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Módulo I
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Equipe Cursos 24 Horas
Sumário
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A vida em grupo tem, para cada um de nós, consequências das quais não podemos
fugir. Vejamos:
A sociedade em que vivemos e onde estamos trocando serviços, exige de nós uma
ação constante. Somos todos agentes e receptores ao mesmo tempo. Como agentes,
questionamos e influenciamos terceiros; como receptores, temos que responder aos
questionamentos e temos nosso comportamento influenciado. Como devemos agir neste
contexto?
Nenhum funcionário deseja ser guiado por um chefe a quem falte coragem e
autoconfiança.
Um Gerente de Vendas bem sucedido irá para as ruas e venderá junto com seus
vendedores quando o mercado está difícil ou quando o pessoal de vendas encontrar-se em
extrema pressão. Tal gerente sabe que se arrisca a tornar-se impopular. Contudo, ao liderar
pelo exemplo, manterá a motivação da equipe.
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AUTOMOTIVAÇÃO
O chefe que não consegue se automotivar não tem a menor chance de ser capaz de
motivar os outros.
Esta é uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe, o
gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança segundo o qual todos
são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação de segurança. Isso é
extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento.
PLANOS DEFINIDOS
O chefe que mostra certa hesitação no processo decisório mostra que não está certo
de si mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes
considerações preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a possibilidade de a
decisão que está sendo tomada vir a se revelar errada.
Pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto não diminui o
respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um chefe pode tomar decisões
certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua convicção e crença na decisão ao manter-se
fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal tem força para
sustentar aquela decisão junto com o chefe.
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O HÁBITO DE FAZER MAIS DO QUE AQUILO PELO QUAL SE É PAGO
EMPATIA
O líder bem sucedido entende e executa cada detalhe do seu trabalho e, é evidente,
dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades inerentes à sua
posição.
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continuará liderando e dará insegurança a seus seguidores. O clichê do líder é: "A
responsabilidade é minha".
DUPLICAÇÃO
Talvez este seja um dos maiores atributos de um líder: ser capaz de desenvolver
outros lideres. Pode-se julgar um líder pelo número de pessoas em que ele refletiu os seus
talentos e fez evoluir.
A expressão "A menos que batalhemos por alguma causa, nos deixaremos levar
por qualquer causa" resume bem a importância de ter-se uma causa pela qual valha a
pena viver e trabalhar. Nada cuja aquisição tenha valor é muito fácil. O líder de sucesso tem
a determinação de atingir objetivos, não importando os obstáculos que surjam pelo
caminho. Ele acredita no que está fazendo com a determinação de batalhar por sua
realização.
Minha sugestão é a de que você leia duas vezes cada um desses atributos e medite
cada um deles à luz de sua própria realidade, como um profissional que tem a função de
gerenciar, comandar, liderar pessoas. Detenha-se sobre cada um dos atributos e dê a você
mesmo uma nota de zero a 10 em cada um deles, fazendo um propósito de auto–
aperfeiçoamento. Repita essa auto-avaliação a cada um determinado período, talvez
semanalmente ou mensalmente, de acordo com sua disponibilidade.
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Concluindo – é fundamental que todo e qualquer trabalho em equipe seja
administrado de tal maneira a que seja utilizado e otimizado todo o potencial dos
membros integrantes da mesma.
Podemos dizer que algumas características são natas, porém, precisam ser
trabalhadas. Um verdadeiro líder tem, na maioria das vezes, uma opinião destacada e um
conjunto de habilidades, qualificações e atributos que podem ser do seu próprio perfil ou
desenvolvidos e aprimorados com o tempo.
* Motivação: você já viu alguém exercendo liderança sem motivação? O líder não
só apresenta a idéia, também a “vende”.
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* Credibilidade: qualidades como humildade, zelo, firmeza, integridade e
honestidade são essenciais no caráter e na personalidade de um líder para conquistar
confiança junto à equipe.
Procure nessa lista quais são suas habilidades. Você pode até constatar que tem as
principais delas, porém, mesmo assim não são suficientes para que seja considerado um
líder. Não existe um guia prático. Não se pode ensinar liderança. Nós a adquirirmos a partir
de nossas experiências. Na prática, percebemos que para ser líder é necessário fazer um
exercício de auto-reflexão. Para isso, elaborar uma lista das atividades não bem-sucedidas e
fazer um ckeck list das metas programadas e alcançadas podem auxiliá-lo. Em seguida,
verifique se realizou todas as pendências dentro do prazo estabelecido anteriormente. O
sucesso desta reflexão pode ser ainda maior com o feedback das pessoas que trabalham
com você.
Outro fator essencial para a liderança é saber trabalhar em equipe. Atualmente, esse
diferencial está cada vez mais valorizado no mercado. Um grupo devidamente estruturado,
constituído por grandes talentos e com metas bem definidas para atingir um objetivo,
possui as verdadeiras características de uma equipe de trabalho. Porém para mantê-la, o
líder deve além de saber delegar, dividir as tarefas, compartilhar responsabilidades e
informações, traçar objetivos claros e administrar conflitos internos para não desmotivar a
equipe. Um líder deve exercer a paciência, saber dialogar, ouvir e ser solidário. Se isso não
ocorrer, certamente, ele terá grandes dificuldades em coordenar seus colaboradores.
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Buscar conhecimento para o crescimento pessoal e, principalmente, profissional,
também faz parte. Não esqueça de reciclar os seus conhecimentos por meio de cursos que
contribuíam para o exercício da liderança. Geralmente, empresas de gerenciamento,
treinamento e consultoria em RH oferecem cursos e palestras para o aprimoramento desta
área como: tendências de gestão empresarial, comunicação e expressão, como organizar seu
tempo, gerenciando conflitos, administração de recursos humanos e administração
estratégica.
Enfim, liderar é conduzir, gerir, cobrar, saber ouvir, delegar, convencer, atingir
metas e resultados. Essas ações constroem relações entre as pessoas, ou seja, parcerias
verdadeiras. Evite ser individualista, centralizador, ou até mesmo, constranger seu
subordinado na frente dos colegas de trabalho, assim, você estará derrubando alguns
obstáculos para o exercício da liderança.
