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PARECERES

REGISTRO DE CAPITAL - CONVERSÃO DE DIvIDA EXTERNA-


DIREITO ADQUIRIDO

PARECER

tipo, mediante investimento na segunda das indica-


das empresas nacionais (MM).
A consulta esclarece que, desde 1976, detenni- Em conseqüência, foi emitido certificado de re-
nado grupo estrangeiro aplicou recursos no País, gistro especHico, tendo como receptora a empresa
mediante investimentos em empresas nacionais, em questão, ao qual aditou-se observaçlo especial,
com o correspondente registro do capital nos termos declarando que "a parcela de USS 2.595.000,00,
da lei. resultante da conversão de dívida em investimento,
Assim, a Agribahia SoA. (a seguir designada fica indisponível para remessa ao exterior, a título
como A) figura como empresa receptora de investi- de retomo e de ganho de capital, pelo prazo de 12
mento em certificados em nome do investidor Pan anos a contar de 29.12.88, na forma do art. 12 do
Finance Corporation. Regulamento anexo l Resolução n!! 1.460, de I!! de
Paralelamente, o mesmo investidor estrangeiro é fevereiro de 1988".
titular de outros certificados de registro que apre- A primeira das empresas nacionais citadas (A)
sentam .como empresa receptora a sociedade nacio- não participou da conversão nem. por qualquer
nal Marcelino Martins & E. Jobnson Exportadores forma. o valor convertido nela foi aplicado.
Ltda. (a seguir indicada como MM). Tendo iniciado negociações visando l cessão de
Em ambos os casos, o registro de capital estran- sua participação acioMrla na empresa A (que, como
geiro assegura o retomo do capital ou a remessa ~ visto, nIo foi partícipe ou beneficiária da conver-
rendimento do capital registrado, nos termos da Lei sio), o investidor estrangeiro requereu ao B~co
n!! 4.131/62 e de seu regulamento baixado com o Central do Brasil autorizaçAo para que, alternativa-
Decreto n!! 55.762165. mente:
Em observlncia das normas legais, consta dos
a) na hipcStese de alienação a sociedade domici-
certificados a expressa observação de que, sem ne-
liada no Pafs, fosse permitido o retorno do capital
cessidade de outra autorizaçio, poderio ser efetua-
investido, constante do certificado de registro, ap6s
das remessas a título de retomo de capital ou de
o pagamento do tributo incidente e a verificação de
transfetência de reinvestimentos, até o montante da
legitimidade; ou
moeda estrangeira indicada, bem como remessas de
valor líquido de lucros e dividendos, segundo a le- - b) na hipcStese de transferência da participação
gislação vigente. acionma no exterior, ocorresse a transferência do
Informa, ainda, a consulta que jamais foram certificado para os novos investidores, sem ratriçIo
feitas remessas, a qualquer desses títulos. l futura remessa de divisas, como dele COIllIIante.
Este o quadro deflDido de direitos e deveres com Em resposta. o Banco Central do Brasil, em te-
base nos certificados de registro regularmente emi- lex dirigido ao investidor estrangeiro, declarou:
tidos. a) ""da inviabilidade de atendimento ao pleito em
Com o advento do Programa de Conversão de face do que disp6e o regulamento anexo l Resolução
DMda Externa entlnvestimentos - institufdo com a n!! 1.460, de 2 de fevereiro de 1989";
Resolução n!! 1.460, de I!! de fevereiro de 1988, bai- b) "adicionalmente nada terfamos a objeW,.uma
xada pelo Banco Central do Brasil, em cumprimento ~ registrada a operaçio, quanto l transCerencia da
de decisão do Conselho Monet4rio Nacional - foi titularidade do investimento no exterior, desde que
realizada pelo investidor estrangeiro operação desse o novo participante atenda aos p~-requisitos e aos

