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Hotel Nacional Rio· Av. Niemeyer 769- S. Conrado- RJ - Tet: (021) 322.1000
Hotel Excelsior Copacabana· Av. Atlântica, 1800- RJ • Tet: (021) 257.1950
Hotel Nacional Brasma ·Setor Hoteleiro Sul· DF· Tel.: (061) 226.8180
Hotel Del Rey ·Praça Afonso Arinos, 60 ·Belo Horizonte· MG- Tel.: (031) 273.2211
Hotel Excelsior São Paulo· Av.lpiranga, 770 • SP • Tel.: (011) 222.7377
Hotel Excelsior Grão Pará· Pça da República, 718 ·Belém· PA • Tel.: (091) 222.3255
CEN11W. DE RESERVAS-
Av. Paulista, 2073 ·~terraço· São Paulo· SP • Tel.: (011) 287.7522
Totlfree: 800.1441
4
PROJETO PROCOTI
PROGRAMA DE ATENDIMENTO, ORIENTAÇÃO E CONTROLE
INTERNO DE ESTRANGEIROS E PASSAGEIROS
DO TRÁFEGO INTERNACIONAL.
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO 5 - ESTRATtGIA DE IMPLANTAÇÃO
2 - A SITU~ÇÃO ATUAL DESCRIÇÃO DA 6 - ESTIMATIVA DE CUSTOS
PROBLEMATICA 7 - FONTES ALTERNATIVAS DE
3 - O SISTEMA PROPOSTO: DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO RECEITAS
4 - BENEFÍCIOS COM A ADOÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO 8 - CONSIDERAÇ0ES FINAIS
dos nacionais e estrangeiros que tran- a admissão, entrada e permanência de
Polícia Marítillla, sitam pelos pontos de entrada e saída estrangeiros no País, como por exem-
Aérea~ de do país, determinando o impedimen-
to daqueles que apresentem situação
plo: os critérios para concessão de vis-
to (de trânsito, de turista, temporário,
Frontetras irregular. permanente, de cortesia, oficial e di-
0 verdadeiro plomático); o consequente acompa-
sentido . - Na verdade, a missão da DPMAF nhando do cumprimento dos prazos
de sua llltssao está inserida num contexto muito mais de permanência estabelecidos; bem co-
amplo, estendendo-se a todo o espa- mo a clandestinidade, implicam, em
ço geográfico jurisdicionado pelo Es- grandes esforços de vgilância e
tado e envolvendo múltiplas e comple- controle.
1 - INTRODUÇÃO xas tarefas, sobretudo aquelas direta-
mente vinculadas à Segurança Na- A partir de uma reflexão atentando-
cional. se para a extensão das fronteiras e am-
Constituição Federal, em seu ar-
A
. tigo 8?, estabelece como uma Dentro desse quadro, o controle de
plitudes do litoral brasileiro, cujo nú-
mero de postos de fiscalização é incre-
das competências da União, organizar estrangeiros, através da ação fiscaliza- mentado continuamente; para o cres-
e manter a Polícia Federal com a fi- dora na entrada, da vigilância duran- cente contingente de turistas que en-
nalidade de, entre outras ações, "exe- te a sua permanência e da verificação tram e saem do país: para o incalcu-
cutar os serviços de polícia marítima, da sua condição de regularidade no lável número de estrangeiros residen-
aérea e de fronteiras". momento de saída do território nacio- tes; para o constante e diário movi-
nal e no seu eventual retorno, destaca- mento dos chamados fronteiriços; pa-
Tais ações são atribuídas, no âmbi-
se como uma das mais importantes ra o grande número de alunos, profes-
to do Departamento de Polícia Fede- responsabilidade da SPMAF.
ral (DPF), à DPMAF-Divisão de Po- sores, técnicos, pesquisadores e cien-
lícia Marítima, Aérea e de Fronteiras, Nesse particular, a constelação de
a quem incumbe verificar a condição circunstâncias jurídicas que envolvem
~_$~··· ~
5
..
tistas espalhados por todo o país; é fá-
que a DPMAF não dispõe de um sis- O crescente movimento de viajantes
tema de automatização integrado, es- em confronto com as limitadas possi-
pecialmente voltado para o controle bilidades de atendimento pela Polícia
cil despreender-se as proporções imen- de estrangeiros e nacionais; que os Federal, agravado pela utilização de
Sudveis dos problemas a serem resol- procedimentos operacionais atual- processos lentos e ineficazes de verifi-
vidos. E o descontrole de tal situação, mente em prática são lentos, inefica- . cação nos guichês de entrada e saída,
certamente cria condições que se con- zes e pouco confiáveis; que tais defi- têm acarretado um estrangulamento
trapõem aos interesses nacionais, ciências configuram uma situação de significativo nesses postos de fiscali-
refletindo-se danosamente no mereca- extrema gravidade, criando facilidades zação, tornando insuportável os atra-
do de trabalho, na saúde pública, na para a prática de ilícitos de toda or- sos, daí decorrentes, nos aeroportos
segurança interna, na organização ins- dem, não será estranho asseverar que internacionais, principalmente no Ae-
titucional e nos interesses políticos, o BRASIL É UM P AÁÍS DE FRON- roporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
sócio-econômicos e culturais do TEIRAS ABERTAS.
Brasil. Como extensão desses encargos,
Em se tratando de uma competên- pode-se mencionar a entrada em ope-
Evitar-se tamanha vulnerabilidade, cia da União e face às sérias implica- ração do novo aeroporto de São Pau-
implica em dispor de um aparelho po- ções relativas à Segurança Nacional, lo, a ser inaugurado em janeiro pró-
licial convenientemente estruturado, cumpre alertar os escalões governa- ximo, determinando novos envolvi-
moderno e suficientemente ágil, de mentais para essa realidade, sugerin- mento de pessoal e meios materiais da
modo a poder cumprir os seus objeti- do soluções concretas e exequíveis pa- Polícia Federal.
vos com a necessário eficácia. Trata- ra o problema e mostrando os inúme- Dados estatísticos atuais informam
se, indibitavelmente, de colocar o ta- ros benefícios direitos e indiretos, que que cada pessoa consome, em média,
lento, a criatividade e a experiência a poderão advir das medidas propostas. no Aeroporto do Galeão, 75 minutos
serviço dos superiores interesses do Es- no posto de atendimento ao desembar-
tado, fazendo-se uso dos recursos tec- que, tendo atingido um tempo máxi-
nológicos disponíveis, como força mo- - A SIT_UAÇÃO ATUAL: mo de espera de 03 horas.
tora, por excelência, capaz dxe impul- D~SCRIÇAO DA PROBLE-
sionar a idéia de modernização e via- MATICA Deve-se destacar que o guichê da
bilizar a implementação de medidas Polícia Federal constitui-se no primei-
adequadas e eficientes de controle. 2.1 - Atendimento nos Aeroportos In- ro ponto de contato do estrangeiro
Nessas circunstâncias, e verificando ternacionais
Redutor tipo Y - eixos Redutor tipo YB- eixos em Redutor tipo YBX- eixos em Sistema de acionamento
paralelos ângulo reto com saída na ângulo reto com saída na hidráulico variável
horizontal vertical
j . -
í.
. iJ'
Redutores da linha F- tipos Redutores da linha J -tipo JR /lcoplamento tipo F - steelflex /lcoplamento tipo G -
FC (eixos concêntricos), FCB (eixo oco-horizontal), JRV engrenagens
(eixos em ângulo reto), FZ (eixo oco-vertical), JF
(motoredutor -eixos (flélngeado- horizontal), JFV
concêntricos e montagem (flangeado-vertical) e JSC
horizontal), FZX (motoredutor- (rosca transportadora)
eixos concêntricos e
montagem vertical), FZB
(motoredutor - eixos em
ângulo reto)
RyaJoséMartinsCoelho,300-SantoAmaro
CEP 04461 -caixa postal 6064- tel. 548-4011
F . LK
telex (011)31550134672- São Paulo- SP.
6
bus por minuto, mostrando quanto é Atualmente, apenas para exempli-
difícil o controle efetivo sem a utili- ficar, são emitidos, em média, 800
Como os sistemas atualmente em zação de meios automatizados para passaportes/ dia, em São Paulo e 500
uso não são integrados, o controle nos operacionalizar a tarefa. Nessa região, no Rio de Janeiro. O processo de li-
postos de verificação mostra-se incon- a situação deverá agravar-se ainda beração está baseado em registros de-
sistente, porquanto apoiado em regis- mais no próximo ano, com a inaugu- satualizados e, portanto, não confiá-
tros limitados e normalmente desatua- ração da Ponte da Solidariedade, in- veis, agravando, assim, a vulnerabili-
lizados, impossibilitam, em inúmeras terligando o Brasil com a Argentina. dade existente nos postos de fiscaliza-
com o País, ocorrendo, normalmen- ção de entrada e saída do País.
te, após uma longa viagem, e também 2.4 -Turismo Externo
seu último contato, deteriorando, as- Descentralizar e agilizar a expedição
sim, a imagem da Polícia Federal e do A infraestrutura atualmente dispo- de passaportes é uma proposta a ser
próprio Brasil nos meios interna- nível na Polícia Federal não tem sido colocada, objetivando aliviar o traba-
cionais. adequada ao atendimento do créscente lho dos postos de expedição e facili-
número de turistas estrangeiros, atraí-tar as providências dos requerentes.
vezes, a execução de ações fiscalizado- dos ao País, pela expansão do turis- Estes, quando residentes no interior,
ras eficazes tornando quase que im- mo externo, tornando-se sérios obstá- têm que fazer dispendiosos desloca-
possível o cumprimento dos objetivos culos à execução das atividades corre- mentos até os postos de expedição,
maiores estabelecidos para a Polícia latas, colocadas em prática pela EM- que poderá ser substancialmente mi-
Federal. BRATUR. nimizado com a utilização dos servi-
Tal situação tende a agravar-se com ços da ECT, cujos estudos já se encon-
2.2 -Atendimento nos Postos de o tempo, uma vez que aquela empre- tram em andamento.
Controle Marítimo sa vem intensificando os esforços no
sentido de explorar os recursos turís- 2. 7 - Emissão de Carteira de Identi-
A infraestrutura policial para con-
ticos do País, trazendo, consequente- dade para Estrangeiro
trole nas zonas portuárias, pratica-
mente, valiosas divisas para o equilí-
mente inexiste, configurando uma si- Esse é um problema similar ao ca-
brio econômico-financeiro das insti-
tuação de extrema vulnerabilidade. tuições brasileiras atuantes no setor. so dos passaportes.
Roubos, contrabandos, homicídios 2.5 - Controle Efetivo de Estrangei- A inexistência de um atendimento
e outros delitos ocorrem constante- ros no Brasil regionalizado, responde em grande
mente em navios e portos brasileiros, parte, pelo significado número de es-
sob o amparo da impunidade, face à A partir do processo atualmente em trangeiros em situação irregular.
deficiência da ação policial. uso pela Polícia Federal, torna-se im-
possível manter um controle de estran- Um estrangeiro que resida no Inte-
Esse clima de insegurança tem cau- geiros, através da ação fiscalizadora rior, por exemplo, em caso de perda
sado péssima repercussão internacio- na entrada, da vigilância durante a sua de sua carteira de identidade ou expi-
nal, como aconteceu recentemente permanência e da verificação da sua ração do correspondente prazo de va-
com o porto de Santos, um dos mais condição de regularidade no momen- lidade, é levado a manter-se na con-
movimentados do País, com cerca de to da saída do território nacional, pois dição de irregularidade, face aos cus-
60 navios/dias, quando armadores os sistemas atuais não dispõem de re- tos advindos dos grandes desloca-
ameaçaram um boicote, caso não fos- cursos que viabilizem o cruzamento de mentos.
sem melhoradas as condições de se- informações de entrada e saída do
gurança. Do mesmo modo, como consequên-
País. cia dessas dificuldades, o controle das
2.3 -Atendimento nos Postos de Da mesma forma, e difícil manter aÇ~es desses estrangeiros fica impos-
Fronteiras um controle dos estrangeiros residen- sibilitado, uma vez que as informações
tes, visto que, por exemplo, até o pre- necessárias não são obtidas.