Não tenha medo, assuma o desejo de liderar. Aceite o desafio, aprimore suas
habilidades e desenvolva as demais. Explore as oportunidades. Você verá como é
fascinante ser reconhecido como líder.
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Normas, Regulamentos, Tarefas, Disciplina Rígida, precisam ser adaptadas. Os
tempos mudaram. Há algum tempo, se chefiava falando, ameaçando, condicionando,
exigindo. Os velhos paradigmas caíram. Dentro da nova visão empresarial, o saber técnico
é só um dos componentes, deixando de ser a única razão para o sucesso.
Expedição de ordens
Punição
Incentivo, elogio
Obtenção de sugestões
Criação e fortalecimento do espírito de equipe
Manutenção da disciplina do grupo.
Expedição de ordens
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É preciso ter em vista que a ordem deve ser um fato originariamente funcional e não
pessoal, o que significa que num setor de trabalho bem organizado ela deve decorrer
naturalmente, da estrutura formal de autoridade, da subdivisão e integração do trabalho, das
relações estabelecidas. Isso ocorrendo, ela estará naturalmente implícita no dever a ser
cumprido, bastando uma distribuição das tarefas para que todas sejam executadas a
contento. Queremos referir-nos, é claro, às atribuições normais do trabalhador, já contidas
num plano geral de trabalho. Evidentemente, por outro lado, se cada tarefa que o
subordinado tem de executar requer uma ordem especial, o plano de operações apresenta
sérios defeitos e a dificuldade em saber como obedecer é correspondentemente difícil.
A boa organização precisa ser completada por um bom treinamento a fim de que o
trabalhador ou empregado saiba o que dele se espera.
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Outra consideração preliminar a respeito da ordem é a de que ela não representa um
ato de arbítrio do chefe, mas sim algo necessário para o bom desenvolvimento do trabalho.
Ser claro;
Ser explicito;
Ser claro. Isso significa que, sendo a clareza essencial, o chefe deve escolher
cuidadosamente as palavras – escritas ou faladas – de tal forma que signifiquem a mesma
coisa pra ele e os outros subordinados. O conselho parece óbvio, mas a verdade é que a
ambiguidade dos termos usados gera dúvidas no espírito do subordinado e este não fica
realmente ciente do que dele se deseja.
É por isso que nas organizações militares, se adota a norma de que o subordinado
deve repetir o contexto da ordem. Claro que não iríamos preconizar tal norma as
organizações civis, mas há diversas maneiras de o chefe certificar-se da clareza da ordem.
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Ser explícito. Num trabalho de natureza repetitiva é óbvio que esse cuidado tem
importância maior, desde que haja certa uniformidade no processo e na execução das
tarefas. Mas mesmo em trabalhos mais complexos, o chefe deve tornar conhecido, dos
subordinados, tanto quanto possível, os limites da iniciativa individual na execução de
determinadas tarefas. Isso não exclui a norma do estímulo da iniciativa individual, mas os
limites devem ficar claros.
Suponhamos para ilustrar que um chefe tenha que expedir uma ordem num setor de
organização do trabalho, para reorganização estrutural e funcional de uma determinada
repartição ou serviço. Se apenas transmite ao subordinado a orientação de que a referida
repartição ou serviço precisa ser reorganizado, terá sido claro, pois o subordinado saberá
perfeitamente as linhas gerais de uma reorganização de serviços. Mas terá sido o chefe
igualmente explícito? Certamente que não. O subordinado poderá dar uma extensão
demasiada à sua missão, ou por exemplo, atribuir-se um prazo exagerado para a respectiva
execução. É preciso que o chefe torne explícitos os objetivos da reorganização qual a
expectativa de um plano geral a respeito, que elementos poderão ser convocados para
melhor execução do trabalho, qual o prazo que a chefia superior prevê como representando
um Máximo, etc.
Usar o tom da voz adequado. As ordens devem ser dadas num tom de voz firme,
natural, vigoroso, sem denotar cansaço ou aborrecimento. De fato, um tom de voz
apropriado é de evidente importância na expedição de uma ordem, que geralmente não é
bem recebida quando o chefe se revela antipático, irritado ou impaciente.
Claro que não seria cabível aconselhar-se a alguém modificar o timbre natural de
voz que a natureza lhe deu, mas, qualquer que seja este, o seu tom, mais ou menos alto,
com maior ou menor naturalidade, exprimindo maior ou menor decisão, pode ser
indiscutivelmente controlado. E este cuidado deve ser redobradamente observado se fizer
necessária a repetição da ordem quando frequente e humana a tentação de repeti-la com
impaciência.
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Fundamental ao chefe ter em vista que a incompreensão de uma ordem pode não
depender do subordinado, mas sim, resultar de sua má enunciação, quando não dos próprios
defeitos da organização. Não convém ao andamento dos trabalhos que os subordinados
percebam que este estado de espírito está afetado negativamente por qualquer causa física
ou mental.
Empregar frases corteses. Eis uma daquelas normas que “custam pouco e rendem
muito”. A esse respeito acreditamos que a observância constante de dois cuidados é de
grande eficiência para a atuação do chefe: a) fazer com que a ordem seja sempre precedida
de uma solicitação, inclusive aos empregados de categoria mais modesta; b) evitar o uso do
imperativo. Nas relações entre chefes e subordinados, os chefes são os responsáveis por
fazer com que os subordinados não sintam uma situação propriamente de dependência e
sim de cooperação.
”Por favor, Ana, você poderia amanhã pela manhã ligar aos nossos clientes e
informar nossa mudança nos prazos de entrega?”
Não procede a crença, geralmente adotada pelos chefes do tipo autocrático, de que a
cortesia possa aparentar fraqueza ou indecisão. Claro que os indivíduos naturalmente
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tímidos devem escudar-se numa atitude que implique em firmeza e decisão de qualquer
forma, se o chefe percebe que as ordens não produzem o efeito desejado, o remédio é
identificar as coisas dessa ineficiência e nunca recorrer aos métodos próprios do
autoritarismo.
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conhece e diz. Isso ocorre quase sempre quando o próprio chefe se encontra confuso e
inseguro sobre determinado assunto.
