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Discorra sobre a composição do poema Eneida, de Virgílio, levando em consideração

também o contexto histórico do autor.

Para começar uma reflexão sobre a epopeia Eneida de Virgílio, primeiramente é preciso
conhecer o contexto histórico do autor e o significado de epopeia.

A respeito da circunstância é preciso lembrar que a obra foi escrita em um período de


mudanças políticas em Roma, pois Júlio Cesar estava dando lugar a Otávio Augusto e
provavelmente era o momento de glorificar essa cidade como um Império e de buscar a
identidade de um povo a partir de um olhar mítico. A epopeia tem a capacidade de trazer esse
conceito de grandes heróis para a formação de Roma.

Fica, então, nesse momento, imprescindível conceituar epopeia para uma melhor
compreensão da obra. Esse tipo de poema tem um longo comprimento que tem o objetivo de
narrar passagens heroicas tendo um certo padrão a se seguir, ou seja, relatar guerras e estar em 3ª
pessoa.

Também é preciso lembrar que existe uma diferença na forma de propagação entre a Eneida
e os poemas homéricos Ilíada e Odisséia, pois apesar do primeiro parecer uma mimese de
Homero, ela possui uma característica muito peculiar, que é o fato de ser uma obra escrita,
enquanto que as anteriores eram narrativas cantadas.

Esse primeiro trecho de apoio que, faz referência a uma tradução de Eneida feita pelo
escritor Carlos Alberto Nunes, mostra bem claro o caminho percorrido pelo "herói" Eneias. As
aspas servem para reforçar a comparação entre esse herói aos grandes heróis gregos, pois é
possível perceber que ele não buscava glórias próprias (glamour), mas que estava sendo guiado
pelo destino para realizar a história concedida a ele pelo deuses (uma missão), tanto que sua mãe,
a deusa Vênus obriga-o a sair em fuga de Tróia, o que, na época, era inaceitável, por demonstrar
uma certa covardia. Sua mãe lhe garante que não adiantava lutar, pois o destino de Tróia já
estava traçado e caberia a ele levantar um novo Império em um novo lugar.

Eneias foge, junto com sua esposa, filho e seu pai que já estava muito idoso, mas que era
uma peça muito importante para a história, já que é ele quem iria guiar o filho para as novas
terras. Sendo assim o pai era a razão e Eneias a força. Ao sair de Troia para a Itália torna-se o
fundador de grandes cidades.

No decorrer da história do herói vão aparecendo muitas semelhanças com os poemas


homéricos, como por exemplo: Eneias também é perseguido pelas dificuldades colocadas pelos
deuses, como se fosse uma forma de moldá-lo para se tornar mais resiliente. Perseguições essas
feitas principalmente pelo deus Juno.

A morte de pessoas queridas no meio do caminho dificulta muito o trajeto do protagonista,


como a morte de seu pai, da esposa e de Dido, uma rainha que conheceu nas suas desventuras e
aventuras

Eneias não perde a força, pois vai se encontrar com o pai no submundo (Plutão), onde a alma
de seu pai vai mostrá-lo a alma dos grandes guerreiros que estão à sua espera nas portas do
futuro.

Ao chegar na Itália e após lutar contra os povos latinos, casa-se com Lavínia e cria uma
cidade com o nome da nova esposa, mas para isso acontecer, ele ainda precisou lutar com um
outro pretendente da mulher, um homem que havia matado o jovem filho de um grande amigo de
Eneias. Julga-se que essa parte foi para mostrar uma característica muito importante desse herói
virginiano associando talvez a uma própria característica do homem romano, que é o fato de ele
ser piedoso. Assim podemos, também, exaltar o trecho do livro Grandes Epopeias da
Antiguidade e do Medievo organizado por Dominique Santos: "Em uma das estrofes do poema o
herói é denominado pai Eneias, epiteto que o acompanha até o fim do poema." (A Eneida de
Virgílio - escrito por Thiago Eustáquio Araújo Motta). Porém a piedade de Eneias não foi capaz
de impedi-lo de matá-lo, pois ele estava vestido com as armas do jovem (ostentando).

Pode-se inferir que Eneida, também tem uma obrigatoriedade de dar uma continuidade a obra
Ilíada, pois é Eneias que vai contar o acontecimento após a entrada do cavalo de madeira em
Tróia.

Apesar das semelhanças expostas da obra com as obras de Homero, ela provavelmente não
possa ser considerada um plágio, pois traz consigo uma necessidade própria de explicar o mundo
romano a partir de algo tão esplendoroso, como foi a mitologia. Levando também em
consideração a influência que os romanos receberam dos povos gregos durante o helenismo.
Podendo, assim, ser possível dizer que, Eneida é a história de um povo e Eneias foi o escolhido
para explicá-la.

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