As frequentes travessias das frontei- sente momento não foi possível cum-
ras brasileiras realízam-se de maneira prir o disposto no decreto 66.689 de 2.8 -Atividades Desenvolvidas pelo
quase que incontrolável. Há locais em 1970, que estabeleceu o cadastramen- CPD
que a fronteira é demarcada por um to desses estrangeiros num prazo má-
simples rua, sem um único ponto de ximo de dois anos. A Polícia Federal dispõe de um
passagem obrigatória, tornando total- Centro de Processamento de Dados
As informações disponíveis indicam
mente ineficiente o controle o contro- (CPD), localizado em Brasília que, en-
a existência de cerca de 3 milhões de
le da interiorização no país de estran- tre outras atribuições, tem por objeti-
estrangeiros residentes no País, haven-
geiros clandestinos. vo fornecer informações consistentes
do indícios de que esse número possa
e atualizadas, em tempo hábil, para
estar por volta de 6 milhões, e o nú-
Existem casos verdadeiramente as- que a DPMAF possa exercer suas
mero de clandestinos por volta de 700
sustadores, como na Ponte da Amiza- ações.
mil.
..
de em Foz do Iguaçu, interligando o 2.6 - Emissão de Passaportes Dentro dessa contexto, o CPD man-
Brasil com o Paraguai, onde as esta- tém sob sua responsabilidade o geren-
tísticas assinalam um trânsito de 45 Essa é uma outra questão que me-
pessoas a pé, 35 automóveis e 4 õni- rece ser abordada.
7
Ainda ~ra atender á demanda de
OGrupoABC prtlCilutos de tecnologia de ponta no
mercado nadonal, a ABC XTAL, a
partir Ide 1985, vem desenvolvendo t<r
õos os recursCilS para a produção de cir-
no avançO da eletrônica. cuitos lnitilridas a filme espesso, atra-
vés de centrata de transferência de
tecnoklgi;a com a Telebrás.
Depois de cinco anos de investimen- A ABC XTAL é sucessora da XTAL A ABC Dados também é resultado
tos no setor da eletrônica, o Grupo do Brasil, empresa fundada em se- da iniciativa do Grupo AIBC ma forma-
ABC ap-eseuta os mais expressivos tembro de 1974. Como ABC XTAL, ção de empresas de alta tecmologia.
resultàârDs alira111és cdlt suas empresas desde 1982 ela fornece barras cultiva- Adquirida pele Gnu~ por vellta de
voJtacllas para essa.ánea: ABC Telein- das de cristal de quartzo para o mer- 1983, ela atua ma á!lea·de comunic~o
f011Dá1Jitla, ~BC X11AIL., ASC Dados, cado interno e o internacional; abaste- de dados, fatric:amlitoomodens.es!Decifi-
ABC Btill1 ~BC Computadrfts. ce 95% do mercado nacional ae eletro- cos para atender ae mercado de em-
CGIIllecuias como oper.admras, essas domésticos, caon cristais osciladores; presas bancárias, imliiustniais, estatats
empresas.estão dinetam.emie ligadas à fabrica cristais cosciladores sob enco- e bureaux de processamento.
ABC Sistemas, hol~ ciiD Grupo ABC menda paz:a.a imllhilstria de radiocomu- A ABC Buli foi criaGI;a em,outuh>l'm·de
para o setw de elletirâiDca. nica~se é a•limica empresa do Pais a 1984, através de wna jaiatventUl'e em-
A ABC Trieinformática é resultado faDricar fibnas.diGJticas, de acordo com tre a Honeywell Buli do Brasill e·e·Gru-
da fusão de duas empresas italiana\;, JPnojeto desemlVCilvido pelo CPqD da po ABC, para a fabricação no Pais de
totalmente nacionalizadas e ~ 'llelebrás. con1putadores de grande. porte das
radas pelo Grupo ABC, que iatlnlriaa- Para.a pr0dução de fibras ~icas, a classes V e VI, de acordo com classifi-
vam equipamentos de traDSIIIIlissão te- ABC X.TAL ampliou suas instalações, cação da SEI.
lefônica, Multiplex FDM e PCI\'11e rá- inaugunndo uma nova fábrica em Ela oferece soluções integradas de
dio. Caril.{Dimas~ no Estado de São Paulo, hardware, software, aplicativos e ser-
Hojr, a ABC 'l!eleinformática é de- em jtlmho ae 1984. viços, orientadas para o usuàrio final.
tftlklra de tfts.parques industriais: no N4D ruo de Janeiro, permanece a fá-
RiodeJanein, em Contagem <MG) e bnica destinada à fatincação de bar- A ABC Corn~tadores é a mais re-
em São José das Campos <SP). nas aaltivadas e erisllais osciladores. cente empresa do setor de Sistemas,
Entre os principais erodutos da De uma IJI"DDIur.:ão inicial em torno fundada em outubro de 1985, para a fa-
ABC Teleinfomtática estão os de apli- de 2.000kni à fibnas ae amo, a ABC bricação e comercialização de eq_uipa-
cação profiSSional na área de telec• XTAL ~ pana 8.588Dl ae fibras mentos e serviços de computaçao no
municações1 com especial des~ multimodo ae ano, e1111 apemas dois segmento supermini.
para os equapamentos desen!,[Ciltvidos anos de ativildwde, C811111 sua ~o Reunidas, todas essas e!l1lli(Dl"eSaS
com tecno1Dg1a do CPqD da 'Fnebrás: desse tipoàlt fiüDra b«abnentê veDiida possuem wna g~:ande caractJenst;ca
receptor de mensagem via satélite;
receptor de TV via satélite·para recep-
ção e ftl!ansmissiio intemaacionais; rá-
Odnl:: ·~desenvolvidaem
para os~ %1 meses.
COilliuto•pela ABC AJ'AL e pelo CPQD
em comwn: são fruto da iniciativa de
um ~cem por cento nacional, que
acredita no desenvolvimento da tec-
ch·dlgital2GHz-34Mb/s, de média e da 'l!elebnás, é a IIIIIOIIODlodó. Indicaaa nologia de ponta no Pais e só tem feito
alta capacidade; recelll*or de TV com para• grandes distâDeias, ela apresen- investir nestes últimos cilxo anos, de
PI '270MHz para atemder a concessio- lnpadrãodequalida~~ e forma que os avanças àa elletrtinica se
nárias da Telebr.ás e a grandes redes custos com~titivos aom as fiiiDras fa- traltsMirmem em beme!iícias imedia-
de televisão. bricadas no Exterior. tas para todos.
8
conhecimento de línguas estrangeiras, COMISSA RIA AÊREA BRASILIA L TOA.
para manter uma conversação. UMA EMPRESA MUITO NACIONAL
fOANõCIMUITOt QIE "'fftÇcafl .... MN*AVU • "'ITAUAANTl,
ciamento de arquivos centrais concer- ............~a.Tt · f~IC.IMTOOIMA.IQ6EIC:Cl.I'TNAI
AE~O ..Tt ...i\CK:IMAL DE MAM.Wl·"-•1. . . . . .
nentes a passaportes expedidos, cadas- Um outro aspecto importante a ser TELEFONE: 248-45" . 248-4841 . BRASIUA· DF
tro de estrangeiros, movimento de en- ressaltado é a própria apresentação do
trada e saída do País e a identificação policial, que nem sempre representa CONFECÇOES VIANA
de pessoas procuradas/impedidas. A condignamente a organização a que . CONFECCIONAMOS:
partir dessas informações é que são ge- pertence, pois não há um uniforme pa- Uniforme. pare: midicoe, denti••· hoepitaia, labo •
rados os subsídios necessários às ope- drão para a DPMAF, dificuldando ratórioa, condominioe, ..::olaa, c:rech... policia militar,
corpo O. bombeiro, ••..-cito, marinM, •ronjutica,
rações da DPMAF. inúmeras vezes sua identificação por Orgioe • autarquia•, ampr... a privadM • profiallionaia .
parte dos viajantes, tanto nacionais . FORNECEMOS: .
A atualização daqueles arquivos, como estrangeiros. Temoa grand" e.toq~a de: ,.,.iM, cinta. • calçado•
p.,a pronta entrega
com base em dados provenientes dos . OUTROS SERVIÇOS:
processos em uso corrente, é uma ta- 3 -0 SISTEMA PROPOSTO: Confecx:ionarnoa tambem: Bon••. quep•, emb ..rna• •
bendairM.
refa extremamente árdua, comprome- DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO "SERVIÇO AUTORIZADO SANTISTA"
tendo, inclusive, a objetividade e efi- LOJA: CLS 311 ·BLOCO ··a·· Lojae 1 e 5
ciência do CPD nesse setor de compe- Fon": (061) 243-3002 • 243-3010
Food Trade
SUPERMERCADOS
Padaria, Rotisserie, Açougue, Peixaria
Aberto Até 22 horas
De 2ª a Sábado
AI. Rio Negro, 1033 - Alphashopping - Alphaville
Fones: 421-3655 I 421-6895
Barueri- SP
10
FIGURA I - FILOSOFIA DO SISTEMA PROPOSTO
EMISSÃO DE
EMISSÃO DE
CARTEIRAS DE
PASSAPORTES
IDENTIDADE ~
ESTRANGEIROS
CONTROLE DE
CPC
ESTRANGEIROS
co'o1Go
BARRAS
-- ., .
.;.,:,.
.......
--
:...... . ...............
.._.-~..... , - - ............
-~- ", ......
'~- I '
'"":.:::~' \
f PROJETO I
1 r
\ FRONTEIRAS 1
\ ,'
' '.... /
--- /
NATURAMAZON
• Guaran6 em p6
Tecnologia de Comunlcaçao Ltda
• Maran6
• Guaran6 em amendoas
CPD
(BRASÍLIA)
/.~----~,--------~
/ '-..
