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INTERCAMBIO MST – CUBA/ SISTEMA EDUCATIVO

A atualidade da Revolução Cubana


Ariel Dacal Diaz– Centro Martin Luther King – Havana

Ser sincero é um ato revolucionário (Che Guevara).

Entre os dias 20 de Janeiro a 05 de fevereiro de 2017, uma delegação de oito


militantes integrantes do Movimento dos Trabalhadores/as Rurais Sem Terra – MST,
realizou um intercambio em Cuba. A intencionalidade desse intercâmbio teve por
objetivo conhecer o sistema nacional de educação cubana e a situação conjuntural da
revolução conquistada em 1959.
O nome da brigada foi consenso do coletivo (Yo, Soy Fidel), uma homenagem
prestada a um dos principais líderes da revolução cubana. Um dos instrumentos de
socialização dessa experiência se materializa em um relatório sobre as atividades de
campo nos 15 dias de estadia em Cuba.
A sistematização realizada coletivamente pela brigada, esta organizada da
seguinte maneira: a. Eixo I – o contexto histórico e atual do sistema político da
revolução cubana; b. Eixo II – o sistema educacional de Cuba sob as seguintes frentes
– educação pré-escolar infantil, educação geral primaria e especial, educação
secundária pré-universitária, educação politécnica e educação universitária, educação
de pós-graduação; c. Eixo III – o trabalho na agricultura e a educação sob os aspectos
da produção e cooperação, juventude e a produção de alimentos; d. Eixo IV – os
processos culturais da revolução cubana e a juventude.
Cuba é uma Ilha localizada na América Central, no mar do Caribe, com um
território de 110,8 mil quilômetros quadrados, em que reside 11,28 milhões de pessoas,
com uma densidade demográfica de 102 habitantes por quilômetro quadrado, conforme
senso de 20101.
Segundo as Nações Unidas, Cuba apesar do embargo econômico imposto pelos
Estados Unidos apresenta um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH)
do mundo, com 0,863. A educação e a saúde são totalmente públicas e gratuitas aos
cubanos e o preço do transporte público é simbólico [40 centavos de peso cubano]. Em

1
Retirado de: http://latinoamericana.wiki.br/verbetes/c/cuba
Cuba os índices de mortalidade infantil e materna, são um dos mais baixos do mundo. O
analfabetismo se situa em 0,3% da população e 93 por cento dos alunos do ensino
fundamental chegam ao Ensino Superior. Cuba foi o único país das Américas a atender
as seis metas internacionais de qualidade em educação propostas pela UNESCO2.
A república socialista cubana tem como base de sua economia os produtos
vindos da agricultura, sua principal fonte a produção de cana de açúcar, (a matéria
prima é usada na fabricação de açúcar e bebidas alcoólicas), o mais conhecido é o rum
uma das bebidas prediletas dos turistas, a segunda principal fonte produtiva é o tabaco,
seguida da banana, arroz e frutas tropicais (laranja e abacaxi); na pecuária seu
desenvolvimento é a criação de gado bovino, equinos, aves e suínos; na mineração
Cuba apresenta uma das maiores reservas mundial de níquel. Também possui reservas
de cobre, cromita e cobalto.
Há importantes processos de transformação em curso na atualidade da revolução
cubana, que exigem analise e debate inclusive sobre o conceito de revolução e de
socialismo. Entendemos que não foi tão só a personalidade de Fidel que construiu a
revolução, mas a personalidade de Fidel e as condições objetivas de suas circunstâncias
concretas da realidade de Cuba que a produziram.
Uma revolução total, que derrubou muitos mitos, foi contra um exército
poderoso, contra uma máfia e uma milícia contra revolucionárias, principalmente,
contra as desigualdades sociais – que no imaginário popular essas questões eram
impossíveis de vencer, outro desafio permanente da revolução é a luta contra política
elitizada e a inserção da participação popular. A revolução dignificou a muita gente, que
de nada passaram a ser o tudo da pátria. Segundo Diaz:

O triunfo de 1959 implicou na radicalidade política como prática


transformadora. Esta impactou as estruturas do capital ao
desmercantilizar os direitos humanos: educação e artes, saúde, emprego,
moradia; a independência nacional e a justiça social; distribuição
igualitária das riquezas; solução do problema agrário [Reforma
Agrária]; inclusão do sujeito popular diverso a gestão política
(Referencia tradução nossa).

