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SEBASTIAO E SILVA
Curso Complementar
do Ensino Secundário
Edição GEP
LISBOA
J. SEBASTIÃO E SILVA
COMPÊNDIO
DE
,
MATEMATICA
1.0 VOLUME
{ 1.o T O M O)
C U R S O C O M P L E M E N TA R
DO E N S I N O SECUNDÁRIO
1 9 7 5
7
importantes dessa ntervenção
i revolucionAria foi precisamente a
redacção deste Compêndio.
Para efeito de publicação, a obra foi agora dividida em três volu
mes (cinco tomos). Os dois primeiros contêm ntroduções
i a diver
sos domlnios matemáticos fundamentais: Lógica, Teoria dos conjun
tos, Algebra (grupos, anáis, corpos, /Jigebra de Boole, álgebra linear,
etc.), Análise (incluindo cálculo diferencial e integral), Probabilidades
e Cálculo numérico aproximado. Mesmo no que respeita apenas ao
conteúdo informativo e não obstante a reduzida preparação prévia
requerida aos leitores, os temas tratados são excepcionalmente desen
volvidos, ultrapassando largamente o âmbito do que era tradicional
no ensino secundário.
No último volume, onde se ncluem
i «guias» para a utilização dos
precedentes, concentra-se um manancial de ideias sobre pedagogia,
hstória
i e filosofia da Matemática, além de complementos importan
tes ao conteúdo dos textos anteriores. Aparentemente dedicados em
primeiro lugar aos professores, estes «guiaS>> foram redigidos por
forma a serem de igual valor para os estudantes (aos quais, aliás,
foram sempre facultados no decurso das experiências-piloto reali
zadas nos nossos liceus).
Assim, este Compêndio de Matemática é uma obra de valor
cientifico e pedagógico muito invulgar, certamente destinada a desem
penhar por longo tempo um papel fundamental na formação, não
8
apenas de muitos professores e estudantes das nossas escolas secun
dárias e até superiores, mas também das pessoas que aspiram a
atingir, como autodidactas, uma compreensão clara das grandes
ideias que estão na base das Ciências Exactas dos nossos dias,
mesmo que não pretendam prosseguir estudos superiores relacio
nados com essas Ciências.
Por estas razões se considerou imperiosa uma divulgação mais
ampla desta obra, que nunca fora impressa.
Nos termos do acordo estabelecido entre a O.C.D.E. e Portugal
é proibida a reprodução total ou parcial deste texto por terceiros.
9
CAPfTULO I
11
J. BEBAB'l'I&O E SILVA
I
termos, nomes ou designações
Expressões com significado
frases ou proposições
12
COMP�NDJO DE MATEMATICA
2 +3 = 7 , {8< 3 , etc.
quando escrevemos
3+2=5
14
óOMPSNDIO DB MA'l'EMA'l'IOA
'é o' ou 'é a' da Jlngua portuguesa. Assim, este sinal, que se lê
usualmente 'é igual a', deveria antes ler-se 'é o mesmo que' ou 'é
idêntico a' (a palavra 'idêntico' vem do pronome latino 'idem', que
significa 'o mesmo'). Daqui o chamar-se relação de identidade à
relação expressa pelo sinal =.
Mas esta relação refere-se aos entes designados pelos dois termos
16
.T. SJ!JBASTIAO B SILVA
Sol E E
16
OOMP�NDIO DE MÂ.TEMA'l'IOÂ.
Lua rt E , 9 rt Pr , etc.
17
CM-�
J. BEBASTIAO E SILVA
a e C e C E f'/l
18
OOMPENDIO DliJ MATiiJMATIOA
19
J. 8EBAS'1'1AO 1i1 SILVA
20
COMPSNDIO DE MATEMA.TIOA
21
J. BBBASTIAO B SILVA
7 é primo = 2 é par
Lisboa é uma aldeia = Marte é uma estrela
22
J. BBBABTIAO E BILVA
e falsas as proposições:
c) Dsjunção.
i Consideremos as duas seguintes proposições ( 1):
24
C'OMPSNDIO DE MATEMA.T[(JA
o que se pode ler: 'Não é verdade que todos os homens são nteligen
i
tes'. Analogamente, a negação da proposição '7 > 3' (verdadeira)
é a proposição (falsa):
"' (7 > 3)
que se lê: 'Não é verdade que 7 é maior que 3' ou simplesmente ' 7 não
é maior que 3'.
23
OOMPSNDIO DE MATEMA.TJOA
e falsas as proposições:
P /\ Q pVq
-�
--- ---
v F
�
--- --- ---
v F
V F v v F v v v
--- --- ---
F V
F F F F v F
2S
J. BEBABTIAO E SILVA
,.., V = F ,.., F v.
Analogamente, ter-se-á:
V /\ V = V V /\ F = Ff\ V = F F/\F=F
VVV=V VVF=F V V = V F VF = F
26
COMPBNDIO DliJ MATBMATICA
Fig, 1 Fig. 2
·�
Fig. 3
Zl
J. BEBABTIAO E SILVA
a v b
� a ""'
v F
v F v
F v F
a V b = (a 1\ """' b) V (b 1\ """' a)
28
-
. . --·---- --·-·- . - ·--···-- ···· -·- --
. ... - - · - · ··· · ---- - --- · · · · - - �
OOMPI!JNDIO DE MATEMATICA
Fig. 4
aVb = (a V b) 1\ "" (a 1\ b)
29
J. S�BASTlAO E SILVA
a 1\ (b V c) =
(a 1\ b) V (a 1\ c)
a (b + c)
. = (a . b) + (a . c)
p V (q 1\ r) = (p V q) 1\ (p V r)
30
· · · · · · - · ········ ···--- ---·-- -·--··----· -
-
óóMPSNDib DE MATEMATià.A
a + (b . c) = (a + b) . (a + c)
Fig, 5 Fig. 6
JI
J. BEBABTIAO E SILVA
A) Propriedades da conjunção
aAb=bAa
(a A b) A c = a A (b A c)
B) Propriedades da disjunção
1' .
A disjunção é comutativa:
aVb=bVa
(a V b) V c = a V (b V c)
32
OOMPSNDIO DE MATEMATIOA
a 1\ (b V c) = (a 1\ b) V (a 1\ c)
a V (b 1\ c) = (a V b) 1\ (a V c)
1) se a v e b V, vem a 1\ b b 1\ a V·,
2) se a v e b = F, vem a 1\ b b 1\a F;
3) se a F e b =
V, vem a 1\ b = b 1\a = F;
4) se a F e b F, vem af\b = bf\a = F.
1 } se a = V, b = V e c = V, vem
(a 1\ b} 1\ c = (V 1\ V) 1\ V V e a 1\ (b 1\ c) V 1\ (V 1\ V) = V,
= =
2) se a = V, b F e c = V, vem
=
(a 1\ b) 1\ c = (V 1\F ) 1\ V = F e a 1\(b 1\ c) = V 1\ (F 1\ V) = F,
portanto (a 1\ b) 1\ c = a 1\ (b 1\ c);
33
CM-3
J. 8E1JABT1AO 1iJ SILVA
a . 1 =a , a . O=O , a + O=a , a + 1 = 1,
34
COMPSNDIO DB MATEMATICA
a;\x=F e a V x = V
35
J. BEBABTIAO E SILVA
( 1) Supõe-se, como nos exemplos anteriores, que esta frase é dita em con
dições particulares que lhe conferem um significado preciso.