R. Dir.adm., Rio de Janeiro, 178: 119-26 outJdez.1989


compromissos estabeleciàos no Programa de Con- mos por ele gerados, segundo os critérios e limites
versão". fixados em lei.
Diante dos termos da resposta e da condição nela O registro do capital estrangeiro tem a natureza
imposta, é solicitado nosso parecer. jurídica de ato administrativo declarat6rio, e o cer-
O atendimento da consulta, antes de uma res- tificado é título de legitimação às operações cam-
posta conclusiva, impõe a defInição de princípios e biais em que se exterioriza o direito subjetivo de
normas legais que regem a matéria. remessa para o exterior.
Egberto Lacerda Teixeira abona esse entendi-
II mento:
"Qual a natureza jurídica do registro e do certi-
REGIME JUReDlCO DO CAPITAL fIcado de investimento? Entendemos que se trata de
ESTRANGEIRO título declaratório e não atributivo de direitos. O·
certifIcado simplesmente atesta a situação de fato
Historicamente, à luz dos princípios do libera- e de jure existente. O investimento existe desde o in-
lismo, assegurava-se livre trânsito do capital estran- gresso ou introdução regular de bens e valores no
geiro na economia brasileira. País. O certifIcado é prova hábil desse ingresso e de
A primeira manifestação de controle, integrada seu registro no Banco Central. É título de legitima-
no sistema cambial, se inaugura com a Lei n~ 9.025, ção para as futuras remessas, transferências, cessões,
de 27 de fevereiro de 1946, que, em seu art. 6~, re- etc." op. cito Revista dos Tribunais, 463 (29); Revista
gulou, mediante prévio registro na Carteira de Forense, 248(458).
Cllmbio do Banco do Brasil, o direito de retomo in- O certifIcado, em suma, materializa direito pre-
tegral do capital estrangeiro investido no País, no existente que tem como fonte a norma legal que o
prazo mfnirno de cinco anos, assim como a faculda- explicita e da qual deriva o direito subjetivo do ti-
de de remessa de juros, lucros e dividendos, até o tular.
limite de 8%. O direito precede ao título, que formalmente o
Sucederam-se, no tempo, variações no trata- declara e lhe propicia o exercício.
mento legal de investimentos estrangeiros, até o ad- Lembra Alberto Xavier, com respeito ao certifi-
vento do atual sistema, consolidado na Lei n~ 4.131, cado de registro, que:
de 3 de setembro de 1962 e respectiva regulamenta- "Esse título ampara e representa três direitos tí-
ção aprovada pelo Decreto n~ 55.76'll65 (ver, sobre picos do investidor: o direito ao retomo do capital, o
a evolução hist6rica da legislação sobre a matéria, o direito à remessa de dividendos e o direito ao rein-
estudo de Teixeira, Egberto Lacerda. Regime jurí- vestimento dos lucros remiss!veis que decidiu reapli-
dico-fiscal dos capitais estrangeiros no País. In Re- car no país." (Direito Tributdrio Internacional do
vista dos Tribunais, 463(25) e Revista Forense, Brasil, São Paulo, Editora Resenha Tributária,
248(454). 1977, p. 199.)
~ oportuno determinar as linhas mestras dessa
legislação especial, ainda em vigor. III
O ingresso, no País, de investimento de capital
estrangeiro, obriga, no prazo de 30 dias, ao seu re- CONVERSÃO DE DeVIDA EXTERNA EM
gistro, na moeda de origem, perante o Banco Cen- INVESTIMENTO
tral do Brasil (sucessor, na espécie, da antiga Supe-
rintendência da Moeda e do Crédito). O Banco Central do Brasil, dando cumprimento,
Efetuado o registro, o Banco Central fornecerá à como lhe incumbe, à deliberação do Conselho Mo-
parte interessada o competente registro, que é o do- netário Nacional (Lei n~ 4.595/64, art. 92), baixou,
cumento hábil para as remessas ao exterior (arts. 6~ e em 1~ de fevereiro de 1988, a Resolução n2 1.460,
r- do Decreto n~ 55.76'll65). aprovando regulamento que disciplina a conversA0,
Titular do capital estrangeiro é a pessoa flsica ou em investimentos no País, de créditos e acordos de
jurídica com residência, domicOio ou sede no exte- reestruturação da dívida externa brasileira.
rior, em cujo nome é expedida, inserida, iguaIrnen- A conversão por essa forma pactuada é objeto de
te, no documento, a indicação do receptor do inves- registro especial perante o Banco Central do Brasil,
timento. que emite o correspondente certifIcado (art. 92 da
O registro do capital é, a um tempo, formalidade citada resolução).
obrigat6ria para o investidor e prestação essencial da O certifIcado em causa, tal como nos registros
Administração Pliblica que, por essa forma, qualifI- ordinários do capital estrangeiro, indica especifica-
ca o titular para o exercício de direito subjetivo. mente o nome do investidor e o da empresa recep-
Trata-se de ato administrativo vinculado. Uma tora do invesfmento.
véz completados os pressupostos legais, impõe-se à O recurso convertido fIca sujeito ao prazo rnf-
Administração Pliblica o dever-poder de emitir o nimo de 12 anos de permanência no País,admitida,
certifIcado, assegurada ao investidor sua obtenção, apenas, a remessa dos ganhos do capital, segundo o
que o habilita ao regular exercício do direito de re- mecanismo estipulado na Lei n~ 4.131/62 e na le-
tomo do capital e da transferência dos frutos leg!ti- gislação fiscal aplicável (arts. 12 e 13 da resolução).