A tomada do poder em 1959, e a consequente declaração do caráter socialista da


revolução em 1961, foi uma ruptura radical em que se estatizaram as empresas
multinacionais, suas bem feitorias, confiscou-se as terras de grandes fazendeiros, para

2
Retirado de: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/04/cuba-e-unico-latino-americano-atingir-
metas-de-educacao-diz-unesco.html. Em 24/02/2017.
destina-las a reforma agrária com distribuição igualitária da posse da terra. O estado
passou a ser o controlador nos aspectos político, econômico e cultural, controlando os
meios produtivos, a comercialização e distribuição da riqueza produzida.
A Revolução Cubana é um processo complexo e que necessita de compreensão
desde sua historicidade. Os fundamentos da revolução se encontram na luta nacionalista
revolucionária pela independência, contra o colonialismo, contra o escravismo e contra
o neocolonialismo.
Foram lutas radicais pela justiça social e a igualdade, uma “república de todos e
para todos”. A revolução cubana foi um processo radical de mudança de toda uma
estrutura social, econômica, política e cultural da sociedade. A revolução garantiu a
dignidade do povo cubano, é uma revolução que está em permanente processo de
formação para esmagar, eliminar e incriminar os processos de subordinação e de
escravidão.
Cuba ha enfrentado uma oposição interna a revolução, que não tem muito a ver
com uma questão geracional, é mais uma questão de experiência de vida, inclusive
setorial. A revolução cubana mudou a vida de mais de 99% da população, por tanto esta
oposição foi de uma pequeníssima parcela que teve seus interesses afetados pelo
processo revolucionário, o 1%.
Foi uma ousadia sem precedente a revolução cubana, por enfrentar um dos
impérios mais poderosos da historia da humanidade, o imperialismo dos Estados Unidos
da América. Para tanto, foi necessário organizar os camponeses, as mulheres, os jovens,
os proletários, os estudantes. Mas a ousadia também tem um preço, este preço foi um
castigo permanente que se concretiza em um bloqueio econômico de todos os lados e
todas as frentes para o comercio e intercambio de mercadorias, e todos os demais
atentados, sabotagens e perseguições à revolução e seus revolucionários. Cuba resistiu a
tudo isso por que investiu no processo educativo e formação permanente da consciência
revolucionária.
Cuba fez a revolução que pode, mas não a que quis. Depois de 1959 o desafio de
cuba foi tentar realizar um câmbio estruturante contra a corrente do mundo capitalista.
Como enfrentar o capitalismo de sua força simbólica, estrutural econômica, valores e
melhorar o mundo social? Como derrotar o desastre da mentira e enfrentar a luta
permanente contra as inverdades capitalistas? Cuba há enfrentado a hegemonia
capitalista e todas as suas maldades, todos os dias de sua construção histórica, uma
delas é a mentira disseminada pelas forças imperialistas, o que tem exigido uma enorme
energia do governo socialista para combatê-las. Estas mentiras perpetradas por diversos
meios conseguiram isolar Cuba em sua luta pela liberdade. As possibilidades de
intercambio comercial e de cooperação econômica somente foram possíveis com a
União das Republicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Cuba tinha total dependência do petróleo Estadunidense e de que este lhe
comprasse o açúcar – principal produto da economia em seu lastro colonial. A partir da
declaração do caráter socialista da revolução, as relações comerciais entre Cuba e EUA
foram rompidas, a única possibilidade viável que se apresentou a Cuba foi a cooperação
com a URSS. Por três décadas, uma grande potência mundial que importava os
principais produtos cubanos (açúcar, arroz, tabaco, entre outros), em troca fornecia
subsídios financeiros de petróleo e outros derivados. Para Diaz (2016), a URSS
conseguiu cumprir com o fortalecimento da revolução cubana:

Organizar la justicia social al tiempo que garantizar la independencia


nacional fue un desafío dramático para Cuba en aquellas
circunstancias. La relación estratégica con la URSS consolidó,
extendió y estructuró en Cuba una comprensión del socialismo que, al
tiempo que garantizó niveles sin precedentes de igualdad social,
dignidad personal y derechos humanos desde la inclusión social, la
estatalización de la propiedad fue un rasgo determinante de esa
consagración.

