o gráfico dos pontos de ebulição dos compostos
formados entre o hidrogênio e os elementos do grupo 17, do 2º ao 5º período.

7. (Unicamp 2017) Uma alternativa encontrada nos grandes centros urbanos para se evitar que pes-
soas desorientadas urinem nos muros de casas e estabelecimentos comerciais é revestir esses
muros com um tipo de tinta que repele a urina e, assim, “devolve a urina” aos seus verdadeiros
donos. A figura a seguir apresenta duas representações para esse tipo de revestimento.

Como a urina é constituída majoritariamente por água, e levando-se em conta as forças intermo-
leculares, pode-se afirmar corretamente que:
a) os revestimentos representados em 1 e 2 apresentam a mesma eficiência em devolver a urina, porque
ambos apresentam o mesmo número de átomos na cadeia carbônica hidrofóbica.
b) o revestimento representado em 1 é mais eficiente para devolver a urina, porque a cadeia carbônica é
hidrofóbica e repele a urina.
c) o revestimento representado em 2 é mais eficiente para devolver a urina, porque a cadeia carbônica
apresenta um grupo de mesma polaridade que a água, e, assim, é hidrofóbica e repele a urina.
d) o revestimento representado em 2 é mais eficiente para devolver a urina, porque a cadeia carbônica
apresenta um grupo de mesma polaridade que a água, e, assim, é hidrofílica e repele a urina.

8. (Fuvest 2017) Para aumentar o grau de conforto do motorista e contribuir para a segurança em
dias chuvosos, alguns materiais podem ser aplicados no para-brisa do veículo, formando uma pelí-
cula que repele a água. Nesse tratamento, ocorre uma transformação na superfície do vidro, a qual
pode ser representada pela seguinte equação química não balanceada:

88
Das alternativas apresentadas, a que representa o melhor material a ser aplicado ao vidro, de for-
ma a evitar o acúmulo de água, é:
Note e adote:
§§ R = grupo de átomos ligado ao átomo de silício.
a) CℓSi(CH3)2OH.
b) CℓSi(CH3)2O(CHOH)CH2NH2.
c) CℓSi(CH3)2O(CHOH)5CH3.
d) CℓSi(CH3)2OCH2(CH2)2CO2H.
e) CℓSi(CH3)2OCH2(CH2)10CH3.

9. (Fuvest) A estrutura do DNA é formada por duas cadeias contendo açúcares e fosfatos, as quais
se ligam por meio das chamadas bases nitrogenadas, formando a dupla-hélice. As bases timina,
adenina, citosina e guanina, que formam o DNA, interagem por ligações de hidrogênio, duas a
duas em uma ordem determinada. Assim, a timina, de uma das cadeias, interage com a adenina,
presente na outra cadeia, e a citosina, de uma cadeia, interage com a guanina da outra cadeia.
Considere as seguintes bases nitrogenadas:

As interações por ligação de hidrogênio entre adenina e timina e entre guanina e citosina, que
existem no DNA, estão representadas corretamente em:
adenina - timina guanina - citosina

a)

b)

89
adenina - timina guanina - citosina

c)

d)

e)

1
0. (Unesp) Os protetores solares são formulações que contêm dois componentes básicos: os ingre-
dientes ativos (filtros solares) e os veículos. Dentre os veículos, os cremes e as loções emulsionadas
são os mais utilizados, por associarem alta proteção à facilidade de espalhamento sobre a pele.
Uma emulsão pode ser obtida a partir da mistura entre óleo e água, por meio da ação de um agente
emulsionante. O laurato de sacarose por exemplo, é um agente emulsionante utilizado no preparo
de emulsões.

Maurício Boscolo. "Sucroquímica". Quím. Nova, 2003. Adaptado.

A ação emulsionante do laurato de sacarose deve-se à presença de:


a) grupos hidroxila que fazem ligações de hidrogênio com as moléculas de água.
b) uma longa cadeia carbônica que o torna solúvel em óleo.
c) uma longa cadeia carbônica que o torna solúvel em água.
d) grupos hidrofílicos e lipofílicos que o tornam solúvel nas fases aquosa e oleosa.
e) grupos hidrofóbicos e lipofóbicos que o tornam solúvel nas fases aquosa e oleosa.

1
1. (Unesp) No ano de 2014, o Estado de São Paulo vive uma das maiores crises hídricas de sua história.
A fim de elevar o nível de água de seus reservatórios, a Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo (Sabesp) contratou a empresa ModClima para promover a indução de chuvas artificiais.
A técnica de indução adotada, chamada de bombardeamento de nuvens ou semeadura ou, ainda,
nucleação artificial, consiste no lançamento em nuvens de substâncias aglutinadoras que ajudam a
formar gotas de água.
(http://exame.abril.com.br. Adaptado.)

90
Para a produção de chuva artificial, um avião
adaptado pulveriza gotículas de água no in- E.O. Dissertativas
terior das nuvens. As gotículas pulverizadas
servem de pontos de nucleação do vapor de
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
água contido nas nuvens, aumentando seu 1. (Unicamp) Na produção industrial de pane-
volume e massa, até formarem gotas maio- tones, junta-se a massa o aditivo químico
res que, em condições meteorológicas favo- U.I. Este aditivo é a glicerina, que age como
ráveis, podem se precipitar sob a forma de umectante, ou seja, retém a umidade para
chuva. Segundo dados da empresa ModCli- que a massa não resseque demais. A fórmula
ma, dependendo das condições meteorológi- estrutural da glicerina (propanotriol) é:
cas, com 1 L de água lançada em determi-
nada nuvem é possível produzir o volume
equivalente a 50 caminhões-pipa de água
precipitada na forma de chuva. Sabendo que
a) Represente as ligações entre as moléculas de
um caminhão-pipa tem capacidade de 10 m3
água e a de glicerina.
a quantidade de chuva formada a partir de b) Por que, ao se esquentar uma fatia de paneto-
300 L de água lançada e a força intermolecu- ne ressecado, ela amolece, ficando mais macia?
lar envolvida na formação das gotas de chu-
va são, respectivamente: 2. (Unesp) Têm-se os seguintes pares de subs-
a) 150 mil litros e ligação de hidrogênio. tâncias:
b) 150 litros e ligação de hidrogênio. I. octano e tetracloreto de carbono,
c) 150 milhões de litros e dipolo induzido. II. água e benzeno,
d) 150 milhões de litros e ligação de hidrogênio. III. cloreto de hidrogênio gasoso e água.
e) 150 mil litros e dipolo induzido. a) Quais desses três pares formam misturas ho-
mogêneas?
12. (Unifesp) A melamina, estrutura química re- b) Explique, em termos de interações entre mo-
presentada na figura, é utilizada na produção léculas, por que os pares indicados formam
de um plástico duro e leve, para fabricação de misturas homogêneas.
utensílios domésticos como pratos, tigelas e
bandejas, geralmente importados da China. 3. (Fuvest) O gráfico abaixo apresenta a solu-
bilidade em água, a 25 °C, de álcoois primá-
rios de cadeia linear, contendo apenas um
grupo –OH no extremo da cadeia não ramifi-
cada. Metanol, etanol e 1-propanol são solú-
veis em água em quaisquer proporções.

A reação de decomposição da ureia, (NH2)2CO,


em melanina, NH3 e CO2 é o método de sínte-
se industrial desse material. Essa substância
ficou conhecida nos noticiários internacio-
nais, após o adoecimento e a morte de crian-
ças chinesas que tomaram leite contaminado
a) Analise o gráfico e explique a tendência ob-
com melamina. servada.
Considere as seguintes afirmações sobre a Um químico recebeu 50 mL de uma so-
melamina: lução de 1-dodecanol (C12H25OH) em eta-
I. Apresenta fórmula mínima CH2N2. nol. A essa solução, adicionou 450 mL de
II. Apresenta ligações de hidrogênio como água, agitou a mistura e a deixou em re-
forças intermoleculares. pouso por alguns minutos.
III. A somatória dos índices estequiométri- Esse experimento foi realizado a 15 °C.
cos da equação balanceada da reação de b) Descreva o que o químico observou ao final
síntese da melamina, a partir da ureia, é da sequência de operações do experimento.
igual a 15. Dados:
As afirmações CORRETAS são: §§ 1-dodecanol é insolúvel em soluções
a) I, II e III. diluídas de etanol em água (≤ 10% em
b) I e II, apenas. volume).
c) I e III, apenas. §§ ponto de fusão do 1-dodecanol = 24 °C.
d) II e III, apenas. §§ a densidade do 1-dodecanol é menor
e) II, apenas. do que a de soluções diluídas de eta-
nol em água.
91
4. (Unicamp) Na tirinha abaixo, o autor explo- 6. (Fuvest) A Agência Nacional do Petróleo
ra a questão do uso apropriado da linguagem (ANP) estabelece que o álcool combustível,
na Ciência. Muitas vezes, palavras de uso co- utilizado no Brasil, deve conter entre 5,3%
mum são utilizadas na Ciência, e isso pode e 7,4% de água, em massa. Porcentagens
ter várias consequências. maiores de água significam que o combustí-
vel foi adulterado. Um método que está sen-
do desenvolvido para analisar o teor de água
no álcool combustível consiste em saturá-lo
com cloreto de sódio, NaCℓ, e medir a condu-
tividade elétrica da solução resultante. Como
o NaCℓ é muito solúvel em água e pouco so-
lúvel em etanol, a quantidade de sal adicio-
nada para saturação aumenta com o teor de
água no combustível. Observa-se que a con-
dutividade elétrica varia linearmente com o
teor de água no combustível, em um inter-
valo de porcentagem de água que abrange os
limites estabelecidos pela ANP.
a) Explique por que o etanol (CH3CH2OH) forma
mistura homogênea com água em todas as
proporções.
a) De acordo com o urso cinza, o urso branco b) Faça um desenho, representando os íons Na+
usa o termo “dissolvendo” de forma cienti- e Cℓ– em solução aquosa e mostrando a inte-
ficamente inadequada. Imagine que o urso ração desses íons com as moléculas de água.
cinza tivesse respondido: “Eu é que deveria
estar aflito, pois o gelo é que está dissolven- 7. (Unesp) O combustível vendido como "gasoli-
do!” Nesse caso, estaria o urso cinza usando na" no Brasil é, na verdade, uma mistura de
o termo “dissolvendo” de forma cientifica- gasolina (hidrocarbonetos) com uma quan-
mente correta? Justifique.
tidade de álcool. Duas fraudes comuns neste
b) Considerando a última fala do urso branco,
interprete o duplo significado da palavra tipo de combustível são: a adição de excesso de
“polar” e suas implicações para o efeito cô- álcool etílico e a adição de solventes orgânicos
mico da tirinha. (hidrocarbonetos), os quais podem causar da-
nos ao veículo e prejuízos ao meio ambiente.
5. (Unicamp) Xampus e condicionadores utili- a) A uma proveta contendo 800 mL de gasoli-
zam as propriedades químicas de surfatan- na foi adicionada água para completar 1 L.
Posteriormente, adicionou-se iodo (I2 – colo-
tes para aumentar a molhabilidade do cabe-
ração roxa) e observou-se que a fase colorida
lo. Um xampu típico utiliza um surfatante
ocupava 700 mL e a incolor, 300 mL. Forneça
aniônico, como o lauril éter sulfato de sódio o nome do composto adicionado à gasolina
(A), que ajuda a remover a sujeira e os mate- que é detectado por este método e calcule
riais oleosos dos cabelos. Um condicionador, sua porcentagem (volume/volume) no com-
por sua vez, utiliza um surfatante catiôni- bustível analisado.
co, como o cloreto de lauril trimetil amônio b) Explique por que o outro tipo de composto
(B), que é depositado no cabelo e ajuda a químico que é usado na adulteração da ga-
diminuir a repulsão entre os fios limpos dos solina não é detectado por este método.
cabelos, facilitando o pentear.
8. (Fuvest) Uma das propriedades que determi-
na maior ou menor concentração de uma vita-
mina na urina é a sua solubilidade em água.
a) Qual dessas vitaminas é mais facilmente eli-
minada na urina? Justifique.
b) Dê uma justificativa para o ponto de fusão
da vitamina C ser superior ao da vitamina A.
a) Considerando a estrutura do xampu típico
apresentado, explique como ele funciona,
do ponto de vista das interações intermole-
culares, na remoção dos materiais oleosos.
b) Considerando-se as informações dadas e
levando-se em conta a estrutura química
desses dois surfatantes, a simples mistura
dessas duas substâncias levaria a um “pro-
duto final ineficiente, que não limparia nem
condicionaria”. Justifique essa afirmação.

92
9. (Fuvest) Através dos dados do gráfico pode-se 11. (Unicamp 2018) Uma das formas de se pre-
afirmar que, sob uma mesma pressão, o ponto venir a transmissão do vírus H1N1, causador
de ebulição do 1-butanol é maior do que o do da gripe suína, é usar álcool 70% para hi-
éter dietílico. Explique esse comportamento gienizar as mãos. É comum observar pessoas
com base na estrutura desses compostos. portando álcool gel na bolsa ou encontrá-lo
Dados: em ambientes públicos, como restaurantes,
consultórios médicos e hospitais. O álcool
fórmula estrutural do éter: 70% também possui ação germicida con-
CH3– CH2 – O – CH2 – CH3 tra diversas bactérias patogênicas. A tabela
abaixo mostra a ação germicida de misturas
fórmula estrutural do 1-butanol:
álcool/água em diferentes proporções contra
CH3– CH2 – CH2 – CH2 – OH
o Streptococcus pyogenes, em função do tem-
po de contato.

10. (Unesp) Quando um cometa se aproxima do


sol e se aquece há liberação de água, de ou-
tras moléculas, de radicais e de íons. Uma
das reações propostas para explicar o apa-
recimento de H3O+ em grandes quantidades,
durante esse fenômeno é:

luz
(H2O)2 → H3O+ + e– + OH•
a) Recomenda-se descartar uma garrafa com
dímero íon elétron radical álcool 70% deixada aberta por um longo pe-
(Números atômicos: H = 1; O = 8) ríodo, mesmo que ela esteja dentro do prazo
de validade. Justifique essa recomendação
a) Representar a estrutura de Lewis (fórmula ele- levando em conta os dados da tabela ao lado
trônica) para o íon e indicar a sua geometria. e considerando o que pode acontecer à solu-
b) Quais são as forças (interações) que atuam ção, do ponto de vista químico.
na molécula do dímero que justificam sua b) Além da higienização com álcool 70% tam-
existência? bém estamos acostumados a utilizar água e
sabão. Ambos os procedimentos apresentam
vantagens e desvantagens. As desvantagens
seriam a desidratação ou a remoção de gor-
duras protetoras da pele. Correlacione cada
procedimento de higienização com as des-
vantagens citadas. Explique a sua resposta
explicitando as possíveis interações quími-
cas envolvidas em cada caso.

93
Gabarito 5. A energia necessária para quebrar as liga-
ções de hidrogênio na água no estado lí-
quido é maior do que no estado sólido. Du-
E.O. Aprendizagem rante a fusão enfraquecemos as ligações de
hidrogênio, mas durante a ebulição elas são
1. D 2. C 3. C 4. D 5. C rompidas. Assim, gasta-se mais energia na
ebulição do que na fusão.
6. A 7. C 8. A 9. A 10. D
6.
a) III, pois faz pontes de hidrogênio.
E.O. Fixação b) I, pois é um hidrocarboneto apolar.
c) III, observe a figura a seguir:
1. B 2. D 3. A 4. D 5. A
6. A 7. D 8. C 9. C 10. B

7.
E.O. Complementar a) Amônia: geometria piramidal. Como o ve-
1. D 2. D 3. D 4. E 5. E tor resultante (momento dipolo elétrico)
é diferente de zero. A molécula é polar.
Água: geometria angular. Como o vetor
E.O. Dissertativo resultante (momento dipolo elétrico) é
1. O composto A (butilamina) tem dois hidro- diferente de zero. A molécula é polar.
gênios ligados ao átomo de nitrogênio, por Metano: geometria tetraédrica. Como o
isso faz mais ligações de hidrogênio (pontes vetor resultante (momento dipolo elétri-
de hidrogênio). co) é igual a zero. A molécula é apolar.
2. b) A substância mais solúvel em água será
a) As forças intramoleculares presentes são a amônia, que é polar (o vetor resultante
do tipo interações de London ou forças de momento dipolo elétrico é diferente de
Van der Waals ou dipolo induzido-dipolo zero) e semelhante à água.
induzido. 8.
b) F2, Cℓ2, Br2. a) O papel não encerado absorveu água.
3. O etanol tem um grupamento OH que per- b) O papel não encerado absorveu água devi-
mite a formação de ligações de hidrogênio do às hidroxilas presentes na celulose, que
entre as moléculas, o que explica o ponto de fazem ligações de hidrogênio com a água.
ebulição mais elevado. O papel encerado com hidrocarbonetos
4. não absorveu a água, pois os hidrocarbo-
a) O cloreto de sódio apresenta estrutura iô- netos são apolares e as moléculas de água
nica cristalina, e seus íons então exercem são polares.
entre si atração eletrostática (cátions e Os pedaços de plástico não absorveram a
ânions). Dessa forma, a ligação iônica é ex- água, pois o polietileno é apolar e a água
tremamente forte e isso explica o altíssimo é polar.
ponto de fusão. 9. Água e benzeno são imiscíveis entre si, por-
A glicose é um composto molecular polar e que apresentam polaridades diferentes, ou
suas moléculas, além de apresentarem alta
seja, a água é polar e o benzeno é apolar.
massa molecular (180u), realizam ligações
10.
de hidrogênio intermoleculares, o que con-
a) A partir da análise dos vetores momento
tribui para o alto ponto de fusão registrado.
dipolo elétrico, vem:
Já a naftalina é um composto molecular,
assim como a glicose, porém de baixa po-
laridade. As forças de interação intermole-
culares são menos intensas em relação às
da glicose. São forças de dipolo temporário.
b) Cloreto de sódio – substância iônica de alta
solubilidade em água que, ao ser dissolvi-
da, sofre dissociação, na qual as moléculas
de água (que são dipolos permanentes)
solvatam os íons (Na+ e Cℓ-).
Glicose – solúvel em água devido à sua alta b) A partir da análise da fórmula estrutural
polaridade e capacidade de realização de li- plana:
gações de hidrogênio intermoleculares.
Naftalina – insolúvel devido à sua baixa
polaridade, o que dificulta sua interação
com solventes altamente polares, como a
água, por exemplo. nletal = 3,0 x 10-9 mol

94
E.O. Enem 2.
a) Os pares I e III são misturas homogêneas.
1. B 2. E 3. E 4. C 5. E b) Ocorre dissolução quando as forças intermo-
leculares forem do mesmo tipo e apresenta-
6. E 7. D 8. D 9. A
rem intensidades não muito diferentes.
O octano e tetracloreto de carbono (molé-
E.O. UERJ culas apolares) têm o mesmo tipo de for-
ça intermolecular (força de Van der Waals
Exame de Qualificação do tipo dipolo induzido-dipolo induzido
ou força de London) e formam uma mis-
1. C 2. C 3. C 4. C 5. D tura homogênea.
6. B 7. B Entre as moléculas polares da água e do
HCℓ teremos uma interação de Van der
Waals do tipo dipolo permanente-dipolo
E.O. UERJ permanente (devido a uma diferença de
eletronegatividade), formando um siste-
Exame Discursivo ma homogêneo.
1. 3.
a) De acordo com o gráfico, quanto menor o
número de átomos de carbono na cadeia
da molécula do álcool primário de cadeia
linear (região hidrofóbica), maior a solu-
bilidade do mesmo em 100 g de água.

O SO2, por ser um composto polar e pela re-


gra “semelhante dissolve semelhante”, irá
se solubilizar em água. Já para o trióxido de
enxofre (SO3) a resultante das forças é zero,
portanto, molécula apolar, não será solúvel
em água.

E.O. Objetivas b) O ponto de fusão do 1-dodecanol é de


24 °C e ele é praticamente insolúvel em
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) água (de acordo com o gráfico), esse ex-
1. D 2. B 3. B 4. B 5. C perimento foi realizado a 15 °C, então,
o químico observou uma mistura bifásica
6. A 7. B 8. E 9. C 10. D na qual o álcool estava no estado sólido e
flutuando na água (a densidade do 1-do-
11. D 12. B
decanol é menor do que a de soluções di-
luídas de etanol em água).
E.O. Dissertativas 4.
a) O termo foi usado de maneira cientifica-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) mente incorreta. O urso cinza se referiu à
1. fusão do gelo (mudança do estado sólido
a) para o líquido). No caso de uma disso-
lução ocorreria a separação das partícu-
las formadoras de um soluto a partir do
acréscimo de um solvente.
b) O urso cinza não é oriundo da região po-
lar do planeta. No caso de compostos po-
lares teríamos uma dissolução em água
já que esta é polar e semelhante tende a
dissolver semelhante.
5.
a) O xampu típico possui uma cauda apolar:
b) Aquecendo-se o panetone ressecado,
rompem-se as ligações de hidrogênio
entre as moléculas de água e glicerina,
umedecendo a massa novamente.

95
A cauda apolar faz interações do tipo Van 8.
der Waals com a cadeia apolar da gordura. a) A vitamina C, maior quantidade de gru-
O xampu típico possui uma cabeça polar: pos (–OH).
b) Maior quantidade de pontes de hidrogênio
9.
Devido às pontes de hidrogênio existentes
entre as moléculas do 1-butanol que são in-
terações mais fortes do que as encontradas
no éter.

A cabeça polar faz ligações do tipo íons-


-dipolo com a água e atrai o surfatante
mais a gordura limpando os cabelos.
b) A combinação dos dois surfatantes seria
ineficiente, pois haveria interações acen-
tuadas entre as cabeças polares destes.
6.
a) O etanol é um álcool que apresenta solu-
bilidade infinita em água. É uma molécula
predominantemente polar que faz ligações 10.
de hidrogênio (pontes de hidrogênio) com a) Observe a figura a seguir:
a água, por isso forma uma mistura homo-
gênea em todas as proporções.
b) As interações dipolo-íon podem ser re-
presentadas pela figura 1.

b) Entre as moléculas há pontes de hidrogênio.


11.
a) A garrafa deve permanecer fechada o
maior tempo possível para não ocorrer a
evaporação.
b) Procedimento de higienização utilizando
álcool 70%: ocorrerá desidratação da pele
devido às interações do tipo ligações de
hidrogênio entre o etanol e a água do te-
cido humano.
Procedimento de higienização utilizando
água e sabão: ocorrerá a dissolução de
parte da camada de gordura da pele, pois
o sabão é anfifílico (possui uma região
polar e outra apolar), e consequentemen-
te, a região apolar poderá atrair a gordu-
ra da pele removendo-a.
7.
a) O composto adicionado em excesso à ga-
solina é o álcool etílico, pois a fase colori-
da é formada por compostos apolares que
se misturam (gasolina + iodo) e a fase
incolor é formada por compostos polares
(água + álcool etílico).
Volume do combustível = 800 mL
Volume do álcool etílico = 800 mL – 700
mL = 100 mL
800 mL ----- 100%
100 mL ----- p
p = 12,5 % de álcool etílico.
b) O outro tipo de composto é formado por
moléculas apolares (hidrocarbonetos)
que não se misturam com a água que é
polar. Neste caso não poderíamos utilizar
a água nesta diferenciação.

96
Aulas 17 e 18

Ácidos
Competências 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades 10, 14, 18, 20, 21, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Do ponto de vista prático, os ácidos apresentam as seguintes características:
§§ Os ácidos têm sabor azedo. O limão, o vinagre, a uva contêm ácidos; é por isso que eles são azedos. Mas
cuidado: praticamente todos os ácidos são tóxicos e corrosivos. Portanto, nunca ingira ou respire-os.
§§ Quando em solução aquosa, os ácidos conduzem eletricidade. Isso ocorre porque os ácidos geram íons.
§§ Os ácidos alteram a cor de certas substâncias chamadas indicadores. Os indicadores têm a propriedade de
mudar a cor conforme o caráter ácido ou básico das soluções (exemplo de indicadores: papel tornassol,
fenolftaleína, entre outros).

Os ácidos são encontrados em muitos produtos do dia a dia.

Do ponto de vista teórico, o químico sueco Arrhenius definiu:

Ácidos são compostos que se ionizam em solução aquosa e originam como o único íon positivo o cátion hidro-
gênio [H+]

O H+ é o responsável pelas propriedades comuns a todos os ácidos, sendo este o radical funcional dos
ácidos.
Exemplos:

Atualmente, sabe-se que a teoria de Arrhenius não está correta por completo. O cátion H+ não fica em forma
livre na solução, e que esse cátion se une a uma molécula de água e forma o íon H3O+, conhecido como cátion
hidrônio ou hidroxônio:

99
Sendo assim, a outra forma de escrever os quatro exemplos anteriores são:

No entanto, por comodidade, a maioria dos livros e autores usa a primeira forma de representação.

Classificação dos ácidos


Critérios para a classificação dos ácidos.

1. Presença de oxigênio na molécula


Classificação Oxigênio Exemplos
hidrácidos não possuem HCø, HCN, H2S

oxiácidos ou oxoácidos possuem HNO3, H2SO4, H3BO3

2. Número de hidrogênios ionizáveis


Número de hidrogênios
Classificação Exemplos
ionizáveis
monoácidos ou monopróticos 1 HCø, HCN, HNO3

diácidos ou dipróticos 2 H2S, H2SO4, H2CO3

triácidos ou tripróticos 3 H3PO4, H3BO3

tetrácidos ou tetrapróticos 4 H4SiO4

Nas fórmulas estruturais dos ácidos oxigenados, os hidrogênios ionizáveis sempre se ligam ao áto-
mo de oxigênio, que, por sua vez, está ligado ao átomo central. Mas quando o átomo de hidrogênio se liga
diretamente ao átomo central, esse hidrogênio não é ionizável. Dois exemplos importantes são:
§§ Ácido fosforoso (H3PO3) – apesar de possuir três hidrogênios na sua fórmula, é um diácido. Observe na
estrutura abaixo que um dos hidrogênios está ligado diretamente ao átomo central, que não é ionizável.

§§ Ácido hipofosforoso (H3PO2) – apesar de possuir dois hidrogênios na sua fórmula, é um monoácido. Ob-
serve na estrutura abaixo que dois hidrogênios estão ligados diretamente ao átomo central, que não são
ionizáveis.

100
3. Volatilidade

Volatilidade é a capacidade de uma substância passar para o estado gasoso. Substâncias voláteis, em geral, apre-
sentam pontos de ebulição baixos.
Classificação Ponto de ebulição Exemplos
fixos alto São apenas 3 ácidos: H2SO4 , H3PO4 , H3BO3

voláteis baixo Os demais ácidos: HCø, H2S, HCN, HNO3...

Observação: a maioria dos hidrácidos é gasosa à temperatura ambiente.

4. Força

A força de um ácido é determinada pelo seu grau de ionização das suas moléculas.

α ≥ 50% 5% < α < 50% α ≤ 50%


forte moderado (ou semiforte) fraco

Classificação Hidrácidos Oxiácidos


fortes HCø, HBr, HI D = 2 ou 3

moderados HF D=1

fracos H2S, HCN D=0

Das quais:

D = número de oxigênios – número de hidrogênios ionizáveis

Exemplos:
HCøO4 ⇒ D = 4 – 1 = 3 ⇒ muito forte
H2SO4 ⇒ D = 4 – 2 = 2 ⇒ forte
HNO2 ⇒ D = 2 – 1 = 1 ⇒ moderado
HCøO ⇒ D = 1 – 1 = 0 ⇒ fraco
Uma importante exceção à regra é o ácido carbônico (H2CO3). Por se tratar de um ácido instável, decompõe-
-se facilmente e sofre pouca ionização. Em razão disso, é considerado um ácido fraco, apesar do valor D = 3 – 2 = 1.
< H2CO3 (aq) >   H2O (ℓ) + CO2 (g)

Formulação
A fórmula geral de um ácido é:
HxA
Da qual:
x é um número inteiro (1, 2, 3 ou 4)

Hidrácidos A = F, Cø, Br, I, S, CN etc.

Oxiácidos A = CøO, SO4, CO3, PO4 etc.

101
Hidrácidos
Mediante os conhecimentos de ligação covalente, é possível deduzir a fórmula de um hidrácido:
Hidrogênio ⇒ valência = 1 ligação covalente
Halogênios (família 7A ou grupo 17) ⇒ valência = 1 ligação covalente

HF HCø  HBr  HI  (todos ácidos muito conhecidos e importantes.)

Calcogênios (família 6A ou grupo 16) ⇒ valência = 2 ligações covalentes

H2S H2Se H2Te H2Po  (na prática, apenas o H2S é conhecido.)

No entanto, o HCN não é uma molécula cuja fórmula possa ser deduzida “intuitivamente”.

Oxiácidos
Num oxiácido, é muito comum que existam ligações coordenadas (dativas) que não costumam ser “intuitivamente”
deduzidas.
Observe: partindo das combinações de elementos (H, C, O), (H, N, O) e (H, S, O), você conseguiria deduzir
que as combinações ocorridas seriam estas?

H2CO3 HNO3 H2SO4

Lógico que não! Há que levar em conta este fato:

Num oxiácido, não há regras para determinar/deduzir o número de oxigênios. A fórmula de um oxiácido não pode
ser deduzida.

Por isso, é necessário memorizar as fórmulas do oxiácidos mais importantes.


Memorize:

HCøO3      HNO3      H2SO4      H2CO3      H3PO4
clórico      nítrico      sulfúrico      carbônico     fosfórico

Nomenclatura dos ácidos


Para um ácido genérico HXA, emprega-se:

ácido + (nome do elemento em A) + sufixo

102
O sufixo segue este padrão:

Classificação Sufixo Exemplos


HCℓ  ácido clorídrico
hidrácido -ídrico H2S  ácido sulfídrico
HCN  ácido cianídrico

H2SO4  ácido sulfúrico


-ico (o ácido com mais oxigênios)
HNO3  ácido nítrico
oxiácido
H2SO3  ácido sulfuroso
-oso (o ácido com menos oxigênios)
HNO2  ácido nitroso

Quando um mesmo elemento forma mais de 2 ácidos (isso quase sempre ocorre com os halogênios X = Cø,
Br e I), segue-se o padrão:

Prefixo Sufixo Fórmula Exemplo


per- -ico HXO4 HCøO4  ácido perclórico

——— -ico HXO3 HCøO3  ácido clórico

——— -oso HXO2 HCøO2  ácido cloroso

hipo- -oso HXO HCøO  ácido hipocloroso

Observação:
-per: acima de; e -hipo: abaixo de

Nomenclatura dos ânions


Como já foi visto, ácidos sofrem ionização em solução aquosa e liberam exclusivamente o cátion H+ (H3O+) e um
ânion qualquer.
H2O
HxA    x H+ + Ax–
Ácido Ânion

É de fundamental importância saber nomear os ânions gerados na ionização dos ácidos. Isso será muito útil
no estudo dos sais.
Na prática, o nome de um ânion é obtido a partir do nome do ácido correspondente, fazendo-se a troca dos
sufixos, de acordo com regra a seguir:

Classificação Sufixo do ácido Sufixo do ânion Exemplos

HCø    H+ + Cø–
ácido clorídrico ânion cloreto
hidrácido -ídrico -eto
H2S     2H+ + S2–
ácido sulfídrico ânion sulfeto

H2SO4     2H+ + SO42–


ácido sulfúrico ânion sulfato
-ico -ato
HNO3     H+ + NO3–
ácido nítrico ânion nitrato
oxiácido
H2SO3   2H+ + SO32–
ácido sulfuroso ânion sulfito
-oso -ito
HNO2   H+ + NO2–
ácido nitroso ânion nitrito

103
Observe que o caminho inverso também é possível: conhecido o ânion, determina-se facilmente o ácido do
qual ele é proveniente.
Exemplos:
F– + H+  ⇒ HF
ânion fluoreto   ácido fluorídrico

CO32– + 2H+  ⇒ H2CO3


ânion carbonato  ácido carbônico

Ácidos e suas aplicações


§§ Ácido sulfúrico (H2SO4) – quando puro, é um líquido denso (d = 1,84 g ⋅ cm-3), incolor, tóxico, corrosivo e
muito solúvel em água. Pode causar irritação e queimaduras, além de ser nocivo, caso haja inalação, contato
com a pele ou ingestão. Quando diluído, a solução assume caráter de ácido forte e não apresenta poder
desidratante. Por outro lado, quando é concentrado, seu poder desidratante é acentuado. O ácido sulfúrico é
produzido industrialmente a partir de enxofre, oxigênio e água via processo de contato (queima do enxofre).
Nas indústrias, o ácido sulfúrico é a substância química mais utilizada, tanto que o consumo dele cons-
titui um importante indicador do desenvolvimento industrial do país. Entre as suas aplicações,
cita-se seu uso nas baterias de automóveis, produção de fertilizantes, papel, corantes, fibras de raiom (seda
artificial), medicamentos, tintas, inseticidas, explosivos e outros ácidos (como ácido nítrico e fosfórico), além
de ser usado nas indústrias petroquímicas para o refino de petróleo e como decapante (limpeza) de ferro e
aço.

Ácido sulfúrico concentrado carbonizando a esponja devido à sua ação desidratante.

§§ Ácido clorídrico (HCø) – é um ácido inorgânico forte, líquido, incolor ou levemente amarelado, não
inflamável, volátil, tóxico e corrosivo. Em sua forma pura, HCø é um gás, conhecido como cloreto de hi-
drogênio ou gás clorídrico. É o ácido encontrado no nosso estômago e é um dos principais componentes
do suco gástrico, que é secretado para auxiliar na digestão dos alimentos. A obtenção industrial do HCℓ se
dá pela síntese direta entre H2 e Cø2.
O ácido clorídrico é muito usado na limpeza e galvanização de metais, no curtimento de couros, na obten-
ção de vários produtos, como na produção de tintas, de corantes, na formação de haletos orgânicos (como
cloreto de metila), é usado também na hidrólise de amidos e proteínas pelas indústrias alimentícias e na
extração do petróleo, dissolvendo as rochas e facilitando o seu fluxo até a superfície.

104
Ácido muriático, utilizado nas limpezas.

Na sua forma impura, o ácido clorídrico é chamado de ácido muriático e é usado para a limpeza de pisos,
azulejos, paredes de pedras e superfícies metálicas antes do processo de soldagem. Visto que o ácido muri-
ático apresenta vapores tóxicos e irritantes quando aquecidos, é preciso que a pessoa que for manuseá-lo o
faça com bastante cuidado, usando máscara de respiração, luvas e óculos de proteção.
§§ Ácido nítrico (HNO3) – depois do ácido sulfúrico, o ácido nítrico é o mais produzido e usado pela indús-
tria. É um ácido forte, de aparência viscosa, inodoro e incolor quando puro (os ácidos mais velhos adquirem
cor amarelada devido à decomposição do ácido em óxidos de nitrogênio e água), muito volátil, forte oxi-
dante, corrosivo e miscível em água. A produção industrial de ácido nítrico se dá pelo processo de Ostwald
(oxidação da amônia).

Ácido nítrico é muito usado para a fabricação de explosivos.

O ácido nítrico é muito utilizado pela indústria química, principalmente em processos de nitrificação de com-
postos orgânicos, na fabricação de explosivos (TNT, nitroglicerina, ácido pícrico, entre outros), fertilizantes
agrícolas (como o NH4NO3), fabricação de salitre (NaNO3 e KNO3), vernizes, celuloses, seda artificial, fibras
sintéticas, galvanoplastia, nylon, entre outros.
§§ Ácido fluorídrico (HF) – é um líquido incolor e fumegante de odor penetrante, que tem ponto de ebulição
de 20 °C sob pressão de 1 atm. O seu maior perigo é que, se entrar em contato com a pele, além de poder
causar queimaduras, penetra na pele e ataca o cálcio dos ossos, podendo enfraquecer e até corroer parte
dele. Sua reação de obtenção vem da reação entre o ácido sulfúrico concentrado e a fluorita (CaF2).

Vidro de automóvel com o número de chassi gravado

105
Devido à sua capacidade de corroer o vidro comum, é usado principalmente para decoração em fosco de
objetos de vidro e gravação do número de chassi em vidros de automóveis (por isso, em laboratórios, o ácido
fluorídrico é guardado em frascos plásticos).
O ácido é usado também na produção de sais fluorados (como criolita e fluoreto de alumínio), agrotóxicos,
detergentes, teflon, na purificação de minérios, na formação do UF6 (enriquecimento do urânio para fins de
geração de energia nuclear), entre outros.
§§ Ácido fosfórico (H3PO4) – também denominado de ácido ortofosfórico, é um líquido incolor, solúvel
em água e etanol e absorve a umidade do ar e se dissolve, formando uma solução aquosa concentrada
(higroscópica). O processo de produção do ácido fosfórico é através da via seca (oxidação do fósforo ele-
mentar) ou via úmida (reação de fosfato de cálcio com o ácido sulfúrico).

Refrigerantes à base de cola possui ácido fosfórico na sua composição.

Os principais usos do ácido fosfórico é na indústria de fertilizante, indústria de produção de sal mineral para
alimentação animal, indústria de bebidas, usina de chocolate, indústria farmacêutica (obtenção de insulina,
produção de antibióticos, fortificantes etc.), formulação de detergentes, decapantes, entre outros. O ácido
fosfórico também é utilizado no tratamento biológico de efluentes e no polimento químico ou eletroquímico
de peças de alumínio.
Uma aplicação do ácido fosfórico que chama bastante atenção é em refrigerantes à base de cola. Ele é
utilizado principalmente como acidulante (aditivo) da bebida, abaixando seu pH, regulando sua doçura,
realçando o paladar e também atuando como conservante.
§§ Ácido carbônico (H2CO3) – é formado quando se dilui o gás carbônico (CO2) em água. É um ácido instá-
vel, se decompondo em água e gás carbônico:

<H2CO3> → H2O + CO2

Em pequenas quantidades, o ácido carbônico aparece como uma ocorrência normal na água da chuva.
Quando a água da chuva cai através do ar, ela absorve o dióxido de carbono, produzindo ácido carbônico.
Também está presente no sangue humano, participando do principal sistema de tamponamento, para que
o pH do sangue não mude bruscamente.
Em quantidades maiores, está presente em bebidas gaseificadas: água mineral com gás, refrigerantes, be-
bidas tônicas e cervejas.
§§ Ácido bórico (H3BO3) – também conhecido como ácido ortobórico, é um ácido existente na forma de um
pó branco. São comumente usados como antissépticos (água boricada), inseticidas (contra baratas, cupins,
formigas, pulgas e muitos outros insetos) e como retardante de chamas. Age como desinfetante em situa-
ções de infecções por bactérias ou fungos.

106
§§ Ácido sulfídrico (H2S) – conhecido com o nome de sulfeto de hidrogênio na sua forma gasosa, é um
composto corrosivo e venenoso, caracterizado pelo odor de ovos podres. Esse gás pode ser produzido
naturalmente pela decomposição de matéria orgânica através da ação bacteriana, dissolução de sulfetos
minerais ou, ainda, por atividade industrial. Pode ser encontrado também em redes de esgoto, em águas
termais, localizadas nas proximidades de vulcões.
§§ Ácido cianídrico (HCN) – o ácido cianídrico é também chamado de cianeto de hidrogênio (na forma ga-
sosa) ou ainda de ácido prússico. É um líquido incolor e um composto extremamente volátil, tendo um odor
característico de amêndoas amargas e muito tóxico, pois inibe os processos oxidativos celulares, levando
à morte dos mesmos. É utilizado nas câmaras de gás para execução de criminosos condenados à pena de
morte, principalmente nos Estados Unidos.

Teoria na prática
1. Admitindo-se 100% de ionização para o ácido clorídrico em solução aquosa, pode-se afirmar que essa
solução não contém a espécie:
a) HCℓ.
b) H3O+.
c) H2O.
d) Cℓ-.
Resolução:
Ionizando o HCℓ, temos:

HCℓ → H+ + Cℓ-
ou
HCℓ + H2O → H3O+ + Cℓ-

Considerando que o ácido está 100% ionizado, as espécies que encontramos na solução são: H+ (ou H3O+)
e Cℓ-. A molécula de água sempre estará presente (é uma solução aquosa), portanto, o que não estará na
solução é a molécula de HCℓ não ionizada.
Alternativa A
2. Em qual das soluções ácidas abaixo, todas com mesma concentração e temperatura, a lâmpada apresenta
maior brilho quando se testa a condutividade das soluções?
a) HF
b) H2S
c) H3PO4
d) H4SiO4
e) HNO3
Resolução:
Quanto mais forte é o ácido, mais ionizado estará, mais íons livres estarão na solução e, portanto, a lâmpada
apresentará maior brilho. Olhando as forças dos ácidos, temos:
HF – hidrácido moderada.
H2S – hidrácido fraca.
H3PO4 – oxiácido, ∆ = 4 – 3 = 1; portanto, moderada.
H4SiO4 – oxiácido, ∆ = 4 – 4 = 0; portanto, fraca.
HNO3 – oxiácido, ∆ = 3 – 1 = 2; portanto, forte.
O ácido mais forte da lista é o HNO3, portanto, a solução de HNO3 apresenta maior brilho.

Alternativa E

107
3. (UECE) Considere os seguintes ácidos, com seus respectivos graus de ionização, a 18 °C e usos:
I. H3PO4 (27%), usado na preparação de fertilizantes e como acidulante em bebidas e refrigerantes.
II. H2S (7,6 × 10–2 %), usado como redutor.
III. HCℓO4 (97%), usado na medicina, em análises químicas e como catalisador em explosivos.
IV. HCN (8,0 × 10–3 %), usado na fabricação de plásticos, corantes e fumigantes para orquídeas e poda de
árvores.
Podemos afirmar que é correto:
a) HCℓO4 e HCN são triácidos.
b) H3PO4 e H2S são hidrácidos.
c) H3PO4 é considerado um ácido semiforte.
d) H2S é um ácido ternário.
e) O HCN é o mais forte de todos os ácidos citados.

Resolução:

a) Falso, pois tanto HCℓO4 como HCN só possuem um hidrogênio ionizável; portanto, ambos são monoáci-
dos.
b) Falso, pois apesar de H2S ser um hidrácido, H3PO4 é um oxiácido.
c) Verdadeiro, pois quando o grau de ionização está entre 5% a 50%, o ácido é considerado semiforte (ou
moderado).
d) Falso, pois o H2S é um ácido binário (composto por dois elementos).
e) Falso, o HCN possui um valor de grau de ionização (α) mais baixo de todos, sendo assim o mais fraco de
todos os ácidos citados.

Alternativa C

4. (UFPB) Os ácidos são substâncias químicas sempre presentes no cotidiano do homem. Por exemplo, durante
a amamentação, era comum usar-se água boricada (solução aquosa que contém ácido bórico) para fazer a
assepsia do seio da mãe; para limpezas mais fortes da casa, emprega-se ácido muriático (solução aquosa
de ácido clorídrico); nos refrigerantes, encontra-se o ácido carbônico; e, no ovo podre, o mau cheiro é devido
à presença do ácido sulfídrico.
Esses ácidos destacados podem ser representados, respectivamente, pelas seguintes fórmulas moleculares:
a) H3BO3, HCℓ, H2CO2 e H2SO4.
b) H2BO3, HCℓ, H2CO3 e H2S.
c) H3BO3, HCℓO3, H2SO3 e H2CO2.
d) H2BO3, HCℓO4, H2S e H2CO3.
e) H3BO3, HCℓ, H2CO3 e H2S.

Resolução:

Ácido bórico – H3BO3


Ácido clorídrico – HCℓ
Ácido carbônico – H2CO3
Ácido sulfídrico – H2S

Alternativa E

108
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Ação do ácido fluorídrico


Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Ionização e dissociação de seus íons

phet.colorado.edu/sims/html/acid-base-solutions/latest/acid-base-solutions_pt_BR.html
www.bonde.com.br/saude/duvidas/cuidados-com-o-corpo-influenciam-ate-na-saude-bucal-431950.html

110
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

É possível encontrar a ligação covalente com facilidade em nosso dia a dia, substâncias de uso muito comum tem
em sua estrutura átomos com esse caráter de ligação, como a água, o gás oxigênio, a solução de vinagre, o álcool
etílico, o açúcar, o grafite.
Contudo, também podemos abordar substâncias que não estão tão evidentes em nosso cotidiano, mas que
estão ligadas diretamente às nossas vidas.
O gás ozônio (O3), é o principal gás situado na atmosfera responsável pela proteção do planeta Terra contra os raios
ultravioletas (UV) emitidos pelo Sol. Sem essa camada de gás existente na atmosfera a vida na Terra não seria possível.
Bem como o elemento carbono (C) que pode ser encontrado na forma de diamante, passado por processos
de formação diferentes do carbono encontrado no grafite, sendo esta a diferença primordial entre essas substân-
cias constituídas por átomos deste mesmo elemento químico.

111
INTERDISCIPLINARIDADE

Ácidos sempre foram substâncias primordiais para o desenvolvimento e manutenção da civilização. Desde as pri-
meiras civilizações, suas propriedades são conhecidas e utilizadas de forma proveitosa.
Do latim, ácido vem de “acidum”, que significava azedo, ou seja, uma referência direta ao sentido do
paladar para dar um significado à palavra.
Ácidos podem ser encontrados em muitos segmentos da indústria e em nossas vidas; vide a tabela abaixo:

NOME DO ÁCIDO SUAS APLICAÇÕES


ácido acético Encontrado no vinagre.
Derivado do benzeno, é um ácido orgânico, utilizado como conser-
ácido benzoico
vante de bebidas e na fabricação de corantes.
ácido bórico Utilizado como antisséptico medicinal, em cosméticos e corantes.
ácido butírico Encontrado na manteiga.
Obtido na dissolução do dióxido de carbono, é muito utilizado em
ácido carbônico
refrigerantes e pode ser um dos produtos da chuva ácida.
Encontrado nas frutas cítricas e é utilizado como antioxidante, aci-
ácido cítrico
dulante e anticoagulante.
ácido fórmico Leva este nome por ser o ácido injetado pela picada das formigas.
Muito utilizado em várias atividades industriais, como produção de
ácido nítrico
fertilizantes, pólvora negra, salitre, corantes, fibras sintéticas.
Encontrado em óleos vegetais e animais, tendo seu maior uso na
ácido oleico
produção de sabões e pomadas.
Utilizado principalmente na fabricação de detergentes, fertilizantes,
ácido sulfúrico
pigmentos, catalisadores e baterias de automóveis.

112
Estrutura Conceitual

Fortes

ø
Moderados

Ácidos Fracos

Dividem-se em

Ionização Hidrácidos Oxiácidos

113
E.O. Aprendizagem A fórmula e o nome do ácido que provoca a
pirose no estômago, a rouquidão e mesmo
dor torácica são:
1. (Faenquil – Adaptada) Uma das classifica- a) HCℓ, ácido clórico.
ções dos ácidos corresponde ao número de b) HCℓO2, ácido cloroso.
hidrogênios ionizáveis, podendo ser classi- c) HCℓO3, ácido clorídrico.
ficados como monoácidos, diácidos, triácidos d) HCℓO3, ácido clórico.
ou tetrácidos. Com base nessa informação, e) HCℓ, ácido clorídrico.
assinale a alternativa que apresenta a classi-
ficação correta dos seguintes ácidos:
6. (USJT-SP) O ácido cianídrico é o gás de ação
HNO3  H2CO3  H3PO4
venenosa mais rápida que se conhece: uma
a) Monoácido, diácido, triácido.
concentração de 0,3 mg por litro de ar é
b) Monoácido, triácido, tetrácidos.
imediatamente mortal. É o gás usado nos
c) Diácido, triácido, monoácido.
d) Os três são diácidos. estados americanos do Norte, que adotam a
e) Os três são triácidos. pena de morte por câmara de gás. A primei-
ra vítima foi seu descobridor, Carl Wilhelm
Scheele, que morreu ao deixar cair um vidro
2. (UVA-CE) Os ácidos HCℓO4, H2MnO4, H3PO3,
contendo solução de ácido cianídrico, cuja
H4Sb2O7, quanto ao número de hidrogênios
fórmula molecular é:
ionizáveis, podem ser classificados em:
a) HCOOH.
a) monoácido, diácido, triácido, tetrácido.
b) monoácido, diácido, triácido, triácido. b) HCN.
c) monoácido, diácido, diácido, tetrácido. c) HCNS.
d) monoácido, monoácido, diácido, triácido. d) HCNO.
e) monoácido, monoácido, triácido, tetrácido. e) H4Fe(CN)6.

3. (FEI) Os nomes dos ácidos oxigenados HNO3, 7. (UFAC) Os ácidos são substâncias químicas
HCℓO3, H2SO4 e H3PO4 são, respectivamente: presentes no nosso dia a dia. Por exemplo, o
a) nitroso, clórico, sulfuroso, fosfórico. ácido sulfúrico é muito utilizado na indús-
b) nítrico, clórico, sulfúrico, fosfórico. tria petroquímica, na fabricação de papel,
c) nítrico, hipocloroso, sulforoso, fosforoso. corantes, em baterias automotivas, entre
d) nitroso, perclórico, sulfúrico, fosfórico. outras diversas aplicações. Alguns sais deri-
e) nítrico, cloroso, sulfídrico, hipofosforoso. vados do ácido fosfórico são aplicados como
fertilizantes na agricultura. Já o ácido mu-
4. (PUC-MG) A tabela apresenta algumas carac- riático, poderoso agente de limpeza, nada
terísticas e aplicações de alguns ácidos: mais é do que uma solução de ácido clorídri-
co. O ácido fluorídrico, um pouco menos co-
Ácido Aplicações e características nhecido, tem grande poder de atacar vidro e,
por essa propriedade, é usado para gravação
Clorídrico Limpeza de pisos
na parte inferior dos vidros de automóveis.
Fosfórico Usado como acidulante Outro exemplo é a água boricada, que é uma
solução aquosa de ácido bórico, normalmen-
Sulfúrico Desidratante, solução de bateria
te usada como agente para assepsia.
Nítrico Explosivos Enfim, é uma tarefa muito grande relacionar
a importância e as aplicações dessas valiosas
As fórmulas dos ácidos da tabela são, respec-
substâncias que não somente os químicos
tivamente:
a) HCℓ, H3PO4, H2SO4, HNO3. possuem acesso.
b) HCℓO, H3PO3, H2SO4, HNO2. De acordo com o texto, a sequência de fór-
c) HCℓ, H3PO3, H2SO4, HNO2. mulas moleculares dos ácidos destacados,
d) HCℓO2, H4P2O7, H2SO3, HNO2. considerando a ordem de leitura, é:
e) HCℓO, H3PO4, H2SO3, HNO3. a) H2SO4, H3PO3, HCℓ, H2F e H3BO3.
b) H2SO4, H3PO4, HCℓ, HF e H3BO4.
c) H2SO3, H3PO3, H2Cℓ, H2F e H3BO3.
5. (Mackenzie) Certo informe publicitário aler-
d) H2SO4, H3PO4, HCℓ, H2F e H3BO3.
ta para o fato de que, se um indivíduo tem
azia ou pirose (sensação de “queimação” no e) H2SO4, H3PO4, HCℓ, HF e H3BO3.
estômago) com grande frequência, deve pro-
curar um médico, pois pode estar ocorrendo
refluxo gastresofágico, isto é, o retorno do
conteúdo ácido do estômago.

114
8. (UFSM) Associe a 2a coluna à 1a, consideran- 3. (UFPE) Ácido perclórico (HCℓO4) é um ácido
do os ácidos. forte. Quais as espécies químicas presentes,
em maior concentração, em uma solução
1 – H4P2O7 a – fosfórico aquosa deste ácido:
b – fosforoso a) H+ e CℓO4–.
2 – H3PO3
c – nitroso b) HCℓO4 e H+.
3 – H3PO4 d – nítrico c) HCℓO4 e OH–.
4 – HCℓO2 e – hipofosforoso d) H+, Cℓ– e O2.
f – pirofosfórico
5 – HCℓO3 e) OH–, Cℓ– e O2.
g – sulfuroso
6 – HCℓO4 h – cloroso
i – perclórico 4. (ESAL-MG) Uma solução aquosa de H3PO4 é
7 – H2SO3
j – clórico ácida devido à presença de:
8 – HNO2 l – sulfúrico a) água.
b) hidrogênio.
A sequência das combinações corretas é:
a) 1e – 2f – 3a – 4h – 5b – 6j – 7g – 8d. c) fósforo.
b) 1f – 2e – 3b – 4j – 5h – 6i – 7l – 8c. d) hidrônio.
c) 1b – 2e – 3f – 4i – 5j – 6h – 7g – 8d. e) fosfato.
d) 1e – 2b – 3f – 4j – 5i – 6h – 7l – 8d.
e) 1f – 2b – 3a – 4h – 5j – 6i – 7g – 8c. 5. (ESA) As características abaixo são dos áci-
dos, exceto:
9. (UFC) Os ácidos H2SO4, H3PO4 e HCℓO4 são de a) apresentam H na molécula.
grande importância na indústria (por exem- b) bons condutores de eletricidade em solução
plo, na produção de fertilizantes). Assinale aquosa.
a alternativa que apresenta corretamente a c) coram em vermelho o indicador tornassol.
ordem crescente de acidez destas espécies. d) tornam incolor a fenolftaleína.
a) H3PO4, H2SO4, HCℓO4. e) sabor adstringente (amargo).
b) H2SO4, H3PO4, HCℓO4.
c) HCℓO4, H2SO4, H3PO4.
6. (Mackenzie) Certos tipos de moluscos mari-
d) HCℓO4, H3PO4, H2SO4.
nhos podem liberar ácido sulfúrico (H2SO4)
e) H3PO4, HCℓO4, H2SO4.
para se defenderem de seus predadores. Des-
sa substância, é incorreto afirmar que:
1
0. (Mackenzie) Entre os oxiácidos H2SO3, H3BO3, a) ioniza na presença de água.
HCℓO3 e HMnO4, a ordem crescente de força b) dissocia, liberando íons OH1–.
ácida para esses compostos é: c) é um diácido.
a) H2SO3, HCℓO3, H3BO3, HMnO4. d) reage com hidróxido de cálcio formando sal
b) HCℓO3, HMnO4, H2SO3, H3BO3. e água.
c) H3BO3, HCℓO3, H2SO3, HMnO4. e) forma íons H1+ em água.
d) H3BO3, H2SO3, HCℓO3, HMnO4.
e) HMnO4, HCℓO3, H3BO3, H2SO3.
7. (Univali-SC) A respeito da substância HCℓ,
observa-se, experimentalmente, que:

E.O. Fixação §§ é um gás incolor, de odor forte e irritante.


§§ está presente no suco gástrico do estôma-
go humano.
1. (UFRN) O cloreto de sódio (NaCℓ) é um só- §§ aparece no comércio com o nome de áci-
lido iônico. O cloreto de hidrogênio (HCℓ) é do muriático, sendo utilizada na limpeza
um ácido gasoso. de pisos.
As soluções aquosas desses compostos con- §§ a maioria de suas moléculas sofre ioniza-
duzem corrente elétrica porque o: ção em solução aquosa.
a) NaCℓ se ioniza e o HCℓ se dissocia. Desse modo, pode-se concluir que:
b) NaCℓ se ioniza e o HCℓ se dissolve. a) o HCℓ, é uma substância iônica.
c) NaCℓ se dissocia e o HCℓ se ioniza. b) o HCℓ, é um ácido fraco.
d) NaCℓ se dissolve e o HCℓ se dissocia. c) o HCℓ, é um gás não tóxico.
d) a ionização pode ser resumida pela equação:
2. (Mackenzie) A equação correta da ionização HCℓ + H2O → H3O+ + Cℓ–
do ácido sulfúrico é: e) o suco gástrico não é ácido.
a) H2SO4 + H2O → HSO42– + H3O1+.
b) H2SO4 + 2H2O → SO41– + 2H3O1+. 8. (Vunesp) Ácidos instáveis são ácidos que se
c) H2SO4 + 2H2O → SO42– + 2H3O2+. decompõem parcial ou totalmente sob con-
d) H2SO4 + H2O → HSO42– + H3O2+. dições normais de temperatura e pressão,
e) H2SO4 + 2H2O → SO42– + 2H3O1+. formando, quase sempre, como produtos de

115
decomposição, água líquida e um gás. Entre 2. (Cefet-MG) Uma substância tem fórmula HNO2.
os pares de ácidos relacionados, é constituí- A função química a que pertence, o nome e
do apenas por ácidos instáveis: o tipo de ligação que o hidrogênio apresenta
a) H2SO4 e H3PO4. nessa substância são, respectivamente:
b) HCℓO4 e HBr. a) ácido, ácido nítrico, covalente apolar.
c) H2CO3 e H2SO3. b) óxido, ácido nítrico, covalente apolar.
c) óxido, ácido nitroso, covalente polar.
d) H2C2O4 e H3BO3.
d) ácido, ácido nitroso, covalente polar.
e) HI e HF.
3. (PUC) Considere as seguintes afirmativas:
9. (UEL) Considere as afirmações a seguir acer- I. Ácidos de Arrhenius são conhecidos por
ca do cloreto de hidrogênio (HCℓ). liberar íons H+ em solução aquosa.
I. É uma substância de molécula polar. II. Bases de Arrhenius são espécies capazes
II. Sofre ionização na água. de liberar íons OH- em água.
III. Tem massa molar igual a 35,5 g/mol III. O ácido sulfúrico 98% é um ótimo condu-
IV. É insolúvel na água. tor de eletricidade.
São corretas somente: IV. Quanto maior o grau de ionização de um
a) I e II. ácido, maior será sua força.
b) II e III. Dentre as afirmativas acima, são CORRETAS
c) III e IV. apenas:
d) I, II e III. a) I, II e IV.
e) II, III e IV. b) II e IV.
c) II, III e IV.
d) I e II.
1
0. Considere os seguintes ácidos, com seus res-
pectivos usos:
4. (UESC) Considere o seguinte composto:
I. H3PO3, usado na preparação de fertilizan-
tes e como acidulante em bebidas refri-
gerantes.
II. H2S, usado como redutor na indústria.
III. HCℓO4, usado na medicina, em análises
químicas e como catalisador em explosi-
Assinale (V), se a afirmativa for verdadeira,
vos.
e (F), se for falsa.
IV. HCN, usado na fabricação de plásticos,
( ) O composto apresenta três hidrogênios
corantes e fumigantes para orquídeas e
ionizáveis.
poda de árvores.
( ) O composto apresenta quatro ligações co-
Podemos afirmar que:
valentes normais e uma dativa.
a) HCℓO4 e HCN são triácidos.
( ) O composto é um diácido.
b) H3PO4 e H2S são hidrácidos. ( ) O composto pertence a uma função orgânica.
c) H3PO4 é um ácido moderado. A sequência correta, de cima para baixo, é:
d) H2S é um ácido ternário. a) V, V, V, F.
e) HCN e H2S são ácidos fortes. b) F, F, V, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, F, V.
E.O. Complementar e) V, F, F, F.