Claro que pode surgir a necessidade de se modificar uma ordem, até mesmo em
sentido contrário. Em tais ocasiões o subordinado deve recolher a impressão de que o chefe
sabe o que esta fazendo e tem fundadas razões para assim agir.
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5. Finalmente, o conselho geralmente focalizado, é de que o chefe deve
verificar se as ordens foram compreendidas (clareza).
1. em caso de perigo;
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Tom de pedido. Forma atenuada e mais hábil, envolve o emprego de
frases em quem se solicita a ação do subordinado. Considera os empregados como
iguais e deve ser usada para:
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3. Para com o empregado que se esforça por progredir;
4. prorrogação do horário;
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2. determine a tarefa tendo em vista que o trabalhador pode realmente
executar;
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16. expeça ordens através dos canais apropriados – não infrinja as linhas
de autoridade;
Tipos de Liderança
1. Autocrática – líder utiliza o poder e decide o que o grupo deve fazer e como.
Este tipo de liderança é eficiente quando o líder está presente; na falta deste, os
liderados se sentem perdidos.
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3. Laissez-faire – O grupo não dispões realmente de um líder, sendo permitido
a todos fazerem o que quiser.
A partir dos dois tipos de liderança atuais os autores tentaram perceber se não
haveria algumas qualidades pessoais que caracterizariam um bom líder, apesar de saber que
os estilos de liderança eficaz variam com a situação e o grupo.
Eles verificaram que líderes eficazes alcançaram eram bons líderes sociais e
enfocados na tarefa. Estas pessoas preocupavam-se com o andamento da tarefa e eram
sensíveis às necessidades de seus subordinados.
Estudos também revelaram que líderes eficazes ajudam a tornar persuasiva uma
posição da minoria por serem pessoas auto-confiantes, com facilidade de ver claramente
uma determinada situação, de comunicá-la aos membros e inspiram os outros a os
seguirem.
Repreensão
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É preciso, pois, que todas as proibições, regulamentos, penalidades, etc.,
sejam clara e amplamente conhecidos do grupo, o qual deve sempre que possível,
participar de sua elaboração, para que as faltas eventuais sejam realmente passíveis
de censura.
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profundidade às vezes incontrolável, generalizam-se, sem embargo de penas severas não
inoportunas.
Incentivo/Elogio
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É possível incentivar ou elogiar uma única pessoa ou todo o grupo. Se um
subordinado teve destaque, o incentivo ou elogio deve ser direcionado a ele. Se o grupo
inteiro se destacou (como por exemplo quando uma meta da equipe foi atingida), o
incentivo ou elogio deve ser compartilhado com todos.
Evidente também que o chefe, para propiciar o elogio ou aplicar qualquer dos
demais aspectos do incentivo, deve certificar-se de que o subordinado realmente merece a
providência respectiva. O incentivo imerecido ou o elogio barato perdem significação e
aparentam, simples paternalismo ou benemerência.
Obtenção de Sugestões
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sentido de evitar um possível sentimento de desanimo e provocar desestimulo. Em qualquer
hipótese, transmitir ao subordinado o reconhecimento do chefe pelo espírito de cooperação
revelado.
Não basta, igualmente, que o chefe providencie urnas coletoras de sugestões, apenas
para externar uma atitude e dar uma satisfação pública sem que, posteriormente, procure
dar às sugestões coletadas o tratamento que merecem, através de seu aproveitamento para
adoção de novos métodos de trabalho, correção de erros, fixação de outras diretrizes na
política de pessoal, etc.
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Lucy, uma inglesa de vinte e cinco anos, trabalhava limpando banheiros num ferry-
boat. Ficou assustada com o convite que lhe fizeram: passar-se por comandante de um
veleiro em uma competição oficial. Em seu depoimento inicial, ela dizia ser incapaz de
fazer qualquer coisa que exigisse assumir responsabilidades e a ter que dar ordens aos
outros. Sentia-se insegura e não tinha confiança em si mesma. Concluiu que limpar
banheiros era o que podia fazer, ainda que não gostasse disso.
Apesar de não acreditar que pudesse passar-se por comandante de veleiro, aceitou o
desafio. Durante quatro semanas, viveria em meio aos profissionais do esporte e seria
treinada por eles. Seus mentores eram pessoas consagradas e premiadas em várias
competições ao redor do mundo.
No primeiro dia foi apresentada às pessoas que seriam seus mentores nessa
"aventura" e moraria durante o treinamento com um deles, uma jovem campeã de vela. Foi-
lhe avisado que seria um trabalho duro e que ela teria que se esforçar muito para conseguir
dominar conceitos e desenvolver habilidades para navegar. Os mentores foram
entrevistados após conhecerem Lucy e todos eles afirmaram não acreditar que ela fosse
capaz de realizar a tarefa. Acharam-na sem a segurança necessária para a empreitada, mas
que fariam todo o necessário para ajudá-la.
No dia seguinte, começou o treinamento. Lucy teve que ler alguns textos com
informações gerais e fez seu primeiro passeio num pequeno veleiro acompanhada por sua
instrutora. Ela não conseguia manter-se à tona, emborcava a embarcação a todo o momento.
Sentiu-se arrasada. Afirmou que não conseguiria. Sua auto-estima estava reduzida a zero.
Nos dias que se seguiram, ela sofreu muito, mas conseguiu dominar a pequena embarcação.
O passo seguinte era o grande veleiro. Ali ela teria que comandar umas doze
pessoas. Iniciou-se outro drama para Lucy.
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Havia muito com o que se preocupar: posição do vento, manobras na hora exata,
levantar e baixar velas com precisão, enfim, um número de técnicas que somente a
experiência e o tempo trazem. Para aprendê-las, Lucy tinha o mentor ao seu lado dando-lhe
informações e dicas de como "sentir" as coisas, principalmente o rumo que o vento tomava.
Ao fim do primeiro exercício, em que ela tentou comandar as pessoas, o mentor fez uma
avaliação de seu desempenho e notou que ela não sabia usar a voz para comandar. Suas
ordens soavam como sugestões inseguras e isso se refletia na equipe que não cumpria com
determinação o que ela pedia.