Não estava nos planos da revolução tornar-se um enclave socialista soviético, no


entanto, as necessidades econômicas se impuseram e teve que se aceitar os termos
soviéticos no que se refere a partido, por exemplo, a instalação de armamento nuclear
apontado para os EUA. Dessa relação com os soviéticos é que se desenvolve a
compreensão estadocêntrica e de partido único. Mesmo assim, analisa-se que Cuba
nunca se transformou em um enclave soviético, mas lidou com essa situação o tempo
todo.
O bloqueio econômico imposto a Cuba tem causado inúmeros prejuízos a
economia do país. Num primeiro momento obrigou uma relação de dependência de
Cuba a União Soviética. Tal dependência do mercado externo Soviético não possibilitou
o desenvolvimento econômico cubano para além da primarização dos produtos
agrícolas.
Com a queda do bloco soviético em 1990 e o fim da cooperação com Cuba, se
instalou no país uma crise profunda, que obrigou a todo o povo cubano enfrentar o
desabastecimento dos produtos mais básicos para a sobrevivência, conhecido como
período especial. Depois de 27 anos de período especial ainda estão por superar muitos
limites econômicos, um deles é elevar a produção agrícola do país, modernizando
equipamentos, investindo em novas máquinas, abrindo novas áreas de cultivo, ativando
empresas de processamento de alimentos – fechadas durante o período especial. A
suspensão do bloqueio econômico unilateral imposto pelos EUA se faz urgente e
necessário, para que Cuba siga construindo sua revolução libertadora. Para Díaz:

El oficio de los libertadores no es alquilar elocuencias…la labor


revolucionaria…es oficio de los libertadores. Los que no trabajan para
sí, sino para la patria; los que no aman la popularidad sino al pueblo; los
que no aman la misma vida, sino por el bien que pueden hacer en ella,
ésos, mano a mano con todos los hombres honrados, con los que no
necesitan lisonjas ni carteo con los que no sacan de la vanidad su
patriotismo sino de la virtud, llevan adelante, aunque de las gotas de su
corazón vayan regando el amargo camino, la obra de ligar los elementos
dispersos y hostiles que son indispensables a la explosión de la libertad
y a su triunfo.

Desde 2010/2011 vem sendo levado a cabo um processo de atualização


econômica. Um dos principais objetivos do programa implementado pelo governo é
dinamizar a economia e aliviar as despesas estatais com funcionalismo público. Em
cuba se construiu o entendimento de que o Estado seria o garantidor e protetor do
trabalho, por isso uma das principais fontes de emprego no país é a gestão publica das
instituições estatais.
Na proposta de atualização do modelo econômico do país o Estado abre mão do
monopólio dos negócios e possibilita a organização de negócios/trabalho por conta
própria. Por tanto, depara-se hoje com pelo menos três tipos de negócios, os geridos
pelo estado, as cooperativas de serviços privados e os negócios privados particulares.
Nos últimos anos o governo passou a estimular investimentos estrangeiros (de forma
moderada), promoveu aproximação com a Venezuela (atualmente esse país fornece 100
mil barris de petróleo diários com preços inferiores).
Com a retomada das relações diplomáticas entre EUA e Cuba, abriram-se
possibilidades para o aumento do turismo. É notório a quantidade de turistas que
circulam por Havana, Santa Clara e outros pontos que se configuram como roteiros
turísticos, tendo como eixo a historia de Cuba, da revolução e as belezas naturais do
país. Não é atoa que um dos principais ingressos na economia do país hoje é o mercado
de divisas. O turismo também tem fomentado o comércio ligado a este ramo da
economia.
Podemos constatar que os negócios na relação comercial com Cuba atendem
alguma percentagem de importação: máquinas, equipamentos elétricos, transporte,
produtos químicos, petróleo, autopeças e eletrônicos, essa relação se amplia com
revolução bolivariana na Venezuela, esta se tornando um dos principais parceiros
econômicos na área do petróleo, se tornando responsável por 36,4%, a China 10,5%,
Espanha 8,7%, Brasil 5,1%, os Estados Unidos 4,2%. Esses dados (são de onde?
Quem?) são recentes da economia comercial. Destes produtos importados Cuba
intercambia para a exportação o açúcar, níquel, minério de ferro, calçados, café, Rum e
charuto.
Em 2016, depois de quase duas décadas de crescimento econômico Cuba entra
em recessão, sendo estremecido pela crise que enfrenta Venezuela, um de seus
principais parceiros econômicos na atualidade, Cuba registra uma queda de 0,9% do
PIB após um crescimento de 4,4% em 2015. Neste intuito, podemos constatar as
seguintes frentes da produção do PIB pelas áreas de ocupação: na agricultura: 5,5%, a
indústria: 28,7%, serviços: 65,8% com uma inflação de 3,6% dados de 2013 (fonte dos
dados?).
No processo de atualização do modelo econômico do país há em disputa hoje
pelo menos três perspectivas. Uma delas é a que pretende reconstruir as relações
capitalistas – negócios privados, a mudança de narrativa desde Miami que afirma hoje
que “a revolução era necessária, mas não deu certo” é bem representativa dessa
perspectiva. Há um discurso oficial sobre os problemas da revolução, tem um enfoque
de matizes economicistas, não está debatendo o conteúdo do socialismo cubano, centra-
se na questão econômica. E há um discurso crítico revolucionário, que busca
compreender os desafios, os problemas concretos, os limites da revolução e a
reinvenção do socialismo. Para esta ultima tendência, é necessário reinventar o
socialismo, democratizar, redimensionar a participação popular no socialismo, que se
tornou muito verticalizada.