1. (PUC-Camp) A respeito das substâncias de- 5. (UFRGS) A cultura egípcia desenvolveu téc-
nominadas ácidos, um estudante anotou as nicas avançadas de mumificação para a pre-
seguintes características: servação dos corpos. Em um das etapas mais
I. todos têm poder corrosivo. importantes do processo de mumificação, a
II. são capazes de neutralizar bases. desidratação do corpo, utilizava-se uma so-
III. são compostos sempre formados por dois lução de sais de natrão. Essa solução é cons-
elementos químicos. tituída por uma mistura de sais de carbona-
IV. formam soluções aquosas condutoras de to, bicarbonato, cloreto e sulfato de sódio.
corrente elétrica. Quando os sais de natrão são dissolvidos em
Ele cometeu erros somente em: água, os íons presentes, além do Na+, são:
a) I e II. a) CO23–, HCO3–, CℓO– e HSO4–.
b) I e III. b) CO23–, HCO3–, Cℓ– e SO42–.
c) I e IV. c) CO32–, H2CO3–, Cℓ– e SO32–.
d) II e III. d) CO32–, H2CO3–, Cℓ– e HSO4–.
e) III e IV. e) CO32–, HCO3–, Cℓ– e SO42–.

116
E.O. Dissertativo 7. (UFSCar) Atualmente, a humanidade de-
pende fortemente do uso de combustíveis
fósseis para atender suas necessidades
1. Escreva os nomes dos ácidos: energéticas. No processo de queima desses
I. HCℓO4; HCℓO3; HCℓO2; HCℓO.
combustíveis, além dos produtos diretos da
II. H2SO4; H2SO3 .
reação de combustão – dióxido de carbono e
III. HNO3; HNO2 .
vapor de água –, vários outros poluentes ga-
IV. H3PO4 ; H3PO3 ; H3PO2 .
V. H2CO3. sosos são liberados para a atmosfera como,
por exemplo, dióxido de nitrogênio e dióxi-
2. Determine o nome do ânion que origina do de enxofre. Embora nos últimos anos te-
os seguintes ácidos. Em seguida, escreva o nha sido dado destaque especial ao dióxido
nome correspondente de cada ácido e clas- de carbono por seu papel no efeito estufa,
sifique-os em relação à presença ou não de ele, juntamente com os óxidos de nitrogênio
oxigênio, número de hidrogênios ionizáveis e enxofre, tem um outro impacto negativo
e a sua força. sobre o meio ambiente: a propriedade de se
a) HF dissolver e reagir com a água, produzindo o
b) HI ácido correspondente, que acarreta a acidi-
c) HCN ficação das águas das chuvas, rios, lagos e
d) HIO mares.
e) HBrO3  a) Escreva as equações químicas balanceadas
f) HIO4  das reações de dióxido de carbono e dióxido
g) H2SO3 de enxofre com a água, dando origem aos
h) HNO2 ácidos correspondentes.
i) H3BO3 b) A chuva acidificada pela poluição reage com
j) H3PO4 o carbonato de cálcio, principal componente
de rochas calcárias, liberando gás CO2, íons
3. (Udesc) A água pura e o ácido clorídrico
cálcio e provocando a dissolução lenta des-
puro são péssimos condutores de corrente
sas rochas. Escreva a equação química balan-
elétrica. Explique como uma solução diluí-
ceada entre o carbonato de cálcio e os íons
da de ácido clorídrico em água pode ser boa
H+ presentes na chuva acidificada.
condutora de corrente elétrica.

4. (UFU) Sabendo-se que uma solução aquosa 8. (UFRJ) Associe cada item apresentado na co-
de ácido fosforoso (H3PO3) é boa condutora luna I a seguir com o item correspondente
de eletricidade, e que o ácido fosforoso é na coluna II.
classificado como um diácido, pede-se: Coluna I
a) As etapas do processo de ionização do áci-
1. Estrutura de Lewis
do, indicando as equações de suas etapas e a
equação global. 2. Composto inorgânico que apresenta liga-
b) A fórmula estrutural do ácido fosforoso. In- ção covalente
dique, por meio de círculos, quais são os hi- 3. Nomenclatura IUPAC
drogênios ionizáveis neste ácido. 4. H2SO4 + H2O → H3O+ + HSO4-

5. (UFRJ) A queima do enxofre presente na ga- Coluna II


solina e no óleo diesel gera dois anidridos V - Ácido fórmico
(SO2 e SO3) que, combinados com a água da R - Ionização
chuva, formam seus ácidos correspondentes. B - Representa os elétrons periféricos
Escreva a fórmula desses ácidos e indique o H - Ácido metanoico
ácido mais forte. Justifique sua indicação. A - Dissociação
C - Receptor de prótons
6. (UFRJ – Adaptada) Os ácidos podem ser clas- M - KF
sificados quanto ao número de hidrogênios X - Dupla troca
ionizáveis. O ácido hipofosforoso, H3PO2, uti- O - HCℓ
lizado na fabricação de medicamentos, apre-
senta fórmula estrutural:

Quantos hidrogênios são ionizáveis no ácido


hipofosforoso? Justifique sua resposta.

117
E.O. Enem E.O. UERJ
1. Numa rodovia pavimentada, ocorreu o tom- Exame Discursivo
bamento de um caminhão que transportava
ácido sulfúrico concentrado. Parte da sua 1. (UERJ) O ácido nítrico é um composto muito
carga fluiu para um curso d’água não poluído empregado em indústrias químicas, princi-
que deve ter sofrido, como consequência: palmente para a produção de corantes, fer-
I. mortalidade de peixes acima da normal tilizantes, explosivos e nylon. Um processo
no local do derrame de ácido e em suas industrial de obtenção do ácido nítrico con-
proximidades; siste na seguinte reação:
II. variação do pH em função da distância e
NaNO3(s) + H2SO4(aq) → HNO3(aq) + NaHSO4(aq)
da direção da corrente de água;
III. danos permanentes na qualidade de suas Escreva os nomes dos reagentes empregados
águas; nesse processo, sabendo-se que um deles é o
IV. aumento momentâneo da temperatura da nitrato de sódio e apresente a fórmula estru-
água no local do derrame. tural plana do ácido nítrico.
É correto afirmar que, dessas consequências,
apenas podem ocorrer:
a) I e II.
b) II e III.
E.O. Dissertativas
c) II e IV. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
d) I, II e IV.
e) II, III e IV. 1. (Unicamp) Água pura é um mau condutor
de corrente elétrica. O ácido sulfúrico puro
(H2SO4) também é mau condutor. Explique o

E.O. UERJ fato de uma solução diluída de ácido sulfú-


rico, em água, ser boa condutora de corrente

Exame de Qualificação elétrica.

2. (Unesp) Verifica-se experimentalmente que


1. (UERJ) O vinagre é uma solução aquosa dilu- tanto a água quanto o ácido nítrico puro são
ída que contém o ácido acético ionizado. As maus condutores de eletricidade. Observa-
fórmulas molecular e estrutural desde ácido -se, também, que uma solução de ácido nítri-
estão a seguir representadas: co em água é boa condutora de eletricidade.
Explique essas observações experimentais.

3. (Unesp) Escreva:
a) as fórmulas moleculares do ácido hipoiodoso
e do ácido perbrômico;
b) os nomes dos compostos de fórmulas H2SO3 e
H3PO4.

O segundo membro da equação química que 4. (Fuvest)


representa corretamente a ionização do áci- a) Qual o produto de uso doméstico que con-
do acético aparece na seguinte alternativa: tém ácido acético?
a) H+ + H3C2O2– b) Indique quatro espécies químicas (íons, mo-
b) 2H+ + H2C2O22– léculas) que existem em uma solução aquosa
c) 3H+ + HC2O23– de ácido acético.
d) 4H+ + C2O24–

118
Gabarito 5.
H2SO3 e H2SO4
O ácido mais forte é o H2SO4, pois a diferen-
ça entre o número de átomos de oxigênio e
E.O. Aprendizagem o número de átomos de hidrogênio ácido é
igual a 2, enquanto no H2SO3 essa diferença
1. A 2. C 3. B 4. A 5. E é igual a 1.
6. B 7. E 8. E 9. A 10. D 6.
Um, pois está ligado ao oxigênio.
7.
a) CO2(g) + H2O(ℓ)  H2CO3(aq)  H+(aq) + HCO-3(aq)
E.O. Fixação SO2(g) + H2O(ℓ)  H2SO3(aq)  H+(aq) + HSO-3(aq)
1. C 2. E 3. A 4. D 5. E b) Ca2+CO32-(s) + 2H+(aq)  Ca2+(aq) + H2O(ℓ) + CO2(g)
8.
1-B, 2-O, 3-H, 4-R.
6. B 7. D 8. C 9. A 10. C

E.O. Completar E.O. Enem


1. B 2. D 3. A 4. B 5. E 1. D

E.O. Dissertativo E .O. UERJ


1.
I. Ácido perclórico; ácido clórico; ácido clo- Exame de Qualificação
roso; ácido hipocloroso.
1. A
II. Ácido sulfúrico; ácido sulfuroso.
III. Ácido nítrico; ácido nitroso.
IV. Ácido fosfórico; ácido fosforoso; ácido hi-
pofosforoso.
V. Ácido carbônico.
E.O. UERJ
2. Exame Discursivo
a) Fluoreto (F-); ácido fluorídrico; hidráci- 1.
do; monoácido; força = moderado. §§ nitrato de sódio
b) Iodeto (I-); ácido iodídrico; hidrácido; §§ ácido sulfúrico
monoácido; força = forte. Poderemos ter uma das fórmulas:
c) Cianeto (CN-); ácido cianídrico; hidráci-
do; monoácido; força = fraco.
d) Hipoiodito (IO-); ácido hipoiodoso; oxiá-
cido, monoácido; força = fraco.
e) Bromato (BrO3-); ácido brômico; oxiácido,
monoácido; força = forte.
f) Periodato (IO4-); ácido periódico; oxiáci-
do, monoácido; força = muito forte.
g) Sulfito (SO32–); ácido sulfuroso; oxiácido,
diácido; força = moderado.
h) Nitrito (NO2-); ácido nitroso; oxiácido,
E.O. Dissertativas
monoácido; força = moderado. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
i) Borato (BO33-); ácido bórico; oxiácido, tri- 1.
Presença de íons livres na solução.
ácido; força = fraco. 2.
Compostos moleculares como HNO3(ℓ) e H2O(ℓ)
j) Fosfato (PO43-); ácido fosfórico; oxiácido,
quase não formam íons quando puros, só o
triácido; força = moderado.
fazem em solução. O aumento da concentra-
3.
O ácido clorídrico sofre ionização na água
ção molar destes íons aumentam a conduti-
produzindo os íons H+ (ou H3O+) e Cℓ– que
aumentam a condutibilidade elétrica. bilidade elétrica da solução.
4. 3.
a) H3PO3 + HOH → H3O+ + H2PO​  3- ​ (etapa 1) a) HIO, HBrO4
 3 ​ (etapa 2) b) H2SO3: ácido sulfuroso
H2P O-3 + HOH → H3O+ + HPO​2-
H3PO4: ácido fosfórico
H3PO3 + 2HOH → 2H3O+ + HPO​2-  3 ​ (global)
4.
b) Vide figura. a) Vinagre
b) CH3COOH → ácido etanoico ou acetético
H2O → água
CH3COO– → íon etanoato ou acetato
H+ → íon hidrogênio

119
INFOGRÁFICO:
Abordagem da RADIOATIVIDADE E QUÍMICA ORGÂNICA
nos principais vestibulares.

FUVEST - Por serem assuntos básicos por enquanto, o conteúdo visto neste livro será de pouco uso
para a FUVEST, porém, com o passar do tempo, será de extrema importância ter essa base muito
bem consolidada para a resolução de futuros exercícios.

LD
ADE DE ME
D
UNICAMP - A Unicamp usa a abordagem do cotidia-
U

IC
FAC

INA

BO
1963
T U C AT U no para promover um maior alcance e interesse dos
alunos. Questões em que se pede a classificação das
cadeias em fármacos ou drogas é comum neste ves-
tibular.

UNESP - A abordagem da química orgânica é


baseada em identificação de funções e muitas UNIFESP - Em química orgânica prevalecem ques-
vezes classificação da cadeia. tões para se achar as funções orgânicas e, muitas
vezes, os assuntos abordados na prova são de mais
de uma frente, como a polaridade de compostos or-
gânicos e as forças intermoleculares.

ENEM / UFRJ - Presente em todo ano, a orgânica é uma das partes mais impor-
tantes da química no vestibular. Há sempre a identificação de cadeias carbônicas,
funções e isomeria em sua prova.

UERJ - Grande parte das questões da UERJ não aborda apenas o conteúdo visto
neste livro, porém é de suma importância sua compreensão para futuras ques-
tões, como de reações orgânicas, em que é necessário dominar os conhecimentos
básicos.
© Jaroslav Moravcik/Shutterstock

Aulas 11 e 12

Cinética dos decaimentos


radioativos
Competências 6 e 7
Habilidades 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26 e 27
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Meia-vida ou período de semidesintegração
A Cinética Radioativa é a matéria da Química Nuclear que estuda a rápida e a lenta desintegração de alguns ma-
teriais radioativos. Dentre outras, ela trata das seguintes grandezas:
A velocidade (v) com que ocorre a emissão de partículas (desintegração) é diretamente proporcional ao
número de núcleos radioativos (N), a cada instante considerado.

v=k·N

k = constante radioativa, característica de cada isótopo

Após certo intervalo de tempo, o número de núcleos radioativos de cada isótopo reduz-se à metade. Esse
intervalo, característico de cada isótopo, é denominado meia-vida ou período de semidesintegração.

Meia-vida ou período de semidesintegração (P ou t1/2) é o tempo necessário para que a metade dos núcleos
radioativos se desintegre, para que uma amostra radioativa reduza-se à metade.

Exemplos de meia-vida:

Isótopo radioativo Meia-vida



​ 55​C
137
   s 30 anos

​ ​S  r
90
28 anos
38 


​  ​Z  r
95
65 anos
40


​ 56 ​B  a
140
12,8 anos

​ 53 ​I 
131
8 dias

​42 ​M
99
  o 67 horas

​ 92 ​U
235
  710 milhões de anos

Tanto na explosão de uma bomba atômica como em um acidente com vazamento numa usina nuclear, é
liberado um número incalculável de isótopos radioativos. Muitos deles apresentam uma meia-vida muito curta. Em
razão disso, seu decaimento radioativo impede que eles sejam fixados no solo, na vegetação ou nas águas.
Outros, no entanto, apresentam uma meia-vida muito longa, o que lhes permite fixarem-se no meio am-
biente, contaminando-o e tornando-o radioativo por longos períodos de tempo. Além disso, os nêutrons liberados
 C
no processo de fissão podem agir sobre os constituintes da atmosfera, produzindo espécies radioativas, como ​14
6 ​  ,​
3 
1 ​H
  e muitas outras.

Vida-média
Não é possível prever a duração de vida de determinado átomo, mas pode-se calcular um tempo estatístico de sua
duração. Por exemplo, se o elemento rádio tem vida-média de 2,3 mil anos, estatisticamente pode-se concluir que
um núcleo de rádio levará 2,3 mil anos para se desintegrar. O que não exclui a probabilidade de ele se desintegrar
antes ou depois desse tempo. Não confundir vida-média com meia-vida.

125
Curva de decaimento radioativa

Considere uma amostra de material radioativo de massa inicial m0. A cada meia-vida decorrida, a massa da mostra
reduz-se à metade.

Ao representar graficamente a diminuição da quantidade de átomos radioativos, em razão de sua desin-


tegração e em função do tempo, obtém-se uma curva exponencial chamada curva de decaimento radiativo.
De uma quantidade de material radioativo inicial m0, após n meias-vidas decorridas chega-se a uma quan-
tidade m, que será dada por:

m
m = ___
​  n0 ​ 
2

E o tempo total decorrido Dt, desde o valor inicial m0 até se atingir o valor m, será de:

Dt = n · P

Esquematicamente:

∆t = n · P
m
m = ___
​  n0 ​ 
2
Observação: a quantidade de material radioativo pode ser dada de várias maneiras: em massa (grama,
miligrama), em número de átomos, em porcentagem, em fração ou em atividade radioativa.

126
Teoria na prática
1. Numa amostra radioativa, a massa dos átomos radioativos é de 40 g. Após 63 h, a massa desses átomos
radiativos reduz-se a 5 g. Calcule a meia-vida do elemento.
Resolução:

Dt = n · P ä 63 h = 3 · P ä P = 21 h

Resposta: a meia-vida é de 21 horas.


2. O tempo de meia-vida do criptônio-89 é igual a 3,16 minutos. Dispondo-se de uma amostra com 4,0 · 1023
átomos desse isótopo, ao fim de quanto tempo restarão 1,0 · 1023 átomos?
a) 3,16 minutos
b) 6,32 minutos
c) 9,48 minutos
d) 12,64 minutos
e) 15,8 minutos
Resolução:

∙ ∙ ∙

Dt = n · P = 2 · 3,16 min = 6,32 min


Alternativa B
3. (PUC-Camp) Carbono-11 é utilizado na medicina para diagnóstico por imagem. Amostras de compostos
contendo carbono-11 são injetadas no paciente obtendo-se a imagem desejada após decorridos cinco
"meias-vidas" do radiosótopo. Neste caso, a porcentagem da massa de carbono-11, da amostra, que ainda
não se desintegrou é:
a) 1,1%.
b) 3,1%.
c) 12%.
d) 50%.
e) 75%.
Resolução:

Partindo-se de 100% como a quantidade inicial de carbono-11, após cinco meias-vidas, temos:
100% → 50% → 25% → 12,5% → 6,25% → 3,125%
ou
m
m = ___ ​ 100 ​ → m = 3,125%
​  n ​ , sendo n = 5 → m = ___
0
2 32
Alternativa B

127
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Acidente radioativo com o Césio-137 em Goiânia, 1987.


Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Acidentes Nucleares

pt.energia-nuclear.net/acidentes-nucleares/chernobyl
noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/01/12/a-lua-e-mais-muito-mais-
velha-do-que-os-cientistas-imaginavam.htm
www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150808_hiroshima_nagasaki_chernobil_rm
phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/radioactive-dating-game

128
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

A datação de matéria orgânica é feita através da constituição de carbono-14 (carbono com número de massa
14) na matéria orgânica. O tempo de meia-vida do carbono 14 (14C) é de 5730 anos. Isto significa que, se um
organismo morreu há 5730 anos, terá a metade do conteúdo de 14C. Deste modo, é possível através disso obter
a idade aproximada de qualquer matéria orgânica. Esta técnica já foi utilizada de diversas formas diferentes por
historiadores de todo o mundo para poder ser o mais exato possível no trato com a história da humanidade, dos
animais e das plantas. Esta técnica possibilitou descobertas importantes para os campos da biologia e da história,
para remontar épocas e a trajetória dos seres vivos até atualmente. Do ponto de vista da biologia, a datação da
matéria orgânica é um fator preponderante, haja vista que a evolução das espécies está diretamente ligada ao
período em que elas viveram, às condições a que estavam submetidas e a qual era a fauna e a flora do ambiente
naquele momento.

INTERDISCIPLINARIDADE

Em setembro de 2016, a Coreia do Norte realizou testes nucleares. O teste nuclear foi realizado na base de Punggye-
-ri, no nordeste do país, o mesmo lugar onde a Coreia do Norte detonou bombas atômicas em 2006, 2009, 2013 e
em janeiro do mesmo ano, em que ao invés de uma bomba atômica, o teste foi feito com uma bomba de hidrogênio.
Embora ambas sejam muito destrutivas e com um objetivo bélico, elas apresentam diferenças quanto suas reações.

Bomba atômica
1. O funcionamento da arma começa quando uma carga de explosivo convencional, como dinamite, é aciona-
da à distância e explode.
2. O choque da explosão impulsiona uma bala de urânio-235 sobre uma esfera feita do mesmo material. Esse
impacto dá origem às reações de fissão, a quebra dos núcleos dos átomos que vão liberar energia.
3. Com a trombada, os instáveis e pesados átomos de urânio-235 arrebentam, liberando energia e nêutrons
que dão continuidade à reação. Cada átomo que se rompe solta novos nêutrons que quebram mais núcleos,
num efeito em cadeia que desprende cada vez mais energia.

Bomba de hidrogênio
1. Na bomba de hidrogênio, a espoleta utilizada não é um explosivo convencional, mas uma bomba atômica
como a de Hiroshima. Novamente, o momento do estouro dessa carga é determinado por meio de um con-
trole remoto.
2. Essa explosão atinge um compartimento cheio de composto de lítio, transformando essa substância em
deutério e trítio. Os átomos desses elementos são isótopos do hidrogênio, daí vem o nome da bomba. Todos
possuem apenas um próton, mas com quantidades diferentes de nêutrons.
3. Por serem bem leves e estarem submetidos a altíssima temperatura, os átomos de deutério e trítio tendem a
se unir, criando um átomo de hélio mais leve que os dois anteriores somados. A massa que sobra dá origem
à energia colossal da bomba.

129
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 22 - Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a


matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações
biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.

Atualmente há uma grande preocupação em relação aos meios de produção de energia.


Um dos assuntos mais debatidos é a energia nuclear.
A habilidade 22 contempla os riscos causados pela radiação e quais os principais efeitos
que a exposição às partículas e à radiação podem causar no ser humano. Um caso muito
citado como situação-problema é o caso de Chernobyl e o caso do Césio-137, em Goi-
ânia.

Modelo
(Enem) Glicose marcada com nuclídeos de carbono-11 é utilizada na medicina para se obter ima-
gens tridimensionais do cérebro, por meio de tomografia de emissão de pósitrons. A desintegração
do carbono-11 gera um pósitron, com tempo de meia-vida de 20,4 min, de acordo com a equação
da reação nuclear:


​C
11
6 

​  → 11    + 0 1​ e ​ 
​ 5​B
(pósitron)

A partir da injeção de glicose marcada com esse nuclídeo, o tempo de aquisição de uma imagem
de tomografia é cinco meias-vidas.
Considerando que o medicamento contém 1,00 g do carbono-11, a massa, em miligramas, do nu-
clídeo restante, após a aquisição da imagem, é mais próxima de
a) 0,200.
b) 0,969.
c) 9,80.
d) 31,3.
e) 200.

130
Análise Expositiva

Habilidade 22
Neste tipo de questão o aluno é colocado a raciocinar utilizando os conhecimentos adquiridos
em decaimentos radioativos.
A partir da injeção de glicose marcada com esse nuclídeo, o tempo de aquisição de uma ima-
gem de tomografia é cinco meias-vidas.
Teremos:

Alternativa D

Estrutura Conceitual

Nuclídeo

Pode
ser

Instável

Participa
de
Aplicações
medicinais
Têm

Aplicações
bélicas
Reações nucleares
Por
exemplo

Decaimento
Tem Meia-vida
(Período de
radioativo semidesintegração)

131
E.O. Aprendizagem fotossíntese, e os animais, ao se alimenta-
rem das plantas, fazem com que o C-14 entre
na cadeia alimentar.
1. (UFG) No acidente ocorrido na usina nuclear A proporção entre o carbono-12 e o carbo-
de Fukushima, no Japão, houve a liberação no-14 nos seres vivos permanece constante
do iodo radioativo 131 nas águas do oceano durante toda sua vida, porém com a morte,
Pacífico. Sabendo que a meia-vida do isótopo não ocorre mais absorção do 14C, diminuin-
do iodo radioativo 131 é de 8 dias, o gráfico do sua concentração no organismo devido ao
que representa a curva de decaimento para seu decaimento radioativo.
  Disponível em: <https://mundopre-historico.blogspot.
uma amostra de 16 gramas do isótopo 131​ 53I ​  é: com.br/2011/07/como-se-descobre-idade-dos-fosseis.
a) html>. Adaptado. Acesso em: 18 jul. 2016.

O aparelho que detecta a massa atômica exa-


ta de cada elemento químico encontrado no
fóssil é o espectrômetro de massa. Considere
que, a partir de um caixote de fragmentos de
arqueologia fóssil, foram utilizados, no iní-
cio do experimento, 320 g do carbono-14. Ao
final do experimento, verificou-se que foram
reduzidos de 310 g.
b)
A idade estimada desse fóssil e a reação de
decaimento radioativo do 14C correspondem,
respectivamente, a:
a) 28.650 anos; 6C14 → 20n1 + 6C12
b) 28.650 anos; 6C14 → 20n1 + 6C16
c) 5.730 anos; 6C14 → 21n0 + 8C14
d) 5.730 anos; 6C14 → 21n0 + 8C14
e) 5.730 anos; 6C14 → 21n0 + 8C14
c)
3. (FEI) Um dos materiais irradiados durante
a operação de um reator nuclear é o fósforo
32. O procedimento para evitar a contami-
nação radioativa por esse material é estocá-
lo, para decaimento a níveis de segurança.
Sabe-se que a meia-vida do fósforo 32 é de
14 dias. Considerando 7,8 mg como nível de
segurança, assinale o tempo, em dias, neces-
d) sário para este valor ser atingido a partir de
1 grama de fósforo 32:
a) 42.
b) 98.
c) 118.
d) 256.
e) 512.

4. (PUC-RJ) O gráfico abaixo se refere ao de-


e) caimento espontâneo de uma amostra de
um dado isótopo radioativo com a abscissa
indicando o tempo, em anos, e a ordenada
indicando a massa, em gramas, do isótopo:

2. (FMP) Para se determinar a idade de um fós-


sil, costuma-se usar carbono-14 com meia-
-vida de 5.730 anos, que emite radiação per-
dendo dois nêutrons. O C-14 assim como o
C-12 é absorvido pelas plantas por meio da

132
Partindo de 180 g de uma amostra desse 8. (UFPI) Na conferência de 1998, a Socieda-
isótopo radioativo, o que restará dela, em de Nuclear Europeia mostrou muita preocu-
gramas, após dois anos é aproximadamente pação acerca do perigo do lixo nuclear. Por
igual a: exemplo, a desintegração do isótopo 90Sr,
a) 5,6. um dos elementos mais nocivos à vida, se
b) 11. dá através de emissões beta (b) de elevada
c) 22. energia, cuja meia-vida é de 28 anos. Consi-
d) 45. derando uma massa inicial de 24 mg desse
e) 90. isótopo, a massa aproximada em miligramas,
após 100 anos, será:
5. (Fatec) Um dos piores acidentes nucleares de a) 1,0.
todos os tempos completa 30 anos em 2016. b) 2,0.
Na madrugada do dia 25 de abril, o reator nú- c) 4,0.
mero 4 da Estação Nuclear de Chernobyl ex- d) 8,0.
plodiu, liberando uma grande quantidade de e) 16.
Sr-90 no meio ambiente que persiste até hoje
em locais próximos ao acidente. Isso se deve 9. (UFSCar) Em 1999, foi estudada a ossada do
ao período de meia-vida do Sr-90, que é de habitante considerado mais antigo do Bra-
aproximadamente 28 anos. sil, uma mulher que a equipe responsável
O Sr-90 é um beta emissor, ou seja, emite pela pesquisa convencionou chamar Luzia. A
uma partícula beta, transformando-se em idade da ossada foi determinada como sen-
Y-90. A contaminação pelo Y-90 representa do igual a 11.500 anos. Suponha que, nesta
um sério risco à saúde humana, pois esse determinação, foi empregado o método de
elemento substitui com facilidade o cálcio dosagem do isótopo radioativo carbono-14,
dos ossos, dificultando a sua eliminação pelo
cujo tempo de meia-vida é de 5.730 anos.
corpo humano.
<http://tinyurl.com/jzljzwc> Acesso
Pode-se afirmar que a quantidade de car-
em: 30.08.2016. Adaptado. bono-14 encontrada atualmente na ossada,
comparada com a contida no corpo de Luzia
Em 2016, em relação à quantidade de Sr-90 por ocasião de sua morte, é aproximadamen-
liberada no acidente, a quantidade de Sr-90
te igual a:
que se transformou em Y-90 foi, aproxima- a) 100% do valor original.
damente, de: b) 50% do valor original.
​  1 ​ .
a) __ c) 25% do valor original.
8
b) __​  1 ​ . d) 10% do valor original.
6 e) 5% do valor original.
c) __ ​  1 ​ .
5 1
0. (FGV) O isótopo radioativo do hidrogênio,
d) __ ​  1 ​ . trítio (3H), é muito utilizado em experimen-
4
e) __ ​  1 ​ . tos de marcação isotópica na química orgâ-
2 nica e na bioquímica. Porém, um dos proble-
6. (Unirio) O 201Tℓ é um isótopo radioativo usa- mas em utilizá-lo é que sua meia-vida é de
do na forma de TℓCℓ3 (cloreto de tálio), para 12,3 anos, o que causa um tempo de espera
diagnóstico do funcionamento do coração. longo para que se possa descartá-lo no lixo
Sua meia-vida é de 73 h (aproximadamente comum.
3 dias). Qual será a taxa de trítio daqui a 98 anos em
Certo hospital possui 20 g desse isótopo. Sua uma amostra preparada hoje (100%)?
a) 0%
massa, em gramas, após 9 dias, será igual a:
b) 12,55%
a) 1,25.
c) 7,97%
b) 2,5.
d) 0,39%
c) 3,3.
e) 0,78%
d) 5,0.
e) 7,5.

7. (PUC-Camp) O iodo-125, variedade radioativa


E.O. Fixação
do iodo com aplicações medicinais, tem meia-
vida de 60 dias. Quantos gramas de iodo-125 1. (Fatec) Em abril de 1986, um nome ficou na
irão restar, após 6 meses, a partir de uma memória da humanidade: Chernobyl. Neste
amostra contendo 2,00 g do radioisótopo: ano comemoram-se os 20 anos do pior aci-
a) 1,50. dente da história da indústria nuclear.
b) 0,75. Supondo-se ser o Sr-90, (cuja meia-vida é de
c) 0,66. 28 anos) a única contaminação radioativa,
d) 0,25. em 2098 a quantidade desse isótopo terá se
e) 0,10. reduzido a:

133
a) 1/2 da quantidade inicialmente presente. As variações das massas desses radioisóto-
b) 1/4 da quantidade inicialmente presente. pos foram acompanhadas ao longo dos ex-
c) 1/8 da quantidade inicialmente presente. perimentos. O gráfico a seguir ilustra as ob-
d) 1/16 da quantidade inicialmente presente. servações experimentais obtidas durante as
e) 1/32 da quantidade inicialmente presente.
primeiras duas horas de acompanhamento.
2. (UPE) Um hospital foi denunciado por rea-
lizar sessões de radioterapia com um equi-
pamento cujo irradiador, denominado bom-
ba de cobalto (cobalto-60), está vencido. O
cobalto-60 é usado como fonte de radiação
gama e possui um período de semidesinte-
gração de 5,26 anos. Esse hospital realiza
sessões de radioterapia para o tratamento
contra o câncer, utilizando radiações ioni-
zantes com o objetivo de destruir as células
neoplásicas para obter uma redução ou o de-
saparecimento da lesão maligna. O equipa-
mento lança feixes de radiação direcionados
para o local contendo as células afetadas. A
Sobre esse experimento é INCORRETO afir-
instituição alegou que as bombas de cobal-
to-60 foram adquiridas há 6 anos e atendem mar que:
às especificações de tempo de utilização. a) a meia-vida do 212Bi é de 60 minutos.
Nesse caso, a denúncia é infundada porque b) após aproximadamente 25 minutos do início
a) a fonte de irradiação manteve a massa de do experimento, a relação entre a massa de
cobalto-60, em razão da reversibilidade da 212
Bi e a massa de 214Po é igual a 3.
reação de desintegração. c) no decaimento do 214Bi forma-se o isótopo
b) a concentração de radioisótopo na bomba pas- 210
TI.
sa a tornar mais perigoso o trabalho do técnico d) após 4 horas do início do experimento, ainda
responsável pelo manuseio do equipamento.
c) apesar da diminuição da massa da amostra radio- restam 12,5 mg de 212Bi sem sofrer desinte-
ativa, mantém-se a emissão de radiação gama; gração radioativa.
logo, o tratamento continua sendo eficaz.
d) a quantidade de cobalto radioativo presente 5. (FGV) O ítrio-90, meia-vida = 3 dias, emis-
na amostra no momento da denúncia é 50% sor ​  
–1 ​b
0
  , é empregado como radiofármaco no
menor que no período inicial de utilização tratamento de artrite reumatoide. O percen-
do irradiador.
tual de Y-90, que permanece após 9 dias em
e) o cobalto-60 continua sofrendo reações de
transmutação, ao ter seus núcleos bombar- que ele foi empregado no paciente, e o pro-
deados com radiações gama no interior do duto de seu decaimento radiativo são, res-
equipamento. pectivamente:
a) 12,5% e ítrio-89.
3. (PUC-PR) Um elemento radioativo com b) 12,5% e zircônio-90.
Z = 53 e A = 131 emite partículas alfa e beta, c) 33% e estrôncio-90.
perdendo 75 % de sua atividade em 32 dias. d) 33% e zircônio-90.
Determine o tempo de meia-vida deste ra-
dioisótopo. 6. (UEPG) O tempo de meia-vida do radioisóto-
a) 8 dias po 55Cs137 é de 30 anos. Sobre o radioisótopo
b) 16 dias
Cs137, assinale o que for correto.
c) 5 dias 55

d) 4 dias 01) Uma amostra de 100 g do radioisótopo vai le-


e) 2 dias var 90 anos para diminuir para 12,5 g.
02) A emissão de uma partícula alfa do radioisó-
4. (PUC) Foram estudados, independentemen- topo vai produzir o radioisótopo 53X133.
te, o comportamento de uma amostra de 100 04) A emissão de uma partícula beta do radioi-
mg do radioisótopo bismuto-212 e o de uma sótopo vai produzir o radioisótopo 56Y137.
amostra de 100 mg do radioisótopo bismu- 08) A emissão de radiação pelo radioisótopo
to-214. Essas espécies sofrem desintegração 55
Cs137 não altera o seu número de elétrons.
radioativa distinta, sendo o bismuto-212 um 16) O radioisótopo 55Cs137 é instável apenas por-
emissor b enquanto que o bismuto-214 é um que possui um número elevado de prótons
emissor a. no seu núcleo.

134
7. (UEG) Considere que determinado sistema a) a meia-vida do carbono-14 é cerca de 1.000
contenha uma massa A de um radioisótopo anos menor do que os 6.000 anos do Império
hipotético, cuja meia-vida seja de 45 segun- Egípcio.
dos. Ao transcorrerem 5,25 minutos, a massa b) para que fosse alcançada esta relação 14C/12C
do elemento radioativo que estará presente no tecido vegetal, seriam necessários, ape-
nesse sistema será igual a: nas, cerca de 3.000 anos.
a) A/8. c) a relação 14C/12C de 25%, em comparação
b) A/16. com a de um tecido vegetal vivo, correspon-
c) A/64. de à passagem de, aproximadamente, 1.500
d) A/128. anos.
d) ele pertenceu a um vegetal que morreu há
cerca de 11.500 anos.
8. (UERN) O iodo-131, utilizado em Medicina
e) ele é relativamente recente, tendo perten-
Nuclear para exames de tireoide possui a cido a uma planta que viveu há apenas 240
meia-vida de oito dias. Isso significa que, de- anos, aproximadamente.
corridos 8 dias, a atividade ingerida pelo pa-
ciente será reduzida a metade. Passados mais
8 dias, cairá a metade desse valor, ou seja, 1/4
da atividade inicial e assim sucessivamente. E.O. Complementar
Após 80 dias, o iodo-131 estará cerca de:
1. (Espcex) O radioisótopo cobalto-60 (​60 
27C
​  o) é
a) 10 vezes menor.
b) 100 vezes menor. muito utilizado na esterilização de alimentos,
c) 1.000 vezes menor. no processo a frio. Seus derivados são empre-
d) 10.000 vezes menor. gados na confecção de esmaltes, materiais ce-
râmicos, catalisadores na indústria petrolífera
nos processos de hidrodessulfuração e refor-
9. (Vunesp) O tecnécio-99, um isótopo radio-
ma catalítica. Sabe-se que este radioisótopo
ativo utilizado em Medicina, é produzido a
possui uma meia-vida de 5,3 anos.
partir do molibdênio, segundo o processo
Considerando os anos com o mesmo número
esquematizado a seguir.
de dias e uma amostra inicial de 100 g de
cobalto-60, após um período de 21,2 anos,
a massa restante desse radioisótopo será de:
a) 6,25 g
b) 10,2 g
c) 15,4 g
d) 18,6 g
e) 24,3 g
Define-se t1/2 (tempo de meia-vida) como o
tempo necessário para que ocorra desinte- 2. (UCS) Em cinco anos, se não faltarem recur-
gração de metade do total de átomos radioa- sos orçamentários, o Brasil poderá se tornar
tivos inicialmente presentes. autossuficiente na produção de radioisóto-
É correto afirmar que: pos, substâncias radioativas que podem ser
a) X é uma partícula alfa. usadas no diagnóstico e no tratamento de
b) X é uma partícula beta. várias doenças, além de ter aplicações na in-
99
c) ao final de 12 horas, toda a massa de​ ​43​  T​ c é dústria, na agricultura e no meio ambiente.
transformada em produto Y. O ouro-198, por exemplo, é um radioisóto-
d) ao final de 12 horas, restam 72% da quanti- po que tem sido frequentemente empregado

dade inicial de 99
​ ​ Tc.
43 pela chamada “Medicina Nuclear” no diag-
e) o produto final Y é um isótopo do elemento nóstico de problemas no fígado.
de número atômico 44. Supondo que um paciente tenha ingerido
uma substância contendo 5,6 mg de 198Au, a
1
0. (Vunesp) Medidas de radioatividade de uma massa (em miligramas) remanescente no or-
amostra de tecido vegetal encontrado nas ganismo do mesmo depois de 10,8 dias será
proximidades do vale dos Reis, no Egito, re- igual a:
velaram que o teor em carbono-14 (a relação Observação: Admita que não tenha ocorrido
14
C/12C) era correspondente a 25% do valor excreção do radioisótopo pelo paciente du-
encontrado para um vegetal vivo. rante o período de tempo descrito no texto.
Sabendo que a meia-vida do carbono-14 é Dado: t1/2 do 198Au = 2,7 dias.
5.730 anos, conclui-se que o tecido fossi- a) 0,175.
lizado encontrado não pode ter pertencido b) 0,35.
a uma planta que viveu durante o antigo c) 0,7.
Império Egípcio – há cerca de 6000 anos –, d) 1,4.
pois: e) 2,8.

135
3. (PUC-PR) “Energia nuclear é toda a energia Está CORRETO o que se afirma apenas em:
associada a mudanças da constituição do nú- a) I e II.
cleo de um átomo, por exemplo, quando um b) I e III.
nêutron atinge o núcleo de um átomo de urâ- c) II e III.
nio 235, dividindo-o, parte da energia que d) II e IV.
ligava os prótons e os nêutrons é liberada em
e) I, III e IV.
forma de calor. Esse processo é denominado
fissão nuclear. A central nuclear é a instala-
ção industrial própria usada para produzir 5. (FGV) O gráfico mostra a radioatividade
eletricidade a partir de energia nuclear, que numa amostra de radiofármaco contendo
se caracteriza pelo uso de materiais radioati- Tℓ-201, usado em diagnóstico por imagem
vos que, através de uma reação nuclear, pro- do miocárdio. A abscissa mostra o número de
duzem calor. Nessas centrais existe um alto dias decorridos a partir da produção desse
grau de segurança, devido à matéria-prima fármaco e a ordenada mostra a radioativida-
radioativa empregada”. de correspondente naquele dia.
Fonte: <http://www.mundoeducacao.com/
quimica/uso-energia-nuclear.htm>.

A respeito do assunto, assinale a alternativa


CORRETA.
a) Fissão nuclear é a junção de núcleos atômi-
cos, liberando energia maior quando compa-
rada à fusão nuclear.
b) Se um elemento radioativo, em 100 anos,
sofrer uma desintegração de 93,75% da sua
massa, este elemento químico terá, nestas
condições, uma meia-vida de 25 anos.
c) Uma das vantagens do uso da radioatividade
para produção de energia elétrica é o de não
causar efeito estufa, e desvantagem, os ga- Dados: Ai/Af = 2x, x = número de meias-vidas
ses tóxicos produzidos. e log 2 = 0,3.
d) Temos três partículas naturais: alfa, beta e A radioatividade nessa amostra (Af) será de
gama. cerca de 1 milésimo da inicial (Ai), após:
e) A bomba atômica é um exemplo de fusão nu- a) 15 dias.
clear, enquanto a bomba de hidrogênio é um
b) 30 dias.
exemplo de fissão nuclear.
c) 2 meses.
4. (UPE) Entre os elementos químicos produ- d) 4 meses.
zidos pelo homem, a obtenção do mende- e) 6 meses.
lévio (Md,Z = 101), a partir do einstênio
(Es,Z = 99), talvez tenha sido a mais dra-
mática. O Es foi obtido acidentalmente, pela
explosão de uma usina nuclear no oceano E.O. Dissertativo
Pacífico, em 1952. Toda a quantidade exis-
tente desse elemento foi usada, para um 1. (UFRJ) Considere a ingestão de um compri-
bombardeamento com núcleos de hélio, no mido que contenha 100 mg de ciprofibrato
acelerador de partícula da Universidade de – medicamento utilizado para o controle
Berkeley. O resultado foi a formação de uma da concentração de colesterol no sangue –
pequena quantidade do isótopo 256 do men-
e que a sua absorção pelo organismo seja
delévio, que tem meia-vida igual a 1,5 h.
total. Considere, ainda, que a meia-vida do
Analise as afirmativas a seguir:
ciprofibrato, no plasma sanguíneo, é de 96
I. O einstênio produzido na explosão da
usina foi o isótopo 252. horas. Determine o tempo, em dias, para que
II. Se inicialmente foram produzidos 0,05 a quantidade de ciprofibrato no plasma san-
g do mendelévio, após três horas, resta- guíneo se reduza a 6,25 mg.
riam 1,25 × 10-2 g do isótopo.
III. O mendelévio é um elemento químico hipo- 2. (UFG) Em 1987, na cidade de Goiânia, apro-
tético, uma vez que faltam registros de rea- ximadamente 20 g de 137Cs foram manipula-
ções químicas envolvendo os seus átomos. dos por várias pessoas, causando um gran-
IV. A fim de produzir novos elementos quí- de acidente radiológico. Sabendo-se que a
micos, são necessários processos que massa final do 137Cs, após 240 anos, será de
envolvem uma pequena quantidade de 0,08 g, esboce um gráfico que represente o
energia, grande espaço físico e água para decaimento da massa em função do tempo e
resfriamento do sistema. calcule o tempo de meia-vida do 137Cs.

136
3. (UFRJ) esforço de guerra. Era um dia claro e quen-
te de verão e às 8h, Shizuko e seus colegas
iniciavam a derrubada de parte das casas de
madeira do centro de Hiroshima para tentar
criar um cordão de isolamento anti-incêndio
no caso de um bombardeio incendiário aéreo.
Estima-se que, no Brasil, a quantidade de Àquela altura, ninguém imaginava que Hi-
alimentos desperdiçados seria suficiente roshima seria o laboratório de outro tipo de
para alimentar 35 milhões de pessoas. Uma bombardeio, muito mais devastador e letal,
das maneiras de diminuir esse desperdício é para o qual os abrigos anti-incêndio foram
melhorar a conservação dos alimentos. Um inúteis”.
dos métodos disponíveis para tal fim é sub- “Hiroshima, Japão. Passear pelas ruas de Hi-
meter os alimentos a radiações ionizantes, roshima hoje – 60 anos depois da tragédia
reduzindo, assim, a população de micro-or- que matou 140 mil pessoas e deixou cicatrizes
ganismos responsáveis por sua degradação. eternas em outros 60 mil, numa população de
Uma das tecnologias existentes emprega o 400 mil – é nunca esquecer o passado. Apesar
isótopo de número de massa 60 do Cobalto de rica e moderna com seus 1,1 milhão de
como fonte radioativa. Esse isótopo decai habitantes circulando em bem cuidadas ruas
pela emissão de raios gama e de uma partí-
e avenidas, os monumentos às vítimas do ter-
cula b e é produzido pelo bombardeamento
ror atômico estão em todos os lugares”.
de átomos de Cobalto de número de massa
Sessenta anos após o fim da Segunda Guerra
59 com nêutrons.
Mundial, ainda nos indignamos com a tragé-
(Dados: Co (Z = 27); Ni (Z = 28)). dia lançada sobre Hiroshima e Nagasaki. A
a) Escreva a reação de produção do Cobalto-60 bomba que destruiu essas cidades marcou o
a partir do Cobalto-59 e a reação de decai- início da era nuclear. O fenômeno se consti-
mento radioativo do Cobalto-60. tui de uma reação em cadeia, liberando uma
b) Um aparelho utilizado na irradiação de ali- grande quantidade de energia, muito maior
mentos emprega uma fonte que contém, do que aquela envolvida em reações químicas.
inicialmente, 100 gramas de Cobalto-60. Em virtude disso, a fissão nuclear é usada nas
Admitindo que o tempo de meia-vida do Co- usinas termoelétricas, que visam a transfor-
balto-60 seja de cinco anos, calcule a massa mar energia térmica em energia elétrica. O
desse isótopo presente após quinze anos de combustível principal é o Urânio. Consideran-
utilização do aparelho. do as equações a seguir:

4. (Ufrrj) Para determinar a constante de Avo- 0


n1 + 92U235 é 56Ba140 + X + 3 0n1
gadro, Rutherford observou a seguinte série n1 + 92U235 é Y + 57La143 + 3 0n1
0
radioativa:
a) determine X e Y, com número atômico e nú-
Ra226 é 86Rn é 84Po é 82Pb é 83Bi é
88
mero de massa de cada um.
Po é 82Pb
84
b) Sabendo-se que o tempo de meia vida do
A partir desta série, responda: Urânio (92U235) é 4,5 bilhões de anos, calcule
a) Qual será a relação entre o número de par- ​ 1  ​uma de-
o tempo necessário para reduzir a __
4
tículas a e partículas b emitidas na série terminada massa desse nuclídeo.
radioativa anterior? Justifique.
b) Sabendo que a meia vida do Polônio-218 é 6. (USCS) Elemento químico é visto transfor-
de 3,1 minutos, calcule o tempo que uma mando-se em outro pela primeira vez
amostra leva para desintegrar 87,5 % de sua
massa.

5. (Ufrrj)
FIM DA 2ª GUERRA MUNDIAL
BOMBA ATÔMICA
SESSENTA ANOS DE TERROR NUCLEAR
Destruídas por bombas, Hiroshima e Naga-
saki hoje lideram luta contra essas armas
Domingo, 31 de julho de 2005 - O GLOBO Químicos da Universidade de Tufts, nos Es-
Gilberto Scofield Jr. Enviado especial Hiroshima, Japão tados Unidos, flagraram todo o processo
“Shizuko Abe tinha 18 anos no dia 6 de agos- durante o qual o iodo-125, um isótopo ra-
to de 1945 e, como todos os jovens japoneses dioativo usado em terapias contra o câncer,
durante a Segunda Guerra Mundial, ela ha- se transformava em telúrio-125, um isótopo
via abandonado os estudos para se dedicar ao não radioativo do elemento telúrio.

137
A transformação de um elemento em outro foi documentada em um experimento no qual uma
gota de água contendo o iodo-125 foi depositada sobre uma camada fina de ouro. Quando a água
evaporou, a amostra foi observada ao microscópio, até finalmente ser flagrado o decaimento de um
dos átomos de iodo presentes na amostra.
(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)

a) Sabendo que, para gerar o 125  
​52​  Te, o decaimento do 125
​53I​   ocorre por captura de elétrons, apresente a equa-
ção que descreve essa reação nuclear.
b) Uma amostra de iodo foi colocada para secar em uma camada de ouro durante 10 dias. O gráfico regis-
tra a curva de decaimento dessa amostra depois da secagem.

Com base no gráfico, determine a meia-vida do iodo-125.

7. (USCS) O ano de 1986 é lembrado como o ano do maior acidente nuclear já registrado na história:
a explosão do reator número 4 da usina nuclear de Chernobyl. Esse reator utilizava o isótopo 235
do urânio como combustível, que sofre o fenômeno representado na figura.

Outro acidente nuclear, com consequências menos desastrosas, já havia ocorrido em 1979. O rea-
tor da usina de Three Mile Island gerou 1.000 m3 de gás hidrogênio, que foi removido antes que
ocorresse uma explosão. Esse gás pode ter sido produzido pela reação entre zircônio (massa molar
91 g ∙ mol-1), um dos elementos das ligas que compõem algumas partes do reator, e vapor d’água,
em altas temperaturas:

Zr(s) + 2H2O(V) → ZrO2(S) + 2H2(g)

a) Cite o nome do fenômeno representado pela figura, que se inicia com o bombardeio do U-235 por um

nêutron. Considerando que o nuclídeo X1 seja o 141
​56B​  a, calcule o número de massa do nuclídeo X2.

b) Considere que, nas condições internas de um reator nuclear, o volume molar de um gás seja 18,2 L
· mol-1. Calcule a massa de zircônio consumida, em toneladas, para a produção de 1.000 m3 de gás
hidrogênio.

8. (Fac. Santa Marcelina) Analise a sequência que representa as emissões radioativas naturais para o
nuclídeo  
​ 82​  Pb.
212

138
Sabe-se que, ao emitir mais uma partícula beta, o nuclídeo Y forma um núcleo estável e que a di-
minuição da atividade do nuclídeo X ocorre de acordo com o gráfico.

a) Determine o número atômico e o número de massa do átomo formado na estabilização do nuclídeo Y.


Qual a semelhança existente entre esse átomo formado e o átomo inicial?
b) Uma solução do nuclídeo X foi tratada com sulfeto de sódio (Na2S) resultando em uma massa de 4,0 g
do sal X2S3. Escreva a equação iônica que representa a formação desse sal e determine o tempo neces-
sário para que ele se desintegre até restar 0,5 g de X2S3.

9. (UFPR) A datação de objetos pode se base- A partir da injeção de glicose marcada com
ar em diversos métodos, sendo o método esse nuclídeo, o tempo de aquisição de uma
por radioisótopos, em especial carbono-14, imagem de tomografia é cinco meias-vidas.
um dos mais conhecidos e empregados para Considerando que o medicamento contém
artefatos arqueológicos. Em estudos sobre o 1,00 g do carbono-11, a massa, em miligra-
histórico de contaminação ambiental, que mas, do nuclídeo restante, após a aquisição
datam desde a Revolução Industrial, o ra- da imagem, é mais próxima de:
a) 0,200.
dionuclídeo natural 210Pb tem sido utilizado
b) 0,969.
para se estimar a data de deposição de sedi-
c) 9,80.
mentos contaminados em lagos e estuários.
d) 31,3.
O 210Pb possui tempo de meia-vida (t1/2) de e) 200.
22,5 anos e é mais adequado para datação de
eventos recentes que o 14C, cujo t1/2 = 5.730
2. (Enem 2017) A técnica do carbono-14 per-
anos. Acerca desse assunto: mite a datação de fósseis pela medição dos
a) Explique o que é tempo de meia-vida (t1/2). valores de emissão beta desse isótopo pre-
b) Considerando que o sedimento a ter sua data sente no fóssil. Para um ser em vida, o má-
estimada apresenta atividade de 210Pb equi- ximo são 15 emissões beta/(min g). Após a
valente a 12,5% da atividade no momento da morte, a quantidade de 14C se reduz pela me-
deposição (t = 0), qual a idade do sedimento? tade a cada 5.730 anos.
A prova do carbono 14. Disponível em: http://noticias.
terra.com.br. Acesso em: 9 nov. 2013 (adaptado).

E.O. Enem Considere que um fragmento fóssil de mas-


sa igual a 30 g foi encontrado em um sítio
1. (Enem) Glicose marcada com nuclídeos de arqueológico, e a medição de radiação apre-
carbono-11 é utilizada na medicina para se sentou 6.750 emissões beta por hora. A ida-
obter imagens tridimensionais do cérebro, de desse fóssil, em anos, é:
por meio de tomografia de emissão de pó- a) 450.
sitrons. A desintegração do carbono-11 gera b) 1.433.
um pósitron, com tempo de meia-vida de c) 11.460.
d) 17.190.
20,4 min, de acordo com a equação da reação
e) 27.000.
nuclear:

   ​  é  
​ 6C
11
   +  01​ e​  
​ 5​B
11

(pósitron)

139
E.O. UERJ Considere as informações a seguir:
§§ o decaimento do rádio-226 produz radô-
Exame de Qualificação nio-222 e hélio-4;
§§ os gases hélio e radônio têm comporta-
mento ideal;
1. (UERJ) Considere o gráfico da desintegração
§§ não há reação entre os gases no interior
radioativa de um isótopo:
da ampola.
Calcule a pressão, em atm, no interior da am-
pola, 7,6 dias após o início do experimento.

2. (UERJ) Considere a tabela a seguir, na qual são


apresentadas algumas propriedades de dois
radioisótopos, um do polônio e um do rádio.

Meia-vida Partícula
Radioisótopo
(anos) emitida
Polônio-208 3 α
Rádio-224 6 β
Para que a fração de átomos não desintegra-
dos seja 12,5% da amostra inicial, o número Em um experimento, duas amostras de mas-
necessário de dias é: sas diferentes, uma de polônio-208 e outra
a) 10. de rádio-224, foram mantidas em um reci-
b) 15. piente por 12 anos. Ao final desse período,
c) 20. verificou-se que a massa de cada um desses
d) 25. radioisótopos era igual a 50 mg.
Calcule a massa total, em miligramas, de radio-
isótopos presente no início do experimento.
2. (UERJ) Uma das consequências do acidente Escreva também os símbolos dos elementos
nuclear ocorrido no Japão em março de 2011
químicos formados no decaimento de cada
foi o vazamento de isótopos radioativos que
podem aumentar a incidência de certos tu- um desses radioisótopos.
mores glandulares. Para minimizar essa pro-
babilidade, foram prescritas pastilhas de io- 3. (UERJ) Recentemente, a imprensa noticiou
deto de potássio à população mais atingida o caso do envenenamento por polônio-210
pela radiação. de um ex-agente secreto soviético. Sabe-se,
A meia-vida é o parâmetro que indica o tem- em relação a esse isótopo, que:
po necessário para que a massa de uma cer- §§ ao se desintegrar, emite uma partícula alfa;
ta quantidade de radioisótopos se reduza à §§ em 420 dias, uma amostra de 200 mg de-
metade de seu valor. Considere uma amostra cai para 25 mg;
de 53I33, produzido no acidente nuclear, com §§ o isótopo formado nesse decaimento for-
massa igual a 2 g e meia-vida de 20 h. Após ma um íon divalente.
100 horas, a massa dessa amostra, em mili-
Admita que o sulfato desse íon divalente te-
gramas, será cerca de:
a) 62,5. nha sido submetido, em solução aquosa, ao
b) 125. processo de eletrólise com eletrodos inertes.
c) 250. Calcule o tempo de meia-vida do polônio-210.
d) 500.
4. (UERJ) Na datação de rochas pode-se em-
pregar a técnica do potássio-40. A conversão
E.O. UERJ deste isótopo em argônio-40, por captura de
elétron, tem meia-vida de 1,28 × 109 anos e
Exame Discursivo é representada pela seguinte equação:

1. (UERJ) O isótopo rádio-226, utilizado em K19 +  


40
​  0​b
-1    → 40Ar18
tratamentos medicinais, é um alfa-emissor a) Estime a idade, em anos, de uma amostra de
com tempo de meia-vida de 3,8 dias. Para rocha cuja razão entre os números de isóto-
estudar a decomposição do rádio-226, reali- pos de argônio-40 e potássio-40 seja igual a
zou-se um experimento em que uma amostra 7. Assuma que todo o argônio presente na
sólida de 1 mol dessa substância foi introdu- rocha foi produzido a partir do potássio-40.
zida em uma ampola com capacidade de 8,2 b) Existe uma outra forma de decaimento do
L. Nessa ampola, a pressão interna inicial potássio-40, que consiste na emissão de
era igual a 1,5 atm e a temperatura, cons- uma partícula beta. Escreva a equação quí-
tante em todo o experimento, igual a 27 °C. mica que representa esta emissão.

140
5. (UERJ 2017) O berquélio (Bk) é um elemento químico artificial que sofre decaimento radioativo.
No gráfico, indica-se o comportamento de uma amostra do radioisótopo 249Bk ao longo do tempo.