Chamaram então, um professor de teatro para ensiná-la a usar a voz. Após alguns
dias de treinos no mar e com o professor de teatro, havia melhorado muito sua postura de
comando. Programaram um grande teste: ela comandaria a embarcação numa travessia do
Canal da Mancha. Ela ficou apavorada, agora seria para valer, estaria em mar aberto com
uma tripulação inteira sob sua responsabilidade. Para auxiliá-la neste teste, seus mentores
estariam a seu lado corrigindo seus erros e indicando as melhores soluções.
Ela fez a travessia, mas não teria conseguido sem os mentores. Cometeu muitos
erros e comandou mal a equipe. Faltaram-lhe segurança, energia e determinação no
exercício do comando. Todos estavam pessimistas quanto às possibilidades de Lucy,
inclusive ela mesma. Restavam ainda uma semana e meia e havia muito que ser trabalhado.
Ela agora sentia que não havia como voltar, que só lhe restava redobrar esforços, estudando
mais e se aplicando nos testes em mar.
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Chegou o dia da competição. Agora ela comandaria o veleiro e uma equipe de doze
pessoas sozinha. Seus mentores não estariam com ela. Na embarcação, sem que ela
soubesse, havia um comandante experimentado para o caso dela não resistir à pressão e
evitar conseqüências que afetassem a segurança de todos. Se ele tivesse que intervir, a
equipe seria desclassificada da competição e Lucy não atingiria o objetivo a que se
propusera.
Porém, num determinado momento, Lucy tomou uma decisão inusitada. Ordenou
firmemente para que mudassem o curso e a posição das velas. Seus mentores, que assistiam
pela TV, avaliaram que ela tomara uma decisão precipitada que nada mudaria as coisas.
Mas mal terminada a manobra, o vento mudou e arrastou o veleiro de Lucy em direção à
rota da linha de chegada. Demorou alguns segundos para que os demais barcos
percebessem a manobra de Lucy e sua posição no mar. Agora ela arrancava em direção à
chegada e estava em primeiro lugar.
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Terminadas as entrevistas com os comandantes de todas as embarcações, os juízes
foram informados que havia entre eles um que era limpador de banheiros de ferry-boat que
até um mês antes jamais estivera dentro de um veleiro. Quem seria? Apenas um apontou
Lucy, e não pelo seu desempenho, mas pela inexatidão de algumas respostas mais técnicas
durante a entrevista final.
Lucy venceu a prova e o desafio, mas isso não é o mais importante. O mais
importante foi ela perceber que poderia obter aquilo que quisesse. Para isso, precisaria de
mentores que lhe indicassem como e determinação pessoal em chegar lá. Na entrevista final
Lucy conclui que se ela foi capaz de comandar um veleiro com doze pessoas sob sua
responsabilidade, certamente poderia almejar algo mais do que limpar banheiros. Sua a vida
depois daquela experiência, não seria mais a mesma.
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Os 6D – Atributos e Habilidades dos Líderes
Seis Dimensões? Seis Desejos? Seis Dogmas? Nada disso. Apenas uma forma fácil
de memorizarmos como atua um líder moderno. Já que a missão do novo líder é motivar,
capacitar e inspirar, veja como os princípios abaixo - todos começando com a letra D –
pontuam suas atividades:
DESCONTRAÇÃO
DIRECIONAMENTO
DESAFIO
Por meio do desafio, trabalho deixa de significar sacrifício ou tortura (como já foi
em sua origem etimológica) e passa a ser sinônimo de criatividade, realização, aprendizado
e, sobretudo, prazer. Esta motivação é adquirida aos poucos, cada vez que uma pessoa se
percebe mais capaz. O psicólogo organizacional Mihaly Csikszentmihaly, em seu livro A
Psicologia da Felicidade mostra como administrar desafios para obtermos bons resultados e
prazer: quando uma pessoa está aprendendo uma nova tarefa, ela tem pouca aptidão e
provavelmente alto grau de ansiedade. Com o tempo, ela aprende a realizar a tarefa, e sua
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ansiedade chega a um ponto ótimo de fluidez, prazer e resultados. Mais tempo passa e
nosso personagem já “tira de letra” a aptidão para a tarefa. Nesse momento, seu desafio
será pequeno. Se a tarefa se tornar repetitiva, a conseqüência será o tédio. Antes que ele se
instale, é hora do novo desafio!
DIFERENCIAÇÃO
DESAPEGO
Uma equipe é mais produtiva quando seus membros estão realmente voltados para a
melhor solução e conseguem se desapegar de idéias e paradigmas anteriores. È preciso
abandonar o ego, as certezas, a noção de uma única alternativa. Às vezes é difícil, mas a
conscientização do comportamento, a mudança de valores e principalmente o treino podem
ajudar muito.
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O Humor e a Liderança
Do outro lado da cidade, quase no mesmo horário, partia para seu dia de trabalho o
José. Meia hora a pé até o ponto de ônibus. Duas horas no coletivo, cheio, apertado,
amassado e vez ou outra, apalpado. José pouco falava mesmo, só pensava nos veículos que
estavam nas ruas e avenidas e sonhava em estar dentro de um deles. Para ele pouco
importava o congestionamento, precisava ter espaço e conforto. Um carro próprio seria a
solução. José Kataclisma chegava no trabalho cansado e desanimado.
O nosso terceiro personagem tinha algumas mordomias. Sai de casa no máximo dez
minutos antes do horário do trabalho iniciar e vai a pé. Luiz mora perto da empresa. Não
era o que ele e a mulher imaginavam como casa. Bem apertado seu apartamento, meio
barulhento, mas economizava na condução. Suas noites não eram daquele sono gostoso.
Agitadas, turbulentas e barulhentas. Luiz Kaos, chegava no seu trabalho irritado,
desmotivado e ansioso.
José não chegava nunca. Estava lá só de corpo presente. Não tinha forças para dar
nem um sorriso, quanto mais responder os cumprimentos dos colegas. Sentava na sua mesa,
abria a gaveta mecanicamente, tirava o que necessitava e ficava esperando que lhe
dissessem o que teria para fazer. Quando surgia a primeira tarefa respondia imediatamente
com a primeira “droga” do dia. Começava com droga, passava ao longo do dia para mer* e
acabava no final da tarde com “p.q.p”. Humor para ele era igual ao resultado de pastel de
carne mais sanduíche de mortadela com pimenta. Entendeu ÔO meu!