[...] abarcadores de socialización del poder, la propiedad, el saber, es


decir, asumir la democracia de la vida cotidiana como camino y no
reducida a meta. Es decir, resignificar el contenido internacional de la
independencia y la justicia es condición de posibilidad para su
realización en la nación cubana (DÍAZ, 2016).

Um dos problemas que enfrenta a revolução na atualidade é que de um projeto


dos humildes, esta se transformou em um projeto para os humildes. Para tanto, segundo
os analistas e historiadores compreende-se que há uma missão no prosseguimento da
revolução socialista, isto é, precisa reinventar a sua participação no campo da
democracia. Como diria na analise de conjuntura Diaz sobre a democracia e a
continuidade do processo revolucionário:

Todos los cubanos revolucionarios que contribuyan activamente a la


revolución tienen el derecho de delegar la autoridad revolucionaria que
llevan en sí, en quienes les parezca conveniente y de dar su opinión
sobre el espíritu y los métodos de la obra a que contribuyen. La
autoridad indispensable para la obra ejecutiva de la revolución se
(concilia) con el alma republicana de donde toma su representación y
vigor… (Hay que) acelerar por métodos republicanos el alma
democrática, (donde) el representante no es más que lo que son sus
representados.

Como diz uma canção, a revolução cubana, é a luz para a esquerda


revolucionária na América Latina. Para tanto os cubanos compreendem que a revolução
cubana não é uma simples coisa, mas também um sentimento pertencente a todos os
cubanos. Uma das afirmativas evidente e compreensível construída pela revolução é
possível viver em um estado com outra lógica de existência que não seja o capitalismo.
Ouro legado que a revolução deixa é o patriotismo de todos os cubanos, principalmente
a juventude, está dispostas a criar novas relações para acesso a outros bens como
internet e bens materiais, mas não abrem mão da revolução socialista.
Uma das maiores contradições vivida pelo sistema socialista é abertura dos
pequenos negócios privados de alugueis de casa, e a construção de novos prédios para a
demanda de turistas, o sistema revolucionário não deu conta de suprir a necessidade de
moradia para toda a população. A pergunta é como se justifica aluguel privado para
turista se a população tem necessidade moradias? O déficit de moradia tem sido
provocado pela acelerada imigração do povo do campo para a cidade.
No entanto, as conquistas da revolução são muito evidentes e representam um
legado. Tornar as propriedades privada um bem do estado e da população, e uma
segunda, a transformação da subjetividade das pessoas.
A revolução criou condições radicalmente para que todos os cubanos tenham
acesso à riqueza produzida no país, antes concentrada na mão de uma pequena margem
da população. Outra impressionante ação da revolução foi o decreto agrário limitando
os módulos de terra e instituindo a reforma agraria, todo camponês que quisesse viver e
trabalhar no campo lhe foi garantido o acesso à posse da terra, que se transformou em
propriedade do Estado cubano. Outra ação do projeto revolucionário foi o que povo
cubano realizou através de um projeto de alfabetização, em menos de um ano, a
alfabetização de sua população, tornando-se um dos únicos países do mundo em tão
pouco tempo, livre do analfabetismo, além disso, construindo condições imediatas para
que os cubanos também tivessem acesso à saúde e a educação como um direito humano
público e gratuito.
Outro pilar fundamental que a revolução construiu foi a lei de reforma urbana,
que instituiu que um cubano não pode ter duas casas, isso regula que as condições para
viver em Cuba traz a garantia constitucional que a moradia é um direito humano e que
esse direito não pode se tornar mercadoria. Ou seja, um dos princípios da revolução.
Neste ultimo caso o regime vive uma contradição na atualidade de valores
historicamente construídos pela revolução, há uma regressão de valores que precisa de
imediato ser combatido, alguns cubanos têm mais de uma casa, a partir da Lei 322 de
2011 que flexibilizou o controle estatal sobre a reforma e a venda de imóveis, cada
cubano pode ter até duas casas. Cuba ainda não tem resolvido o déficit de moradias,
dados de 2004 atestavam um déficit de mais de meio milhão3 e as novas construções
anuais não são suficientes para resolver o déficit, o que se agrava com os furacões que
afetam ao país, causando importantes perdas materiais. No entanto, se veem muitas
construções, principalmente no centro de Havana, muitos desses prédios para atender a
demanda de oferta de hotéis e restaurantes visando ao turismo.
O socialismo não pode ser socialização da pobreza, mas também não pode um
cubano viver com excesso de direito com outro tendo a falta do mesmo direito, para isso
é necessário criar condições para reinventar o socialismo e sua democratização do
poder, cria condições para avançar os processos de participação, bem como elevar o
padrão de existência das pessoas. Para Aleida Guevara uma nação socialista deve
resolver os problemas de sua população, é inadmissível que nossas escolas não têm
papel higiénico, e que se constroem prédios de luxo para o turismo e sua população não
tenha acesso à moradia com dignidade.
O estado precisa resolver essa situação, pois o governo não produz o necessário
para aumentar o salário de sua população, a saída que o governo encontrou foi
extremamente drástico para resolver o problema, ou seja, abriu o mercado para algumas
iniciativas privadas com pequenos negócios em quiosques, pequenos reparos na
construção, carpinteiros e pedreiros, eletricistas, restaurantes e bares etc. Para tanto, essa