Sabe-se que a reação de transmutação nuclear entre o 249Bk e o 48Ca produz um novo radioisótopo
e três nêutrons.
Apresente a equação nuclear dessa reação. Determine, ainda, o tempo de meia-vida, em dias, do
249
Bk.
Dado:

E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)


1. (Fuvest) O decaimento radioativo de uma amostra de Sr-90 está representado no gráfico a seguir.
Partindo-se de uma amostra de 40,0 g, após quantos anos, aproximadamente, restarão apenas 5,0
g de Sr-90:
massa de Sr-90 em gramas

tempo em anos
a) 15.
b) 50.
c) 90.
d) 100.
e) 120.

141
2. (Unesp) Um radioisótopo, para ser adequado para fins terapêuticos, deve possuir algumas qualida-
des, tais como: emitir radiação gama (alto poder de penetração) e meia-vida apropriada. Um dos
isótopos usados é o tecnécio-99, que emite este tipo de radiação e apresenta meia-vida de 6 horas.
Qual o tempo necessário para diminuir a emissão dessa radiação para 3,125 % da intensidade inicial:
a) 12 horas.
b) 18 horas.
c) 24 horas.
d) 30 horas.
e) 36 horas.

3. (Fuvest) O isótopo radioativo Cu-64 sofre decaimento beta, conforme representado:



​C
64
29  ​  u é  
​Z
64
30 ​   n +​  
-1​b
0
  

A partir de amostra de 20,0 mg de Cu-64, observa-se que, após 39 horas, formaram-se 17,5 mg de
Zn-64.
Sendo assim, o tempo necessário para que metade da massa inicial de Cu-64 sofra decaimento beta
é cerca de:
a) 6 horas.
b) 13 horas.
c) 19 horas.
d) 26 horas.
e) 52 horas.

4. (Unesp) Durante sua visita ao Brasil em 1928, Marie Curie analisou e constatou o valor terapêutico
das águas radioativas da cidade de Águas de Lindoia, SP. Uma amostra de água de uma das fontes
apresentou concentração de urânio igual a 0,16 μg/L. Supondo que o urânio dissolvido nessas
águas seja encontrado na forma de seu isótopo mais abundante, 238U, cuja meia-vida é aproxima-
damente 5 × 109 anos, o tempo necessário para que a concentração desse isótopo na amostra seja
reduzida para 0,02 μg/L será de:
a) 5 × 109 anos.
b) 10 × 109 anos.
c) 15 × 109 anos.
d) 20 × 109 anos.
e) 20 × 109 anos.

5. (Fuvest) Considere os seguintes materiais:


I. Artefato de bronze (confeccionado pela civilização inca).
II. Mangueira centenária (que ainda produz frutos nas ruas de Belém do Pará).
III.Corpo humano mumificado (encontrado em tumbas do Egito antigo).
O processo de datação, por carbono-14, é adequado para estimar a idade apenas do(s) material(is):
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

6. (Fuvest) A seguinte notícia foi veiculada por ESTADAO.COM.BR/Internacional na terça-feira, 5 de


abril de 2011:
TÓQUIO – A empresa Tepco informou, nesta terça-feira, que, na água do mar, nas pro-
ximidades da usina nuclear de Fukushima, foi detectado nível de iodo radioativo cin-
co milhões de vezes superior ao limite legal, enquanto o césio-137 apresentou índice
1,1 milhão de vezes maior. Uma amostra recolhida no início de segunda-feira, em uma área ma-
rinha próxima ao reator 2 de Fukushima, revelou uma concentração de iodo-131 de 200 mil bec-
querels por centímetro cúbico.
Se a mesma amostra fosse analisada, novamente, no dia 6 de maio de 2011, o valor obtido para a
concentração de iodo-131 seria, aproximadamente, em Bq/cm3.
Note e adote: meia-vida de um material radioativo é o intervalo de tempo em que metade dos
núcleos radioativos existentes em uma amostra desse material decaem. A meia-vida do iodo-131
é de 8 dias.

142
a) 100 mil. Pu242 + 20Ca48 → 114Xa → 112Y286 + b
94
b) 50 mil.
c) 25 mil. Com base nestas equações, pode-se dizer que
d) 12,5 mil. a e b são, respectivamente:
e) 6,2 mil. a) 290 e partícula beta.
b) 290 e partícula alfa.
c) 242 e partícula beta.
7. (Fuvest) O isótopo 14 do carbono emite ra-
d) 242 e nêutron.
diação b, sendo que 1 g de carbono de um
e) 242 e pósitron.
vegetal vivo apresenta cerca de 900 decai-
mentos b por hora – valor que permanece
1
0. (Fuvest) Utilizando um pulso de laser*, diri-
constante, pois as plantas absorvem conti- gido contra um anteparo de ouro, cientistas
nuamente novos átomos de 14C da atmosfera britânicos conseguiram gerar radiação gama
enquanto estão vivas. Uma ferramenta de suficientemente energética para, atuando
madeira, recolhida num sítio arqueológico, sobre um certo número de núcleos de iodo-
apresentava 225 decaimentos b por hora por 129, transmutá-los em iodo-128, por libera-
grama de carbono. Assim sendo, essa ferra- ção de nêutrons. A partir de 38,7 g de iodo-
menta deve datar, aproximadamente, de: 129, cada pulso produziu cerca de 3 milhões
Dado: meia vida do carbono – 45 = 5700 anos de núcleos de iodo-128. Para que todos os
a) 19.100 a.C. núcleos de iodo-129 dessa amostra pudes-
b) 17.100 a.C. sem ser transmutados, seriam necessários x
c) 9.400 a.C. pulsos, em que x é:
d) 7.400 a.C. Dado: constante de Avogadro = 6,0 × 1023mol-1.*
e) 3.700 a.C. laser = fonte de luz intensa
a) 1 × 103.
8.
(Fuvest) Um centro de pesquisa nuclear b) 2 × 104.
possui um cíclotron que produz radioisóto- c) 3 × 1012.
pos para exames de tomografia. Um deles, o d) 6 × 1016.
Flúor-18 (18F), com meia-vida de aproxima- e) 9 × 1018.
damente 1h 30 min, é separado em doses, de 1
1. (Unesp) Em 2011 comemoramos o Ano In-
acordo com o intervalo de tempo entre sua ternacional da Química (AIQ). Com o tema
preparação e o início previsto para o exame. “Química: nossa vida, nosso futuro”, o AIQ-
Se o frasco com a dose adequada para o exame 2011 tem como objetivos aumentar o conhe-
de um paciente A, a ser realizado 2 horas de- cimento do público sobre a química, desper-
pois da preparação, contém NA átomos de 18F, tar o interesse entre os jovens e realçar as
o frasco destinado ao exame de um paciente contribuições das mulheres para a ciência.
B, a ser realizado 5 horas depois da prepara- Daí a justa homenagem à cientista polonesa
ção, deve conter NB átomos de 18F, com: Marie Curie (1867-1934), que há 100 anos
(A meia-vida de um elemento radioativo é o conquistava o Prêmio Nobel da Química com
intervalo de tempo após o qual metade dos a descoberta dos elementos polônio e rádio.
átomos inicialmente presentes sofreram de- O polônio resulta do decaimento radiativo
sintegração.) do bismuto, quando este núcleo emite uma
a) NB = 2 NA. partícula b em seguida, o polônio emite uma
b) NB = 3 NA. partícula α resultando em um núcleo de
c) NB = 4 NA. chumbo, como mostra a reação.
d) NB = 6 NA.
e) NB = 8 NA.  
​ B
​  i
210
83 
 X​ Y ​ Po  
​  MP
82  ​  b

O número atômico X, o número de massa Y e


9. (Unesp) Cientistas russos conseguem isolar o número de massa M, respectivamente, são:
o elemento 114 superpesado. a) 82,207,210.
("Folha Online", 31.05.2006.)
b) 83,206,206.
Segundo o texto, foi possível obter o elemen- c) 83,210,210.
to 114 quando um átomo de plutônio-242 co- d) 84,210,206.
lidiu com um átomo de cálcio-48, a 1/10 da e) 84,207,208.
velocidade da luz. Em cerca de 0,5 segundo,
o elemento formado transforma-se no ele- 1
2. (Unesp) Já se passaram 23 anos do acidente
mento de número atômico 112 que, por ter de Goiânia, quando em 1987, em um ferro-
propriedades semelhantes às do ouro, forma -velho, ocorreu a abertura de uma cápsula
amálgama com mercúrio. O provável proces- contendo o material radioativo Cs-137, que
so que ocorre é representado pelas equações apresenta meia-vida de 30 anos. Sabendo
nucleares: que, à época do acidente, havia 19,2 g de

143
Cs-137 na cápsula, o tempo, em anos, que Em relação a 1987, a fração de césio-137, em
resta para que a massa desse elemento seja %, que existirá na fonte radioativa 120 anos
reduzida a 2,4 g é igual a: após o acidente, será, aproximadamente,
a) 67. a) 3,1.
b) 77. b) 6,3.
c) 80. c) 12,5.
d) 90. d) 25,0.
e) 97. e) 50,0.

13. (Unifesp) Quando se fala em isótopos ra-


dioativos, geralmente a opinião pública os
associa a elementos perigosos, liberados por
E.O. Dissertativas
reatores nucleares. No entanto, existem isó- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
topos de elementos naturais que estão pre-
sentes no nosso dia. O gráfico mostra a ciné- 1. (Unesp) O isótopo radioativo 86Rn222, formado
tica de desintegração do rádio-226, que pode a partir de 92U238 por emissões sucessivas de
estar presente em materiais de construção, partículas alfa e beta, é a principal fonte de
em geral em concentrações muito baixas contaminação radioativa ambiental nas proxi-
para que se possa comprovar qualquer rela- midades de jazidas de urânio. Por ser gasoso,
ção com danos à saúde. As coordenadas de o isótopo 86Rn222 atinge facilmente os pulmões
um ponto do gráfico são indicadas na figura. das pessoas, onde se converte em 84Po218, com
um tempo de meia-vida de 3,8 dias.
a) Calcule o número de partículas alfa e de par-
tículas beta emitidas, considerando a forma-
ção de um átomo de radônio, no processo
global de transformação do 92U238 em 86Rn222.
Considere as variações dos números atômi-
cos e dos números de massa que acompa-
nham a emissão de partículas alfa e beta,
para a resolução da questão.
b) Calcule o tempo necessário para que o nú-
mero N0 de átomos de 86Rn222, retido nos pul-
mões de uma pessoa, seja reduzido a N0/16
pela conversão em 84Po218.
Dados: m = m0 · 2-t/c onde
m: massa no tempo t; 2. (Unicamp) A cada quatro anos, durante os Jo-
m0: massa no tempo 0; gos Olímpicos, bilhões de pessoas assistem à
c: tempo de meia-vida. tentativa do Homem e da Ciência de superar
A meia-vida desse isótopo, em anos, é igual a: limites. Podemos pensar no entretenimento,
a) 1400. na geração de empregos, nos avanços da Ci-
b) 1500. ência do Desporto e da tecnologia em geral.
c) 1600. Como esses jogos podem ser analisados do
d) 1700. ponto de vista da Química? As questões a se-
e) 1800. guir são exemplos de como o conhecimento
químico é ou pode ser usado nesse contexto.
O gás ozônio, empregado como biocida, foi
1
4. (Fuvest 2018) O ano de 2017 marca o tri- muito utilizado na Olimpíada de Beijing
gésimo aniversário de um grave acidente de na desinfecção da água do complexo “Water
contaminação radioativa, ocorrido em Goiâ- Cube”. Sua estabilidade química depende de
nia em 1987. Na ocasião, uma fonte radioa- alguns fatores, conforme se observa na tabela
tiva, utilizada em um equipamento de radio- a seguir. Consta que a temperatura da água
terapia, foi retirada do prédio abandonado das piscinas desse complexo foi mantida a
de um hospital e, posteriormente, aberta no 28 °C para melhorar o desempenho dos atle-
ferro-velho para onde fora levada. O brilho tas, enquanto o ambiente era mantido a 20 °C.
azulado do pó de césio-137 fascinou o dono a) Considere que, como medida preventiva,
parte do gás ozônio fosse produzida com
do ferro-velho, que compartilhou porções do
certa antecedência e estocada em botijões
material altamente radioativo com sua famí- dentro do próprio prédio, para ser utilizada
lia e amigos, o que teve consequências trági- em uma emergência. De acordo com os dados
cas. O tempo necessário para que metade da fornecidos, depois de quanto tempo a con-
quantidade de césio-137 existente em uma centração desse gás dentro dos botijões seria
fonte se transforme no elemento não radio- ​ 1 ​ da concentração de quando o boti-
igual a __
8
ativo bário-137 é trinta anos. jão foi preenchido? Justifique sua resposta.

144
b) A partir dos dados da tabela, o que se pode 6. (Unicamp) Entre o "doping" e o desempe-
afirmar sobre a estabilidade do ozônio? nho do atleta, quais são os limites? Um cer-
Dados: to "β-bloqueador", usado no tratamento de
asma, é uma das substâncias proibidas pelo
Ozõnio dissolvi-
Ozônio em fase gasosa
do em água Comitê Olímpico Internacional (COI), já que
provoca um aumento de massa muscular e
Temperatura /°C t1/2 Temperatura /ºC t1/2
diminuição de gordura. A concentração des-
–50 3 meses 15 30 min. sa substância no organismo pode ser mo-
–35 18 dias 20 20 min. nitorada através da análise de amostras de
–25 8 dias 25 15 min. urina coletadas ao longo do tempo de uma
investigação. O gráfico mostra a quantida-
20 2 dias 30 12 min.
de do "β-bloqueador" contida em amostras
120 1,5 horas 35 8 min. da urina de um indivíduo, coletadas perio-
dicamente durante 90 horas após a ingestão
3. (Unesp) Para determinar o tempo em que da substância. Este comportamento é válido
certa quantidade de água permaneceu em também para além das 90 horas. Na escala de
aquíferos subterrâneos, pode-se utilizar a quantidade, o valor 100 deve ser entendido
composição isotópica com relação aos teores como sendo a quantidade observada num tem-
de trítio e de hidrogênio. A água da chu- po inicial considerado arbitrariamente zero.
va apresenta a relação 1H3/1H1 = 1,0 × 10–17 a) Depois de quanto tempo a quantidade eli-
e medições feitas na água de um aquífero minada corresponderá a 1/4 do valor inicial,
mostraram uma relação igual a 6,25 × 10–19. ou seja, duas meias-vidas de residência da
Um átomo de trítio sofre decaimento radio- substância no organismo?
ativo, resultando em um átomo de um isóto- b) Suponha que o "doping" para esta subs-
po de hélio, com emissão de uma partícula tância seja considerado positivo para va-
b. Forneça a equação química para o de- lores acima de 1,0 × 10-6 g/mL de urina
–1
caimento radioativo do trítio e, sabendo que (1 micrograma por mililitro) no momento
da competição. Numa amostra coletada 120
sua meia-vida é de 12 anos, determine por
horas após a competição, foram encontra-
quanto tempo a água permaneceu confinada
dos 15 microgramas de "β-bloqueador" em
no aquífero. 150 mL de urina de um atleta. Se o teste fos-
se realizado em amostra coletada logo após
4. (Unesp) O cobre 64 (29Cu64) é usado na forma a competição, o resultado seria positivo ou
de acetato de cobre para investigar tumores negativo? Justifique.
no cérebro. Sabendo-se que a meia vida des-
te radioisótopo é de 12,8 horas, pergunta-se:
a) Qual a massa de cobre 64 restante, em mili-
ramas, após 2 dias e 16 horas, se sua massa
inicial era de 32 mg?
b) Quando um átomo de cobre 64 sofrer decaimen-
to, emitindo duas partículas a, qual o número
de prótons e nêutrons no átomo formado?

5. (Unesp) A Tomografia PET permite obter


imagens do corpo humano com maiores de-
talhes, e menor exposição à radiação, do que
as técnicas tomográficas atualmente em uso. 7. (Fuvest) Para determinar o volume de san-
A técnica PET utiliza compostos marcados gue de uma pessoa, injeta-se em sua corren-
com 6C11. Este isótopo emite um pósitron, te sanguínea uma solução aquosa radioativa
+1
b0, formando um novo núcleo, em um pro- de citrato de gálio e, depois de certo tempo,
cesso com tempo de meia-vida de 20,4 minu-
colhe-se uma amostra de sangue e mede-se
tos. O pósitron emitido captura rapidamen-
sua atividade.
te um elétron, -1b0, e se aniquila, emitindo
Em uma determinação, a concentração do
energia na forma de radiação gama.
radioisótopo gálio-67 na solução era de
a) Escreva a equação nuclear balanceada que
representa a reação que leva à emissão do 1,20 × 1012 átomos por mililitro, no momen-
pósitron. O núcleo formado no processo é do to de sua preparação. Decorridas 24 horas
elemento B(Z = 5), C(Z = 6), N(Z = 7) ou de sua preparação, 1,00 mL dessa solução
O(Z = 8)? foi injetado na pessoa. A coleta de sangue
b) Determine por quanto tempo uma amostra de foi feita 1 hora após a injeção, sendo que a
6
C11 pode ser usada, até que sua atividade ra- amostra coletada apresentou 2,00 × 108 áto-
dioativa se reduza a 25% de seu valor inicial. mos de gálio-67 por mililitro. A diminuição
da concentração do radioisótopo deveu-se

145
apenas ao seu decaimento radioativo e à sua 9. (Unicamp) A Revista nº 162 apresenta uma
diluição no sangue. pesquisa desenvolvida no Instituto de Pes-
a) Use o gráfico a seguir para determinar de quisas Energéticas e Nucleares (IPEN) sobre
quanto caiu a atividade do gálio-67, após 25 a produção de fios de irídio-192 para tratar
horas. tumores. Usados em uma ramificação da ra-
Dados: dioterapia chamada braquiterapia, esses
fios são implantados no interior dos tumo-
res e a radiação emitida destrói as células
cancerígenas e não os tecidos sadios. O 192Ir
se transforma em 192Pt por um decaimento
radioativo e esse decaimento em função do
tempo é ilustrado na figura a seguir.

b) Calcule o volume de sangue da pessoa exa-


minada.
c) O gálio-67 emite radiação γ quando seu nú-
cleo captura um elétron de sua eletrosfera.
Escreva a equação dessa reação nuclear e
identifique o nuclídeo formado.

a) Considerando que a radiação é gerada por


8. (Unicamp 2017) A braquiterapia é uma téc- uma liga que contém inicialmente 20% de
nica médica que consiste na introdução de 192
Ir e 80% de 192Pt, depois de quantos dias
pequenas sementes de material radiativo nas essa liga se transformará em uma liga que
proximidades de um tumor. Essas sementes, contém 5% de 192Ir e 95% de 192Pt? Mostre
mais frequentemente, são de substâncias seu raciocínio.
como 192Ir, 103Pd ou 125I. Estes três radioisóto- b) O decaimento radiativo pode originar três
pos sofrem processos de decaimento através diferentes tipos de partículas: a, b e γ. Para
da emissão de partículas   ​  0 ​b
-1   . A equação de efeito de resposta ao item, considere apenas
decaimento pode ser genericamente repre- a e b. A partícula b tem uma massa igual
sentada por A ​pX
 ​  →    ​  +  
​p'Y
A'
​  0 ​b
-1   , em que X e Y são à massa do elétron, enquanto a partícula a
os símbolos atômicos, A e A' são os números tem uma massa igual à do núcleo do átomo
de massa e p e p' são os números atômicos de hélio. Considerando essas informações,
dos elementos. que tipo de decaimento sofre o 192Ir, a ou b?
a) Tomando como modelo a equação genérica Justifique.
fornecida, escolha apenas um dos três radio-
isótopos utilizados na braquiterapia, consul- 10. (Unifesp) 2011 é o Ano Internacional da
te a tabela periódica e escreva sua equação
Química; neste ano, comemoram-se também
completa no processo de decaimento.
b) Os tempos de meia-vida de decaimento (em os 100 anos do recebimento do Prêmio Nobel
dias) desses radioisótopos são: 192Ir (74,2), de Química por Marie Curie, pela descoberta
103
Pd(17) e 125I(60,2). Com base nessas infor- dos elementos químicos rádio e polônio. Ela
mações, complete o gráfico abaixo, identifi- os obteve purificando enormes quantidades
cando as curvas A, B e C com os respectivos de minério de urânio, pois esses elementos
radioisótopos, e colocando os valores nas cai- estão presentes na cadeia de decaimento do
xas que aparecem no eixo que indica o tempo. urânio-238. Vários radionuclídeos dessa ca-
deia emitem partículas alfa (​4 2 ​a
  ) ou beta ne-
gativa (b-).
a) O Po-210 decai por emissão alfa com meia-
-vida aproximada de 140 dias, gerando um
elemento estável. Uma amostra de Po-210
de altíssima pureza foi preparada, guardada
e isolada por 280 dias. Após esse período,
quais elementos químicos estarão presentes
na amostra e em que proporção, em número
de átomos?
Dados: 46Pd; 47Ag; 53I; 54Xe; 77Ir; 78Pt.

146
b) Qual o número de partículas alfa e o número
de partículas beta negativa que são emitidas Gabarito
na cadeia de decaimento que leva de um ra-
dionuclídeo de Ra-226 até um radionuclídeo
de Po-210? Explique. E.O. Aprendizagem
1. D 2. A 3. B 4. D 5. E
1
1. (Unifesp) No estudo do metabolismo ósseo
em pacientes, pode ser utilizado o radioisó- 6. B 7. D 8. B 9. C 10. D
topo Ca−45, que decai emitindo uma partícu-
la beta negativa, e cuja curva de decaimento
é representada na figura. E.O. Fixação
1. D 2. C 3. B 4. D 5. B

6. 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31

7. D 8. C 9. B 10. D

E.O. Complementar
1. A 2. B 3. B 4. A 5. B

E.O. Dissertativo
A absorção deficiente de cálcio está associada 1.
16 dias
a doenças crônicas como osteoporose, câncer
2.
Teremos:
de cólon e obesidade. A necessidade de cálcio
varia conforme a faixa etária. A OMS (Orga- 20 g é 10 g é 5 g é 2,5 g é 1,25 g é
nização Mundial da Saúde) recomenda uma é 0,625 g é 0,3125 g é 0,15625 g é
dose de 100 mg/dia na fase adulta. A suple- Tempo total = 8 P
mentação desse nutriente é necessária para 240 anos = 8 P
alguns indivíduos. Para isso, o carbonato de p = 30 anos (meia-vida)
cálcio pode ser apresentado em comprimidos
que contêm 625 mg de CaCO3.
a) Determine a meia-vida do radioisótopo
Ca−45 e identifique o elemento químico re-
sultante do seu decaimento.
b) Determine o número de comprimidos do su-
plemento carbonato de cálcio que correspon-
de à quantidade de cálcio diária recomenda-
da pela OMS para um indivíduo adulto.

3.
a) 27Co59 + 0n1 é 27Co
27
Co60 é 0g0 + –1b0 + 28Ni60
b) P = 5 anos (período de semidesintegra-
ção) ä 15 anos = 3 P
P
P
P
100 g é 50 g é 25 g é 12,5 g
Após 15 anos, haverá 12,5 g desse isótopo.
4.
a) Como emitiram-se 4 partículas alfa e
​ 4 ​ = 2.
duas partículas beta, a razão será __
2
b) 9,3 minutos.
5.
a) X = 36Kr93 e Y = 35Br90.
b) 9,0 bilhões de anos.

147
6.
a) Equação que descreve a reação nuclear:
E.O. UERJ

​ 53I​   +  
125
​  0e  ​ b →  
-1 ​ 52​  
-125
Te. Exame Discursivo
b) A partir de 50%, tem-se:
1.
3,8 dias 3,8 dias
1 mol  é  0,5 mol  é  0,25 mol
Reação: 88
Ra226 é 86
RN222 é 2
He4
Início 1 0 0
Decomposição -0,75 +0,75 +0,75
Final 0,25 +0,75 +0,75
n = 0,75 + 0,75 = 1,5 mol
P · V = n · R · T ä P × 8,2 = 1,5 × 0,082 × 300
ä P = 4,5 atm
Ptotal = 1,5 + 4,5 = 6,0 atm
Conclusão: a meia-vida é de 60 dias. 2.
Os elementos químicos formados são Ac e Pb.
7. 3.
140 dias.
a) Fissão nuclear. Trata-se de um processo 4.
nuclear onde o núcleo pesado é atingido a) O resultado 7 foi obtido pela razão 7/1. A
por um nêutron que, após a colisão, li- quantidade total de isótopos é 1 + 7 = 8.
bera uma imensa quantidade de energia, p p p
nesse processo a cada colisão são libera- 8 → 4 → –2 → 1 (p = meia-vida).
dos novos nêutrons. Tempo = 3p = 3 × 1,28 × 109 = 3,84 × 109
anos.
1 235 140 93 1
0 n + 92 U → 56 Ba + 36 Kr + 3 0 n
 b) 40K19 → 0b-1 + 40Ca20
X2
5.
A partir do gráfico, para metade de 20 g ou
b) x = 2.500.000 g ou 2,5 ton seja, 10 g têm-se um tempo de meia-vida de
8. 300 dias.
a) Semelhança entre o átomo formado e o  
249
 k+ 
​ 97 ​B ​C
48  
​   a → 294   us + 3  10​ n
​ ​U ​  
átomo inicial: são isótopos, ou seja, pos- 20 117

suem o mesmo número de prótons.


b) Tempo total = 3 × 60 dias = 180 dias
9. E.O. Objetivas
a) Meia-vida é o tempo necessário para que
a atividade de um elemento radioativo se
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
reduza à metade da atividade inicial ou 1. C 2. D 3. B 4. C 5. C
para que metade da amostra seja decom-
6. D 7. C 8. C 9. B 10. D
posta.
b) Temos: 11. D 12. A 13. C 14. B
22,5 anos 22,5 anos 22,5 anos
100% é 50% é 25% é 12,5%
Tempo = 3 · 22,5 anos = 67,5 anos
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
E.O. Enem 1.
a) 4 partículas 2a4 e 2 partículas –1b0.
1. D 2. C b) 15,2 dias
2.
a) Seis dias. Pelos dados da tabela, sob tem-
E.O. UERJ peratura ambiente (20 °C), a concentra-
ção do ozônio cai pela metade a cada dois
Exame de Qualificação dias; após quatro dias será de ​ __1  ​e após
4
1. B 2. A 1  ​da concentração ini-
seis dias será de ​ __
8
cial, isto é, três meias-vidas.
b) A estabilidade do ozônio diminui com o
aumento da temperatura, como se obser-
va pelo valor de t1/2.

148
A estabilidade do ozônio é menor em solução. Para temperaturas iguais (20 °C, por exemplo),
o valor de t1/2 em solução é de 20 minutos, enquanto na fase gasosa ele é de 2 dias.
3.
A equação:

1
H3 é 2He3 + –1b0
A água ficou confinada no aquífero por 48 anos.
A relação inicial entre o trítio e o prótio é de 1 × 10–17 até decair a 6,25 × 10–19 é dada pela
figura a seguir.
1 × 10–17 é 5,0 × 10–18 é 2,5 × 10–18 é
é 1,25 × 10–18 é 6,25 × 10–19
Tempo total = 4 × 12 anos = 48 anos.
4.
a) 1 mg.
b) P = 25 (prótons).
N = 31 (nêutrons).
5.
a) 6C11 → +1β0 + 5B11
O núcleo formado é do elemento boro (Z = 5).
b) 40,8 minutos.
6.
a) 60 horas.
b) Após 120 h temos:
c = 240 μg/150 mL = 1,6 μg/mL > 1,0 μg/mL
Conclusão: o resultado seria positivo.
7.
a) A atividade do gálio-67 caiu de 20% nas 25 horas (de 1,0 para 0,8).
b) 4,80 L de sangue.
c) 31Ga67 + -1b0 → γ + 30Zn67.
8.
a) Equações completas no processo de decaimento para os três elementos (de acordo com o enun-
ciado pode-se escolher apenas um deles):

b) Conclusão:

9.
a) Depois de 160 dias (80 dias + 80 dias), essa liga será transformada em uma liga que contém
5% de 192Ir e 95% de 192Pt.
b) Então,

192  
​ 77I ​  → 192 ​  t +  
​ 78P  ​  0 ​b
-1  
O decaimento será do tipo beta.

149
10.
Pr oporção :
a) Proporção:
N 210 3N 206
84
Po 82
Pb
: ⇒ N 210 : 3N 206
4 4 84
Po 82
Pb

b) 88 = 2x –y + 84 ⇒ 88 = 2.4 –y + 84 ⇒ y = 4
11.
a) O elemento químico resultante do decai-
mento tem 21 prótons, logo é o escândio.
b) A partir da dose recomendada, teremos
para quantidade diária:
1000 mg — n comprimidos
250 mg — 1 comprimido
n = 4 comprimidos.

150
© r.classen/Shutterstock

Aulas 13 e 14

Introdução à Química Orgânica


Competências 5 e 7
Habilidades 17, 18, 24 e 26
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
Origem da expressão Química Orgânica
Torbern Olof Bergman, químico sueco (1777), empregou pela primeira vez a expressão Química Orgânica.
§§ Compostos orgânicos: substâncias de organismos vivos.
§§ Compostos inorgânicos: substâncias do reino mineral.
Na época, o desenvolvimento da Química Orgânica era prejudicado pela crença de que somente era possível
extrair substâncias orgânicas a partir dos organismos vivos (animais e vegetais), porque compostos obtidos a partir
de organismos vivos eram complexos demais para serem sintetizados. Tratava-se de uma teoria, conhecida pelo
nome de "teoria da força vital", formulada por Jöns Jacob Berzelius, que afirmava: “a força vital é própria da
célula viva e o homem não poderá criá-las em laboratório”.
Em 1828, após várias tentativas, um dos discípulos de Berzelius, Friedrich Wöhler, conseguiu obter uma
substância encontrada na urina e no sangue, conhecida pelo nome de ureia, pelo aquecimento de cianato de amô-
nio, um composto inorgânico. Começou, assim, a queda da teoria da força vital:

calor
NH4OCN

Cianeto de amônio ureia


Reação de aquecimento do cianeto de amônio para obter a ureia. Essa reação ficou conhecida como síntese de Wöhler.

Após o êxito desta experiência, vários cientistas voltaram ao laboratório para obter outras substâncias orgânicas
(em 1862, foi obtido o acetileno e, em 1866, foi obtido o benzeno). Assim, a teoria da força vital foi totalmente derrubada.
Com o tempo, foi percebida que a definição de Bergman para a Química Orgânica não era adequada;
então, o químico alemão Friedrich August Kekulé propôs a nova definição aceita atualmente: “Química Orgânica é
o ramo da Química que estuda os compostos do carbono”. Essa afirmação está de fato correta; contudo, nem todo
o composto que contém carbono é orgânico, como o dióxido de carbono (CO2), o ácido carbônico (H2CO3), o grafite
etc.; mas todos os compostos orgânicos contêm carbono, na sua maioria (atualmente, já foram sintetizados com-
postos “orgânicos” que não contêm carbonos). Essa parte da Química, além de estudar a estrutura, propriedades,
composição, reações e síntese de compostos orgânicos que, por definição, contenham carbono, podem também
conter outros elementos, como o hidrogênio (na sua maioria) e o oxigênio. Alguns deles contêm nitrogênio, halo-
gênios e, mais raramente, fósforo e enxofre.

Cronologia de acontecimentos e preparações, após a síntese de Wohler


1828: Hennel preparou o álcool etílico.
1846: O doutor John C. Warren realizou, no Hospital Geral de Massachusetts (EUA), a primeira intervenção
cirúrgica de grande porte com o emprego de éter como anestésico, fato que inaugurou a era dos
anestésicos na Medicina.
1847: O doutor James Simpson, cirurgião em Edimburgo, usou pela primeira vez o clorofórmio como anestésico.
1848: Frankland e Kolbe preparam o ácido acético.
1854: Berthelot preparou o gás metano.
1929: Descoberta da penicilina por Alexander Fleming.
1935: Químicos do Instituto Pasteur, na França, descobriram a sulfanilamida: substância de ação bactericida.
A seguir, foram descobertas outras sulfas.
1945: Químicos e físicos da Inglaterra e dos Estados Unidos descobriram várias penicilinas – agentes anti-
bacterianos mais eficazes que as sulfas e sintetizaram a Penicilina G.

153
Características gerais das moléculas orgânicas
Quais são as inúmeras propriedades e significativa diversidade dos compostos do carbono tão exploradas na bio-
logia e na indústria?
§§ Primeiramente, deve-se distinguir compostos orgânicos de inorgânicos.
Os orgânicos são constituídos fundamentalmente por quatro elementos, C, H, O e N, denominados elemen-
tos organógenos.
§§ Também são dotados de combustão, uma vez que são compostos de C e de H, na sua maioria. A queima
completa dessas substâncias produz CO2 e H2O; a incompleta produz CO; e a parcial, apenas C (fuligem).
Um composto orgânico que contenha C e H ou C, H e O corresponde a:

Observação: a combustão incompleta dos combustíveis produz CO, que, inalado, une-se à hemoglobina e
impede que ela exerça seu papel de transportar oxigênio para o sangue. Produz também carvão, que carac-
teriza fuligem, liberada principalmente pelos caminhões desregulados.

§§ Ligações e forças intermoleculares. Parte significativa dos compostos orgânicos exibe apenas ligações
covalentes. Em razão disso, as forças de atração intermoleculares predominantes são as forças de dipolo
instantâneo-dipolo induzido. Posteriormente, aparecem as forças de atração entre dipolos permanentes,
dentre elas as pontes de hidrogênio.
§§ Estabilidade. Em princípio, os compostos orgânicos apresentam pouca estabilidade diante de agentes
externos, como temperatura, pressão, ácidos concentrados, entre outros. Se aquecidos, a maioria deles sofre
combustão completa, produzindo CO2, incompleta, formando CO, ou carbonização, originando carbono.
§§ Ponto de fusão e de ebulição. Moleculares, na sua maioria, os compostos orgânicos apresentam pontos
de fusão e de ebulição baixos, o que justifica a predominância do estudo de compostos gasosos e líquidos
pela Química Orgânica. Os sólidos, na sua maioria, são facilmente fusíveis.
§§ Solubilidade. Os compostos orgânicos, em geral, são solúveis em solventes apolares e insolúveis em sol-
ventes polares, como a água.
§§ Velocidade das reações. As reações orgânicas da maioria das substâncias moleculares e de grande massa
molar são lentas. Por isso, requerem o uso de catalisadores. O aquecimento para aumentar essa velocidade
deve ser cuidadoso, uma vez que elevadas temperaturas podem degradar os compostos orgânicos.

Características do átomo de carbono


Em 1852, o químico inglês Edward Frankland publicou um trabalho em que aparecia a expressão “valência”,
relacionada à provável capacidade de ligação dos átomos. Poucos anos depois, o químico alemão August Kekulé
levantou hipóteses extraordinárias, que causariam um grande avanço no estudo das substâncias orgânicas.

Postulados de Kekulé
1. O carbono teria quatro valências.

154
2. Os átomos de C poderiam formar cadeias.

3. Os átomos de C poderiam unir-se entre si, utilizando uma ou mais valências.

C—C C=C C;C


Ligação simples Ligação dupla Ligaçao tripla

Os átomos de C têm significativa capacidade de ligar-se a outros átomos de C ou aos de diferentes elemen-
tos, formando sequências estáveis. Cadeia é o nome dado à sequência de átomos ligados entre si.
§§ Em todas as cadeias carbônicas observa-se que o número de ligações covalentes de um átomo de C é igual
a quatro. Entretanto, dois átomos de C podem ligar-se entre si por ligações simples, duplas ou triplas.

Representação de cadeias carbônicas


A representação da cadeia carbônica mediante segmentos de reta (bond line formula) ainda não tem nome oficial
em português. Essa representação obedece ao seguinte código:
§§ A cadeia deve ser representada como um ziguezague.
§§ As pontas nas extremidades de uma cadeia correspondem ao grupo CH3.
§§ A junção de dois traços na extremidade de uma cadeia corresponde a um grupo CH2.
§§ A junção de três traços na extremidade de uma cadeia indica um grupo CH.
§§ A junção de quatro traços corresponde a um carbono quaternário (ligado a quatro outros átomos de carbono).

Exemplos:

155
Classificação dos carbonos
De acordo com os átomos a ele ligados
Um átomo de carbono pode ser classificado de acordo com o número de átomos de carbono diretamente ligados a ele:
§§ primário: ligado a 1 ou a nenhum átomo de carbono.
§§ secundário: ligado a 2 átomos de carbono.
§§ terciário: ligado a 3 átomos de carbono.
§§ quaternário: ligado a 4 átomos de carbono.

Exemplo:

P = primário
S = secundário
T = terciário
Q = quaternário

Observe que o tipo de ligação de um átomo de carbono – simples, dupla ou tripla – não importa. O que
importa são quantos átomos de carbono estão diretamente ligados a ele.

De acordo com o tipo de ligação (sigma - s e pi - p)


e com o tipo de hibridação (hibridização)
Ligação do Hibridação Ângulo
Ligações
átomo do átomo Geometria entre as Exemplo
estabelecidas
de carbono de carbono ligações
4 simples 4s sp3 tetraédrica 109º28’ CH4

2 simples e 1 dupla 3s e 1p sp2 trigonal plana 120º H2C = O

1 simples e 1 tripla 2s e 2p sp linear 180º H—C;N

2 duplas 2s e 2p sp linear 180º O=C=O

Classificação das cadeias carbônicas


Uma grande variedade de cadeias orgânicas exige que se faça a classificação delas segundo critérios.
1. Quanto ao fechamento da cadeia
§§ Cadeia aberta ou acíclica: se percorrida num sentido qualquer para chegar a uma extremidade.

156
§§ Cadeia fechada ou cíclica: se houver fechamento na cadeia em forma de ciclo, núcleo ou anel.

§§ Cadeia mista: quando um composto apresenta cadeia carbônica com uma parte cíclica e outra parte
acíclica ao mesmo tempo na molécula em questão.

§§ Cadeia alifática: muitos confundem como cadeia aberta, mas cadeia alifática significa cadeia não
aromática, ou seja, pode ser cadeia aberta, fechada ou conter ambas (cadeia mista), mas não pode
conter aromaticidade na molécula em questão.
§§ Cadeia alicíclica: é aquela que apresenta anéis (cadeia fechada), saturados ou insaturados, sem a
presença de aromaticidade.

2. Quanto à disposição
§§ Cadeia normal, reta ou linear: se contiver apenas átomos de carbono primários e/ou secundários.

§§ Cadeia ramificada: se contiver átomos de carbono terciários e/ou quaternários.

157
3. Quanto à saturação
§§ Saturada: se entre átomos de carbono houver apenas ligações simples.

Essa cadeia é saturada porque a dupla ligação está fora da cadeia,


ocorrendo entre o carbono e o oxigênio.

§§ Insaturada: se entre átomos de carbono houver ligações duplas e/ou triplas.

4. Quanto à natureza
§§ Homogênea: se entre átomos de carbono houver apenas átomos de carbono.

Esta cadeia é homogênea porque o oxigênio está fora da cadeia.

§§ Heterogênea: se entre átomos de carbono houver átomo diferente de carbono.

158
Compostos aromáticos
Dentre as numerosas cadeias cíclicas da Química Orgânica, uma das mais importantes é o núcleo (ou anel) benzê-
nico. Trata-se do composto mais simples que esse anel apresenta – o benzeno (C6H6).

1. Compostos aromáticos mononucleares ou mononucleados: se contiver um único anel benzênico.

2. Compostos aromáticos polinucleares ou polinucleados: se contiver vários anéis benzênicos subdivi-


didos em:
§§ polinucleares isolados: se os anéis não tiverem átomos de carbono em comum.

§§ polinucleares condensados: se os anéis tiverem átomos de carbono em comum.

Resumo das cadeias carbônicas

159
Quando a classificação da cadeia carbônica for aromática, normalmente não é necessário classificar em
mononuclear/polinuclear ou condensada/isolada.

Teoria na prática
1. (FGV) A indústria de alimentos utiliza vários tipos de agente flavorizante para dar sabor e aroma a balas e
gomas de mascar. Entre os mais empregados estão os sabores de canela e de anis.

A fórmula molecular da substância I, que apresenta sabor de canela, é:


a) C9H8O.
b) C9H9O.
c) C8H6O.
d) C8H7O.
e) C8H8O.
Resolução:

A fórmula molecular da substância I, que apresenta sabor de canela, possui 9 átomos de carbono, 8 átomos
de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio. Assim, a fórmula molecular é C9H8O.

2. (UFMG) A estrutura dos compostos orgânicos pode ser representada de diferentes modos.
Analise estas quatro fórmulas estruturais.

A partir dessa análise, é correto afirmar que o número de compostos diferentes representados nesse con-
junto é:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
Resolução:
Todas as quatro fórmulas representam a mesma molécula.
H3C — CH — CH2 — OH
|
CH3
Alternativa A

160
3. (PUC-RS) O ácido etilenodiaminotetracético, conhecido como EDTA, utilizado como antioxidante em marga-
rinas, de fórmula:

Fórmula do EDTA (ácido etilenodiaminotetracético)

apresenta cadeia carbônica:


a) acíclica, insaturada, homogênea.
b) acíclica, saturada, heterogênea.
c) acíclica, saturada, homogênea.
d) cíclica, saturada, heterogênea.
e) cíclica, insaturada, homogênea.
Resolução:
De acordo com a estrutura acima, podemos ver que a cadeia é aberta ou acíclica, pois não há fechamento
da cadeia; é saturada, pois apresenta somente ligações simples entre carbonos (a dupla entre carbono e
oxigênio não é considerada insaturação); é heterogênea, pois há heteroátomos (N) entre os carbonos.
Logo, apresenta cadeia carbônica acíclica, saturada e heterogênea.
Alternativa B

161
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

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Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Composto Aromático

www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2017/01/19/the-wall-street-journal-cientista-
reproduz-cheiro-do-dolar-e-coloca-em-frascos/

162
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Quem nunca se pegou lendo rótulos dos produtos enquanto tomava banho? Ou dos refrigerantes e outros produ-
tos industrializados enquanto se alimentava? Pois bem, qualquer pessoa que tenha feito isso, terá reparado que
nos rótulos das embalagens estão descritas as misturas realizadas para se chegar àquele determinado produto
que está sendo consumido. As substâncias que constituem esses produtos sempre estarão descritas de uma forma
padrão, respeitando a “norma culta” da linguagem química, para que não haja complicações durante a leitura de
uma fórmula de um determinado produto. Isso garante que, em qualquer lugar, se saiba do que tal determinado
produto é constituído, no caso de compostos orgânicos.

INTERDISCIPLINARIDADE

A Química Orgânica, como área de conhecimento, é muito vasta, sendo necessário criar e padronizar uma “lingua-
gem” para que tudo o que seja tratado desse conhecimento, possa ser entendido em qualquer parte do mundo.
A partir de várias reuniões internacionais, foi definida uma linguagem oficial e mundial para a química,
denominada nomenclatura IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry), que deve ser padronizada
e compreendida por todos, com regras a se seguir para organizar e descrever qualquer substância orgânica em
qualquer parte do mundo.
Nesse sentido, se comparado à língua nativa dos países, esta forma de nomeação dos compostos se asse-
melha por conta de poder ser entendida em qualquer parte do mundo. Por exemplo, em países onde o português
é a língua oficial, há comunicação entre o falante e o ouvinte, desde que seja falada a língua padrão para aquele
ambiente, ou seja, um brasileiro consegue transmitir tranquilamente sua mensagem a alguém que reside em Cabo
Verde, se seguidas as regras da língua em que está sendo transmitida a mensagem. Na química não é diferente,
esse padrão é muito importante para que se tenha a cooperação por parte de muitos pesquisadores do mundo,
ajudando a proliferar bons frutos na área da pesquisa.

163
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 17 - Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e


representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

A linguagem na química é essencial, ainda mais se tratando de química orgânica. No


composto representado na questão abaixo é um clássico exemplo do porquê a nomencla-
tura do composto é tão importante. Seu nome oficial é dado como 2-(4-{2-[3,5-bis (pent-
1-in-1-il)fenil]etinil}-2,5-bis(3,3-dimetilbut-1-in-1-il)fenil)-1,3-dioxolano1,3-dioxolane,
2-[2,5-bis(3,3-dimetil-1-butin-1-il)-4-[2-(3,5-di-1-pentin-1-ilfenil)etinil]fenil], usualmen-
te conhecido como Nanokid. Por conta de nomes como esse é que foi cada vez mais se
aprimorando as nomenclaturas na química orgânica para a adequação e facilitação da
pronunciação desses compostos.

Modelo
(Enem) As moléculas de nanoputians lembram figuras humanas e foram criadas para estimular o
interesse de jovens na compreensão da linguagem expressa em fórmulas estruturais, muito usadas
em química orgânica. Um exemplo é o NanoKid, representado na figura:

Em que parte do corpo do NanoKid existe carbono quaternário?


a) Mãos.
b) Cabeça.
c) Tórax.
d) Abdômen.
e) Pés.

164
Análise Expositiva

Habilidade 17
A química orgânica é uma das áreas com as maiores descobertas no mundo da química. Por
conta disso é de extrema importância uma padronização da nomenclatura dos compostos e
caracterização de algumas funções dela.
Carbono quaternário é aquele que se liga a quatro outros átomos de carbono, isto ocorre nas
mãos do nanokid. Então:

Alternativa A

Estrutura Conceitual

Pode Cadeia
Substância ser Orgânica Tem
carbônica

Aberta Fechada Mista Saturada Insaturada Homogênea Heterogênea


Pode Pode Contém Inclui
ser ser

Dupla Heteroátomo
Não
Normal aromática C=C
Ou

Ramificada Aromática
Tripla
C=C

165
E.O. Aprendizagem 4. (UFRGS) A serricornina, utilizada no contro-
le do caruncho-do-fumo, é o feromônio se-
xual da Lasioderma serricorne.
1. (Unitau) Observe a fórmula: Considere a estrutura química desse feromô-
nio.

As quantidades totais de átomos de carbono


primário, secundário e terciário são, respec-
tivamente: A cadeia dessa estrutura pode ser classifica-
a) 5, 2 e 2. da como:
b) 3, 2 e 2. a) acíclica, normal, heterogênea e saturada.
c) 3, 3 e 2. b) alifática, ramificada, homogênea e insaturada.
d) 2, 3 e 4. c) alicíclica, ramificada, heterogênea e insaturada.
e) 5, 1 e 3. d) acíclica, ramificada, homogênea e saturada.
e) alifática, normal, homogênea e saturada.
2. (UEA) O óleo da amêndoa da andiroba, ár-
vore de grande porte encontrada na região 5. (FEI) O ácido acetilsalicílico de fórmula:
da Floresta Amazônica, tem aplicações me-
dicinais como antisséptico, cicatrizante e
anti-inflamatório. Um dos principais consti-
tuintes desse óleo é a oleína, cuja estrutura
química está representada a seguir.

um analgésico de diversos nomes comerciais


(AAS, Aspirina, Buferin e outros), apresenta
O número de átomos de carbono na estrutura
cadeia carbônica:
da oleína é igual a:
a) acíclica, heterogênea, saturada, ramificada.
a) 16.
b) mista, heterogênea, insaturada, aromática.
b) 18.
c) mista, homogênea, saturada, alicíclica.
c) 19.
d) 20. d) aberta, heterogênea, saturada, aromática.
e) 17. e) mista, homogênea, insaturada, aromática.

3. (UFRGS) O ácido núdico, cuja estrutura é 6. (UFJF-PISM) O BHT é um importante antio-


mostrada abaixo, é um antibiótico isolado xidante sintético utilizado na indústria ali-
de cogumelos como o Tricholoma nudum. mentícia. Sobre o BHT é correto afirmar que
ele apresenta:

Em relação a uma molécula de ácido núdico,


é correto afirmar que o número total de áto-
mos de hidrogênio, de ligações duplas e de
ligações triplas é, respectivamente:
a) 1 – 1 – 2. a) 2 carbonos quaternários.
b) 1 – 2 – 3. b) fórmula molecular C14H21O.
c) 3 – 1 – 2. c) 2 substituintes n-butila.
d) 3 – 2 – 3. d) 3 carbonos com hibridação sp2.
e) 5 – 1 – 3. e) 5 carbonos terciários.

166
7. (UFRGS) A fumaça liberada na queima de 1
0. (UFSM) O odor de muitos vegetais, como o de
carvão contém muitas substâncias cancerí- menta, louro, cedro e pinho, e a cor de ou-
genas, dentre elas os benzopirenos, como, tros, como a de cenouras, tomates e pimen-
por exemplo, a estrutura: tões, são causados por uma grande classe de
compostos naturais denominados terpenos.
Observe o esquema a seguir.

Sua cadeia carbônica corresponde a um:


a) hidrocarboneto, insaturado, aromático, com
núcleos condensados. Marque a alternativa que apresenta, corre-
b) hidrocarboneto, alicíclico, insaturado, com tamente, o número de elétrons π correspon-
três núcleos condensados. dente a cada terpeno.
c) heterocíclico, saturado, aromático. a) 4 – mirceno; 2 – geraniol; 4 – linalol; 4 – ci-
d) ciclo homogêneo, saturado, aromático. tronelal.
e) alqueno, insaturado, não aromático. b) 6 – mirceno; 4 – geraniol; 4 – linalol; 2 – ci-
tronelal.
8. (PUC-MG) A substância responsável pelo c) 6 – mirceno; 4 – geraniol; 4 – linalol; 4 – ci-
odor característico da canela (Cinnamomum tronelal.
zeulanicum) tem nome usual de aldeído ci- d) 4 – mirceno; 2 – geraniol; 2 – linalol; 2 – ci-
nâmico. Com fórmula mostrada na figura tronelal.
adiante: e) 6 – mirceno; 4 – geraniol; 2 – linalol; 6 – ci-
tronelal.

E.O. Fixação
possui ligações pi em número de: 1. (PUC-Camp) Na Copa do Mundo, uma das
a) 1. substâncias responsáveis pela eliminação de
b) 2. Maradona foi a efedrina:
c) 3.
d) 5.

9. (UEPG) Sobre a piperidina, de fórmula es-


trutural representada abaixo, assinale o que
for correto. Qual a fórmula molecular dessa substância?
a) C10H12NO
b) C10H20NO
c) C10H15NO
d) C10H10NO
e) C9H10NO

2. (UFU) O anuleno é um hidrocarboneto aro-


mático que apresenta a seguinte fórmula es-
01) É uma molécula acíclica. trutural simplificada:
02) Todos os átomos de carbono são hibridi-
zados em sp2.
04) É um composto de cadeia saturada.
08) Apresenta heteroátomo.

167
Sobre este composto, pode-se afirmar que: 6. (PUC-RS) A “fluoxetina”, presente na com-
a) tem fórmula molecular C18H20, 9 ligações pi posição química do Prozac, apresenta fórmu-
(p) e ângulos de 109° entre as ligações car- la estrutural:
bono-carbono.
b) tem fórmula molecular C18H18, 9 ligações pi
(p) e ângulos de 120° entre as ligações car-
bono-carbono.
c) tem fórmula molecular C18H16, 9 elétrons pi
(p) e ângulos de 109° entre as ligações car-
bono-carbono.
d) tem fórmula molecular C18H18, 9 elétrons pi
Com relação a este composto, é correto afir-
(p) e ângulos de 120° entre as ligações car-
bono-carbono. mar que apresenta:
a) cadeia carbônica cíclica e saturada.
3. (Cesgranrio) Considere os compostos I, II III, b) cadeia carbônica aromática e homogênea.
IV e V, representados abaixo pelas fórmulas c) cadeia carbônica mista e heterogênea.
respectivas. d) somente átomos de carbonos primários e se-
I. CH3CH2CH3 cundários.
II. CH3CH2COOH e) fórmula molecular C17H16ONF.
III. CH3CCH
IV. CH3CH3 7. (Mackenzie)
V. CH2CHCH3
Assinale a opção que indica somente com-
postos que possuem ligação pi (p).
a) I e V.
b) I, II e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e V.
e) III e IV.

4. (PUC-RJ) Uma forma de verificar se um


composto apresenta dupla ligação carbono-
-carbono (C = C) é reagi-lo com soluções
diluídas de permanganato de potássio (uma
solução violeta), pois essas causam o seu
descoramento. Assim, das possibilidades Sobre o limoneno, substância obtida do óleo
abaixo, assinale aquela que contém APENAS de limão, representada acima, é incorreto
compostos que vão descorar uma solução di- afirmar que:
luída de permanganato de potássio. a) apresenta uma cadeia cíclica e ramificada.
a) CH3CH2CH3 e CH3CH2CH2OH. b) apresenta duas ligações covalentes pi.
b) CH3CHCH2 e CH3CH2CH2OH. c) apresenta um carbono quaternário.
c) CH3CHCH2 e CH3COCH3. d) sua fórmula molecular é C10H16.
d) CH3CH2CH3 e CH3COCH3. e) apresenta três carbonos terciários.
e) CH3CHCH2 e CH2CHCH2OH.
8. (Unirio) O agente laranja ou 2,4-D é um tipo
5. (Mackenzie) A borracha natural é um líqui-
de arma química utilizada na Guerra do Vie-
do branco e leitoso, extraído da seringueira,
tnã como desfolhante, impedindo que solda-
conhecido como látex. O monômero que ori-
dos se escondessem sob as árvores durante
gina a borracha natural é o metil-1,3-buta-
os bombardeios.
dieno:

do qual é correto afirmar que:


a) é um hidrocarboneto de cadeia saturada e
Na estrutura do agente laranja, como mos-
ramificada.
b) é um hidrocarboneto aromático. trada na figura acima, estão presentes:
c) tem fórmula molecular C4H5. a) 4 ligações pi e 1 cadeia aromática.
d) apresenta dois carbonos terciários, um car- b) 3 ligações pi e 1 cadeia aromática.
bono secundário e dois carbonos primários. c) 1 cadeia mista e 9 ligações sigma.
e) é um hidrocarboneto insaturado de fórmula d) 1 cadeia heterogênea e 5 carbonos secundários.
molecular C5H8. e) 1 cadeia aromática e 12 ligações sigmas.

168
9. (Uepel) O Mescal é uma planta da família A respeito do pentaceno, são feitas as afir-
das Cactáceas, nativa do México, usada pela mações I, II, III e IV.
população de certas partes do país como alu- I. É uma molécula que apresenta cadeia car-
cinógeno, em rituais religiosos primitivos. O bônica aromática polinuclear.
efeito alucinógeno dessa planta é decorrente II. A sua fórmula molecular é C22H14.
de um alcaloide conhecido como mescalina. III. O pentaceno poderá ser utilizado na in-
Observe sua estrutura: dústria eletrônica.
IV. Os átomos de carbono na estrutura acima
possuem hibridização sp3.
Estão corretas:
a) I, II, III e IV.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
Mescalina d) I, III e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
Sobre a mescalina, é correto afirmar que:
I. tem fórmula molecular C11H17O3N.
II. tem na sua estrutura carbonos primários
e quaternários. E.O. Complementar
III. tem hibridação do tipo sp3-sp3 nos carbo-
nos do anel benzênico. 1. (UFPB) As funções orgânicas oxigenadas
Está(ão) correta(s): constituem uma grande família de compos-
a) todas as afirmativas. tos orgânicos, uma vez que, depois do carbo-
no e do hidrogênio, o oxigênio é o elemento
b) as afirmativas I e II.
químico de maior presença nesses compos-
c) as afirmativas II e III. tos. O comportamento químico e demais
d) as afirmativas I e III. propriedades desses compostos estão direta-
e) somente a afirmativa I. mente relacionados à maneira como os ele-
mentos químicos citados se apresentam nas
0. (Mackenzie) Cientistas “fotografam” molé-
1 moléculas das diferentes substâncias.
cula individual A xilocaína, ou lidocaína, é um composto oxi-
genado que apresenta a propriedade de atuar
Os átomos que formam uma molécula foram como anestésico local. A fórmula estrutural
visualizados de forma mais nítida pela pri- desse anestésico é representada a seguir.
meira vez, por meio de um microscópio de
força atômica. A observação, feita por cien-
tistas em Zurique (Suíça) e divulgada na re-
vista “Science”, representa um marco no que
se refere aos campos de eletrônica molecu-
lar e nanotecnologia, além de um avanço no
desenvolvimento e melhoria da tecnologia
de dispositivos eletrônicos. De acordo com Em relação à xilocaína, é incorreto afirmar que:
o jornal espanhol “El País”, a molécula de a) apresenta fórmula molecular C14H22ON2.
pentaceno pode ser usada em novos semi- b) apresenta sete átomos de carbono com hi-
condutores orgânicos. bridização do tipo sp2.
Folha Online, 28/08/2009 c) tem quatro átomos de carbono primário.
d) tem quatro ligações pi.
e) possui cadeia carbônica mista e heterogênea.

2. (UFPI) A estrutura do Acetaminofen, res-


ponsável pela atividade analgésica e antipi-
rética do Tylenol, é dada abaixo.

Acima, foto da molécula de pentaceno e, a se-


guir, representação da sua fórmula estrutural.

Escolha a opção cujos itens relacionam-se


com a estrutura fornecida.