36
OOMP�NDIO DE MATEMA.TIOA
será verdadeira, mas, se a primeira for falsa, a segunda pode ser ver
dadeira ou falsa (está subentendido: 'se Carlos telefona, pode vir
ou não à hora marcada'). Exprime-se este facto dizendo que a pro
posição a) implica a proposição b) e escrevendo:
(V=> V) = V , ( F => V) = V
(F => F) = V , (V :.- F) = F
37
J, BEBA8TlAO E SILVA
o sinal => representa uma operação sobre valores lógicos (ou sobre
proposições), a qual é definida pela seguinte tabuada:
a => b
�
I
v F
v v F
F v v
visto que F => F. por definição. Mas isto não significa, de modo
neAhum, que o facto de Lisboa ser uma cidade se deduz do facto
de 7 ser impar, ou que a proposição 'Pedro Nunes descobriu o Brasil'
(falsa) é uma consequência áa proposição '2 + 3 = 7' (igualmente
38
OOMP�NDIO DE MATEMATIOA
(1} Admite-se evidentemente que a classe das plantas e a classe dos seres
vivos estão definidas mesmo fora da terra. Em caso contrário as proposições não
teriam sentido.
39
. ·----· ---- · · · · ··· · . - ·-······· . ·----- ....
. -···· -···- ···- -
J. BBBABTIAO B SILVA
40
OOMPSNDIO DE MATEMATIOA
.· • B (conclusão)
l
cedida da palavra 'ora', outras vezes é escrita simplesmente. Exemplos:
Se 23 + 43 é múltiplo de 6, 23 + 43 é múltiplo de 3.
Ora 23 + 43 é múltiplo de 6.
Logo 23 + 43 é múltiplo de 3.
Note-se que uma dedução pode estar certa sem que as premissas
sejam necessariamente verdadeiras. � óbvio que o facto de uma
dedução ser correcta não garante a verdade da conclusão.
41
.T. BBBABTIAQ B BILVA
A => B
B
• . A
Exemplo: 'Se este animal é um peixe, tem guelras. Ora este animal
tem guelras. Logo é um peixe'.
Recordemos que, muitas vezes, para saber se uma conta está
certa, recorremos à prova dos nove. Na realidade, estamos a seguir
um paralogismo, pois a prova pode dar certa, estando a conta errada:
o mais que podemos dizer é que, se a conta está certa, a prova tem de
dar certa, e que, se a prova dá certa, é muito provável que a conta
não esteja errada.
42
OOMPeNDIO DE MATEMATIOA
A => 8 }
.
premissas
B => C
. · A => C (conclusão)
a => b aVb
� -v F � v F a -a
_
v v v v v v
_ _
_ -- --
F
F
v v
-- -- --
-�--
F V V F F F
I
é fácil verificar que se tem sempre:
(a => b) = b V "" a
Dzer
i que uma proposição implica outra proposição equivale a
dizer que ou a segunda á verdadeira ou a primeira 6 falsa.
43
J, BEBABTIAO E BILVA
equivale a dizer:
a V b = "' a => b.
A V B
A
} premissas
-----
B (conclusão)
44
OOMPEJNDIO DE MA.TEMA..TIOA
Isto é, simbolicamente:
A => B
s
} premissas
A (conclusão)
Exemplo: 'Se este animal é um peixe, tem guelras. Ora este animal
não tem guelras. Logo não é um peixe'.
Por sua vez, da fórmula (A => B) = (B V ...... A) e das leis de
De Morgan, deduz-se:
(A => B) = A 1\ ...... B
45
J. BÉBABTI..l.O B SILVA
pode escrever-se
A ::.. B e A <= B,
46
OóMPBNDIO DB MATEMATiOA
pelo sinal <=> , que se lê 'equivale a'. Tal como a implicação, a equi
valência material é ao mesmo tempo uma relação e uma operação.
Tem-se, com efeito:
(V <=> V) V, (F <=> F) = V
(V <=> F) = F, (F <=> V) F
donde, a tabuada:
X <=> y
� v F
v v F
F F v
47
J. BEBABTIAO E SILVA
de ""' A:
B A B - A
48
OOMP�NDIO DE MATEMATIOA
Exemplos:
49
C M-4
J. SEBABTIAO E SILVA
temperatura',
50
OOMPSNDIO DE MATEMATIOA
- ou por nformação
i directa
- ou por indução
- ou por intuição
-ou por conjectura.
SI
J. BEBASTIAO E SILVA
52
OOMPSNDIO DE MATEMATIOA
53
J. BEBABTIAO E BILVA
54
COMPtf)NDIO DE MATEMATICA
1
v 3 ?t r2 h,
por '3' (nos dois lugares onde figura) e 'y' por 7 (nos dois lugares
onde figura), o que dá a expressão '32 + 3 7-72'; mas também
•
55
J. BEBABTIAO E BILVA
escrever 'substituir x por 3', em vez de 'substituir 'x' por '3', depois
de explicado o que isso quer dizer.
56
OOMPSNDIO DE MATEMÁTICA
57
J. SEB.ASTIAO 1i1 SILVA
Consideremos em � as expressões:
x é mortal , x é imortal
x + 1 > x , x + 1 = x
58
OOMPSNDIO DE MA.TEMATIOA.
(x + y) 2 = x2 + 2xy + y 2
59
J. BEBA.BTIAO E BILVA
(x + y) 2 = x 2 + 2xy + y2
Mas, note-se que esta fórmula é uma proposição, isto é, uma afir
mação (verdadeira), ao contrário da anterior que é uma condição,
embora universal.
Consideremos agora em '}() as expressões proposicionais:
I. No universo lN:
60
OOMPSNDIO D]i) MATFJMATIOA
61
J. SBBAB'l'IÂO B SlL�A
a = b + c<> a - c = b
5x = 2 + 3x<> 5x - 3x = 2
X é médico 1\ X é professor
5 v v v
n v v v
3 F v F
-1 F v F
7,35 v F F
... .
.. ... .
..
61
OOMPSNDIO DiD MATBMA'PIOA
Outros exemplos:
I. Em lN:
11. Em IR:
X + 2y = 5 f\ 2x - 5y = 1 <=> X = 3 1\ y = 1
{ X + 2y = 5 <=>
{x = 3
2x - 5y = 1 y = 1
X é médico V X é professor,
63
J. SEBASTIÃO E SILVA
o v F v
-1 v F v
2 v F v
5 F F F
7t F F F
7,35 F v v
Outros exemplos:
I. Em lN:
11. Em IR:
x = 3 V x = - 5<=> x2 + 2x - 15 = O
x = 3 V x < 3 <=> x � 3
X � y � Z<=> X � y 1\ y � Z
64
OOMPaNDIO DE MA.TEMA.TIOÃ
Outros exemplos:
6S
c M-s
J. BEBASTIAO E SILVA
a A V = a, a A F = F, a V V = V, a V F = a,
66
COMPENDIO DE MATEMA.TICA
{ 2xX - 11 >> 3X
+
{ 2x- 1 >
X +1 = X3
que se podem escrever, respectivamente:
1> +1
,
Analogamente:
67
J, BEBASTIAO E SILVA
'r/x, x é mortal
exprimem ambas o mesmo facto: 'O dobro dum número é sempre maior
que esse número', o que é verdadeiro em lN, mas falso em IR
(p. ex. 2.0 O, 2.(- 3) < - 3, etc.).
