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Revista EDaPECI

São Cristóvão (SE)


ISSN: 2176-171X v.18. n. 3, p. 61-70
set./dez. 2018
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E PRÁTICAS EDUCATIVAS COMUNICACIOANIS E INTERCULTURAIS

DOI:h p://dx.doi.org/10.29276/redapeci.2018.18.310107.61-70

Impacto de programa educacional em prá cas interdisciplinares na higienização das mãos (HM)
por profissionais de UTI
--------
Impact of an educa onal program on interdisciplinary prac ces in hand hygiene (HM)
by i professionals
---------
Impacto de programa educa vo en prác cas interdisciplinares en la higienización de las manos
(HM) por profesionales de UTI

Michelly de Melo Alves1


Alessandra Santos Silveira 2
Janaína Souza Silva3
Geraldo Sadoyama4

Resumo: A higienização das mãos (HM) tem sido preconizada como estratégia mais eficaz para redução de IRAS
(infecção relacionada à assistência à saúde) em Programas de Controle de Infecção. O obje vo deste trabalho foi
avaliar a adesão à higienização das mãos por profissionais de saúde após a implantação de um programa educacional
interdiscplinar.Realizou-se estudo observacional de equipe mul profissional quanto a técnica de HM. A avaliação
acorreu pré e pós-implantação de programa educacional. O programa foi realizado, em quatro períodos, sendo dois
dias, a duração foi em média de 40 minutos, inlcuiu teorização sobre epidemiologia das infecções hospitalares, suas
conseqüências, medidas preven vas e abordagem dos cinco momentos principais de higienização das mãos. A taxa
de adesão a higienização das mãos foi maior no período pós-intervenção educacional (87,9%; p=0,02). Diferenças
significantes quanto á técnica de higienização das mãos para o período pós-intervenção educacional foram: fricção
com água e sabonete, realiza todos os passos de higienização, molha as mãos para ensaboar, enxágue das mãos
para cotovelos, u lizou papel toalha.O aumento da qualidade no controle de IRAS exige inves mento na educação
permanente para os profissionais de saúde e mudanças dos aspectos relacionados às crenças e à cultura destes
profissionais.

Palavras-chave: Educação. Interdisciplinaridade. Higienização das mãos.

Abstract: THand hygiene (HM) has been advocated as the most effec ve strategy to reduce IRAS (infec on
related to health care) in Infec on Control Programs. The objec ve of this study was to evaluate the adherence
to hand hygiene by health professionals a er the implementa on of an interdisciplinary educa onal program.
An observa onal study of a mul professional team was carried out regarding the HM technique. The evalua on
involved pre- and post-implementa on of an educa onal program. The program was carried out in four periods, two
days, the dura on was on average 40 minutes, included theorizing on the epidemiology of hospital infec ons, its
consequences, preven ve measures and approach to the five main moments of hand hygiene. The rate of adhesion
to hand hygiene was higher in the post-interven on period (87.9%, p = 0.02). Significant differences in the technique

1  Mestre em Gestão Organizacional, Professora na Faculdade de Ensino Superior de Catalão (CESUC),


Coordenadora do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Saúde (NEPS).
2 Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Goiás (UFG).
3 Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Goiás (UFG).
4 Doutor em Imunologia e Parasitologia Aplicadas, Professor e Sub-Coordenador do Mestrado Profissional em
Gestão Organizacional da Universidade Federal de Goiás (UFG).
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of hand hygiene for the period a er the educa onal interven on were: rubbing with soap and water, performing all
hygieniza on steps, we ng hands to soapy, rinsing hands to elbows, using paper towels. Increasing the quality of
IRAS control requires investment in con nuing educa on for health professionals and changes in aspects related to
the beliefs and culture of these professionals.

Keywords: Educa on. Hand hygiene. Interdisciplinarity..