169
a) Nº de elétrons pi: 6; nº de elétrons não li- 5. (UnB) Linus Pauling desenvolveu o conhe-
gantes: 6; nº de carbonos sp2: 6; nº de car- cimento relativo a princípios fundamentais
bonos saturados: 2. relacionados à natureza das ligações quími-
b) Nº de elétrons pi: 8; no de elétrons não li- cas e à estrutura das moléculas, propiciando
gantes: 8; nº de carbonos sp2: 6; nº de car- explicações em torno das propriedades da
bonos saturados: 2.
matéria.
c) Nº de elétrons pi: 8; nº de elétrons não li-
A partir de 1936, juntamente com assisten-
gantes: 10; nº de carbonos sp2: 1; nº de car-
bonos saturados: 7. tes e colegas, dedicou-se ao estudo das pro-
d) Nº de elétrons pi: 6; nº de elétrons não li- priedades de sistemas vivos.
gantes: 8; nº de carbonos sp2: 6; nº de car- Em 1960, introduziu a Medicina Ortomolecu-
bonos saturados: 2. lar, termo utilizado por Pauling para deno-
e) Nº de elétrons pi: 8; nº de elétrons não li- minar uma nova área do conhecimento, que
gantes: 10; nº de carbonos sp2: 7; nº de car- consiste no estudo do só racional de nutrien-
bonos saturados: 2. tes, que inclui a administração de megadoses
de minerais e vitaminas. Pauling assegurou,
3. (Ufrrj) A estrutura do geraniol, precursor de em 1972, que a vitamina C poderia aliviar,
um aromatizante com odor de rosas, está co- prevenir e, em certos casos, curar o câncer, o
locada a seguir. que gerou uma polêmica que dura até hoje.
Tanto as vitaminas quanto os sais minerais
agem nos diferentes ciclos metabólicos do
organismo, ajudando na produção de trifos-
fato de adenosina (ATP), fonte mais comum
Em relação à molécula, pode-se afirmar que: de energia nos sistemas biológicos.
a) apresenta 30 ligações sigma (s) e 2 pi (p). Trabalhos pioneiros, relacionados a enzimas
b) é um hidrocarboneto de cadeia insaturada. que participam da conversão do ATP, cuja
c) os carbonos três e quatro da cadeia principal fórmula estrutural é apresentada a seguir,
apresentam hibridações sp3 e sp2, respecti- foram realizados por três cientistas laure-
vamente. ados com o Prêmio Nobel de química, em
d) dos dez carbonos, quatro são trigonais e seis
1997 – Boyer (EUA), Walker (Inglaterra) e
são tetraédricos.
e) apresenta cadeia acíclica, ramificada, hete- Skou (Dinamarca).
rogênea e insaturada.

4. (UFSM) Considere, a seguir, o conjunto de


representações de moléculas de algumas
substâncias químicas com fundamental im-
portância na fisiologia humana.

Esse Prêmio Nobel, pela natureza das pes-


quisas envolvidas, ressalta a interdiscipli-
naridade nos processos de produção de co-
nhecimento, pois está inter-relacionado com
bioquímica, biologia etc.
O conhecimento da linguagem química e da
simbologia, em seus enunciados fundamen-
Então, qual a afirmação correta a respeito tais, é imprescindível para a compreensão
das ligações químicas existentes nas molé- das explicações propostas para os fenômenos
culas representadas? estudados.
a) Todas as moléculas contêm ligações pi entre A esse respeito, julgue os seguintes itens.
carbono sp3 e nitrogênio.
01) Na fórmula estrutural do ATP, é possível
b) Na serotonina e na tirosina, existem ligações
identificar a presença de três anéis.
pi entre carbono sp2 e oxigênio.
c) Todas as moléculas contêm, pelo menos, uma 02) A partir da fórmula apresentada, con-
ligação entre carbono sp e oxigênio. clui-se que o ATP é uma substância com-
d) Todas as moléculas contêm ligações pi em um posta.
sistema com deslocalização de elétrons. 03) Em cinco mol de moléculas de ATP, existi-
e) Somente na serotonina, existem ligações sig- rão vinte e cinco mols de átomos de nitro-
ma e pi entre átomos de carbono e nitrogênio. gênio e quinze mols de átomos de fósforo.

170
04) Em sua atividade no laboratório, um quí- 3. (Udesc – Adaptada) As moléculas orgânicas
mico pode medir diretamente, por meio (I), (II), (III) e (IV) abaixo, possuem impor-
de balanças ou frascos volumétricos, mas- tantes funções fisiológicas e farmacológicas
sas ou volumes, mas não existe maneira para os animais.
de se medir diretamente a quantidade
de matéria de uma amostra de ATP ou de
qualquer outra substância estudada.

E.O. Dissertativo
1. (UFF) A estrutura dos compostos orgânicos
começou a ser desvendada nos meados do
séc. XIX, com os estudos de Couper e Keku-
lé, referentes ao comportamento químico
do carbono. Dentre as ideias propostas, três
particularidades do átomo de carbono são
fundamentais, sendo que uma delas refere-
-se à formação de cadeias. Escreva a fórmu-
la estrutural (contendo o menor número de
átomos de carbono possível) de hidrocarbo-
netos apresentando cadeias carbônicas com
as seguintes particularidades:
a) acíclica, normal, saturada, homogênea.
b) acíclica, ramificada, insaturada etênica, ho-
mogênea.
c) aromática, mononuclear, ramificada.

2. (FGV – Adaptada) O eugenol, estrutura quí-


mica representada na figura abaixo, é uma
substância encontrada no cravo-da-índia.
Apresenta odor característico e é utilizado
em consultórios dentários como anestésico
local antes da aplicação de anestesia.
Indique (se houver) o heteroátomo em cada
molécula.

4. (UFPE) Segundo as estruturas dos compostos


descritos a seguir, quais deles não são aro-
máticos? Justifique.
O processo de obtenção do eugenol no la-
boratório químico é relativamente simples,
conforme indicado no aparato experimental
representado na figura a seguir.

a) Qual o número de átomos de carbono terciá-


rio na estrutura do eugenol? Explique.
b) Qual o nome do processo de obtenção repre-
sentado na figura?

171
5. (PUC-RJ – Adaptada) Recentemente, os pro- 8. (IFSul – Adaptada) A molécula abaixo repre-
dutores de laranja do Brasil foram surpreen- senta o b caroteno, uma substância encon-
didos com a notícia de que a exportação de trada na cenoura, que é precursora da vita-
suco de laranja para os Estados Unidos pode- mina A.
ria ser suspensa por causa da contaminação
pelo agrotóxico carbendazim, representado a
seguir.

Pede-se:
a) a sua fórmula molecular e sua massa molar.
b) o número de átomos de carbono com hibri-
dação sp2.
Responda:
a) Qual a fórmula molecular do carbendazim. 9. (Udesc – Adaptada) Analise as afirmativas
b) Qual o número de ligações sigma e de liga- em relação aos compostos a seguir. Assina-
le (V) para as afirmativas verdadeiras e (F)
ções pi na molécula?
para as falsas. Justifique cada resposta.

6. (UFG – Adaptada) A estrutura apresentada a


seguir ilustra a molécula do n-pentano.

( ) O composto (B) é um hidrocarboneto cí-


Quando essa molécula é exposta a uma ra-
clico, também conhecido como ciclopara-
diação ionizante, as ligações carbono-car- fina.
bono são rompidas, gerando fragmentos de ( ) O composto (B) é um hidrocarboneto
hidrocarbonetos. aromático.
Considerando-se o rompimento das ligações ( ) O composto (A) apresenta aromaticidade.
entre os carbonos 1 e 2 e entre os carbonos ( ) O composto (A) não é um hidrocarboneto,
2 e 3, escreva os fragmentos gerados e suas é conhecido como cicloparafina.
( ) O composto (B) é conhecido como anel
respectivas massas.
aromático.

7. (UFSCar) O Cipro (ciprofloxacino) é um anti-


biótico administrado por via oral ou intrave- E.O. UERJ
nosa, usado contra infecções urinárias e, re-
centemente, seu uso tem sido recomendado Exame de Qualificação
no tratamento do antraz, infecção causada
pelo micro-organismo Bacillus anthracis. A 1. (UERJ) Na fabricação de tecidos de algodão,
fórmula estrutural deste antibiótico é mos- a adição de compostos do tipo n-haloamina
confere a eles propriedades biocidas, matan-
trada na figura.
do até bactérias que produzem mau cheiro.
O grande responsável por tal efeito é o cloro
presente nesses compostos.

a) Qual a fórmula molecular deste antibiótico?


b) Qual a porcentagem em massa de carbono?

A cadeia carbônica da n-haloamina acima re-


presentada pode ser classificada como:

172
a) homogênea, saturada, normal.
b) heterogênea, insaturada, normal. Gabarito
c) heterogênea, saturada, ramificada.
d) homogênea, insaturada, ramificada.
E.O. Aprendizagem
2. (UERJ) O tingimento na cor azul de tecidos 1. E 2. B 3. D 4. D 5. B
de algodão com o corante índigo, feito com
o produto natural ou com o obtido sinteti- 6. A 7. A 8. D 9. 04 + 08 = 12 10. C
camente, foi o responsável pelo sucesso do
“jeans” em vários países.
Observe a estrutura desse corante:
E.O. Fixação
1. C 2. B 3. D 4. E 5. E

6. C 7. C 8. A 9. E 10. C

E.O. Complementar
Nessa substância, encontramos um número 1. C 2. E 3. D 4. D 5. V, V, V, V
de ligações pi(p) correspondente a:
a) 3.
b) 6.
c) 9.
E.O. Dissertativo
d) 12. 1.
a) CH4
b) H3C – C = CH2

E.O. Objetivas

|
CH3
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) CH3
c)
1. (Unesp) A molécula orgânica de fórmula:

2.
a)

tem a seguinte característica:


a) possui uma única ligação pi.
b) só possui ligações sigma. Carbono
c) possui dois átomos de carbono terciário. terciário
d) possui apenas um elétron pi.
Apenas um carbono terciário, isto é, que
e) é saturada.
se liga a outros 3 carbonos.
b) Trata-se de uma destilação, pois vemos
2. (Unesp) O Ibuprofen é um anti-inflamatório
muito usado. que há aquecimento da mistura e poste-
rior condensação da sustância evaporada.
3.
Heteroátomos são átomos direntes de C e H
que se situam na cadeia principal da molécu-
la. Temos:

Sobre este composto, é correto afirmar que:


a) sua fórmula molecular é C13H18O2.
b) apresenta três elétrons pi.
c) é uma cadeia heterogênea.
d) apresenta cadeia heterocíclica saturada.
e) tem massa molar igual a 174 g/mol.

173
9. V – F – V – F – F
Justificativas:
(V) O composto (B) é um hidrocarboneto cí-
clico (cicloparafina).
(F) O composto B não apresenta anel aromá-
tico.
(V) O composto A é o benzeno, principal
composto aromático.
(F) O composto é formado apenas por carbo-
no e hidrogênio, logo, é um hidrocarboneto.
(F) O composto B não é aromático.

(não há)
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. C 2. C

4.
São aromáticos os compostos que apresen- E.O. Objetivas
tam em sua estrutura anéis aromáticos como
o benzeno ( ). Dos compostos listados, so-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
mente apresentam tais anés o naftaleno, o 1. A 2. A
fenantreno, o benzeno e o fenol.
5.
a) C9H9O2N3
b) Ligações simples: 1 ligação sigma
Ligações duplas: 1 ligação sigma + ligação pi

Ligações sigma (σ) = 24


Ligações pi (π)= 5
6.
Ruptura da ligação entre os carbonos 1 e 2:

Ruptura da ligação entre os carbonos 2 e 3:

7.
a) C17H18N3O3F
b) 61,82%
8.
a) Fórmula molecular: C40H56; 536 g/mol.
b) Cada carbono da insaturação possui hi-
bridação sp2: são 22 carbonos.

174
Aulas 15 e 16

Hidrocarbonetos
Competências 5, 6 e 7
Habilidades 18, 19, 23, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
Como na Inorgânica, a Química Orgânica agrupa as substâncias com propriedades químicas semelhantes em
razão das características estruturais comuns. Cada função orgânica é caracterizada por um grupo funcional, uma
combinação específica de átomos que conferem suas propriedades químicas, como –COOH, grupo funcional que
caracteriza a função ácido carboxílico.
O desenvolvimento da Química Orgânica forçou o estabelecimento de uma nomenclatura das funções or-
gânicas internacionalmente comum.
Criada para evitar confusões, essa nomenclatura vem sendo desenvolvida pela IUPAC (União Internacional
de Química Pura e Aplicada) e é considerada a nomenclatura oficial. Algumas substâncias, no entanto, ainda são
identificadas pelos nomes consagrados pelo uso comum: é a nomenclatura usual.

Hidrocarbonetos
Compostos formados unicamente por carbono e hidrogênio que podem ser representados genericamente por CxHy,
cuja nomenclatura leva o sufixo o.
São hidrocarbonetos acíclicos e saturados, isto é, apresentam cadeias abertas e somente ligações sim-
ples entre os carbonos.

1. Alcanos ou parafinas – fórmula geral CnH2n + 2


São hidrocarbonetos alifáticos saturados, ou seja, apresentam cadeia aberta (acíclica) com ligações simples tão
somente. Do latim parum, pequena, e affinis, afinidade, o termo parafina significa pouco reativo.

Exemplos:

Fórmula estrutural Fórmula molecular ä fórmula geral

C3H8 ä CnH2n + 2
n = número de átomos de carbono = 3
2n + 2 = número de átomos de hidrogênio = 8

C4H10
n = número de átomos de carbono = 4
2n + 2 = número de átomos de hidrogênio = 10

177
Propriedades físicas dos alcanos

Os alcanos são pouco reativos, ou seja, não reagem com quase nenhuma substância. Por esse motivo, são chama-
dos também de parafinas ou parafínicos.
Não são muito reativos porque as ligações entre C – H e C – C são muito estáveis e difíceis de serem
quebradas. São mais utilizados para a queima (combustão), ou seja, são usados como combustíveis, para o forne-
cimento de energia.
Os alcanos são compostos apolares, apresentando interação dipolo induzido – dipolo induzido entre as mo-
léculas. Logo, os de até 4 átomos de carbono são gases em condições ambientes (de 25 °C e 760 mmHg); alcanos
com 5 a 17 átomos de carbono são líquidos, e os demais, sólidos.
Eles são insolúveis em água e solúveis em solventes apolares, como o clorofórmio e o benzeno. Possuem
densidades menores que 1 g ∙ cm-3, flutuando sobre a água.

2. Alcenos (alquenos) – fórmula geral CnH2n


Também conhecidos como olefinas, são hidrocarbonetos acíclicos contendo uma única ligação dupla entre os
carbonos em sua cadeia carbônica.

Exemplos:

Fórmula estrutural Fórmula molecular ä fórmula geral

C3H6 ä CnH2n
n = número de átomos de carbono = 3
2n = número de átomos de hidrogênio = 6

C4H8
n = número de átomos de carbono = 4
2n = número de átomos de hidrogênio = 8

Propriedades físicas dos alcenos

Os alcenos apresentam essencialmente as mesmas propriedades físicas dos alcanos: são insolúveis em água e
solúveis em solventes apolares; são menos densos que a água e os pontos de ebulição aumentam de forma igual
segundo o número de carbonos na cadeia.
Os alcenos são mais reativos que os alcanos por possuírem uma ligação dupla, que é mais fácil de ser que-
brada. Sofrem reações de adição e também de polimerização.

178
3. Alcinos (alquinos) – fórmula geral CnH2n – 2
São hidrocarbonetos acíclicos contendo uma única ligação tripla entre os carbonos em sua cadeia carbônica.

Exemplo:

Fórmula estrutural Fórmula molecular ä fórmula geral

C5H8 ä CnH2n – 2
n = número de átomos de carbono = 5
2n – 2 = número de átomos de hidrogênio = 8

Propriedades físicas dos alcinos

Os alcinos são compostos de baixa polaridade e apresentam essencialmente as mesmas propriedades físicas dos
alcanos e dos alcenos: são insolúveis em água e solúveis em solventes apolares; são menos densos que a água e
têm os pontos de fusão e de ebulição crescentes com o aumento do número de carbonos na cadeia.
O acetileno (C2H2), ao contrário dos outros alcinos, tem cheiro agradável e é parcialmente solúvel em água
(1,17 g/L a 20 °C), e é a partir dele que se obtêm outros compostos não inflamáveis (como cloreto de vinila, pre-
cursor do polímero PVC). Os alcinos são preparados em laboratório porque não se encontram livres na natureza,
devido a sua tripla ligação, que é muito reativa.

4. Alcadienos (dienos) – fórmula geral CnH2n – 2


São hidrocarbonetos acíclicos contendo duas ligações duplas entre os carbonos em sua cadeia carbônica.

Exemplo:

Fórmula estrutural Fórmula molecular ä fórmula geral

C4H8 ä CnH2n – 2
n = número de átomos de carbono = 4
2n – 2 = número de átomos de hidrogênio = 6

179
5. Cicloalcanos, ciclanos ou cicloparafinas – fórmula geral CnH2n
São hidrocarbonetos de cadeia fechada (cíclica) com ligações simples tão somente.

Exemplos:

Fórmula estrutural Fórmula molecular ä fórmula geral

C3H6 ä CnH2n
n = número de átomos de carbono = 3
2n = número de átomos de hidrogênio = 6

C4H8
n = número de átomos de carbono = 4
2n = número de átomos de hidrogênio = 8

6. Cicloalcenos, cicloalquenos, ciclenos ou ciclolefinas -


fórmula geral CnH2n – 2
São hidrocarbonetos cíclicos insaturados com uma ligação dupla.

Exemplos:

Fórmula estrutural Fórmula molecular ä fórmula geral

C3H6 ä CnH2n
n = número de átomos de carbono = 3
2n = número de átomos de hidrogênio = 6

C4H8
n = número de átomos de carbono = 4
2n = número de átomos de hidrogênio = 8

180
7. Aromáticos (não há fórmula geral)
São hidrocarbonetos de cadeia fechada que apresentam pelo menos um anel benzênico (núcleo aromático).

Exemplo:

Anel benzênico

Nomenclatura oficial IUPAC


O nome de uma molécula orgânica é composto de três elementos fundamentais:

prefixo + infixo + sufixo

§§ Prefixo: indica o número de átomos de carbono da cadeia principal.

1C MET 6C HEX 11C UNDEC


2C ET 7C HEPT 12C DODEC
3C PROP 8C OCT 13C TRIDEC
4C BUT 9C NON 14C TETRADEC
5C PENT 10C DEC 15C PENTADEC
§§ Infixo: indica o tipo de ligação entre os átomos de carbono.

§§ Sufixo: indica a função orgânica. No caso específico dos hidrocarbonetos, o sufixo é o. Alguns sufixos
bastante usuais são:
Função Grupo funcional Sufixo

Álcool -ol

Ácido carboxílico -oico

Aldeído -al

Cetona -ona

Amina -amina

181
Nomenclatura de cada uma das classes dos hidrocarbonetos
Alcanos ou parafinas

Exemplos:
H3C — CH2 — CH3

Nº de átomos Ligação Função Nome


3 C ä prop simples ä an hidrocarboneto ä o propano

H3C — CH2 — CH2 — CH3

Nº de átomos Ligação Função Nome


4 C ä but simples ä an hidrocarboneto ä o butano

De forma inversa, a partir do nome pode-se determinar a fórmula do composto.

Exemplo:
Nº de átomos Ligação Função Nome
pentano pent ä 5 C an ä simples o ä hidrocarboneto

H3C — CH2 — CH2 — CH2 — CH3

Alcenos (alquenos)

Exemplos:
H2C = CH2

Nº de átomos Ligação Função Nome


2 C ä et dupla ä en hidrocarboneto ä o eteno

H2C = CH — CH3

Nº de átomos Ligação Função Nome


3 C ä prop dupla ä en hidrocarboneto ä o propeno

Se um alceno apresentar quatro ou mais átomos de carbono, sua ligação dupla pode ocupar diferentes
posições na cadeia e dar origem a diferentes compostos. Nesse caso, torna-se necessário indicar a posição da
ligação dupla com um número, que é obtido pela numeração da cadeia a partir da extremidade mais próxima
da insaturação (ligação dupla). O número que indica a posição da ligação dupla deve ser o menor possível.
Pela nomenclatura IUPAC, de 1993, o número que indica a posição da ligação dupla precede o infixo (en),
separado por hífens.

182
Exemplos:
1 2 3 4
H2C = CH — CH2 — CH3

Nº de átomos Ligação Função Nome


dupla entre os carbonos
4 C ä prop hidrocarboneto ä o but–1–eno
1 e 2 ä 1–en

1 2 3 4
H3C = CH — CH — CH3

Nº de átomos Ligação Função Nome


dupla entre os carbonos
4 C ä but hidrocarboneto ä o but–2–eno
2 e 3 ä 2–en

Alcinos (alquinos)

Seguem as mesmas regras utilizadas para os alcenos.

Exemplo:
5 4 3 2 1
H2C — CH — C ; C3 — CH3

Nº de átomos Ligação Função Nome


tripla entre os carbonos
5 C ä but hidrocarboneto ä o pent–2–ino
2 e 3 ä 2 – in

Alcadienos (dienos)

Como existem duas ligações duplas na cadeia, é necessário indicar suas respectivas posições com números sepa-
rados por vírgula, junto ao infixo dien.

Exemplos:
1 2 3 4
H2C = CH = CH — CH3

Nº de átomos Ligação Função Nome


dupla entre os carbonos
1 e 2;
4 C ä but hidrocarboneto ä o but–1,2–dieno
dupla entre os carbonos
2 e 3 ä 1,2–dien

1 2 3 4
H2C = C — CH = CH2

Nº de átomos Ligação Função Nome


dupla entre os carbonos
1 e 2;
4 C ä but hidrocarboneto ä o but–1,3–dieno
dupla entre os carbonos
3 e 4 ä 1,3–dien

183
Ciclanos (cicloalcanos)

Nos compostos de cadeia cíclica, usa-se o prenome ciclo seguido praticamente das mesmas regras anteriores.

Exemplos:

Nº de átomos Ligação Função Nome


3 C em cadeia cíclica ä
simples ä an hidrocarboneto ä o ciclopropano
cicloprop

Analogamente:

Ciclenos (cicloalcenos)

Exemplo:

Nº de átomos Ligação Função Nome


3 C em cadeia cíclica ä cicloprop dupla ä en hidrocarboneto ä o ciclopropeno

Aromáticos

Estes compostos apresentam uma nomenclatura particular, diferente, portanto, das regras de nomenclatura dos
demais hidrocarbonetos. Não contam, também, com uma fórmula geral para todos os aromáticos.

Principais hidrocarbonetos aromáticos não ramificados

184
Grupos orgânicos ou radicais
As ramificações são formadas, na maioria das vezes, por radicais monovalentes orgânicos derivados de hidrocar-
bonetos. Esses radicais se formam por meio de cisão homolítica, que é um rompimento de uma ligação covalente
(geralmente entre um carbono e um hidrogênio), em que cada um desses átomos fica com um dos elétrons que
antes estava sendo compartilhado na ligação.

CH4 → •CH3 + H•

A equação acima representa a cisão (quebra) de ligações e consequente formação do radical


•CH3 (ou –CH3) de nome metil.
Esses radicais livres são bastante instáveis, ou seja, possuem vida curta, pois os elétrons agrupam-se em
pares e, visto que eles possuem elétrons livres ou elétrons desemparelhados dos radicais, reagem ativamente com
qualquer molécula próxima, formando novos compostos. Quando dois radicais orgânicos ligam-se, forma-se uma
cadeia carbônica. Se o radical ligar-se a um carbono que não seja primário, formam-se as chamadas cadeias
ramificadas.
A nomenclatura de um radical é caracterizada pelo sufixo -il ou -ila precedidos do prefixo que indica a
quantidade de carbonos.

Principais grupos ou radicais


Radical Nome

metil

etil

propil ou n-propil

isopropil

butil ou n-butil

sec-butil ou s-butil

isobutil

185
terc-butil ou t-butil

vinil ou etenil

benzil

fenil

Observações:
1. O prefixo iso- é empregado para identificar radicais que apresentam a seguinte estrutura geral:

Da qual n = 0, 1, 2, 3, ...
2. Os prefixos sec- ou s- são empregados para indicar que a valência livre está situada em carbono secundário.
3. Os prefixos terc- ou t- são empregados para indicar que a valência livre está localizada em carbono terciário.

Nomenclatura de hidrocarbonetos ramificados


A nomenclatura dos alcanos com cadeias ramificadas é feita de acordo com as seguintes regras da IUPAC:
1. Localizar a cadeia de átomos de carbono mais comprida (cadeia principal), pois essa cadeia
determina o nome principal para o alcano. Nem sempre a cadeia principal será a que está representada em
linha reta.
2. A numeração da cadeia principal começa onde o substituinte estiver mais próximo, ou seja,
numerar a cadeia principal de modo com que se obtenham os menores números possíveis para os substi-
tuintes. Depois, identifique os substituintes.
§§ Quando dois ou mais substituintes, iguais ou diferentes, estiverem presentes, atribuir a cada substituinte
um número que corresponde à sua localização na cadeia principal.
§§ Quando dois substituintes estiverem presentes no mesmo átomo carbono, usar aquele número duas
vezes.
§§ Se houver dois ou mais substituintes idênticos, usar os prefixos di-, tri-, tetra-, e assim por diante.
Certifique-se de que cada um e todo substituinte tenha um número.

3. Para montar o nome do composto, o grupo substituinte, precedido pelo número que designa a sua localiza-
ção na cadeia (quando necessário), é colocado em primeiro lugar; o nome da cadeia principal é colocado
em último lugar.
§§ Os grupos devem ser escritos em ordem alfabética (os prefixos di-, tri-, tetra- etc. não são considera-
dos para o efeito da ordem alfabética).
§§ Os números são separados das palavras por um hífen.
§§ Para separar os números entre si, usam-se vírgulas.

186
§§ O nome do composto deve ser escrito com uma única palavra (antigamente, separavam-se os radicais
da cadeia principal por hífen, ainda usado por alguns autores e vestibulares).

Exemplo 1:

Pelo passo 1, designemos o composto acima como sendo um hexano, pois a cadeia mais comprida e contí-
nua contém seis átomos de carbono.
Agora, pelo passo 2, vamos numerar o alcano anterior, já que ele possui ramificação:

Observe que, se a numeração começasse da esquerda, a ramificação ficaria com número 5. Entre 2 e 5,
devemos escolher a menor numeração. Logo, nesse caso, a numeração deve começar pela direita, pegando
o número 2.
O radical em questão é metil, a posição dele na cadeia é 2 e a cadeia principal é hexano. Logo, a nomencla-
tura oficial do composto, de acordo com o passo 3, é:

Observe que, em primeiro lugar, vem o número que indica a posição do radical, seguido pelo nome do mes-
mo. Por fim, vem o nome da cadeia principal.

Exemplo 2:

Observe que, nesse caso, a cadeia contínua não é a mais comprida. Pelo passo 1, o alcano acima é designa-
do como heptano, pois a cadeia mais comprida contém sete átomos de carbono.
Agora, pelo passo 2, vamos numerar o alcano anterior, já que o alcano em questão possui ramificação:

187
Observe que, se a numeração começasse da esquerda, a ramificação ficaria com número 5. Entre 3 e 5, devemos
escolher a menor numeração. Logo, nesse caso, a numeração deve começar por baixo, pegando o número 3.
O radical em questão é metil (cuidado, não é etil!); a posição dele na cadeia é 3 e a cadeia principal é hep-
tano. Logo, a nomenclatura oficial do composto, de acordo com o passo 3, é:

Para a maioria dos casos, seguindo os passos 1, 2 e 3, é possível nomear os compostos. Em alguns casos
mais complexos, há a necessidade de seguir mais alguns passos, antes de escolher a cadeia principal e/ou
enumerar as ramificações:

4. Quando duas ou mais cadeias de comprimento igual competem pela seleção como a cadeia principal, esco-
lher a que tiver o maior número de substituintes.

Exemplo:

No composto acima, há três formas possíveis de isolar a cadeia principal:

Observe que, na possibilidade (I), há 4 ramificações; na (II) há 2; e na (III) há 3. Seguindo o passo 4, devemos
optar pela possibilidade (I), pois é o que possui o maior número de substituintes. Para a nomenclatura, deve-
-se seguir os passos 1, 2 e 3 normalmente.

188
5. Quando a ramificação acontecer numa distância igual em qualquer dos lados da cadeia principal, escolher
o nome em que a soma das posições das ramificações dá o menor número.

Exemplo:

No composto acima, há duas formas de numerar a cadeia principal (hexano):

Na possibilidade (I), a soma dos números das posições das ramificações é 11 (2, 4 e 5).
Na possibilidade (II), a soma dos números das posições das ramificações é 10 (2, 3 e 5).
Pelo passo 5, devemos pegar a numeração em que a soma das posições dê o menor número; logo, deve-se
pegar a possibilidade (II). Para a nomenclatura, devem-se seguir os passos 1, 2 e 3 normalmente.

Nomenclatura de hidrocarbonetos insaturados


(alcenos, alcinos e dienos) ramificados
A nomenclatura de alcenos e alcinos ramificados segue a mesma regra dos alcanos ramificados, com algumas
diferenças:
1. A cadeia principal é a cadeia mais longa que deve conter a dupla ou a tripla ligação, modificando o
final do nome da cadeia principal para –eno (para dupla ligação) ou –ino (para tripla ligação).
2. A numeração da cadeia é sempre feita a partir da extremidade mais próxima da ligação dupla ou
tripla, independentemente das ramificações presentes na cadeia (ou seja, a dupla ou tripla ligação tem
preferência frente às ramificações).
3. É necessário indicar a localização da ligação dupla ou tripla usando o menor número do átomo da
ligação dupla ou tripla. Na nomenclatura, o número da localização deve vir antes da palavra para –eno
(para dupla ligação) ou –ino (para tripla ligação), para indicar a posição da dupla ou tripla ligação na cadeia
principal, quando necessário.
4. Para dienos, as regras de nomenclatura dos alcanos e acenos são válidas, sendo diferente somente na hora
de selecionar a cadeia principal, que deve conter as duas duplas. A nomenclatura segue a mesma regra,
porém, modificando o final do nome da cadeia principal para –dieno.

189
Exemplos:

Cadeias cíclicas ramificadas


1. Cicloalcanos (ciclanos) – a nomenclatura de cicloalcanos ramificados segue as mesmas regras que a
dos alcanos ramificados, acrescentando o prefixo – ciclo na cadeia principal, seguindo os seguintes
passos para a numeração das ramificações:
§§ Se apenas um substituinte estiver presente não será necessário atribuir sua posição.
§§ Quando dois ou mais substituintes estiverem presentes, numeramos o anel começando pelo substituinte,
primeiro em ordem alfabética, e o número na direção que dá aos substituintes o menor número possível.

Exemplos:

190
2. Cicloalcenos – a nomenclatura de cicloalcenos ramificados segue as mesmas regras que a dos alcenos
ramificados (dupla leva a preferência, ficando nas posições 1 e 2), acrescentando-se o prefixo –ciclo na
cadeia principal e seguindo os mesmos passos dos cicloalcanos para a numeração das ramificações. Só não
será necessário identificar a posição da dupla, pois sempre irá começar com C1 e C2.

Exemplos:

Aromáticos ramificados
Se a cadeia principal apresentar apenas um anel benzênico, ela é chamada simplesmente de benzeno e pode
apresentar um ou mais grupos (ramificações). Se houver um único radical, seu nome deve preceder a palavra
benzeno sem numeração.

Caso haja duas ramificações, são bastante empregados os prefixos orto- (o), meta- (m) e para- (p), a fim
de indicar as posições 1,2 (ou 1,6); 1,3 (ou 1,5) e 1,4, respectivamente.

Exemplos:

191
Para o naftaleno, a nomenclatura IUPAC observa esta numeração:

Exemplos:

192
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Utilização do Petróleo Destilação Fracionada

Fonte: Youtube

Vídeo O que é o Petróleo? - Petrobras


Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Condições e características do petróleo

redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2012/05/formacao-do-petroleo-requer-condicoes-
especiais-de-temperatura.html

194
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Hidrocarbonetos, de forma generalizada, são extraídos do petróleo diretamente do solo em condições específicas.
Toda vez que uma empresa exploradora de petróleo quer investir na extração de uma determinada região,
é porque essa região foi estudada por geógrafos, geólogos e geofísicos, a fim de descobrir se realmente aquela
região tem potencial petrolífero, portanto, conhecimentos sobre o solo e sua formação são indispensáveis.
Uma das técnicas utilizadas para a detecção de petróleo no solo é a de sonar, mesma técnica utilizada em
navios para identificar obstáculos e/ou outros navios em seu percurso. Esta técnica consiste no envio de um pulso
sonoro que se choca contra a mistura profundamente situada no solo e, com este impacto, um retorno é recebido;
esse sinal de retorno é analisado e estatísticas são feitas sobre a disposição de petróleo na região.

INTERDISCIPLINARIDADE

As aplicações para os hidrocarbonetos são muitas atualmente, é a fonte de combustíveis fósseis mais utilizada e, por
conta disso, é altamente rentável; porém, seu poder destrutivo ao ambiente é proporcionalmente grave.
Os hidrocarbonetos utilizados em nosso dia a dia são muitos:

Nome do hidrocarboneto Aplicabilidade


Metano Principal componente do gás natural, serve de combustível.
Propano Gás de cozinha.
Butano Gás de cozinha.
Eteno Precursor de diversos tipos de materiais poliméricos .
Octano Chamado também de gasolina, combustíveis de automóveis leves.
Benzeno É usado como solvente e também para produção de adesivos e tintas.
Naftaleno Utilizado para produzir natfalina, inseticida.
Óleo diesel Combustível para automóveis pesados.
Parafina Fabricação de velas e pranchas de surf.
Querosene Combustível de aviões.

195
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 24 - Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, subs-


tâncias ou transformações químicas.

A química é uma área científica em que há um enorme desenvolvimento. Desde a an-


tiguidade os povos antigos utilizavam a química sem ter o conhecimento dela. Para se
ter uma ideia, em 1880, conhecia-se cerca de 12.000 compostos; já em 1910, o número
era de 150.000; em 1940, o número de compostos conhecidos aumentou para cerca de
500.000; atualmente, estima-se um número acima de 16.000.000.
Por conta disso, normas e padronização dos compostos foram criados pela IUPAC (Inter-
national Union of Pure and Applied Chemistry), que até hoje normaliza e atualiza regras
de nomenclatura.

Modelo
(Enem) O biodiesel não é classificado como uma substância pura, mas como uma mistura de és-
teres derivados dos ácidos graxos presentes em sua matéria-prima. As propriedades do biodiesel
variam com a composição do óleo vegetal ou gordura animal que lhe deu origem, por exemplo, o
teor de ésteres saturados é responsável pela maior estabilidade do biodiesel frente à oxidação, o
que resulta em aumento da vida útil do biocombustível. O quadro ilustra o teor médio de ácidos
graxos de algumas fontes oleaginosas.

Teor médio do ácido graxo (% em massa)


Fonte
Oleaginosa Mirístico Palmítico Esteárico Oleico Linoleico Linolênico
(C14:0) (C16:0) (C18:0) (C18:1) (C18:2) (C18:3)
Milho < 0,1 11,7 1,9 25,2 60,6 0,5
Palma 1,0 42,8 4,5 40,5 10,1 0,2
Canola < 0,2 3,5 0,9 64,4 22,3 8,2
Algodão 0,7 20,1 2,6 19,2 55,2 0,6
Amendoim < 0,6 11,4 2,4 48,3 32,0 0,9
MA, F.; HANNA, M. A. “Biodiesel Production: a review”. Bioresource Technology, Londres, v. 70, n. 1 jan. 1999 (adaptado).

Qual das fontes oleaginosas apresentadas produziria um biodiesel de maior resistência à oxidação?
a) Milho.
b) Palma.
c) Canola.
d) Algodão.
e) Amendoim.

196
Análise Expositiva

Habilidade 24
Um dos recursos mais utilizados pelo Enem em sua prova é o uso de situações-problema, para
imergir o candidato numa aplicação prática do que foi visto em sala de aula. Nessa questão
se faz o uso das características dos hidrocarbonetos.
Quanto menor a presença de insaturações (ligações duplas), maior a resistência à oxidação,
ou seja, quanto mais saturado for o composto, mais ele resiste à oxidação.
Analisando a tabela:

Mirístico Palmítico Esteárico


(C14:0) (C16:0) (C18:0)
0 insaturação 0 insaturação 0 insaturação
Oleico Linoleico Linolênico
(C18:1) (C18:2) (C18:3)
1 insaturação 2 insaturações 3 insaturações
A partir dos ácidos graxos mirístico, palmítico e esteárico, vem:

Mirístico Palmítico Esteárico


Total
(C14:0) (C16:0) (C18:0)
Milho 0,1 11,7 1,9 13,7 %
Palma 1,0 42,8 4,5 48,3 %
Canola 0,2 3,5 0,9 4,6 %
Algodão 0,7 20,1 2,6 23,4 %
Amendoim 0,6 11,4 2,4 14,4 %
Palma 48,3% (composto mais saturado)
Alternativa B

197
Estrutura Conceitual

Inorgânica

Substância Pode Orgânica Por Hidrocarbonetos


ser exemplo

podem ser obtidos do

denominados segundo regras da

Petróleo formados por


IUPAC

Hidrogênio Carbono

Incluem

Alcano Alceno Alcino Dieno Ciclano Cicleno Aromático

Cadeia Cadeia Cadeia Cadeia Cadeia Cadeia Cadeia


Aberta e Aberta e Aberta e Aberta e fechada e fechada e aromática
saturada 1 dupla 1 tripla 2 duplas saturada 1 dupla

198
E.O. Aprendizagem O modelo em questão está, portanto, repre-
sentando a molécula de:
a) etino.
1. (Fatec) O gás liquefeito de petróleo, GLP, b) eteno.
é uma mistura de propano, C3H8, e butano, c) etano.
C4H10. Logo, esse gás é uma mistura de hi- d) 2-butino.
drocarbonetos da classe dos: e) n-butano.
a) alcanos.
b) alcenos. 5. (UEL) Na estrutura do penta-1,3-dieno, o
c) alcinos. número de carbonos insaturados é:
d) cicloalcanos. a) 1.
e) cicloalcenos. b) 2.
c) 3.
2. (Vunesp) A composição do petróleo varia de d) 4.
região para região. Nas Américas, a sua com- e) 5.
posição é quase exclusivamente de alcanos,
ao passo que na Rússia, têm predominância 6. (UEL) Quantos átomos de hidrogênio há na
de ciclanos. molécula do ciclobuteno?
Após o fracionamento do petróleo, uma das a) 4
frações que pode ser obtida na região das b) 5
Américas é o: c) 6
a) eteno. d) 7
b) naftaleno. e) 8
c) benzeno.
d) ciclobutano. 7. (PUC-MG) Dada a cadeia carbônica, verifica-
e) metano. -se que a soma das posições dos grupos (ra-
mificações) na numeração da cadeia é:
3. (Cefet-SP) Dadas as fórmulas a seguir, assi-
nale a alternativa que classifica corretamen-
te os hidrocarbonetos:
I. CH3CH2CH2CH3
II. CH3CCCH3
III. CH2CHCH2CH3

I II III a) 4.
b) 6.
a) Alceno Alcano Alcino c) 8.
d) 10.
b) Alcano Alcino Alceno
e) 12.
c) Alcino Alcano Alceno
8. (PUC-PR) Dado o composto:
d) Alcano Alceno Alcino

e) Alcino Alceno Alcano

4. (Fatec) No modelo da foto a seguir, os áto-


mos de carbono estão representados por es- os radicais ligados aos carbonos 3, 5 e 6 da
feras pretas e os de hidrogênio, por esferas cadeia principal são, respectivamente:
brancas. As hastes representam ligações quí- a) metil, etil e benzil.
micas covalentes, sendo que cada haste cor- b) fenil, etil e metil.
responde ao compartilhamento de um par de c) hexil, etil e metil.
elétrons. d) metil, etil e fenil.
e) benzil, etil e metil.

9. (UFSC) Qual a fórmula molecular do 2-metil-


but-1-eno?
a) C5H12
b) C5H10
c) C4H8
d) C10H10
e) C10H5

199
1
0. (UEL) A fórmula molecular do 2,3-dimetilbutano, é:
a) C6H14.
b) C6H12.
c) C6H10.
d) C4H10.
e) C4H8.

E.O. Fixação
1. (F.M. Pouso Alegre) A nomenclatura para a estrutura seguinte:

de acordo com o sistema da IUPAC, é:


a) 3,4-dimetil-3-n-propilnonano.
b) 4-etil-4,5-dimetil-decano.
c) 6,7-dimetil-7-n-propilnonano.
d) 6,7-dimetil-7-etildecano.
e) 3,4-dimetil-3-etilnonano.

2. (Uniube) Recentemente, três tanques contendo 250 toneladas de um gás derivado de petróleo,
usado na fabricação de borracha sintética, foram destruídos em incêndios no Rio de Janeiro. Esse
gás, um hidrocarboneto de cadeia aberta com 4 átomos de carbono e 2 ligações duplas, é:
a) C4H8.
b) C4H6.
c) C4H10.
d) C4H11.
e) C4H12.

3. (Cefet-SP) O petróleo é um combustível fóssil muito importante na vida dos seres humanos. As
várias frações do petróleo são de uso comum e indispensável. Por exemplo, o GLP (gás liquefeito
do petróleo), uma fração de destilação que é usada como combustível para aquecimento.
Em relação ao GLP afirma-se que é constituído essencialmente de:
Obs.: parafínico – alcano
a) metano.
b) propano e butano.
c) hexanos.
d) metano, etano e propano.
e) hidrocarbonetos parafínicos com até dez carbonos na molécula.

4. Uma mistura de hidrocarbonetos e aditivos compõe o combustível denominado gasolina. Estudos


revelaram que quanto maior o número de hidrocarbonetos ramificados, melhor é a “performance”
da gasolina e o rendimento do motor.
Observe as estruturas dos hidrocarbonetos a seguir:

200
O hidrocarboneto mais ramificado é o de nú- 8. (PUC-PR) O composto:
mero:
a) IV.
b) III.
c) II.
d) I.

5. (Cesgranrio) Assinale a única afirmativa


correta, com relação ao composto que apre-
senta a estrutura a seguir: apresenta, como nomenclatura oficial, o se-
guinte nome:
a) 1,2,2,3,4-pentametil-2-fenil-butano.
b) 2,3,4,4-tetrametil-3-fenil-pentano.
c) 2,2,3,4-tetrametil-3-fenil-pentano.
d) 2,2,3-trimetil-3-etil-octano.
e) 2,2-dimetil-3-isopropil-3-fenil-butano.

9. (PUC-PR) A estrutura a seguir:

O composto:
a) é um alqueno.
b) apresenta um radical propil ligado ao carbo-
no 4.
c) apresenta 2 radicais propila. apresenta a seguinte nomenclatura oficial:
d) apresenta 3 radicais etila. a) 3-fenil-5-isopropil-hept-5-eno.
e) apresenta 2 radicais etila. b) 5-fenil-3-isopropil-hept-2-eno.
c) 3-isopropil-5-hexil-hept-2-eno.
6. (EMSC-ES) Após escrever a estrutura do d) 5-benzil-3-isopropil-hept-2-eno.
4,4-dietil-5-metil-decano, indique o número e) 5-fenil-3-etenil-2-metil-heptano.
de carbonos primários (P) secundários (S)
terciários (T) e quaternários (Q) do composto.
1
0. (UFRGS) A estrutura correta para um hidro-
P S T Q carboneto alifático saturado que tem fórmu-
la molecular C11H22 e que apresenta grupa-
a) 6 6 2 1 mentos etila e isopropila em sua estrutura é:
b) 5 7 1 2 a)
c) 6 5 2 2
d) 5 8 1 1
e) 7 5 2 0
b)

7. (PUC-PR) Dada a estrutura:

c)

A função a qual pertence este composto e d)


seu nome oficial estão corretamente indica-
dos na alternativa:
a) Alcano, 4-fenil-hept-3-eno.
b) Alceno, 4-benzil-hept-3-eno. e)
c) Hidrocarboneto, 1-metil-3-fenil-hex-2-eno.
d) Hidrocarboneto, 4-fenil-hept-3-eno.
e) Hidrocarboneto, 4-fenil-hept-4-eno.

201
E.O. Complementar 4. (UFG) A fórmula de um alcano é CnH2n+2,
onde n é um inteiro positivo. Neste caso, a
massa molecular do alcano, em função de n,
1. (UFRGS) Um alceno possui cinco átomos de
é, aproximadamente:
carbono na cadeia principal, uma ligação du-
a) 12n.
pla entre os carbonos 1 e 2 e duas ramifica-
b) 14n.
ções, cada uma com um carbono, ligadas nos
carbonos 2 e 3. c) 12n + 2.
Sobre este alceno é incorreto afirmar que d) 14n + 2.
apresenta: e) 14n + 4.
a) quatro carbonos primários.
b) dois carbonos terciários. 5. (ITA) A massa de um certo hidrocarboneto é
c) cadeia insaturada. igual a 2,60 g. As concentrações, em porcen-
d) um carbono secundário. tagem em massa, de carbono e de hidrogênio
e) um carbono quaternário. neste hidrocarboneto são iguais a 82,7% e
17,3%, respectivamente. A fórmula molecu-
2. (Cefet-MG) Observe a estrutura representada lar do hidrocarboneto é:
a seguir. a) CH4.
b) C2H4.
c) C2H6.
d) C3H8.
e) C4H10.

E.O. Dissertativo
1. (UEL – Adaptada) A gasolina é uma mistura
de vários compostos. Sua qualidade é medida
em octanas, que definem sua capacidade de
ser comprimida com o ar, sem detonar, ape-
nas em contato com uma faísca elétrica pro-
Segundo a IUPAC, o nome correto do hidro- duzida pelas velas existentes nos motores de
carboneto é: veículos. Sabe-se que o heptano apresenta
a) 2,5-dietil- 4-propil-oct-2-eno.
octanagem 0 (zero) e o 2,2,4-trimetilpen-
b) 2-etil-4,5-dipropil-hept-2-eno.
tano (isoctano) tem octanagem 100. Assim,
c) 4-etil-7-metil-5-propil-non-6-eno.
uma gasolina com octanagem 80 equivale a
d) 6-etil-3-metil-5-propil-non-3-eno.
uma mistura de 80% de isoctano e 20% de
heptano.
3. (UFPE) De acordo com a estrutura do com- Com base nos dados apresentados e nos co-
posto orgânico, cuja fórmula está esquema- nhecimentos sobre hidrocarbonetos, respon-
tizada a seguir, podemos dizer:
da aos itens a seguir.
Quais são as fórmulas estruturais simplifica-
das dos compostos orgânicos citados?

2. Dê o nome dos alquenos representados por


suas fórmulas estruturais.
a) H3C – CH = CH – CH2 – CH3
b) H3C – CH2 – CH2 – CH2 – CH = CH2
c) H2C = CH – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH3
( ) o composto acima é um hidrocarboneto de d)
fórmula C11H24.
( ) o composto acima apresenta somente carbo- 3. (UFMG) Uma das qualidades da gasolina é
nos sp3. indicada pela sua octanagem.
( ) o nome correto do composto acima, segundo Convenciona-se que heptano tem octana-
a IUPAC, é 2-metil-4-isopropil-heptano. gem zero e que o hidrocarboneto conhecido
( ) o composto acima é um carboidrato de fór- na indústria como isooctano tem octanagem
mula C11H24. cem. Uma gasolina de octanagem 80 com-
( ) o hidrocarboneto aromático acima possui li- porta-se como uma mistura que contém 80%
gações s e p. de isooctano e 20% de heptano.

202
a) Escreva a fórmula molecular e a fórmula es- 7. (UFSCar) Veículos com motores flexíveis são
trutural de heptano. aqueles que funcionam com álcool, gasolina
b) Na indústria, chama-se de isooctano o hi- ou a mistura de ambos. Esse novo tipo de
drocarboneto: motor proporciona ao condutor do veículo a
escolha do combustível ou da proporção de
ambos, quando misturados, a utilizar em seu
veículo. Essa opção também contribui para
economizar dinheiro na hora de abastecer
o carro, dependendo da relação dos preços
do álcool e da gasolina. No Brasil, o etanol é
Escreva o nome oficial desse hidrocarboneto produzido a partir da fermentação da cana-
-de-açúcar, ao passo que a gasolina é obtida
do petróleo.
4. (UEMA) Diversos produtos tão comuns em Qual é o nome dado ao processo de separação
nosso dia a dia são obtidos a partir de al- dos diversos produtos do petróleo? Escreva a
cenos, hidrocarbonetos de cadeia aberta que fórmula estrutural do 2,2,4-trimetil-penta-
contém uma dupla ligação com fórmula geral no, um constituinte da gasolina que aumen-
CnH2n, por exemplo: plásticos, tecidos sinté- ta o desempenho do motor de um automóvel.
ticos, corantes e, até mesmo, explosivos. O 8. Dê nome aos seguintes compostos:
eteno costuma ser utilizado como anestésico a)
em intervenções cirúrgicas e no amadure-
cimento de frutas, mostrando que eles têm
importâncias estratégicas para diferentes
atividades humanas.
Fonte: Disponível em: <www.brasilescola.com/
quimica/alcenos.htm>. Acesso em: 12 set. 2014. b)
Escreva a fórmula estrutural e nomine, ofi-
cialmente, o terceiro composto da série des-
se hidrocarboneto.
c)
5. (UFV) O craqueamento de hidrocarbonetos
de massa molecular elevada, presentes no
petróleo, permite a obtenção de moléculas
menores que podem ser usadas como com-
bustíveis ou como matérias-primas para a
indústria. Um exemplo deste craqueamento d)
é a reação representada a seguir, que ocorre
à temperatura de 500 °C.
C15H32 é C9H20 + C3H6 + C2H4 + C + H2

Complete a tabela a seguir com uma estru-


tura correta para as fórmulas dadas e as res-
9. Dê o nome dos hidrocarbonetos a seguir:
pectivas funções orgânicas e nomes.
a)
Fórmula Estrutura Função Nome
C2H4
C3H6
b)
6. (UFU) O benzeno é um dos solventes orgâ-
nicos mais utilizados na indústria química.
É possível produzi-lo a partir da reação de
trimerização do acetileno (C2H2).
Sobre essa reação e o produto formado, faça
o que se pede.
a) Escreva a equação química da reação de pro-
dução do benzeno utilizando as fórmulas es- c)
truturais das substâncias.
b) Explique o porquê de o benzeno ser intensa-
mente utilizado como solvente orgânico.
c) Compare e explique a diferença na estabili-
dade do anel do benzeno com o anel do ciclo
hexano.

203
d)
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Unesp) Para a substância de fórmula mole-
e) cular C9H20, escreva:
a) a função orgânica à qual pertence e o nome
do composto de cadeia não ramificada cor-
respondente.
b) a equação química balanceada da combustão
completa do C9H20.

2. (Unesp) A fórmula simplificada:


E.O. UERJ
Exame Discursivo
1. (UERJ) O Ministério da Saúde adverte: fu-
mar pode causar câncer de pulmão.
Um dos responsáveis por esse mal causado representa um hidrocarboneto saturado.
pelo cigarro é o alcatrão, que corresponde a a) Escreva a fórmula estrutural do hidrocarbo-
uma mistura de substâncias aromáticas, en- neto e dê seu nome oficial.
tre elas o benzeno, naftaleno e antraceno. b) Escreva a fórmula estrutural e dê o nome de
um hidrocarboneto de cadeia linear, com a
mesma fórmula molecular do hidrocarboneto
dado.

3. (Unesp)
A gasolina contém 2,2,4-trimetilpentano.
Escreva sua fórmula estrutural.

4. (Unesp) Considere os compostos de fórmula:


Escreva as fórmulas moleculares dos três hi-
drocarbonetos citados.

E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
a) Classifique cada um deles como saturado ou
1. (Unesp) Existe somente uma dupla ligação insaturado, alifático ou aromático.
na cadeia carbônica da molécula de: b) Escreva os nomes desses compostos, utili-
a) benzeno. zando a nomenclatura oficial.
b) n-pentano. Dado: Para isso considere que um dos com-
c) acetileno. postos, é o parabromoclorobenzeno.
d) cicloexano.
e) propileno. 5. (Unesp) A anfetamina é utilizada ilegal-
mente como "doping" nos esportes. A molé-
2. (Unesp) O octano é um dos principais cons- cula de anfetamina tem a fórmula geral:
tituintes da gasolina, que é uma mistura de
hidrocarbonetos. A fórmula molecular do oc-
tano é:
a) C8H18.
b) C8H16.
c) C8H14.
d) C12H24. onde X é um grupo amino(-NH2), Y é um ra-
e) C18H38. dical metil e Z é um radical benzil.
Escreva a fórmula estrutural da anfetamina.

204
Gabarito b) O benzeno é intensamente utilizado
como solvente orgânico, pois é um com-
posto apolar e faz ligações do tipo dipolo
induzido-dipolo induzido com hidrocar-
E.O. Aprendizagem bonetos (também apolares).
1. A 2. E 3. B 4. A 5. D c) O anel benzênico é mais estável do que o
ciclo-hexano, pois apresenta ressonância
6. C 7. C 8. B 9. B 10. A (possui duplas ligações alternadas) e car-
bonos com hibridização sp2.
7.
Destilação fracionada.
E.O. Fixação
1. B 2. B 3. B 4. D 5. E
6. D 7. D 8. C 9. B 10. C

E.O. Complementar 8.
1. E 2. D 3. V,V,V,F,F 4. D 5. E
a) propil-ciclopropano
b) 1,2-dietil-ciclobutano
c) 1,1,3-trimetil-ciclopentano
E.O. Dissertativo d) 1,3-dimetil-ciclohexano
1.
Teremos: 9.
a) 1,1-dimetil-ciclobutano
b) 1,1-dietil-3-metil-ciclohexano
c) 1,2,3-trimetil-benzeno
d) 1,3,5-trimetil-benzeno
e) 1-metil-naftaleno


2. E.O. UERJ
a) pent-2-eno
b) hex-1-eno Exame Discursivo
c) hept-1-eno 1.
C6H6, C10H8, C14H10
d) hept-3-eno
3.
a) C7H16; CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH3
b) 2,2,4,-trimetil-pentano. E.O. Objetivas
4.
Série CnH2n:
H2C = CH2 (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
H2C = CH − CH3 1. E 2. A
H2C = CH − CH2 − CH3 Buteno
5.
Observe a tabela a seguir:
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) Hidrocarboneto. Nonano.
b) C9H20 + 14O2 é 9CO2 + 10 H2O
2.
a)
6.
a) Equação química da reação de produção
do benzeno:

b) H2C = CH – CH2 – CH2 – CH3


1-penteno

205
3.
A fórmula do 2,2,4-trimetilpentano é:

4.
a) A substância aromática apresenta liga-
ções duplas (insaturações) em ressonân-
cia eletrônica.
O composto 1-butino é insaturado e ali-
fático.
b) Observe a figura a seguir:

5.
Observe a figura a seguir:

206
Aulas 17 e 18

Funções orgânicas:
álcool, éter e fenol
Competências 5, 6 e 7
Habilidades 17, 19, 23, 24, 25, 26 e 27
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Álcoois
São compostos orgânicos que apresentam o grupo –OH (hidroxila) ligado a carbono saturado (4 ligações covalen-
tes simples).

|
grupo funcional: – C – OH
|

1. Classificação dos álcoois


§§ Álcool primário apresenta –OH ligado a carbono primário.
Exemplo:
e tanol, álcool etílico ou álcool comum, pode ser obtido a partir da fermentação do açúcar da cana; também
CH3 – CH2 – OH conhecido como álcool de cereais.

§§ Álcool secundário apresenta –OH ligado a carbono secundário.


Exemplo:
OH
|
C H3 – CH – CH2 – CH3  butan-2-ol

§§ Álcool terciário apresenta –OH ligado a carbono terciário.


Exemplo:
OH
|
H3C – C – CH2 – CH3  2-metil-butan-2-ol
|
CH3

2. Nomenclatura oficial dos álcoois

A cadeia carbônica é nomeada de forma análoga à nomenclatura dos hidrocarbonetos aos quais acrescenta-se o
sufixo -ol.
Exemplos:

CH3 – OH

No de átomos Ligação Função Nome


1 C ⇒ MET simples ⇒ AN álcool ⇒ OL metanol

Observação: não é necessário indicar a posição do grupo –OH, uma vez que ele está localizado necessa-
riamente no carbono 1.

209
O nome usual do metanol é álcool metílico, também conhecido por álcool da madeira. É bastante tóxico,
pode causar cegueira permanente se ingerido e tem uma interessante propriedade: queima produzindo uma chama
invisível. Empregado como combustível automobilístico e solvente em importantes processos industriais.
CH3 – CH2 – OH

No de átomos Ligação Função Nome


2 C ⇒ ET simples ⇒ AN álcool ⇒ OL etanol

Observação: não é necessário indicar a posição do grupo –OH, uma vez que ele está localizado necessa-
riamente no carbono 1.
O nome usual do etanol é álcool etílico, também conhecido como álcool de cereais. Combustível indispensá-
vel no Brasil e presente em todas as bebidas alcoólicas, cuja principal forma de obtenção é a fermentação alcoólica
de açúcares provenientes da cana-de-açúcar, cereais (milho, cevada, arroz etc.) e frutos (uvas, maçãs etc.).
Caso o álcool apresente três ou mais átomos de carbono, é necessário identificar seu respectivo grupo –OH
(hidroxila) e numerar a cadeia carbônica a partir da extremidade mais próxima do grupo –OH.
Exemplos:
3 2 1
CH3 – CH2 – CH2 – OH

No de átomos Ligação Função Nome


3 C ⇒ PROP simples ⇒ AN álcool com –OH na posição 1 ⇒ 1-OL propan-1-ol

Observação: o nome usual do propan-1-ol (também denominado 1-propanol) é álcool propílico.