/ I
/
_,..., / I
/ v I
/
/
/ I
/ I
/ I
AEROPO"TO / I SUPERINTENDfNCIA RfGIONAL
REGIÃO N
REGIÃO I I
I MICROCOMPUTADOR
REDE LOCAL v1
DE MCROCOMPUTADORES I LOCAL
I
I
I
PORTÕES DE E/S
I AEROPORTO PORTOS
POSTOS DE EMIS -
SÃO DE PASSAPORTES I FRONTEIRAS
I
FRONTEIRAS SUPERINTENDÊNCIA
REGIONAL
I
PORTOS
I
AEROPORTO
REGIÃO II
MICROCOMPUTADOR
LOCAL
VIOLENCIA URBANA Com a mesma força com que ela estudo do assunto, não são levados em
1. - INTRODUÇÃO. desponta nas maiores democracias conta.
ocidentais, também o faz em países Quando falamos em linhas volvidas
N odentre
conturbado mundo moderno,
as inúmeras preocupações
considerados totalirsitas de esquerda
ou de direita, onde quer que se situem.
sobre a violência caracterizada através
do terrorismo indiscriminado, falamos
que assolam a sociedade, a violência, Como evidência desta afirmação, cha- sobre uma forma de violência pratica-
de maneira geral, ocupa lugar de des- mamos a atenção para violências na da com objetivos exclusivamente
taque, isto em razão da escala ascen- forma de terrorismo indiscriminado políticos-ideológicos, que não tem em
dente em que ela vem se manifestan- que ocorrem na Alameda Ocidental, suas raízes problemas sociais na sua
do, principalmente nas grandes Itaália, França, Chile e Argentina, essência, mas que visam, seus autores,
cidades. países de regimes políticos e desenvol- a solução de problemas sociais (embo-
A sua prática, entretanto, tem-se vimento diversos. Enquanto isso, ou- · ra nem sempre) através da força, cei-
tornado tão rotineira que o homem tro tipo de violência, consubstancia- fando vidas inocentes.
metropolitano, inconscientemente, co- da principalmente na proibição à li- Assim como ao terrorismo, grande
meça a assimilá-la. como fato normal berdade de pensamento, credo e de destaque é dado à violência física de
e a criar mecanismos de sua aceitação manifestação, é praticada em países maneira geral, isto pelos efeitos que
dentro de si mesmo, ao ponto de ser como a União Soviética, Polônia, lu- causam junto ao público-alvo, em de-
capaz de assistir à cenas de violência guslável, Alemanha Oriental, etc. trimento de outros tipos de violência:
vitimado seus semelhantes sem nada É bem verdade que nos países sub- enquanto que qualquer pessoa, per-
fazer para impedi-las e, não raras ve- desenvolvidos o problema já se mani- tencentes a qualquer das classes so-
zes, até se une àquele ou áqueles que festa de formas diferenciadas e em nú- ciais, está s"ujeita a ser vítima de uma
a praticam. mero mais elevado, isto devido justa- bomba assassina, de um assalto, atro-
Não se trata, porém, de um proble- mente às suas causas, que também são pelamento, homicídio ou estupro, vio-
ma exclusivamente brasileiro e de suas em maior quantidade e potencialida- lências como a fome, a injustiça, a dis-
grandes cidades. A violência hoje se de, trazendo quase sempre em suas criminação racial e o desamparo do
manifesta em qualquer parte do mun- raízes problemas sociais de rara gra- menor abandonado atingem somente
do e a sua prática vem se espraiando vidade e de difícil solução. às classes menos favorecidas e não têm
para as pequenas cidades e vilarejos, a mesma repercursão das primeiras.
e já chegou ao campo, onde normal- 2.- A VIOLÊNCIA URBANA Entretanto, nem por isto deixam de
mente ocorre com maiores requintes ser formas de violências que estão pre-
de crueldade e, mais que em qualquer
E SUAS CAUSAS.
sentes no dia a dia das grandes e pe-
outro lugar, fica impune. quenas cidades, atingindo a milhões
. Países os mais desenvolvidos do
mundo se ressentem do problema e M as, o que é, afinal, a violência e
quais as suas causas?
de pessoas que não possuem voz nem
dispõem de uma tribuna para
procuram fórmulas para a suá solu- Geralmente se pretende analisar a denunciá-las e cobrar soluções.
ção. Entretanto est~o sempre a um violência sob aspectos isolados, No Brasil, especificamente, essas
passo atrás na sua erradicação ou das dando-se ênfase mormente à violência formas de violência vêm aumentando
suas causas, enquanto ela continua a física, sem se ater às múltiplas e va- a cada dia, a cada hora, conforme o
existir das mais variadas formas. riadas formas pelas quais ela se mani- demonstram as estatísticas. E essas
A violência não pode ser associada festa. Da mesma maneira, ao se ten- mesmas estatísticas. E essas mesmas
ou atribuída em maior ou menor grau tar estabelecer as suas causas, muitas estatísticas, fruto de enquetes realiza-
a formas de governos ou a regimes po- das vezes fatores isolados são consi- das junto à opinião pública, também
líticos, mas sim, em parte, ao nível de derados essenciais, ao passo que ou-
desenvolvimento dos povos. tros, também de suma importância no
16
...,. eram mais fortes do que os laços que
mostram que na escala de necessida- prendiam as famílias à terra. Na cida-
des do povo brasileiro, a segurança de, no entanto, são vítimas de muitas
vem ocupando lugar de destaque, ha- tentações. Talvez até de uma explora-
ja vista a situação de total impotência ção sistemática. Perdem a bondade,
da população diante da escalada da hospitalidade e religiosidade, cultiva-
violência. das por séculos." lnstalaçOes Hldréullcas e Elétricas
Cientistas sociais e psicólogos se de- Essas tentações e a perda desses va-
bruçam sobre o assunto, isolada ou lores seculares são, sop nosso enten-
conjuntamente, buscando encontrar a dimento, as causas principais da vio- Transpones Rodovlérlos de carga
raiz do problema e oferecer sua solu- lência urbana, não se querendo, com
ção: os primeiros estudando o com- isso, estabelecer que a violência deva Assistência Técnica a Equipamentos
portamento social, a interação da plu- ser atribuída exclusivamente ao ho- em Postos de Serviços
ralidade de indivíduos, procedentes mem do campo que emigra para a
das mais distintas regiões do país, que grande cidade.
Comerclallzaçlo de qulpamentos para
formam as nossas grandes cidades, e Na realidade esse quadro não é exa-
os segundos, observando e analisan- tamente recente. Já foi diagnosticado Postos de Serviço e Assistência Técnica
do o comportamento desses indiví- inúmeras vezes, desde que o fenôme-
duos no meio social. no se alastrou. Nada, porém, de con- Rua Bartolomeu Lourenço da Ou ~mio, 4220
Enquanto isto, em cidades como ereto foi feito para revertê-lo, a não Fone: 276-1200 • Boqualrlo • CEP 81.500
Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Ho- ser em se falar em repressão, pena de
rizonte, Recife e Fortaleza, para não ...,. .. Curitiba • Paraná
se citar dezenas de outras, o cidadão ..-----------------.J L - - - - - - - - - - - - - - _ J
vive sobre sobressaltado pelo fato de,
ao sair de casa pela manhã, não saber
se retornará ao anoitecer e, se o con-
seguir, se encontrará sua família incó-
lume à violência que se manifesta de DI GREGORIO
formas variadas.
Hoje, infelizmente, o Brasil é um TOCAN TRANSPORTES LTDA
país que concentra sessenta por cento
de seus habitantes em espaços urba-
nos, onde notoriamente não há aco-
modação, nem mercado de trabalho TRANSPORTE TERRESTRE E MARITIMO
para todos. Os índices de analfetismo
continuam elevadíssimos, em contras- AV. PEDRO ALVARES CABRAL, 4105
te com uma indústria que se sofística
e exige, cada vez mais, especialização. FONE: 233-4522 TELEX (0911) 1503
Resultado: as grandes cidades, para
onde emigram gigantescos contingen- SELEM PARA
tes do meio rural, não têm como ab-
sorver uma mão-de-obra desqualifica-
da, e esses migrantes, sem outros re-
- cursos, acabam inchando as periferias
das metrópoles e candidatando-se a
uma vaga nas estatísticas criminais e
páginas policiais da imprensa.
A CHAVE DE UMA VIAGEM
Sobre esse êxodo rural e inchação
das grandes cidades, com andamento BEM SUCEDIDA
da violência e criminalidade, já em
1975 Dom Paulo Evaristo Arns, Car-
deal Arcebispo de São Paulo, em seu Quando reservar sua passagem ou excurslo, pelo Brasil ou pelo
livro "A Família Constrói o Mun- mundo, voct precisa ter absoluta certeza que está trabalhando
com gente que sabe o que faz, para nlo ter surpresas desagra-
do?", definia com propriedade, ao en- dáveis. Tratando sua viagem na INTEROLOBE TOURS, fica
fatizar que assegurada a sua tranqullldade, pois nós sabemos o quanto é
" .. . as famílias vindas do interior se Importante uma "VIAGEM BEM SUCEDIDA". Chame-nos:
parecem um tanto com o menino per-
. dido no meio da multidão. Por certo INTERGLOBE TOURS
tempo, sonharam com melhorar os SHS - OAL. HOTEL NACIONAL • Loja 56
padrões de vida. Venderam suas ter- BRASILIA • DF
rinhas e se despediram de tudo que os TEL.: (061) 223-2000
sustentavam na existência. A miséria
do interior e o chamariz da cidade
18
violências, não para defender-se, mas 3.- UMA PROPOSTA DE SO-
peJo fato de se encontrar armado em LUÇÕES
morte, construção de presídios, maior situações em que o diálogo soluciona-
policiamento, etc, todas medidas que ria pequenos desentendimentos do- Assim, no Brasil, violência urba-
atacam as conseqüencias e não a~ mésticos. na e violência rural são irmãs
causas. siamesas. Ignorar essa equação é in-
Da mesma forma, o organismo po-
sistir em medidas paliativas, pois os
licial, criado para dar proteção à so-
O desamor, a ausência de diálogo dois fenômenos são e estão inter-
ciedade, vê alguns dos seus membros ligados.
entre as pessoas, a falta de respeito pa- embrutecerem-se diante da realidade
ra com o seu semelhante e seus direi- que enfrentam no dia a dia, passando
tos, são fatores que se somam a esse a combater a violência às vezes com Na violência urbana a desigualda-
fenômeno, contribuindo sobremanei- mais violência ainda. de social é fator preponderante, e os
ra para a violência que grassa pelo protagonistas dessa violência - que
país, concretizada através de assaltos, A mesma consciência de impunida- hoje já pode ser vista como uma ver-
estupros, homicídios e outras formas de que encoraja o delinqüente a come- dadeira luta de classes - são forte-
que engrossam as estatísticas. ter violências, é a que impulsiona à mente influenciados pela ânsia de in-
criação de grupos de extermínio, à jus- tegração a qualquer preço, mesmo do
Como violência gera sistematica- tiça feita pelas próprias mãos. crime, na sociedade de consumo que
mente violência, esse quadro vai ad- a eles se afigura como o paraíso ter-
quirindo maiores proporções na me- Enfim, estamos vivendo em um país restre; têm motivações específicas, que
dida em que o cidadão comum, a pre- onde a vida, para alguns, parece não fazem de cada caso um caso, mas nor-
texto de defender-se, mune-se de uma ter valor algum. Mata-se por nada, malmente de polícia.
arma - e o pior, arma também o seu assalta-se por uns míseros cruzados ou
espírito - e passa a também praticar por bijuterias, à luz do sol.
Construindo
para os melhores
clientes do Brasil
Barcos de pesca
Empurradores
Balsas-chatas
Barcos de
passageiros
Rodovia Maracacuera Km 5 - lcoaracl Belém- Pará BRASIL
19
Paradoxalmente, é a própria socie-
dade que os incita, seja pela afronto-
sa ostentação do luxo, seja por estí-
mulos como os. do cinema e da televi-
são, através de filmes que industriali-
zam a brutalidade mais irracional e a
impunidade, que das telas passa para
a vida real.
Como resposta a esse acionte, o que
se vê é o cidadão e sua família hoje
não terem a tranquilidade de um pas-
seio despreocupado nas ruas das gran-
Aço Inoxidável S.A.
des cidades, morar praticamente en- MATRIZ: SELEM- PA- CEP 66.000
jaulados para protegerem-se da mar- Rodovia Arthur Bernardes, 268
ginalidade e ter, sistematicamente, o
seu patrimônio atacado, onde quer Fone: (091) 224-7755- Telex: (091) 1254 AIET
que esteja.
Conforme consignamos no item an- PORTO VELHO- AO - CEP 78,900
terior, as causas do problema estão FILIAL: Rua José Bonifácio, 2209 · Bairro Pedrinhas
diagnosticadas. Resta ao Governo co- Fones: (069) 221-9538-221-9111- Telex (069) 2133 AIET
locar em prática medidas efetivas que
atinjam essas causas, e não as suas
consequências.