Resumen: La higienización de las manos (HM) ha sido preconizada como una estrategia más eficaz para reducir
la IRAS (infección relacionada a la asistencia a la salud) en Programas de Control de Infección. El obje vo de este
trabajo fue evaluar la adhesión a la higienización de las manos por profesionales de salud tras la implantación
de un programa educa vo interdisciplinario. Se realizó un estudio observacional de equipo mul profesional en
cuanto a la técnica de HM. La evaluación acentuó pre y post-implantación de programa educa vo. El programa
fue realizado, en cuatro períodos, siendo dos días, la duración fue en promedio de 40 minutos, inlcuyó teorización
sobre epidemiología de las infecciones hospitalarias, sus consecuencias, medidas preven vas y abordaje de los cinco
momentos principales de higienización de las manos. La tasa de adhesión a la higienización de las manos fue mayor
en el período post-intervención educa va (87,9%; p = 0,02). Las diferencias significantes en cuanto a la técnica
de higienización de las manos para el período post-intervención educacional fueron: fricción con agua y jabón,
realiza todos los pasos de higienización, moja las manos para enjabonar, enjugar de las manos a los codos, u lizó
papel toalla. El aumento de la calidad en el control de IRAS exige inversión en la educación permanente para los
profesionales de la salud y cambios de los aspectos relacionados con las creencias y la cultura de estos profesionales.

Palabras clave: educación, interdisciplinaridad, higienización de las manos.

INTRODUÇÃO pacientes e ambientes e após o contato com


contato com sangue, líquido corporal, secre-
As Infecções relacionadas à assistência à ções, excreções e ar gos e/ou equipamentos
saúde podem ser citadas como um relevan- contaminados(NEVESet. al. 2006).
te problema de saúde pública tanto no Brasil Ignaz Phlipp Semmelweis, ao u lizar uma
quanto no mundo, cons tuindo um alto risco solução de água clorada e sabão na lavagem
à saúde dos pacientes que se submetem a pro- das mãos dos profissionais que prestassem
cedimentos terapêu cos ou de diagnós co. In- cuidados aos pacientes, detectou a primei-
fecção relacionada à assistência à saúde(IRAS) ra evidência cien fica de que a lavagem das
é caracterizada como qualquer infecção adqui- mãos reduziria/evitaria a transmissão da fe-
rida pelo paciente durante a sua permanência bre puerperal; reduzindo de 18,27% para
no hospital, e se manifeste durante a interna- 3,07% o número de infecções por um período
ção ou após a alta, quando relacionada a hos- de dois meses. Apesar de todas evidências,
pitalização. As taxas de morte em pacientes e importância epidemiológica da HM na pre-
hospitalizados devido às IRAS, representam venção da IRAS, a adesão dos profissionais a
15% no Brasil e 10% nos Estados Unidos da essa medida ainda é um dos maiores desafios
América e Europa(NEVESet. al. 2006; BATISTA para as Comissões de controle de Infecção
et. al. 2012). Hospitalar – CCIH. As, IRAS são, frequente-
Sabe-se que as mãos são a principal ferra- mente, associadas à essa baixa adesão dos
menta de trabalho que desempenham a vida- profissionais de saúde à higienização das
des nos serviços de saúde, logo a segurança mãos (NEVESet. al. 2006).
do paciente depende diretamente da adesão A problemá ca das Infecções relacionadas
aos protocolos de higienização das mãos. A hi- à assistência à saúde (IRAS), seu enfretamento,
gienização das mãos (HM) não é uma medida prevenção, tratamento e controle, são desa-
recente de controle de infecção, deve ocorrer fios para as ins tuições, profissionais de saúde
antes e após o contato com o paciente, antes e e autoridades governamentais. Nesse sen do,
depois de calçar luvas, entre o contato de um o tema de Higienização das Mãos (HM), tem
paciente e outro, entre procedimentos, em sido tratado como uma das prioridades para a
ocasiões de transferência de patógenos para redução das IRAS, fato diretamente relaciona-