OH
|
H3C – CH – CH3
1   2  3

No de átomos Ligação Função Nome


3 C ⇒ PROP simples ⇒ AN álcool com –OH na posição 2 ⇒ 2-OL propan-2-ol

Observação: neste caso, é obrigatório indicar a posição do grupo –OH, que pode estar localizado nas
posições 1 ou 2 da cadeia. Não existe propano-3-ol, uma vez que, nesse caso, a numeração estaria errada: iniciou-
-se “distante“ da extremidade onde se localiza o grupo –OH.
O nome usual do propan-2-ol (também denominado 2-propanol) é álcool isopropílico.
OH OH OH
| | |
H2C – CH – CH2
1  2  3

No de átomos Ligação Função Nome


álcool com 3 grupos –OH, nas posições 1, 2 e 3 ⇒
3 C ⇒ PROP simples ⇒ AN propan-1,2,3-triol
1 , 2 , 3 -TRIOL

Observação: o nome usual do propan-1,2,3-ol (também denominado propano-1,2-3-triol ou simplesmen-


te propanotriol) é glicerol ou glicerina. Como três grupos num mesmo carbono seria muito instável, deduz-se que
cada um dos 3 grupos –OH deve estar necessariamente ligado a um dos 3 carbonos da cadeia. Em razão disso, o
nome propanotriol omite as posições. No entanto, a título de clareza, o nome oficial é propan-1,2,3-triol.

210
O propan-1,2,3-triol é atóxico, muito utilizado como umectante (retém umidade) em certos alimentos, cre-
mes hidratantes e sabonetes.
Álcoois de cadeias cíclicas seguem regularmente a nomenclatura com o acréscimo do prefixo ciclo-.
Exemplo:

No de átomos Ligação Função Nome


6 C ⇒ prop cadeia cíclica ⇒ CICLO HEX simples ⇒ AN álcool ⇒ OL ciclo-hexanol

Observação: como a cadeia é cíclica (não tem começo nem fim) e o único grupo a ela anexo é a hidroxila,
não é necessário indicar sua posição.

Álcoois de cadeia ramificada


Neste caso, deve-se seguir este roteiro:
1. Determinar a cadeia principal, a maior possível, que contenha o grupo –OH e as insaturações (ligações
duplas ou triplas), se existirem.
2. Numerar a cadeia principal a partir da extremidade mais próxima do grupo –OH.
3. Determinar os grupos (ramificações), seus nomes e suas respectivas posições na cadeia principal.
4. “Montar” o nome de acordo com este esquema.

(posição do grupo) – (nome do grupo) – (prefixo + infixo + sufixo)

Exemplos:

Grupos ou
Cadeia principal Ligação Função
ramificações
5 C ⇒ PENT metil em 4; etil em 3 simples ⇒ AN álcool com grupo -OH na posição 2 ⇒ 2-OL

⇒ nome: 3-ETIL-4-METIL-PENTAN-2-OL
(também denominado 3-etil-4-metil-2-pentanol)

OH
| 6 5 4 3 2
CH3 — CH = C — CH — CH2 — CH3
| | 1
H3C CH3

211
Cadeia Grupos ou
Ligação Função
principal ramificações
METIL em 3; Dupla entre os carbo- Álcool com grupo -OH na
6 C ⇒ HEX
METIL em 4 nos 4 e 5 ⇒ 4-EN posição 1 ⇒ 1-OL

⇒ Nome: 3,4-dimetil-hex-4-en-1-ol

A função ENOL

Não confundi-la com os álcoois, que apresentam o grupo –OH (hidroxila) ligado a carbono saturado (4 ligações
simples).
OH
|
–C–
|
Num enol, o grupo –OH está ligado a um carbono instaurado com a dupla ligação.
OH
|
—C=C—
|  |
A nomenclatura dos enóis segue exatamente as mesmas regras da nomenclatura dos álcoois, o que pode
acarretar mais confusão entre as duas funções.
Exemplos de enóis:
OH OH
| |
HC = CH2       H3C — HC = CH
etenol prop-1-en-1-ol

Mas a molécula:
OH
|
HC — HC = CH2
prop-2-en-1-ol

Trata-se de um álcool verdadeiro, uma vez que a hidroxila não está ligada ao carbono com dupla ligação.

Os pontos de fusão e de ebulição dos álcoois são elevados, pois as ligações de hidrogênio que as molé-
culas dos álcoois realizam umas com as outras são muito intensas. Os monoálcoois possuem pontos de ebulição
menores que os poliálcoois, pois quanto mais grupos OH, mais ligações de hidrogênio haverá.
A maioria dos monoálcoois é menos densa que a água líquida. Para citar um exemplo, a densidade do álcool
etílico é de 0,79 g/cm3, sendo que a da água é maior (1,0 g/cm3). Sobre o estado físico, os monoálcoois de 12
carbonos ou menos são líquidos; acima disso, são sólidos. Os poliálcoois com 5 carbonos ou menos são líquidos, e
com 6 carbonos ou mais são sólidos.
Os álcoois possuem uma parte da molécula polar (a parte que possui o grupo OH) e outra apolar
(a cadeia carbônica). Isso faz com que os álcoois sejam solúveis tanto em solventes polares (como água) como
em solventes apolares (como tetracloreto de carbono). As moléculas que possuem poucos átomos de carbono na
cadeia tendem a ser polares. Mas conforme a cadeia carbônica vai aumentando, ela tende a ser apolar.

212
Os álcoois de cadeia curta, que possuem maior tendência polar, são bastante solúveis em água, porque
suas moléculas realizam ligações de hidrogênio com as moléculas de água. Monoálcoois com até 3 carbonos são
solúveis em qualquer proporção na água; os de 4 carbonos têm solubilidade mais baixa (entre 8,3 a 26 g/100 mL)
e a solubilidade dos álcoois diminui gradualmente à medida que cresce a porção apolar da molécula (5 em diante).

Fenóis
São compostos orgânicos derivados dos hidrocarbonetos aromáticos graças à substituição de um H ligado dire-
tamente ao carbono do núcleo benzênico por –OH (hidroxila).

Nomenclatura dos fenóis


§§ Nomenclatura oficial – indica-se a presença do grupo –OH (hidroxila) com o sufixo -ol, muito similar à
nomenclatura dos álcoois. Lembre-se: fenóis não são álcoois.

benzenol
Na prática, essa nomenclatura, para esse exemplo em particular, é raramente empregada.
§§ Nomenclatura trivial – aceita pela IUPAC, denomina simplesmente a molécula de fenol.

fenol
§§ Nomenclatura alternativa – muito empregada, indicam-se as posições dos grupos –OH (hidróxi) no anel
aromático.
Exemplos:

hidróxi-benxeno 1,2-dihidróxi-benzeno 1,3,5-trihidróxi-benzeno

213
Caso ocorram ramificações (grupos carbônicos como metil, etil etc.), é necessário indicar suas posições de
modo que se obtenham os menores números possíveis.

1-hidroxi-2-metil-benzeno 1-hidroxi-3-metil-benzeno
ou ou 1-hidroxi-4-metil-benzeno
2-metil-fenol 3-metil-fenol ou
ou ou 4-metil-fenol
orto-metil-fenol meta-metil-fenol ou
para-metil-fenol

§§ Não se preocupe em memorizar tantas versões de nomenclatura. É preferível saber "construir" a molécula
a partir das informações oferecidas sobre sua estrutura.

Propriedades dos fenóis

O fenol mais comum – fenol, hidróxi-benzeno ou benzenol – é conhecido por ácido fênico, fenílico ou ácido car-
bólico. Ácido reage com bases (neutralização), propriedade característica de todos os fenóis.
A característica da maioria dos fenóis são suas propriedades antibacterianas e fungicidas.
O fenol foi o primeiro antisséptico comercializado (c. 1870). Graças a ele, houve uma queda significativa
do número de mortes causadas por infecção pós-operatória. Deixou de ser utilizado depois de descoberto seu
teor corrosivo, se em contato com a pele, e venenoso, se ingerido.
Certos fenóis são utilizados em desinfetantes de baixo custo (creolina).

Éteres
Compostos orgânicos derivados dos álcoois, graças à substituição do hidrogênio do grupo –OH (hidroxila) por um
grupo carbônico (metil, etil etc.).

grupo funcional: R – O – R’

Do qual R e R’ são grupos carbônicos (metil, etil etc.) não necessariamente iguais.

Nomenclatura dos éteres


Segundo a IUPAC, há duas maneiras de nomear os éteres.
Mais utilizada:

     ––––––––––  + óxi +  –––––––––––––––––


prefixo do menor grupo       nome do hidrocarboneto
               correspondente ao maior grupo

Menos difundida, apesar de oficial, nos exames vestibulares:

éter + (grupo) ico + e + (grupo) ico

(em ordem alfabética)

214
Usual, mas não oficial:

(grupo menor) – (grupo maior) + éter

Usual, mas não oficial:

éter + (grupo menor) – (grupo maior) ico

Exemplos

CH3 – O – CH2 – CH3

CH3 – O – CH2 – CH3


mais utilizada metoxietano
MET + ÓXI + ETANO

CH3 – O – CH2 – CH3


menos difundida éter metílico e etílico
METIL   ETIL

CH3 – O – CH2 – CH3


usual (não ofcial) metil-etil éter
METIL   ETIL

CH3 – O – CH2 – CH3


usual (não oficial) éter metil-etílico
METIL   ETIL

CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3

CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3


mais utilizada etóxietano
ET + ÓXI + ETANO

CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3


menos difundida éter dietílico
ETIL       ETIL

CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3


usual (não ofcial) dietil éter
ETIL       ETIL

CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3


usual (não oficial) éter dietílico ou éter etílico
ETIL    ETIL

Observação: melhor que memorizar as várias formas de nomear os éteres, é preferível saber identificar o
grupo (metil, etil etc.) de cada “lado” do heteroátomo de oxigênio que caracteriza os éteres.

O éter mais importante

O etóxietano é o principal e o éter mais comum, conhecido por éter dietílico, éter etílico, éter sulfúrico ou simples-
mente éter. É produzido a partir da reação de desidratação do álcool etílico sob ação do ácido sulfúrico.
É um líquido incolor bastante inflamável e extremamente volátil, cujo ponto de ebulição é de 34,6 °C. É
uma substância utilizada como anestésico; relaxa os músculos e afeta ligeiramente a pressão arterial, a pulsação
e a respiração. As desvantagens são causar irritação no trato respiratório e provocar incêndios nas salas de cirur-
gia, uma vez que seus vapores são mais densos que o ar e acumulam-se na superfície do solo, formando, com o
oxigênio, uma mistura explosiva.
Da mesma forma que a acetona, quantidades elevadas de éter têm comercialização controlada pela Polí-
cia Federal. É um dos componentes usados na produção da cocaína.

215
Propriedades dos éteres
Os éteres líquidos são incolores, de cheiro agradável, bastante voláteis e altamente inflamáveis. São poucos, rea-
tivos, assim como os alcanos. Por apresentarem um momento de dipolo desprezível, os éteres podem servir como
solventes apolares para substâncias orgânicas e são substâncias muito mais voláteis do que os álcoois correspon-
dentes (mais uma vez, devido à ausência de ligações de hidrogênio).
O ponto de fusão e ebulição dos éteres são semelhantes aos hidrocarbonetos de mesma massa molecular,
mas muito menor que o dos álcoois isômeros (mais uma vez, devido à ausência de ligações de hidrogênio).
A solubilidade dos éteres menores em água é comparável a dos álcoois correspondentes e não a dos hidro-
carbonetos, já que os éteres podem formar ligações de hidrogênio com as moléculas de água, o que justifica sua
solubilidade, mesmo pequena, nesse meio.

216
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Veja como o combustível etanol é produzido

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Inalação de um éter

super.abril.com.br/saude/eter/

218
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Em sua maior parte, fenóis são sólidos à temperatura ambiente, utilizados para produção de vernizes, corantes,
perfumes, resinas, mas principalmente como germicidas e antissépticos, por sua ação coagulante de proteínas de
bactérias. O benzenol foi utilizado durante muito tempo, até se descobrir sua alta propensão a causar câncer, já
que é altamente tóxico.
Quando se é necessário um solvente apolar, uma boa escolha para isso são os éteres, em sua maioria os
éteres de cadeia pequena são bastante voláteis e bons solventes.
Uma cena clássica de uso de éteres, é quando acontece, em filmes de suspense ou thriller policial, de o ban-
dido surpreender sua vítima com um pano encharcado de um líquido que é pressionado contra o rosto da pessoa
a fim de fazê-la desmaiar.
O que acontece nesses casos é que o líquido em questão é um éter; por terem essa característica de alta
volatilidade, eles podem desmaiar as pessoas por sufocamento por suas propriedades anestésicas.

INTERDISCIPLINARIDADE

Atualmente, é muito fácil encontrar notícias relacionadas ao uso e obtenção do etanol; este composto orgânico
da classe dos álcoois está em alta em relação a seu uso como combustível, pelo fato de ser renovável, advindo do
plantio com cana-de-açúcar principalmente.
Todavia, há um inconveniente, ainda que o etanol seja uma alternativa “verde” mais viável que seu parente
mais querido, a gasolina, o etanol não é uma fonte de fácil obtenção geograficamente falando. É necessário solo e
condições climáticas propícias para produção de vegetais que possam dar origem ao etanol. Regiões como Ásia e
Europa, quase em sua totalidade, não possuem clima e solo favorável para plantio deste tipo de vegetação, delimi-
tando, assim, um certo monopólio de algumas regiões que possuem um plantio favorável.

219
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 24 - Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, subs-


tâncias ou transformações químicas.

Grande parte dos compostos na química orgânica não são feitos apenas de carbono e
hidrogênio, como visto anteriormente. Há também os chamados compostos oxigenados,
que recebem esse nome por conterem átomos de oxigênio em sua molécula.
Um dos mais apreciados e utilizados no mundo é o álcool, função orgânica essa que
apresenta sempre um oxigênio, ligado a um hidrogênio, em que o oxigênio está ligado
numa cadeia carbônica.

Modelo
(Enem) A curcumina, substância encontrada no pó-amarelo-alaranjado extraído da raiz da cúrcuma
ou açafrão-da-índia (Curcuma longa), aparentemente, pode ajudar a combater vários tipos de câncer,
o mal de Alzheimer e até mesmo retardar o envelhecimento. Usada há quatro milênios por algumas
culturas orientais, apenas nos últimos anos passou a ser investigada pela ciência ocidental.

Na estrutura da curcumina, identificam-se grupos característicos das funções


a) éter e álcool.
b) éter e fenol.
c) éster e fenol.
d) aldeído e enol.
e) aldeído e éster.

220
Análise Expositiva

Habilidade 24
Nessa questão era importante relembrar as duas funções orgânicas mais simples, o fenol e
o éter.
Analisando a molécula num contexto relacionado com o cotidiano, um artifício muito utili-
zado nas avaliações feitas pelo Enem, tem-se que:

Alternativa B

221
Estrutura Conceitual

Substância
orgânica
Pertence a
(uma ou mais
de uma)
Caracterizado
por
Grupo Classe
funcional funcional
Por
exemplo

Por
Álcool
exemplo CH3CH2OH

Contém Por
Oxigênio Fenol
exemplo C6H5OH

Por
Éter
exemplo CH3CH2OCH2CH3

222
E.O. Aprendizagem 5. (UCBA) O butan-2-ol pode ser representado
pela fórmula:
a) CH2(OH)CH2(OH).
1. (IFSul) A Cannabis sativa (maconha) possui b) CH2(OH)CH2CH3.
diversas substâncias químicas que, ao entra- c) CH2(OH)CH2CH2CH3.
rem em contato com o corpo do usuário, de- d) CH3CH(OH)CH2CH3.
sencadeiam uma série de efeitos, entre eles e) CH3C(OH)2CH2CH3.
a sensação de excitação provocada pelo rea-
gente THC. O THC tem sua fórmula estrutural
6. (UFSE) Quantos átomos de carbono secundá-
mostrada ao lado.
rio há na cadeia carbônica do pentan-2-ol?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

7. (FEI-SP) Qual das substâncias abaixo contém


Fonte: www.sitedecuriosidades.com – adaptado. átomos de oxigênio em sua estrutura?
a) acetileno
Sobre a estrutura do THC, é correto afirmar b) tolueno
que ela apresenta: c) fenol
a) 5 carbonos com quatro ligantes diferentes. d) naftaleno
b) função fenol e éter. e) benzeno
c) 3 anéis aromáticos.
d) apenas carbonos sp3.
8. (PUC) Na revelação de uma fotografia ana-
lógica, ou seja, de película, uma das etapas
2. (Acafe-SC) O álcool obtido em maior quanti-
consiste em utilizar uma solução reveladora,
dade na fermentação alcoólica do açúcar é o:
a) metílico. cuja composição contém hidroquinona.
b) etílico.
c) alético.
d) amílico.
e) benzílico.

3. (Mackenzie) Sobre o etanol, cuja fórmula


estrutural é H3C – CH2 – OH, identifique a
alternativa incorreta.
A função orgânica que caracteriza esse com-
a) Apresenta cadeia carbônica saturada.
b) É uma base inorgânica. posto é:
c) É solúvel em água. a) álcool.
d) É um monoálcool. b) fenol.
e) Apresenta cadeia carbônica homogênea. c) ácido carboxílico.
d) benzeno.
4. (Vunesp) Os feromônios são substâncias quí- e) cetona.
micas usadas na comunicação entre indivídu-
os da mesma espécie. A mensagem química
9. (Ulbra-RS) Leia a seguinte estrofe do poeta
tem como objetivo provocar respostas com-
paraibano Augusto dos Anjos:
portamentais, tais como alarme, produção de
“O oxigênio eficaz do ar atmosférico,
alimentos, acasalamento, entre outras.
O calor e o carbono e o amplo éter são
As formigas produzem um feromônio de
Valem três vezes menos que este Américo
alarme, no caso de luta, cuja fórmula es-
Augusto dos Anzóis Sousa Falcão…”
trutural é:
O nome de uma importante função química
H3C – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 – OH orgânica é citado na estrofe. Indique a alter-
A nomenclatura oficial IUPAC para esse com- nativa que contém um composto pertencente
posto orgânico é: a essa função:
a) hexan-1-ol. a) CH3CH2CH3 – propano
b) hexano. b) CH3COCH3 – propanona
c) ciclohexanol. c) CH3COOCH3 – etanoato de metila
d) hexanona. d) CH3CH2OCH3 – metóxietano
e) hexanal. e) CH3CH2CHO – propanal

223
1
0. (FEI-SP) Substituindo-se os hidrogênios da Sobre essa molécula, atribua V (verdadeiro)
molécula da água por um radical fenil e um ou F (falso) às afirmativas a seguir.
radical metil, obtém-se: ( ) Apresenta cadeia carbônica homogênea
a) cetona. e insaturada.
b) aldeído. ( ) Contém igual número de átomos de car-
c) éster. bono e hidrogênio.
d) éter. ( ) Por combustão total, forma monóxido de
e) ácido carboxílico. carbono e peróxido de hidrogênio.
( ) Possui, no total, dezessete carbonos se-

E.O. Fixação cundários e dois carbonos terciários.


( ) Os grupos funcionais são ácido carboxíli-
co, álcool e éter apenas.
1. (Fatec) Com relação ao etanol e ao metanol Assinale a alternativa que contém, de cima
são feitas as afirmações: para baixo, a sequência correta.
I. Ambos os álcoois podem ser utilizados a) V, V, V, F, F.
como combustível para automóveis. b) V, V, F, F, V.
II. Além da utilização em bebidas, o metanol c) V, F, F, V, F.
pode ser utilizado como solvente em perfu- d) F, V, F, V, V.
mes, loções, desodorantes e medicamentos. e) F, F, V, F, V.
III. Atualmente o metanol é produzido do petró-
leo e do carvão mineral por meio de trans- 3. (Udesc) A molécula de epinefrina foi pri-
formações químicas feitas na indústria. meiramente isolada em sua forma pura em
IV. O metanol é um combustível relativamen- 1897 e sua estrutura foi determinada em
te “limpo”. Sua combustão completa tem 1901. Ela é produzida na glândula adrenal
alto rendimento, produzindo CO2 e H2O. (daí vem o seu nome usual, adrenalina)
V. Ambos os álcoois podem ser produzidos a como um único enantiômero.
partir da cana-de-açúcar.
Escolha a alternativa que apresenta somente
afirmação(ões) verdadeira(s).
a) I.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) I, II, III e IV.
Analise as proposições em relação à molécula
de epinefrina.
2. (UEL) Cidades menores, quando não organi-
I. Possui seis carbonos com a configuração
zadas, podem apresentar problemas sérios
sp e três com configuração sp3.
de saúde pública, como é o caso de epide-
II. A fórmula molecular é C9H13NO3.
mias de dengue. Esforços têm sido dedicados
III. Apresenta somente um carbono assimé-
à descoberta de novos métodos para contro-
trico, ou seja, com quatro ligantes dife-
le da dengue. A curcumina, uma substância
rentes.
presente no açafrão-da-terra, pode matar as
IV. Apresenta a função fenol apenas.
larvas do Aedes aegypti. Basta colocar o pó
Assinale a alternativa correta.
em locais onde o mosquito da dengue cos-
a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
tuma se reproduzir, como pratos e vasos de
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
plantas. Além de ser eficaz, a substância não
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
agride o meio ambiente.
(Adaptado de: <http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-
d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
regiao/noticia/2015/03/substancia-presente- e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
no-acafrao-pode-ajudar-no-combate-dengue-
dizusp.html>. Acesso em: 14 abr. 2015.)
4. (UFAC) Tanto a borracha natural quanto a sin-
A curcumina, cuja molécula é apresentada a se- tética são materiais poliméricos. O precursor
guir, é uma substância presente no açafrão-da- da borracha natural é o priofosfato de gerani-
-terra e que dá o tom de amarelo ao pó. la, sintetizado em rota bioquímica a partir do
geraniol, que apresenta a estrutura:

224
O precursor da borracha sintética é o isopre- O nome oficial do composto II (segundo a
no, que apresenta a estrutura: IUPAC) e a respectiva função química são:
a) 1-metil-3-hidroxibenzeno – álcool.
b) meta-metil-hidróxido de benzila – álcool.
c) orto-metilfenol – fenol.
d) 3-metil-1-hidróxi-benzeno – fenol.
 
e) para-hidroxitolueno – fenol.
Ambas as estruturas resultam no poli-iso- 8. (UFRGS) O ortocresol, presente na creolina,
preno e são vulcanizadas com o objetivo de resulta da substituição de um átomo de hi-
melhorar as propriedades mecânicas do po- drogênio do hidroxibenzeno por um radical
límero. metila.
O geraniol e o isopreno são classificados, res- A fórmula molecular do ortocresol é:
pectivamente, como: a) C7H8O.
a) álcool e alceno. b) C7H9O.
b) aldeído e alceno. c) C6H7O.
c) álcool e alcino. d) C6H8O.
d) aldeído e alcino. e) C6H9.
e) ácido carboxílico e alceno.
9. (Unimontes) Algumas substâncias, quando
5. (UFG) O composto: adicionadas à gasolina, aumentam sua re-
sistência à compressão, sendo, portanto,
antidetonantes. Recomendado pelo Conse-
lho Nacional do Petróleo, o metil-t-butil-
-éter (MTBE) pode ser utilizado como an-
tidetonante em quantidade controlada.
O MTBE pode ser obtido pela reação – em
pelo sistema IUPAC, é o: presença de catalisador – do metanol com o
a) 3-fenil-3-hexanal. metilpropeno.
b) propil-n-metil-fenil-carbinol. O MTBE está corretamente representado pela
c) 4-fenil-4-etilbutanol. fórmula:
d) propil-fenil-etilcarbinol.
e) 3-fenil-3-hexanol.
a)
6. (UFMG) Considere as estruturas moleculares
do naftaleno e da decalina, representadas
pelas fórmulas a seguir.
b)

c)
naftaleno decalina

Substituindo, em ambas as moléculas, um


átomo de hidrogênio por um grupo hidroxila d)
(OH), obtêm-se dois compostos que perten-
cem, respectivamente, às funções:
a) fenol e fenol.
b) álcool e álcool. 1
0. (Mackenzie) O óleo de rosas tem fórmula es-
c) fenol e álcool. trutural:
d) álcool e fenol.

7. (UNIC-MT) A creolina, usada como desinfe-


tante, consiste na mistura dos três compos-
tos isômeros abaixo, neutralizada por NaOH. CH2 – CH2 – OH
OH
OH OH É incorreto afirmar que:
CH3 a) é um álcool.
b) possui somente um carbono terciário em sua
estrutura.
CH3 c) é um ciclano.
CH3 d) tem fórmula molecular C8H10O.
I II III e) possui um anel benzênico em sua estrutura.

225
E.O. Complementar Observe as seguintes afirmações em relação
às estruturas.
I. O fenol pode ser chamado de hidróxi-
1. (UFF-RJ) Um composto orgânico X apresenta -benzeno.
os quatro átomos de hidrogênio do metano II. A nomenclatura IUPAC do éter é etanoato
substituídos pelos radicais: isopropil, benzil, de etila.
hidroxi e metil. III. O éter não apresenta ligações pi.
A fórmula molecular de X é: IV. Todos os carbonos do fenol são secundários.
a) C12H16O2. Está(ão) correta(s):
b) C11H16O. a) Apenas I.
c) C12H18O. b) Apenas I e II.
d) C11H14O. c) Apenas I, III, e IV.
e) C11H14O. d) Apenas II, III e IV.
e) I, II, III, IV.
2. (Espcex) Considere as seguintes descrições
de um composto orgânico: 4. (UEL) Os efeitos especiais do isoeugenol
I. O composto apresenta 7 (sete) átomos de presente na noz-moscada são conhecidos
carbono em sua cadeia carbônica, classifi- desde a antiga China. É notória a importân-
cada como aberta, ramificada e insaturada; cia que essa molécula exerceu no comércio e
II. A estrutura da cadeia carbônica apresen- na construção e destruição de cidades.
ta apenas 1 carbono com hibridização
tipo sp, apenas 2 carbonos com hibridi-
zação tipo sp2 e os demais carbonos com
hibridização sp3;
III. O composto é um álcool terciário.
Considerando as características descritas
acima e a nomenclatura de compostos orgâ-
nicos regulada pela União Internacional de
Química Pura e Aplicada (IUPAC), uma possí-
vel nomenclatura para o composto que aten-
da essas descrições é: Sobre essa molécula, atribua V (verdadeiro)
a) 2,2-dimetil-pent-3-in-1-ol. ou F (falso) às afirmativas a seguir.
b) 3-metil-hex-2-en-2-ol. ( ) A molécula apresenta estrutura alicícli-
c) 2-metil-hex-3,4-dien-2-ol. ca insaturada.
d) 3-metil-hex-2,4-dien-1-ol. ( ) Apresenta 2 carbonos primários, 7 car-
e) 3-metil-pent-1,4-dien-3-ol. bonos secundários e 1 carbono terciário.
( ) É uma estrutura com grupos funcionais
compostos.
3. (IFPE) No livro O SÉCULO DOS CIRURGIÕES,
( ) O grupo funcional hidroxila é caracteri-
de Jürgen Thorwald, o autor enfatiza diver-
zado como álcool.
sas substâncias químicas que mudaram a
Assinale a alternativa que contém, de cima
história da humanidade, entre elas: o fenol,
para baixo, a sequência correta.
que em 1865 era chamado de ácido carbólico
a) V – F – V – V
e foi usado pelo médico Inglês Joseph Lister
b) V – F – F – F
como bactericida, o que diminuiu a morta-
c) F – V – V – F
lidade por infecção hospitalar na Europa; o
d) F – V – F – V
éter comum, usado pela 1ª vez em 1842, em
e) F – F – V – V
Massachusetts (EUA), pelo cirurgião John
Collins Warren como anestésico por inala-
ção que possibilitou a primeira cirurgia sem 5. (IFPE) O odor desagradável na transpiração
dor e, por fim, o clorofórmio, usado em 1847 é tema de estudo pelos cientistas do mundo
também como anestésico, mas posterior- todo. Pesquisas realizadas apontam os áci-
mente abandonado devido a sua toxidez. dos carboxílicos como principais responsá-
Abaixo estão expressas as fórmulas estrutu- veis pelo mau cheiro. Para combatê-los, os
rais do ácido carbólico (fenol) e do éter. desodorantes, em sua grande maioria, con-
têm o triclosan, substância que inibe o cres-
cimento das bactérias (bacteriostático).

226
Observe abaixo a estrutura do triclosan e 2. Escreva a fórmula estrutural e dê o nome ofi-
analise as proposições a seguir. cial dos seguintes álcoois:
a) metílico
b) etílico
c) propílico
d) isopropílico
e) sec-butílico
f) terc-butílico

I. Apresenta carbonos com hibridação sp3.


3. Dê o nome dos seguintes fenóis:
II. Seus carbonos apresentam hibridação sp2.
III. Apresenta um grupo fenol.
IV. Trata-se de um alceno.
V. Apresenta dois carbonos assimétricos a)
(quatro ligantes diferentes em um carbono).
Obs.: Considere como assimétrico o carbono
que apresentar 4 ligantes (átomo ou grupos
atômicos) diferentes ao seu redor. b)
Estão corretas:
a) apenas I, II e III.
b) apenas II e III.
c) apenas III, IV e V. c)
d) apenas I, II e V.
e) I, II, III, IV e V.

4. Dê os nomes dos compostos ou escreva as


E.O. Dissertativo fórmulas estruturais.

OH
1. Dê o nome oficial dos seguintes álcoois: |
OH a) H3C — CH — CH2 — CH — CH3
| |
a) H3C — CH2 — CH — CH3 C2H5

OH OH
| |
b) H2C — CH2 — CH2 — CH2 — CH3 b) H3C — CH = CH — CH — CH2
|
OH CH3
|
c) H3C — C — CH2 — CH3
|
CH3 c)

d)

CH3 d)
|
e) H3C — C — CH2 — CH2 — CH2 — OH
|
CH3 e) 2-metil-hexan-1-ol
OH OH f) 2,3-dimetil-fenol ou 2,3-dimetil-benzenol
| |
f) H2C — CH — CH3 5. Dê nome aos seguintes éteres:
a) H3C — CH2 — O — CH2 — CH3
b) CH3 — O — CH3
g) c) H3C — CH2 — O —

227
6. Escreva as fórmulas estruturais dos seguin-
tes compostos: E.O. Enem
a) metóxi-sec-butano
b) éter dietílico (éter comum)
1. (Enem) No processo de fabricação de pão, os
c) éter metil-etílico
padeiros, após prepararem a massa utilizan-
7. (PUC-MG) Considere o seguinte álcool: do fermento biológico, separam uma porção
de massa em forma de “bola” e a mergulham
num recipiente com água, aguardando que
ela suba.
Quando isso acontece, a massa está pronta
para ir ao forno.
Um professor de Química explicaria esse
Dê seu nome oficial e indique sua fórmula procedimento da seguinte maneira: “A bola
molecular. de massa torna-se menos densa que o líqui-
do e sobe. A alteração da densidade deve-se
8. Considerando que a fórmula molecular C3H8O
à fermentação, processo que pode ser resu-
identifica dois álcoois alifáticos saturados,
mido pela equação:
escreva suas fórmulas estruturais e dê seus
nomes oficiais.
C6H12O6  → 2C2H5OH + 2CO2 + energia
9. (UFJF-MG) Escreva o que se pede em cada Glicose álcool comum gás carbônico
um dos itens abaixo.
a) O nome de um composto orgânico de fórmu- Considere as afirmações abaixo.
la molecular C5H12O que não possua átomo
I. A fermentação dos carboidratos da massa
de carbono secundário nem terciário.
b) A fórmula estrutural do álcool de fórmula de pão ocorre de maneira espontânea e
C7H8O que possua cadeia carbônica aromática. não depende da existência de qualquer
organismo vivo.
1
0. (UFSC – Adaptada) A celulose atua como II. Durante a fermentação, ocorre produção
componente estrutural na parede celular de de gás carbônico, que se vai acumulando
diversas plantas e é o principal componente em cavidades no interior da massa, o que
químico do papel comum, como este que você faz a bola subir.
está utilizando para fazer sua prova. Quimi- III. A fermentação transforma a glicose em
camente, a celulose é um polímero, mais es- álcool. Como o álcool tem maior densida-
pecificamente um polissacarídeo, formado de do que a água, a bola de massa sobe.
pela junção de várias unidades de glicose. As Dentre as afirmativas, apenas:
fórmulas estruturais planas da glicose e da a) I está correta.
celulose são mostradas no esquema abaixo. b) II está correta.
c) I e II estão corretas.
d) II e III estão corretas.
e) III está correta.

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. (UERJ) A análise qualitativa de uma subs-
tância orgânica desconhecida revelou a pre-
sença de carbono, oxigênio e hidrogênio.
Podemos afirmar que essa substância não
pertence à função denominada:
a) éster.
Com base nas informações disponibilizadas b) fenol.
acima: c) hidrocarboneto.
a) expresse a fórmula molecular da glicose. d) ácido carboxílico.
b) escreva o(s) nome(s) da(s) função(ões)
orgânica(s) presente(s) na molécula de ce-
lulose.

228
2. (UERJ) Algumas algas marinhas produzem Esse hidrocarboneto pode ser classificado
polifenóis para defesa contra predadores her- como:
bívoros. Analise as fórmulas abaixo que re- a) alcino.
presentam diferentes substâncias químicas. b) ciclano.
c) alcano.
d) alcadieno.

E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Fuvest) Um composto orgânico com a fórmula
molecular C3H7OH deve ser classificado como:
Aquela que representa um polifenol é a de
a) ácido.
número:
b) álcool.
a) 1.
c) aldeído.
b) 2. d) base.
c) 3.
e) fenol.
d) 4.

2. (Fuvest) O álcool terciobutílico é representa-


3. (UERJ) Observe na ilustração a seguir estru-
do pela fórmula estrutural:
turas de importantes substâncias de uso in-
dustrial. CH3

a) H3C — C — CH3

OH

CH3
b) H3C — C — CH2OH

H
c) H2C — C — CH2
Em cada uma dessas substâncias, o número
de átomos de carbono pode ser representado OH OH OH
por x e o número de heteroátomos por y. H H
O maior valor da razão x/y é encontrado na
substância pertencente à seguinte função d) H3C — C — C — CH3
química:
a) éter. H OH
b) éster.
CH3
c) amina.
d) amida. e) H2C — C — CH2

4. (UERJ) A partir das quantidades de água e OH OH OH


gás carbônico produzidas numa reação de
combustão completa de um hidrocarboneto
(CxHy), ilustrada na equação não balancea- 3. (Unesp) A combustão completa do etanol
da a seguir, podemos chegar à fórmula mole- (C2H6O) nos motores de veículos produz gás
cular do reagente orgânico consumido. carbônico e água. O número de mol de oxigê-
nio consumido na combustão completa de 2
CxHy + O2 → CO2 + H2O mol de etanol é igual a:
A combustão completa de 1,0 mol de um hi- ​  3 ​ .
a) __
drocarboneto produziu 72 g de água e 89,6 2
b) 4.
L de gás carbônico, medidos nas condições c) 6.
normais de temperatura e pressão. d) 7.
e) 9.

229
4. (Unesp – Modificada) O sildenafil, princípio 2. (Unesp) Considerar os radicais metila e fenila.
ativo do medicamento Viagra, tem a fórmula a) Escrever as fórmulas estruturais de compos-
estrutural tos das funções: I – álcool e II – éter, que
contenham os dois radicais em cada composto.
b) Escrever os nomes dos compostos.

Gabarito

E.O. Aprendizagem
1. B 2. B 3. B 4. A 5. D
6. C 7. C 8. B 9. D 10. D
Sobre o sildenafil, é correto afirmar que
apresenta:
a) átomos de nitrogênio incorporados a todos
os anéis. E.O. Fixação
b) ligações covalente normais. 1. D 2. C 3. A 4. A 5. E
c) somente anéis aromáticos.
6. C 7. D 8. A 9. D 10. C
d) 12 pares de elétrons desemparelhados.
e) função éter.

5. (Unesp – Modificada) Analise a fórmula que E.O. Complementar


representa a estrutura do iso-octano, um de- 1. C 2. C 3. C 4. C 5. B
rivado de petróleo componente da gasolina.

E.O. Dissertativo
1.
a) butan-2-ol
De acordo com a fórmula analisada, é correto b) pentan-1-ol
afirmar que o iso-octano: c) 2-metil-butan-2-ol
a) é solúvel em água. d) 2,5-dimetil-hexan-3-ol
b) é um composto insaturado. e) 4,4-dimetil-pentan-1-ol
c) conduz corrente elétrica. f) propan-1,2-diol
d) apresenta carbono com hibridização sp2. g) ciclopentanol
e) tem fórmula molecular C8H18. 2.
a) H3C – OH metanol
6. (Unesp) Dentre as fórmulas a seguir, a alter- b) H3C – CH2 – OH etanol
nativa que apresenta um álcool terciário é: c) H3C – CH2 – CH2 – OH propan-1-ol
a) CH3–CH2–CHO. OH
b) (CH3)3C–CH2OH. |
c) (CH3)3COH. d) H3C — CH — CH3    propan-2-ol
d) CH3–CH2–CH2–OH.
e) CH3–CH(OH)–CH3. OH
|
e) H3C — CH — CH2 — CH3  butan-2-ol

E.O. Dissertativas OH
|
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) f) H3C — C — CH3  2-metil-propan-2-ol
|
1. (Unesp) Um éter, de massa molar 60 g/mol, CH3
tem a seguinte composição centesimal: 3.
a) 1-hidroxi-3-etil-benzeno ou 3-etil-fenol
C = 60%; H = 13,33%; O = 26,67%.
ou 3-etil-benzenol ou meta-etil-benzenol
(Massas molares, em g/mol: C = 12; H = 1; b) 1-hidroxi-4-etil-benzeno ou 4-etil-fenol
O = 16) ou 4-etil-benzenol ou para-etil-benzenol
a) Determine a fórmula molecular do éter. c) 1-hidroxi-2-etil-benzeno ou 2-etil-fenol
b) Escreva a fórmula estrutural e o nome do éter. ou 2-etil-benzenol ou orto-etil-benzenol

230
4.
a) 4-metil-hexan-2-ol
E.O. Objetivas
b) 2-metil-pent-3-en-1-ol (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
c) 4-isopropil-hidróxi-benzeno ou 4-isopro- 1. B 2. A 3. C 4. E 5. E
pil-benzenol
6. C
d) 2,2,3-trimetil-ciclobutanol
e) H3C — CH — CH2 — CH2 — CH — CH2 — OH
| E.O. Dissertativas
CH3

(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
f) a) C3H8O
b) H3C - CH2 - O - CH3 (metoxietano)
2.

5. a)
a) éter etílico ou etóxietano
b) éter metílico ou metóximetano
b) 1 - feniletanol, metoxibenzeno
c) eter etil-fenílico ou etóxibenzeno
6.
a)

b) H3C — CH2 — O — CH2 — CH3


c) H3C — O — CH2 — CH3
7.
3,4,4-trimetil-pentan-2-ol; C8H18O
8.
H3C — CH2 — CH2 — OH   propan-1-ol

OH
|
H3C — CH — CH3    propan-2-ol
9.
CH3
|
a) H3C — C — CH2 — OH  (2,2-dimetil-propan-1-ol)
|
CH3

b)

10.
a) C6H12O6
b) Na celulose, observamos as funções álcool
e éter.

E.O. Enem
1. B

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. C 2. B 3. A 4. B

231
INFOGRÁFICO:
Abordagem dos GASES E SOLUBILIDADE nos principais
vestibulares.

FUVEST - A parte de gases é muito cobrada na Fuvest, sendo um dos assuntos mais difíceis. Solu-
bilidade é muito cobrado também, sendo de extrema importância a total fixação do assunto para
que haja melhor compreensão em assuntos futuros.

ADE DE ME

UNICAMP - A Unicamp usa como artifício principal


LD D
U

IC
FAC

INA

questões trabalhadas acerca do cotidiano e bem ela-


1963
BO
T U C AT U

boradas. Tem como principais perguntas a parte de


solubilidade e gases.

UNESP - A Unesp apresenta um vestibular


muito bem estruturado com uma boa sequência
de perguntas. Há uma preocupação evidente UNIFESP - O vestibular da Unifesp apresenta sem-
e direta dos exercícios de química com o meio pre questões muito objetivas e conceituais, em que o
ambiente, principalmente com soluções e gases. aluno é obrigado a desenvolver cálculos muitas vezes
trabalhosos. Gases é um assunto muito recorrente po-
dendo ser abordado como questão interdisciplinar de
química e física.

ENEM / UFRJ - O Enem cobra com frequência o assunto dos gases, fazendo com
que seja um dos mais importantes. A principal abordagem é com a aplicação e o
uso no cotidiano.

UERJ - A UERJ utiliza como artifício o uso da interdisciplinaridade, normal-


mente utilizando física para o assunto de gases. Para solubilidade é preciso
que haja uma boa base de cálculo e provavelmente conhecimentos sobre
ecossistema e poluição.
© leungchopan/Shutterstock

Aulas 11 e 12

Transformações gasosas
Competências 3, 5 e 7
Habilidades 8, 10, 12, 18, 24 e 25
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
Em estado gasoso, as substâncias apresentam este conjunto de propriedades comuns:
1. Não apresentam forma definida, isto é, adquirem a forma do recipiente que os contêm.
2. Não apresentam volume próprio. Os gases ocupam todo o volume do recipiente que os contêm. São de
grande expansibilidade.
3. Sofrem grandes variações de volume, se as condições de pressão e temperatura a que estão submetidos
forem alteradas. São altamente compressíveis e de alta dilatabilidade.
4. Apresentam baixa densidade. Se comparado o volume ocupado pela mesma massa de uma substância nos
três estados físicos, verifica-se que o volume ocupado pelo gás é muito maior que o ocupado pelo líquido e
pelo sólido.
5. Exercem pressão. Quanto maior a quantidade de gás em um recipiente, maior a pressão por ele exercida.
Alterações efetuadas na temperatura de um gás, sem alterar seu volume constante, provocam grandes va-
riações na pressão por ele exercida.

Teoria cinética dos gases


Para explicar as propriedades dos gases, os cientistas elaboraram um modelo chamado teoria cinética dos gases,
cujos postulados são estes:
I. As partículas de um gás estão em movimento constante e desordenado.
II. A velocidade das partículas de um gás é maior quanto maior for a temperatura.
III. A força de atração entre as partículas gasosas é praticamente nula, uma vez que são independentes umas das
outras.
IV. Submetidas à mesma temperatura, moléculas de gases apresentam a mesma energia cinética média.
V. As partículas de um gás movem-se em linha reta. A direção e o sentido do movimento modificam-se tão somente
se as partículas colidirem umas com as outras ou contra as paredes do recipiente que as contêm. Não há perda
de energia cinética total nas colisões, embora possa haver troca de energia entre as partículas que colidem.
VI. A distância entre as partículas gasosas é muito maior que o tamanho das partículas.
Mediante esses postulados, é possível explicar as propriedades dos gases.
§§ Graças ao movimento contínuo e desordenado de suas partículas, um gás tanto ocupa todo o volume do
recipiente quanto pode escapar dele.
§§ Os gases são altamente compressíveis. A distância entre suas partículas é grande. No entanto, sob qualquer
aumento de pressão, elas se aproximam, reduzindo o volume ocupado.
§§ A pressão exercida pelos gases é determinada pelo número de colisões, por unidade de tempo, entre as
partículas e as paredes do recipiente. Depende, portanto, da quantidade de gás presente no recipiente, uma
vez que quanto maior a quantidade de gás, maior é o número de partículas, maior é o número de colisões
e maior é a pressão. A pressão exercida por um gás confinado num recipiente aumenta com o aumento da
temperatura. Aquecidas, as partículas gasosas passam a se movimentar com mais velocidade, provocando
mais colisões, por unidade de tempo, contra as paredes do recipiente.
Sob o ponto de vista microscópico, o estado de um gás é caracterizado por três variáveis: volume, tempera-
tura e pressão, denominadas variáveis de estado.
1. Volume – espaço ocupado por uma substância. No caso dos gases, o volume de uma dada amostra é igual
ao volume do recipiente que a contém.
As unidades usuais de volume são litro (L), mililitro (mL), metro cúbico (m3), decímetro cúbico (dm3) e cen-
tímetro cúbico (cm3).
1 m3 = 1000 dm3; 1 dm3 = 1 L; 1 dm3 = 1000 cm3; 1 cm3 = 1 mL

237
2. Temperatura – é a medida do grau de agitação das partículas que constituem uma substância. No estudo
dos gases, é utilizada a escala absoluta ou Kelvin (K). No Brasil, a escala usual é a Celsius ou centígrada (°C).
Transformação de graus Celsius (ºC) em Kelvin:

T (K) = T (ºC) + 273

3. Pressão – definida como força por unidade de área. No estado gasoso, a pressão é o resultado do choque
de moléculas contra as paredes do recipiente que as contêm.
A medida de pressão de um gás é obtida mediante um aparelho chamado manômetro.
As unidades de pressão usuais são: atmosfera (atm), centímetros de mercúrio (cmHg), milímetros de mercú-
rio (mmHg); Torricelli (torr); Pascal (Pa).

1 atm = 760 mmHg; 1 mmHg = 1 torr; 1 atm = 1,01 × 105 Pa

Leis físicas dos gases


Uma dada massa de gás sofre uma transformação, se ocorrerem variações nas suas variáveis de estado. Para co-
meçar, modificam-se apenas duas das grandezas e mantém-se a outra constante.

Lei de Boyle-Mariotte
“À temperatura constante, uma determinada massa de gás ocupa um volume inversamente proporcional à pressão
exercida sobre ele.”
Essa transformação gasosa, cuja temperatura é mantida constante, é chamada de transformação
isotérmica.

Experiência de Boyle-Mariotte

A lei de Boyle-Mariotte pode ser representada por um gráfico pressão-volume. Nele, as abscissas repre-
sentam a pressão de um gás, e as ordenadas, o volume ocupado pelo gás.

238
A curva obtida é uma hipérbole, cuja equação representativa é PV = constante.

P1 · V1 = P2 · V2
Se o volume diminuir, aumenta o número de moléculas por área. Com isso, aumenta também o número de
colisões, bem como (e consequentemente) a pressão.

Lei de Charles/Gay-Lussac
“À pressão constante, o volume ocupado por uma massa fixa de gás é diretamente proporcional à temperatura
absoluta.”
Essa transformação gasosa, cuja pressão é mantida constante, é chamada transformação isobárica.
As relações entre volume e temperatura estão representadas neste esquema:

Graficamente:

239
A reta obtida é representada pela equação:
V = (constante) · T ou __ ​ V ​  = cte
T
Se a temperatura aumentar, aumenta a energia cinética das moléculas. Portanto, para manter a pressão
constante ocorre um aumento do volume.
Conclusão:
V V
​ __1 ​ = ​ __2 ​ 
T1 T2

Lei de Gay-Lussac
“A um volume constante, a pressão exercida por uma determinada massa fixa de gás é diretamente proporcional
à temperatura absoluta.”
Essa transformação gasosa, cujo volume é mantido constante, é denominada transformação isocórica, iso-
métrica ou isovolumétrica.
Representação das relações entre pressão e temperatura:

Graficamente:

Se a temperatura aumentar, aumenta a energia cinética das moléculas. Com isso, aumenta também o nú-
mero de colisões, bem como (e consequentemente) a força aplicada em uma determinada área, ou seja, a pressão.

240
A reta obtida é representada pela equação:

​ P ​  = (cte)
P = (constante) · T ou __
T
Conclusão:
__P P
​  1 ​ = ​ __2 ​ 
T1 T2

Resumindo as transformações e as leis que foram vistas, temos:

Transformação Volume Pressão Temperatura Lei Fórmula


Isotérmica Varia Varia Constante Boyle-Mariotte P`V = constante

Isobárica Varia Constante Varia Gay-Lussac ​ V ​= constante


__
T
Isocórica Constante Varia Varia Charles P​   ​= constante
__
T

Observação: historicamente, os dois físicos experimentalistas franceses – Jacques Charles (1746-1823) e


Joseph Gay-Lussac (1778-1850) – estudaram, de modo independente, as transformações isobáricas e isocóricas.
Para a transformação isocórica, é comumente chamado de lei de Gay-Lussac (ou lei de Charles/Gay-Lussac), e
para a transformação isobárica, lei de Charles. Em alguns livros, o nome da lei para as transformações isobárica
e isocórica podem vir trocados, devido a esse fato histórico. Para o vestibular, o importante é lembrar do tipo de
transformação, e não se recomenda o uso do nome da lei.

Gás ideal × Gás real


Um gás ideal é aquele cujo comportamento experimental obedece às equações matemáticas até aqui vistas. Para
que isso ocorra, as interações entre as partículas gasosas devem ser inexistentes. Na prática, o comportamento
dos gases afasta-se do comportamento ideal. Verifica-se experimentalmente que o comportamento de um gás
aproxima-se do comportamento ideal à medida que sua pressão diminui e a temperatura a que está submetido
aumenta. Pressão baixa significa pouca quantidade de gás, e alta temperatura significa que as partículas gasosas
estão em grande velocidade. Nessas condições, as interações entre as partículas praticamente inexistem. Quanto
maior a pressão e menor a temperatura de um gás mais ele se afasta do comportamento ideal.
De fato, na compressão dos gases é muito comum acontecer o seguinte (acompanhe as setas no gráfico):
Se a pressão sobre o gás aumentar, seu volume diminui gradativamente até o ponto A, e ele liquefaz-se.
De A (gás) para B (líquido), seu volume reduz-se bruscamente.
Em seguida, ele praticamente não varia mais (B = C), uma vez que os líquidos são pouco compressíveis.
Evidentemente, a partir de A, a lei de Boyle-Mariotte deixa de ser válida.
Nos isqueiros a gás, de corpo transparente, é possível observar esse fenômeno do gás liquefeito.

241
Equação geral dos gases

Caso haja transformação gasosa, graças à qual as três variáveis de estado (P, V e T) modificam-se simultaneamente, re-
corre-se a esta equação. É obtida pela relação matemática entre as transformações gasosas estudadas anteriormente.
A equação é expressa por:

​  P ·  ​
____ V  = cte ä (para determinada massa fixa de gás).
T
P V P2V2
ou ____
​  1  ​1  = ____
​   ​  
T1 T2

A equação geral dos gases permite conhecer o volume de um gás em determinadas condições de tempe-
ratura e pressão e determinar seu novo volume em outras condições de temperatura e pressão. Presta-se também
para determinar temperaturas e pressões diferentes a partir de valores iniciais.

Teoria na prática
1. Uma bolha de ar forma-se no fundo de um lago, em que a pressão é de 2,2 atm. A essa pressão, a bolha
tem volume de 3,6 cm3.
Que volume terá essa bolha quando subir à superfície, na qual a pressão atmosférica é de 684 mmHg,
admitindo-se que a massa de gás contida no interior da bolha e a temperatura permanecem constantes?
Resolução:

2. Um balão selado, quando cheio de ar, tem volume de 50,0 m3 a 22 °C e a uma dada pressão. O balão é
aquecido. Assumindo-se que a pressão é constante, a que temperatura estará o balão quando seu volume
for 60,0 m3?
Resolução:

242
3. Certo gás ocupa um volume de 100 litros a dada pressão e temperatura. Qual o volume ocupado pela mes-
​ 3 ​  da inicial e a temperatura absoluta se reduzir
ma massa gasosa quando a pressão do gás se reduzir a __
4
​ 2 ​ da inicial?
em __
5
Resolução:

243
INTERATIVI
A DADE

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Vídeo Transformação Isotérmica

Fonte: Youtube

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Sites Vidros

noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/05/28/clique-ciencia-por-que-o-
vidro-e-o-espelho-embacam.htm
phet.colorado.edu/sims/html/states-of-matter/latest/states-of-matter_pt_BR.html
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Uma perfeita aplicação das transformações físico-químicas que é facilmente vista em festas de aniversário ou em
bailes noturnos é o uso do gelo seco.
O gelo seco não é feito de água, como o nome sugere, mas sim de CO2, gás carbônico, que é resfriado e
comprimido até sair do estado gasoso e ir para o estado sólido, então ele é realocado para um recipiente para
onde haja uma pressão constante. Para que então quando vá ser usado, devido à mudança brusca nas condições
de temperatura e pressão exercidas sobre o CO2, é iniciado um processo de sublimação.

INTERDISCIPLINARIDADE

Massa de ar é um aglomerado de ar em determinadas condições de temperatura, umidade e pressão. As massas


de ar podem ser quentes ou frias. As quentes, em geral, deslocam-se de regiões tropicais e as frias se originam nas
regiões polares.
As massas de ar podem ficar estacionadas, em determinado local, por dias e até semanas. Mas quando se
movem, provocam alteração no tempo havendo choques entre massas de ar quente e frio: enquanto uma avança,
a outra recua.
O encontro entre duas massas de ar de temperaturas diferentes dá origem a uma frente, ou seja, a uma área
de transição entre duas massas de ar. A frente pode ser fria ou quente. Uma frente fria ocorre quando uma massa
de ar frio encontra e empurra uma massa de ar quente, ocasionando nevoeiro, chuva e queda de temperatura.

245
Estrutura Conceitual

GÁS IDEAL
Uma amostra
pode sofrer

Transformação Transformação Transformação


isotérmica isocórica isobárica

A qual se A qual se A qual se


aplica aplica aplica

Lei de Lei de Lei de


Boyle Gay-Lussac Charles

246
E.O. Aprendizagem a)

1. (ESAM-RN) Chama-se pressão média sobre


uma superfície plana:
a) o contato entre superfícies planas.
b) uma propriedade da superfície livre dos líquidos.
c) o valor da força que atua sobre qualquer su- b)
perfície plana.
d) a razão entre o módulo da força que atua
perpendicularmente na superfície e a área
da superfície.
e) a razão entre o módulo da força que atua na
superfície e o perímetro dessa superfície. c)

2. (UECE) A panela de pressão, inventada pelo


físico francês Denis Papin (1647-1712) é um
extraordinário utensílio que permite o cozi-
mento mais rápido dos alimentos, economi-
zando combustível.
Sobre a panela de pressão e seu funciona- d)
mento, pode-se afirmar corretamente que:
a) é uma aplicação prática da lei de Boyle-Mariotte.
b) foi inspirada na lei de Dalton das pressões
parciais.
c) aumenta o ponto de ebulição da água conti-
da nos alimentos. e)
d) o vapor d’água represado catalisa o processo
de cocção dos alimentos.

3. (UFU) Em relação aos gases, é incorreto afir-


mar que:
a) o volume do gás diminui com o aumento da
temperatura, mantendo-se a pressão constante. 6. (PUC-SP) Uma amostra de gás oxigênio (O2)
b) exercem pressão sobre as paredes do reci- a 25 °C está em um recipiente fechado com
piente onde estão contidos. um êmbolo móvel. Indique qual dos esque-
c) a pressão aumenta com o aumento da tem- mas a seguir melhor representa um processo
peratura se o gás estiver fechado em um re-
de expansão isotérmica.
cipiente rígido.
a)
d) difundem-se rapidamente uns nos outros.

4. (PUC) De acordo com a lei de Robert Boyle


(1660), para proporcionar um aumento na
pressão de uma determinada amostra gasosa
b)
numa transformação isotérmica, é necessário:
a) diminuir o seu volume.
b) diminuir a sua massa.
c) aumentar a sua temperatura.
d) aumentar o seu volume.
e) aumentar a sua massa. c)

5. (UFG) O processo contínuo da respiração con-


siste na expansão e contração de músculos
da caixa torácica. Sendo um sistema aberto,
quando a pressão intra-alveolar é menor que d)
a atmosférica, ocorre a entrada do ar e os pul-
mões expandem-se. Após as trocas gasosas,
a pressão intra-alveolar aumenta, ficando
maior que atmosférica. Assim, com a contra-
ção da caixa torácica, os gases são expirados. e)
Considerando a temperatura interna do corpo
humano constante e igual a 37,5 °C, o gráfico
que representa os eventos descritos é:

247
7. (UFC) Acidentes com botijões de gás de cozi- 3. existe vácuo no interior da lata.
nha são noticiados com bastante frequência. 4. ao aquecermos a lata, a pressão no seu
Alguns deles ocorrem devido às más condi- interior não varia.
ções de industrialização (botijões defeitu- 5. ao aquecermos a lata e pressionarmos sua
osos), e outros por uso inadequado. Dentre válvula, gases sairão novamente da mesma.
estes últimos, um dos mais conhecidos é o Quais são as afirmações verdadeiras? E as
armazenamento dos botijões em locais mui- falsas?
to quentes.
Nestas condições, e assumindo a lei dos ga-
ses ideais, é correto afirmar que: E.O. Fixação
a) a pressão dos gases aumenta, e o seu núme-
ro de mols diminui. 1. (Unifor) Um pneu de automóvel contém ar
b) a pressão dos gases diminui, e o seu número sob pressão de 3,0 atm à temperatura de
de mols diminui. 7,0 °C. Após viagem de 72 km, verifica-se
c) o número de mols permanece constante, e a que a temperatura do pneu atinge 47 °C.
pressão aumenta. Considerando o ar um gás ideal e desprezan-
d) a pressão e o número de mols dos gases au- do a variação de volume do pneu, a pressão
mentam. do ar nessa nova condição vale, em atmos-
e) a pressão e o número de mols dos gases não feras:
são afetados pelo aumento de temperatura. a) 3,1.
b) 3,4.
8. (UFRS) Dois recipientes idênticos, manti- c) 3,7.
dos na mesma temperatura, contêm o mes- d) 4,0.
mo número de moléculas gasosas. Um dos e) 4,3.
recipientes contém hidrogênio, enquanto o
outro contém hélio. Qual das afirmações a 2. (FEI-SP) Um pneu de automóvel foi calibra-
seguir está correta? do com pressão interna equivalente a 3 atm,
a) A massa de gás em ambos os recipientes é uma temperatura de 27 °C. Ao rodar, a tem-
idêntica. peratura do pneu alcançou o valor de 47 °C.
b) A pressão é a mesma nos dois recipientes. Considerando que o volume do pneu não va-
c) Ambos os recipientes contêm o mesmo nú- riou e o comportamento do gás é ideal, qual
mero de átomos. a pressão interna (em atm) do pneu?
d) A massa gasosa no recipiente que contém a) 32
hidrogênio é o dobro da massa gasosa no re- b) 3,2
cipiente que contém hélio. c) 16
e) A pressão no recipiente que contém hélio é d) 0,32
o dobro da pressão no recipiente que contém e) 3,0
hidrogênio.
3. (PUC-RJ) Um pneu de bicicleta é calibrado a
9. (UFPI) Algumas esferográficas têm um pe- uma pressão de 4 atm em um dia frio, à tem-
queno orifício no seu corpo principal. Mar- peratura de 7 °C. Supondo que o volume e a
que a opção que indica o propósito deste ori- quantidade de gás injetada são os mesmos,
fício: qual será a pressão de calibração nos dias em
a) permitir a entrada de oxigênio que reage que a temperatura atinge 37 °C?
com a tinta. a) 21,1 atm
b) impedir que a caneta estoure por excesso de b) 4,4 atm
pressão interna. c) 0,9 atm
c) permitir a vazão de excesso de tinta. d) 760 mmHg
d) evitar acúmulo de gases tóxicos no interior e) 2,2 atm
da caneta.
e) equilibrar a pressão, à proporção que a tinta 4. (FEI-SP) Um gás que ocupa um volume de
é usada. 750 mL à pressão de 0,990 atm é expandido,
à temperatura constante, até que sua pres-
1
0. (UFPE) Uma lata de um spray qualquer foi são se torne 0,330 atm. O volume final (em
utilizada até não mais liberar seu conteúdo. mililitros) ocupado pelo gás é:
Neste momento, podemos dizer: a) 2.250.
1. a pressão de gases no interior da lata é b) 750.
zero. c) 500.
2. a pressão de gases no interior da lata é d) 250.
igual à pressão atmosférica. e) 1.000.