Luiz era o que ficava mais tempo sem sentir tanto a pressão do início do dia. Vestia-
se bem, estava sempre arrumado, exceto nos dias de chuva. Não tinha uma posição na
hierarquia que o ajudasse a subir ou almejar melhor salário. Isso era desanimador. À
medida que o dia ia passando ele ficava pensando nas contas que tinha que pagar, no
dinheiro que poderia ter para comprar ou alugar uma casa melhor. Humor para ele era algo
que sempre interferia nas coisas do dia. Como ele pensava: bom humor é coisa de hiena,
come fezes e ainda ri. Rir do que?
João, José e Luiz são personagens, mas pra muitos de nós são reais. Arrisco dizer que
alguns chegam a se identificar com eles.
Bom humor para eles não é nada fácil de ter, certo? Errado.
Vamos então falar um pouco da vida de quem tem bons humores. Humor é uma
palavra que se origina do latim “humor–oris” e que originalmente significava: líquido
contido num corpo organizado ou cada um dos quatro principais fluídos do corpo que se
julgavam determinantes das condições físicas e mentais do indivíduo. No século XV,
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influenciada pela palavra inglesa humour, passou para a forma como hoje conhecemos -
boa disposição do espírito, veia cômica, ironia.
Não quero dizer que não sintam tristeza, melancolia, raiva, ansiedade e tantos outros
sentimentos normais do seres humanos. O que faz com que sejam pessoas bem sucedidas é
que não ficam por muito tempo com esses sentimentos negativos. Tem sempre uma visão
positiva das coisas.
Não contem para elas desgraças, pois serão capazes de rir ou pedir para você
procurar outra turma. Evitam as catástrofes e as desgraças. Riem de si mesmas dos seus
erros e produzem sempre um efeito de bem estar. Nunca ficam sozinhas, mas quando
precisam se isolar o fazem sem constrangimento e sem lamentações.
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A primeira impressão que temos é a mesma dos colaboradores: Ficou maluquinho
de pedra! Mas esboçamos um leve sorriso pelo inusitado. O Chefe continua e interrompe
todos – Tenho importante notícia para todos. Sem que possam interrompe-lo, continua: -
Hoje na hora do almoço eu pago uma coxinha de galinha e meia guaraná, sem gelo, no
Sujo’s Bar. Quem se habilita? Novamente o murmúrio e as risadas começam a aparecer e se
instala um novo ambiente. Um dos seus colaboradores conversa com outro em tom mais
baixo: Maluco ele já é, mas não é perigoso e é até um bom sujeito! Onde é que ele arruma
tanta alegria?
Se eu pudesse contar quantas histórias como essa eu conheço ficaria aqui umas dez
páginas. De certo é que aquele Chefe transformou por alguns instantes um ambiente triste e
mau humorado num lugar um pouco melhor para trabalhar. Ele fez uma escolha. Não se
deixar influenciar pelo lado negativo da situação e procurar transformar o ambiente onde os
fluídos benéficos possam circular.
A irreverência faz parte do bom humor. Com aquele comportamento inusitado ele
convocou outros para o riso, criando um clima de alegria e espontaneidade.
Tive o prazer de conhecer dois grandes humoristas que são pessoas no seu convívio
diário extremamente mal humoradas. Conseguem traduzir todo esse humor negativo
contando piadas.
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O bem humorado ri dos próprios erros e dificuldades. As pessoas que convivem
com ele se sentem à vontade para arriscar, ousar inovar, sem medo de serem criticadas.
Aprendem a rir.
João, José e Luiz, mando para vocês algumas dicas para poder transformar seus
humores malignos contagiantes em bons humores:
- Aprendam a contar piadas sobre o seu comportamento. Conte o dia que você
estava andando com aquela namorada toda especial, trombou com algo, pediu educamente
desculpas, e a sua namorada passou a chorar de rir, pois você tinha trombado com um poste
e um galo já começava despontar na sua testa.
- Façam alguma atividade alegre. Escolha e seja responsável pelas suas escolhas.
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- Tenham bons pensamentos. Pensamentos positivos ativam cada vez mais os
hormônios que irão dar forma aos estados de bons humores do corpo.
- Tenha sucesso e corra atrás dele. Habitue a sua mente a pensar somente em
vitórias, faça das derrotas um aprendizado.
Para essas dicas poderíamos acrescentar mais de uma centena, mas uma parece que
pode ser essencial: quebre as regras e faça algo diferente e inusitado todo dia. Passe na
floricultura compre uma flor e presenteie quem você ama.
Lembre-se que tanto o mau quanto o bom humor são contagiantes. Você pode escolher
viver com um ou com outro. Você decide.
- Se as áreas de trabalho tem paredes de cor escura, pintem com cores claras e vivas.
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As organizações onde reina o bom humor tem obtido maior lucro que as outras? Eu
diria que sim. Não consegui enxergar nenhuma que obtivesse lucro ou existência longa com
o uso do mau humor. Quando as organizações incentivam o bom humor nos seus
funcionários, as equipes ficam mais energizadas. Ficam mais humanas.
Sabe aquela: Tinha um cantor lírico muito famoso nos EUA que um dia sugeriu ao
seu empresário que lhe arrumasse uma apresentação no Scala de Milão. E assim aconteceu.
Noite de estréia, casa cheia, e o artista cantou a primeira música. Ao final a platéia gritava:
- Bis, repete de novo! O cantor não entendeu a situação: primeira música e a platéia pede
bis. Ele resolveu satisfazer o público e cantou mais uma vez o mesmo número. Ao final o
público repetiu: Bis, repete de novo! E assim aconteceu mais algumas vezes. E o público
gritando: Bis, repete de novo! Enfim exausto, ele perguntou à platéia: - Até quando querem
que eu repita esta peça? Uma velhinha que estava na primeira fila respondeu: - Até cantar
direito !!!
Isso é a vida, temos que tentar, repetir e tentar de novo, até atingirmos aquilo que
esperamos. Da próxima vez farei diferente!
A Liderança Virtual
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empresas pela necessidade de retorno rápido e informações.