=
a2 - 1 = (a + 1) (a - 1 ), 'r/a
68
COMP�NDIO DE MATEMATICA
Aqui o simbolo 'r/a pode ler-se 'qualquer que seja a' ou 'para todo
o valor de a' ou simplesmente 'para todo o a·.
Quando s� apresenta uma condição com mais de uma variável
e se quer afirm,tr que essa condição é universal, usa-se o mesmo
simbolo 'r/ seguido dessas variáveis (usando virgulas a separar).
Assim, a expressão:
(x + y) 2 = x2 + 2xy + y2 , 'r/x, y
(m + n) 2 > m2 + n2 • 'r/m. n E lN
(x + 1) 2 > x 2 + 1 • 'r/x > O
69
J. BEBASTIAO E SILVA
3 X, X vive na Lua
3a, a > a2
lê-se 'Existe pelo menos um a tal que a > a2, e é uma proposição
verdadeira em IR ('Algum número é superior ao seu quadrado'), mas
falsa em lN ('Nenhum número é superior ao seu quadrado').
Deste modo, dada uma condição sobre uma variável, o símbolo 3
(referido a essa variável) representa uma operação lógica que trans
forma a condição numa proposição, que é verdadeira ou falsa, con
forme a condição é possivel ou impossível. Essa operação é chamada
quantificação existencial e o respectivo simbolo, quantificador de
existência.
Para este slmbolo, adoptam-se ainda convenções análogas às
que indicámos para o quantificador universal, com esta única dife
rença. Nunca poderá ser escrito após a condição quantificada.
Exemplos:
70
OOMPSNDIO DE MA.TEMATICA.
v. 3 2 = 9 1\ ( - 3) 2 = 9 1\ 3 :/= - 3
. · . 3x,y x2 = 9 1\ y2 = 9 1\ X :/= y
72
COMPSNDIO DJiJ MATJiJMATICA
3x x é filho de y
73
J. BliJBASTIAO IiJ SILVA
3x ax = b
a divide b <:> 3x ax = b
'rfx 3y y é pai d e x,
74
COMPENDIO DE MATEMATICA
isto é:
Vx 3y Y > X, 3x Vy y � x, etc.
Vx Vy (x + y) 2 = x 2 + 2xy + y2
Vx x 2 ::/: - 1 . logo � 3x x 2 = - 1 .
75
J. BEBABTIAO E SILVA
Lisboa v v v
Bragança v v v
Moura F v v
Sintra F v v
Carcavelos F F v
Luso F F v
p(x) x q(x)
76
OOMP-eNDIO DE MATEMATIOA
O sinal composto => lê-se 'implica, qualquer que seja x'. � claro
X
que estas convenções se aplicam independentemente das condições
que estejam nos lugares de p(x) e q(x) e da variável utilizada. Assim,
as expressões:
Outros exemplos:
I. Em lN:
X - 2 = 0 :::> X2 - 3x + 2 = 0
X
77
J. SEBASTIAO E SILVA
x > a =>
X
x > b se e só se a � b
78
COMPENDIO DE MA.TEMATIOA
79
J. BEBASTIAO E SILVA
equivale à seguinte:
a b = O => a = O V b = O,
80
OOMPSNDIO DE MATBMA.TIOA
o silogismo:
x2= - 1 => x6 = - 1
3x, x2 = - 1
·
3x, xs = - 1
81
C M-6
J. S�BAB'l'IA:O 16 SILVA
82
OOMPBNDIO DE MATEMATIOA
a b = O ::;. a = O V b = O
a divide b � 3x ax = b
n é primo � n :F 1 1\ (x divide n ::;.
X
x = 1 V x = n)
x irm y � 32 x fi I z 1\ y fiI z 1\ x :F y
x sobr y � 32 x fil z 1\ z irm y
83
J. 13BBA/3TIAO B 13ILVA
3x x3 = 8, x3 = 8 1\ y3 = 8 � x = y
a -:1- O � V b , 3 1 x : ax= b.
84
CAPITULO 11
x é múltiplo de 3 1\ x é múltiplo de 5
A = {x : x é múltiplo de 3 1\ x é múltiplo de 5 }
85
J. BEBABTIA:O E SILVA
x é múltiplo de 15,
A = { x: x é múltiplo de 1 5 },
Assim:
Duas condições equivalentes definem o mesmo conjunto. Duas
condições não equivalentes definem conjuntos distintos.
Por outras palavras: a equivaléncia de condições traduz-se na
identidade de conjuntos.
Outros exemplos:
I. No universo IR, as inequações 2t - 1 > O e t > 1/2 são
equivalentes, isto é, têm o mesmo conjunto de soluções. Assim, a
equivalência:
1
2t - 1 > O<> t > 2
{ t : 2t - 1 > 0 }
x 2 - 2x - 3 = 0<> (x - 1 ) 2 = 4
86
OOMPSNDIO DE MATEMATIOA
e, portanto:
{ x : x2 - 2x - 3 = O} = { x : ( x - 1 ) 2 = 4 } = {- 1, 3 }
{ X : X (X - 2) = 0 } = { 0, 2 } , { x: X (x + 2) = 0 } = { 0, - 2 }
{ X : 2X + 3 = X } = { - 3 }
87
J. BBBABTIAO E SILVA
- 3 E { - 3 } , mas não - 3 = { - 3 }
{ x : x + 1 = x } = 0
88
COMP�NDIO DE MATEMATICA
{ 3, 5, 9 } = {X : X = 3 V X = 5 V X = 9 }
x é mamlfero � x é vertebrado
89
J. BEBABTIAO E SILVA
x E M � x EV
A c B se e só se x EA� x EB
90
COMPBNDIO DE MATEMATICA
A c B f\ B c A<> A = B
A = B se e só se x E A <> x E B
X
91
J. BEBABTIAO E SILVA
A => B<> B c: A
92
OOMPttNDIO DE MATEMA.TIOA
0 ' { 1 }, { 2 }, { 3 }, { 4 }, { 1 , 2 }, { 1 , 3 }, { 1 , 4 }, { 2, 3 }, { 2, 4 }
{3, 4 }, { 1, 2, 3 }, { 1 , 2, 4 }, { 1 , 3, 4 }, { 2, 3, 4 }, { 1 , 2, 3, 4 }.
Tem-se, por exemplo: {1, 4} c {1, 3, 4}, mas não {1, 4} c {1, 2, 3},
nem {1, 2, 3} c {1, 3, 4}.
[2, 5] {x : 2 � x � 5}
)2, 5[ {x : 2 < x < 5} (sendo IR o universo)
[2, 5[ {x : 2 � x < 5}
]2, 5] = {x : 2 < x � 5}
mas
93
J. 8EBA8'1'1AO E SILVA
Os conjuntos [2, 5), ]2, 5[, [2, 5[, ]2, 5] são chamados nter
i
valos de extremos 2 e 5, sendo [2, 5] fechado (porque lhe pertencem
os extremos), ]2, 5[ aberto (porque não lhe pertencem os extremos),
[2, 5[ aberto IJ direita (porque não lhe pertence o extremo direito)
e ]2, 5) aberto à esquerda (porque não lhe pertence o extremo
esquerdo). Todos estes conjuntos são, evidentemente, nfinitos,
i isto
é, têm uma infinidade de elementos.
O que se acaba de dizer para os números 2 e 5, estende-se a
qualquer par de números reais a e b tais que a < b. Por exemplo,
[ - 2, n [é o intetvãlõ de extremõ$ 2 e n aberto à direita ou
-
2 'lt 4
I f I
.....,....._[ 2 ' 6 )-+
..----- ) 1 ' 6 1 ---·
extremo; etc.