248
5. (Unirio) Você brincou de encher, com ar, um Marque a alternativa que corresponde a essa
balão de gás, na beira da praia, até um vo- transformação:
lume de 1 L e o fechou. Em seguida, subiu a)
uma encosta próxima carregando o balão,
até uma altitude de 900 m, onde a pressão
atmosférica é 10% menor do que a pressão
ao nível do mar.
Considerando que a temperatura na praia e
na encosta seja a mesma, o volume de ar no
balão, em L, após a subida, será de:
a) 0,8. b)
b) 0,9.
c) 1,0.
d) 1,1.
e) 1,2.

6. (UFU) A atmosfera é composta por uma ca-


mada de gases que se situam sobre a super-
c)
fície da Terra. Imediatamente acima do solo
ocorre uma região da atmosfera conhecida
como troposfera, na qual ocorrem as nuvens,
os ventos e a chuva. Ela tem uma altura apro-
ximada de 10 km, a temperatura no seu topo
é cerca de –50 °C e sua pressão é de 0,25
atm. Se um balão resistente a altas pressões,
cheio com gás hélio até um volume de 10,0
d)
L, a 1,00 atm e 27 °C, é solto, o volume desse
balão, quando chegar ao topo da troposfera,
será de:
Dado: 0 kelvin = –273 °C.
a) 40,0 L.
b) 74,1 L.
c) 36,3 L.
d) 29,7 L.
e)
e) 52,5 L.

7. (UFAL) O estudo dos gases é fundamental


para os seres vivos. Estamos imersos numa
atmosfera constituída por uma mistura de
gases, que denominamos ar. Respiramos o
ar atmosférico para absorver o oxigênio, que
suporta a nossa vida. Também encontramos 8. (UFG) No gráfico abaixo, está representada a
gases em incontáveis situações. Por exem- variação de volume com a temperatura de um
plo, na Medicina, como anestésicos, no com- mol de gás, em duas condições diferentes:
bate a incêndios, na engenharia química in-
dustrial, como combustíveis etc. Considere a
seguinte transformação que ocorre com uma
amostra gasosa de massa m, apresentando
comportamento de gás ideal.

Nessas condições:
( ) em V = 4 L, as pressões são idênticas.
( ) as massas são diferentes.
( ) as variações representadas ocorrem à pres-
são constante.
( ) em V = 8 L, as temperaturas são idênticas.

249
9. (UFRN) Certa massa de gás ideal pode ser re-
presentada pela relação P · V / T = constan- E.O. Complementar
te, sendo P (pressão), V (volume), T (tem-
peratura). Pode-se afirmar que a pressão do 1. (UFRGS) Um mol de gás ideal confinado no
gás aumenta quando: recipiente A de volume V1 expande para o re-
a) V aumenta e T diminui. cipiente B de volume V2 = 2 V1 ao ser aberta
b) V não varia e T diminui. a válvula X. Veja o diagrama abaixo:
c) T não varia e V aumenta.
d) T aumenta e V não varia.

1
0. (UFV) Considere uma amostra de gás contida
num cilindro com pistão nas condições nor-
mais de temperatura e pressão (0 °C ou 273 K
e 1 atm), conforme figura a seguir.

Se o processo ocorreu isotermicamente, po-


de-se afirmar que a pressão final do gás é:
P
a) __
​  1 ​ .
2
b) 2 P1.
P (V + V2)
Suponha que a pressão sobre o gás seja do- c) _________
​  1 1  ​.  

2
brada (2 atm) e que a temperatura seja au-
d) 3 P1.
mentada para 273 °C.
P
Se o gás se comporta como gás ideal, nessas no- e) __
​  1 ​ .
vas condições, a figura que melhor representa a 3
amostra gasosa no cilindro com pistão é: 2. (FURG-RS) Considere a transformação isocó-
a) rica para uma determinada massa de gás.
Abaixo são apresentados os valores de pressões
e de temperaturas para essa transformação.

Pressão (mmHg) T (K)


1.500 300
b)
500 x
y 12
z 5

Os valores de x, y e z que completam a tabela


são, respectivamente:
c)
a) 100, 60, 25.
b) 900, 37.500, 90.000.
c) 150, 300, 100.
d) 120, 250, 120.
e) 150, 200, 100.

d) 3. (UFC) O gráfico abaixo ilustra o comporta-


mento referente à variação da pressão, em
função do volume, de um gás ideal, à tempe-
ratura constante.
Analise o gráfico e indique a alternativa correta.

e)

250
a) Quando o gás é comprimido nestas condi-
ções, o produto da pressão pelo volume per- E.O. Dissertativo
manece constante.
b) Ao comprimir o gás a um volume correspon- 1. (UFPE) Uma certa quantidade de gás ideal
ocupa 30 litros à pressão de 2 atm e à tem-
dente à metade do volume inicial, a pressão
peratura de 300 K. Que volume passará a
diminuirá por igual fator.
ocupar se a temperatura e a pressão tiverem
c) Ao diminuir a pressão a um valor correspon- seus valores dobrados?
​ 1 ​  da pressão inicial, o volume dimi-
dente a __
3 2. (UFSC) Suponha que 57 litros de um gás ide-
nuirá pelo mesmo fator. al a 27 °C e 1,00 atmosfera sejam simulta-
d) O volume da amostra do gás duplicará, quando neamente aquecidos e comprimidos até que
a pressão final for o dobro da pressão inicial. a temperatura seja 127 °C e a pressão, 2,00
e) Quando a pressão aumenta por um fator cor- atmosferas. Qual o volume final, em litros?
respondente ao triplo da inicial, a razão __ ​  P  ​
V 3. (Fcmsc-SP) Uma amostra de gás perfeito
será sempre igual à temperatura.
ocupa um recipiente de 10,0 L à pressão de
1,5 atm. Essa amostra foi transferida para
4. (UERN) Um sistema de balões contendo gás outro recipiente de 15,0 litros, mantendo
Helio (He), nas quantidades e nos volumes a mesma temperatura. Qual a nova pressão
apresentados, esta ligado por uma torneira dessa amostra de gás.
(T) que, inicialmente, está fechada. Observe:
4. Uma determinada massa gasosa, confinada
em um recipiente de volume igual a 6,0 L,
está submetida a uma pressão de 2,5 atm e
sob temperatura de 27 °C.
Quando a pressão é elevada em 0,5 atm, no-
ta-se uma contração no volume de 1,0 L.
a) Qual a temperatura em que o gás se encontra?
b) Que tipo de transformação ocorreu?

Considerando que os gases apresentam com- 5. (Uninove) Considere que certa quantidade
portamento ideal e que a temperatura per- de ar está armazenada em um recipiente de 2,5
manece constante, é correto afirmar que: L à pressão de 1 atm e temperatura de 25 ºC.
a) a pressão em A será a mesma em B. a) Sabendo que K = ºC + 273, calcule o volu-
b) ao abrir a torneira, se observará variação na me dessa mesma quantidade de ar quando a
pressão do sistema. pressão e a temperatura são reduzidas a 0,85 atm
e 15 ºC, respectivamente.
c) ao dobrar a pressão nos sistemas A e B, o
b) Caso o ar seja trocado por igual número de
volume ocupado pelos gases será 1/2 L e 1
mol de argônio, ocorrerá algum tipo de alte-
L, respectivamente. ração no volume de gás armazenado no reci-
d) as moléculas do sistema B colidem com mais piente? Justifique sua resposta.
frequência com a parede do recipiente do
que as moléculas do sistema A. 6. (Unicid) Comprime-se um gás, à pressão
constante de 1,0 atm, empurrando um êm-
5. (FAAP) Na respiração normal de adulto, num bolo de modo que seu volume passe de 0,20 m3
minuto, são inalados 4,0 litros de ar, medi- para 0,10 m3.
dos a 25 °C e 1 atm de pressão. Um mergu- a) Nessa compressão, a energia interna desse gás
lhador a 43 m abaixo do nível do mar, onde aumenta ou diminui? Justifique sua resposta.
b) Sabendo que a compressão foi realizada a 27 ºC
a temperatura é de 25 °C e a pressão de 5
calcule a pressão que deve ser aplicada para
atmosferas, receberá a mesma massa de oxi-
manter o mesmo volume de gás comprimido,
gênio se inalar: à temperatura de 0 ºC.
a) 4,0 litros de ar.
b) 8,0 litros de ar.
7. (PUC-SP) Um recipiente contém certa
c) 32 litros de ar. massa de gás ideal que, à temperatura de
d) 20 litros de ar. 27 °C, ocupa um volume de 15 L. Ao so-
e) 0,8 litros de ar. frer uma transformação isobárica, o volume
ocupado pela massa gasosa passa a ser de
20 L. Nessas condições, qual foi a variação de
temperatura sofrida pelo gás?

251
8. (UFAL) Um gás ideal está contido em um re-
cipiente fechado, a volume constante, a uma E.O. Objetivas
temperatura de 27 °C. Para que a pressão des-
se gás sofra um acréscimo de 50%, é necessá-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
rio elevar a sua temperatura para quanto?
1. (Unesp) O volume de uma massa fixa de gás
ideal, a pressão constante, é diretamente
9. (UFG) Uma lata de refrigerante tem o volu- proporcional à:
me total de 350 mL. Essa lata está aberta e a) concentração do gás.
contém somente o ar atmosférico, e é colo- b) pressão atmosférica.
cada dentro de um forno a 100 °C. Após a c) densidade do gás.
lata atingir essa temperatura, ela é fechada. d) temperatura absoluta.
A seguir, tem sua temperatura reduzida a e) massa molar do gás.
25 °C. Com o decréscimo da temperatura,
ocorre uma redução da pressão interna da
lata que levará a uma implosão. Ante o ex- 2. (Fuvest) Um congelador doméstico (freezer)
posto, calcule a pressão no interior da lata está regulado para manter a temperatura de
no momento imediatamente anterior à im- seu interior a –18 °C. Sendo a temperatura
plosão e o volume final após a implosão. ambiente igual a 27 °C (ou seja, 300 K), o
congelador é aberto e, pouco depois, fechado
1
0. (UFG) Considere um gás ideal submetido às novamente.
seguintes transformações: Suponha que o freezer tenha boa vedação e
que tenha ficado aberto o tempo necessário
V para o ar em seu interior ser trocado por ar
ambiente.
A Quando a temperatura do ar no freezer vol-
tar a atingir –18 °C, a pressão em seu inte-
rior será:
a) cerca de 150% da pressão atmosférica.
b) cerca de 118% da pressão atmosférica.
B c) igual à pressão atmosférica.
d) cerca de 85% da pressão atmosférica.
e) cerca de 67% da pressão atmosférica.

D
3. (Unicamp 2017) Bebidas gaseificadas apre-
C sentam o inconveniente de perderem a graça
depois de abertas. A pressão do CO2 no inte-
P
rior de uma garrafa de refrigerante, antes de
ser aberta, gira em torno de 3,5 atm e é sabi-
Considere, também, as seguintes leis: do que, depois de aberta, ele não apresenta
§§ Sob volume constante, a pressão exercida as mesmas características iniciais. Considere
por uma determinada massa gasosa é di- uma garrafa de refrigerante de 2 litros, sen-
retamente proporcional à sua temperatu- do aberta e fechada a cada 4 horas, retiran-
ra absoluta. ("Lei de Gay-Lussac"). do-se de seu interior 250 mL de refrigerante
§§ Sob temperatura constante, o volume de cada vez.
ocupado por determinada massa gasosa é Nessas condições, pode-se afirmar correta-
inversamente proporcional à sua pressão. mente que, dos gráficos a seguir, o que mais
("Lei de Boyle"). se aproxima do comportamento da pressão
§§ Sob pressão constante, o volume ocupado dentro da garrafa, em função do tempo é o:
por uma determinada massa gasosa é di- a)
retamente proporcional à sua temperatu-
ra absoluta. ("Lei de Charles").
a) Associe as transformações A é B; B é C e
C é D às Leis correspondentes. Justifique
sua resposta.
b) Esboce os gráficos dessas transformações,
mostrando as grandezas que sofrem varia-
ções e identificando a(s) que permanece(m)
constante(s).

252
b) 5. (Unesp) Os desodorantes do tipo aeros-
sol contêm em sua formulação solventes e
propelentes inflamáveis. Por essa razão, as
embalagens utilizadas para a comercializa-
ção do produto fornecem no rótulo algumas
instruções, tais como:
§§ Não expor a embalagem ao sol.
§§ Não usar próximo a chamas.
§§ Não descartar em incinerador.

c)

(www.gettyimagens.pt)

Uma lata desse tipo de desodorante foi lan-


çada em um incinerador a 25 ºC e 1 atm.
Quando a temperatura do sistema atingiu
d) 621 ºC, a lata explodiu. Considere que não
houve deformação durante o aquecimento.
No momento da explosão a pressão no inte-
rior da lata era:
a) 1,0 atm.
b) 2,5 atm.
c) 3,0 atm.
d) 24,8 atm.
e) 30,0 atm.

6. (Fuvest) Michael Faraday (1791-1867), em


fragmento de "A história química de uma
4. (Fuvest) O rótulo de uma lata de desodo- vela", assim descreve uma substância gasosa
rante em aerosol apresenta, entre outras, as que preparou diante do público que assistia a
seguintes informações: “Propelente: gás bu- sua conferência: "Podemos experimentar do
tano. Mantenha longe do fogo”. A principal jeito que quisermos, mas ela não pegará fogo,
razão dessa advertência é: não deixará o pavio queimar e extinguirá a
a) O aumento da temperatura faz aumentar a combustão de tudo. Não há nada que quei-
pressão do gás no interior da lata, o que
me nela, em circunstâncias comuns. Não tem
pode causar uma explosão.
cheiro, pouco se dissolve na água, não forma
b) A lata é feita de alumínio, que, pelo aqueci-
solução aquosa ácida nem alcalina, e é tão in-
mento, pode reagir com o oxigênio do ar.
diferente a todos os órgãos do corpo huma-
c) O aquecimento provoca o aumento do volu-
no quanto uma coisa pode ser. Então, diriam
me da lata, com a consequente condensação
os senhores: 'Ela não é nada, não é digna de
do gás em seu interior.
atenção da química. O que faz no ar?'" A subs-
d) O aumento da temperatura provoca a polimeri-
tância gasosa descrita por Faraday é:
zação do gás butano, inutilizando o produto.
e) A lata pode se derreter e reagir com as subs- a) H2 (g).
tâncias contidas em seu interior, inutilizan- b) CO2 (g).
do o produto. c) CO (g).
d) N2 (g).
e) NO2 (g).

253
7. (Unesp) Segundo a lei de Charles-Gay Lus-
sac, mantendo-se a pressão constante, o E.O. Dissertativas
volume ocupado por um gás aumenta pro- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
porcionalmente ao aumento da temperatu-
ra. Considerando a teoria cinética dos gases
1. (Unicamp) Uma garrafa de 1,5 litro, inde-
e tomando como exemplo o gás hidrogênio
formável e seca, foi fechada com uma tampa
(H2), é correto afirmar que este comporta-
plástica. A pressão ambiente era de 1,0 at-
mento está relacionado ao aumento:
a) do tamanho médio de cada átomo de hidro- mosfera e a temperatura de 27 °C. Em segui-
gênio (H), devido à expansão de suas cama- da, essa garrafa foi colocada ao sol e, após
das eletrônicas. certo tempo, a temperatura em seu interior
b) do tamanho médio das moléculas de hidro- subiu para 57 °C e a tampa foi arremessada
gênio (H2), pois aumentam as distâncias de pelo efeito da pressão interna.
ligação. a) Qual era a pressão no interior da garrafa no
c) do tamanho médio das moléculas de hidro- instante imediatamente anterior à expulsão
gênio (H2), pois aumentam as interações en- da tampa plástica?
tre elas. b) Qual é a pressão no interior da garrafa após
d) do número médio de partículas, devido à a saída da tampa? Justifique.
quebra das ligações entre os átomos de hi-
drogênio (H2 → 2H). 2. (Unicamp) Em um recipiente aberto à at-
e) das distâncias médias entre as moléculas mosfera com capacidade volumétrica igual a
de hidrogênio (H2) e das suas velocidades 2,24 litros, nas condições normais de tempe-
médias. ratura e pressão, colocou-se uma massa de
0,36 g de grafite. Fechou-se o recipiente e,
8. (Fuvest) Hidrogênio reage com nitrogênio com o auxílio de uma lente, focalizando a luz
formando amônia. A equação não balancea- solar sobre o grafite, iniciou-se sua reação
da que representa essa transformação é: com o oxigênio presente produzindo apenas
gás carbônico. Assuma que todo o oxigênio
H2(g) + N2(g) → NH3(g) presente tenha sido consumido na reação.
a) Escreva a equação química da reação.
Outra maneira de escrever essa equação quí- b) Qual é a quantidade de gás carbônico forma-
mica, mas agora balanceando-a e represen-
do, em mol?
tando as moléculas dos três gases, é:
c) Qual será a pressão dentro do recipiente
a)
quando o sistema for resfriado até a tempe-
ratura inicial? Justifique.

b) 3. (Unicamp) Durante os dias quentes de ve-


rão, uma brincadeira interessante consiste
em pegar um saco plástico, leve e de cor pre-
ta, encher 3/4 do seu volume, com ar, amar-
c) rar hermeticamente a sua boca, expondo-o,
em seguida aos raios solares. O ar no interior
do saco é aquecido, passando a ocupar todo o
volume. Como consequência, o saco sobe na
atmosfera como um balão.
d)
Considere a pressão atmosférica constante
durante a brincadeira e considerando ainda
que inicialmente o ar estava a 27 °C, calcule
e) a variação da temperatura do ar no interior
do saco plástico, entre a situação inicial e a
final, quando o gás ocupa todo o volume.

254
Gabarito b) Observe os gráficos a seguir:

E.O. Aprendizagem
1. D 2. C 3. A 4. A 5. A

6. C 7. C 8. B 9. E 10. F-V-F-F-V

E.O. Fixação E.O. Objetivas


1. B 2. B 3. B 4. A 5. D
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
6. D 7. D 8. F F V F 9. D 10. C
1. D 2. D 3. B 4. A 5. C

6. D 7. E 8. B
E.O. Complementar
1. E 2. A 3. A 4. C 5. E
E.O. Dissertativas
E.O. Dissertativo (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
30 L (o volume não é alterado). 1.
1,0 ____
P ​ = constante ä ​ ____
2.
38 L. a) ​ __  ​ = ​  x   ​ ä x = 1,1 atm.

T 300 330
3.
Lei de Boyle: p · V = p · V b) A pressão se iguala à pressão ambiente,
1,5 · 10,0 = p · 15,0 ⇒ p = 1,0 atm ou seja, 1,0 atm.
P = 1,0 atm.
2.
4. a) C + O2 → CO2
a) T2 = 300 K.
b) 0,02 mol
b) Isotérmica (T cte).
c) 1 atm
5.
3. 100 K.
a) Vfinal = 2,84 L.
b) Não ocorrerá alteração no volume de gás
armazenado no recipiente. Pois, de acor-
do com a hipótese de Avogadro, nas mes-
mas condições de pressão e temperatura,
o mesmo número de mol de qualquer gás
ocupará o mesmo volume.
6.
a) PV/T = k, a P constante tem-se V/T = k
(volume é diretamente proporcional à
temperatura); assim, com a diminuição
do volume há a diminuição da tempera-
tura e consequente redução da energia
interna.
b) 0,91 atm.
7. 100 °C.
8. 177°C.
9. PF = 0,80 atm e VF = 279,6 mL.
10.
a) Transformação A → B: Lei de Boyle – no
diagrama V × P, as isotermas correspon-
dem à parte de uma hipérbole equilátera,
sendo P × V = constante.
Transformação B é C: Lei de Charles
– no diagrama V × P, a pressão permanece
constante, enquanto o volume e a tempe-
ratura variam, sendo V / T = constante.
Transformação C é D: Lei de Gay-Lussac
– no diagrama V × P, o volume permanece
constante, enquanto a pressão e a tempe-
ratura variam, sendo P / T = constante.

255
Aulas 13 e 14

Misturas gasosas
Competências 3, 5 e 7
Habilidades 8, 12, 18, 25 e 26
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Equação geral dos gases numa mistura
A mistura entre dois ou mais gases sempre constitui um sistema homogêneo.
Considere inicialmente dois recipientes, um deles contendo gás (A) e o segundo, gás (B). Os dois gases são
misturados em um terceiro recipiente, como mostra o esquema.

Para a mistura gasosa é possível estabelecer as seguintes relações:

A mistura representada resulta:


m m
nA = ___
​  A  ​  e  nB = ___
​  B  ​
MA MB

Para uma mistura gasosa qualquer, a quantidade em mol resulta:

Sn = n1 + n2 + n3 + ...

Equação geral
Partindo de:

259
A soma da quantidade em mol resulta:
P · V _____
_____ P ·V P·V
​  A A ​ + ​  B B ​ = ____
​   ​ 
R · TA R · TB R · T
Equação geral para a mistura gasosa:
P · V _____P · V ____
_____  = ​  P ·  ​
 + ​  B  ​B 
​  A  ​A  V  
TA TB T
Para uma mistura qualquer, contendo dois ou mais gases, a equação fica assim representada:

P · V _____
_____ P · V2 P ·  ​V  
​  1  ​1 
 + ​  2  ​   + ... = ​ ____
T1 T2 T

Da qual P1, V1, T1, P2, V2, T2, ... representam a situação inicial de cada gás.

Exemplo:
1. Um recipiente com N2 puro e outro com O2 puro, cujos volumes e pressões iniciais estão representadas neste
esquema:

Aberta a torneira que separa os gases e mantida a temperatura, a pressão interna estabiliza-se no valor de:
PN2 · VN2 + Po2 · Vo2 = (P · V) mistura

​ 13 ​ ä P = 2,6 atm


T = constante é 1 · 3 + 5 · 2 = P · (3 + 2) ä P = ___
5

Pressão parcial
A pressão parcial de um gás numa mistura gasosa corresponde à pressão que este gás exerceria caso estivesse
sozinho ocupando o mesmo volume e à mesma temperatura da mistura.
O cientista inglês John Dalton (1766-1844) estudou muito o comportamento das misturas gasosas, como
no caso de fenômenos meteorológicos e da composição do ar atmosférico. Em 1801, propôs uma lei baseada em
algumas conclusões com respeito à pressão parcial que cada gás exerce dentro de uma mistura.

A pressão total do sistema corresponde à soma das pressões parciais exercidas pelos gases cada um que
compõem a mistura.
A conclusão acima é chamada de lei de Dalton. Mostrando matematicamente, temos que:

PTOTAL = P1 + P2 + P3 + ... + Pn ou PTOTAL = Sp

Quando se estudam as misturas gasosas, normalmente não se aborda o aspecto qualitativo (tipo de gases
que estão presentes), mas somente o quantitativo (quanto de cada gás está presente), porque o que importa é
a quantidade de matéria ou o número de moléculas do gás. A pressão exercida pela mistura gasosa está
diretamente relacionada à quantidade de partículas de cada gás.

260
Usando a equação de gases ideais, considere uma mistura gasosa formada pelos gases A, B e C, a certa
temperatura T, num recipiente de volume V. A pressão de cada um dos gases dentro da mistura será dada por:
pA · V = nA · R · T
pB · V = nB · R · T
pC · V = nC · R · T
Somando as três equações acima, obteremos a pressão total do sistema:
(pA + pB + pC) · V = (nA + nB+ nC) · R · T

PTOTAL ∙ V = nTOTAL ∙ R ∙ T
Como podemos ver, a pressão total é diretamente proporcional à quantidade de matéria, mostrando que
quanto mais partículas de gases houver, maior será a pressão parcial de cada gás e, consequentemente, maior será
a pressão total.

Volume parcial
Um conceito análogo ao da pressão parcial é o do volume parcial: o volume parcial de um gás numa mistura ga-
sosa corresponde ao volume que este gás ocuparia caso estivesse sozinho submetido à pressão P da mistura, na
temperatura T da mistura.
O químico francês Émile Amagat (1841-1915) desenvolveu um estudo sobre o comportamento dos gases
em uma mistura gasosa. O estudo enfatizou o espaço (volume) que os gases ocupavam na mistura gasosa. Para
realizar esse estudo, Amagat não alterou a temperatura nem a pressão exercida sobre a mistura e chegou à se-
guinte conclusão:

O volume que um gás ocupa em uma mistura gasosa é exatamente igual à soma dos volumes parciais de
todos os gases que compõem a mistura.
A conclusão acima é chamada de lei de Amagat. Mostrando matematicamente, temos que:

PTOTAL = V1 + V2 + V3 + ... + Vn ou VTOTAL = Sv

Observe que o que está escrito para o volume parcial é idêntico da pressão parcial. Basta trocar as palavras
“pressão” por “volume” e vice-versa.

Fração molar
Relacionando a pressão parcial de um gás A com a pressão total da mistura e tirando a razão entre eles, temos:
Para o gás A: PA · V = nA · R · T
Para a mistura: PTOTAL ∙ V = nTOTAL R ∙ T
P
____ nA
​  A   ​ =​ ____
  ​ 
PTOTAL nTOTAL
Fazendo relação idêntica com o volume parcial, temos:
Para o gás A: P · VA = nA · R · T
Para a mistura: P ∙ VTOTAL = nTOTAL R ∙ T
V
____ nA
​  A   ​ =​ ____
n   ​ 
VTOTAL TOTAL

261
n
A razão ____
​ n A   ​ é chamada de fração molar (X) que corresponde a um quociente entre uma quantida-
TOTAL

de de mol e a quantidade total de mol da mistura. A fração molar é adimensional e é sempre um número
menor que 1. A soma das frações molares de cada gás numa mistura é sempre igual a 1:
nA nB nC nTOTAL
XA + XB + XC + ... = ​ ____ ____ ____ ____
n    ​ + ​ n    ​ + ​ n    ​ + ... = ​ n  ​ = 1
TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL

V
A razão ____
​  A   ​ é chamada de fração volumétrica, que corresponde a um quociente entre um volume
VTOTAL
do gás e o volume total da mistura. Essa razão também é adimensional e a soma das frações volumétricas
também é igual a 1.
A fração em quantidade de matéria (ou molar) pode ser expressa em porcentagem, isto é, quando pegamos
o valor dela e multiplicamos por 100.
Reunindo todas as relações anteriores, temos:
n P V
XA = ____
​ n A   ​ = ____   ____
​  A   ​= ​ % em volume
​  A   ​ = ____  ​   
=1
TOTAL P TOTAL
V TOTAL
100%

Teoria na prática
1. 0,15 mol de CO2, 0,25 mol de CH4 e 0,4 mol de O2 são colocados em um balão de 41 litros mantidos a
–23 ºC. Calcule:
a) as frações molares de cada gás;
b) a pressão da mistura em atm;
c) as pressões parciais de cada gás em atm.

Resolução:

nT = 0,15 + 0,25 + 0,4 = 0,8 mol


nco 0,15
a) xco2 = ____
​  n  ​2  = ____
​   ​ = 18,75%
T 0,8
nco 0,4
xco = ____
​  n  ​2  = ___
​    ​= 50,0%
2 T 0,8
nCH ____ 0,25
xCH = ____
​  n  ​4 
 = ​   ​ = 31,25%
2 T 0,8

b) PV = nRT ä P · 41 = 0,8 · 0,082 · (–23 + 273) ä P = 0,4 atm

c) pco = xco · P ä pco = 0,1875 · 0,4 = 0,075 atm


2 2 2

pco = xco · P ä pco = 0,5 · 0,4 = 0,2 atm


2 2 2

pCH = xCH · P ä pCH = 0,3125 · 0,4 = 0,125 atm


4 4 4

2. O ar é formado, aproximadamente, por 78% de nitrogênio (N2), 21% de oxigênio (O2) e 1% de argônio (Ar)
em volume. Pede-se calcular:
a) as frações molares dos componentes do ar;
b) suas pressões parciais, ao nível do mar, onde a pressão atmosférica (pressão total) é 760 mmHg.

262
Resolução:

a) Cálculo das frações molares em mol


v % em volume
xi = __
​  i  ​ = ___________
​   ​


Vi 100
xN = ___​  78  ​ = 0,78
2 100

xo = ___ ​  21  ​ = 0,21


2 100

​  1   ​ = 0,01
xA = ___
100

b) Cálculo das pressões parciais


p v % volume
Lembrando que __ ​  i ​  = ​ __i  ​ = ________
​   ​  
P V 100
pN
___
​  2  ​ = ___ ​  78  ​ ä pN = 592,8 mmHg
760 100 2
po
___
​  2  ​ = ___ ​  21  ​ ä po = 159,6 mmHg
760 100 2

P
___ ​  1   ​ ä pAr = 7,6 mmHg
​  Ar  ​ = ___
760 100
Note que:
P = 592,8 + 159,6 + 7,6 ä P = 760 mmHg

263
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo MAG - 2/14 - Efeito Estufa


Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Efeito estufa

www.usp.br/qambiental/tefeitoestufa.htm

264
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Ares-condicionados funcionam sob o princípio da troca de calor entre gases, e para tanto precisam ser posiciona-
dos de maneira estratégica em qualquer ambiente, para que o ar frio, por exemplo, possa ter a maior circulação
possível trocando calor com o meio.
Se um ar-condicionado for colocado no chão de uma sala, ele não terá serventia nenhuma, pois o ar frio não
circulará no ambiente, não trocando calor, que, por consequência, não ambientará o ambiente.
A composição dos gases também é algo importante quando se pensa na escolha de um gás para ser co-
locado para preencher os vazios em uma embalagem de algum produto no supermercado. Se uma embalagem
com um produto perecível for preenchida com uma solução de ar atmosférico, muito provavelmente este produto
entrará em processo de decomposição passado um tempo curto. Para se evitar isso, as indústrias utilizam-se de
uma mistura de gases inertes, que não oxidam o alimento, para que esta mistura possa preencher as embalagens
sem que tenham nenhuma reação química com o alimento.

INTERDISCIPLINARIDADE

Sabe-se que toda a matéria está regida por leis da natureza, para os gases isso não é diferente. Misturas gasosas
estão sujeitas a ter diferentes comportamentos de acordo com suas características físico-químicas, por exemplo, a
composição da mistura gasosa ou a temperatura à que essa mistura está submetida.
Nesse sentido, quando se conhece informações importantes da matéria que se está lidando, é possível
planejar seu uso de forma consciente. Por exemplo, o conhecimento de que gases em altas temperaturas terem
tendência a subir em um plano e gases em baixas temperaturas terem tendência a descer, explicam muitos fatos
da natureza e isso pode ser utilizado ao favor de quem está utilizando.

265
Estrutura Conceitual

Mistura
Gasosa
Apresentam

Pressão Volume Fração em Porcentagem Porcentagem


parcial parcial mol em mol em volume

A soma A soma Também


de todas de todos chamada
obedece à obedece à Fornece a

Lei de Lei de Fração


Dalton Amagat em quantidade
de matéria

266
E.O. Aprendizagem 4. (Uespi) Uma criança com severa infecção
nos brônquios apresenta problemas respira-
tórios, e o médico administra “heliox”, uma
1. (PUC) A atmosfera é uma camada de gases mistura de oxigênio e hélio com 90,0% em
que envolve a terra, sua composição em vo- massa de O2. Se a pressão atmosférica é igual
lume é basicamente feita de gás nitrogênio a 1 atm, calcule a pressão parcial de oxigênio
(78%), gás oxigênio (21%) e 1 de outros que foi administrada à criança.
gases, e a pressão atmosférica ao nível do Dados: Massas molares em g · mol–1: He = 4;
mar é de aproximadamente 100000 Pa. A al- O = 16.
titude altera a composição do ar, diminui a a) 0,53 atm
concentração de oxigênio, tornando-o menos b) 0,60 atm
denso, com mais espaços vazios entre as mo- c) 0,69 atm
léculas; consequentemente, a pressão atmos- d) 0,75 atm
férica diminui. Essa alteração na quantidade e) 0,82 atm
de oxigênio dificulta a respiração, caracteri-
zando o estado clínico conhecido como hipó- 5. (UFC) Em um recipiente fechado com capa-
xia, que causa náuseas, dor de cabeça, fadiga cidade para 2,0 L, encontra-se uma mistura
de gases ideais composta por 42,0 g de N2 e
muscular e mental, entre outros sintomas.
16,0 g de O2 a 300 K. Assinale a alternati-
Em La Paz, na Bolívia, capital mais alta do
va que expressa corretamente os valores das
mundo, situada a 3600 metros acima do ní-
pressões parciais (em atm) do gases N2 e O2,
vel do mar, a pressão atmosférica é cerca de respectivamente, nessa mistura.
60000 Pa e o teor de oxigênio no ar atmos- a) 18,45 e 6,15.
férico é cerca de 40% menor que ao nível do b) 16,45 e 8,15.
mar. Os 700.000 habitantes dessa região es- c) 14,45 e 10,45.
tão acostumados ao ar rarefeito da Cordilhei- d) 12,45 e 12,15.
ra dos Andes e comumente mascam folhas de e) 10,45 e 14,15.
coca para atenuar os efeitos da altitude. Em
La Paz, a pressão parcial do gás oxigênio, em 6. (Vunesp) Dois tanques contendo um mes-
volume, é aproximadamente de: mo tipo de gás ideal, um de volume 5 L e
a) 10200 Pa. pressão interna de 9 atm, e outro de volume
b) 12600 Pa. 10 L e pressão interna de 6 atm, são conec-
c) 16000 Pa. tados por uma válvula. Quando essa é aberta,
d) 20000 Pa. é atingido o equilíbrio entre os dois tanques
à temperatura constante. A pressão final nos
2. (Mackenzie) Uma mistura de 1,5 mol de tanques é:
gás carbônico, 8 g de metano (16 g/mol) e a) 3 atm.
44,8 L de monóxido de carbono está contida b) 4 atm.
em um balão de 30 L nas CNTP. É correto c) 7 atm.
dizer que: d) 12 atm.
Dado: volume molar nas CNTP = 22,4 L/mol e) 15 atm.

a) a pressão parcial do monóxido de carbono é 7. (PUC) A pressão do ar em uma cabine de


o dobro da do metano. avião a jato que voa a 10.000 m de altitude
b) a pressão parcial do metano é o triplo da do equivale à pressão do ar atmosférico a apro-
gás carbônico. ximadamente 2.400 m de altitude, além de
c) a pressão do gás carbônico é 1/4 da do mo- ser mais seco. Considerando tais informa-
nóxido de carbono. ções é possível concluir que a pressão parcial
d) a pressão parcial do monóxido de carbono é do oxigênio no ar dentro da cabine:
o quádruplo da do metano. I. é maior do que a pressão parcial que
e) a pressão total é igual a 4 atm. esse gás exerce no ar externo à cabine a
10.000 m de altitude.
3. (UEL) Considere a mistura de 0,5 mol de CH4 II. pode ser calculada pelo emprego da ex-
e 1,5 mol de C2H6, contidos num recipiente pressão: pressão parcial de O2 = fração em
de 30,0 litros, a 300 K. mol de O2 × pressão total do ar.
III. é igual à pressão parcial desse gás no ar
A pressão parcial do CH4, em atmosfera, é a 2.400 m de altitude.
igual a: É correto afirmar SOMENTE:
a) 1,0. a) I.
b) 0,82. b) II
c) 0,50. c) III.
d) 0,41. d) I e II
e) 0,10. e) II e III.

267
8. (UERN) Em dois recipientes, ligados por estabilizada em 300 K Desse modo, a pressão
uma válvula, foram colocados dois gases à interna final do sistema é igual a:
temperatura de 25°C. Em um dos recipientes a) 1,5 atm.
foram colocados 3 L de gás oxigênio (O2) a b) 2,0 atm.
uma pressão de 1 atm, no outro recipiente c) 2,5 atm.
1 L de gás Hélio (He) e 2 atm de pressão. d) 3,0 atm.
Abrindo a válvula, os dois gases se mistu- e) 3,5 atm.
ram. Sabendo-se que a temperatura perma-
nece a mesma, a pressão parcial do oxigênio
é de, aproximadamente:
a) 1,25 atm.
E.O. Fixação
b) 0,75 atm.
1. (UCS-RS) Considerando que o ar atmosférico
c) 0,12 atm.
apresenta cerca de 22,4 % de oxigênio em
d) 0,081 atm.
mol, conclui-se que o número de mols de
oxigênio gasoso em 1,0 L de ar, nas CNTP, é:
9. (PUC-SP) Um sistema é formado por dois
a) 1,0 · 10–2.
recipientes de volumes diferentes, interli- b) 1,0 · 10–1.
gados por tubulação com registro. De início, c) 1,0 · 100.
estando o registro fechado, cada recipiente d) 1,0 · 102.
contém um gás perfeito diferente, na pres- e) 1,0 · 103.
são de uma atmosfera. A seguir, o registro é
aberto. Considerando que a temperatura se 2. (ITA) A concentração de O2‚ na atmosfera ao
manteve constante durante todo o processo, nível do mar é 20,9 % em volume. Assinale a
podemos afirmar que a pressão final no sis- opção que contém a afirmação falsa.
tema: a) Um litro de ar contém 0,209 L de O2.
a) será de 1 atm. b) Um mol de ar contém 0,209 mols de O2.
​ 1 ​ atm.
b) será de __ c) Um volume molar de ar à CNTP contém 6,7 g
2 de O2.
c) será de 2 atm.
d) A concentração de O2‚ no ar é de 20,9 % em
d) dependerá dos volumes iniciais. massa.
e) dependerá dos volumes iniciais e da nature- e) A concentração de O2 expressa como uma re-
za dos dois gases. lação de volume ou uma relação de mol não
se altera, se a temperatura ou a pressão são
1
0. (Mackenzie) Três recipientes indeformáveis modificadas.
A, B e C, todos com volumes iguais, contêm,
respectivamente, três diferentes gases de 3. (Unifenas-MG) Qual a pressão parcial do oxi-
comportamento ideal, conforme a descrição gênio que chega aos pulmões de um indiví-
contida na tabela abaixo. duo, quando o ar inspirado está sob pressão
de 740 mm Hg? Admita que o ar contém 20%
Gás de oxigênio (O2), 78% de nitrogênio (N2) e
Recipiente Temperatura Pressão
armazenado
2% de argônio (Ar) em mols.
hélio a) 7,4 mm Hg
A 400 K 3 atm
(He) b) 148,0 mm Hg
c) 462,5 mm Hg
nitrogênio
B 600 K 4,5 atm d) 577,0 mm Hg
(N2)
e) 740,0 mm Hg
oxigênio
C 200 K 1 atm
(02) 4. (UECE) Em alguns casos, há necessidade de
Os balões são interligados entre si por cone- coletar-se o produto de uma reação sob a
xões de volumes desprezíveis, que se encon- água para evitar que ele escape e misture-
tram fechadas pelas válvulas 1 e 2. O sistema -se com o ar atmosférico. Uma amostra de
completo encontra-se ilustrado na figura a 500 mL de oxigênio foi coletada sob a água
seguir. a 23 ºC e pressão de 1 atm. Sabendo-se que
a pressão de vapor da água a 23 ºC é 0,028
atm, o volume que o O2 seco ocupará naque-
las condições de temperatura e pressão será:
a) 243,0 mL.
b) 486,0 mL.
Ao serem abertas as válvulas 1 e 2, a mis- c) 364,5 mL.
tura gasosa formada teve sua temperatura d) 729,0 mL.

268
5. (Vunesp) A maior parte dos mergulhos re- Um mergulhador a 43 m abaixo do nível do
creativos é realizada no mar, utilizando ci- mar, onde a temperatura é de 25 °C e a pres-
lindros de ar comprimido para a respiração. são de 5 atmosferas, receberá a mesma mas-
Sabe-se que: sa de oxigênio se inalar:
I. O ar comprimido é composto por aproxi- a) 4,0 litros de ar.
madamente 20% de O2 e 80% de N2 em b) 8,0 litros de ar.
volume. c) 32 litros de ar.
II. A cada 10 metros de profundidade, a d) 20 litros de ar.
pressão aumenta de 1 atm. e) 0,8 litros de ar.
III. A pressão total a que o mergulhador está
submetido é igual à soma da pressão at- 8. (Vunesp) Dois maçaricos, 1 e 2, operando sob
mosférica mais a da coluna de água. as mesmas condições de fluxo dos gases, com
IV. Para que seja possível a respiração de- as pressões mostradas na tabela a seguir, são
baixo d’água, o ar deve ser fornecido à utilizados para a produção de calor na execu-
mesma pressão a que o mergulhador está ção de corte e solda em peças metálicas.
submetido.
V. Em pressões parciais de O2 acima de Pressão parcial
Gases na
1,2 atm, o O2 tem efeito tóxico, podendo Maçarico relativa de gás
mistura
na mistura
levar à convulsão e morte.
A profundidade máxima em que o mergulho acetileno (C2H2) ​ 1 ​ P
__
pode ser realizado empregando ar compri- 4
1
mido, sem que seja ultrapassada a pressão oxigênio (O2) ​ 3 ​ P
__
4
parcial máxima de O2, é igual a:
a) 12 metros. acetileno (C2H2) ​ 1 ​ P
__
4
b) 20 metros. 2
c) 30 metros. ar (20% de O2 e 80% de N2) ​ 3 ​ P
__
4
d) 40 metros.
e) 50 metros. Nestas confições de operação, observa-se
que a temperatura da chama do maçarico 1 é
6. (FGV) Até a profundidade de 30 m, mergu- maior do que a do maçarico 2.
lhadores utilizam ar comprimido, constituí- Essa diferença nas temperaturas das chamas
do de, aproximadamente, 80% de N2 e 20% dos dois maçaricos ocorre, pois:
de O2 em volume. a) o N2 presente na mistura gasosa do maçarico
Quando um mergulhador está a 10 m de pro- 2 reage preferencialmente com o acetileno,
fundidade no mar, para garantir sua respi- liberando menos calor do que a reação deste
ração, o ar deve ser fornecido a uma pressão com o O2.
de 2 atm. b) o N2 presente na mistura gasosa do maçarico
Considere as seguintes afirmações: 2 reage preferencialmente com o oxigênio,
I. A densidade do ar respirado pelo mergu- liberando menos calor do que a reação deste
lhador a 10 m de profundidade é igual à com o C2H2.
do ar na superfície do mar. c) a entalpia de combustão do acetileno é me-
II. As pressões parciais de N2 e O2 no ar com- nor na ausência de N2.
primido respirado a 10 m de profundida- d) a entalpia de combustão do acetileno é
de são iguais a 1,6 atm e 0,4 atm, respec- maior na ausência de N2.
tivamente. e) a pressão parcial do oxigênio no maçarico 1
III. Em temperaturas iguais, as quantidades é maior do que no maçarico 2.
de moléculas de N2 contidas em iguais
volumes de ar comprimido são maiores 9. (UFPB) A atmosfera é uma preciosa cama-
quanto maiores forem as pressões. da de gases considerada vital, protegendo os
Está correto o que se afirma em: seres vivos de radiações nocivas e fornecen-
a) III, apenas. do substâncias importantes como oxigênio,
b) I e II, apenas. nitrogênio, dióxido de carbono, água, dentre
c) I e III, apenas. outras. Além disso, os gases têm ampla apli-
d) II e III, apenas. cabilidade: o N2O é usado como anestésico;
e) I, II e III. o CO2, no combate a incêndios; o CH4, como
combustível; o O2, em equipamentos de mer-
7. (FAAP) Na respiração normal de adulto, num gulho etc.
minuto, são inalados 4,0 litros de ar, medi-
dos a 25 °C e 1 atm de pressão.

269
Considerando os conceitos relacionados com a Teoria dos Gases Ideais, numere a segunda coluna
de acordo com a primeira.

para uma quantidade fixa de um gás ideal, a volu-


(1) Fração Molar ( ) me constante, a pressão é diretamente proporcio-
nal à temperatura.

sob as mesmas condições de temperatura e pres-


(2) Princípio de Avogadro ( ) são, volumes iguais de dois gases ideais contêm
igual número de moléculas.

a pressão total de uma mistura de gases ideais


(3) Transformação Isocórica ( ) é igual à soma das pressões individuais de cada
gás presente na mistura.

razão entre o número de mols de um gás ideal,


Lei de Dalton das
(4) ( ) presente em uma mistura gasosa, e o número to-
Pressões Parciais tal de mols dos gases constituintes da mistura.

para uma quantidade fixa de um gás


(5) Transformação Isobárica ( ) ideal, à pressão constante, o volume é direta-
mente proporcional à temperatura.

(6) Transformação Isotérmica

A sequência correta é:
a) 6, 1, 4, 2, 5.
b) 6, 2, 4, 1, 3.
c) 3, 2, 4, 1, 5.
d) 3, 4, 2, 1, 6.
e) 3, 1, 4, 2, 6.

1
0. (UFPR) Considere os seguintes dados:
I. O ar atmosférico é uma mistura gasosa. Cem litros (100 L) desta mistura contêm aproximada-
mente: 78,084% de N2; 20,948% de O2; 0,934% de Ar; 0,032% de CO2 e 0,002 de outros gases.
II. Devido aos efeitos da poluição, outros constituintes podem ser encontrados, tais como poeira,
fumaça e dióxido de enxofre.
III. Para a separação de gases de uma mistura, utiliza-se o processo de liquefação, seguido de uma
destilação fracionada. Este procedimento é empregado, por exemplo, na obtenção de O2 utiliza-
do nos hospitais.
(Massas atômicas: O = 16 ; C = 12. )
Com base nesses dados, é correto afirmar que:
01) A liquefação é um processo físico e pode ser obtida com o aumento de pressão do sistema.
02) Considerando-se um balão contendo 1 L de ar atmosférico a temperatura ambiente, a pressão parcial
do N2 é menor que a pressão parcial do O2.
04) Na mesma temperatura e pressão, volumes iguais de N2 e O2 irão conter o mesmo número de moléculas.
08) A 0 °C e 1 atm (C.N.T.P.), o volume molar de 44 g de CO2 é 44,8 L.
16) A presença de poluentes sólidos faz com que a mistura homogênea se transforme em heterogênea.

E.O. Complementar
1. (ITA) Um frasco fechado contém dois gases cujo comportamento é considerado ideal: hidrogênio
molecular e monóxido de nitrogênio. Sabendo que a pressão parcial do monóxido de nitrogênio é
igual a 3/5 da pressão parcial do hidrogênio molecular, e que a massa total da mistura é de 20 g,
assinale a alternativa que fornece a porcentagem em massa do hidrogênio molecular na mistura
gasosa.
a) 4%
b) 6%
c) 8%
d) 10%
e) 12%

270
2. (Fac. Albert Einstein) Em uma câmara fecha- Quando é realizada a combustão completa
da, de volume fixo, foi realizada a queima do desta mistura e apenas dióxido de carbono é
combustível butano. A combustão foi incom- coletado, verifica-se que a pressão desse gás
pleta, gerando gás carbônico, monóxido de é de 0,12 atm, quando este ocupa o mesmo
carbono e água. A equação a seguir represen- volume (V) e está sob a mesma temperatura
ta a proporção estequiométrica das substân- da mistura original.
cias envolvidas no processo. Admitindo que os gases têm comportamento
4C4H10(g) + 25O2(g) → 14CO2(g) + 2CO(g) + 20H2O(ℓ) ideal, assinale a opção que contém o valor
correto da concentração, em fração em mols,
Sabendo que todo o butano foi consumido do gás metano na mistura original.
na reação e que a pressão parcial desse com- a) 0,01
bustível no sistema inicial era de 20 mmHg a
b) 0,25
25 ºC, a pressão parcial dos gases dióxido de
c) 0,50
carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO)
d) 0,75
após o término da reação, medida na mesma
e) 1,00
temperatura, foi, respectivamente:
a) 140 mmHg e 140 mmHg.
b) 140 mmHg e 20 mmHg.
c) 70 mmHg e 10 mmHg. E.O. Dissertativo
d) 70 mmHg e 20 mmHg.
1. (Vunesp) Uma mistura gasosa formada por
14,0 g de gás nitrogênio, N2, e 8,0 g de gás
3. (UFMG) Suponha que 1 mol de nitrato de
chumbo (II), Pb(NO3)2, foi submetido a oxigênio, O2, ocupa um balão de capacidade
aquecimento e se decompôs totalmente. A igual a 30 L, na temperatura de 27 ºC.
reação produziu óxido de chumbo (II), PbO, Dadas as massas molares (g/mol): N2 = 28
e uma mistura gasosa, cujo volume, medido e O2 = 32 e R = 0,082 atm × L × mol–1 × K–1,
a 25 ºC e 1 atmosfera, foi de 61,25 L. determine:
Considere que 1 mol de um gás qualquer, a a) a pressão de cada gás no balão.
25 ºC e 1 atmosfera, ocupa o volume de 24,5 b) a pressão total no balão.
L. Com base nessas informações, assinale a
alternativa que apresenta, corretamente, a 2. (FEI-SP) Um recipiente fechado contém
equação da reação de decomposição do ni- 1,2 · 1023 moléculas de dióxido de carbono
trato de chumbo (II). (CO2), 0,6 mol de oxigênio (O2) e 33,6 g de
a) Pb(NO3)2(s) é PbO(s) + 2 NO2(g) + 1/2 O2(g) nitrogênio, à pressão de 750 mmHg.
Determine a pressão parcial do O2 na mistu-
b) Pb(NO3)2(s) é PbO(s) + N2O4(g) + 1/2 O2(g)
ra e a fração molar do CO2 (massa molar do
c) Pb(NO3)2(s) é PbO(s) + NO(g) + NO2(g) + O2(g)
N2 = 28 g · mol–1).
d) Pb(NO3)2(s) é PbO(s) + N2(g) + 5/2 O2(g)
3. (UFBA) Um mergulhador utiliza um cilin-
4. (PUC-RJ) Considere o seguinte esquema de dro de 15 L, provido de válvula reguladora,
procedimento industrial para obtenção de que contém uma mistura gasosa de compo-
gás nitrogênio ou azoto (N2): sição volumétrica igual a 68% N2 e 32% O2,
à pressão de 200 atm. Considerando-se que
o mergulhador permanece por 36 minutos à
profundidade de 30 m; que, durante todo o
procedimento do mergulho, a temperatura é
de 25 ºC; e que, ao retornar à superfície, a
pressão no cilindro é de 50 atm, determine,
Partindo de 200 L de ar contendo 5% de em L/min, o consumo de oxigênio no perío-
umidade e, sendo a porcentagem dos gases do em que o mergulhador esteve a 30 m de
no ar seco em volumes, a opção que mais se profundidade, submetido à pressão de 4 atm.
aproxima do volume máximo de N2 obtido Considere desprezível o consumo de oxigênio
em rendimento de 70% é: durante a descida e a subida do mergulhador.
a) 105 L. Indique, justificando de modo completo,
b) 120 L. toda a resolução da questão.
c) 133 L.
d) 150 L. 4. (UFBA) Um recipiente fechado contém 15 mols
e) 158 L. de CH4, 25 mols de C3H8 e 35 mols de C4H10 a
27 °C. O volume parcial de CH4 corresponde a 6
5. (ITA) A 25 °C, uma mistura de metano e pro- L. Determine, em atm, a pressão parcial do CH4
pano ocupa um volume (V), sob uma pressão na mistura. Expresse o resultado com arredon-
total de 0,080 atm. damento para o número inteiro mais próximo.

271
5. (ITA) Sabendo-se que a concentração de O2 na atmosfera ao nível do mar é 20,9% em volume. Jus-
tifique por que a afirmação adiante está CERTA ou ERRADA.
“O volume molar de ar à CNTP contém 6,7g de O2”.

6. (UEG) A figura abaixo representa duas situações distintas de um recipiente a 85,4 ºC, contendo dois
gases hipotéticos, X2 e Y2. O número de mols de cada um desses componentes no sistema é de 3 e 4,
respectivamente.

Após a análise da figura, calcule a pressão:


a) total do sistema na situação inicial;
b) parcial exercida por X2 na situação final.

7. (FMJ) O gás nitrogênio presente na atmosfera pode sofrer uma sequência de transformações, re-
presentadas pelo esquema:

Considerando uma mistura gasosa constituída por 2 mol de nitrogênio e 3 mol de monóxido de ni-
trogênio, armazenada em um cilindro a 2 atm determine, para cada componente, a pressão parcial,
em atm, no interior desse cilindro. Apresente os cálculos.

8. (ITA) Após inalar ar na superfície, uma pessoa mergulha até uma profundidade de 200 m, em
apneia, sem exalar. Desconsiderando as trocas gasosas que ocorrem nos alvéolos pulmonares, cal-
cule a pressão parcial do nitrogênio e do oxigênio do ar contido no pulmão do mergulhador.
Dados: Considere que a cada dez metros de profundidade equivalem a mais 1 atm; O teor de nitro-
gênio e oxigênio são, respectivamente, 80% e 20%.

9. (ITA) Considere uma mistura gasosa constituída de C3H8, CO e CH4. A combustão, em excesso de
oxigênio, de 50 mL dessa mistura gasosa forneceu 70 mL de CO2(g). Determine o valor numérico do
percentual de C3H8 na mistura gasosa.

1
0. (Vunesp) No modelo cinético dos gases ideais, a pressão é o resultado da força exercida nas pare-
des do recipiente pelo choque das moléculas. As moléculas são consideradas como pontos infinite-
simalmente pequenos.
a) Explique a lei de Dalton das pressões parciais em termos do modelo cinético dos gases.
b) Usando o modelo cinético, explique por que a pressão de um gás é diretamente proporcional à tempe-
ratura.

272
E.O. Enem E.O. UERJ
1. (Enem) A adaptação dos integrantes da seleção Exame Discursivo
brasileira de futebol à altitude de La Paz foi
muito comentada em 1995, por ocasião de um 1. (UERJ) O oxigênio gasoso pode ser obtido
torneio, como pode ser lido no texto abaixo. em laboratório por meio da decomposição
“A seleção brasileira embarca hoje para La térmica do clorato de potássio.
Paz, capital da Bolívia, situada a 3.700 metros Em um experimento, o gás foi produzido em
de altitude, onde disputará o torneio Intera- um frasco A e recolhido em um frasco B que,
mérica. A adaptação deverá ocorrer em um inicialmente, continha apenas água. Observe
prazo de 10 dias, aproximadamente. O orga- o esquema:
nismo humano, em altitudes elevadas, neces-
sita desse tempo para se adaptar, evitando-
-se, assim, risco de um colapso circulatório.”
(Adaptado da revista Placar, edição fev. 1995)

A adaptação da equipe foi necessária prin-


cipalmente porque a atmosfera de La Paz,
quando comparada à das cidades brasileiras,
apresenta:
a) menor pressão e menor concentração de oxi- Ao final do experimento, verificaram-se as
gênio. seguintes medidas no interior do frasco B:
b) maior pressão e maior quantidade de oxigênio. §§ volume de gás recolhido: 123 mL
c) maior pressão e maior concentração de gás §§ temperatura interna: 27 ºC
carbônico. §§ pressão total no nível da água: 786,7 mmHg
d) menor pressão e maior temperatura. §§ pressão de vapor da água: 26,7 mmHg
e) maior pressão e menor temperatura. Determine a massa de oxigênio gasoso, em
gramas, recolhida no frasco B.

Observação:
E.O. UERJ Equação química balanceada

Exame de Qualificação 2 KCℓO3(s) 2 KCℓ(s) + 3 O2(g)

1. (UERJ 2017) Um peixe ósseo com bexiga


natatória, órgão responsável por seu deslo- E.O. Objetivas
camento vertical, encontra-se a 20 m de pro-
fundidade no tanque de um oceanário. Para (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
buscar alimento, esse peixe se desloca em
direção à superfície; ao atingi-la, sua bexi- 1. (Fuvest) Na respiração humana o ar inspira-
ga natatória encontra-se preenchida por 112 do e o ar expirado têm composições diferen-
mL de oxigênio molecular. tes. A tabela a seguir apresenta as pressões
Considere que o oxigênio molecular se com- parciais, em mmHg, dos gases da respiração
porta como gás ideal, em condições normais em determinado local.
de temperatura e pressão.
Gás Ar inspirado Ar expirado
Quando o peixe atinge a superfície, a massa
de oxigênio molecular na bexiga natatória, Oxigênio 157,9 115,0
em miligramas, é igual a: Dióxido de carbono 0,2 x
Dados: O = 16; VCNT = 22,4 L/mol.
a) 80. Nitrogênio 590,2 560,1
b) 120. Argônio 7,0 6,6
c) 160.
d) 240. Vapor d'água 4,7 46,6

Qual é o valor de x, em mmHg:


a) 12,4.
b) 31,7.
c) 48,2.
d) 56,5.
e) 71,3.