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do à segurança do paciente como uma ques- 2 MÉTODOS


tão global (JEZEWSKiet. al. 2017)
Estudos à cerca da HM nos hospitais, têm Par ciparam da pesquisa equipe mul pro-
sido desenvolvidos mundialmente em Unida- fissional da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
des de Terapia Intensiva (UTIs), jus ficado ao na qual incluem 05 médicos plantonistas, 04
risco do paciente exposto adquirir infecções enfermeiros, 20 técnicos de enfermagem, 04
devido à condição clínica e exposição de fato- fisioterapeutas. Os profissionais que man -
res de risco, fazendo necessário monitoramen- nham contato direto com o paciente e reali-
to e suporte con nuo das condições vitais. zavam assistência à saúde.O estudo foi desen-
Nesse contexto, a inadequada HM dos profis- volvido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
sionais de saúde e par r de estudos explora- com CCIRAS atuante. A UTI era composta por
dos em base de dados da literatura nacional e 10 leitos, sendo, 01 leito de isolamento. Ob-
internacional, as UTIs são apontadas como ce- servou-se um profissional de saúde por vez,
nário prevalente de coleta de dados (JEZEWSKi os observadores permaneciam discretos no
et. al. 2017). seu posicionamento no local, não interferiam
Apesar do conhecimento dos profissio- nas a vidades do setor e ao aplicar o termo
nais de saúde quanto a importância da apli- de consen mento livre esclarecido explicaram
cação correta das técnicas de HM, boa parte porque estariam ali.
dos profissionais nem sempre seguem o re- Um programa educacional foi realizado em
comendável. Para os profissionais da equipe agosto de 2016, após a análise dos resultados
de saúde, o sucesso para a redução de taxas da observação direta e da avaliação de nível de
de IRAS, está na adesão dos profissionais de conhecimento dos profissionais. No hospital
saúde às medidas preven vas. (BATISTA et. os profissionais trabalham em uma escala de
al.; 2012). 12x36, sendo uma equipe a cada turno de tra-
Os profissionais ressalvam ainda a impor- balho. O programa aconteceu na UTI, em qua-
tância da educação permanente no ambiente tro períodos, sendo dois dias, tanto no período
de trabalho através de treinamentos periódi- diurno como no noturno, a duração foi em mé-
cos que envolvam a equipe mul disciplinar, dia de 40 minutos em cada turno de trabalho.
com abordagem de conteúdos sobre preven- Par ciparam do programa 4 médicos, 20 téc-
ção e controle de IRAS e a qualidade da assis- nicos de enfermagem, 04 fisioterapeutas e 4
tência à saúde. É importante conter no progra- enfermeiros, sendo realizado em horários que
ma de Controle de Infecção-Hospitalar – CCH, não interromperam as a vidades profissionais.
a vidades que contemplem no mínimo, ações Entre os recursos pedagógicos empregados na
rela vas à prevenção e controle das IRAS, intervenção educacional foram: apresentação
como, por exemplo: capacitação no quadro de audiovisual com u lização de projeção mul -
funcionários e profissionais da ins tuição. (BA- mídia e a distribuição para cada profissional
TISTA et. al.; 2012). de um folheto informa vo sobre os cinco mo-
A educação permanente aumenta o aces- mentos de higienização das mãos.
so da equipe às informações sobre a im- Na apresentação audiovisual realizou-se
portância da HM para o controle das IRAS. uma teorização sobre epidemiologia das infec-
Acredita-se que programas de educação ções hospitalares, suas consequências, medi-
con nuada sejam um meio de promover mu- das preven vas e abordagem dos cinco mo-
dança de comportamento e, assim, almeja- mentos principais de higienização das mãos e
-se que o controle de infecção faça parte da após foi divulgado os resultados da observa-
consciência do profissional. Nesse contexto ção direta e do ques onário de avaliação de
o obje vo deste trabalho foi avaliar a adesão nível de conhecimento do estudo por catego-
à higienização das mãos por profissionais de ria profissional. Os profissionais se mostraram
saúde de uma UTI após a implantação de um bastantes interessados durante a realização
programa educacional. do programa educacional, a questão levanta-