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Se a empresa receptora do investimento decor- A recusa do Banco Central do Brasil, não per-
rente da converslio já tiver participação de capital mitindo a transferência de titularidade do certifica-
estrangeiro (objeto, portanto, de anterior registro do de registro do capital correspondente l participa-
ordinário dessa participação), qualquer futwa re- ção acionária na empresa A, pelo fato de que na em-
messa ao exterior a titulo de retomo ou ganho de ca- presa MM foi feito investimento resultante de con-
pital ficará retida em depcSsito até o vencimento do versão, é, a nosso ver, ato abusivo e destituído 'de
prazo mfnimo de pennanência no Pafs e até o valor fomento de legalidade.
do montante da converslio, liberados, portanto, os Igual vício de legalidade se oferece quanto l
que excederem a esse limite (art. 14 da Resolução). exigência de que o sucessor na participação acioná-
Outra norma firma, ainda, a regra de que os re- ria na empresa A tenha que assumir compromisso
cursos provenientes da conversio, se aplicados na que se refere estritamente ao beneficiário da con-
aquisiçlo parcial ou total de investimentos estran- versão.
geiros, ficarão, igualmente, obrigados a reinvesti- O novo investidor sucede ao anterior com os
mento no Pafs, nio podendo, portanto, emigrar para mesmos direitos e deveres que o registro original do
o exterior (art. 18). capital estrangeiro confere ao titular origin4rio.
Uma e outra dessas disposições têm um sentido Se, a este dItimo, a lei garante - como de infcio
16gico. A indisponibilidade temporma do investi- evidenciado - direito de retomo de capital e de re-
mento - produto de converslo - operará tanto dire- messa de seus frutos quando verificadas as situaÇÕes
tamente como indiretamente, segundo o destino a previstas na lei prdpria somente com as limitações
ele atribuído. que desta decorrem, é de todo impertinente e esdrtt-
Sio essas vedações que tanto o receptor do in- xulo que se queira fazer incidir tratamento que o ato
vestimento, como o investidor, se obrigam a res- administrativo normativo detennina para os recur-
peitar no termo de responsabilidade que deve acom- sos da conversão, na hipcStese inexistentes.
panhar a proposta de converslio, como especifica a O exame dos efeitos jurCdicos que a venda das
carta-cin:ular nl! 1.779, de 22 de março de 1988, do ações da Agribahia S.A. possa produzir, seja quanto
Banco Central do Brasil. ao primitivo investidor, seja quanto ao novo, terá de
se realizar tão-somente lluz da legislaçlo especffica
Nada tem a ver, no entanto, essa modalidade de
(Lei nl! 4.131/62 e seu regulamento), em nada in-
ingresso condicionado de investimento com o regi-
fluindo o regime estabelecido na Resoluçlo nl!