Contudo, o líder virtual tem de estar atento para diversos aspectos como a definição
de metas claras e o local em que serão realizadas as tarefas de modo que a equipe consiga
executar ordens sem maiores dificuldades. Apesar da liderança ser virtual, quem a exerce
precisa buscar, sempre que possível, reuniões presenciais. O contato humano poderá ser
suplementado pelo meio virtual, mas jamais substituído. Afinal, o computador não tem
carisma. E-mail não sorri e nem tem brilho nos olhos. A motivação deve ser uma
preocupação constante.
Responder cada e-mail ou solicitação, pela Internet ou por telefone, o mais rápido
possível, e estar sempre à disposição da equipe é de fundamental importância. Assim, os
companheiros podem perceber a presença, mesmo à distância, supervisionando e avaliando
cada tarefa deles e dando retorno imediato.
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Uma vez que pessoas lideradas virtualmente estão sob pouca ou nenhuma
supervisão direta, esse cenário requer que possuam características pessoais chamadas
“competências virtuais”. Entre elas estão o conhecimento da tarefa a ser executada,
iniciativa, capacidade de decisão, responsabilidade, conhecimento das ferramentas de
comunicação a serem usadas, além de auto-motivação e autonomia para decidir.
Os líderes precisam ler muito, ter tempo para administrar a relação com sua
equipe e sempre procurar reler suas correspondências antes de enviá-las, para evitar que
erros de português e/ou mensagens com possíveis erros gerem interpretação inadequada.
Um líder é alguém capaz de tirar um grupo de onde ele está e levá-lo aonde devia
estar. Ele ajuda as pessoas a entenderem os porquês e o que devem fazer para chegar à
liderança.
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Aliás, acredito que todos somos líderes em alguma coisa. Em determinados períodos
da vida precisamos exercer esse papel liderando uma equipe, uma comunidade, uma
organização ou uma família e, o que é crucial no mundo do trabalho hoje, à frente da
própria carreira. Quem nunca teve que tomar a frente das responsabilidades em relação a
uma festa, a uma doença, a um problema de família ou junto aos filhos? Nestes momentos
estamos exercitando nossa liderança.
Muitas vezes, liderança não é uma das escolhas a se fazer. É a única opção. Diz um
ditado popular: “Se continuarmos fazendo o que sempre fizemos, vamos continuar obtendo
o que sempre obtivemos”. Geralmente em tempos de crise, quando existe algum risco,
precisamos assumir o que chamam de nossas responsabilidades, precisamos ser ágeis,
capazes de comunicar e antecipar os acontecimentos. Atualmente, crises têm sido uma
constante em todos os âmbitos, por isso não é bom que sejam vistas como catástrofes; mais
adequado seria que a considerássemos como uma purificação – que, aliás, é seu significado
etimológico – momento de crescimento.
Muito em breve, muito do que sabemos hoje não será tão importante. O difícil é
saber o que esquecer. Os líderes de amanhã precisarão gerenciar o presente, esquecer as
coisas do passado de maneira seletiva e procurar ter combustível suficiente para o futuro.
Isto não quer dizer simplesmente que os líderes mudarão o que fazem hoje, deixando tudo
para trás. O negócio atual precisa ser protegido e a organização deverá ser conduzida para
um mundo totalmente novo. É importante entender que nestes tempos de turbulência o
conhecimento tem prazo de validade cada vez menor. E como disse Alvin Toffler: “Cabe
aos gestores identificar quais necessidades precisam ser tratadas primeiramente”.
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Uma parte considerável das grandes mudanças na prática do gerenciamento nos
últimos anos encontra-se no que hoje chamamos de liderança. Antigamente, existia o
modelo de gerenciamento através do modo “comando e controle” de dirigir uma
organização. Atualmente, na maioria das organizações, nós não obedecemos mais ordens,
pelo menos sem que haja uma boa razão. “Comando e controle”, baseado na mentalidade
militar, eram apropriados até os anos 80, num clima social diferente e num ambiente
empresarial estável. Hoje em dia essa estabilidade acabou e o que existe é um ritmo
frenético de mudança. No seu lugar surgiram novos valores como auto-estima e
responsabilidade individual.
Os líderes de hoje terão que destruir as barreiras erguidas pelas lideranças passadas
e construir pontes. Devem implantar um novo estilo de gestão, voltado para ajudar os
colaboradores a realizarem o que são capazes de fazer, criando um ambiente propício à
discussão, assegurando a liberação da capacidade criativa, formulando uma visão para o
futuro, encorajando, emocionando, treinando, ensinando, facilitando, cultuando o
desprendimento e a diversidade, admirando e respeitando as diferenças, e aproveitando as
peculiaridades para obter as melhores ações, intenções e soluções.
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líderes que tiverem sucesso nessa difícil transformação se descobrirão em novos papéis que
são muito mais recompensadores, tanto pessoal quanto profissionalmente.
O Desperdício na Liderança
1. A Liderança Oferecida
Esta liderança também poderia ser chamada de liderança disponível. Mas este não é
o único tipo de liderança. Vejamos.
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2. A Liderança Necessária
A liderança necessária é aquela que pode ser detectada, encontrado o perfil, caso
sejam analisados o ambiente externo, o ambiente interno, as estratégias e táticas a serem
utilizadas para fazer com que o pessoal interno atue de forma pró-ativa no ambiente
externo, para promover as mudanças necessárias ao sucesso da empresa. Portanto a
liderança necessária é função do ambiente externo, do ambiente interno e das estratégias de
interação entre o ambiente interno e externo. Com isto eu estou querendo dizer que o perfil
da liderança necessária é dependente, no mínimo, do resultado que se quer alcançar, das
condições do ambiente externo e das condições do ambiente interno.
3. A Liderança Percebida
Note que poderíamos falar também na liderança desejada pelos seguidores, que é
bastante importante. A nossa opção foi que a empresa contrata os seus líderes e empregados
para a execução de um conjunto de tarefas, comportamentos e atitudes que visam dar
condições à empresa de atuar no mercado. A liderança desejada pelos seguidores, que é
bem diferente da liderança percebida, muito embora aquela influencie muito esta, pode ser
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incluída na pesquisa ou substituir a liderança percebida. Nossa opção pela liderança
percebida ocorre porque há que se mostrar aos seguidores quais são as necessidades da
empresa e a postura do líder e seguidores, e o que importa para a empresa é quanto distante
ou diferente está a liderança percebida da liderança necessária. A liderança desejada é um
mero sonho.