Notem-se as seguintes inclusões (estritas):
94
COMPENDIO DJJl MATEMATICA
[3, + 00 [ { x : x "> 3 }
(universo IR)
]3, + 00 [ {x : x > 3}
o 3.._ ____ [ 3 , + oo [ --
--
�---- ) 3 , + oo [ ----
] - 00 , 3) = {X ; X � 3 }, ) - 00 , 3( = { X : X < 3 }
95
J. BEBASTIA.O E SILVA
3) Se A c B e B c C, então A c C.
x e A => X E B e X E B => X E C
96
COMPSNDIO DE MATEMATICA
Logo
P E r /\ r E (/l
97
C M -7
J. BEBABTIAO E BILVA
'Esta bola é azul; o azul é uma cor; logo esta bola é uma cor'.
a E A /\ A c B => a E B
98
COMPBNDIO DE MATEMATIOA
99
J, BBBABTI.l.O E SILVA
An B = { X : X EA A x EB }
(') Não esqueçamot que sendo cada uma destas figuras um conjunto de
pontos, os conjuntos tfl. .2 e ít são conjuntos de tipo 2.
100
OOMPSNDIO DE MATEMATIOA
[ - 2, 3] n [1, 5] = [1, 3]
-2 o 1 3 5
I
'
I I
I I
lt•w.mt!
I I I
�
I
I
••
- 2 � x � 1 f\ 3 � x � 5
isto é: a ntersecção
i do conjunto dos múltiplos de 3 com o con
junto dos múltiplos de 5 é o conjunto dos múltiplos de 15.
101
J. BEBA.BTIAO E SILVA
c , () c 2 = { a , a' } c , n C2 = { a }
oo
(Note-se que estas figuras não são simples diagramas: pretendem
ser aproximadamente circunferências).
Em III, V e VI apresentam-se pares de conjuntos sem elemen
tos comuns e cuja intersecção é, por isso, vazia. Pois bem:
102
COMPENDIO DE M.ATEMATIO.A
E u M
AU B = { x : x E A V x E B }
Outros exemplos:
[- 2, 3] u [1 ' 5] [- 2, 5]
[- 2, 3] u ]3, 5] [- 2, 5], etc.
-2 o 1 3 5
�lllll/11111/ll/l/l11/1/1!!/11/lll//l/1l/l/1ll.
103
J, BEBABTIAO E BILVA
{ 1 , 2, 3 } u { 3, 4 } = { 1 , 2, 3, 4 }, { 5 } u { 2, 7 } = { 2, 5, 7 }, etc.
CA {x ""' x e A }
]-oo , 1 [u ] 1 , 2 [U ] 2, 3 [u ] 3, + oo [
105
J. BEBASTIAO E BILVA
1. A () 8 = B () A I AU B = 8U A
106
OOMPSNDIO DB MATBMATIOA
3. A(l u =A A(l 0 = 0 AU u = u AU 0 = A.
'
• I
4. A n (B U C} (A n B} U (A n C},
A u (B n C) (A u B) n (A u C)
5. A n B c A, A (I B c: B
6. X c: A A X c: B => X c: A n B
107
J. SEBABTIA.O E SILVA
6. A li CA = 0 e
7. C (A 11 B) = C A u C B, C (A · U B) = C A 11 C B
isto é.:. _ a complementação transforma a interseqção na reunião dos
complementarês e a reunião na ntersecção
i dos complementares.
Por exemplo, o complementar do conjunto dos estudantes meno
res de 18 anos é a reunião do conjunto dos não estudantes com o
conjunto dos não menores de 1 8 anos.
108
OOMP�NDIO DE MATEM.A.TIOA
8. A c B <=> C A => C B
109
J. BEBABTIA.O E SILVA
110
COMP'SNDIO DE M.A.TEMATIC.A.
3 5 X
1
--- ---- -- 1 1--
n [3, x] = (3, 5]
X> 6
111
J. BEBABTIAO E SILVA
3 X 5
--- ---- --1 1 1--
U (3, X) = (3, 5(
3<X<5
Outros exemplos:
112
COMPSNDIO DiiJ MATBMATIOA
{ 2, 3 } , { 5, 7, 1 O } e { 3, 8, 9 }
podem ser tomados como elementos dum novo conjunto (de tipo 2),
que se designa por:
{ { 2, 3 } , { 5, 7, 1 o } , { 3, 8, 9 } J
Mas a reunião daqueles conjuntos é o conjunto de tipo 1 :
{ 2, 3, 5, 7, 8, 9, 1 o }
x é múltiplo de y,
IJJ
J. BEBABTI.ilO E SILVA
X < 2y
x+y=4Ax-y=2
114
OOMPSNDIO DE MATEMÁTICA
x á a capital de y,
{ a, b } = { b, a } e a =1= b
IIS
J. BEBABTIAO E SILVA
x é um aluno da turma y
Esta será verificada por certos, mas não por todos os pares orde
nados pertencentes a A x T. Tal condição determina, por conse
guinte, um conjunto contido em A x T. Esse conjunto de pares orde
nados é chamado a relação definida pela condição 'x é um aluno
da turma y'.
Vejamos um outro exemplo. Suponhamos que as letras P, E, I,
L, M, R designem, respectivamente, Portugal, Espanha, Itália, Lsboa,
i
Madrid, Roma e consideremos os conjuntos:
c!l = { P, E, I }, (jJ = { L, M, R }
é verificada por todos os pares ordenados (P, L), (P, M), (P, R),
(E, L), (E, M), (E, R), (I, L), (1, M) e (I, R). O conjunto destes
pares é chamado produto cartesiano de cA. por (jJ e designado opr
di x 13. Consideremos, agora, a condição:
A capital de X é Y
116
OOMPBNDIO DE MATEMA.TIOA
A x B = { (x, y) : x E A 1\ y E B }
m E lN 1\ n E lN,
m< n
ll7
J, SEBABTIAO E SILVA
{ ( 1 , 1 ) , ( 1 , 2), ( 1 , 3), (2, 1), (2,2), (2,3), (3, 1), {3, 2),(3,3) }
subconjunto de { 1, 2, 3 } 2.
x é divisor comum de y e z
(5, 1 O, 15), (6, 12, 18), (3, 3, 6), (3, 3, 3), etc.
Analogamente, em I R, a condição
X< V - Z
118
OOMPSNDIO DE MATEMATIOA
A x B x C = { (x, y, z): x E A ;\ y E B ;\ z E C }
{ V, F } 3 = { (V, V, V), (F, F, F), (V, V, F), {V, F, V), (F, V, V),
(F, F, V), (F, V, F), (V, F, F)}
119
J. BEBABTIAO 1iJ SILVA
nado elemento (de qualquer conjunto), diremos que é dada (ou defi
nida) uma sequência de n elementos. Se for a 1 o elemento que
corresponde a 1 , a 2 o elemento que corresponde a 2, , a0 o ele
...
