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MÓDULO SEIS
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PROTEÇÃO DE REATORES
6.1. INTRODUÇÃO
Os reatores fixos, em geral, são usados para controle de tensão em regime permanente. São
frequentemente encontrados em linhas de alta e extra-alta tensão para compensar a
reatância capacitiva da linha.
A potência desses reatores varia desde cerca de 25 Mvar, até 330 Mvar nas linhas de
765 kV. Eles podem ser monofásicos (3 x 1) ou trifásicos, imersos em óleo ou secos.
O reator é um equipamento que apresenta um alto índice de disponibilidade. Ele está sujeito
a poucas falhas, citando-se, por exemplo, curto entre espiras, curto fase-terra (curto entre o
enrolamento e a carcaça) e circuito aberto. Este último tipo de falta não compromete o
equipamento e, portanto, não tem proteção específica. As faltas mais críticas são os curtos-
circuitos internos, que requerem uma proteção eficiente.
e a temperatura ambiente.
O emprego de relé de pressão de óleo (Relé J), detector de gás ou relé Buchholz para
proteção contra faltas internas segue os mesmos princípios vistos no caso de
transformadores.
O valor médio usual dos ajustes é de cerca de 1,2 vezes a tensão nominal.
Devido aos desequilíbrios na malha diferencial, causados por erros e diferenças entre os
TCs, a forma mais usada de relé diferencial é a do tipo diferencial percentual, que a figura
13 nos mostra.
A corrente diferencial requerida para operar este relé é uma quantidade variável, devido ao
efeito da bobina de restrição. A corrente diferencial, na bobina de operação, é proporcional
I I2
a I 1 I 2 e a corrente equivalente, na bobina de restrição, é proporcional a 1 .
2
Podemos ver que, exceto para o pequeno efeito de mola de controle em correntes baixas, a
relação entre a corrente diferencial de operação e a corrente média de restrição representa
uma percentagem fixa, o que explica o nome deste relé.
O relé mostrado pode ser aplicado como proteção diferencial de corrente para reatores ou
outros dispositivos de dois terminais. O elemento diferencial deve incluir um pickup de
corrente de operação ajustável e uma característica de restrição percentual igualmente
ajustável.
O relé deve incluir também um elemento diferencial sem restrição para isolar rapidamente
faltas internas com altas correntes, como se mostra na figura 17.
A característica de restrição percentual pode ser ajustada com rampa única ou com rampa
dupla (slope variável), embora, no caso de reatores, não haja preocupação com faltas
externas com correntes elevadas. A operação do elemento diferencial é determinada pelas
grandezas de operação (IOP) e restrição (IRT), as quais são calculadas a partir das
correntes de entrada. O disparo ocorre se IOP for maior que o ajuste de pickup mínimo e,
simultaneamente, maior que o valor dado pela curva, para uma IRT particular.
CAMINHA, Amadeu C., Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos, São Paulo, Editora
Edgard Blücher Ltda, 1977.
PHADKE, Arun G., e THORP, James S., Computer Relaying for Power Systems, John Wiley
& Sons Inc., EUA, 1993.