3
Extraido de: http://www.envolverde.com.br/1-1-canais/ips-rede/com-reforma-avanca-direito-a-
moradia-em-cuba/. Em 21/02/2017.
abertura para o trabalho privado é um câncer, um cancro para o sistema socialista,
comenta Aleida Guevara, segundo ela, é inadmissível que um trabalhador cubano não
possa comprar papel sanitário, é preciso resolver de imediato esse problema, e que um
trabalhador cubano possa viver tranquilamente com seu salário.
A revolução socialista segundo Diaz precisa ter uma base de participação
democrática e coletiva para dar seguimento no processo de aperfeiçoamento do
socialismo, ou seja, reinventar:

La revolución ha de vivir porque es el alma de nuestro pueblo. (Ha de


vivir) en el respeto...a los cubanos que por ahí buscan sinceramente, con
este nombre o aquel, un poco más de orden cordial, y de equilibrio
indispensable en la administración de las cosas de este mundo.

Em suma os cubanos acreditam e tem afirmado por onde andamos que o projeto
de revolução socialista em mais de cinco décadas de construção trouxe muita dignidade
e justiça social para sua população. E a partir dos anos 90 (denominado como período
especial) com a queda do socialismo no leste europeu (URSS) acontece uma drástica
diminuição de acesso a bens de serviços e bens materiais para a continuidade do
processo socialista.
Em 2017 acreditamos que não é possível ser socialista se não garantirmos todas
as condições de justiça social e soberania nacional justa e necessária para todas/os
cubanos. Um dos principais desafios de Cuba está relacionado, qual a força produtiva
estratégica a ser encontrada para encantar a permanente luta revolucionária na
continuidade nos processos de construção do socialismo. Cuba é um país de uma
experiência sem precedente pela sua capacidade de garantir as condições de seu povo
mais próximas da emancipação humana.
Diante disso, o estado com mais de cinco décadas garantiu um pacto social para
defender os trabalhadores das injustiças do sistema capitalista. Tem um sistema de
educação, saúde e transporte bem solido, além de garantir as condições básicas da vida
social que emana a existência com dignidade e justiça para seu povo.
Um desafio é a não naturalização das conquistas da revolução da socialista. A juventude
da atualidade não viveu o período da bonança, e o período especial todavia não esta
totalmente superado, por isso é legitimo a população querer e buscar melhores
condições materiais de vida. O elo que pode conectar esta juventude com a história da
revolução para que não se perda a consciência revolucionaria e o sentido da revolução
cubana é a educação.

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