(a 1 , a 2, ••. , an),
n Ai
i-1
120
OOMP�NDIO DE MATEMATIOA
A 1 = A 2 = ... = An = A
n
n Aj
1=1
121
J. BEBASTIAO E SILVA
xRy
xJ(y
x J( y ç:. - (x R y)
pares ordenados:
R = { (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 3), (2, 4), (3, 4) }
s = { (1, 2), {1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (2, 4), (2, 6}, (3, 6),
(1 ' 1 ), {2, 2}, (3, 3), (4, 4), (5, 5}, (6, 6) }
122
COMPBNDIO DE MATEMATICA
/ 1�
··�·3
�. 2
X R y X S y
X 1
-
2
-
3
- - --
4
X 1 2
-- - - - - - -
3 4 5
-- -- --
6
1 F v v v 1 v v v v v v
-- -- -- -- --
-- - - -- -- - - - - --
2 F F v v 2 F v F v F v
-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
3 F F F v 3 F F v F F v
-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
4 F F F F 4 F F F v F F
-- -- -- -- -- - - --
5 F F F F v F
-- -- -- -- -- -- --
6 F F F F F v
123
.J. 8EBA8TIAO E SILVA
X R' y <:> X R y, v x. y E v
isto é:
R' = R n V2
124
OOMP�NDIO DE MA.TEMATIOA.
X divide X, 'V X E 8
X R X, 'V X E U
X = y => X R y ('V X, y E U)
125
J, BEBASTIAO E SILVA
x R y =-> x 1: y (V X , y E U)
r 11 r, V r
r .L s =-> r #- s
X< 2 y
126
OOMPSNDIO DE MATEMATIOA
X R·1 y <:> y R X
X R y ::> y R X ('V X, y E U)
X R y => y J( X ('V X, y E U)
127
J. BEBA8TIAO E SILVA
X R y 1\ y R X => X = y {V X, y E U)
128
COMP'ENDIO DE MATEMATICA
mas não 'm e n são primos'. Com efeito, o adjectivo 'primo' tem
duas acepções em aritmética, sendo umas vezes absoluto (isto é,
aplicável a uma classe de números) e outras vezes relativo (isto é,
aplicável a uma relação entre números). Assim, é verdade que 1 4 e 1 5
são primos entre si (isto é , 1 4 é primo com 15), mas é falso que
14 e 1 5 são primos.
x R y 1\ y R z => x R z (V x, y, z E U)
129
C M-9
J, BEBABTIAO E SILVA
1 -+ 2 -+ 3 -+ 4,
1 . a = a, V a
2. a = b => b = a
3. a = b 1\ b = c => a = c
130
COMP�NDIO DE MATEMATICA
131
CAP(TULO III
133
J. BEBABTIAO E BILVA
D D O o
i \ I l
o o o o
Se, a cada elemento de um conjunto A, corresponder um deter
minado elemento de B, de modo que, reciprocamente, cada elemento
de B corresponda deste modo a u m elemento de A, e um só, a cor-
respondência diz-se biunlvoca ou correspondência um-a-um entre
A e B. Exemplo figurado:
D D D D D D
l l l l l l
o o o o o o
No exemplo anterior de contagem das ovelhas por meio de pedras,
o que se faz é estabelecer uma correspondência biunlvoca entre o
conjunto das ovelhas e um conjunto de pedras. Deste modo, se
vier a faltar alguma ovelha, já não será passivei estabelecer uma
correspondência biunívoca entre o conjunto das ovelhas presentes
e o conjunto das pedras, pois sobrará, pelo menos, uma pedra.
Vejamos ainda outros exemplos de correspondência:
134
OOMPSNDIO DB MATiiJMATIOA
11. Numa dada turma dum liceu, a cada aluno corresponde uma
(e só uma) carteira- aquela onde se senta. Se as carteiras são
individuais e se todas são ocupadas, a correspondência é biunlvoca
entre os dois conjuntos e o número de alunos é, portanto, igual ao
número das carteiras. Caso contrário, isto é, se as carteiras não são
individuais ou se há carteiras não ocupadas a correspondência será
unfvoca, mas não será em geral biunlvoca entre os dois conjuntos.
135
J. BEBABTUO E BILVA
tituídos pelas suas abreviaturas IV, V, ... , a fim de evitar uma escrita
demasiado longa. É assim, por meio de convenções simbólicas, que
os sistemas de numeração começam a simplificar-se e a aperfeiçoar-se
no decorrer dos séculos. O mais perfeito dos sistemas hoje usados
habitualmente- o da numeração decimal, que será estudado mais
tarde em pormenor - nasceu de pôr os objectos contados em cor
respondência com dedos das duas mãos, uma ou mais vezes.
Chama-se número natural (ou número nteiro i positivo) o número
de elementos dum conjunto finito qualquer, não vazio. Os números
naturais são, habitualmente, designados pelos slmbolos da nume
ração decimal:
136
COMPSNDIO DE MATEMATICA
lN { 1, 2, 3, 4, ... }
I N0 { O, 1 , 2, 3, 4, .. . }
I N0 = N V { O } e portanto I N c I N0
:#: A = a, :#: B = b
137
J, BEBABTIAO E BILVA
* A = a, =11: e = b, =11: (A U e) = c
138
COMPBNDIO DliJ MATEMATICA
EXEMPLO FIGURADO:
••
A B
o o o e • • • •
� � � � � � � �
o o D v e a M III 11 11
A' B'
segue-se que:
a + O = a, V a E I N0
139
J. BEBABTIAO E BILVA
a + b = b + a (PROPRIEDADE COMUTATIVA)
(a + b) + c = a + (b + c) (PROPRIEDADE ASSOCIATIVA)
a + n = n , V a E I N0•
A u A = A, V A c U (propriedade de idempotênci
a)
140
COMPeNDIO DE M.A.TEMATIOA
� ak (ler: somatório de ak de 1 a n)
k= 1
2 3
� ak = a , + a2 , � ak = (a, + a 2) + a 3
k=1 k= 1
4
� ak = ((a 1 + a 2) + a3) + a 4, .••
k=1
� ak = a,
k= 1
n n
n(n + 1 )
� ak = � k 1 + 2 ... + n
k=1 k=1 2
141
J. SEBASTIÃO E SILVA
n n n n
ai = � ap = � ay = ...
p=1 Y=1
juntos, A,, ... , A0, tais que =IF A, a , , , =IF An = a0, sendo estes
= ...
ou, abreviadamente:
n n
� ak = * u Ak
k=1 k=1
142
OOMPSNDIO DE MATEMA.TIOA
A o o o
+ A< + B
! ! 1
B
D D D D D
Pela experiência que temos com os conjuntos finitos sabemos que:
(1)
143
J. BEBABTIAO E BILVA
x < y => y 1: x
Esquema demonstrativo:
A o o
�
a< b
�
B D D D
� � �
b< c
c
� � � � � . . a < c
144
COMP�NDIO DE MATEMA.TICA
a < b, b < a, a = b
145
C M - to
J. SEBABTIAO E SILVA
entre conjuntos:
Demonstração:
Seja a = * A. x = * X. sendo A e X conjuntos finitos disjun
tos e não vazios. Então:
Demonstração:
Seja a = * A. b = * B e a < b. Então podemos estabelecer
uma correspondência biunfvoca entre A e um conjunto A' con-
146
COMPTI:NDIO DE MATEMATIOA
11
.
.
-
-
I I I
- ' - - .
o
\.
o .I
"V
A' X
B
147
J. SEBABTIAO E SILVA
Demonstração:
Suponhamos a < b. Então existe x E lN tal que a + x = b. Ora,
pelas propriedades associativa e comutativa da adição, tem-se:
(a + c) + x = a + (c + x) = a + (x + c) = (a + x) + c = b + c
148
COMP�NDIO DE MATEMATICA
a + x = b J\ a + y = b => x=y
I
b � a => "' 3 x, a + x = b (nenhuma solução)
a < b => 3 1 x, a + x = b (uma e uma só solução)
149
J, BFJBASTIAO E BILVA
ak = a, para k = 1 , .., n .
n
Neste caso, a soma :E ak é chamada produto de n por a e
1
representa-se por n x a, n.a ou simplesmente n a. Chama-se multi-
plicação a operação que faz corresponder ao par ordenado de números
naturais n e a (factores) o número natural n a (produto).