Rua Tiradentes, 118- Conj. N- Macapá- AP
A emigração alucinante para as FILIAL: CEP 68 900 - Fone: (096) 222-3454- Telex (091) 1476
grandes cidades está na raiz da violên-
cia urbana, justamente por conter
duas grandes deficiências do governo
na sua ocorrência: primeiro, pelo fa-
to dessa migração ocorrer pela falta de
apoio ao homem do campo que, sem
terra ou sem um salário condigno, não
tem como sobreviver; segundo, em ra-
zão de ao chegar à cidade esse homem Comercia{ de gy{áquinas Paduano .Ltda.
se ver vítima de novas explorações, en-
contrar uma realidade de vida que pa-
ra ele se torna inatingível pelos meios
legais ou normais, e a fome, o desem-
prego e as injustiças por ele experi- Máquinas de Costura
mentadas o compel ao crime, à violên-
cia, a mesma da qual ele se tornou Industriais
uma vítima.
Medidas para sanear o problema,
com nomes sugestivos e de impacto na
Imprensa e junto à opinião pública,
são noticiadas, tais como "Mutirão Novas e Usadas
Contra a Violência", "Ruas em Paz",
"Vamos Viver sem Violência" e ou- de Todas as Marcas
tras mais, as quais no entanto não
saem do papel para a prática.
Soluções concretas precisam ser da-
das ao assunto, a começar pela reali-
zação de uma Reforma Agrária efeti-
va, aliada a uma Política Agrícola, Rua São Caetano, 848 - Fone : 229 - 5722
que permita a fixação do homem à ter-
ra e seccxione o seu êxodo do campo
para a cidade, onde ele se transforma São Paulo - Brasil
20
Há, normalmente, mais indivíduos causas, tarefa árdua, demorada, mas
desejando empregos do que empregos não impossível, da qual todos têm o
em um delinquente em potencial, em disponíveis; há uma competição não dever de participar, muitas vezes com
apenas para obter o pão, mas pela ob- uma simples palavra, pois
razão da própria estrutura que ali ele
encontra. tenção de luxo, poder, posição social,
companheiros, fama. "o que mais fundo penetra na vida do
homem é aquilo que entra pelo cora-
Embora parte da sociedade conside-
re uma restrição à liberdade, há de se HOBBES afirmou que "a lut<:. é a ção e é alimentado pelo carinho". (D.
lei básica da vida; que o homem pri- Paulo Evaristo Arns)
convir que um controle mais rigoroso
mitivo vivia em contínuo estado de
dos filmes exibidos pela televisão e pe- guerra, todos os indivíduos se erguen-
lo cinema precisa ser exercitado, do ameaçadores contra seus irmãos".
buscando-se com isto impedir a divul- Essa beligerância, entretato, ocorria
gação da degradação dos valores mo- na defesa da honra, do patrimônio, da
rais dessa mesma sociedade, a falsa liberdade e da dignidade, e não pelo
idéia da obtenção de prazeres e rique- simples desejo de lutar, de ser
zas facilmente mediante atos desones- violento.
tos e, principalmente, a impunidade
nesses casos. A violência que hoje se assiste tem
suas raízes em causas diferentes. Sem
Para combater a violência, são ne- se querer se pretensioso, ao ponto de LAPIDAÇÃO ITAMARATY
cessárias medidas preventivas (como almejar um mundo utópico onde não
as sugeridas acima) a longo prazo, e haja violência em quaisquer de suas
corretivas, de resultado imediato. formas, acreditamos na possibilidade Jóias
de um mundo melhor para nossos des-
cendentes. Pedras preciosas
A prevenção implicaria em uma ver-
dadeira cruzada pela moral, pela edu- Semi preciosas
cação e, mais que qualquer outra coi- E isto será possível através não só Bljouterla em geral
sa, na reafirmação da consciência de do conhecimento das razões da violên-
que a família é a fonte de renovação, cia, mas lutando-se para erradicar suas
base e esteio das comunidades inter- Praça José Adamlan, 41
mediárias. Fone(061) 612·1368e612·1048
Cristalina - Go
Dentro dessas mesmas medidas pre- . . . . - - - - - - - - - - - - - - - - ' .__ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _....
ventivas, dever-se-ia diminuir as gran-
des diferenças sociais existentes entre
as várias classes, dando-se oportunia-
de de transposição através do incenti- CAMPO DE
vo à aquisição de cultura e criação de
empregos.
Como medidas corretivas, uma es-
TREINAMENTO
trutura legal e judiciária ágil e efeti-
va, que não permitisse a impunidade, Curso Teórico de Prevenção e Combate a Incêndio
deveria ser criada, .c om possibilidade
de recuperação do delinquente recupe- Curso Prático de Combate a Incêndio
rável, bem como dar às polícias os
meios necessários ao cumprimento de
Formação de Brigadas de Incêndio e ou Bombeiros Industriais
suas atribuições, salários contínuos,
formação e reciclagens periódicas pa- Simulação de Fuga em Locais Tomados por Fumaças
ra que seus integrantes vejam os pro-
blemas sociais e a violência delas de-
correntes sob uma ótica mais realista Neve Engenharia de Prevenção de Incêndio ltda
e humana.
23
transnord
transnord
. São Paulo . Rio de Janeiro
_Santos
Agência Marftima Transnord Ltda. Agência Marítima Transnord Ltda.
Agência Marftima Transnord ltda.
Av. Paulista, 1471 , cj. 1014/1017 Av. Rio Branco, 4- 6° andar
Praça da República, 87 - 124l - cj. 121/122
11 .013- Santos, SP 01 .311 - São Paulo, SP 20.090 - Rio de Janeiro, RJ.
Tel. : (011) 288-1466 PABX Tel.: (021) 253-9499
Tel.: (0132) 33-1115
Telex: (11) 22454 AMTN BR Telex : (21) 21995 - 23736 AMTN BR
Telex: (13) 1123/1186/1706 AMTN BR
End. Teleg . (Cables) : Norlines End. Teleg . (Cables) : Norlines
..
ROGACIANO, propos-lhe o con- PEDRO LUIZ pediu-lhe o carro em- ximou de ambos e apresentou um ho-
trabando de ametistas e que a sua fun- prestado e mais tarde quando chegou
ção seria simplesmente, arranjar o lo- à casa ou deu falta das malas e, inda-
cal para o pouso do avião boliviano, gando a respeito de PEDRO LUIZ,
25
A
g- à~ fb. 101 11-l. consta auto de ampla possível os crimes praticados
pri ão em flagrantl' la\ rado em :\lato evidenciando a participação de cada
mcm de nome .-\R\IANDO. que pro-
Grosso do Sul, onde há referências de um na empreitada criminosa.
,·idenciouumtú\i que o~ conduziu até
que a droga apreendida era provenien- A minúcia e a riqueza de detalhes
o hotel c no hotel DENIS recebeu as
te da Bo1í\'ia, com referências a INÁ- com que relataram os fatos dão uma
cha,·es do apartamemo 207 das mãos
CIO E POCHOLO, ambos estran- certeza absoluta de que a confissão de
de LUIZ c não hoU\·e necessidade de
geiro ; cada um retrata o que na verdade
preencherem a ficha de hospedagem.
h - os fatos noticiados nos autos aconteceu.
No apartamento, AR\IANDO
e que ocorreram nesta capital estão de A validade dessa prova não pode,
abriu uma garrafa de ,·inho e disse que
tal forma entrelaçados com aqueles por isso mesmo ser elidida por meras
iria sair para buscar o dinheiro e que
ocorridos em \lato Grosso do Sul, que alegações formuladas pelos acusados
não sabia que dinheiro era esse.
a pro,·a de um tem correlação com o de que assinaram as folhas contendo
Logo após a saída de ARMANDO
outro, além da interligação das con- declarações que não leram.
LUIZ atendeu o telefone e disse que
dutas dos agentes; Ademais, a retratação encontra-se
iria entregar as cha,·es que ARMAN-
i - Que foi instaurada ação penal desacompanhada de qualquer elemen-
DO ha,·ia esquecido e saiu do aparta-
junto à Justiça Federal de Campo to de convicção, enquanto que a con-
mento, 'oltando logo em seguida e
Grande-l\IS, na qual se apura os fa- fissão está corroborada pelos demais
abrindo a porta empurrou duas ma-
tos noticiados nos autos de fls. 101 a elementos probatórios.
las para dentro e tornou a sair. Ato
1-l. A materialidade do crime é incon-
contínuo, chegaram os policiais com
j- que há pre,·alência e Justiça fe- teste de acordo com o laudo pericial
jornalistas e cinegrafistas.
deral segundo o inciso IV do artigo 78 de fls 70. Igualmente provado foi o
Na presença do gerente do hotel as
do CPP. crime do artigo 14 da Lei 6368176,
malas foram abertas e constararam
que continha cocaína. Audiência de instrução e julga- uma vez que os acusados agiam com
Na delegacia, após baterem com a mento às fls. 159, 192/ 196, onde fo- ajuste prévio numa verdadeira "sacie-
sua cabeça contra a parede foram di- ram ou, idas as testemunhas arroladas tas Sceleris". Não houve, portanto,
tando as declarações que assinou. na denúncia. As testemunhas arrola- uma convergência ocasional, pelo con-
No dia seguinte informaram-lhe das pela defesa foram ouvidas através trário, agiam em caráter permanente
que fora apreendido em sua casa meio das cartas precatórias de fls. 206/ 214 com desígnios pré-concebidos dentro
quilo de cocaína, o que constituiu uma e 235 a 256 . da empreitada criminosa, cujo fim co-
surpresa, porquanto nunca fizera Razões finais do Ministério Públi- limado era o lucro fácil.
qualquer transação com drogas . co às fls. 230/233, sustentando que a O concurso material entre os deli-
.-\ defe~a pré\ ia dm acusados está ação penal restou sobejamente de- tos é entendimento pacífico em nos-
as fls. 138 c 139. com os documentos monstrada e que a autoria é certa. sos tribunais.
de fls. l-lO l-l8. Os acusados foram presos em fla- A alegação dos acusados de que
.-\ defesa apresentou e.\ ceção de in- grante por transportar, trazer consigo viajavam sem bagagens e que as ma-
competência do Juízo que foi autua- e guardar para fins de tráfico cinquen- las não lhes pertencia não colhe, pois
da em apenso, ,·azada nos seguintes ta quilos de cocaína, acondicionada que outros elementos que não foram
termos: em duas malas. presos participaram da grande opera-
Que consta do auto de prisão em Perante a autoridade policial os
flagrante que a substância entorpecen- acusados confessaram da forma mais
te apreendida foi trazida para o Bra-
sil em um a\ião boJi,iano (fls. 5 e 14),
constando, ainda, que um dos acusa-
dos teria feito uma ,·iagem a Porto
Suarez- Bolí,ia.
Que consta, também:
-
Tecnologia e qualidade em
produtos de fibra de vidro.
•
os nomes de ARMANDO REYS e dois elementos chegaram juntos ao
LUIZ SIERRA (este não consta dos hotel já trazendo as malas apreendi-
34
INTERPRETAÇÃO IMPAR DA LEI 6368/76
ART . 36 (NORMA PENAL EM BRANCO)
PORTARIA 27 DE 10 86 DA DIMEP
EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA ·do não constitui crime - pelo menos vendendo comprimidos de "algafan"
6~ VARA CRIMINAL DE TERESI- -não está configurado,- deixamos a outra pessoa, sem as observações
NA- PIAUÍ de oferecer a denúncia para requerer, exigidas por lei, por certo que estavam
como de fato requerendo, o Arquiva- cometendo um delito previsto na legis-
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO mento do Inquérito, na forma da lei . lação específica repressiva aos tóxicos
ESTADO por seu representante legal, ou drogas.
com plena serventia nesta vara crimi- Teresina, li de fevereiro de 1986.