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da por todos foi de que é necessário que haja tes os resultados que apresentaram p-valor
uma maior adesão à higienização das mãos igual ou inferior a 5% (<0,05). A Análise esta-
para uma redução do número de infecções. s ca foi relaizada com so ware SPSS 23.0. O
Os bene cios da pesquisa foram de pro- trabalho foi aprovado pelo CEP nº1.339.353.
porcionar ao serviço de saúde uma melhor
qualidade na assistência, minimizando as 3 RESULTADOS
IRAS e favorecendo aos profissionais de saúde
maior conhecimento e conscien zação para o No presente estudo foram realizadas 366
controle de infecção hospitalar. Na apresenta- observações, sendo comparadas as 242 opor-
ção realizou-se uma teorização sobre epide- tunidades observadas antes da educação pro-
miologia das infecções hospitalares, suas con- fissional com as 124 oportunidades após o
seqüências, medidas preven vas e abordagem período de intervenção. Não houve dados per-
dos cinco momentos principais de higienização didos de oportunidades observadas. O núme-
das mãos e após foi divulgado os resultados da ro de observações por categoria profissional
observação direta por categoria profissional. encontra-se na tabela 1.
A análise dos dados foi realizada de forma Nas observações verificou-se ainda se, os
descri va, através defrequência absoluta e re- profissionais executavam a higienização de
la va. Na esta s ca inferencial foi realizado o maneira correta. Na análise dos dados cons-
teste do qui-quadrado (x²) ou teste exato de tatou-se que houve um aumento no número
Fisher para variáveis qualita vas. A força de de profissionais que aderiram à remoção de
associação entre cada uma das variáveis expli- adornos, onde 123 (99,2%) removeram ador-
ca vas e a variável resposta foi avaliada pelo nos enquanto 1 (0,80%) não removeu. Na fric-
cálculo do “odds ra o” (razão de chances) ção com álcool gel, 104 (97,2%) optaram não
acompanhado do respec vo intervalo de con- u lizar enquanto 32 (2,8) optaram pela fricção
fiança de 95% (IC 95%). Em todas as análises com álcool gel, em contrapar da na u lização
foi adotado um nível de significância (α) de 5%, de água e sabonete 104 (97,2%) o fizeram, en-
ou seja, foram considerados como significan- quanto 32 (2,8%) não o fez.

Tabela 1 - Ͳ
Número de oportunidades observadas por categoria profissional antes e depois da
Educação

EƷŵĞƌŽĚĞŽƉŽƌƚƵŶŝĚĂĚĞƐ
ĂƚĞŐŽƌŝĂ EƷŵĞƌŽĚĞ
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dŽƚĂů ϯϯ ϮϰϮϭϬϬ ϭϮϰϭϬϬ
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).

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Em relação à adesão à higienização das (77,3%) houve higienização e em 55 (22,7)


mãos, das 124 oportunidades em 109 não houver higienização, conforme gráfico
houve adesão dos profissionais (87,9%) e 1. A taxa de adesão a higienização das
15 (12,1%) oportunidades foram de não mãos foi maior no período pós-intervenção
adesão, comparadas com a higienização dos educacional (87,9%; p=0,02; OR=2,14) que
profissionais antes da intervenção, onde pré-implantação (77,27%).
das 242 oportunidades observadas, em 187

Gráfico 1 - adesão dos profissionais à higienização das mãos antes e depois da educação.


Fonte: Elaborado pelos autores (2017).

Verificou-se também que em 3 (2,8%) realiza todos os passos de higienização


oportunidades os profissionais deixavam (OR=1,69), molha as mãos para ensaboar
secar espontaneamente, enquanto em106 (OR=13,04), enxágue das mãos para cotovelos
(97,2%) não deixavam. Em “molha as mãos (OR=2,85), u lizou papel toalha (OR=21,80).
para ensaboar” 101 (92,7%) houve adesão, Não foram detectadas diferenças significantes
e em 8 (7,3%) não houve adesão. No que entre os dois períodos para a remoção de
se diz respeito a realizar todos os passos de adornos, fricção com álcool gel e deixar secar
higienização, houve adesão em 64 (59,3%) espontaneamente as mãos (Tabela 2).
oportunidades e a não adesão em 44 (40,7%) No período em que foram realizadas as
oportunidades. Em 54 (49,5%) oportunidades observações, avaliou-se os profissionais no
houve adesão em relação à “ enxágue das que se refere à execução da higienização as
mãos para os cotovelos” enquanto em 55 mãos de acordo com os cinco momentos
(50,5%) oportunidades não houve adesão preconizados pela ANVISA. Detectou-se
(tabela 2). uma maior adesão aos 5 momentos após a
Ao verificar a u lização do papel toalha, intervenção educacional para todas as variáveis
constatou-se que foi u lizado o papel toalha (antes da realização de procedimento, antes
em 105 (98,1%) oportunidades e em 2 (1,9%) da realização de procedimento assép co,
não foi u lizado. Diferenças significantes após exposição a fluidos corporais, após o
quanto á técnica de higienização das mãos para contato com o paciente, após o contato com
o período pós-intervenção educacional foram: ambiente próximo ao paciente) (p<0,05)
fricção com água e sabonete (OR=14,15), (Tabela 2).