Como a adição é sempre possfvel e unfvoca em JN. o mesmo
acontece com a multiplicação. Além disso sabe-se (e havemos de
demonstrá-lo) que a multiplicação em lN é:
I. Comutativa: ab = ba, V a, b E lN
150
COMPBNDIO DJ!J MATEMATICA
(a + b) c = ac + bc, "ii a, b, c E lN
v. 1 .a = a , "ii a E lN
1
n ak = a ,
k=1
EXEMPLOS IMPORTANTES:
151
J. SEBASTIAO E SILVA
1 2 3
n k = 1. II k = 1 X 2 = 2, ll k=1 X 2 X 3 = 6, ...
k= 1 k = 1 k = 1
n
k 1 =
nl = ll k, V n E lN.
k = 1
ac = bc => a = b, V a, b, c E lN.
152
COMP�NDIO DE MATEMATICA
{1) nX � n, V n, X E IN
n' a/n ou a : n ( 1 )
a
{-
Por exemplo, = 2, visto que 3 x 2 = 6.
Na referida hipótese, chama-se divisão exacta a operação que
faz corresponder ao par ordenado (a, n) o número a/n (a é então
chamado o dividendo e n o divisor). Como se viu, a divisão exacta
não é sempre possível, mas, quando passivei, é unlvoca em 1 N.
Além disso, a divisão não é comutativa nem associativa: p. ex.
{24: 6) : 2 # 24: (6: 2). Mas é crescente à direita e decrescente à
esquerda (isto é, o quociente aumenta quando o dividendo aumenta
e diminui quando o divisor aumenta).
153
J. BEBASTIAO B SILVA
(1) O x a = O, V a E I No
154
OOMP:SNDIO DE MATEMATIOA
lN : 2 3 4 n
p
1 1 1 1 1
2 4 6 8 2n
155
J. BEBABTIAO E SILVA
é fácil ver que fica assim definida uma correspondência biunlvoca entre
os conjuntos lN e P. Com efeito, a todo o ne lN corresponde um e um só
m E P, que é m = 2n. Reciprocamente, para todo o m E P, existe
um e um só n E lN tal que 2n = m e que é n = m/2. Por conse
guinte, temos:
B B'
o· A
156
COMP2NDIO DE MATEMATIOA
/57
J. BEBABTIAO E SILVA
158
OOMPt!JND/0 DE MATEMAT/OA
# (A + B + C) = # A + # B + # C # (AB) - - # (AC) -
- # (BC) + # (ABC)
n n n
# ( � A1 ) = � # Ai � # (Ai Aj ) +
1 <; i < l
-
i=1 1=1
n n-1
+ � # (AAiAk ) - ... + ( - 1) # (A, A 2 .. . An )
t< l<t<k
A = { a 1, a 2, a 3, a 4 }
159
J. SEBASTIAO E SILVA
b,
a,
b2
a2
A b3 B
a3
b4
a4
bs
A X B
!
� b, b2 b3 b4 b6
a, a1 b1 a1 b2 a 1b3 a 1 b4 a 1 b6
a2 a 2b , a 2b2 a 2b 3 a 2b4 a 2b s
160
OOMP'SNDIO DE MATEMATIOA
* (A X B) = :jf A X * B
* (A X B) = * (B X A) = * BX *A
(AU B) X c = (A X C}U (B X C)
161
CM-u
J. SEBASTIAO E SILVA
(m + n)p = mp + np
A x B x C = { (x, y, z) : x E A, y E 8, z E C}
I * (A X 8 X C) = * A X * B X * c I
162
COMPBNDIO DE MATEMATICA
* (A , x A x ... x An) = * A , x * A2 x x * An
2
...
EXEMPLOS:
163
J, SEBABTIA.O E SILVA
:!F As = ( :!F A) 5 = 35 = 2 4 3
* (A X 83) = (* A) X ( * B) 3 = 4 X 53 = 500
1J (A) = { X : X c A }
164
OOMPSNDIO DFJ MATFlMATIOA
O 1 1 O, 1 O O 1, 1 1 1 1, O O O O,
I * 1J (A) = 2* A I
165
• 00 .. 04000 ·- - --· --· ·---· .. .. . . ••o - - - - -- - -
- ... .. - · - • -· -- --···�·· . ·-
a b c, a b d, d a b, b c a, etc.
a b a, a c c, b b b, etc.
a, b, c, d
166
OOMPENDIO DFJ MATFlMATIOA
Notemos, agora, que se pode passar dos arranjos com uma cor
para todos os arranjos com 2 cores, colocando sucessivamente, à
direita de cada um dos primeiros, uma das cores restantes, cujo
número é 4 - 1 = 3. Assim, os 4 primeiros dão origem a 4 x 3
arranjos com 2 cores:
/ ab � da
a -ac d �db
"""-. a d � dç
a c b
___..., _...... a d c
ac ad
-..... a c ....... a d b
d
_....- b a c
ba
....... b a d
d b a
_.--
db
-......_
d b c
167
J. BEBABTIAO E SILVA
168
OOMPSNDIO DE MATEMATIOA
p--1
(1) "Ap = II (n-k) (n, p E lN, p � n)
k=O
Por exemplo:
6A4 = 6 X 5 X 4 X 3 = 360
4 factores
(V n, p e lN)
169
J. BEBABTIAO E SILVA
nAn = nl
170
CAPITULO IV
capital de x,
X capital de x
Portugal capital de Portugal (= Lisboa)
Espanha capital de Espanha (= Madrid)
França capital de França (= Paris)
Itália capital de Itália ( = Roma)
171
J. BEBABTIAO E BJLVA
p c
Portugal Lisboa
Espanha Madrid
França Paris
Itália Roma
Grã�8retanha Londres
Brasil B rasília
Japão Tóquio
. . . . .. . . . .. .
( 1 ) Nada impede que um dado pais esteja contido num outro: p. ex. a
Inglaterra e a Escócia fazem parte da Grã-Bretanha.
172
OOMP�NDIO DE MATEMATIOA
( X + 1 ) 2 = X 2 + 2x + 1 , V X E I R.
173
J. BEBABTIA.O E SILVA
X c a d r m
c' 8 d' r' m'
também ser interpretada como relação de tipo especial, isto é, como o conjunto
atribuldo no capitulo anterior. Veremos mais adiante que uma aplicação pode
174
COMPBNDIO DE MATEMATIOA
y = fx ou y = f{x)
A B
175
J. SEBASTIÃO E SILVA
176
COMPEND/0 DE MATEMATICA
177
C M-u
J. BEBABTIAO E SILVA
1 1
f(x) = -= g(x)
vx-3 - yx-1
·;. � ·r )
No primeiro caso, a expressão só é definida quando x - 3 >O I\ �
e � #- O (Porquê?). Ora, estas condições são equivalentes às
seguintes: x > 3 e x #- 3. logo:
Dg = { x: X > 0 t\ X #- 1 } = (0, 1 ( U ]1 , + oo (
1 1 1
vx 2 - 4 , v 2 4 , ,
x - vx 2 + 4 , vx(x + 1 ) y3 - vx (x - 2)
178
OOMPENDIO DE MATEMATIOA
( )
Por exemplo, o slmbolo:
Analogamente, se pusermos
�)
2 3 2 3
3 4 3 4
Dtf = D�j� = { 1 , 2, 3, 4 }
Mas, tem-se:
<p 1< lji, visto ser <p (4) 1< lji (4).