É certo que há jurisprudência em
nal, usando das atribuições que lhe contrário, mas a dominante em nos-
são conferidas por lei, e tendo em vis- sos Tribunais é esta: "Farmacêutico
ta o incluso inquérito policial, vem a FRANCISCO DO NASCIMENTO que teria vendido duas unidades de
presença de V .Exa. expor, alegar e no ROCHA "Desbutal" sem dar baixa no estoque
final requerer o seguinte: 13? Promotor de Justiça que é adquirido uma ampola de "Gar-
DESPACHO: denal" sem fazer constar no livro pró-
De posse dos autos de Inquérito Po- prio- "A irregularidade na venda do
licial encaminhado pela Polícia Fede- entorpedente pelo farmacêutico sem
ral, dando como acusados os senho- -VISTOS ETC.
dar baixa no estoque, bem como a
res Raimundo Nonato da Silva Filho
e Domingos Cardoso da Silva consta- Acolho o parecer do douto Promo- aqui sição de outro produto sem fazer
tamos que o fato tido como delituoso tor de Justiça, por seus fy_ndamentos constar do livro próprio, constitui fal-
se prende a venda em Farmácia, de um legais, visto que, os indiciados Rai- ta administrativa, mas não o delito do
medicamento denominado mundo Nonato da Silva e Domingos art . 281 do Código Penal. São fatos
"ALGAFAN" . Cardoso da Si lva, não forem flagra- atípicos, que não jus ti ficam a instau-
do vendendo medicamento sem recei- ração de ação penal" (T JSP- Rec.
Segundo a Polícia, este medicamen- ta médica e, o simples fato, de ter 47 Crim .-Relator Des. Adriano Marrey-
to tem a venda controlada na forma comprimidos do medicamento "Açga- RT 442 / 378).
fan " na sua Famrácia DROGA NOR- Assim, acolho o pedido de arquiva-
da Portaria n? 27 de 24.10.86, da Di- mento do presente inquérito policial,
visão Nacional de Vigilância Sanitária TE e não estava legalmente registra-
de Medicamentos. do e ter vendido sem os cuidados do entretanto, ordeno que o fato seja le-
receituário médico , não con stitui por \'ado ao conhecimento à Secretaria de
Esta Portaria se refere espressamen- si só delito de que trata a Lei n ~' 6.368, Saúde Púb lica ou Repartição Congê-
de 21 de outubro de 1976. nere comp~tente, no Estado do Piauí,
te à lei n? 6437, de 20 .08. 77 . Discipli- encarregado do Serviço Nacional de
nando a lei, a mencionada Portaria,
constituem diz que "o não cumpri- Ora, pelo simp les fato de al guém já Fiscali zação da Medicina e Farmácia
mento das exigências dessa Portaria, ter vendido ou fumado droga ou subs- para as providências legais e di scipli-
const ituem infração sanitária ... " tância consideradas control adas ou nares; de acordo com o art. 28, do Có-
entorpecente , salvo melhor juizo, não digo de Proc . Penal.
Intimem-se e Cumpra-se.
Não vemos, assim, como posse se constituio ilícito pena l previ sto n~ lei
configurar o delito capitulado na lei especial anti-tóxicos, sem as previ sões
n? 6368/76 , em que rese o desejo da legais, deve constituir falta admini s- Teres ina, 23 de fevereiro de I 988.
Autoridade Policial. trativa reparada pelo Órgão do Minis- José Carneiro Neto
tério da Saúde competente; agora, se Jui; de Dir.:ito ela Sa. \ ' ara Criminal.
•
Assim, nos termos do art. 43, I do diante dessas irregularidades, ros~em
CP, e por entender que o fato nat ra- os acusados pegos em .flagrante delito
35
ODRIOZOLAS EXPORT
NEW DENTAL
DENTAL IBIRAPUERA
IGNACIO ODRIOZOLA REPRESENTAÇÕES
AGORA VOCÊ TEM O GRUPO ODRIOZOLAS E SUA EQUIPE SÓ PARA VOCÊ NOS
PAÍSES QUE VOCÊ PRECISAR
Alguem sempre ao seu alcance resolvendo seus p rob le - Sabemos onde voce quer chegar e nosso objetivo princi-
mas e criando soluções em qualquer seto r da área de ex- pai é você chegar lá.
portação no momento preciso.
Tudo isto com experiencia y prestigio internacional e na-
cional.
Você sempre tem interesse de expandir os seus p rodutos
na exportação que jamais serão atendidas por um ex -
po rtador comum.
36
MJ DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
ACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA
XIII CURSO SUPERIOR DE POLÍCIA
-RELAÇÃOENTREOMONOTEÍSMO-DOGMÁTICOEOREGIMEDEMONARQUIA
(DITADURA): RELAÇÃO DIRETA?
-IGREJA CATÓLICA E PODER CIVIL: LIGAÇÕES HOJE
I. INTRODUÇÃO: Mais tarde a religiosidade foi utili- tural de relacionar-se com os seus pa-
1. 1. RELIGIÃO pode ser definida co- zada também para das respostas a res, pela busca de soluções para os
mo um sistema organizado de crenças, questões até então irrespondíveis pela problemas que se lhe apresentavam,
cerimônias, práticas e cu ltos que se natureza humana: pela preocupação com o futuro e com
centraliza em um deus supremo ou di- o alcance da correspondência do que
vindade, ou envolve vários deuses e di- - de onde vim, para onde vou? as suas ansiedades exigiam, agora já
vindades. Não há, portanto, nessa - qual o propósito da vida? no plano material.
conceituação, uma exigência de que o - qual o destino final do homem?
- qual a diferença entre o bem e o Pela abrangência da POLÍTICA e
monoteísmo seja uma característica pela identidade única da figura que
definitiva da religião, havendo algu- mal?
buscava os seus benefícios, assim co-
mas, inclusive, que não cultuam ne- mo os daqueles obtidos através da RE-
Observa-se então que a religião sur-
nhum deus ou divindade específicos. LIGIÃO - O HOMEM-, era de se
giu com o objetivo específico de cor-
De modo geral, há uma crença em responder, como forma de satisfação prever que ocorreriam fatalmente in-
um poder divino, uma força superior, às ansiedades de caráter espiritual do fluências mútuas, convergências e di-
que criou o mundo e influencia as vi- homem, isto dentro da concepção de vergências, entre essas duas forças,
das que o habitam, assim como veia qe para cada ansiedade há a satisfa- embora originariamente atuassem em
pelos seus fiéis proporcionando-lhes ção correspondente (sede/ água, fo- terrenos distintos: espiritual e ma-
segurança física e espiritual. E essa me/ alimento, solidão/companhia, ca- terial.
crença é fundamentada em dogmas e, rência afetiva/ afeto, carinho, amor Hoje torna-se visível e natural a par-
como tal, indiscutível, sendo condição etc). ticipação religiosa na AÇÃO POLÍTI-
essenciala crença nesse poder divino a CA e a influência POLITJCA na RE-
admissão no quadro de fiéis. 1.2. POLÍTICA, segundo a concei-
LIGIÃO, fruto de uma convivência
tuação mais globalizante, "é tudo".
a RELIG IOSIDADE, segundo in- que vem atravessando os milênios,
Assim, não se poderia pretender que
dicam provas mais antigas, surgiu na com maiorres e menores influências e
em sendo "tudo" não se manifestas-
terra por volta de 60.000 a.C., haven- aceitações mútias, mas, consigne-se,
se em todos os setores da vida huma-
do historiadores e antropólogos que sem a adesão do total dos religiosos,
na e, consequentemente, em todos os
acreditam que se tenha praticado al- pois sempre houve e ainda há aqueles
seguimentos sociais.
guma forma de religião desde o apa- que separam intransigentemente o ma-
recimento do homem, prática essa que O homem é em si mesmo um ani- terial do espiritual.
teria sido iniciada como forma de os mal político e, talvez até inconscien- 2. RELAÇÃO ENT RE O
homens se oporem ao seu medo e es- temente, em todos os momentos de MONOTEÍSMO-DOGMÁTICO E O
panto diante dos fenômenos naturais, sua vida, desde que passou a habitar REGIME DE MONARQUIA (DITA -
para ele inexplicáveis (tempestades, a terra, exercita essa sua vocação, que UURA): RELAÇÃO DIRETA?
terremotos, tormentas, nascimento de lhe é nata e está intrímf'ca. E essa ~ua
bebês e an imais etc) . vocação lhe veio pela necessidade na-
37
3. CONCLUSÕES
3.1. Das oito maiores Religiões do
Assim, RELIGIÃO e POLÍTICA mundo (pela ordem de criação: JU-
DAÍSMO, HINDUÍSMO, BUDIS-
desde os primórdios da civilização
vêm trilhando juntas os caminhos da MO, CONFUCIONISM, TAOÍSMO,
História, embora nem sempre em bus- XINTOÍSMO, CRISTIANISMO e
ca de objetivos idênticos e utilizando- ISLAMISMO) verifica-se que somente
se das mesmas ações para atingi-los. o JUDAÍSMO, CRISTIANISMO e
ISLAMISMO são MONOTEÍSTAS,
Com o transcurso do tempo, parce- o que nos leva à constatação de que
la da religiosidade, através de sua ins- a primeira e as duas últimas a serem
tituição representativa - a IGREJA fundadas cultuam uma fonte de poder
- , passou a exercer fortes influências supremo, com a característica de que
no comportamento da humanidade, as três trazem intrínseca e historica-
ao ponto de influir decisivamente em mente a participação na ação política,
todos os aspectos da vida do homem, ao lado da sua doutrina de salvação
adquirindo nova concepção e experi- da alma. Houve, portanto, um prin-
mentando o resultado de sua ação cípio de MONOTEÍSMO, o apareci-
aplicada também no terreno material. mento do POLITEÍSMO e o ressur-
gimento da primeira prática.
Inicialmente a influência foi provo-
cada pelos primeiros monarcas abso- 3.2. As Religiões, sejam elas quais
lutistas que surgiram na Babilônia, forem, MONOTEÍSTAS ou POLI-
Assíria e Egito, os quais, ao dizerem- TEÍSTAS, se estruturam em forma pi-
se responsáveis pelos seus atos somen- ramidal, estando em seu ápice terre-
te perante Deus e contarem com a co- no a figura de um dirigente espiritual Chico Recarey
nivência da Igreja nessa afirmação, que encarna a pessoa que mais se
viram-se na contingência de delegar aproxima e está logo abaixo, na esca-
uma parcela do seu poder à Religião. la hierárquica, da Divindade (ou Di-
vindades).