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De acordo com a tabela 3, verifica-se que (10,1%) oportunidades. Constatou-se menor


a maior aderência pelos profissionais após aderência dos profissionais no momento
a intervenção ocorreu no momento “após “antes do contato do paciente” onde em
exposição à fluídos corporais” no qual 60 (55,6%) oportunidades houve adesão,
observou-se que houve adesão em 98 enquanto que em 48 (44,4%) oportunidades
(89,9%) oportunidades e não adesão em 11 não houve adesão.

Tabela 2 - Aderência dos profissionais nas técnicas de higienização das mãos, ANTES e DEPOIS
da Educação.

DKDEdK WK/^ Ed^  


EǑ ƚŽƚĂů ĚĞ ŽƉŽƌƚƵŶŝĚĂĚĞƐ 
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ŚŝŐŝĞŶŝnjĂĕĆŽ  
 
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ĐŽƚŽǀĞůŽƐ  
 
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EĆŽ ϱϱ;ϱϬ͕ϱйͿ ϭϴϬ;ϳϵ͕ϯϵйͿ
hƚŝůŝnjŽƵƉĂƉĞůƚŽĂůŚĂ  
 
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фϬ͕ϬϬϭ Ϯϭ͕ϴϬ;ϱ͕ϮϯͲϵϬ͕ϳϰͿ
EĆŽ Ϯ;ϭ͕ϵйͿ ϳϭ;Ϯϵ͕ϯϰйͿ

p<0,05=diferença esta s camente significante pelos testes do χ2 ou exato de Fisher; OR=razões de chance; IC=intervalo de
confiança.
Fonte:
 Elaborado pelos autores (2017).


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Tabela 3 - Adesão aos cinco momentos para higienização das mãos, ANTES e DEPOIS da
Educação.

DKDEdK WK/^ Ed^  


EǑƚŽƚĂůĚĞ
EсϭϮϰ EсϮϰϮ Ɖ KZ;/Ϳ
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ƉĂĐŝĞŶƚĞ  
 
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^ŝŵ  
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ϵ;ϴ͕ϯйͿ ϭϭϵ;ϱϬ͕ϴйͿ
p<0,05=diferença esta s camente significante pelos teste do χ2 ou exato de Fisher; OR=razões de chance; IC=intervalo de
confiança
Fonte. Elaborado pelos autores (2017).

ϰ/^h^^K

4 DISCUSSÃO ao controle de infecção hospitalar e a adesão


na prá ca de HM. Nota-se que a observação
Após aplicabilidade de um programa edu- direta dos profissionais de saúde na adesão à
cacional na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), HM e o levantamento de fatores que contri-
objeto de pesquisa deste estudo, acerca da buem para a não realização desta prá ca, pos-
importância da Higienização das Mãos HM, sibilita aos gestores implementar intervenções
foi implementado um protocolo de lavagem que mo vem a HM. O estudo forneceu infor-
das mãos de forma a realizar a organização do mações cien ficas que contribuíram para a
serviço para prevenção e controle de infecção implementação de programa de treinamento
hospitalar. É possível evidenciar o conheci- e protocolos para a educação destes profissio-
mento dos profissionais de saúde em relação nais.