179
J. BEBABTIAO E SILVA
(x x2 - 1 ) = [a (a + 1 ) ( a - 1 )]. etc.
v v
Mas já a função x x 2 - 1 é distinta da função x (x 1 ) 2. -
v v
(Porquê?)
Muitas vezes, para comodidade de linguagem, diz-se simples
mente 'a função x 2 - 1 ', ·a função 3 x2', etc., em vez de 'a fun-
180
COMP�NDIO DE MATEMATICA
X 2
v-a
Por último, convém deixar bem claro o que se entende por 'fun
ções idênticas' e por 'funções distintas':
Simbolicamente:
181
J. BEBA.STIAO E SILVA.
( )
e as seguintes aplicações:
g=
( üsboa
Tejo
Porto
Douro
Coimbra
Mondego Tejo
)
Sant8rém
f(x) = g(x), Vx eA
182
OOMPPJNDIO DE MATEMATIOA
S
== (1 2 3)
312
'
T =
(13 21 23 41 ) '
U =
(3 21 23 44)
1
( )
e a aplicação:
�)
2 2
4 o
183
J, BEBABTIAO E BILVA
{ 1 , 4, 9 }, { 1 , -1 }, { O } (função constante).
f(M) = { y: y = f(x) 1\ X E M}
A B
184
COMP"S:NDIO DE MATEMATICA
{2) Vy E C, 3x E P: y = capital de x
que se pode ier: 'Para toda a cidade y existe, pelo menos, um pais x
tal que y é a capital de x'.
V y E B, 3x EA: y f(x)
185
J. BEBABTIAO E SILVA
lsto �' existem cidades (elementos de C), que não são capitais de
nenhum país. Mas a proposição ( 1 ) é verdadeira, quer dizer, a
aplicação considerada é sobrejectiva em relação ao conjunto C'.
Por outras palavras: C' é o contradomínio desta aplicação.
Outros exemplos:
=
A = { Lisboa, Porto, Coimbra }
e as seguintes aplicações:
f =
(Lisboa
Tejo
Porto
Douro
Coimbra
Mondego
)
186
( )
OOMPSNDIO DE MATEMA.TIOA
187
J. SEBABTIAO E SILVA
ou ainda:
'lr/y E 8, 3x E A: f(x) y
188
COMPEND/0 DE MATEMATIC.A
Por conseguinte:
'r/y E B, 3 1 X E A: f(x) = y
189
J. BEBASTIA.O E SILVA
f =
(Lisboa
Tejo
Porto
Douro
Coimbra
Mondego
)
já vimos que f é uma aplicação biunivoca do conjunto A das
referidas cidades no conjunto B dos rios de Portugal. Então a inversa
de f é:
f-1 =
(
Tejo
Lisboa
Douro
Porto
Mondego
Coimbra
)
cujo dominio é B' = { Tejo, Douro, Mondego } = f(A).
(
Lisboa
Tejo
Porto
Douro
Coimbra
Mondego
)
190
COMPE:NDIO DE MATEMATICA
EXERCI CIOS:
2
4
3
6
4) ·
B
Q
= ( -2 -1
4 1
o
o
1
1
)
:
3 �). s=(: :)
2
. T = (: :) . u-(: ):
Quais são as que coincidem com as respectivas inversas 7
1 X X
2 - 5 x 3, (só em IR)
+
3x 2 ' x - 1
2
191
J. BEBABTIAO E BILVA
representa-se porIA.
elemento de A Dá-se-lhe o nome de aplicação identidade em A e
Será. pois:
IA = ( Lisboa
Lisboa
Porto
Porto
Coimbra
Coimbra
)
192
VOMPENDIO DE MATEMA.TICA
ou seja: IA (x) = X, V X E A
IA (x) = X, Vx E A
( )
de A em B:
( )
aplicação de B em C:
193
C M-13
J. SiiJBABTIA.O E StLVA
gf =
( Lisboa
Espanha
Coimbra
Portugal
Setúbal
Portugal
Santarém
Espanha
)
Como se vê, gf é a aplicação de A em C que resulta de
efectuar f sobre cada elemento x de A e, em seguida, g sobre o
elemento f(x) de 8, o que dá g(f(x)). Isto é, simbolicamente:
A B
194
COMPaNDIO DE MATEMA.TICA
2 3 2 3
3 4 4 1
Assim, virá:
g f
G
2
1
3
2 :) ' f
g �
(:
2
1
3
2 )
:
Tem-se neste caso f g = g f. mas nem sempre assim acontece,
como veremos mais adiante. Duas aplicações f, g dizem-se permu
táveis (ou comutáveis) quando f g g f.
=
195
J. SEBABTIAO E SILVA
2 3 2 3
4 6 4 9
S T � (: :) ,
Analogamente se vê que ( )
T s --
1
2
2
8
196
COMPilNDIO DE MATEMATICA
X E Dg 1\ g(x) E Dt
(� !) e
(!
é a aplicação vazia.
EXERCI CIOS:
)
2 2 2 3
3 1 2 1 I
( )
III. Idem para as aplicações
1 2 3 4 3 4
u= ·
1 2 3 4 6 3
197
J. BEBABTIAO E BILVA
)
4 6
4 6
:
( 1) Para simplificar, escrevemos 'dobro' em vez de 'dobro de', 'metade' em
vez de 'metade de', etc.
( 2) No caso de funções em IR prefere-se. como veremos adiante, a notação
'f o g' à notação 'f g'. Só por curiosidade usamos a segunda.
198
COMP�NDIO DE MATEMáTICA
f IA = f, laf = f
fia =
(42
e portanto f l a :F f, IAf :F f
199
.T. BEBABTIAO E SILVA
quê 7 Será correcto dizer, por exemplo, 'a raiz quadrada de 25' no
universo (07
Considere, agora, as aplicações
2
6
3
9
6
2
9
3
1 )
�
do conjunto A { 1 , 2, 3, 4 }, no conjunto 8 { 3, 6, 9, 1 2 }.
= =
r 't = (: 2
2
3
3
)
: = IA
f f" ' = (: 6
6
9
9
)
12
12
= la
200
OOMP'SNDIO DE MATlfJMA.TIOA
EXERCI CIOS:
I. Seja A = { - 3, - 2, - 1, 1 , 2, 3 }, B = { 1 , 4, 9} e f a
restrição da aplicação xvx2 a A. Defina directamente esta apli
cação e determine uma aplicação g tal que f g = l a (inverso à direita
de f). Quantos inversos à direita tem f7 Questões análogas para a
aplicação xvx2 em lN, e em IR.
201
J. BEBASTIAO E SILVA
8x 3. Ora, é fácil ver que ambos os produtos são ainda aplicações biuní
vocas de IR sobre IR. Qual é o inverso do operador dobro do cubo?
Para achar o dobro do cubo dum número x, eleva-se x ao cubo e
multiplica-se o resultado por 2; o número y assim obtido será, pois:
x =
Vf
Vemos, assim, que o inverso do operador dobro do cubo é o
operador raiz cúbica de metade. Analo9amente se reconhece que o
inverso de cubo do dobro é metade da raiz cúbica, o inverso de
dobro do terço é triplo da metade (isto é, o inverso de
2
é
3
T 2 ),
etc., etc.