Está tudo muito bom, está tudo muito bem, mas o que sai desta barafunda toda?
O que resulta é, a princípio, que toda liderança que não seja a liderança necessária, é
desperdício.
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Esta pesquisa pode conduzir a casos onde a mudança da liderança seja uma
necessidade. Com este pano de fundo, a quem compete fazer este tipo de pesquisa? Um
órgão interno, comandado pelo líder, propor a substituição do líder, é fora de propósito.
Parece-me ser esta atividade o caso de atividade perene, executada por empresa com alta
credibilidade no mercado.
O processo, que deve ser estabelecido, é fazer com que a intersecção das três
lideranças – oferecida, percebida e necessária – caminhem para ser o mais próximo possível
da liderança necessária, que é a base de comparação. Para tanto o líder deve verificar
periodicamente a situação da liderança e o que ele deve fazer:
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- quando a liderança precisa mudar: trabalhar com a liderança para adequar o seu
comportamento e atitudes à liderança necessária para dar maior visibilidade e percepção
aos seguidores da necessidade real da liderança.
Com estas atividades o gráfico anterior, com o tempo, deve passar a ter a
configuração mostrada abaixo:
Com esta proposta, a liderança passa a ser, não só um aprendizado, mas também
algo em constante confronto com o mercado. Deixa de ser um conjunto de características e
perfis pré-determinados e passa a ser um conjunto de características e perfis em constante
evolução, de acordo com as condições do mercado e as necessidades da empresa em se
adaptar constantemente a este mercado dinâmico.
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O Exemplo vem do Líder
“Com seu exemplo de vida e conduta, você prega um melhor sermão do que com
suas palavras” (Oliver Goldsmith, médico e escritor irlandês).
Líderes não temem aproveitar boas idéias e não dizem que esta é sua. Mais do que
isso: não temem falar para todo mundo que a idéia foi de um colaborador. Saber reconhecer
os talentos, prestar atenção no que o colaborador está fazendo, valorizar o esforço dele são
práticas comuns aos líderes.
Mas afinal, o que é ser um profissional ético? Ser ético nada mais é do que agir
direito, proceder bem, sem prejudicar os outros. É ser altruísta, é estar tranqüilo com a
consciência pessoal. É também agir de acordo com os valores morais de uma determinada
sociedade.
Qualquer decisão ética tem por trás um conjunto de valores fundamentais. Entre eles:
- Ter coragem para assumir decisões (mesmo que seja preciso ir contra a opinião da
maioria);
- Ser tolerante e flexível (muitas idéias aparentemente absurdas podem ser a solução
para um problema. Mas para descobrir isso é preciso ouvir as pessoas ou avaliar a situação
sem julgá-las antes);
- Ser íntegro (isso significa agir de acordo com os seus princípios, mesmo nos
momentos mais críticos);
- Ser humilde (só assim a gente consegue ouvir o que os outros têm a dizer e
reconhecer que o sucesso individual é resultado do trabalho da equipe).
Organizações não são apenas entidades jurídicas, são formadas por pessoas e só
existem por causa delas. Por trás de qualquer decisão, de qualquer erro ou imprudência,
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estão seres de carne e osso. E são eles que vão viver as glórias ou o fracasso da
organização.
É fundamental saber que para liderar de forma eficiente pelo exemplo, o líder
precisa ter modéstia, se possível ter humildade, a qualidade mais rara de todas entre os
líderes – e encontrada somente nos melhores.
Finalmente devemos refletir sobre a frase de Peter Druker: “Primeiro você tem de
perguntar o que é certo, depois o que é possível – sempre nesta ordem”
Poucas pessoas sabem como realmente são por dentro, como é seu temperamento,
quais são seus valores. Bem poucas fazem as perguntas: será que eu trabalho bem com as
pessoas ou sou um solitário? Quais são os meus valores? Qual é o meu objetivo? Onde é o
meu lugar? Qual é a minha contribuição para a sociedade?
Os líderes precisam dar feedback aos seus colaboradores. As pessoas precisam ter
seu desempenho reconhecido para se sentirem motivadas a se aperfeiçoar e se preparar para
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novos desafios. Procure fazer o reconhecimento em público e, quando for possível, que seja
recompensado. A recompensa não precisa ser dinheiro, pode vir na forma de prêmios,
cartões, placas, nomes no mural ou no jornal interno, ou ainda em reuniões comemorativas.
Há muitos anos procurando me conhecer para saber como poderia ser uma pessoa
melhor me fiz algumas perguntas: Quais são minhas características pessoais? De que eu
gosto? De que eu não gosto? Em que eu acredito? Foi preciso refletir muito para chegar às
respostas, mas valeu a pena.
Foi muito interessante também perceber que uma qualidade pessoal em uma
situação pode ser uma virtude e, em outra situação, um defeito. Com isto tenho trabalhado
todas as minhas características para crescer como profissional e melhorar como pessoa.
Grandes realizadores se fizeram estas perguntas, juntamente a outras. Souberam dizer não e
quais eram os seus objetivos e ainda onde deveriam se situar. E agora todos temos que
aprender a fazer a mesma coisa, o que não é difícil. É só tomarmos notas e depois conferir o
que se escreveu.
Peter Drucker disse que: “Cada vez que se realiza algo importante, deve-se
escrever o que se espera que aconteça”. Quais são os resultados dessa decisão? As
decisões mais importantes nas organizações são as pessoais. Não conhecemos nossa
capacidade, nem aquilo de que necessitamos para melhorá-las. Temos de aprender onde nos
situar e quais são nossas aptidões para extrair o maior benefício disso”.