Essa responsabilidade vertical e úni-
ca em direção a Deus para prestar con- Entretanto, observa-se que, ao con-
tas dos seus atos foi chamada de "DI- trário do que ocorria na Monarquia
REITO DIVINO" e difundiu a cren- Absolutista, quando o dirigente era
ça de que os monarcas obtinham di- imposto ao povo e tinha que ser acei- SHOWS
retamente de Deus o direito de gover- to como tal, sem a obrigação sequer
nar, e não através do consentimento de prestar-lhe contas dos seus atos, nas
ou da vontade de seus vassalos. Ain- Religiões o líder terreno chega a essa
da dentro dessa concepção, cabia a posição através da vontade dos segui-
Deus punir um mau soberano. Para o dores da Religião (não como regra ge- NACIONAIS
povo "o rei não podia cometer erros", ral), o que é feito de maneira direta ou
e, com base nessa forma de doutrina- indireta (dentro, portanto, de um pro-
ção, com a qual compactuou a Igre- cesso previsto pelas Democracia -
E
ja, governos sem controles constitu- Representatividade), e esse dirigente
cionais e legislativos atravessaram sé- deve satisfações ao seu rebanho. INTERNACIONAIS
culos, difundindo-se à medida em que
monarquias nacionais fortes se desen- 3.3. Quanto à Divindade, é de se ad-
volveram em vários países. mitir a identidade de sua imposição
aos fiéis à imposição do monarca ao
Havia, como na imposição da Di- povo. Efetivamente, dentro de uma
vindade (ou Divindades) pela Religião, Religião não se admite discordâncias
a imposição ao povo do Monarca in- quanto ao dogma da crença e aceita-
ção de uma Divindade (ou Divindade, Rua Afranio de Melo Franco , 296
contestável e infalível, também como
um dogma. conforme o caso), assemelhando-se à
Ditadura Monárquica. Leblon - Rio de Janeiro
A primeira recusa em aceitar o
"DREITO DIVINO" foi a execução Há uma única distinção: enquanto Brasil
do rei Carlos I, em 1.649. A Revolu- que na Monarquia Absolutista o vas-
ção Francesa repudiou, inteiramente, salo não tinha qualquer outra escolha,
a crença e lançou a doutrina de que o na Religião há a possibilidade de op-
direito de governar provinha do povo, ção por parte do seu seguidor discor-
não sem antes ouvir a célebre frase de dante, que pode ou não continuar a
Luiz XIV de que "O ESTADO SOU
EU".
38
Se o problema é
Telecomunicações a
CONSTRUTEL resolve:
CDnst:rutel
Telecomunicações e
Eletricidade Ltda.
RUA: JOSÉ MARIA LISBOA, 88- ~·~~~~:~(;zrn,nr : - ·. 1 r:
JARDIM PAULISTA-São PaUlO - lmol~
ASSOCIADA A
Ruo Jo o6 Am6rlco do •. • q
39
freio aos anseios materiais dos menos
favorecidos- foi perdendo a sua efi-
segui-la, de acordo com a sua vonta- cácia. Isto resultou também na grada-
de. Não há a obrigatoriedade de acei- tiva perda de poder por parte da Igre-
tação da RELIGIÃO, mas sim da DI- ja, eis que não mais dominava o seu
VINDADE que ela cultua. rebanho como outrora e já não mais
funcionava como aquilo que KARL
Em outras palavras, na Monarquia
MARX conceituou como "o ópio do
Absolutista há a Ditadura da forma de
governo e do governante, enquanto
povo".
que no Monoteísmo Dogmático há a A partir daí, a convivência e os con- [NJ~I}{]~~ SERVIÇOS LTDA.
ditadura do Governante, (Divindade) flitos existentes entre as classes domi-
havendo várias formas de Governo nantes e dominada passaram a ser vis-
(Religiões), pelas quais pode o fiel op- tos sob outro prisma; a procupação
tar, se lhe interessar. agora também com as coisas materiais Rua Sacadura Cabral, 64- 8
4. IGREJA CATÓLICA E PODER entrou oficialmente para a sua doutri-
CIVIL: LIGAÇÕES HOJE: Tels.: 253- 1872
na, e houve o que literalmente pode-
se definir como "mudança de lado": 233-1883
Durante muitos séculos a Religião, até então sempre se servindo aos de-
principalmente a Católica, funcionou tentores do poder, parte da Igreja Ca-
como parte integrante do poder e, ao tólica passou a defender a classe con-
lado dos Governantes, participou in- siderada dominada, jogando todo o
diretamente da administração do Es- seu peso político nessa nova concep- Rio de Janeiro - RJ - Brasil
tado, funcionando como moderado- ção realística, como que numa tenta-
ra das insatisfações populares. tiva de demonstrar que não perdeu a
Prometendo o "REINO DE
DEUS" àqueles que viam frustradas
suas aspirações na terra, a Igreja fa-
zia com que se reprimissem os anseios
de liberdade e igualdade manifestados
pelos escravos, vassalos, assalariados
e proletários, sucessivamente, através
do tempo, recebendo em troca as be-
nesses dos senhores, nobres e capita-
listas, classes dominantes e detentoras
conEnG ENGENHARIA LTDA
15 ANOS
do poder em cada época.
Construindo e Preservando Obras
A convivência e conivência da Igre-
ja Católica com essas castas e a força No decorrer desses 15 anos de serviços prestados à construçóo
moderadora que representava, fize- civil e seus vários segmentos. a CONENG não poupou esforços para
ram com que ela assumisse papel de atingir seus objetivos. Sedimentando seu " Know-How " de obras
importância junto aos governantes e através da experiência. eficiência e especializaçóo de sua equipe
passasse a influir politicamente, pois técnica e administrativa. a empresa vem érescendo e ganhando
sem dúvida representava também um projeção no ramo construtor .
poder. E os religiosos, quase sempre
Junto à STANC ENGENHARIA.IND . E COM . LTDA.- empresa coli·
procedentes das classes mais favoreci-
gado. dedicada à pesquisa e fabricação de produtos de prote -
das, experimentaram o gosto de pra-
çóo ao meio ambiente -a CONENG mereceu um especial desta-
ticarem a AÇÃO POLÍTICA, influin- que, nesses últimos anos , pelo seu desempenho na Engenharia de
do decisivamente nos grandes momen- Impermeabilização e Recuperação Estrutural .
tos da História.
Sólida , de equilibrada estrutura econômico-financeira . atuan-
Havia, então, um certo consenso no do com objetividade , rapidez e segurança em diversas áreas .
sentido que a Religião Católica se abrangendo . entre outras . obras Públ icas . Bancárias . Industriais.
constituía em um sólido esteio à or- Comerciais e Residenciais : o grupo CONENG está construindo com
dem estabelecida e que só servia de qualidade para preservar sua confiança .
ideologia para a classe dominante.;
~~ aquisitivo , nas mãos dos homens de força de decisão. Sao Paulo - SP F. 241-6966 CEP 04563
v .............. ~~
41
- -
DECISOES JUDICIAIS SOBRE
PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS
NO PROCESSAMENTO DE COCA
PODER JUDICIÁRIO MARCOS ANTUNES ROCHA, obtém-se a pasta básica, que libera o
SÃO PAULO ARAMIS GUEDES CORREA e JO- alcalóide de que resulta o sulfato ou
JUÍZO DE DIREITO SÉ LUIZ GUARDIA, já qualificados cloridrato de cocaína, pois atua como
DA 17 ~ VARA CRIMINAL nestes autos (fls. 23,27 e 31) foram de- solvente . Marcos foi contatado por
nunciados pelo representante do Mi- "Jorge" a fim de transportar tais
Proc . n? 457 / 87 nistério Público como incursos nas substâncias de São Paulo até Varzea
sanções do artigo 12, "caput" e arti- Grande, no Mato Grosso, devendo
São Paulo, 03 de Novembro de 1987 . go 12, § I?, inciso I, ambos da Lei n? passar por Ribeirão Preto, camuflan-
6 368/76, em concurso material e ain- do a carga de éter e acetona com te-
Senhor Superintendente:
da artigo 18, do mesmo diploma legal, lhas, cuja nota fiscal serviria para jus-
Pelo presente, comunico a V. Sa . porque no dia 26 de agosto de 1 987, tificar o transporte. Os demais co-réus
que os condenados ARAMIS GUE- por volta das 13,30 horas, próximo ao serviriam de "batedores", conduzin-
DES CORREA, filho de Diamantino Posto de Gasolina "Leão Alado", si- do o Voyage à frente do caminhão, a
Correa da Silva e Sefenira Guedes tuado na avenida Otaviano Alves de fim de lograr policiais, para resguar-
Correa, nascido aos 04 . 12 .53, de cor Lima, número 2 888, Freguesia do ó, dar a viagem até o seu fim . Sabiam to-
parda, natural de Campo Grande-MS, nesta cidade, agindo em concurso e dos que transportavam as substâncias
motorista, RG: 077.388/ MS , JOSÉ com identidade de propósito, os acu- utilizadas ao refinamento da cocaína.
LUIZ GUARDIA, filho de Manoel sados, foram surpreendidos transpor- Foram juntados aos autos o laudo
Lourença Guedes Guardia e Rosa Luiz tando, para consumo de terceiros, pericial (fls.15 / 16), o auto de apreen-
Guardia, estudante, nascido aos substância entorpecente, ou que deter- são e apresentação (fls.17/ 18), o lau-
17 .11.62, de cor branca, natural de mina dependência física ou psíquica, do de constatação (fls.64 a 69) e o de
Bálsamo/ SP, RG: 7694892/ SP, soltei- sem autorização e em desacordo com corpo de delito (fls. 73175).
ro, MARCOS ANTUNES ROCHA, determinação legal ou regulamente
também transportando indevidamen- Recebida a denúncia (fls. 59) foram
filho de Felipe Ribeiro da Rocha e os réus interrogados (fls.76/ 81), ten-
• Marfina Antunes Pinto, nascido aos te matéria prima objetivando a prepa-
ração de substância entorpecente, ou do constituído defensores que no trí-
31.03.49, de cor branca, RG: duo legal apresentaram defesas prévias
094. 151 / MS, casado, natural de Pon- que determina dependência física ou
arrolando testem unhas( fls. 96/ 1O1).
ta Porã-MS, motorista, foram conde- psíquica. Os policiais federais recebe-
ram da Divisão de Repressão a Entor- Em instrução colheram-se os depoi-
nados a cumprirem a pena de oito mentos de quatro testemunhas da acu-
anos de reclusão e no pagamento de pecentes, de Brasília-DF, informação
de que no referido Posto haveria tran- sação (fls. 104/ 109) e de dez da defe-
133,33 dias multa(valor mínimo legal) sa (fls.172/ 185).
e incursos nas sanções do art. 12 "ca- sação ilícita de éter e acetona, naque-
put" e 12, §I?, inciso I, c.c. art. 18, le dia, por indivíduos que estariam Em alegações finais manifestou-se o
inc . III, da Lei n ? 6 368/ 76 e ainda, ocupando um Voyage em que se en- Dr. Promotor pela condenação dos
c.c. art. 69 "caput" do Código Penal, contravam Aramis e José Luiz e aden- réus (fls . 187/ 192) e os Drs .Defenso-
regime fechado. trando o caminhão, que imediatamen- res pela absolvição, alegando inexis-
te, pôs em funcionamento. Perceben- tência de crime, inexistência de con-
Apresento a V. Sa. protestos de es- do a movimentação, interceptaram- curso material, pois o desdobramen-
tima e consideração. nos os policiais, certificando-se de que to do éter em etílico e sulfúrico não
o caminhão conduzido por Marcos se condiz com existente nos autos e ain-
JOSÉ BENEDITO FRANCO DE encontravam nove tambores azuis da da insuficiência probatória
GODOI "Technion", com éter e sete tambo- (fls.210/238).
Juiz de Direito res azuis brancos da Bonain'', com
acetona, os tambores no total tinham É o relatório.
limo Senhor Superintendente da Po- capacidade para conter quatrocentos
lícia Federal litros. O transporte era de substância Decido.