202
COMP�NDIO DI!J MATI!JMATICA
g(f(x})
fg
Demonstração.
(3) x = (g - 1 f - 1 ) (z)
203
J. BEBABTIAO E SILVA
(f g h) (x) = f(g(h(x)))
204
VOMP�NDIO DE MA.TEMATICA
X E Oh 1\ h(x) E Dg 1\ g(h(x)) E Dt
Portanto, Dtgh será o conjunto de todos os valores de x que
verificam esta condição.
EXEMPLOS:
( )
I. Seja:
( )
Lisboa Madrid Paris
h -
(Porto
Douro
Coimbra
Mondego
Lisboa
Tejo Sado
)
Setúbal
( )
banha'. Então é fácil ver que se tem:
11. Seja:
205
J. SS1JA8TIÁÔ liJ SILVA
fgh= G Dtgh = { 1, 3 }
III. Seja f(x) g(x)
== 1/x, - 2- x, h(x) == v'x' no universo IR.
Então, será:
f 1 = t, f 2 = f f, f 3 = f f f, f4 = f f f f, etc.
Por exemplo:
Se f =
(1 2 3) vem f 2 =
(13 2 3) , (1 f3
=
231, 12 1
cp 4 é a aplicação vazia.
206
êtc. designam operadores facilmente reconhecfveis, definidos ém
subconjuntos de A. Observem-se os seguintes factos interessantes:
pmp p(m p) = (p m) p,
mpm m (p m) = (m p) m,
p3 = pp2 =
p2p, etc.
f(gh) = (fg)h
207
J, BEBABTIAO E SILVA
{ X E Dgh <=> X E Oh
(gh) (x) = g(h(x)), 'V X E Dhg
1\ h(x) E Dg
{ X E Dt(gh)<=>
[f(gh)] (X) = f (g(h(x)) ), 'V
X E Dt(gh)
X E Dh /\ h(x) E Dg /\ Q(h(x)) E Dt
Mas isto mostra que Dt(gh) = Dtgh e que
f(g h) = f g h
Analogamente, temos:
{ (fg)E Dtg<=>
U
(u) = f(g(u)), 'V u E Dtg
u E Dg 1\ g(u) E Dt
{ X E D(tg)h(x)<=> X E Dh
[ (fg)h] = (fg) [h(x)], 'Vx E D(tg)h
1\ h(x) E Dtg
208
-· ··-··· ..... .. ·�····· ··-· ·······-······ ·-- ···----- -- --- --·· - - - - - · - - -
·
COMP�NDIO DE MATEMATICA
209
J. BEBASTUO E SILVA
f f (x)
(f g) (x) = f {x). g(x), <-g> {x) =
g(x)
f(x) = x + 1 , g(x) = x2
(f o g) (x) = x 2 + 1, (g o f) (x) = (x + 1 ) 2
(f g) (x) = (g f) (x) = x 2 (x + 1 )
OOMP2NDIO DE MATEMATIOA
3 1 x E IN : 3 < x < 5
Lx (3< x< 5)
que se lê 'o elemento x tal que 3 < x < 5'. � claro que nesta
expressão a letra x é uma variável muda, que pode ser substitulda por
qualquer outra variável, sendo a expressão obtida equivalente à
primeira (ao contrário do que acontece com a condição 3 < x < 5,
em que a variável x é livre). Assim, em lN
ou então
tx (x2 = 9) = 3
21I
J. SEBABTIAO E SILVA
{ x: X 2 = 9 } = { 3, - 3 }
ou então
Lx (x2 = 9 A x > O) 3
Analogamente, em IR:
Ly (X = y + 2) ;a X - 2
212
OOMP"&NDJO DE MATEMATIOA
2 X
Ly (x = y) = 2 {dominio: IR)
ty {x =
y2 A v > O) = v'x {domlnio: [O, + oo [ )
Ly (x 2 + y2 = 9 1\ y>O) = v' 9 _
x2 {domlnio: [- 3, 3])
x 2 + y2 = 9 1\ Y > O
A = { x: 3 1 y, x R y }
X + y2 = 3 1\ y > 0
213
J. BBBASTIAO E SILVA
X R y <:> f(x) = y
214
COMPSNDIO DE MATEMATICA
OUTROS EXEMPLOS:
�
1--'
1 2 3 4
�
-
1
- ---- -- --
2 3 4
1 . 1 .
-- -- -- --__, ·-
- - -- -- -- --
2 2 .
-- -- -- -- -- -- -- -- -- --
3 . . 3 .
-- -- ---- -- -- -- -- --
�
4 4 .
R �
(� � �).
A primeira é funcional no conjunto { 1, 3, 4 }. Corresponde-lhe
a função f =
p(x) == ty (xFy 1\ y E M)
{
x2
Y "" 2x-1
se
se
X< 1
X ;> 1
Fica, assim, definida uma função real de domfnio IR, que também
pode ser :definida pela expressão designatória
designatória:
tn (n E Z 1\ n � x < n +1 )
que se pode ler 'o maior número inteiro igual ou nferi i or a x'.
Fica, assim, definida em IR uma função de x também chamada
'caracterlstica de x' ou 'parte nteira
i de x' e que se representa pelo
sfmbolo C(x). Teremos, por exemplo:
2ló
UOMPPJNDIO DE MATEMATICA
(1} x2 + y2 = 4
21Z
COMP:ENDIO DE MATEMATICA
218
Índice
. ·.
PlgJ,
NOTA DE APRESENTAÇÃO 7
Capitulo I. INTRODUÇÃO A LÓGICA MATEMÁTICA
1. Sinais e expressões . • . • . . • • . • . . . • . . • • . • • • • , . • . . . • . . . . . . 11
2. Termos e proposições . • . . . • . . . . . . • • • . . • ., . . . . . . . . . • . • . • . . 12
3. Distinção entre a designação e o designado 13
4. Relação lógica de identidade
. . . . . , , . . • . . . . .
• . . . . . . . • . • . . . . . . . . . . . . • . . . • 14
5. Individuas e classes; relação de pertença . • . . . . . . . . . . • • . . . . 15
6. Relatividade dos conceitos de individuo (ou elemento) e de classe
(ou conjunto). Universo lógico e tipos lógicos . . . . . . . . . . . . • 17
7. Dar ou definir um conjunto • . . . . • . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
8. Conjuntos finitos e conjuntos infinitos . . • . . . . . . . • . • • • . . . . . . 19
9. Valores lógicos das proposições 20
:
• . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . •
219
J. BBBABTIAO B SILVA
Plgs.
220
OOMPBNDIO DE MATEMATIOA
PIJgs.
3. Comutatividade e associatividade da adição. Adição iterada. . . . 140
4. Relação de grandeza entre mlmeros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
5. Relação de grandeza lata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
6. Adição e relação de grandeza. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
7. Subtracção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
• 149
8. Multiplicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
9. Divisão exacta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
1 O. Multiplicação em N0. . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . • ......... 154
1 1 . Números infinitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
12. Objecto do cálculo combinatório. Número de elementos da reunião
de dois ou mais conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
13. Número de elementos do produto cartesiano de dois ou mais
conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
14. Número de subconjuntos dum conjunto finito . . . . . . . . . . . . . . 164
15. Arranjos e permutações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
16. Combinações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
221
Com/posto e impresso na
T;pogra[ia Guerra - Vt8ev
e conclulu-ee
em Dez.embro de 1974
GABINETE DE ESTUDOS E PLANEAMENTO
DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA