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a) um adjetivo:
Eram alunas muito bonitas.
b) outro advérbio:
Eles chegaram bastante cedo.
c) uma oração:
Francamente não concordo com isso.
Não esperava de sua parte uma atitude como essa, francamente.
Note que, quando os advérbios incidem sobre toda uma oração, revelam atitude subjetiva do enunciador em
relação àquilo que se enuncia. Tais advérbios são denominados advérbios de enunciação e ocorrem no
início ou no final das orações, sempre separados por vírgula.
Freqüentemente o advérbio não é representado por uma única palavra, mas por um conjunto de palavras,
que se denomina locução adverbial.
As locuções adverbiais são, geralmente, formadas por preposição + substantivo, preposição + adjetivo ou
preposição + advérbio.
Observe:
a) de afirmaçao: sim, certamente, efetivamente, realmente, deveras, com certeza, de fato etc.;
e) de intensidade: muito, pouco, bastante, meio , todo, mais, menos, demais, assaz, tão, mui, de todo,
completamente , demasiadamente , excessivamente etc.;
d) de lugar: aqui, ali, aí, cá, lá, atrás, longe, perto, abaixo, acima, dentro, fora, detrás, além, aquém,
adiante, defronte , acolá, diante, junto, e cima, ao lado, à direita, à esquerda, algures (— em algum
lugar), alhures (= em outro lugar), nenhures (= em nenhum lugar) etc.;
e) de tempo: agora, já, ainda, hoje, amanhã, ontem, anteontem, cedo, tarde, sempre, nunca, jamais,
depois, outrora, entrementes , amiúde, doravante , imediatamente, eventualmente, anteriormente,
diariamente, atualmecte, brevemente, raramente, simultaneamente, concomitantemente, de repente, de
manhã, de vez em quando etc.;
f) de modo: assim, bem, mal, depressa, devagar, adrede, debalde, à vontade, ás escondidas, de cor, à toa, e
grande parte dos advérbios terminados em -mente (calmamente, afobadamente, alegremente etc.);
Advérbios interrogativos
As palavras onde, como, quanto e quando, usadas em frases interrogativas (diretas ou indiretas), são
chamadas advérbios interrogativos:
Embora o advérbio seja classificado como palavra invariável, certos advérbios admitem variação de grau.
Convém observar, no entanto, que os advérbios não variam em gênero e número.
Á semelhança dos adjetivos, são dois os graus do advérbio: comparativo e superlativo.
Grau Comparativo
Observação:
Os advérbios bem e mal admitem também o grau comparativo de superioridade irregular: melhor e pior.
Grau Superlativo
No superlativo analítico, a alteração de grau é feita com o auxílio de outro advérbio, no caso, de
intensidade:
Cheguei muito cedo.
2- Antes de particípios não se devem usar as formas regulares do comparativo de superioridade melhor e
pior, e sim as formas analíticas mais bem e mais mal:
Aquelas alunas estavam mais bem preparadas que as outras.
Esta roupa parece mais mal acabada que aquela.
3- A palavra só é advérbio quando equivale a somente, apenas . Quando equivaler a sozinho(a), deve ser
classificada como adjetivo:
“Você só dança com ele e diz que é sem compromisso” (Geraldo Pereira e Nelson Trigueiro)
(Você somente dança com ele... = advérbio)
Não me deixem só. (Não me deixem sozinho(a) = adjetivo)
4- Certos advérbios e locuções adverbiais têm a função de limitar o que se enuncia num determinado campo
do conhecimento ou ponto de vista. São denominados advérbios de enquadramento nocional:
Sintaticamente, os advérbios desempenham a função de adjunto adverbial.
Classifique morfologicamente as palavras destacadas no texto.
Do ponto de vista estritamente jurídico, esse contrato é nulo de pleno direito.
Palavras denotativas
Certas palavras que se assemelham a advérbios não possuem, segundo a NGB (Nomenclatura Gramatical
Brasileira), classificação especial. São simplesmente chamadas palavras denotativas e podem indicar, entre
outras coisas:
Morfossintaxe do advérbio
No exemplo acima, o advérbio hoje exerce a função sintática de adjunto adverbial de tempo; o advérbio
mais, a de adjunto adverbial de intensidade.
Na frase a seguir, a locução adverbial à vontade desempenha a função sintática de adjunto adverbial de
modo:
Entre e fique à vontade.
Preposição
DE, PARA, COM, essas pequenas palavras têm grande importância para nossa
língua. Elas são usadas como elementos de ligação entre duas outras palavras e as
chamamos de preposição.
Exemplo:
CLASSIFICAÇÃO DA PREPOSIÇÃO
ESSENCIAIS
Exemplo:
ACIDENTAIS
Exemplo:
O a é:
Exemplo:
Fui a Roma.
Fomos a Roma.
Exemplo:
Exemplo:
A garota foi aprovada no concurso.
Locução prepositiva
Quando um conjunto de duas ou mais palavras faz a ligação entre dois
termos, chamamos de locução prepositiva.
Exemplo:
CONJUNÇÃO
. Conjunção é a palavra que liga orações ou dois termos semelhantes dentro de uma mesma
oração. As conjunções podem estabelecer vários tipos de relações entre as orações ou termos.
Observe os exemplos que seguem:
Coordenativa
Quando a conjunção liga duas orações ou dois termos que poderiam estar separados.
Por exemplo: O presidente da República está com dor de cabeça. O presidente já tomou
remédio.
Essas orações poderiam estar separadas. Se quisermos juntá-las, usamos uma
conjunção:
O presidente da República está com dor de cabeça, mas já tomou remédio.
Subordinativa
Quando liga uma oração a outra que depende dela. Se você diz "Estou triste", alguém vai
perguntar, "Por quê?". "Estou triste porque minha mãe brigou comigo." (Porque = conjunção).
Coordenativas
1. Classificação
a) ADITIVAS, que servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica
função: e, nem [= e não].
Ex.: Tinha saúde e robustez.
Pulei do banco e gritei de alegria.
Não é gulodice nem interesse mesquinho.
b) ADVERSATIVAS, que ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-
lhes, porém, uma idéia de contraste: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.
Ex.: Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta.
Cada uma delas doía-me intensamente; contudo não me afligiam.
c) ALTERNATIVAS, que ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao
cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja,
nem...nem, já...já, etc.
Ex.: Para arremedar gente ou bicho, era um gênio.
Ou eu me retiro ou tu te afastas.
d) CONCLUSIVAS, que servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão,
consequência: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, então.
Ex.: Não pactua com a ordem; é, pois, um rebelde.
Ouço música, logo ainda não me enterraram.
e) EXPLICATIVAS, que ligam duas orações, a segunda das quais justifica a idéia contida na
primeira: que, porque, pois, porquanto.
Ex.: Dorme, que eu penso.
Ex.: Era, pois, um homem de grande caráter e foi, pois, também um grande estilista. (J.
RIBEIRO)
1. Classificação
Exemplifiquemos:
a) CAUSAIS (iniciam uma oração subordinada denotadora de causa). porque, pois, porquanto,
como [= porque], pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que,
etc.
Dona Luísa fora para lá porque estava só.
Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
c) CONCESSIVAS (iniciam uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação
principal, mas incapaz de impedi-la): embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que,
bem que, se bem que, apesar de que, nem que, que, etc.
Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as pernas não ajudem...
d) CONDICIONAIS (iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma
condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal): se, caso, quando, contanto
que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
Seria mais poeta, se fosse menos político.
Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse.
g) FINAIS (iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade da oração principal): para
que, a fim de que, porque [= para que], que
Aqui vai o livro para que o leias.
Fiz-lhe sinal que se calasse...
j) INTEGRANTES (servem para introduzir uma oração que funciona como sujeito, objeto
direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração):
QUE e SE
Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando incerteza, se:
Afirmo que sou estudante.
Não sei se existe ou se dói.
2. Polissemia conjuncional
Como vimos, algumas conjunções subordinativas (que, se, como, porque, etc) podem
pertencer a mais de uma classe. Em verdade, o valor desses vocábulos gramaticais está
condicionado ao contexto em que se inserem, nem sempre isento de ambiguidade, pois que há
circunstâncias fronteiriças: a condição da concessão, o fim da consequência, etc.
Interjeição
Trata-se de um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma idéia organizada de maneira lógica, como
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma
situação particular, um momento ou um contexto específico.
Exemplos:
As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos
e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma espécie de
palavra-frase, ou seja, há uma idéia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução
interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Observe:
...[ai: interjeição]
O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala
é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. Exemplos:
1. Psiu!
2. Psiu!
...[puxa: interjeição]
...[puxa: interjeição]
As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau como os
nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso
específico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de
um processo natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
Curiosidades
Conjunções Adversativas
Na vida escolar acabamos memorizando pequenas listas como essa. E memorizamos
também que a palavra "e" é uma conjunção aditiva. "Aditiva" vem de "adição", são palavras
cognatas. Assim, sempre que vemos a palavra "e" numa frase, vamos logo dizendo que se trata
da tal conjunção aditiva, que transmite a idéia de soma.
Mas será que o "e" é sempre usado para somar? Veja este trecho da letra de "Te ver",
canção gravada pelo grupo mineiro Skank:
"Te ver e não te querer
é improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
é insuportável, é dor incrível..."
Agora compare as duas frases:
"Te ver e não te querer..."
"Ele estuda e trabalha".
Na sua opinião, a palavra "e" tem o mesmo sentido nas duas frases? Repare como na
primeira frase o "e" pode ser substituído pelo advérbio "mas":
"Te ver, mas não te querer"
Veja outros exemplos em que o "e" aparece na frase com o valor de "mas":
"Deus cura e o médico manda a conta"
"Deus cura mas o médico manda a conta"
O amor é grande e cabe no breve ato de beijar"
O amor é grande mas cabe no breve ato de beijar"
Portanto a conjunção "e" nem sempre é aditiva. Muitas vezes ela é adversativa, tem valor
de oposição, valor de "mas".
Conhece-te a ti mesmo
Sou um qualquer vulgar, bem, às vezes me esqueço
E finjo que não finjo, ao ignorar eu sei
Que ela me domina no primeiro olhar, uh
Eu quero te provar
Sem medo e sem amor
Quero te provar
Eu quero te provar
Cozida à vapor
Quero te provar