Rua Antônio de Godoy, n? 27 entorpecente-éter etílico, arrolado no
nesta item 5, do artigo 11, do Decreto "La justice n 'a pas besoin de critique,
79 388/ 77- e matérias primas para a mais de changement.
processo n~ 457 / 87 preparação de cocaína (éter sulfúrico "CASAMA YOR "-"Si j'étais juge ... "
e acetona). Imergindo, no éter sulfú-
Vistos, etc ... rico ou acetona, as fo lhas de coca,
42
Segundo FLORIAN o perito usan- bre Substâncias Psicotrópicas, assina-
do de seus conhecimentos técnicos, le- da em Viena, a 21 de fevereiro de
Há nos autos provas concludentes va ao juiz o conhecimento que tem de 1 971, e o artigo 1?, "e" com exceção
ao embasamento do decreto conde- sua ciência ou arte, seja em forma abs- específica, dispõe que substância psi-
natório. trata ou prática-concreta. cotrópica significa qualquer substân-
cia, natural ou sintética, ou qualquer
"Inspeccionar (examinar) y observar materia1 relacionado nas listas i, II, III
Vejamos. con procedimientos investigativos pro- ou IV, anexadas à Convenção ("g").
pios un objeto de prueba, cuando pa-
O laudo toxicológico (fls.15/16) ra e! pleno conocimiento de ese obje- O artigo 11, item 5, do referido di-
constatou tratar-se de éter sulfúrico to se requieran aptitudes y comproba- ploma legal dados os objetivos da
(éter etílico) e acetona, substâncias uti- ciones especiales. E! perito examina la Convenção exige registro das substân-
lizadas na extração e refino de cosa, e! lugar, la persona, e! cadáver cias da Lista IV para rigoroso
cocaína. en una palabra, su actividade se tra- controle.
duce aquí en comprobación de hechos E, na referida Lista encontramos a
As denominações éter etílico e sul- concretos. En realidad, la actividad inclusão do éter etílico como substân-
fúrico referem-se a uma mesma subs- dei perito en este caso se asemeja a la cia psicotrópica.
tância química, segundo a farmaco- actividad dei juez ... En este caso la
péia americana e adotada pelo nosso contribuición dei perito consiste em la Dessarte, tal substância é entorpe-
país. De largo uso como solvente e comunicación de hechos o de cosas cente nos termos do artigo 12, da lei
anestésico (mais puro). especial e serve para, ainda, o prepa-
concretas, cuya comprobación requie-
ro de cocaína, caracterizando a maté-
re una competencia técnica especial y
ria prima referida no seu § 1?, inciso I.
"Solvent Ether (B.P). Solv.Ether: Ae- se realiza mediante ella. Por ejemplo Insubsistentes, assim, todas as pre-
ther Solvens; Ethyl Oxide; Ether; e! perito !e ofrece ao juez ... o !e co- liminares argüidas pelos Drs. De-
Diethyl Ether; Aether Aethylicus; Ae- munica cuáles son los componentes fensores.
ther Sulphuricus; E ter. químicos de cierto líquido." (DE LAS
PRUEBAS PENALES"-tomo I, Patente a materialidade dos delitos.
... Solvent ether is a colourless, trans- vers.castelhana por Jorge Guerrero- Resta-nos analisar a autoria.
parent, very volatile, inflammable, págs.155/157 THEMIS- Confessaram os co-réus Marcos e
very mobile liquid with a charactl'ris- Bogotá-1 968). Aramis quando da lavratura do auto
tic odour and a sweet burning taste. de prisão em flagrante a prática dos
O Decreto n? 79 388, de 14 de mar- delitos.
... Anesthetic ether could cause malig-
nant hyperthemia in genetically predis- ço de 1 977, aderiu à Convenção so-
posed individuais". ("Martindale -
.....
"The ExtraPharmacopeia"- vigésima
oitava edição- pág. 1 453 e 748- THE
PHARMACEUTICAL PRESS -
1 982 - London).
PLANQUIM
A substância é utilizada, juntamen-
te com a acetona, na produção da Indústria Qufmlca Ltda
cocaína.
~8
Mas, acontece que, o alienígena propriedade de Bueno Batista da Sil-
ERNESTO LEYGUE CESPEDES, va (fls. 48), segundo o ilustrado Lau-
Of. n? 2807 / 87-DRE quando questionado pelo Agente de do de Constatação em substâncias quí- ,
Cuiabá/ MT, 12 de nowmbro de 1987. Polícia Federal Januário Teixeira Ri- micas n? 347 / 87 (fls. 12), seria utili-
beiro (fls. 03), nas dependências da- zada na transformação química da ..
Senhor Diretor: quele órgão, com as perguntas de pra- pasta básica de COCAÍNA em SUL-
:-;e, confessou na manhã do dia I? do FATO DE COCAÍNA, cuja materia-
Para conhecimento e difusão ás fluente mês e ano ( 1987), por volta das lidade do delito, caracterizou-se de
nossas Congêneres, encaminho a V .S~ li :00 horas que, além de "turista", forma inconteste, a conduta típica
cópia da sentença proferida pelo MM. exercia também, atividade lucrativa no prevista no artigo 12, § 1?, inciso 1 da
Juiz da 3? Vara Criminal desta Co- Brasil, na aquisição e EXPORTA- Lei _6.368176, muito bem divisada pe-
marca, contra o alienígena ERNESTO ÇÃO de produtos químicos com des- lo Orgão Superior do Ministério Pú-
LEYGUE CESPEDES, condenando- tino à Bolívia. blico, através do ilustrado Parecer da
o a 08 anos de reclusão por aquisição lavra do culto Procurador de Justiça
e transporte irregular de amônea e áci- Com isto, levado ao conhecimento Dr. Luiz Vida! da Fonseca, lançado às
do sulfúrico. do diligente Delegado de Polícia Fe- fls. nestes autos, quanto a tipicamen-
deral, Dr. Wilson Salles Damázio e, te, quantidade apreendida, os docu-
Sem outro particular. reapresento a este, ao perceber a conduta típica mentos apresentados, a nacionalida-
\ ' .S ~
\otos Je estima e consideração. apresentada pelo denunciado, deter- de do denunciado e os seus anteceden-
minou fosse o mesmo autuado e pre- tes, concluindo como matérias primas,
BERL . \\'ILSON SALLES so em flagrante (fls. 02), concluindo as mercadorias apreendidas em poder
DA\IAZIO àquela autoridade, em demonstrar no do denunciado, consider~das como
Delegado de Polícia Federal presente procedimento, após, a reali- preleciona o Pro f. VALDIR SZNICK,
zação de todas as diligências necessá- "como base, juntamente com outra,
rias, que o denunciado, em data tão para a manipulação e produção da
IIm ~' Sr.
recente, adquiriu na Capital do Esta- droga", (transcrito do parecer acima
Dr. Paulo Gusta\·o de M . Pinto do de São Paulo, enorme quantidade mencionado).''
~10. Diretor da DRE / CCP / de produtos químicos, assim com-
BRASÍLIA ; DF. preendidos em sendo; a) 15 (quinze) Ressalta-se que antes do recebimen-
tambores de cor vermelho, com capa- to da denúncia, foi decretada a prisão
cidade para 200 (duzentos) litros ca- preventiva do acusado, em despacho
PODER JUDICIÁRIO DO
da, contendo em seu interior ÁCIDO encontradiço as fls. 72/73, destes
ESTADO DE \tA TO GROSSO
SULFÚRICO, conforme Nota Fiscal autos.
C0~1ARCA DE CUIABÁ
n? 15 .635, expedida pela Usina Co-
JCÍZO DE DIREITO DA
lombina S.A . b) 15 (quinze) tambores Recebida a denúncia, foi o acusa-
TERCEIRA V ARA CRIMINAL
de cor azul, com capacidade para 200 do regularmente interrogado, ofertan-
(duzentos) litros cada, contendo no do defesa prévia, na qual alega em
Autos n ? 264 / 87
seu interior AMÔNEA líquida, con- preliminares a atipicidade do fato e
Autora: A Justiça Pública conseqüentemente falta de justa cau-
Acu sado: ERNESTO LEYGUE forme Nota Fiscal n? 15.635, expedi-
da pela Usina Colombina S.A. tudo sa, para a ação penal, enquanto no
CESPEDES
conforme Auto de Apreensão de fls. mérito, discorda dos termos da denún-
I O. Resultou ainda plenamente de- cia, arrolando as mesmas testemunhas
Vi stos, etc ...
monstrado, durante as diligências de- do Ministério Público.
senvolvidas, os não recomendáveis an-
O REPRESE TANTE DO MI-
tecedentes do denunciado, como sem- Nos autos, laudo de exame em subs-
NISTÉRIO PÚBLICO, oficiante nes-
pre na atividade ilícita de aquisição e tância química, a partir das fls. 118 e
ta Vara por designação do Ilustre Pro-
exportação de produtos químicos, du- seguintes, além de petição subscrita
curador Geral de Ju~tiça, apresentou
rante a qual veio a ser autuado e pre- pelo douto defensor do acusado,
denúncia contra ERNESTO LEYGUE
so em seu país, quando transportava contrapondo-se ao Laudo pericial.
CESPEDES, \·ulgo "Pitin", dando-o
ilegalmente 141 tambores de produtos Despacho saneador proferido as fls.
como incurso nas sanções do artigo
químicos destinados ao preparo de co- 127, designando-se audiência de ins-
12, § I ?, inciso I da Lei 6369/76, pe-
caína (fls. 13), cuja atividade ainda se trução e julgamento, que não foi rea-
los seguintes fatos estampados na de-
apresenta nos autos, desenvolvida em lizada, face ao não cumprimento das
núncia:
outras diversas oportunidades, como diligências de responsabilidade do Ofi-
se vê às fls. 63, na condição de turis- cial de Justiça. Redesignada, não foi
'Como se depreende do presente in-
ta, na rota Brasil / Bolívia. realizada tendo em vista o estado de
formativo policial, o denunciado na
saáúde do MM. Juiz, então, condutor
condição de turista, procedente da Ca-
Com efeito, a finalidade da merca- do feito.
pital do Estado de São Paulo, na tar-
de de 31 / 07 / 87. dirigiu-se até a Supe- doria apreendida pelo órgão repressor,
rintendência Regional da Polícia Fe- na cidade de Cáceres-MT., quando era Conclusos à nossa apreciação, foi
deral , neste Estado, com o intuito de
obter prorrogação de sua estada no
Brasil.
transportada em um caminhão Mer-
cedes Benz de cor vermelho e preto,
placa CF-7410- Mundo Novo / MS, de ...
redesignada audiência, finalmente rea-
49
a alegação da defesa, no tocante a in- apreendida nos autos. Trata-se sem
competência rationi loci, deste Juízo, dúvida de ácido sulfúrico e amônea,
lizada na data prevista, conforme Ter- para apreciação e julgamento do feito. conforme comprovado no processo,
mo de fls. 163. A requerimento das Com efeito, não existe nenhuma fato aceito sem reservas pelas partes.
partes, substituiu-se os debates orais, controvérsia quanto ao local da Desta forma, os brilhantes argumen-
por memoriais escritos, que constam apreensão das mercadorias, que foi tos da defesa do acusado, devem ser
dos autos a partir de fls. 165. realmente a Comarca de Cáceres; mui- rejeitados nesta decisão.
to embora poder-se-ia argumentar que
Em alegações finais, o representante as diligências de prisão do réiu tenham Por último, o ponto principal da
do Ministério Público, após criterio- se dado nesta Capital, onde iniciou-se discussão do mérito, gira em torno do
sa análise dos fatos postos em deba- a perseguição criminal, visando a fato de que o ácido sulfúrico e amô-
tes, considera bem provada a denún- apreender as mercadorias. nea, por não estarem relacionados na
cia, pedindo sua procedência e conde- Portaria DIMED, como matéria-
nação do acusado. A defesa por sua No caso, estamos diante de uma prima, para obtenção de substância
vez em bem elaborado e substancioso perfeita infração continuada ou per- tóxica, capaz de causar dependência
trabalho jurídico, após tecer judicio- manente, no tocante a qual, aplica-se física ou psíquica e portanto, estaría-
sas considerações em torno dos fatos, com segurança, as disposições do ar- mos frente a um caso atípico, sem pu-
passa a análise de mérito, alegando de tigo 71 do Código de Processo Penal. nição na esfera penal.
início incompetência deste Juízo; im- Ficando desta forma, firmada por pre-
A meu ver, o fato realmente com-
prestabilidade no Laudo Pericial; e venção à competência deste Juízo, que
porta matéria controvertida, mas que
atipicidade do fato; eis que os produ- primeiro tomou conhecimento do fa-
pouco a pouco, os Tribunais enfren-
tos químicos transportados pelo réu, to criminoso. Segundo ensina o feste-
tando, suprindo desta forma, as omis-
não estão relacionados na Portaria jado EDUARDO SPÍNOLA FILHO:
DINED, terminando desta forma, pe- "que, em se tratando de crimes conti- sões da Portaria DIMED/ MS. À
la absolvição do acusado. Em segui- nuados, ou de infrações da lei penal exemplo, o Supremo Tribunal Fede-
da, foram-me conclusos os autos pa- com caráter de permanência, é asse- ral, no RE 108.726-9/ PR, definiu quie
ra decisão. gurado às autoridades de qualquer das o éter e acetona, são considerados
matérias-primas. Quando é certo, que
jurisdições, em cujo território se ma-
a exemplo do ácido sulfúrico e da
nifestou a atividade delituosa do agen-
RELATEI amônea, também a acetona não está
te, o poder de processá-lo e julgá-lo,
firmando, concretamente, pela pre- relacionada na Portaria referenciada.