Se você for um líder de equipe, procure feedback dos membros da equipe. Pergunte
se eles sentem que você está fazendo o bastante, demais ou muito pouco. Solicitar da
equipe um feedback cada vez mais sofisticado sobre seus comportamentos serve a dois
propósitos: oferece um excelente modelo para os membros de sua equipe sobre como ser
receptivo ao feedback e, se você fizer isso da maneira certa, faz com que receba o feedback
mais preciso possível. Os membros da equipe poderão te dizer, por exemplo: “eu gostaria
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que você fizesse mais isto”, ou “o que queria era que você fizesse menos aquilo”, ou ainda
“eu queria que você continuasse a fazer desta forma”.
Se você não tomar a iniciativa, pode acabar com apenas meio emprego. Num mundo
em mudanças, sua função é quase iniciativa pura: planejando melhorias, pesquisando
tendências, trabalhando junto a fornecedores para antecipar problemas e assim por diante.
Procure ir em frente. No fim das contas, quem você pensa que a organização vai
querer manter: as pessoas que só fazem aquilo que lhes é dito para fazer ou as pessoas que
fazem mais do que se espera? O novo papel exige uma mudança de mentalidade. Lembre-
se: não espere que alguém lhe diga o que fazer. A liderança é conquistada, não oferecida.
Adote uma orientação de longo prazo. Você precisa pensar em termos de tarefas que podem
ser realizadas em semanas ou meses.
Avalie regularmente o quanto você se sente desafiado pelo seu trabalho. Pense
na história da selva africana: “Todos os dias quando a gazela acorda, ela sabe que precisa
correr mais e mais rápido do que o leão, senão será morta. Todos os dias, quando o leão
acorda, ele sabe que precisa correr mais do que a gazela mais lenta, ou vai morrer de fome.
Como pode ver, não importa se você é um leão ou uma gazela. Quando seu dia começar, é
bom você estar correndo”.
Gerentes e Líderes
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O Gerente. Enfatiza o lado racional das coisas e os controles; são resolvedores de
problemas (focados em metas, recursos, estruturas e pessoas); geralmente fazem perguntas
do tipo, “Quais são os problemas que precisam ser resolvidos, e qual é a melhor maneira de
atingirmos os resultados?”; gerentes são persistentes, trabalham duro, são inteligentes,
tolerantes e pensam no bem estar dos outros.
O Gerente. Adota atitudes passivas com relação a metas; toma decisões com relação
a metas baseado nas suas necessidades ao invés de se basear nos desejos e cultura da
empresa; tende a ser reativo uma vez que são focados nas informações que têm na mão.
O Líder. Adota atitudes pró-ativas uma vez que conseguem visualizar e promover
suas idéias ao invés de reagir às situações correntes; define idéias ao invés de responder a
elas; tem uma orientação natural com relação a metas; sabe articular visões que alteram a
maneira que as outras pessoas pensam sobre o que é possível, desejável e necessário.
Gerentes e Líderes têm diferentes atitudes com relação ao trabalho.
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aumentar suas expectativas com relação à qualidade do trabalho; trabalha a partir de
posições de risco porque não se conforma com um trabalho mediano.
Gerentes e Líderes têm diferentes atitudes com relação ao relacionamento com outras
pessoas.
O Líder. Usa a sua percepção interna das coisas para se relacionar com os outros; se
relaciona com as pessoas de maneira intuitiva e cheio de empatia; se preocupa em entender
o que o trabalho significa para as pessoas; atrai fortes sentimentos de amor e ódio das
pessoas que se relaciona; cria sistemas onde as relações humanas talvez sejam intensas e às
vezes até desorganizados.
Gerentes e Líderes têm diferentes identidades porque são influenciados pelo seu
passado.
O Gerente. Diz que a sua vida tem sido mais ou menos tranqüila desde o seu
nascimento; se vê como uma pessoa conservadora e reguladora da ordem existente que ele
pessoalmente se identifica e da qual é recompensado; diz que a sua função é perpetuar as
instituições existentes; mostra uma vida de desenvolvimento pessoal focado na
socialização, um processo que o prepara para guiar instituições e mantê-las como são.
O Líder. Diz que a sua vida não foi fácil; teve uma vida marcada por uma contínua
luta pelo sentido de ordem nas coisas; não toma as realizações que gerou como sendo suas
realizações; nunca está satisfeito com o status quo; diz que a razão para estar vivo é
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derivada de um sentimento profundo que o une as outras pessoas; talvez trabalhe em
empresas, mas nunca pertence de verdade a elas; diz que é independente de qualquer status
ou indicador social; procura por oportunidades de mudanças; apóia mudanças; diz que o
seu propósito é mudar o status econômico, político e social do Ser Humano; mostra uma
vida de desenvolvimento pessoal focada na excelência pessoal, um processo que o leva a
lutar por mudanças psicológicas e sociais.
Como você pode ver, gerentes e líderes são pessoas completamente diferentes.
Ambas tem pontos fortes e fracos. Enquanto um gerente é muito bom em manter as coisas
como são, o líder é muito bom em mexer com as emoções das pessoas e aumentar as suas
expectativas com relação a tudo que o cerca.
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todas aquelas armas persuasoras que lhe possibilitam influenciar os subordinados. É preciso
que ele saiba criar a disciplina própria do grupo.
A liberdade individual deve ser encarada em relação àquilo que o grupo deseja
realizar e em relação aos resultados que vão de encontro ao interesse de cada membro. O
papel do chefe é exatamente o de ajudar a dar significação à finalidade servida por todos e
valor aos sacrifícios feitos. Quando ele fracassa, surge ocasião para a indisciplina. Esta
somente tem eficácia, quando o chefe é constantemente ativo em guiar o processo através
do qual ela se conduz.
A boa disciplina exige não somente que o verdadeiro infrator seja encontrado, como
igualmente, que todas as infrações sejam identificadas, observadas e apropriadamente
enfrentadas, sendo o objetivo da mesma: alguma alteração especifica na conduta ou atitude
de uma pessoa”. E aqui estamos vendo a estreita relação entre o estudo disciplina e da
punição que tem de ser, muitas vezes, o seu inevitável instrumento.
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Conclusão do Módulo 1
Parabéns por ter chegado até aqui. Neste ponto encerra-se o módulo 1 do curso.
Para passar ao módulo 2, faça a avaliação deste módulo. Lembrando que cada curso é
composto por 2 módulos. Ao final dos 2 módulos você receberá seu certificado de
conclusão do curso.
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