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Jezewskiet al (2017), através de estudos As pesquisas de Won et al(2004), eviden-


em base de dados nacional e internacional ciaram o aumento à adesão de médicos, en-
refere que, as consequências da inadequa- fermeiras e outros profissionais de saúde para
da HM da equipe de enfermagem e mul - 80%, diminuindo assim a taxa média de infec-
profissional, aponta as UTIs como cenário ções nosocomiais de 15,1 mil pacientes/dia
prevalente de coleta de dados, elencando a para 10,4 mil pacientes durante o primeiro e
educação em saúde um ensino aprendizado segundo anos da campanha de prevenção a in-
influenciador nas prá cas a respeito da higie- fecções por meio da lavagem das mãos. A lite-
nização das mãos e prevenção de transmis- ratura refere taxa de adesão além do esperado,
são do foco. ressaltando o treinamento dos profissionais de
Em relação às observações feitas após saúde, focando na necessidade e importância
o programa educacional, considera-se uma de uma prá ca aparentemente tão simples
complexidade na assistência da UTI e assim como a higienização das mãos. (OLIVEIRA et al
podem ser alcançadas, por hora e por pro- 2011; WON et al 2004)
fissional, até 22 oportunidades para a HM, Par ndo disso, estratégias que envolvam o
frequência esta que se encontra diretamen- indivíduo como construtor de seu próprio co-
te proporcional à organização de trabalho, às nhecimento profissional, conscien za-o para a
condições do paciente assis do e à força de mudança de comportamento. A promoção da
trabalho disponível. Ao mesmo passo, este educação em saúde, com foco no controle de
estudo demonstra que a adesão é inversa- infecção dos serviços de saúde, deve ser assu-
mente proporcional às oportunidades. Sendo mida pela CCIRAS na busca de meios que pro-
assim, locais que demandam maior número movam mudanças mais eficazes e duradouras.
de oportunidades, a taxa de adesão é menor. É válido citar que, a adesão é influenciada,
(BATHKE, 2013). dentre outros fatores, pela complexidade do
Os estudos de Neves et al (2006), trazem cuidado a ser prestado pelo profissional. (NE-
percentuais de adesão à HM antes e após VES et al, 2006; BATISTA et al, 2012).
de procedimentos, semelhantes. Entretanto A observação direta das oportunidades de
observou-se no presente estudo que, os pro- HM tem sido abordagem mais u lizada para
fissionais seguiram as orientações propostas avaliar o comportamento e aderência de toda
pela estratégia educacional, mas os es mu- a equipe de saúde às medidas de controle
los desencadearam a repe ção de suas ações de infecção, além de ser considerado padrão
apenas no período das intervenções, havendo ouro pela OMS para monitorização da prá ca.
diminuição no período posterior. Essa abordagem caracteriza-se por dispor no
Alguns estudos colaboram com nossos ambiente hospitalar um observador, que irá
achados, onde a adesão é maior mediante analisar se o profissional de saúde em questão
es mulo e programa educacional e provam estará realizando HM de acordo com o reco-
que a lavagem das mãos antes e após contato mendado, através da observação das opor-
com o paciente, é uma das principais formas tunidades de HM e dos atos de HM propria-
de prevenção de infecções em ambiente hos- mente ditos. Essa abordagem permite ainda a
pitalar. Par ndo disso, implantar um progra- possibilidade de analisar diferentes categorias
ma educacional e de prevenção é uma ma- profissionais em turnos dis ntos de trabalho.
neira eficiente para o aumento da adesão dos (OMS, 2010; OLIVEIRA et al 2011).
profissionais de saúde à HM(LAM et al, 2004; É importante pontuar o fato de que o ob-
MARTINEZ et al 2009). No estudo conduzido servador deve ser uma pessoa desconhecida na
por Lam et al (2004) conseguiu aumentar de ins tuição, a fim de não atrapalhar o compor-
40 para 53% a adesão de médicos e enfer- tamento dos profissionais, uma vez que estes
meiros à lavagem das mãos antes do contato passariam a se preocupar mais com as medidas
com o paciente e de 39 para 59% após esse de precaução-padrão. Portanto, alguns estudos
contato. u lizam como observadores estudantes de gra-