273
2. (Unifesp) Um recipiente de 10 L, contendo
2,0 mol de H2 e 1,0 mol de Cℓ2, é aquecido e
mantido a 105 ºC.
A pressão no interior do recipiente, antes
da reação, nestas condições, é 9,3 atm. Após
alguns dias, o H2 (g) e o Cℓ2 (g) reagem com-
pletamente formando HCℓ (g).

Após reação total, a quantidade total de ga-


ses no recipiente e a pressão parcial do HCℓ
no interior do recipiente, à temperatura de
105 ºC, devem ser, respectivamente: Quando o nível da água dentro do tubo de
a) 1,0 mol e 3,1 atm. ensaio é o mesmo que o nível de fora, a pres-
b) 2,0 mol e 6,2 atm. são no interior do tubo é de 0,86 atm. Dadas
c) 3,0 mol e 6,2 atm. a pressão de vapor (H2O) a 27 °C = 0,040 atm
d) 3,0 mol e 9,3 atm.
e R = 0,082 atm · L · K-1 · mol-1, o volume
e) 5,0 mol e 6,2 atm.
de gás, em mL, dentro do tubo de ensaio é
3. (Fuvest) Dados referentes aos planetas: igual a:
a) 30.
VÊNUS: b) 140.
% (em volume) de N‚ na atmosfera = 4,0 c) 150.
Temperatura na superfície (K) = 750 d) 280.
Pressão na superfície (atm) = 100
e) 300.

TERRA: 6. (Fuvest) Uma equipe tenta resgatar um bar-


% (em volume) de N‚ na atmosfera = 80 co naufragado que está a 90 m de profundi-
Temperatura na superfície (K) = 300
dade. O porão do barco tem tamanho sufi-
Pressão na superfície (atm) = 1,0
ciente para que um balão seja inflado dentro
A relação entre o número de moléculas de N2 dele, expulse parte da água e permita que o bar-
em volumes iguais das atmosferas de Vênus
co seja içado até uma profundidade de 10 m. O
e da Terra é:
a) 0,10. balão dispõe de uma válvula que libera o ar,
b) 0,28. à medida que o barco sobe, para manter seu
c) 2,0. volume inalterado. No início da operação, a
d) 5,7. 90 m de profundidade, são injetados 20.000
e) 40. mols de ar no balão. Ao alcançar a profundi-
dade de 10 m, a porcentagem do ar injetado
4. (Unesp) Acredita-se que nosso planeta já
esteve sob condições muito diferentes das que ainda permanece no balão é:
atuais, com uma temperatura mais elevada e (Pressão na superfície do mar = 1 atm; No
uma atmosfera constituída basicamente por mar, a pressão da água aumenta de 1 atm a
hidretos. Com o resfriamento, a água passa ao cada 10 m de profundidade.
estado líquido, vindo a constituir os oceanos, A pressão do ar no balão é sempre igual à
rios, lagos, etc. O surgimento da vida e dos pressão externa da água.)
organismos fotossintetizantes desempenhou a) 20%.
importante papel na evolução da atmosfera
b) 30%.
da Terra, que passou a apresentar a composi-
ção atual. Comparando a atmosfera pretérita c) 50%.
com a atual, é correto afirmar que houve: d) 80%.
a) aumento do potencial redutor. e) 90%.
b) aumento da pressão parcial de O2.
c) aumento da pressão parcial de H2O. 7. (Fuvest) H2(g) e Cℓ2(g) estão contidos em ba-
d) manutenção da pressão parcial de N2. lões interligados por meio de um tubo com
e) consumo de todo oxigênio pela reação torneira, nas condições indicadas no dese-
N2 + O2 → 2NO.
nho. Ao se abrir a torneira, os gases se mis-
5. (Unifesp) A figura representa um experi- turam e a reação entre eles é iniciada por ex-
mento de coleta de 0,16 g de gás oxigênio posição à luz difusa. Forma-se então HCℓ(g),
em um tubo de ensaio inicialmente preen- em uma reação completa até desaparecer to-
chido com água destilada a 27 °C. talmente, pelo menos um dos reagentes.

274
2. (Unicamp) O esquema abaixo representa um
dispositivo para se estudar o comportamen-
to de um gás ideal. Inicialmente, no frasco 1,
é colocado um gás à pressão de 1 atmosfera,
ficando sob vácuo os frascos 2 e 3. Abre-se,
H2(g) Cℓ2(g) em seguida, a torneira entre os frascos 1 e
V = 1L V = 1L 2 até que se estabeleça o equilíbrio. Fecha-
t = 25ºC t = 25ºC -se, então, esta torneira e abre-se a torneira
P = 1 atm P = 5 atm entre os frascos 1 e 3. O volume do frasco 1
é 9 vezes maior do que do frasco 2 e o do 3 é
Quanto vale a razão entre as quantidades, 9 vezes maior que o do 1.
em mols, de Cℓ2(g) e de HCℓ(g), após o término
da reação?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 6

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
a) Feito o procedimento acima descrito, em
1. (Unicamp) Eles estão de volta! Omar Mitta, qual frasco haverá menor quantidade de mo-
vulgo Rango, e sua esposa Dina Mitta, vulgo léculas de gás?
Estrondosa, a dupla explosiva que já resol- b) Sendo P2 a pressão final do frasco 2 e P3 a
veu muitos mistérios utilizando o conheci- pressão final do frasco 3, qual será o valor
mento químico (vestibular UNICAMP 2002). da relação P2/P3 ao final do experimento?
Hoje estão se preparando para celebrar uma Desprezar o volume dos tubos das conexões.
data muito especial. Faça uma boa prova e
tenha uma boa festa depois dela. 3. (Fuvest) Os humanos estão acostumados a
respirar ar com pressão parcial de O2 próxi-
Após a limpeza do banheiro, Rango foi à sala e ma de 2,1 × 104 Pa, que corresponde, no ar,
removeu todos os móveis e, de tão feliz e apai- a uma porcentagem (em volume) desse gás
igual a 21%. No entanto, podem se adap-
xonado, começou a cantarolar: “Beijando teus
tar a uma pressão parcial de O2 na faixa de
lindos cabelos, Que a neve do tempo marcou...
(1 a 6)·104 Pa, mas não conseguem sobreviver
Estavas vestida de noiva, Sorrindo e querendo se forçados a respirar O2 fora desses limites.
chorar... De repente, volta à realidade lembran- a) Um piloto de uma aeronave, em uma cabi-
do que tinha que limpar aquela sala de 50 m2 ne não pressurizada, voando a uma altitude
e de 3 m de altura, antes que Dina voltasse. de 12 km, onde a pressão atmosférica é de
“Hoje a temperatura está em 32 ºC e a pressão 2,2 × 104 Pa, poderá sobreviver se a cabine
atmosférica na sala deve ser, aproximadamen- for alimentada por O2 puro? Explique.
te, 4 vezes o valor da minha pressão arterial b) Um mergulhador no mar, a uma profundi-
sistólica (180 mmHg ou aproximadamente dade de 40 m, está sujeito a uma pressão
21.000 Pa), sem medicação. Ah, se eu fosse tão cinco vezes maior do que na superfície. Para
leve quanto o ar dessa sala!, pensava Rango... que possa sobreviver, ele deve respirar uma
Dados: constante dos gases = 8,314 Pa × m3 × mistura de gás He com O2, em proporção
adequada. Qual deve ser a porcentagem de
mol–1 × K–1, T / K = 273 + t / ºC; o ar é composto
O2, nessa mistura, para que o mergulhador
de, aproximadamente, 78 % em massa de ni-
respire um “ar” com a mesma pressão parcial
trogênio, 21 % de oxigênio, 1,0 % de argônio. de O2 existente no ar da superfície, ou seja,
a) “Se o ar se comporta como um gás ideal, 2,1 × 104 Pa? Justifique.
quantos mols dessa mistura gasosa devem Obs.: O He substitui com vantagem o N2.
estar presentes aqui na sala?"
b) “Se minha massa corpórea é de 120 kg, e eu
acho que estou fora do peso ideal, então,
se eu tivesse a mesma massa que o ar dessa
sala, eu estaria melhor? Por quê?"

275
4. (Unicamp) Algumas misturas gasosas podem
ser importantes em ambientes hospitalares, Gabarito
assim como na prática de esportes, como
mergulho autônomo a grandes profundida-
des. Uma dessas misturas, denominada Tri-
E.O. Aprendizagem
mix, contém 16% de oxigênio, 24% de hélio 1. B 2. D 3. D 4. A 5. A
e 60% de nitrogênio (porcentagem em volu-
me). Suponha um cilindro de Trimix manti- 6. C 7. D 8. B 9. A 10. B
do à temperatura ambiente e a uma pressão
de 9000 kPa.
a) Escreva as fórmulas dos gases da mistura.
E.O. Fixação
b) Qual é a pressão parcial do hélio no cilindro? 1. A 2. D 3. B 4. B 5. E
Mostre os cálculos.
6. D 7. E 8. E 9. C 10. 01 + 04 + 16 = 21
c) Qual é a massa molar média da mistura?
Mostre os cálculos.

5. (Unicamp) Uma garrafa de 1,5 litros, inde-


E.O. Complementar
formável e seca, foi fechada por uma tampa 1. D 2. C 3. A 4. A 5. D
plástica. A pressão ambiente era de 1,0 at-
mosfera e a temperatura de 27 °C. Em segui-
da, essa garrafa foi colocada ao sol e, após E.O. Dissertativo
certo tempo, a temperatura em seu interior 1.
subiu para 57 °C e a tampa foi arremessada a) PN = 0,41 atm e PO2 = 0,205 atm
2
pelo efeito da pressão interna. b) 0,615 atm
a) Qual era a pressão no interior da garrafa no 2.
PO = 225 mmHg; x CO2 = 0,1 ou 10%
2
instante imediatamente anterior à expulsão
3.
5 litros de O2 por minuto.
da tampa plástica?
4.
12 atm
b) Qual é a pressão no interior da garrafa após
5.
Verdadeira. Um mol de ar contém 0,209 mol
a saída da tampa? Justifique.
de oxigênio, portanto, 6,7 g de O2.
6.
a) P = 18,368 atm
b) pX2 = 5,25 atm
7.
N2 = 0,8 atm; NO = 1,2 atm
8. O2 = 4,2 atm; N2 = 16,8 atm
9. pC H = 20 %
3 8
10.
a) Num gás, as moléculas estão muito dis-
tantes umas das outras (comparando-se
essas distâncias às dimensões das molé-
culas) e, portanto, podem ser conside-
radas como pontos infinitesimalmente
pequenos. Além disso, elas estão em mo-
vimento contínuo e desordenado (mo-
vimento caótico), que provoca colisões
tanto de umas com as outras quanto de-
las com as paredes do recipiente que as
contém. A pressão de um gás é o resul-
tado macroscópico dessas inúmeras coli-
sões. Portanto, a pressão parcial de um
gás numa mistura gasosa será uma fração
(molar) da pressão total da mistura.
b) A temperatura de um gás é uma medida
(é o resultado) do grau de agitação de
suas moléculas. Podemos dizer que a
energia cinética média (Ec) de um gás é
diretamente proporcional à sua tempera-
tura absoluta: Ec = k × T
Mas:
​ m v ​ 
2
Ec = _____  para cada molécula.
2
276
Portanto, aumento na temperatura sig- 2.
nifica aumento na velocidade (de trans- a) Frasco 1
lação, inclusive) das moléculas do gás. b) 10
Com o aumento da velocidade, aumenta- 3.
rá também a quantidade de colisões das a) P(atmosférica) no interior da aeronave:
moléculas do gás com as paredes do reci- 2,2 × 104 Pa = pressão de O2.
piente, o que causará aumento na pressão Valor aceitável: 1 × 104 Pa a 6 × 104 Pa.
medida desse gás. Como a pressão do O2 no interior da aero-
nave está dentro da faixa aceitável
(1 × 104 Pa < P(O2) < 6 × 104 Pa), o piloto
E.O. Enem poderá sobreviver.
b) Cálculo de pressão do ar na superfície:
1. A
​ 100% ​ 
2,1 · 104 Pa · ______ = 1,0 · 105 Pa
21%
E.O. UERJ Cálculo da porcentagem de O2 na mistura
Exame de Qualificação respirada pelo mergulhador:
P40m = 5 · 1,0 · 105 Pa = 5,0 · 105 Pa
1. C
Po 2,1 × 04
%O2 = ____ ​ · 100% = _______
​  2  ​   ​ 
 = 4,2%
P40m 5 × 10 5
E.O. UERJ 4.
a) Oxigênio: O2.
Exame Discursivo Hélio: He.
1. Ptotal = pO + págua Nitrogênio: N2.
2
pO = Ptotal - págua b) Pi = 2160 kPa ou 2,16 ×103 kPa.
2
pO = 786,7 − 26,7 = 760 mmHg c) A massa molar média equivale à média
2
pO = 1 atm ponderada:
2
Utilizando a equação geral dos gases, tere- M = (16% × 32)(oxigênio) + (24% × 4)
mos: (hélio) + (60% × 28)(nitrogênio) = 22,88
PV = __ ​  n  ​ RT = 22,9 g/mol.
M 5.
1 x 0,123 x 32
_____________ a) P = 1,1 atm
m = ​        ​= 0,16 g
0,82 x 300 b) P = 1,0 atm

E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. B 2. C 3. C 4. B 5. C

6. A 7. B

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) P V = n R T= 4 × 21.000 × (50 × 3) =
= n 8,314 × 305 ä n = 4.969 mol.
b) Em 100 gramas de ar há 78 g de N2, 28 g
de O2 e 1 g de Ar. Assim a quantidade em
mol dos gases em 100 g de ar é:
​ 78 ​ = 2,786, O = ___
N = ___ ​ 21 ​ = 0,656 e
28 32
1
___
Ar = ​    ​ = 0,025 mol.
40
A quantidade total de mol em 100 g de ar =
(2,786 + 0,656 + 0,025) = 3,467 mol
100 g — 3,467 mol
m — 4969
ä m > 143 kg
Logo Rango seria mais pesado ainda se
sua massa fosse igual à do ar daquela sala.

277
© stefanolunardi/Shutterstock

Aulas 15 e 16

Densidade dos gases,


efusão e difusão gasosa
Competências 3 e 7
Habilidades 8, 12, 25 e 26
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Densidade dos gases
A densidade é uma grandeza que relaciona a massa e o volume ocupado por certa amostra de matéria. Mate-
maticamente, é representada pela expressão: d = ​ __ m ​ . A densidade de um gás pode ser calculada mediante essa
V
expressão, mas, em razão de o volume de um gás ser facilmente afetado pelas condições de pressão e temperatura
nas quais se encontra, o cálculo de sua densidade deve considerar os valores dessas grandezas.
Relacionada a expressão d = __​ m ​ com a equação de Clapeyron, obtém-se a equação:
V
​ P · M ​ 
d = ____
R·T

que permite calcular a densidade de um gás em qualquer condição de pressão e temperatura.


Se um gás encontrar-se nas condições normais de pressão e temperatura, sua densidade pode ser calculada
pela expressão:

M   ​ 
d = ___________
​ 
22,4 L · mol–1
Chama-se densidade relativa de um gás em relação a outro a relação entre suas densidades.
d
dA · B = __
​  A ​ 
dB
Substituídos dA e dB pela expressão (I), obtém-se:

P · MA
​ _____ ​  
​  R · T  ​ = MA/MB
dA, B = _____
P · MB
_____
​   ​ 
R·T

Observe que a relação entre as densidades de dois gases é igual à relação entre suas massas molares.
O conhecimento da densidade relativa de um gás em relação ao ar atmosférico permite prever se um gás
tende a ficar na parte inferior ou superior da atmosfera. Os gases com densidades maiores que a densidade do
ar tendem a ocupar a parte inferior da atmosfera; os que apresentam densidades menores tendem a ocupar as
camadas superiores.
Como o ar é uma mistura de gases, ele apresenta uma massa molar média cujo valor é de 28,9 g/mol. Por-
tanto, a densidade de um gás A em relação ao ar atmosférico é dada pela expressão:
MA
dA, Ar = ___________
​     ​ 
28,9 g · mol–1

Teoria na prática
1. Nas condições normais de temperatura e pressão, a massa de 22,4 litros do gás X2 (X = símbolo do elemen-
to químico) é igual a 28,0 gramas.
a) Calcular a densidade desse gás, nessas condições.
b) Qual a massa atômica do elemento X?
Resolução:
a) Como o problema fornece os valores da massa e do volume ocupado pelo gás, sua densidade pode ser
​ m ​ :
calculada pela expressão d = __
V
28 g
d = __ ​ m ​ = ​ _____  ​ ä d =1,25 g ∙ L–1
V 22,4 L

281
b) O gás encontra-se nas CNTP e ocupa o volume de 22,4 litros, o que mostra que a amostra gasosa é
formada por um mol de moléculas. Portanto, 28 gramas é a massa molar do gás, ou seja, a massa de
um mol de moléculas X2. A massa de um mol de átomos X é 14 gramas. Como a massa molar e a massa
atômica são definidas pelo mesmo número, a massa atômica do elemento X é 14 ou 14 u.

2. Um gás, que está inicialmente a uma pressão de 1 atm e temperatura de 273 K, sofre uma transformação
de estado adquirindo uma pressão de 3 atm e temperatura de 546 K. Com relação à densidade inicial, a
densidade final é:
a) 1,5 vezes maior.
b) 3 vezes maior.
c) 2 vezes maior.
d) 1,5 vezes maior.
e) 3 vezes maior.

Resolução:

​ P · M ​ ä di = ______


di = ____ ​  1 · M  ​ 
R·T R · 273
​  3 · M  ​ 
​ P · M ​ ä df = ______
df = ____
R·T R · 546
df = ____ ​  3 · M  ​ 
​ P · M ​ ä df = ______
R·T R · 546
3
______· M
d ​  R · 546  ​ 
__
​  f ​ = ______
​  ä df = __
 ​  ​ 3 ​ di
di ______ ​  M    ​  2
R · 273
Alternativa A

Difusão e efusão
A difusão gasosa é o processo espontâneo de transporte de massas gasosas num sistema. As moléculas movem-
-se espontaneamente de modo que o gás sempre ocupe o maior volume possível.
Difusão de um gás no vácuo

Difusão de dois gases que formam mistura homogênea

A efusão é o escoamento espontâneo das moléculas gasosas através de orifícios, como um gás
que atravessa paredes porosas ou tubos capilares na separação de misturas gasosas, ou que atravessa tubos de
secção constante na passagem de um recipiente a outro.

282
Um gás com maior densidade tem velocidade menor que a de outro gás com menor densidade, nas mesmas
condições de temperatura e pressão.
Comparados os dois gases A e B, em iguais condições de temperatura e pressão, obtém-se a seguinte rela-
ção entre suas velocidades:

d
V XXd
__
​  A ​ = ​ __
​  B  ​ ​ 
VB dA

Da qual dB, A é a densidade relativa do gás B em relação ao gás A.


M
Se dB, A = ___
​  B  ​, essa expressão pode ser escrita como:
MA

V
d M
XXX
__
​  A ​ = ​ ___
​  B  ​ ​ 
VB MA

Lei de Graham: a velocidade de escoamento de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua
densidade. Essa lei é válida tanto para difusão quanto para efusão.

Teoria na prática
1. Metano (CH4) começa a escapar por um pequeno orifício com uma velocidade de 36 mL/min. Se o mesmo
recipiente, nas mesmas condições, contivesse brometo de hidrogênio (HBr), qual seria a velocidade de esca-
pe pelo mesmo orifício?

Resolução:

Lei de Graham:

d
V MCH
XXXX
___
​  HBr  ​ = ​ ____
​  4 ​ ​  
VCH MHBr
4

MCH = 16 g
4

MHBr = 81 g
___
VHBr V
​ ___
36 √ ​  16 ​ ​  ä ___
 ​ = ​ ___
81 36 9 HBr
​ 4 · 36
4 ​ ä V = _____
​  HBr ​ = ​ __
9
 ​  VHBr = 16 mL/min

2. (Mackenzie) A velocidade de difusão do gás hidrogênio é igual a 27 km/min, em determinadas condições de


pressão e temperatura (massas atômicas: H = 1; O = 16). Nas mesmas condições, a velocidade de difusão
do gás oxigênio em km/h é de:
a) 4 km/h.
b) 108 km/h.
c) 405 km/h.
d) 240 km/h.
e) 960 km/h.

283
Resolução:

Usando a fórmula que relaciona a velocidade de difusão dos gases com as suas respectivas massas molares,
temos:
____


VH MO ___
___
___
​    ​=
VO
2
2

2
MH
2
√ 27
VO
2
​  32 ​ ​  → ___
  ​ ​    ​ ​  → ​    ​ = ​ ___
____
2 ___
2
2
​  27  ​ = √
VO
​  27  ​ = 4
​ 16 ​ → ___
VO

VO = 6,75 km/min
2

Passando para km/h, temos:


VO = 6,75 × 60 = 405 km/h
2

Alternativa C

284
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo MAG - 2/14 - Efeito Estufa


Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Lei de Graham de difusão e efusão, estimativa...

www2.fc.unesp.br/lvq/exp04.htm
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Um aroma muito conhecido por muita gente e que é de muito agrado também é o cheiro de chuva. Esse cheiro
agradável tem uma explicação química. Aquela fragrância estranha que aparece depois de uma chuvarada, espe-
cialmente nas áreas rurais, é causada por uma actinobactéria. Com o impacto dos pingos d’água, as partículas
que repousam na faixa externa de terra são impulsionadas para o ar e se misturam com o vapor em suspensão,
gerando uma espécie de spray úmido. Além de gotículas de água, esse spray também contém minúsculos grãos
de terra e colônias de Streptomyces, um gênero de bactéria que cresce naturalmente no solo com umidade. Nas
épocas de seca, a Streptomyces entra em uma espécie de hibernação, que os cientistas chamam de estado de
latência. “Nessa fase, a bactéria continua viva, mas não se reproduz porque não há umidade suficiente”, afirma o
engenheiro agrônomo Miguel Angelo Maniero, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Quando chega a
chuva, a água ativa a capacidade reprodutiva da Streptomyces, fazendo com que ela libere no ar milhares de células
reprodutoras, chamadas de esporos. Além de gerar novos seres, o processo de reprodução faz com que os esporos
exalem o característico odor da chuva.
Um fato curioso é que esses odores penetram com muito mais facilidade quando estamos em ambientes
úmidos se comparado com os ambientes secos, por isso a umidade relativa do ar é uma das grandes responsáveis
pelos odores agradáveis que sentimos. Abaixo, uma imagem do composto responsável pelo cheiro, também conhe-
cido como Geosmina.

INTERDISCIPLINARIDADE

Neste artigo pelo Mundo Estranho, mostra-se como o gás do riso e sua alta capacidade de efusão no organismo
reagem e como a nossa biologia é afetada.
mundoestranho.abril.com.br/saude/como-o-gas-do-riso-age-no-corpo/

287
Estrutura Conceitual

Gases
Contêm Relacionada
com a

Massa Densidade
molar

Que é Gases menos


relacionada
com a densos

+ Temperatura
Velocidade
de efusão
Gases com
- Massa molar maior velocidade
de efusão

288
E.O. Aprendizagem 5. (UFPE) Um balão cheio com ar quente sobe a
grandes altitudes porque
a) as moléculas do ar quente são menores do
1. (FEI) A densidade absoluta do gás sulfídrico que as moléculas do ar na temperatura am-
(H2S) aumentará quando: biente.
a) a pressão diminuir. b) dentro do balão há menos moléculas de ar
b) a temperatura diminui. por unidade de volume.
c) a temperatura aumentar. c) as moléculas do ar quente são maiores do
d) a variação de pressão não afetará a densida- que as moléculas do ar na temperatura am-
de absoluta. biente.
e) a concentração de H2S aumentar. d) as moléculas do ar quando aquecidas são
rompidas, formando átomos mais leves e di-
2. (UFU) É mais conveniente a utilização de gás minuindo a densidade do ar.
hélio em balões dirigíveis ou meteorológicos, e) as moléculas do ar quando aquecidas for-
e não gás hidrogênio, porque o primeiro: mam agregados, aumentando o espaço vazio
a) não é tóxico. entre elas.
b) não é inflamável. 6. (Mackenzie) Quatro balões idênticos foram
c) não se mistura facilmente com os gases da enchidos com um mol de gás e colocados em
atmosfera. uma caixa fechada, conforme a figura abai-
d) existe livre na natureza, em quantidades xo. Todos os gases encontram-se à P = 1 atm
apreciáveis. e T = 25 °C.
e) protege contra radiação ionizante que che-
gam à atmosfera.
O2 NH3 He CO2

3. (FASP) Qual é o gás mais leve, depois do hi-


drogênio, que pode ser, por exemplo, usado I II III IV
em balões por ser não inflamável ou utiliza-
do para substituir o nitrogênio quando o ar Dados: massa molar (g/mol) H = 1; He = 4;
precisa ser respirado a alta pressão? C = 12; N = 14; O = 16.
a) Argônio. Massa aparente do ar = 28,96 g/mol.
b) Lítio. Se abrirmos a caixa, os balões que vão subir
c) Hélio. são:
d) Oxigênio. a) I e III, apenas.
e) Cloro. b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
4. (PUC-Camp) Tanto em comemorações espor- d) II e IV, apenas.
tivas como na prática do balonismo como es- e) I, II e III, apenas.
porte, bexigas e balões dirigíveis são cheios
com gases que apresentam determinadas 7. (PUC-SP - Adaptada) Três balões de borracha
propriedades. idênticos, designados por A, B e C, foram in-
Dentre as substâncias gasosas a seguir: flados com gases diferentes, obtendo-se ba-
I. Hélio: menos denso do que o ar e pratica- lões de mesmo volume, com a mesma pres-
mente inerte; são interna e sob a mesma temperatura.
O gás utilizado para encher o balão A foi hé-
II. Dióxido de Carbono: mais denso do que o
lio (He), para o balão B foi o argônio (Ar), e
ar e incombustível;
para o C foi o dióxido de carbono (CO2).
III. Criptônio: praticamente inerte e mais
Dados: He = 4; Ar = 36; C = 12; O = 16; Ar
denso do que o ar;
atmosférico = 29.
IV. Hidrogênio: combustível e menos denso
Com relação aos balões é incorreto afirmar que:
do que o ar;
a) apenas o balão A ascenderá no ar, enquanto
V. Monóxido de Carbono: combustível e de
que os balões B e C ficarão no chão.
densidade próxima à do ar; b) logo após encher os balões, a quantidade de
a mais segura para ser utilizada em balões e moléculas no estado gasoso no balão A será
bexigas é: maior do que a encontrada no balões B e C.
a) I. c) logo após encher os balões, a massa do balão
b) II. A será menor do que a de B, que será menor
c) III. do que a de C.
d) IV. d) os gases utilizados para encher os balões A e
e) V. B são classificados como gases nobres devido
à sua inércia química.

289
8. (UFSE) Entre os gases abaixo, nas mesmas
condições, o que se difunde mais rapida-
E.O. Fixação
mente é: 1. (UFG) O “hobby” do balonismo fez com que
a) monóxido de carbono. Charles e Gay-Lussac estudassem algumas
b) amônia. das importantes propriedades dos gases.
c) ozônio. Considerando-se um balão, de paredes rígi-
d) nitrogênio. das, não elásticas, com uma abertura infe-
e) hidrogênio. rior, por onde se faz o aquecimento do ar
– que ascende na atmosfera quando inflado
9. (UFBA) Numa sala fechada, foram abertos ao com ar quente:
( ) a pressão do gás aumenta com o aumento da
mesmo tempo três frascos que continham,
temperatura.
respectivamente, gás amônia (NH3), dióxi-
( ) a densidade do gás diminui com o aumento
do de enxofre (SO2) e sulfeto de hidrogênio
da temperatura
(H2S). ( ) o volume do balão aumenta com o aumento
Uma pessoa que estava na sala, a igual dis- da temperatura.
tância dos três frascos, sentiu o efeito desses ( ) o volume molar do gás aumenta com o au-
gases na seguinte ordem: mento da temperatura.
a) H2S, NH3, SO2.
b) H2S, SO2, NH3. 2. (PUC) Assumindo que uma amostra de gás
c) NH3, H2S, SO2. oxigênio puro, encerrada em um frasco, se
d) NH3, SO2, H2S. comporta idealmente, o valor mais próximo
e) SO2, NH3, H2S. da densidade, em g·L-1, desse gás a 273 K e
1,0 atm é:
1
0. (FMTM) Nas extremidades de um tubo de vi- Considere: R = 0,082 atm L mol-1 K-1
dro são colocados chumaços de algodão em- M(O2) = 32 g mol-1
bebidos em soluções concentradas de ácido a) 1,0.
b) 1,2.
clorídrico e hidróxido de amônio.
c) 1,4.
d) 1,6.
e) 1,8.

3. (PUC-Camp) Comparando-se as densidades


dos gases a seguir, nas CNTP, qual deles é o
melhor para encher um balão que deve subir
na atmosfera?
Considere: Dados: H = 1 N = 14 C = 12 O = 16
Densidade do ar = 1,29 g/L (CNTP)
O gás amônia, NH3 (g), desprende-se da so- Densidade de um gás = massa molar (g/mol)
lução concentrada de NH4OH, interage com o / Volume molar (L/mol)
gás cloreto de hidrogênio, HCℓ (g), despren- a) CO2
dido da solução concentrada do ácido clorí- b) O3
drico, formando o cloreto de amônio, NH4Cℓ, c) N2
que é um sólido branco. d) O2
e) CH4
Assinale a alternativa que contém observa-
ção correta sobre a experiência. 4. (UFPI) Um balão subirá na atmosfera se for
a) Um anel de cloreto de amônio surgiu mais preenchido com gases menos densos do que
próximo ao extremo que contém HCℓ. o ar, tais como o:
b) A velocidade de deslocamento dos gases é (H = 1; He = 4; C = 12; N = 14; O = 16)
diretamente proporcional às respectivas a) hélio ou o hidrogênio.
massas molares. b) hélio ou o nitrogênio.
c) As condições experimentais foram inadequa- c) hélio ou o gás carbônico.
das à produção do cloreto de amônio. d) hidrogênio ou o nitrogênio.
d) Um anel de cloreto de amônio surgiu a igual e) hidrogênio ou o gás carbônico.
distância dos dois extremos do tubo.
e) Um anel de cloreto de amônio surgiu mais 5. (OSEC-SP) Determinado gás exerce pressão
de 623 mmHg à temperatura de 227 °C. Sua
próximo ao extremo que contém amônia.
densidade vale 1,5 g/L.

290
A massa molar desse gás, em gramas, é: 9. (Mackenzie) Um recipiente com orifício circu-
Dado: R = 62,3 mmHg · L · mol–1 · K–1 lar contém os gases y e z. O peso molecular do
a) 34 gás y é 4,0 e o peso molecular do gás z é 36,0.
b) 75 A velocidade de escoamento do gás y será
c) 41 maior em relação à do gás z:
d) 116
a) 3 vezes.
e) 15
c) 9 vezes.
e) 12 vezes.
6. (UFRN) A densidade de um gás é 1,96 g/L,
b) 8 vezes.
medida nas CNTP. A massa molecular desse
gás é: d) 10 vezes.
Dado: R = 0,082 atm × L / mol × K
a) 43,8. 1
0. (UFTM-MG) Em condições idênticas, as velo-
b) 47,89. cidades de difusão de dois gases são inversa-
c) 49,92. mente proporcionais às raízes quadradas de
d) 51,32. suas massas molares.
e) 53,2. Considerando-se os gases hélio e metano,
pode-se afirmar que a velocidade de difusão
7. (UPF-RS) Sabe-se que, nas mesmas condi- do gás:
ções de pressão e temperatura, as massas Dados: massas molares (g/mol): H = 1; He = 4;
moleculares de gases são diretamente pro-
C = 12
porcionais às respectivas densidades.
a) metano é o dobro da velocidade de difusão
Assim, quando a densidade de CH4 for igual
a 0,80 g/L, a do CO2, nas mesmas condições, do gás hélio.
será igual a: b) metano é o triplo da velocidade de difusão
a) 1,1 g/L. do gás hélio.
b) 2,2 g/L. c) metano é o quádruplo da velocidade de difu-
c) 3,3 g/L. são do gás hélio.
d) 4,4 g/L. d) hélio é o dobro da velocidade de difusão do
e) 5,5 g/L. gás metano.
e) hélio é o quádruplo da velocidade de difusão
8. (UEMA) Ao se adquirir um carro novo, é do gás metano.
comum encontrar no manual a seguinte re-
comendação: mantenha os pneus do carro
corretamente calibrados de acordo com as
indicações do fabricante. Essa recomendação
E.O. Complementar
garante a estabilidade do veículo e diminui
o consumo de combustível. Esses cuidados 1. (ITA) Uma amostra de 4,4 g de um gás ocupa
são necessários porque sempre há uma perda um volume de 3,1 L a 10ºC e 566 mmHg.
de gases pelos poros da borracha dos pneus Assinale a alternativa que apresenta a razão
(processo chamado difusão). É comum cali- entre as massas específicas deste gás e a do
brarmos os pneus com gás comprimido ou hidrogênio gasoso nas mesmas condições de
nas oficinas especializadas com nitrogênio. pressão e temperatura.
O gás nitrogênio consegue manter a pressão a) 2,2
dos pneus constantes por mais tempo que o b) 4,4
ar comprimido (mistura que contém além de c) 10
gases, vapor da água que se expande e se con- d) 22
trai bastante com a variação de temperatura). e) 44
Considerando as informações dadas no texto
e o conceito de difusão, pode-se afirmar, em 2.
relação à massa molar do gás, que:
a) a do ar comprimido é igual à do gás nitrogênio.
b) quanto maior, maior será sua velocidade de
difusão.
c) quanto menor, maior será sua velocidade de
difusão.
d) quanto menor, menor será sua velocidade de Nas extremidades de um tubo de vidro
difusão. de 25 cm são acoplados dois balões, A e
e) não há interferência na velocidade de difu- B. Cada um deles é separado do tubo por
são dos gases. uma torneira, conforme o esquema acima.

291
No balão A existe gás hidrogênio (massa atô- Está correto o que se afirma em:
mica = 1) e no balão B, gás oxigênio (massa a) II.
atômica = 16). Exatamente no mesmo ins- b) III.
tante, t = 0, abrem-se as duas torneiras. O c) I e II.
gás hidrogênio difundese com velocidade d) I e III.
de 0,5 cm/s, nas condições da experiên- e) II e III.
cia. A temperatura é mantida constante.
5. (UFJF) A lei dos gases ideais pode ser utili-
Podemos dizer que os dois gases se encon-
zada para determinar a massa molar de uma
tram no tubo em: substância. Sabendo-se que a densidade (d)
a) t = 10 s, a 20 cm da extremidade B. do enxofre na forma gasosa, na temperatura
b) t = 25 s, no centro do tubo. de 500 ºC e pressão de 0,888 atm, é 3,710 g L-1,
c) t = 50 s, na extremidade B. é CORRETO dizer que a fórmula da molécula
d) t = 40 s, a 5 cm da extremidade B. de enxofre nessas condições é:
e) t = 40 s, a 20 cm da extremidade B. Dados: R = 0,082 L atm K-1 mol-1; massa mo-
lar do S = 32 g mol-1
3. (PUC-SP) A densidade de um gás perfeito irá a) S2.
quadruplicar quando: b) S4.
a) a pressão e a temperatura dobrarem. c) S6.
b) a pressão dobrar e a temperatura absoluta d) S8.
for reduzida à metade. e) S9.
c) a pressão e a temperatura absoluta forem re-
duzidas à metade.
d) a pressão for reduzida à metade e a tempe- E.O. Dissertativo
ratura absoluta dobrar.
e) o volume quadruplicar. 1. (UFG) A equação da lei dos gases ideais,
P·V = n·R·T é uma equação de estado que
4. (UPE) Dois chumaços de algodão, I e II, em- resume as relações que descrevem a resposta
de um gás ideal a mudanças de pressão, vo-
bebidos com soluções de ácido clorídrico,
lume, temperatura e quantidade de molécu-
HCℓ, e amônia, NH3, respectivamente, são
las. Considerando o exposto, demonstre, por
colocados nas extremidades de um tubo de meio de equações matemáticas, como a den-
vidro mantido fixo na horizontal por um su- sidade de um gás qualquer varia em função
porte, conforme representação abaixo. da temperatura e determine a massa molar
de um gás considerando os dados a seguir.
Dados: d = 0,97 gL-1; T = 210 ºC; P = 0,25 atm;
R = 62,36 L·torr·mol-1·K-1; 1 atm = 760 torr.

2. (UFTM) Considere o gráfico, que relaciona a


pressão atmosférica com a altitude.

Após um certo tempo, um anel branco, III,


forma-se próximo ao chumaço de algodão I.
Dados: massas molares, H = 1 g/mol;
Cℓ = 35,5 g/mol; N = 14 g/mol.
a) Considerando que a composição do ar se
Baseando-se nessas informações e no esque-
mantenha constante com a altitude e que o
ma experimental, analise as seguintes afir-
ar tenha comportamento de gás ideal, calcu-
mações:
le o valor aproximado do quociente:
I. O anel branco forma-se mais próximo do
HCℓ, porque este é um ácido forte, e NH3 ​  densidade
          do ar a 10 ºC em São Paulo
________________________________  ​
densidade do ar a 10 ºC em La Paz
é uma base fraca.
II. O anel branco formado é o NH4Cℓ sólido, Mostre como obteve esse valor.
resultado da reação química entre HCℓ e b) Considere duas garrafas contendo água mi-
NH3 gasosos. neral, proveniente de mesma fonte e à mes-
III. O HCℓ é um gás mais leve que NH3, logo ma temperatura, gaseificada artificialmente
se movimenta mais lentamente, por isso com gás carbônico, CO2. Uma dessas garrafas
o anel branco está mais próximo do ácido foi aberta em Aracaju (SE), cidade localiza-
clorídrico. da no nível do mar, e a outra foi aberta em

292
Ouro Preto (MG), cidade localizada em região 5. (UFG) O processo de enriquecimento de urâ-
serrana. Indique se a concentração de CO2 nio passa pela separação de hexafluoretos de
dissolvido na água da garrafa aberta em Ara- urânio, UF6, que são constituídos por dife-
caju é maior, menor ou igual à concentração rentes isótopos de urânio. As velocidades de
desse gás na água da garrafa aberta em Ouro efusão desses hexafluoretos são muito pró-
Preto. Justifique sua resposta. ximas, sendo que a razão entre a velocida-
de de efusão do hexafluoreto que contém o
3. (UFTM) Para abordar conceitos de gases, isótopo de urânio mais leve em relação ao
um professor de química realizou junto com que contém o mais pesado é de 1,0043. De
seus alunos duas atividades: acordo com a lei de efusão de Graham, essa
I. Experimento para demonstrar a Lei de razão é igual à raiz quadrada da relação in-
Graham, utilizando os gases cloreto de versa de suas massas molares.
hidrogênio, HCℓ(g), e amônia, NH3(g), que, Sendo a massa molar da substância que con-
ao reagirem, formam um produto sólido tém o isótopo de urânio mais leve igual a
de coloração branca. Na figura é esque- 349 g/mol, calcule a massa atômica do isóto-
matizado o experimento com a formação po mais pesado.
do produto, indicado como um anel bran- Dado: F = 19 u
co no tubo.
6. (UFRJ) Um brinquedo que se tornou popular
no Rio de Janeiro é um balão preto confeccio-
nado com um saco de polietileno bem fino. A
brincadeira consiste em encher parcialmen-
te o balão com ar atmosférico (massa molar
igual a 28,8 g/mol), fechá-lo e deixá-lo ao
Sol para que o ar em seu interior se aqueça.
Dessa forma, o ar se expande, o balão infla
e começa a voar quando sua densidade fica
menor do que a do ar atmosférico.
Nas extremidades A e B do tubo são co- Considere que o ar no interior do balão se
locados, ao mesmo tempo, pedaços de comporte como gás ideal, que sua pressão
algodão embebidos com soluções aquosas seja igual à atmosférica e que a massa do
concentradas, uma delas de cloreto de saco de polietileno usado para confeccionar
hidrogênio e outra de amônia. O tempo o balão seja igual a 12 g. Determine a tem-
para que os gases se encontrem, com a peratura do ar, em graus Celsius (ºC), no in-
visualização da névoa branca, assim como terior do balão no momento em que seu vo-
a distância percorrida, foram medidos. lume atinge 250 L e sua densidade se iguala
II. Apresentou uma tabela na lousa com os à do ar atmosférico (1,2 g/L).
principais constituintes do ar atmosfé-
rico e discutiu a densidade desses ga- 7. Um gás G atravessa um pequeno orifício com
ses. Propôs um exercício para o cálcu- velocidade 4 vezes menor que o hélio.
lo da densidade do gás carbônico a 1,0 Calcule:
atm e 550 K, considerando o valor da a) a massa molecular do gás G.
constante na equação dos gases ideais, b) a densidade do gás G em relação ao hélio.
P·V = n·R·T, como 0,080 atm·L·K-1·mol-1.
a) No experimento I, indique qual solução foi 8. Hélio gasoso e dióxido de enxofre gasoso são
colocada em cada extremidade do tubo e jus- introduzidos num tubo de 50 cm, num mes-
tifique. mo instante, como mostra a figura abaixo.
b) Apresente a resolução do exercício proposto
na atividade II.

4. (UFG) Balões voam por causa da diferença de


densidade entre o ar interno e o externo ao
balão. Considere um planeta com atmosfera A que distância, em centímetros, do ponto A
de nitrogênio e um balão cheio com esse gás. eles irão se encontrar?
Demonstre, e explique, se esse balão vai flu- (Massas molares em g/mol: He = 4; O = 16 e
tuar quando o ar interno estiver a 100 ºC e S = 32)
o externo, a 25 ºC. Admita o comportamento
ideal dos gases, pressão de 1 atm e desconsi-
dere a massa do balão.
Dado: R = 0,082 atm L/K mol.

293
E.O. UERJ a) número de átomos presentes, na fórmula do
sal, constituição do saco, densidade da água.

Exame de Qualificação
b) massa do sal, densidade e tamanho do fio,
permeabilidade, e coloração do balão.
c) densidade do sal, índice de refração da água,
1. (UERJ) Estudos mostram que as moléculas condições de temperatura e pressão.
de dois gases, a uma mesma temperatura, d) estado de agregação do sal, densidade do
possuem igual energia cinética média. Para saco, poluição e largura do rio.
e) solubilidade do sal na água, permeabilidade
ilustrar esta teoria, um professor montou o
do saco, densidade do gás.
experimento abaixo esquematizado, no qual,
em cada extremidade de um tubo de vidro
2. (Fuvest - Adaptada) A partir da equação dos
com 1 m de comprimento, foram colocados gases ideais (P · V = n · R · T), deduza a
dois chumaços de algodão embebidos, res- fórmula que permite calcular a densidade
pectivamente, em uma solução de amônia e (massa específica) de um gás ideal.
em uma solução de ácido clorídrico, ambas
com a mesma concentração. Após determi- ​ P · M ​
a) d = ________ · T 

nado período de tempo, observou-se a for- R
mação do cloreto de amônio na região do ​ P · M ​ 
b) d = _____
tubo mais próxima à extremidade que con- R·T
tém o ácido. c) d = ​  · P  ​
T
________ · R 

Considere que os vapores formados no expe- M
R(P + M)
rimento se comportam como gases. d) d = ________
​   ​  

T
​ R · T 
e) d = _____  ​ 
P·M

3. (Fuvest)

Decorridos 15 segundos do início da difusão


dos vapores, verificou-se a formação do anel
de cloreto de amônio a 59,4 cm da extremi-
dade que contém o algodão com amônia e a
40,6 cm da extremidade que contém o algo-
dão com ácido clorídrico. Ao nível do mar e a 25 °C:
A razão entre as velocidades médias de difu- volume molar de gás = 25 L/mol
são das moléculas de NH3 e HCℓ é: densidade do ar atmosférico = 1,2 g/L
a) 1,75. (Dados: H = 1, C = 12, N = 14, O = 16 e Ar = 40)
b) 1,46. As bexigas A e B podem conter, respectiva-
c) 0,96. mente:
d) 0,74. a) argônio e dióxido de carbono.
b) dióxido de carbono e amônia.
c) amônia e metano.
d) metano e amônia.

E.O. Objetivas e) metano e argônio.

(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) E.O. Dissertativas


1. (Unesp) Um dos projetos elaborados para (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
comemorar os duzentos anos da Revolução
Francesa, consiste em mergulhar no rio Sena 1. (Fuvest) Nas condições normais de tempera-
milhares de balões (bexigas) coloridos, cheios tura e pressão, a massa de 22,4 L do gás X2 é
de gás e presos a pequenos sacos com um sal. igual a 28 g.
Depois de certo tempo, esses balões devem a) Calcular a densidade desse gás, nessas con-
emergir e subir colorindo o céu de Paris. A dições.
emersão e a subida dos balões, nesse projeto, b) Qual a massa atômica desse elemento? Justi-
dependem, principalmente, dos fatores: fique sua resposta.

294
2. (Unicamp) Recentemente a Prefeitura de São a variação da temperatura do ar no interior
Paulo ameaçava fechar as portas de um centro do saco plástico, entre a situação inicial e a
comercial por causa do excesso de gás metano final, quando o gás ocupa todo o volume.
em seu subsolo. O empreendimento foi cons- b) Qual é a relação entre as densidades do ar no
truído nos anos 1980 sobre um lixão e, segun- início e no instante em que todo o volume
do saco é ocupado?
do a CETESB, o gás metano poderia subir à su-
perfície e, eventualmente, causar explosões. 6. (Unesp) As populações de comunidades,
a) Uma propriedade que garante a ascensão do cujas moradias foram construídas clandes-
metano na atmosfera é a sua densidade. Con- tinamente sobre aterros sanitários desati-
siderando que os gases se comportam como vados, encontram-se em situação de risco,
ideais, e que a massa molar média do ar at- pois podem ocorrer desmoronamentos ou
mosférico é de 28,8 g · mol-1, justifique esse mesmo explosões. Esses locais são propí-
comportamento do metano em relação ao ar cios ao acúmulo de água durante os perío-
atmosférico. dos de chuva e, sobretudo, ao acúmulo de
b) Na época do acontecimento, veiculou-se na gás no subsolo. A análise de uma amos-
imprensa que, “numa mistura com o ar, se o tra de um gás proveniente de determina-
metano se encontra dentro de um determina- do aterro sanitário indicou que o mesmo é
do percentual (5% a 15% em volume quan- constituído apenas por átomos de carbono
(massa molar = 12,0 g·mol–1) e de hidrogê-
do em ar ambiente com 21% de oxigênio) e
nio (massa molar = 1,0 g·mol–1) e que sua
existe uma faísca ou iniciador, a explosão irá
densidade, a 300 K e 1 atmosfera de pressão,
ocorrer”. Partindo-se do ar atmosférico e de é 0,65 g·L–1. Calcule a massa molar do gás
metano gasoso, seria possível obter a mistura analisado e faça a representação da estrutu-
com a composição acima mencionada, pela ra de Lewis de sua molécula.
simples mistura desses gases? Justifique. Dado: R = 0,082 L·atm·K–1·mol–1

3. (Unicamp) Um balão meteorológico de cor 7. (Fuvest) Uma balança de dois pratos, tendo
escura, no instante de seu lançamento, con- em cada prato um frasco aberto ao ar, foi
tém 100 mols de gás hélio (He). Após ascen- equilibrada nas condições-ambiente de pres-
der a uma altitude de 15 km, a pressão do são e temperatura. Em seguida, o ar atmos-
gás reduziu a 100 mmHg e a temperatura, férico de um dos frascos foi substituído, to-
devido à irradiação solar, aumentou para talmente, por outro gás. Com isso, a balança
77 °C. Calcule, nestas condições: se desequilibrou, pendendo para o lado em
a) O volume do balão meteorológico. que foi feita a substituição.
b) A densidade do He em seu interior. a) Dê a equação da densidade de um gás (ou
mistura gasosa), em função de sua massa
Dados: R = 62 mmHg · L · mol–1 · K–1; massa
molar (ou massa molar média).
molar do He = 4 g/mol. b) Dentre os gases da tabela, quais os que, não
sendo tóxicos nem irritantes, podem substi-
4. (Unicamp) O gás hidrogênio é constituído tuir o ar atmosférico para que ocorra o que
por moléculas diatômicas, H2. Sua densida- foi descrito? Justifique.
de, a 0 °C e 1 atm de pressão, é 0,090 g/L.
Cada átomo de hidrogênio é formado por 1 Gás H2 He NH3 CO ar O2 CO2 NO2 SO2
próton e por 1 elétron. Sabendo-se que o M/g mol-1 2 4 17 28 29 32 44 46 64
deutério é o isótopo de hidrogênio que con-
tém 1 próton, 1 elétron e 1 nêutron: Equação dos gases ideais: PV = nRT
a) qual é a relação entre as massas dos átomos P = pressão
de hidrogênio e de deutério? V = volume
b) qual é a densidade do gás deutério nas mes- n = quantidade de gás
mas condições? R = constante dos gases
T = temperatura
5. (Unicamp) Durante os dias quentes de ve- M = massa molar (ou massa molar média)
rão, uma brincadeira interessante consiste
em pegar um saco plástico, leve e de cor pre-
ta, encher 3/4 do seu volume, com ar, amar-
rar hermeticamente a sua boca, expondo-o,
em seguida aos raios solares. O ar no interior
do saco é aquecido, passando a ocupar todo o
volume. Como consequência, o saco sobe na
atmosfera como um balão.
a) Considere a pressão atmosférica constante
durante a brincadeira e considerando ainda
que inicialmente o ar estava a 27 °C, calcule

295
Gabarito 6.
31,9 °C
7.
a) MG = 64 g/mol
mG
b) ​ ____
E.O. Aprendizagem mHe  ​ = 16
8.
40 cm
1. B 2. B 3. C 4. A 5. B

6. B 7. B 8. E 9. C 10. A
E.O. UERJ
E.O. Fixação Exame de Qualificação
1. B
1. F V F V 2. C 3. E 4. A 5. B

6. A 7. B 8. C 9. A 10. D
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
E.O. Complementares 1. E 2. B 3. E
1. D 2. D 3. B 4. A 5. D
E.O. Dissertativas
E.O. Dissertativo (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
1. Teremos Mx
P×V=n×R×T a) dx2(CNTP) = _____
​  2  ​  ​  28  ​ 
= _____ = 1,25 g/L
22,4 22,4
​ m ​ 
n = __ b) Como a massa molar de x2 é 28 g/mol,
M m
P × V = __ ​   ​ × R × T com isso, teremos que a massa atômica
M de x é 14u.
P × M = __ ​ m ​ × R × T 2.
V
P ×
______
d = ​  M  ​  a) Teremos
R×T
T = 210 + 273 = 483K P × V = __ ​ m ​ × R × T
M
0,25 atm = 0,25 × 760 torr __m P ×
​   ​ = ______
​  M ​  ​ P × M ​ 
ä d = ______
0,25 × 760 torr × M V R×T R×T
0,97g/L = ________________________________
​    
    ​
62,36 L·torr · mol–1·K–1 × 483 K
Como P e R são constantes:
M = 153,7699 > M ; 153,77 g/mol
2. ​ P × M ​ 
d = ______
a) 1,4 R×T
b) A concentração de CO2 será maior em Ara- ​ P × 16 ​ 
dMetano = ______ = 16 ___ ​ P  ​ 
caju, pois esta cidade se encontra em ní- R×T RT
vel do mar, onde a pressão atmosférica é P × 28,8
dMédia do ar = ________
​   ​   ​ P  ​ 
= 28,8 ___
maior do que em Ouro Preto e consequen- R×T RT
temente ocorrerá menor escape de gás. 28,8 ___
​  P  ​ 
d
________ RT ​ 
3. ​  Média do  ​
ar
   = ​ _______  = 1,8 dMetano
a) Conclusão final: na extremidade A foi co- dMetano ​  P  ​ 
16 ___
locado um pedaço de algodão embebido dMetano < dMédia do arRT
em solução de amônia (NH3) e na extre-
midade B um algodão embebido em solu- O metano ascende na atmosfera, pois sua
ção de cloreto de hidrogênio (HCℓ). densidade é menor do que a densidade
b) Então, média do ar.
​  1 x 44 
d = _________  ​ 
= 1,0 g/L b) Não seria possível obter a mistura com a
0,08 x 550 composição acima mencionada pela sim-
4.
Cálculo da densidade externa do gás: ples mistura desses gases. O ar tem, apro-
d = PM/RT, sendo P = 1atm; M = 28g/mol; ximadamente, 21% em volume de gás
R = 0,082 atm L/K mol e T = 298 K oxigênio. Se o metano fosse misturado ao
d = 1,15 g/L oxigênio, este apresentaria uma porcen-
Como a densidade do gás é menor no inte- tagem menor que 21% na mistura.
rior do balão, ele vai flutuar. 3.
5.
A massa atômica do urânio mais pesado é a) 21700 L
238 u. b) 0,018 g/L

296
4.
mH __ 1
a) ​ ___
mD ​ = ​ 2 ​ 
b) 0,18 g/L
5.

a) Dt = 100 K;
d
​ 3 ​  ou d1 = __
b) ​ __1 ​ = __ ​ 4 ​ d2
d2 4 3
6.
Representação de Lewis:

M = 16 g/mol.
7.
a) Sabemos que: P · V = (m/M) · R · T
(P · M) / (R · T) = m/V → d = (P · M)/
(R · T)
b) O ar pode ser substituído pelos gases O2
e CO2 que são mais densos e não são tó-
xicos. Assim a balança desequilibra pen-
dendo para o lado em que foi feita a subs-
tituição.

297
Aulas 17 e 18

Solubilidade
Competências 5 e 7
Habilidades 17, 24, 25, 26 e 27
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar altera-
H9
ções nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Solução
Solução é uma mistura homogênea de uma substância dispersa (“espalhada”), denominada soluto, em outra
substância responsável pela dissolução, denominada solvente. As soluções líquidas são mais estudadas, mas há
soluções sólidas também – ligas metálicas – e gasosas – o ar atmosférico isento de poeira e de umidade.
Numa solução de água e sal (cloreto de sódio), o sal é soluto e a água é solvente. Nas soluções de sólidos
em líquidos ou de gases em líquidos, o solvente é o líquido. No entanto, numa solução de dois líquidos – água e
álcool – ou de dois sólidos – latão = mistura homogênea de cobre e zinco –, o solvente é o que existe em maior
proporção. Numa mistura gasosa, os gases difundem-se, uma vez que não há distinção entre soluto e solvente.
As soluções iônicas (com íons) são eletrolíticas, isto é, conduzem corrente elétrica, ao contrário das soluções
moleculares.

Solubilidade e polaridade
a. Substâncias polares dissolvem-se melhor em outras substâncias polares.
Exemplo:

HCø, CH3CH2OH (etanol) ou NaCø

são substâncias polares que se dissolvem em água.


Representação da dissolução:
H2O H2O
HCø(g)   HCø(aq)  ou  HCø(g)   H+(aq) + Cø–(aq)
(considerando a ionização do ácido)

H2O
CH3CH2OH (ø)   CH3CH2OH(aq)

H2O
NaCø(s)   Na+(aq) + Cø–(aq)
b. Substâncias apolares dissolvem-se melhor em outras substâncias apolares.
Exemplo:
I2 (iodo) e CCø4 (tetracloreto de carbono)

são ambos apolares. Por isso, o iodo dissolve-se em tetracloreto de carbono.

Solubilidade de gases em líquidos


Lei de Henry

A solubilidade (S) de um gás num líquido é diretamente proporcional à pressão (P) que o gás exerce sobre
esse líquido.

Essa lei é válida desde que não haja reação química entre o gás (soluto) e o líquido (solvente).
A expressão matemática dessa lei é:
S=k·P

301
Da qual, k é uma constante de proporcionalidade que depende da temperatura e do gás considerado: ao
abrir uma garrafa de refrigerante, a pressão sobre a solução diminui. Diminuída a solubilidade, as bolhas de gás
carbônico tornam-se visíveis e escapam do líquido.
A solubilidade de um gás num líquido diminui com o aumento de temperatura. É por isso que, se aquecido,
o gás de um copo de refrigerante será expulso da solução.

Coeficiente de solubilidade (Cs) ou solubilidade (S)


Em determinadas condições de temperatura e pressão, coeficiente de solubilidade ou solubilidade é a medida da
capacidade de um soluto de se dissolver numa quantidade padrão de um solvente. Em outras palavras, sob deter-
minadas temperatura e pressão, é a máxima quantidade de soluto que pode ser dissolvida numa quantidade fixa
de solvente.
A 20 °C, por exemplo, a quantidade máxima de sal de cozinha (cloreto de sódio, NaCø) que se dissolve em
36 g NaCø
100 gramas de água são 36 g. Portanto, o coeficiente de solubilidade do NaCø a 20 °C é igual a ___________
​      ​.
100 g de água

Classificação das soluções sob saturação


Soluções insaturadas ou não saturadas – soluções cuja quantidade de soluto dissolvido ainda não
alcançou o coeficiente de solubilidade, passível, portanto, de dissolução de mais soluto.
Se dissolvidos apenas 15 g de sal (NaCø) em 100 g de água a 20 ºC, haverá uma solução insaturada, uma
vez que ainda faltam 21 g ( 36 g – 15 g ) para que ela alcance a quantidade máxima de soluto permitida nessas
condições.