me jurídico de anteriores investimentos (ou mesmo
1.460/88, que rege situaçllo diversa, cuja causalida-
de novos investimentos) que tenham ocorrido ou
de é a inversão de recursos provenientes da conver-
venham a ocorrer nos termos da legislação pnSpria,
são de dívida externa.
ou seja, em razio de ingresso de capital ou bens que
Em sfntese, somos de parecer que a decisio do
nada tenham a ver com a converslio e foram ou serio
Banco Central do Brasil, constante do telex a que
objeto de registro nos termos da Lei nl! 4.131/62.
alude a consulta, invocando a Resoluçio nl!
A tais investimentos a referida lei garante trata- 1.460188, viola direito subjetivo do investidor e,
mento definido e especffico, mediante o qual os potencialmente, de terceiros que a ele venham legi-
efeitos do registro (de que o certificado é titulo de timamente a suceder, pelos meios regulares de di-
legitimação) do assegurados ao investimento, se-
reito.
gundo as regras que regem o retomo do capital ou a
remessa de ganhos que tenha legitimamente produ- IV
zido.
lU, no caso, direito subjetivo que a lei outorga LIMITES DO PODER NORMATIVO
ao titular do registro e, obviamente, não pode ser
excluído ou reduzido por ato administrativo nonna- Em tópico anterior ficou, a nosso ver, demons-
tivo, se esse fosse (e, como visto, não E) o sentido da trado que a Resoluçlo nl! 1.460188 não abolia o en-
Resoluçio nl! 1.460188. tendimento esposado pelo Banco Central do Brasil
E se assim é em relação l prdpria empresa re- na decisio denegatória que assumiu.
ceptora da converslio, muito menos poder-se-á pre- Ao direito adquirido do investidor, fundado em
tender aplicar qualquer vedaçio dela decorrente a texto de lei e expresso em certificado de registro de
outra empresa que não participou nem se beneficiou sua participação acionária na Agribahia S.A., Dé-
do investimento oriundo da conversão. nhwna limitação ou restriçlo pode, quer direta-
a indiferente, no caso, se o investidor estran- mente, quer indiretamente, ser oposta em funçIo de
geiro tem participaçio acionária de ambas as em- haver investido, em outra empresa, o resultado de
presas, cada qual dotada de personalidade jurídica conversão 'de dívida externa.
pnSpria. Para expungir, contudo, qualquer ddvida rema-
A e~ia limitativa, que é prdpria do investi- nescente, vamos apreciar, ad argw/'UIIIllIndllln, o
mento vinculado l converslio, poderá acompanhá-lo fundamento invocado, como se verdadeiro fosse,
em sua destinação. Nilo interfere com direitos outros embora, como visto, careça de substlDcia.
de que seja titular a empresa receptora e, a fortiori, A Resolução n2 1.460188 é ato administrativo
os de qualquer outra empresa, ainda que coligada. emitido pélo Banco Central do Brasil, em cumpri-

