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Jornalismo – 7º período / Noite // Disciplina: Projeto Experimental A – Turma A1

Professora: Érika Savernini // Dad 04 – Resenha 03

Aluna: Letícia Flávia da Silva

BARBOSA, Elisabete. Jornalistas e público: novas funções no ambiente online.


BIBLIOTECA ONLINE DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 2002. Disponível em:
<http://www.labcom.ubi.pt/agoranet/02/barbosa-elisabete-jornalistas-publico.pdf>. Acesso
em 03 set 2010.

BRAMBILLA, Ana Maria. A identidade profissional no jornalismo open source. Em


Questão, Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 103-119, jan./jun. 2005. Disponível em <
http://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/114/72>. Acesso em 04 set. 2010.

Jornalismo e informação são dois conceitos que muitas vezes se confundem. Barbosa (2002)
utiliza o sentido literal das palavras para diferenciar um termo do outro. Jornalismo se refere
à profissão do jornalista, enquanto informação é a notícia dada ou recebida, a indagação.

O jornalismo sofreu diversas mudanças com a incorporação de tecnologias à prática. O fazer


jornalismo antes advento da internet, onde a difusão da informação ocorria no esquema
tradicional da comunicação, ou seja, de um para todos, era diferente do fazer jornalismo atual,
quando, devido à popularização da internet, jornalistas e leitores têm acesso às mesmas
informações. O papel do jornalista na sociedade atual passa a ser questionado, visto que
leitores e jornalistas têm acesso às mesmas informações e todos têm presença na internet,
podendo divulgar o conteúdo produzido. Essa questão gera a principal polêmica relacionada
ao jornalismo colaborativo – se todos podem exercer funções de jornalistas, qual é a função
de um profissional com formação técnica para tal?

Barbosa (2002) e Brambilla (2005) ressaltam que o jornalismo não irá acabar, mas os
profissionais devem ter ciência de que suas funções serão modificadas perante as novas
tecnologias. .

JohnPavlik (2001, citado por BARBOSA 2002) afirma que a tecnologia alterou a forma de
trabalho do jornalista, bem como a natureza do conteúdo das notícias, mudou a estrutura e a
organização da redação e da indústria noticiosa e alterou a forma com a qual as organizações
noticiosas se relacionam com o público.
Nessa nova realidade, o termo open source1, habitualmente utilizado por desenvolvedores de
Linux, também pode ser aplicado ao jornalismo. Segundo Brambilla (2005), a aplicação do
modelo open source no jornalismo permite que todos os interessados participem do processo
de construção das notícias, tornando-a mais completa. Outra vantagem desse modelo é a
precisão das informações que serão mais corretas por contar com especialistas e pessoas
conhecedoras do assunto pautado.

Segundo Barbosa (2002) a internet alterou o modo de comunicação entre o jornalista e o


leitor. A autora afirma que a participação do leitor no processo de construção da notícia é
extremamente importante, apesar de ser criticada por muitos jornalistas e editores. Para
Brambilla (2005), a relação entre leitor e jornalista é um ponto frágil do jornalismo
tradicional, mas essa relação é refeita no jornalismo digital. Alguns autores, porém vêem essa
proximidade como maléfica para o produto final – as notícias. Adghirni (2001 citado por
BRAMBILLA) fala em desconfiguração do mercado e deslegitimação da profissão quando há
proximidade excessiva entre jornalista e leitor.

Barbosa (2002) reitera que, muitas vezes, os leitores sabem mais sobre um assunto que o
jornalista. JohnPavlik (2001, citado por BARBOSA 2002) afirma que atualmente não só os
jornalistas influenciam o leitor, mas o leitor também influencia o jornalista.

Para Traquina (2005 citado por BRAMBILLA) o trabalho do jornalista é como o de um


porteiro, que seleciona o que vai ou não entrar no noticiário, utilizando critérios subjetivos e
arbitrários para tal. Esse papel ainda existe, porém, foi reformulado como toda a função do
jornalista após a internet.

Atualmente essa seleção é feita com mais preocupação nos interesses do público. Há mais
diálogo. É possível ver o que as pessoas estão comentando em seus blogs, o que está gerando
discussão e assim escolher um tema em detrimento do outro. Marcondes Filho (2001 citado
por BRAMBILLA 2005) reforça essa visão ao dizer que, no contexto atual, todas as pessoas
são jornalistas e que qualquer pessoa que tenha uma câmera acoplada ao PC tem a chance de
criar notícias.

Os blogs são grandes facilitadores dessa propagação de jornalistas. A facilidade no acesso e


na utilização de um weblog fez com o que esse tipo de ferramenta se tornasse um fenômeno.

1
Open Source = código aberto.
Os blogs ainda carregam consigo a vantagem de que os autores não sofrem as censuras
institucionais que os jornalistas sofrem nas redações e que eles podem emitir tranquilamente
suas opiniões.

Os blogueiros exercem função de jornalista quando tratam de um determinado assunto e


difundem informação. Barbosa (2002) não considera que o ato de blogar seja considerado
jornalismo, mas pondera que esse é um fenômeno que não se pode ignorar.

Um dos pontos mais positivos dos blogs é o feedback que o blogueiro recebe de seus leitores,
via comentários. E que os jornalistas nem sempre conseguem ter.

Para Brambilla (2005), o jornalista da web tem a função renovada de juntar idéias diversas e
organiza-las de maneira agradável à fruição. Segundo a autora o jornalista deixa de ser o
difusor de pontos de vista soberanos e passa a assumir um papel de consolidador de idéias e
pontos de vista.

Mesmo após tantas mudanças na rotina de trabalho do jornalista é necessário, portanto, não
abandonar valores tradicionais que, segundo Gilmor (2004 citado por BRAMBILLA 2005),
são imprescindíveis, como imparcialidade, retidão e capacidade de ir ao fundo das questões.
O autor reitera ainda que, somente os jornalistas que souberem participar do dialogo e forem
bons ouvintes irão continuar no mercado.

Para Brambilla (2005), a capacidade de síntese, a agregação de informações referenciadas, a


apuração profunda e a confiabilidade do noticiário são características do profissional da
imprensa, que o difere do cidadão comum.

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