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Mas as mulheres também sofreram de maneiras diferentes, porque eram vítimas de abuso sexual

e outras barbaridades de maus tratos que apenas podem ser infligidas às mulheres. Os
comportamentos dos donos de escravos para as mulheres escravas eram: quando era rentável
explorá-las como se fossem homens, sendo observadas, com efeito, sem distinção de género,
mas quando elas podiam ser exploradas, castigadas e reprimidas em formas ajustadas apenas às
mulheres, elas eram fechadas dentro do seu papel exclusivo de mulheres.
Quando a abolição internacional do comércio de escravos começou a afetar a
expansão da inicial e crescente indústria de algodão, a classe dos donos de escravos foi forçada
a confiar na reprodução natural como o método mais seguro de substituir e aumentar a população
doméstica escrava. E aí o peso colocou-se na capacidade das mulheres escravas reproduzirem.
Nas décadas antes da guerra civil, as mulheres negras tornaram-se crescentemente avaliadas
pela sua fertilidade (ou falta dela):
aquela que fosse potencialmente mãe de dez, doze, catorze ou mais tornava-se um tesouro
cobiçado. No entanto, isso não significava que como mães, as mulheres negras tivessem um
estatuto mais respeitável do que tinham como trabalhadoras. A exaltação ideológica da
maternidade – popular durante o século XIX – não se estendia às escravas. De facto, aos olhos
dos donos de escravos, as mulheres escravas não eram mães em absoluto; eram simplesmente
instrumentos que garantiam o crescimento da força de trabalho escravo. Eram “fazedoras de
nascimentos/breeders”-
animais, cujo valor monetário podia ser calculado precisamente em função da sua habilidade em
multiplicar os seus números.
Como fêmeas, as mulheres escravas estavam inerentemente vulneráveis a todas as formas de
coacção sexual. Se a mais violenta punição dos homens consistia nos castigos e mutilações, as
mulheres eram castigadas e mutiladas, bem como violadas.
A violação, de facto, era uma expressão demonstrada pelo domínio económico dos donos de
escravos e pelo controlo do capataz sobre as mulheres negras como trabalhadoras.
Exigidas pelos seus donos a serem “masculinas” na performance do seu trabalho
como se fossem homens, as mulheres negras devem ter sido profundamente afetadas
pelas suas experiências durante a escravatura. Algumas, sem dúvida, foram
quebradas e destruídas, no entanto a maioria sobreviveu e, no processo, adquiriu
qualidades consideradas tabus pela ideologia do século XIX sobre a natureza
feminina.
Seria um erro olhar para o modelo institucionalizado da violação durante a
escravatura
como uma expressão do impulso sexual dos homens brancos, diferentemente
reprimido pelo espectro da castidade da natureza feminina. Isso seria demasiado
simplista como explicação. A violação era uma arma de dominação, uma arma de
repressão, cujo maior objetivo era extinguir a vontade das mulheres escravas em
resistir, e nesse processo, desmoralizar os seus homens
Apesar do testemunho dos escravos sobre a alta incidência de violação e coação
sexual, a questão do abuso sexual foi tudo menos posta a descoberto pela literatura
tradicional sobre a escravatura. Algumas vezes até foi assumido que as mulheres
escravas acolhiam e encorajavam as atenções sexuais dos homens brancos. O que
aconteceu entre eles, então, não foi exploração sexual, mas antes “miscigenação”.
Atualmente, o lugar da mulher foi sempre em casa, mas durante a era pré-industrial a
própria economia centrou-se em casa e nas imediações dos campos. Enquanto os
homens lavravam a terra (muitas vezes ajudados pelas suas mulheres), as mulheres
foram manufatureiras em produções fabris de roupas, velas, sabonetes e praticamente
todas as outras necessidades da família. O lugar da mulher foi a casa – mas não
meramente porque elas estavam aborrecidas e na retaguarda dos filhos ou a ministrar
as necessidades dos seus maridos. Elas foram trabalhadoras produtivas dentro da
economia doméstica e o seu trabalho foi tão respeitado como o dos homens. Quando
a manufactura saiu de casa para a fábrica, a ideologia da natureza feminina –
feminismo – começou a crescer entre os ideais de esposa e mãe. Como
trabalhadoras, as mulheres pelo menos gozavam de igualdade económica, mas como
esposas, o seu destino era serem apêndices dos seus homens, servis dos seus
maridos. Como mães elas eram definidas como veículos passivos para o
reabastecimento da vida humana. A situação da esposa dona-de-casa estava cheia de
contradições. Era necessário resistir.

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