Soluções saturadas – alcançaram exatamente o coeficiente de solubilidade; a quantidade de soluto dis-


solvida é exatamente a quantidade permitida, nas condições consideradas.
Misturados 50 g de sal em 100 g de água a 20 ºC, os 36 g que vão se dissolver e o excesso que não pode
ser dissolvido, 14 g (50 g – 36 g ), precipitarão, formando o corpo de fundo ou precipitado. Neste caso há
uma solução saturada com corpo de fundo (esse sistema obtido constitui uma mistura heterogênea). Se pretende
apenas a solução saturada, basta realizar uma filtração simples para separar o precipitado (sólido não dissolvido)
da solução saturada (mistura homogênea).

302
Soluções supersaturadas – têm mais soluto dissolvido do que seria possível em condições regulares,
razão pela qual são instáveis.
Se a mencionada solução saturada com corpo de fundo, com 36 g de sal dissolvido e 14 g não dissolvido
(corpo de fundo), for aquecida, os 14 g vão se dissolver. Com o aumento da temperatura, o coeficiente de solubili-
dade, nesse e na maioria dos casos, também aumenta.
Se, posteriormente, essa solução ficar em repouso para que volte à temperatura inicial de 20 °C, os 50 g de
sal podem continuar dissolvidos na água. Assim, haverá mais soluto dissolvido (50 g) do que deveria (36 g) naquela
temperatura e pressão. Esse é, portanto, um caso de solução supersaturada.
No entanto, esse tipo de solução é muito instável. Se ela for agitada ou se a ela for adicionado um pequeno
cristal de NaCø, haverá a precipitação dos 14 g de sal em excesso. De novo, o sistema obtido será constituído por
uma solução saturada (100 g de água a 20 °C, com 36 g de sal completamente dissolvido) e um corpo de fundo
(14 g de sal não dissolvido).

Curvas de solubilidade
Curvas de solubilidade são gráficos que indicam a variação dos coeficientes de solubilidade das substâncias em
função da temperatura.

Observe: a solubilidade da maioria das substâncias aumenta com a elevação da temperatura. São substân-
cias com uma dissolução endotérmica, que ocorrem com absorção de calor.
Para o Ce2(SO4)3, a solubilidade diminui com o aumento da temperatura; portanto, trata-se de uma dissolu-
ção exotérmica, que ocorre com liberação de calor.

303
Teoria na prática
1. Com base nesse gráfico anterior, responda:
a) Considerando apenas as substâncias NaNO3 e Pb(NO3)2, qual delas é a mais solúvel em água, a qualquer
temperatura?
b) Aproximadamente, a qual temperatura a solubilidade do KCø e do NaCø são iguais?
c) Qual das substâncias apresenta maior aumento de solubilidade com o aumento da temperatura?
d) Compare as solubilidades das substâncias KCø e K2Cr2O7 a 70 ºC, abaixo e acima dessa temperatura.
e) Qual a massa de uma solução saturada de NaNO3 a 20 ºC obtida a partir de 500 g de H2O?

Resolução:

a) NaNO3
b) a 28 ºC
c) CaCø2
d) t = 70 ºC ⇒ solubilidade KCø = K2Cr2O7
t > 70 ºC ⇒ solubilidade KCø < K2Cr2O7
t < 70 ºC ⇒ solubilidade KCø > K2Cr2O7

e) A 20 ºC, Cs NaNO3 = 88 g / 100 g de água.


Como o coeficiente de solubilidade indica uma proporção entre soluto e solvente, temos:
88 g NaNO3 _______
________ x   ​ 
​   ​ 
= ​  ⇒ x = 440 g de NaNO3 estão dissolvidos em 500 g de água.
100 g H2O 500 g H2O

A solução é formada por 440 g de NaNO3 dissolvidos em 500 g de H2O. Portanto, sua massa é:
m = 500 + 440 = 940 g.

2. O gráfico representa as curvas de solubilidade das substâncias A, B e C.

Com base no diagrama, responda:


a) Qual das substâncias tem sua solubilidade diminuída com a elevação da temperatura?
b) Qual a máxima quantidade de A que conseguimos dissolver em 100 g de H2O a 20 ºC?
c) Considerando apenas as substâncias B e C, qual delas é a mais solúvel em água?
d) Considerando apenas as substâncias A e B, qual delas é a mais solúvel em água?
e) Qual é a massa de C que satura 500 g de água a 100 ºC? Indique a massa da solução obtida (massa do
soluto + massa do solvente).
f) Uma solução saturada de B com 100 g de água, preparada a 60 ºC, é resfriada até 20 ºC. Determine a
massa de B que irá precipitar, formando o corpo de fundo a 20 ºC.

304
Resolução:
a) A única curva descendente é a da substância A, o que indica que sua solubilidade diminui com a eleva-
ção da temperatura.
b) Observando o gráfico, percebe-se que a 20 ºC é possível dissolver 60 g de A em 100 g de água, uma vez
que esse é o seu coeficiente de solubilidade.
c) Em qualquer temperatura, a substância B é a mais solúvel (a curva de B está sempre acima da curva de C).
d) As curvas de A e B cruzam-se aproximadamente a 40 ºC, indicando que, a essa temperatura, essas subs-
tâncias apresentam a mesma solubilidade.
Para temperaturas inferiores a 40 ºC, a solubilidade de A é maior que a de B. Para temperaturas superio-
res a 40 ºC, a solubilidade de B é maior que a de A.
e) A 100 ºC Cs = 80 g/100 g H2O
80 g de C –––––– 100 g de H2O
x –––––– 500 g de H2O
⇒ x = 400 g de C
A solução contém 400 g de C dissolvidos em 500 g de H2O. Portanto, sua massa é 400 + 500 = 900 g
de solução.
f) A 60 ºC é possível dissolver 80 g de B em 100 g de H2O, ao passo que a 20 ºC a quantidade máxima
de B dissolvida em 100 g de H2O é 20 g. Portanto, se resfriada uma solução saturada de B a 60 ºC até
20 ºC em 100 g de água, ocorrerá uma precipitação de 80 – 20 = 60 g de B.
3. (Unifesp) Uma solução contendo 14 g de cloreto de sódio dissolvidos em 200 mL de água foi deixada em
um frasco aberto, a 30 ºC. Após algum tempo, começou a cristalizar o soluto.
Qual volume mínimo e aproximado, em mL, de água deve ter evaporado quando se iniciou a cristalização?
Dados:
Solubilidade, a 30 ºC, do cloreto de sódio = 35 g /100 g de água.
Densidade da água a 30 °C = 1,0 g/mL.
a) 20
b) 40
c) 80
d) 100
e) 160
Resolução:
Como d = 1 g/mL ⇒ 100 mL de água equivalem a 100 mL de água.
35 g de NaCø –––––– 100 mL de água
14 g de NaCø –––––– x
⇒ x = 40 mL de água
O volume de água que evaporou corresponde à diferença entre o volume inicial 200 mL, que era suficiente
para dissolver "com folga"os 14 g de sal e o volume final, que consegue dissolver exatamente 14 g do sal.
V = 200 mL – 40 mL = 160 mL de água evaporada

Alternativa E

305
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Como se faz o vidro #Boravê

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Verificar a solubilidade e concentração

phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/soluble-salts

306
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

A aplicação mais corriqueira do princípio da solubilidade é a dissolução de pó de suco industrial em água para se
fazer um refresco.
Este procedimento é simples e muitas pessoas o realizam todos os dias.
Mas não é tão simples assim pensar que o ar atmosférico também é uma solução gasosa. Se for analisada
essa questão pela óptica da definição química de soluções, o ar atmosférico apresenta, no geral, aspecto homogê-
neo e em toda sua constituição esse gás possui as mesmas propriedades físico-químicas.
Concomitantemente, é possível inferir então que ligas metálicas são soluções sólidas, em que é possível se
ter dois ou mais metais fundidos em uma mesma matéria, e essa matéria, agora, apresentará em toda sua extensão
o mesmo aspecto visual e características físico-químicas bem definidas. Um exemplo desse processo é a produção
de ligas de bronze, que são constituídas de cobre e estanho.

INTERDISCIPLINARIDADE

Na natureza, o bário está sempre combinado com outros elementos, sendo que cerca de 0,45% da crosta terrestre
possui estes compostos, principalmente, sob a forma dos minerais barita e viterita. Dentre os compostos de bário,
podemos destacar o sulfato (BaSO4) e o carbonato (BaCO3). O carbonato de bário é extremamente venenoso aos
mamíferos. Se for ingerido, dissolve-se rapidamente no ácido clorídrico do estômago. Uma vez absorvido, ele se
deposita nos pulmões, músculos, ossos e órgãos internos.
A ingestão desse composto extremamente tóxico, mesmo que em pequena quantidade, causa dificuldades respi-
ratórias, aumento da pressão arterial, alteração no ritmo cardíaco, irritação no estômago, enfraquecimento dos músculos,
mudanças nos reflexos nervosos, edema cerebral e alterações prejudiciais ao fígado, rins, coração e baço, provocando
sintomas agudos de envenenamento como salivação excessiva, vômitos, diarreia, falta de ar, paralisia e taquicardia.
Doses de cerca de 0,8 g de carbonato de bário são consideradas letais e a morte em seres humanos ocorre
rapidamente por falência cardíaca ou respiratória. Nessas circunstâncias, como antídoto, pode-se utilizar uma
solução de sulfato de sódio ou de magnésio imediatamente que reage rapidamente com o carbonato de bário,
formando o sulfato de bário, insolúvel e inofensivo.
Portanto, o sulfato de bário é bem diferente! Sua utilização mais importante consiste em permitir radiogra-
fias e radioscopias de órgãos moles, que normalmente são transparentes aos raios X. Ele constitui o que se chama
um agente radiopaco, isto é, opaco aos raios X e utilizado clinicamente para diagnosticar certas doenças.
Como é insolúvel em água e em gordura, o sulfato de bário forma, ao ser misturado com água, uma sus-
pensão densa que bloqueia os raios X. Em consequência, as áreas do corpo em que estiver localizado aparecerão
brancas na radiografia. Isso cria uma distinção que é necessária, entre um órgão e os demais tecidos, ajudando o
radiologista a perceber qualquer condição especial existente no órgão ou parte do corpo analisada. Quando admi-
nistrado por via oral ou retal, permite exames do trato gastro intestinal e a detecção de câncer, tumores, úlceras e
outras condições inflamatórias como hérnias. Este é o composto de bário que salva!

307
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 26 - Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no


consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de ener-
gia envolvidas nesses processos.

Um dos compostos mais utilizados em radiografias é o sulfato de bário. É um sal insolúvel


responsável pelo contraste. É um composto muito pouco solúvel que posteriormente é
excretado na urina. Seu uso médico faz desse composto um aliado em diversos exames,
porém sua propriedade radiopaca é perigosa, pois a mínima absorção de íons bário pelo
organismo pode causar morte. O que acontece é que como o bário é um átomo muito
maior que o cálcio, ele toma seu lugar nos processos biológicos, podendo ocasionar falta
de cálcio no organismo, levando a óbito.

Modelo
(Enem) Devido ao seu alto teor de sais, a água do mar é imprópria para o consumo humano e para
a maioria dos usos da água doce. No entanto, para a indústria, a água do mar é de grande interesse,
uma vez que os sais presentes podem servir de matérias-primas importantes para diversos proces-
sos. Nesse contexto, devido a sua simplicidade e ao seu baixo potencial de impacto ambiental, o
método da precipitação fracionada tem sido utilizado para a obtenção dos sais presentes na água
do mar.
Tabela 1: Solubilidade em água de alguns compostos presentes na água do mar a 25 ºC

Soluto Fórmula Solubilidade g/kg de H2O


Brometo de sódio NaBr 1,20 · 103
Carbonato de cálcio CaCO3 1,30 · 10-2
Cloreto de sódio NaCℓ 3,60 · 102
Cloreto de magnésio MgCℓ2 5,41 · 102
Sulfato de magnésio MgSO4 3,60 · 102
Sulfato de cálcio CaSO4 6,80 · 10-1
PILOMBO, L. R. M.; MARCONDES, M.E.R.; GEPEC. Grupo de pesquisa em Educação Química. Química
e Sobrevivência: Hidrosfera Fonte de Materiais. São Paulo: EDUSP, 2005 (adaptado).

Suponha que uma indústria objetiva separar determinados sais de uma amostra de água do mar a
25 °C, por meio da precipitação fracionada. Se essa amostra contiver somente os sais destacados
na tabela, a seguinte ordem de precipitação será verificada:
a) Carbonato de cálcio, sulfato de cálcio, cloreto de sódio e sulfato de magnésio, cloreto de magnésio e,
por último, brometo de sódio.
b) Brometo de sódio, cloreto de magnésio, cloreto de sódio e sulfato de magnésio, sulfato de cálcio e, por
último, carbonato de cálcio.

308
c) Cloreto de magnésio, sulfato de magnésio e cloreto de sódio, sulfato de cálcio, carbonato de cálcio e,
por último, brometo de sódio.
d) Brometo de sódio, carbonato de cálcio, sulfato de cálcio, cloreto de sódio e sulfato de magnésio e, por
último, cloreto de magnésio.
e) Cloreto de sódio, sulfato de magnésio, carbonato de cálcio, sulfato de cálcio, cloreto de magnésio e,
por último, brometo de sódio.

Análise Expositiva

Habilidade 26
Os sais apresentam diferentes solubilidades em água. Nessa questão é abordado os diferentes
sais em relação a uma mesma quantidade de água para saber qual destes será precipitado
primeiro.
De acordo com os valores de solubilidade fornecidos na tabela, teremos:
1,20 · 103 (NaBr) > 5,41 · 102 (MgCℓ2) > 3,60 · 102 (NaCℓ e MgSO4) > 6,80 · 10-1 (CaSO4) >
1,30 · 10-2 (CaCO3). Os sais com menor solubilidade precipitarão antes, ou seja, carbonato de
cálcio, sulfato de cálcio, cloreto de sódio e sulfato de magnésio, cloreto de magnésio e, por
último, brometo de sódio.
Alternativa A

Estrutura Conceitual
Pode ser

Massa Heterogênea
molar
Mistura
Tem
É uma

Duas ou
Solução Tem Soluto mais fases

Tem
Como

Solvente Precipitado
ou corpo
Exemplo Água de fundo

Limite de Ocasionado
Contém pelo
solubilidade

309
E.O. Aprendizagem No processo de fabricação dos refrigerantes:
a) o aumento da temperatura da água facilita a
dissolução do CO2 (g) na bebida.
1. A poluição térmica, provocada pela utiliza- b) a diminuição da temperatura da água facilita
ção de água de rio ou de mar para a refrige- a dissolução do CO2 (g) na bebida.
ração de usinas termo­elétricas ou nucleares, c) a diminuição da concentração de CO2 (g) faci-
vem do fato de a água retornar ao ambiente lita sua dissolução na bebida.
em temperatura mais elevada que a inicial. d) a dissolução do CO2 (g) na bebida não é afeta-
Este aumento de temperatura provoca alte- da pela temperatura da água.
ração do meio ambiente, podendo ocasionar e) o ideal seria utilizar a temperatura da água em
modificações nos ciclos de vida e de repro- 25 ºC, pois a solubilidade do CO2 (g) é máxima.
dução e, até mesmo, a morte de peixes e
plantas. O parâmetro físico-químico alterado 4. (Ufrrj)
pela poluição térmica, responsável pelo dano
ao meio ambiente, é:
a) a queda da salinidade da água. KBr
b) a diminuição da solubilidade do oxigênio
na água.
c) o aumento da pressão de vapor d’água.
d) o aumento da acidez da água, devido à maior
dissolução de dióxido de carbono na água.
e) o aumento do equilíbrio iônico da água. Ao analisar o gráfico acima, percebe-se que:
a) a solubilidade do KCℓ é maior que a do KBr.
2. (Acafe) O cloreto de potássio (KCℓ) é um sal b) à medida que a temperatura aumenta a solu-
que adicionado ao cloreto de sódio é vendido bilidade diminui.
comercialmente como “sal light”, com baixo c) a solubilidade do KBr é maior que a do KCℓ.
teor de sódio. Dezoito gramas de cloreto de d) quanto menor a temperatura, maior a so-
potássio estão dissolvidos em 200 g de água lubilidade.
e armazenados em um frasco aberto sob e) o KCℓ apresenta solubilização exotérmica.
temperatura constante de 60 ºC.
Dados: Considere a solubilidade do cloreto de 5. (UERN) Analisando o gráfico apresentado, que
potássio a 60 ºC igual a 45 g/100 g de água. mostra a solubilidade da glicose em função da
Qual a massa mínima e aproximada de água temperatura, é correto afirmar que o sistema
que deve ser evaporada para iniciar a crista-
lização do soluto?
a) 160 g
b) 120 g
c) 40 g
d) 80 g

3. (UCS) Os refrigerantes possuem dióxido de


carbono dissolvido em água, de acordo com
a equação química e a curva de solubilidade
representadas abaixo. a) A é uma solução saturada.
Equação química: b) B é uma solução saturada.
c) C é uma solução saturada.
CO2 (g) + H2O(l) → H+(aq) + HCO3–(aq) d) C é uma solução supersaturada.

6. (FGV)

310
O gráfico mostra a curva de solubilidade do IV. a solubilidade de B mantém-se constante
sal dicromato de potássio em água. com o aumento da temperatura.
A solução indicada pelo ponto A e o tipo de V. a quantidade de B que satura a solução à
dissolução do dicromato de potássio são de- temperatura de 80 °C é igual a 150 g.
nominadas, respectivamente: Somente são corretas:
a) insaturada e endotérmica. a) I, II e III.
b) insaturada e exotérmica. b) II, III e V.
c) saturada e endotérmica. c) I, III e V.
d) supersaturada e endotérmica. d) II, IV e V.
e) supersaturada e exotérmica. e) I, II e IV.

7. (UFMG) Seis soluções aquosas de nitrato de 9. (PUC-MG) O diagrama representa curvas de


sódio, NaNO3, numeradas de I a VI, foram solubilidade de alguns sais em água.
preparadas, em diferentes temperaturas,
dissolvendo-se diferentes massas de NaNO3
em 100 g de água. Em alguns casos, o NaNO3
não se dissolveu completamente. Este gráfico
representa a curva de solubilidade de NaNO3,
em função da temperatura, e seis pontos,
que correspondem aos sistemas preparados:

Com relação ao diagrama anterior, é CORRE-


TO afirmar:
a) O NaCℓ é insolúvel em água.
b) O KCℓO3 é mais solúvel do que o NaCℓ à tem-
peratura ambiente.
c) A substância mais solúvel em água, a uma
temperatura de 10 ºC, é CaCℓ2.
A partir da análise desse gráfico, é corre- d) O KCℓ e o NaCℓ apresentam sempre a mesma
to afirmar que os dois sistemas em que há solubilidade.
precipitado são: e) A 25 ºC, a solubilidade do CaCℓ2 e a do NaNO2
a) I e II. são praticamente iguais.
b) I e III.
c) IV e V. 1
0. (UCS) Curvas de solubilidade, como as repre-
d) V e VI. sentadas no gráfico abaixo, descrevem como
os coeficientes de solubilidade de substân-
8. (Mackenzie) A partir do diagrama a seguir, cias químicas, em um determinado solvente,
que relaciona a solubilidade de dois sais A e B variam em função da temperatura.
com a temperatura são feitas as afirmações:

I. existe uma única temperatura na qual a


solubilidade de A é igual à de B.
II. a 20 °C, a solubilidade de A é menor que
a de B.
III. a 100 °C, a solubilidade de B é maior que
a de A.

311
Considerando as informações apresentadas 3. (UEL) O gráfico a seguir refere-se à solubili-
pelo gráfico acima, assinale a alternativa dade (em g/100 g de água) de determinado
correta. sal em diferentes temperaturas (em °C).
a) A dissolução de todas as substâncias quími-
cas é exotérmica.
b) O aumento da temperatura de 10 ºC para
40 ºC favorece a solubilização do sulfato de
cério (III) (Ce2(SO4)3) em água.
c) A massa de nitrato de amônio (NH4NO3) que
permanece em solução, quando a tempera-
tura da água é reduzida de 80 ºC para 40 ºC,
é de aproximadamente 100 g. Se, a 40 ºC forem acrescentados 20,0 g do sal
d) A dissolução do iodeto de sódio (NaI) em em 200 g de água, e deixada a mistura em re-
água é endotérmica. pouso sob temperatura constante obter-se-á:
e) A 0 ºC, todas as substâncias químicas são I. solução saturada
insolúveis em água. II. corpo de fundo
III. solução diluída
Dessas afirmações:
E.O. Fixação a) apenas I é correta.
b) apenas II é correta.
1. (UFES) Ao se adicionar cloreto de amônio a c) apenas III é correta.
uma certa quantidade de água a 25 ºC, ob- d) I, II e III são corretas.
e) I, II e III são incorretas.
serva-se um resfriamento na solução. Com
base nessa informação, pode-se afirmar:
a) O processo é exotérmico e a solubilidade do 4. (Mackenzie) Em 100 g de água a 20 °C, adi-
NH4Cℓ aumenta com o aumento da temperatura. cionaram-se 40,0 g de KCℓ.
b) O processo é endotérmico e a solubilidade do Conhecida a tabela exposta, após forte agita-
NH4Cℓ aumenta com o aumento da temperatura. ção, observa-se a formação de uma:
c) O processo é exotérmico e a solubilidade do
NH4Cℓ diminui com o aumento da temperatura. T (ºC) Solubilidade do KCℓ (g/100 g de água)
d) O processo é endotérmico e a solubilidade do 0 27,6
NH4Cℓ diminui com o aumento da temperatura. 20 34,0
e) O processo é endotérmico e a solubilidade do
40 40,0
NH4Cℓ independe da temperatura.
60 45,5
2. (UFPel) A ciência deve ser percebida no dia
a) solução saturada, sem corpo de chão.
e muitos experimentos podem ser feitos em
b) sistema heterogêneo, contendo 34,0 g de
nossas casas. Por exemplo, se colocarmos um
KCℓ, dis­solvidos em equilíbrio com 6,0 g de
ovo em uma jarra com água à temperatura
KCℓ sólido.
ambiente, ele afundará, mas se, logo em se-
c) solução não saturada, com corpo de chão.
guida, adicionarmos NaCℓ à água, até formar d) solução extremamente diluída.
uma solução saturada, observaremos que o
e) solução supersaturada.
ovo flutuará.
Baseando-se nesse experimento, analise as
5. (UF-Lavras) A curva de solubilidade de um
afirmativas abaixo.
I. A densidade do ovo é menor do que a den- sal hipotético é:
sidade da solução saturada de água + sal.
II. Solução saturada é aquela em que a mas-
sa do soluto é igual ao seu coeficiente de
solubilidade.
III. Na forma dissociada, o NaCℓ apresenta-se
como Na+ e Cℓ-, sendo o íon Na+ chamado de
cátion sódio e o íon Cℓ-, de ânion cloreto.
Está(ão) correta(s):
a) todas as afirmativas.
b) as afirmativas I e III.
c) as afirmativas II e III. a 20 ºC misturarmos 20 g desse sal com 100
d) somente a afirmativa III. g de água, quando for atingido o equilíbrio,
e) as afirmativas I e II. podemos afirmar que:

312
a) 5 g do sal estarão em solução. 9. (FEI) Tem-se 500 g de uma solução aquosa
b) 15 g do sal será corpo de fundo (precipitado). de sacarose (C12H22O11), saturada a 50 ºC.
c) o sal não será solubilizado. Qual a massa de cristais que se separam da
d) todo o sal estará em solução. solução, quando ela é resfriada até 30 ºC?
e) 5 g do sal será corpo de fundo (precipitado). Dados: Coeficiente de solubilidade (Cs) da
sacarose em água:
6. (PUC-Camp) Considere o gráfico, representa-
Cs a 30 °C = 220 g/100 g de água
tivo da curva de solubilidade do ácido bórico
Cs a 50 °C = 260 g/100 g de água
(um sólido) em água:
a) 40,0 g
b) 28,8 g
c) 84,25 g
d) 55,5 g
e) 62,5 g

1
0. (EEM-SP) Evapora-se completamente a água
de 40 g de solução de nitrato de prata, satu-
rada, sem corpo de fundo, e obtêm-se 15 g
de resíduo sólido. O coeficiente de solubili-
dade do nitrato de prata para 100 g de água
na temperatura da solução inicial é:
a) 25 g.
Adicionando-se 200 g de H3BO3 em 1,00 kg b) 30 g.
de água, a 20 ºC, quantos gramas do ácido c) 60 g.
restam na fase sólida? d) 15 g.
a) 50,0 e) 45 g.
b) 75,0
c) 100
d) 150
e) 175
E.O. Complementar
1. (ITA) A figura a seguir mostra a curva de solu-
7. (UFRGS) Em um frasco, há 50 mL de água bilidade do brometo de potássio (KBr) em água:
e 36 g de cloreto de sódio. Sabendo-se que
o coeficiente de solubilidade deste sal em
água, a 20 °C, é 36 g em 100 g de água e que
as densidades do sal e da água são respecti­
vamente, 2,16 g/cm3 e 1,00 g/mL, é possível
afirmar que o sistema formado é:
a) heterogêneo e há 18 g de sal depositado no
fundo do frasco.
b) heterogêneo e não há qualquer depósito de
sal no frasco.
c) heterogêneo e há 18 g de sal sobrenadante
no frasco.
d) homogêneo e há 18 g de sal depositado no
fundo do frasco. Dados:
e) homogêneo e não há qualquer depósito de Massa molar (g/mol): K = 39,10; Br = 79,91
sal no frasco. Baseando nas informações apresentadas na
figura é errado afirmar que:
8. (UEL) A 10 ºC a solubilidade do nitrato de a) a dissolução do KBr em água é um processo
potássio é de 20,0 g/100g H2O. Uma solução endotérmico.
contendo 18,0 g de nitrato de potássio em b) a 30 ºC, a concentração de uma solução
50,0 g de água a 25 ºC é resfriada a 10 ºC. aquosa saturada em KBr é de aproximada-
Quantos gramas do sal permanecem dissol- mente 6 mol/kg.
vidos na água? c) misturas correspondentes a pontos situados
a) 1,00 na região I da figura são bifásicas.
b) 5,00
d) misturas correspondentes a pontos situados
c) 9,00
na região II da figura são monofásicas.
d) 10,0
e) misturas correspondentes a pontos situados
e) 18,0
sobre a curva são saturadas em KBr.

313
2. (IME) A figura a seguir representa as curvas que 545 g de NaCℓ estão dissolvidos em 1,5 L
de solubilidade de duas substâncias A e B. de água a 20 ºC sem corpo de fundo, é:
a) insaturada.
b) concentrada.
c) supersaturada.
d) diluída.

5. (Mackenzie) A solubilidade do cloreto de po-


tássio (KCℓ) em 100 g de água, em função da
temperatura é mostrada na tabela abaixo:

Solubilidade (gKCℓ
Temperatura (ºC)
em 100 g de água)
Com base nela, pode-se afirmar que:
a) no ponto 1, as soluções apresentam a mesma 0 27,6
temperatura, mas as solubilidades de A e B 10 31,0
são diferentes. 20 34,0
b) a solução da substância A está supersatura- 30 37,0
da no ponto 2.
40 40,0
c) as soluções são instáveis no ponto 3.
d) as curvas de solubilidade não indicam mu- 50 42,6
danças na estrutura dos solutos. Ao preparar-se uma solução saturada de KCℓ
e) a solubilidade da substância B segue o per- em 500 g de água, a 40 ºC e, posteriormente,
fil esperado para a solubilidade de gases em ao resfriá-la, sob agitação, até 20 ºC é corre-
água. to afirmar que:
a) nada precipitará.
3. (UERN) Os refrigerantes são formados por b) precipitarão 6 g de KCℓ.
uma mistura de água, gás carbônico e algum c) precipitarão 9 g de KCℓ.
tipo de xarope, que dá a cor e o gosto da d) precipitarão 30 g de KCℓ.
bebida. Mas essas três coisas não são com- e) precipitarão 45 g de KCℓ.
binadas de uma vez – primeiro, os fabrican-
tes juntam a água e o gás, em um aparelho
chamado carbonizador. Quando esses dois
ingredientes se misturam, a água dissolve o
CO2, dando origem a uma terceira substân-
E.O. Dissertativo
cia, o ácido carbônico, que tem forma líqui-
da. Depois, acrescenta-se o xarope a esse áci- 1. (Ufrrj) A curva do gráfico, a seguir, mostra a
do. O último passo é inserir uma dose extra solubilidade de um certo soluto em água.
de CO2 dentro da embalagem para aumentar
a pressão interna e conservar a bebida.
(Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/
materia/como-se-coloca-o-gas-nos-refrigerantes.)

Com relação ao gás dos refrigerantes, é cor-


reto afirmar que:
a) diminui, se aumentar a pressão.
b) está completamente dissolvido no líquido.
c) escapa mais facilmente do refrigerante
quente. Responda às perguntas a seguir, justificando
d) escapa mais facilmente do refrigerante gelado. sua resposta.
a) Qual ou quais dos pontos do gráfico represen-
4. (PUC-MG) Determinadas substâncias são ca- tam uma solução saturada homogênea?
pazes de formar misturas homogêneas com b) Indique em que pontos do gráfico existem
outras substâncias. A substância que está soluções saturadas heterogêneas.
em maior quantidade é denominada sol- c) Através do conceito de solução insaturada,
vente e a que se encontra em menor quan- aponte no gráfico o(s) ponto(s) onde esta
tidade é denominada de soluto. O cloreto situação ocorre.
de sódio (NaCℓ) forma solução homogênea d) Que procedimentos podem ser utilizados
com a água, em que é possível solubilizar, a para precipitar (cristalizar) parte do soluto
20 ºC, 36 g de NaCℓ em 100 g de água. De da solução D, sem alterar as quantidades do
posse dessas informações, uma solução em solvente e do soluto da referida solução?

314
2. (UFPE) A solubilidade do oxalato de cálcio a 20 °C é de 33,0 g por 100 g de água. Qual a massa, em
gramas, de CaC2O4 depositada no fundo do recipiente quando 100 g de CaC2O4(s) são adicionados em
200 g de água a 20°C?

3. (UFPR – Adaptada) A solubilidade das substâncias é um parâmetro muito importante no preparo


de soluções e permite comparar a natureza de dissolução de diversos solutos. A solubilidade pode
variar com a temperatura, conforme mostra o gráfico a seguir.

Suponha que você possui um recipiente contendo 100 g de solução saturada de LiCℓ a 70 °C.
Se essa solução for resfriada a 40 °C, qual a massa de precipitado que ficará depositada no fundo?

4. (FEI) O gráfico abaixo representa a variação do coeficiente de solubilidade CS (g de soluto/100 g de


solvente) do nitrato de potássio em água, com a temperatura. Res­friando-se 1.340,0 g de solução de
nitrato de potássio saturada a 80 °C até a 20 °C, qual a quantidade de nitrato de potássio que se separa
da solução?

Observação:
Para facilitar a leitura do gráfico, dizemos que:
a 20 °C → 32 g KNO3/100 g água
a 80 °C → 168 g KNO3/100 g água

5. (UFSCar) O cloreto de potássio é solúvel em água e a tabela a seguir fornece os valores de solubi-
lidade deste sal em g/100 g de água, em função da temperatura.

Temperatura (ºC) Solubilidade (g/100g H2O)

10 31,0
20 34,0
30 37,0
40 40,0

Preparou-se uma solução de cloreto de potássio a 40 °C dissolvendo-se 40,0 g do sal em 100 g de água.
A temperatura da solução foi diminuída para 20 °C e observou-se a formação de um precipitado.
a) Analisando a tabela de valores de solubilidade, explique por que houve formação de precipitado e
calcule a massa de precipitado formado.
b) A dissolução do cloreto de potássio em água é um processo endotérmico ou exotérmico? Justifique sua
resposta.

315
6. (Fac. Santa Marcelina) Analise o gráfico que representa a solubilidade do CO2 (massa molar 44
g.mol-1) em água à pressão 1 atm.

a) A dissolução do gás carbônico em água é um processo endotérmico ou exotérmico? Justifique sua


resposta.
b) Calcule a quantidade de gás carbônico, em mol, dissolvida em 1 litro de água, a 10 ºC e a 1 atm, satu-
rada com este gás. Apresente os cálculos efetuados.
Dados: C = 12; O = 16.

7. (UFTM) A tabela fornece valores aproximados da solubilidade em água do bicarbonato de sódio em


várias temperaturas.

Solubilidade (g/100 g de água) 6,5 7,5 8,5 10,0 11,0 12,5 13,5 15,0 16,5

Temperatura (°C) 0 10 20 30 40 50 60 70 80

a) Na malha quadriculada a seguir, construa um gráfico com os valores fornecidos, relacionando a solu-
bilidade (eixo das ordenadas) com a temperatura (eixo das abscissas).

b) A partir do gráfico construído, decida se a adição de 1,5 g de bicarbonato de sódio a 10 g de água a


35 °C apresentará ou não corpo de fundo. Justifique.

316
8. (Unicid 2017) O gráfico apresenta as solubi- 2. (UERJ) O gráfico a seguir, que mostra a va-
lidades dos sais A, B, C, D, E e F em função riação da solubilidade do dicromato de po-
da temperatura. tássio na água em função da temperatura,
foi apresentado em uma aula prática sobre
misturas e suas classificações. Em seguida,
foram preparadas seis misturas sob agitação
enérgica, utilizando dicromato de potássio
sólido e água pura em diferentes temperatu-
ras, conforme o esquema:

a) Indique o sal cuja solubilidade em água é me-


nos afetada pelo aumento de temperatura.
b) Considere uma solução preparada com 33 g
do sal B em 50 g de água, a 40 ºC. A mistura
resultante apresenta corpo de fundo? Justi-
fique sua resposta.

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. (UERJ) Um laboratorista precisa preparar
1,1 kg de solução aquosa saturada de um sal
de dissolução exotérmica, utilizando como
soluto um dos três sais disponíveis em seu
laboratório: X, Y e Z. A temperatura final da
solução deverá ser igual a 20 °C.
Observe as curvas de solubilidade dos sais,
em gramas de soluto por 100 g de água:

Após a estabilização dessas misturas, o nú-


mero de sistemas homogêneos e o número
de sistemas heterogêneos formados corres-
pondem, respectivamente, a:
a) 5 – 1.
b) 4 – 2.
c) 3 – 3.
d) 1 – 5.

A massa de soluto necessária, em gramas,


para o preparo da solução equivale a:
a) 100
b) 110
c) 300
d) 330

317
E.O. Objetivas Com base nas informações fornecidas, pode-
-se afirmar corretamente que:
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) a) a dissolução dos dois sais em água são pro-
cessos exotérmicos.
b) quando se adicionam 50 g de KNO3 em 100 g
1. (Fuvest) O exame desse gráfico nos leva a afir- de água a 25 ºC, todo o sólido se dissolve.
mar que a dissolução em água de carbonato de c) a solubilidade do KNO3 é maior que a do
lítio e a de acetato de prata devem ocorrer: NaCℓ para toda a faixa de temperatura
abrangida pelo gráfico.
d) quando se dissolvem 90 g de KNO3 em 100
g de água em ebulição, e em seguida se res-
fria a solução a 20 °C, recupera-se cerca de
30 g do sal sólido.
e) a partir de uma amostra contendo 95 g de
KNO3 e 5 g de NaCℓ, pode-se obter KNO3 puro
por cristalização fracionada.

4. (Fuvest) Quatro tubos contêm 20 mL (mi-


a) com liberação de calor e com absorção de
calor, respectivamente. lilitros) de água cada um. Coloca-se nesses
b) com absorção de calor e com liberação de tubos dicromato de potássio (K2Cr2O7) nas
calor, respectivamente. seguintes quantidades:
c) em ambos os casos, com liberação de calor.
d) em ambos os casos, com absorção de calor. Massa de Tubo a Tubo b Tubo c Tubo d
e) em ambos os casos, sem efeito térmico. (K2Cr2O7) 1,0 3,0 5,0 7,0

2. (Fuvest) A curva de solubilidade do KNO3 A solubilidade do sal, a 20 °C, é igual a 12,5 g


em função da temperatura é dada a seguir. por 100 mL de água. Após agitação, em quais
Se a 20°C misturarmos 50 g de KNO3 com dos tubos coexistem, nessa temperatura, so-
100 g de água, quando for atingido o equilí- lução saturada e fase sólida?
brio teremos: a) Em nenhum.
b) Apenas em D.
c) Apenas em C e D.
d) Apenas em B, C e D.
e) Em todos.

5. (Fuvest) NaCℓ e KCℓ são sólidos brancos cujas


solubilidades em água, a diferentes tempe-
raturas, são dados pelo gráfico a seguir. Para
distinguir os sais, os três procedimentos fo-
a) um sistema homogêneo.
b) um sistema heterogêneo. ram sugeridos:
c) apenas uma solução insaturada. I. Colocar num recipiente 2,5 g de um dos sais
d) apenas uma solução saturada. e 10,0 mL de água e, em outro recipiente,
e) uma solução supersaturada. 2,5 g do outro sal e 10,0 mL de água. Agitar
e manter a temperatura de 10 °C.
3. (Unifesp) As solubilidades dos sais KNO3 e II. Colocar num recipiente 3,6 g de um dos sais
NaCℓ, expressas em gramas do sal por 100 e 10,0 mL de água e, em outro recipiente
gramas de água, em função da temperatura, 3,6 g do outro sal e 10,0 mL de água. Agitar
estão representadas no gráfico a seguir. e manter a temperatura de 28 °C.
III. Colocar num recipiente 3,8 g de um dos sais
e 10,0 mL de água e, em outro recipiente,
3,8 g do outro sal e 10,0 mL de água. Agitar
e manter a temperatura de 45 °C.

318
Pode-se distinguir esses dois sais somente 8. (Fuvest) O gráfico adiante mostra a solubili-
por meio: dade (S) de K2Cr2O7 sólido em água, em fun-
a) do procedimento I. ção da temperatura (t). Uma mistura cons-
b) do procedimento II. tituída de 30 g de K2Cr2O7 e 50 g de água, a
c) do procedimento III. uma temperatura inicial de 90 °C, foi dei-
d) dos procedimentos I e II. xada esfriar lentamente e com agitação. A
e) dos procedimentos I e III. que temperatura aproximada deve começar a
cristalizar o K2Cr2O7?
6. (Fuvest) O processo de recristalização, usa-
do na purificação de sólidos, consiste no se-
guinte:
1º Dissolve-se o sólido em água quente, até
a saturação.
2º Resfria-se a solução até que o sólido se
cristalize.
Os gráficos a seguir mostram a variação, com
a temperatura, da solubilidade de alguns
compostos em água.
a) 25 °C
b) 45 °C
c) 60 °C
d) 70 °C
e) 80 °C

9. (Unifesp) Uma solução contendo 14 g de clo-


reto de sódio dissolvidos em 200 mL de água
foi deixada em um frasco aberto, a 30 °C.
O método de purificação descrito acima é Após algum tempo, começou a cristalizar o
mais eficiente e menos eficiente, respecti- soluto. Qual volume mínimo e aproximado,
vamente, para: em mL, de água deve ter evaporado quando
a) NaCℓ e KNO3. se iniciou a cristalização?
b) KBr e NaCℓ. Dados: solubilidade, a 30 °C, do cloreto de
c) KNO3 e KBr. sódio = 35 g/100 g de água; densidade da
d) NaCℓ e KBr. água a 30°C = 1,0 g/mL.
e) KNO3 e NaCℓ. a) 20
b) 40
7. (Unesp) No gráfico, encontra-se representada c) 80
a curva de solubilidade do nitrato de potássio d) 100
(em gramas de soluto por 1000 g de água). e) 160

1
0. (Fuvest) A efervescência observada, ao se
abrir uma garrafa de champanhe, deve-se à
rápida liberação, na forma de bolhas, do gás
carbônico dissolvido no líquido. Nesse líqui-
do, a concentração de gás carbônico é pro-
porcional à pressão parcial desse gás, apri-
sionado entre o líquido e a rolha. Para um
champanhe de determinada marca, a cons-
tante de proporcionalidade (k) varia com a
temperatura, conforme mostrado no gráfico.
Para a obtenção de solução saturada conten-
do 200 g de nitrato de potássio em 500 g de
água, a solução deve estar a uma temperatu-
ra, aproximadamente, igual a:
a) 12 °C.
b) 17 °C.
c) 22 °C.
d) 27 °C.
e) 32 °C.

319
Uma garrafa desse champanhe, resfriada a 12 °C, foi aberta à pressão ambiente e
0,10 L de seu conteúdo foram despejados em um copo. Nessa temperatura, 20% do gás dissolvido
escapou sob a forma de bolhas. O número de bolhas liberadas, no copo, será da ordem de:
Dados:
Gás carbônico:
Pressão parcial na garrafa de champanhe fechada, a 12°C: 6 atm
Massa molar: 44 g/mol
Volume molar a 12°C e pressão ambiente: 24 L/mol
Volume da bolha a 12°C e pressão ambiente: 6,0 x 10-8 L
a) 102.
b) 104.
c) 105.
d) 106.
e) 108.

E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)


1. (Fuvest) O rótulo de um frasco contendo determinada substância X traz as seguintes informações:

Propriedade Descrição ou valor


Cor Incolor
Inflamabilidade Não inflamável

Odor Adocicado

Ponto de Fusão – 23 ºC
Ponto de ebulição a 1 atm 77ºC
Densidade a 25 ºC 1,59/cm3
Solubilidade em água a 25 ºC 0,1 g/100 g de H2O

a) Considerando as informações apresentadas no rótulo, qual é o estado físico da substância contida no


frasco, a 1 atm e 25 ºC? Justifique.
b) Em um recipiente, foram adicionados, a 25 ºC, 56,0 g da substância X e 200,0 g de água. Determine a
massa da substância X que não se dissolveu em água. Mostre os cálculos.
c) Complete o esquema da página de resposta, representando a aparência visual da mistura formada pela
substância X e água quando, decorrido certo tempo, não for mais observada mudança visual. Justifique.

Dado: densidade da água a 25 °C = 1,00 g/cm3

320
2. (Unicamp) A questão do aquecimento global
está intimamente ligada à atividade humana
e também ao funcionamento da natureza. A
emissão de metano na produção de carnes
e a emissão de dióxido de carbono em pro-
cessos de combustão de carvão e derivados
do petróleo são as mais importantes fontes
de gases de origem antrópica. O aquecimen-
to global tem vários efeitos, sendo um deles
o aquecimento da água dos oceanos, o que,
consequentemente, altera a solubilidade do
CO2 nela dissolvido. Este processo torna-se
A água do aquário mencionado contém 500
cíclico e, por isso mesmo, preocupante.
A figura abaixo, preenchida de forma ade- mg de oxigênio dissolvido a 25 °C. Nessa
quada, dá informações quantitativas da de- condição, a água do aquário está saturada
pendência da solubilidade do CO2 na água do em oxigênio? Justifique.
Dado: densidade da água do aquário =
mar, em relação à pressão e à temperatura.
1,0 g/cm3.

4. (Fuvest) Uma mistura constituída de 45 g de


cloreto de sódio e 100 mL de água, conti-
da em um balão e inicialmente a 20 °C, foi
submetida à destilação simples, sob pressão
de 700 mmHg, até que fossem recolhidos
50 mL de destilado.
O esquema a seguir representa o conteúdo do
balão de destilação, antes do aquecimento:

a) De acordo com o conhecimento químico,


escolha adequadamente e escreva em cada
quadrado da figura o valor correto, de modo
que a figura fique completa e correta: solu-
bilidade em gramas de CO2 /100 g água: 2,
3, 4, 5, 6, 7; temperatura /°C: 20, 40, 60,
80, 100 e 120; pressão/atm: 50, 100, 150,
200, 300, 400. Justifique sua resposta.
b) Determine a solubilidade molar do CO2 na
água (em gramas/100 g de água) a 40 °C
e 100 atm. Mostre na figura como ela foi a) De forma análoga à mostrada acima, repre-
determinada. sente a fase de vapor, durante a ebulição.
b) Qual a massa de cloreto de sódio que está
dissolvida, a 20 °C, após terem sido recolhi-
3. (Fuvest – Adaptada) A vida dos peixes em
dos 50 mL de destilado? Justifique.
um aquário depende, entre outros fatores, da
c) A temperatura de ebulição durante a destila-
quantidade de oxigênio (O2) dissolvido, do ção era igual, maior ou menor que 97,4 °C?
pH e da temperatura da água. A concentração Justifique.
de oxigênio dissolvido deve ser mantida ao Dado: Ponto de ebulição da água pura a
redor de 7 ppm (1 ppm de O2 = 1 mg de O2 700 mmHg: 97,4°C
em 1000 g de água) e o pH deve permanecer
entre 6,5 e 8,5.
Um aquário de paredes retangulares possui 5. (Unicamp) A cada quatro anos, durante os Jo-
as seguintes dimensões: 40 × 50 × 60 cm gos Olímpicos, bilhões de pessoas assistem à
(largura × comprimento × altura) e possui tentativa do Homem e da Ciência de superar
água até a altura de 50 cm. O gráfico abaixo limites. Podemos pensar no entretenimento,
apresenta a solubilidade do O2 em água, em na geração de empregos, nos avanços da Ci-
diferentes temperaturas (a 1 atm). ência do Desporto e da tecnologia em geral.

321
Como esses jogos podem ser analisados do Ao final de uma eletrólise de salmoura,
ponto de vista da Química? As questões a se- retiraram-se da cuba eletrolítica, a 90 °C,
guir são exemplos de como o conhecimento 310 g de solução aquosa saturada tanto de
químico é ou pode ser usado nesse contexto. cloreto de sódio quanto de clorato de sódio.
Na construção do Centro Olímpico de Tianjin, Essa amostra foi resfriada a 25 °C, ocorren-
onde ocorreram os jogos de futebol, o teto foi do a separação de material sólido.
construído em policarbonato, um polímero
a) Quais as massas de cloreto de sódio e de clo-
termoplástico menos denso que o vidro, fácil
rato de sódio presentes nos 310 g da amos-
de manusear, muito resistente e transparente
à luz solar. Cerca de 13.000 m2 de chapas des- tra retirada a 90 °C? Explique.
b) No sólido formado pelo resfriamento da
se material foram utilizados na construção.
a) A figura a seguir ilustra a separação de uma amostra a 25 °C, qual o grau de pureza (%
mistura de dois polímeros: policarbonato em massa) do composto presente em maior
(densidade 1,20 g/cm3) e náilon (densidade quantidade?
1,14 g/cm3). Com base na figura e no gráfico c) A dissolução, em água, do clorato de sódio
identifique os polímeros A e B. Justifique. libera ou absorve calor? Explique.
b) Qual deve ser a concentração mínima da
solução, em gramas de cloreto de sódio por 7. (Unicamp) Nas salinas, o cloreto de sódio
100 gramas de água, para que se observe o é obtido pela evaporação da água do mar a
que está representado na figura da esquerda? 30 °C, aproximadamente.
a) Um volume de água do mar é evaporado
até o aparecimento de NaCℓ sólido. Qual é a
concentração de NaCℓ na solução resultante?
Justifique a resposta.
b) Qual o volume de água do mar que deve ser
evaporado completamente para a produção
de 1,00 kg de NaCℓ sólido?
Atenção: nem todos os dados fornecidos a
seguir serão utilizados para resolver os itens
anteriores.
Dados:
§§ Massa molar da água = 18,0 g/mol
§§ Massa molar do NaCℓ = 58,4 g/mol
§§ Solubilidade do NaCℓ em água, a 30 °C,
= 6,16 mol/L, que corresponde a 360 g/L
§§ Concentração do NaCℓ na água do
mar = 0,43 mol/L, que corresponde a 25 g/L
§§ Densidade da água do mar a 30°C,
6. (Fuvest) Industrialmente, o clorato de só- = 1,03 g/cm3
dio é produzido pela eletrólise da salmou- §§ Densidade da água pura a 30°C
ra* aquecida, em uma cuba eletrolítica, de = 0,9956 g/cm3
tal maneira que o cloro formado no ânodo
se misture e reaja com o hidróxido de só- 8. (Unesp) O gráfico a seguir mostra as curvas
dio formado no cátodo. A solução resultante de solubilidade em água, em função da tem-
contém cloreto de sódio e clorato de sódio. peratura, dos sais KNO3 e MnSO4.
2NaCℓ(aq) + 2H2O(ℓ) → Cℓ2(g) + 2NaOH(aq) + H2(g)
3Cℓ2(g) + 6 NaOH(aq) → 5NaCℓ(aq) + NaCℓO3(aq) + 3H2O(ℓ)

Com base neste gráfico, discuta se as afirma-


ções a e b são verdadeiras ou falsas.
a) O processo de dissolução dos dois sais é en-
dotérmico.
b) 100 mL de solução saturada a 56 °C contêm
* salmoura = solução aquosa saturada de cloreto de sódio aproximadamente 10 g de KNO3.

322
9. (Fuvest) A recristalização consiste em dissolver uma substância a uma dada temperatura, no me-
nor volume de solvente possível e a seguir resfriar a solução, obtendo-se cristais da substância.
Duas amostras de ácido benzoico, de 25,0 g cada, foram recristalizadas em água segundo esse pro-
cedimento, nas condições apresentadas na figura 1:
a) Calcule a quantidade de água necessária para a dissolução de cada amostra.
b) Qual das amostras permitiu obter maior quantidade de cristais da substância? Explique.
Dados: curva de solubilidade do ácido benzoico em água (massa em gramas de ácido benzoico que
se dissolve em 100 g de água, em cada temperatura), ver figura 2.

323
Gabarito 6.
a) A dissolução do gás carbônico em água é
um processo exotérmico, pois com a ele-
vação da temperatura a solubilidade do
E.O. Aprendizagem CO2 diminui.
b) 0,05 mol
1. B 2. A 3. B 4. C 5. B 7.
6. A 7. B 8. C 9. E 10. D a) A partir dos dados fornecidos no enun-
ciado, vem:

E.O. Fixação
1. B 2. A 3. C 4. B 5. E
6. D 7. A 8. D 9. D 10. C

E.O. Complementar
1. C 2. E 3. C 4. C 5. D

E.O. Dissertativo
1.
a) A solução D, pois nesta solução a quan-
b) A partir do gráfico verifica-se que é possí-
tidade de soluto dissolvida é igual a sua
vel dissolver, a 35 °C, aproximadamente,
solubilidade.
10,5 g de NaHCO3.
b) Nos pontos A e C, pois nestas soluções a
quantidade de soluto está acima da solu-
bilidade.
c) As soluções insaturadas possuem uma
quantidade de soluto inferior a solubili-
dade na temperatura analisada. O ponto
B corresponde a esta situação.
d) Verifica-se pelo gráfico que o soluto tem
dissolução endotérmica (com absorção de
energia), pois sua solubilidade aumenta
com a elevação da temperatura. Redu-
zindo a temperatura podemos cristalizar
parte do soluto da solução D.
2.
34 g
3.
mLiCℓ = 9,6 g
4.
Precipitam 680 g de KNO3.
5.
Então:
a) 40 °C:
10,5 g de sal — 100 g H2O
Solubilidade: 40 g (KCℓ) — 100 g água
m — 10 g H2O
Temos: 40 g (KCℓ) — 100 g água
m = 1,05 g
20 °C: 1,5 g – 1,05 g = 0,45 g (corpo de chão)
Solubilidade: 34 g (KCℓ) — 100 g água 8.
Temos: 40 g (KCℓ) — 100 g água a) O sal cuja solubilidade em água é menos
40 g – 34 g = 6 g (massa de precipitado afetada frente ao aumento da temperatu-
formado). ra foi o sal [D].
Houve a formação de precipitado, pois, a b) Assim restará 3 g de sal que não se solu-
20 °C a solubilidade do KCℓ é menor do bilizará, formando corpo de fundo.
que a 40 °C.
b) É um processo endotérmico, pois de acor-
do com a tabela, com a elevação da tem-
peratura a solubilidade do cloreto de po-
E.O. UERJ
tássio aumenta. Exame de Qualificação
1. A 2. B
324
E.O. Objetivas b) Para acharmos o valor da solubilidade de-
vemos fazer a seguinte marcação:
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. A 2. B 3. E 4. D 5. C
6. E 7. D 8. D 9. E 10. D

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) De acordo com a tabela, o ponto de fusão
da substância contida no frasco é –23 ºC
e o ponto de fusão é 77ºC. Como –23 ºC Cálculo da concentração do CO2 em mol/L:
(S→L) < 25 ºC < 77 ºC (L → G), concluí- 5,5 g de CO2 — 100 g de H2O
mos que o estado de agregação da subs- x g de CO2 — 1000 g de H2O
tância é líquido. x = 55 g/1000 g de água do mar
55g
b) A solubilidade da substância em água a ​  __________
      ​
44 g ⋅ mol–1
25 ºC é 0,1 g/100 g de H2O. Então: Concentração em mol/L =​  __________
    ​ =
0,1 g — 100 g (H2O) 1 L
m g — 200,0 g (H20) = 1,25 mol/L
m = 0,2 g (massa que se dissolveu de X) 3.
O aquário de paredes retangulares possui as
Foram adicionados 56,0 g da substância X, seguintes dimensões: 40 × 50 × 60 cm (lar-
logo 55,8 g (56,0 g – 0,2 g) não dissolveu. gura × comprimento × altura) e possui água
c) Como a 25 ºC a densidade da substância X até a altura de 50 cm, então:
é 1,59 g/cm3 e este valor é maior do que a V(água no aquário) = 40 × 50 × 50 =
densidade da água, que é de 1,00 g/cm3,
= 100.000 cm3
conclui-se que X fica na parte inferior do
Como a densidade da água é de 1,0 g/cm3,
recipiente.
podemos calcular sua massa a partir do vo-
lume obtido:
1,0 g (água) — 1 cm3
mágua — 100.000 cm3
mágua = 100.000 g

A água do aquário mencionado contém


500 mg de oxigênio dissolvido a 25 °C, então:
100.000 g (água) — 500 mg O2
2. 1000 g (água) — mO
2
a) A solubilidade dos gases em água aumen- mO = 5 mg
ta com a diminuição da temperatura e 2
Análise do gráfico:
com a elevação da pressão.

A 25 °C, a solubilidade de O2(g) em 1000 g


de água é de 7,5 mg.
Conclusão: Nessa condição, a água do aquá-
rio não está saturada em oxigênio.

325
4. Massa total cristalizada = 68 g + 2 g = 70 g.
70 g ------ 100 %
a) 68 g ------ p
p = 97,1 % de pureza de NaCℓO3.
c) NaCℓO3(s) → Na+(aq) + CℓO3(aq)
Absorve, póis à medida em que há o au-
mento da temperatura há o aumento de
solubilidade.
b) De acordo com a curva de solubilidade 7.
fornecida, verifica-se que sob pressão de a) A ocorrência de NaCℓ sólido indica que
700 mmHg, a 20 ºC, é possível dissolver a solução sobrenadante deverá estar sa-
36 g de cloreto de sódio em 100 mL de turada, isto é, obedecendo à solubilidade
H2O. Após terem sido recolhidos 50 mL de (máxima) do sal, que é igual a 360 g/L.
H2O (destilado), sobraram no balão 45 g b) 1 litro (mar) — 25 g NaCℓ
x — 1000 g NaCℓ
de cloreto de sódio e 50 mL de H2O.
x = 40 L
a 20 °C: 36 g de NaCℓ — 100 mL de H2O
8.
x — 50 mL de H2O
a) Falsa.
⇒ x = 18 g de NaCℓ dissolvidos
O aumento da temperatura favorece a so-
c) Quando um solvente contém partículas dis- lubilidade do KNO3. O processo é, portan-
persas, o seu ponto de ebulição aumenta to, endotérmico, ou seja absorve calor.
(ebuliometria). Como o ponto de ebulição A solubilidade do MnSO4 cai com o au-
da água pura a 700 mmHg é 97,4 °C, o pon- mento da temperatura. Isso indica que o
to de ebulição da água na solução é maior. processo de dissolução é exotérmico, isto
5. é, libera calor.
a) O A é o náilon e o B é o policarbonato. b) Verdadeira.
O polímero mais denso submerge na so- Pelo gráfico observa-se que, a 56 °C, exis-
lução de NaCℓ, e este é o policarbonato. tem aproximadamente 10 g de KNO3 em
Isso ocorre porque a solução salina deve 100 mL de solução saturada.
ter uma densidade intermediária entre 9.
1,14 e 1,20 g/cm3. a) Amostra 1 → 500 g de H2O
b) A solução deve ter uma densidade míni- Amostra 2 → 1087 g de H2O
ma de 1,14 g/cm3. De acordo com o grá- (cálculo aproximado)
fico, essa solução tem uma concentração b) Amostra 1: a 20 °C o ácido benzoico é me-
igual a 3,7 mol/L. nos solúvel.
Em 1 litro dessa solução existe uma mas-
sa de 1.140 g (1000 × 1,14).
Nessa solução há 3,7 mols de NaCℓ, o que
corresponde a uma massa de 216 g de Na
Cℓ (3,7 × 58,5). Então há 924 g de água
(1.140 – 216).
A quantidade de NaCℓ em 100 g de água
é de 23,4 g (216 × 100 /924).

Observação: em razão da imprecisão do


gráfico, o valor de concentração está
numa faixa entre 23,4 e 24,2 gramas de
NaCℓ em 100 g de água.
6.
a) Pelo gráfico em 100 g de água a 90 °C,
temos:
NaCℓO3: 170 g
NaCℓ: 40 g
m(total) = 100 g + 170 g + 40 g = 310 g.
b) Pelo gráfico em 100 g de água a 25 °C,
temos:
NaCℓO3: 102 g
NaCℓ: 38 g
Logo, cristalizam:
170 g – 102 g = 68 g de NaCℓO3
40 g – 38 g = 2 g de NaCℓ

326

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