DECIDO:
venção, a competência do Juiz de E, é sabido, que referidas substâncias
qualquer dessas jurisdições, que tiver, químicas, são costumeiramente usadas
Trata-se de crime capitulado no ar-
primeiro, tomado conhecimento do na preparação da cocaína. Nesse ca-
tigo 12, parágrafo 1?, inciso I da Lei
caso, mesmo antes de ser instauradda so, deve-se pesquisar, a finalidade do
6.368176 e segundo infere-se da de- uso da substância pelo agente. Fican-
a ação penal." IN Código de Proces-
núncia o acusado adquiriu e transpor- do comprovado que seria usada na
so Penal Brasileiro Anotado, vol. li,
tou de São Paulo, até Cácere/ MT, on- preparação do tóxico, estaria, desta
págs. 103.
de foram apreendidos 15 (quinze) tam- forma caracterizado o ilícito penal, is-
bores, contendo ácido sulfúrico e 15 Desta forma e arrimado nos ensina- to porque, é o uso da substância quí-
(quinze) tambores de amônea, todos
mentos doutrinários citados, para mica, para o preparo e obtenção da
com capacidade unitária de 200 (du-
afastando a postulação da defesa, cocaína, que qualifica a antijuricida-
zentos) litros cada. ainda, segundo quanto a incompetência ratione loci, de do comportamento do agente. Nes-
consta, tais substâncias químicas, se-
para entender confirmada a compe- se sentido, ensina VICENTE GRECO
riam transportadas para a Bolívia, on- FILHO: "O dolo é genérico, basta
têncioa jurisdicional deste Juízo, pa-
de seriam usadas, no preparo da co- que o agente tenha vontade livre e
ra conhecer do feito.
caína, substância entorpecente, causa- consciência de praticar uma das ações
dora de dependência física ou previstas, sabendo qe a matéria-prima
psíquica. Quer o defendente, a declaração de tem condições de ser usada na prepa-
imprestabilidade do Laudo de Perícia ração de entorpecentes. É irrelevante
Nos autos, ficou pacificamente Técnica, por entender defeituosa, re- a circunstância de destinar o agente a
comprovado e aceito pelas partes, a ferida peça, ante o fato de que um dos matéria-prima para comércio ou pre-
aquisição dos produtos químicos pe- peritos, não tem habilitação técnico- paração caseira com o fim de uso ilí-
lo acusado e seu transporte da cidade científico e que além disso, não indi- cito."
de São Paulo, local da aquisição, pas- caram, quais as reações químicas efe-
sando por Cuiabá, até Cáceres, onde tuaram para obtenção da qualificação IN TÓXICOS Prevenção-
foram finalmente apreendidos, pela da substância química . Em que pese Repressão. fls. 96.
Polícia Federal. alguma possível falha técnica, os lau-
dos periciais, como elaborados, não se Na espécie, qualquer discussão em
Entendendo o ilustre representante resentem de nenhuma mácula, que ve- torno da possibilidade de livre expor-
do Ministério Público , estar devida- nha a torná-los imprestáveis para a fi- tação do produto químico e da inten-
mente comprovada a denúncia é pri- nalidade requerida; haja visto que ne- ção do réu em regularizar a exporta-
mordial, antes de adentrarmos as de- nhuma dúvida existe, no tocante a
mais questões de mérito, examinarmos qualidade da substância química
50
jRENTACARj
FAÇA
AQUI SUA
RESERVA
,
DISKGRATIS
(011) 800-31 06
CENTRAL NACIONAL/INTERNACIONAL
DE RESERVAS
51
... nha ROBERTO ALVES DE ALEN- nhuma comprovação nos autos. Pelo
CASTRO, as fls. 160, no qual infor- contrário, as Notas Fiscais de fls.
ção, é m,atéria ociosa à questão em ma ser o réu cliente de sua empresa, 28/29, referente às mercadorias, fo-
julgamento. Dúvidas não há de que a usando-a para a regularização da ex- ram tiradas em nome de firma comer-
finalidade e uso da substância apreen- portação de mercadorias para a Bolí- cial desta Capital, nominada Edrimar-
dida, seria a obtenção da cocaína. Nos via e que, num pequeno espaço de 30 Alecanstro Ribeiro Ltda, nada indi-
autos, está evidenciado que o réu, (trinta) dias, promoveu o réu, por 03 cando que seriam usadas por indús-
usando a qualidade de turista, (fato ir- (três) vezes separadamente, a exporta- trias legalizadas; a não ser se conside-
relevante neste julgamento), para em ção de produtos químicos para a Bo- rarmos o fato de que a indústria de
constantes incursões no território na- lívia; todos eles, sintomaticamente, produção da cocaína, ser praticamente
cional, adquirir e transportar para a usados no preparo e obtenção da co- legalizada na Bolívia; onde sua produ-
Bolívia, substâncias químicas, todas caína. A alegação do acusado, de que
usadas no preparo de cocaína. Nesse tais produtos, seriam usados na indús-
sentido, ver o depoimento da testemu- tria, hospitais, etc .. . não encontra ne-
Relação de Representantes
Regionais da ADPF
SR/AC - Renylde da Rocha Braga
RR/SUBST - Ildor Reni Graebner
SR/ AL - Oscar Camargo Costa Filho
RR/SUBST - Marco Antonio Maia Louzada
SR/AM-
RR/SUBST-
SR/ BA - Jamil de Souza Oliveira
RR/SUBST-
AZER
SR/CE - Edgard Marçal de Barros
RR/ASUBST- OANO
SR/ ES - Presciliano Carlos do Amaral
RR/SUBST - Eldi Lopes de Faria
SR/ GO - Maria Lúcia Costa Ribeiro Pacheco
INTEIRO
SUBST-
SR/MA - Manoel Trajano Rodrigues Dualibe
SUBST-
SR/MG - Antonio Geraldo Mendes
SUBST-
SR/MS - Erivaldo Elias
SUBST-
SR/MT - Elton da Silva Jacques
SUBST-
SR/PA - Milton Souza Figueiredo
SUBST-
SR/PB - Magnaldo José Nicolau da Costa
SUBST-
SR/PE - Joel Cavalcante de Melo
SUBST-
SR/PI - Jonas Viana Duarte
SUBST -
SR/PR - Luiz Glicério Silveira Ferrari
SUBST-
SR/RJ - Eziel F erre ira Santos
SUBST -
SR/RN - Hider Antunes Silva
SUBST-
SR/RO - Udson de Alvarenga Morais
SUBST-
SR/RS - Jaber Makul Hanna Saadi
SUBST-
SR/SC - Lauro José Viana Santos
SUBST-
SR/SE - Francisco Osmar Santos
SUBST-
SR/SP - Reinaldo Sposito
SUBST - Jair Barbosa Martins
A.N.P - Gilson José Ribeiro Campos
SR/DF - Ênio Sibidal Camargo de Freitas
52
A moda desembarca
na antiga rodoviária
Fashion
Center
Luz
O Centrão da Moda
•
Em caso assemelhado, o Tribunal nesto Leygue Homen e de Socia Ces-
de Justiça do Estado do Paraná, de- pedes Roja, motorista, residente à R.
54
Os hábitos e costumes da sociedade mudam com o tempo,
porém a necessidade de justiça é intrfnseca ao homem.
Que a inspiração Divina esteja presente naqueles que,
tão arduamente, carregam o peso de administrá-la.
Paz, Alegria e Felicidade.
Esses são os frutos que o Brasil precisa.
Um Natal a cada dia.
DISSENHA
INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Há mais de 40 anos
produzindo compensados,
formas de concreto,
serrados, sarrafeados e portas,
de alta qualidade,
para o BrasiI e exterior.
MATRIZ E FÁBRICA:
FILIAIS:
São Paulo: R. Praia do Cerejo, 211 - Vila Mascote - Tel. :
(011) 240-3199- Telex: (011) 54842 DISIC BR- CEP. 04360
Rio de Janeiro: R. 7 de Março, 384 - Bonsucesso - Tels. :
(021) 260-3540 e 280-1346- CE P. 21040
_f
55
ELEIÇÃO PARA O
CONSELHO DIRETOR
. E CONSELHO FISCAL
BIÊNIO 1989/1991
-·
56
A Varig foi criada para servir. Ela tomará parte em todos os progressos
na estrada ao grande futuro do País, nas recompensas alcançadas,
levando com dignidade o pavilhão nacional para muito além de nossas
fronteiras . Tenho inteira convicção de que a Varig, graças ao alto
espírito de responsabilidade do seu elemento humano, saberá caminhar
sempre pela trilha do progresso.
Otto Emst Meyer
Fundador da Varig
VARIG
57
Aos leitores
A ASSOCIAÇÃO DOS DELEGADOS DE POLÍ-
CIA FEDERAL - ADPF é uma sociedade civil, com
personalidade jurídica de direito privado, com sede em
Brasília- Distrito Federal, de âmbito nacional, de dura-
ção indetenninada, de caráter eminentemente assistencial,
cultural e representativo de classe, sem visar obtenção de
lucros.
A ADPF não é uma entidade de caráter político-parti-
dário ou de sectarismo religioso.
A REVISTA ADPF, órgão oficial da Associação, é
uma publicação cultural, de nível internacional, é mídia
gráfica perpétua com tiragem crescente em edições cole-
cionadas e encadernadas. Representa alto retorno em mí-
dias gráficas dirigidas, pois detém uma faixa nobre de
um mercado super selecionado, privilegiado em seu po-
der aquisitivo, nas mãos dos homens de força de decisão.
A REVISTA ADPF será editada trimestralmente e en-
viada por mala direta para todo Brasil, gratuitamente, de
acordo com a seguinte circulação: Palácio do Planalto,
Ministérios, Governos Estaduais e Secretarias, Autar-
quias, Ordem dos Advogados do Brasil, Associações Ju-
rídicas Federais, Estaduais e Municipais, Faculdades de
Direito, Autoridades Civis e Militares~ Juízes, Promoto-
res, Advogados, Adepol, Associações de Classe, Indús-
tria e Comércio, Bancos e Agro-Pecuárias.
Para consecução de nossos objetivos, representados
pela ampla divulgação de nossa associação em todos os
setores do país, contamos com seu apoio decisivo, apre-
sentando sugestões e críticas para bem informar a todos
aqueles que nos prestigiam.
Os Editores
58
APROVADO
l 1 1 j
Associação
Brasileira de
Odontologia
t t 1