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Impacto de programa educacional em prá cas interdisciplinares na higienização das mãos
EDITORIAL
(HM) por profissionais de UTI 69

duação ao invés de profissionais da ins tuição, BATISTA, Odinéa Maria Amorim et al.
e a equipe observada desconhece a realização Representações sócias de enfermeira sobre a
da pesquisa. (OLIVEIRA et al; 2011). infecção hospitalar: implicações para o cuidar
A literatura traz ainda a relevância sobre prevencionista. Revista de enfermagem
introduzir, cada vez mais, no ambiente aca- UERJ. v.20, n.4, p. 500-506,2012.
dêmico a importância da adoção das técnicas
de HM. É o caso de Feldhaus et al (2018) que FELDHAUS, Carine et al. Conhecimento de
descreve como responsabilidade e compro- acadêmicos de enfermagem e fisioterapia
misso das ins tuições de ensino, pois se tra- sobre higiene das mãos. Revista Mineira de
tam de responsáveis pela formação e veículo Enfermagem, n.22, p.1-7, 2018.
de conhecimentos cien ficos essenciais para
o reconhecimento da importância do tema, JEZEWSKI, Gore Moisiane et al.
visando promover um atendimento primor- Conhecimento de profissionais de
dial com adesão para aprimorar a segurança enfermagem de um hospital privado acerca
do paciente e do profissional. (FELDHAUS et da higienização das mãos. Revista Cuidarte.
al 2018) v.8, n.3, p. 1777-1785,2017.

5 CONCLUSÃO LAM, Barbara; LEE, Josefine; LAU, YL. Hand


hygiene prac ces in a neonatal intensive care
Neste estudo, verificou-se uma maior unit: a mul modal interven on and impact
adesão dos profissionais de saúde, a prática on nosocomial infec on. Pediatrics, n.114,
de higienização das mãos, após a interven- p.e565-571, 2004.
ção, através de um programa educacional
interdisciplinar. Verifica-se a necessidade de MARTINEZ, Mariana Reclusa; CAMPOS, Luiz
se repensar a prática profissional, enquan- Alexandre A. F.; NOGUEIRA, Paulo Cesar K.
to facilitadores no controle de IRAS, eviden- Adesão à técnica de lavagem de mãos em
ciando os programas de educação em saú- unidade de terapia intensiva neonatal. Revista
de visando a profilaxia através da adesão à Paulista de Pediatria. v.27, n.2, p.179-85, 2009.
HM dos profissionais de saúde. O papel da
CCIRAS é evidentemente relevante no que NEVES, Zilah Cândida Pereira et al.Higienização
se diz respeito à estratégias e elaboração de das mãos: o impacto de estratégias de
normas e orientação de atividades de edu- incen vo à adesão entre profissionais de
cação continuada da instituição, voltadas, saúde de uma unidade de terapia intensiva
principalmente para a capacitação dos pro- neonatal. Revista La no Americana de
fissionais. Enfermagem. v. 14, n.4, p.1-8 ,2006.
Portanto, para aumentar a qualidade no
controle de infecção hospitalar, destaca-se o OLIVEIRA, Adriana Cris na; PAULA, Adriana
inves mento na educação permanente para Oliveira de. Monitorização da adesão à
os profissionais de saúde e mudanças dos as- higienização das mãos: uma revisão de
pectos relacionados às crenças e à cultura des- literatura. Acta Paulista de Enfermagem. v.
tes profissionais. 24, n. 3, p.407-413, 2011.

REFERÊNCIAS OMS, Organização Mundial da Saúde.Hand


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BATHKE, Janaína et al . Infraestrutura e Introduction and user instructions, World
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Enfermagem. v.34, n.2, p.78-85, 2013. de l’infection, 2010.

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70 Revista EDaPECI

WON, Sau-Pin et al. Handwashing program


for the preven on of nosocomial infec ons
in a neonatal intensive care unit. Infec on
Control and Hospital Epidemiology,v.25, n.9,
p.742-746, 2004.

Recebido em 01 de outubro de 2018


Aceito em 10 de outubro de 2018

São Cristóvão (SE), v.18, n.3, p. 61-70, set./dez.2018

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