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Professora de São Paulo, aborda Foucault e letramento racial em curso na UEM

por Bruno Barra e Tacia Rocha

Nesta segunda-feira (25), a Prof. Dra. Souzana Mizan, da Universidade


Federal de São Paulo (UNIFESP), Campus Guarulhos, ministrou o curso “Foucault,
Genealogia e Crítica Social: Letramento racial no ensino básico e superior”. Sob a
coordenação da Profa. Dra. Liliam Cristina Marins, o evento ocorreu no auditório
Walter Pelegrini (DTL/UEM). Dentre o público atraído pelo tema estavam
pesquisadores/as e professores/as da área de letras.
O curso pode ser dividido em três momentos. No primeiro, Mizan explicou a
diferença entre letramento e alfabetização, sendo o primeiro mais abrangente uma
vez que leva em consideração o contexto social no qual o/a aluno/a se encontra.
Logo após, expôs a arqueologia das ciências humanas que, a partir do pensamento
positivista moderno, coloca o homem branco europeu como centro de tudo. Mizan
afirmou que houve, a partir desse viés científico, uma “matematização da língua”. Já
hoje, quanto maior a interdisciplinaridade entre as ciências humanas, melhor. E a
partir da virada pós moderna, outros tipos de saberes emergem.
Em um segundo momento, Mizan apresenta o ponto de vista da perspectiva
foucaultiano para pensar a educação de modo menos descentralizador, a fim de
valorizar/visibilizar saberes não legitimados pelo cânone. A pesquisadora
demonstrou tal premissa ao articular os procedimentos metodológicos erigidos pelo
filósofo - a arqueologia e a genealogia - de modo a propor descolonização do
currículo por meio do primeiro e o questionamento acerca de raça por meio do
último em intersecção com o conceito de letramento.
Por último, Mizan apresenta a visada prática expondo imagens retiradas de
materiais didáticos e outras que circularam na mídia e demonstrou como
marcadores sociais são subsídios para a (re)produção de lugares sociais nos quais
negros/as aparecem como subalternos. O objetivo foi mostrar encaminhamentos
que podem colaborar com leitura crítica de alunos/as, retirando o véu dos modos
racistas que as diversas linguagens materializam em nossa cultura.
Essas reflexões levam ao entendimento de que “a Língua coloniza a nossa
mente”, o que justifica a necessidade de se ter uma pedagogia crítica que
descolonize o currículo. O “ponto de partida é a diferença, a heterogeneidade.” A
pesquisadora Taynara que teve Mazin em sua banca de mestrado no mesmo dia,
endossa esta posição ressaltando a importância do letramento racial e os
multiletramentos. Sua pesquisa versa sobre o trabalho que realizou com professores
de uma escola na periferia. “Concordo com muitas questões que Mizan apresenta, e
sobretudo, é necessário agir. Então meu mestrado acabou, mas ainda tem muito a
ser feito.”

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