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mento de deliberação do Conselho Monetário Na- Finalmente, os atos administrativos nonnativos,
cional, no uso de poder nonnativo que lhe conferiu que ocupam o dltimo patamar da escala, não podem
a Lei nl! 4.595, de 1964, art. 4l!, incisos V e XXXI, dispor contrariamente seja i\ Constituição, seja As
para fixar diretrizes e nonnas da poUtica cambial e leis e regulamentos, que lhes são superiores.
baixar nonnas sobre operações de câmbio. À luz desse conceito fundamental i\ validade das
Exercitada antes do advento da Constituição de normas, torna-se evidente que a interpretação de-
1988, é irrelevante questionar a sobrevivência dessa fendida pelo Banco Central do Brasil, a par de dizer
ação nonnativa perante o art. 25 do Ato das Dispo- o que não se contém no texto da Resolução nl!
sições Constitucionais Transit6rias, mesmo porque a 1.460/88, pretende incutir-lhe efeito que desconhe-
revogação, de que ali se cogita, esti diferida para 31 ce a existência de um direito que a lei - nonna de
de maio de 1990 (Medida Provis6ria nl! 53/89), con- hierarquia superior - assegura ao titular de certifi-
vertida na Lei nl! 7.770, de 31.5.89, com efeitos cado de registro de capital estrangeiro que não tem
prorrogados pela Lei nl! 7.892, de 24 de novembro origem, ou vinculação, ao produto de conversão de
de 1989. dívida externa.
~ certo que - como tivemos ensejo de antes des- O direito pré-constituído e consolidado em tí-
tacar em parecer sobre a matéria (Revista iÚJ Comis- tulo autônomo de legitimação foi adquirido segundo
são de Valores Mobiliários, 4 (12):27 seg., abrJjun. a lei que disciplina a fonnação do investimento es-
1986) "o poder regulamentar do presidente da Re- trangeiro e esti abonado em certificado pr6prio e
pdblica não esgota o poder nonnativo do Estado" • autônomo, em razão do qual incidem as hip6teses
legais de retomo de capital ou de remessa de sua
Como também destacamos, em outra oportuni-
renda.
dade, entre as fontes materiais de direito se inscreve,
embora em secundária hierarquia, a existência de Em smtese: a Resolução nl! 1.460/88, ato admi-
atos nonnativos produzidos por autoridade admi- nistrativo nonnativo, não poderia (como, de fato,
nistrativa competente. não faz) dispor contra legem, vedando o que a lei
permite, limitando o que a lei não restringe, desco-
A ordem jurídica - dissemos então: nhecendo, em suma, direito adquirido e ato jJffdico
"(•••) se manifesta por meio de cfrculos concên- perfeito.
tricos que vão, sucessivamente, da Constituição i\ lei Portanto, se ad absurdum, fosse atribuível i\
material e formal, isto é, aquela elaborada pelos 6r- Resolução n2 1.460/88 o sentido que o Banco Cen-
gãos legislativos; desta aos regulamentos, por meio tral do Brasil a ela quer conferir (e, a nosso ver, sem
dos quais o presidente da República complementa e que proceda a exegese abusiva), se assim fosse, seria
particulariza as leis, e, finalmente, aos atos admi-
inconstitucional, por ofensa direta ao princfpio tra-
nistrativos gerais, originários das várias escalas de
dicional em nosso direito que resguarda o direito
competência administrativa. São constantes as nor-
adquirido e o ato jurídico perfeito (atualmente, art.
mas, de força obrigat6ria equivalente As leis e regu-
52, inciso XXXIX, da Constituição Federal).
lamentos, desde que a elas ajustadas, contidas em
portaria, ordens de serviço, instruções, ou (como no
caso atual) em meros despachos." (Revista de Direito
Administrativo, 46/248.)
V
A competência administrativa para editar atos
nonnativos (atos-regra, na terminolagia de Duguit),
PROCEDIMENTOS DE DEFESA DO DIREITO
quando legalmente autorizada, não é, porém, livre
DO INVESTIDOR·
ou indeterminada. Além da fmalidade especfflca a
que se destina, deve necessariamente submeter-se ao
O apontado vício de legalidade que macula a
princfpio de hierarquia entre as fontes do direito
manifestação do Banco Central do Brasil faculta ao
objetivo, importa dizer, subordina-se aos ditames e
titular do direito ameaçado de lesão o uso regular do
aos efeitos dos graus ou degraus superiores da nor-
direito de defesa.
matividade jurídica.
Confonne a conhecida doutrina de Kelsen: Poderá exercê-lo, na instância administrativa,
mediante pedido de reconsideração, ou por via re-
"(•••) a unidade das normas se constitui pelo fato
cursal.
de que a criação das de grau mais baixo se encontra
determinada por outra de grau superior, cuja criação Mais ainda, poderá obter prestação jurisdicional
é determinada, por sua vez, por outra contudo mais assecurat6ria do direito Uquido e certo, de que é ti-
alta." (Teoria general dei derec/w y dei Estado. Mé- tular, valendo-se do instrumento expedito do man-
xico, 1969. p. 146.) dado de segurança ou pelo recurso As vias ordinárias
de direito, perante a Justiça Federal.
Assim como as leis devem obediência As nonnas
superiores da Constituição (ou, se as descumprirem, ~ o nosso parecer, S.MJ.
serão leis inconstituciOnais), de igual modo os re- Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1989. - Caio
gulamentos, ato do presidente da República, devem Tdcito, professor titular na Faculdade de Direito da
respeito As leis (ou serão ilegais). UERJ.

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