Passados 15 dias do rompimento da barragem em Brumadinho-MG, ainda
estamos sob o impacto dessa terrível tragédia, tentando entender, como algo tão sério pode acontecer? Como os responsáveis não tomaram as providências necessárias para que isso não acontecesse? Quantas vidas perdidas? Quantos danos às famílias, ao meio ambiente e à economia? Quantas lágrimas, quanta injustiça? Mas, creio que muitos ainda tem uma outra indagação: Onde estava Deus no meio desse caos? Por que Ele não interviu? Porque não impediu? Será que não é culpado por tamanha tragédia? Diante da aparente injustiça do exílio e da destruição do templo, lugar maior da presença de Deus, o salmista lamentava tanto sua perda quanto as blasfêmias dos opositores que desafiavam a sua confiança em Deus: “As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está? (...) Esmigalham-se-me os ossos, quando os meus adversários me insultam, dizendo e dizendo: O teu Deus, onde está?” (Salmo 42:3 e 10). Temos a oportunidade de olhar para tragédias como essa, bem como de tantas mazelas que se espalham pelo mundo afora como os inimigos da fé, que zombam de Deus e manifestam uma falta de fé que sempre esteve presente em suas vidas, não reconhecendo a mão de Deus mesmo quando tudo vai bem, ou como os amigos de Jó que diante dos sofrimentos, perdas, luto e injustiças sofridas por ele, achavam que era necessário encontrar culpa no próprio servo de Deus para tamanha dor. Ou, podemos agir como o próprio Jó que ao contemplar a calamidade não deixava sua fé esmorecer, não enxergava a ausência de Deus e tão pouco O culpava por sua dor, mas afirmava: “...temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” (Jó 2:10) E ainda: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros;” (Jó 19:25- 27). As circunstâncias podem ser as piores, mas sejam elas quais forem, sempre serão oportunidades para exercitarmos nossa confiança em Deus. Ele está presente na bonança, na segurança, mas também no meio da dor ou do caos. Ele é Senhor de todas as coisas e nunca nos abandona, mesmo quando as circunstâncias parecem apontar o contrário. Quero propor duas coisas pra você nessa meditação: primeiro, exercite sua fé e sua confiança no Senhor de forma incondicional. Veja Deus em todas as coisas e confie plenamente Nele. Segundo, se você confia no Senhor e o conhece como o Senhor de todas as coisas, ore e interceda por aqueles que estão em sofrimento e dor nesse momento. Ele é o único poderoso para transformar o caos e a dor em paz e conforto. Com amor,