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As presentes Normas para Aplicação de Punições Disciplinares (NAPD) – edição 2009
foram aprovadas no Adt ao BI/AMAN nº 34 , de 23 de fevereiro de 2010 , e entrarão em vigor a partir de
23 de fevereiro 2010, ficando revogada a edição de 2002 e suas modificações.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEP - DFA
ACADEMIA MILITAR DAS
MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS
AGULHAS NEGRAS
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEP - DFA
ACADEMIA MILITAR DAS
MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS
AGULHAS NEGRAS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º As presentes normas compõem o anexo disciplinar do Regulamento Interno da
AMAN (R-70), atendendo o disposto no Art. 47, § 2 o, do Estatuto dos Militares e tem por finalidade:
I - homogeneizar, no que couber, a aplicação das punições disciplinares impostas aos
cadetes pelos diversos comandantes;
II - promover a justiça de forma equânime;
III - desdobrar as transgressões disciplinares expressas no RDE; e
IV - regular a aplicação das punições disciplinares que deverão ser impostas.
Art. 2º Tendo em vista a intensa fiscalização e as constantes solicitações a que está
submetido o cadete na vida acadêmica, tornando-se alvo de continuada observação, o critério que preside
as presentes normas é o de, não transigindo na repressão das faltas, proporcionar oportunidade ao
transgressor de se corrigir, antes que as sanções venham a influir na classificação de seu comportamento.
Art. 3º Ao aplicar punição disciplinar, o comandante orientará o cadete transgressor,
procurando:
I - conscientizá-lo de que a sanção disciplinar se inspira no cumprimento exclusivo do
dever e na preservação da disciplina; e
II - mostrar-lhe porque está sendo punido disciplinarmente, enfatizando que o objetivo
principal da punição é a reeducação do transgressor.
Art.4º Qualquer alteração nas NAPD far-se-á por intermédio de proposta a ser
encaminhada ao Cmt CC.
§ 1º A alteração na NAPD será decidida pelo Cmt AMAN.
§ 2º A alteração das NAPD, uma vez aprovada pelo Cmt AMAN, entrará em vigor com a
respectiva publicação em BI/AMAN.
Art. 5º A utilização das NAPD não prescinde da aplicação do RDE.
§ 1o Quando a conduta praticada estiver tipificada em lei como crime ou contravenção
penal, não se caracterizará transgressão disciplinar.
§ 2o As responsabilidades nas esferas cível, criminal e administrativa são independentes
entre si e podem ser apuradas concomitantemente.
§ 3o As responsabilidades cível e administrativa do militar serão afastadas no caso de
absolvição criminal, com sentença transitada em julgado, que negue a existência do fato ou da sua autoria.
§ 4o No concurso de crime e transgressão disciplinar, quando forem da mesma natureza,
esta é absorvida por aquele e aplica-se somente a pena relativa ao crime.
§ 5o Na hipótese do § 4 o, a autoridade competente para aplicar a pena disciplinar deve
aguardar o pronunciamento da Justiça, para posterior avaliação da questão no âmbito administrativo.
§ 6o Quando, por ocasião do julgamento do crime, este for descaracterizado para
transgressão ou a denúncia for rejeitada, a falta cometida deverá ser apreciada, para efeito de punição,
pela autoridade a que estiver subordinado o faltoso.
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§ 7o É vedada a aplicação de mais de uma penalidade por uma única transgressão
disciplinar.
Art. 6º Ao Cmt AMAN cabe resolver os casos omissos que se verificarem na aplicação
destas normas.
CAPÍTULO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
Seção I
Da Conceituação e da Especificação
Art. 7º Transgressão disciplinar é toda ação praticada pelo militar contrária aos preceitos
estatuídos no ordenamento jurídico pátrio ofensiva à ética, aos deveres e às obrigações militares, mesmo
na sua manifestação elementar e simples, ou, ainda, que afete a honra pessoal, o pundonor militar e o
decoro da classe.
Art. 8º As transgressões disciplinares especificadas nas presentes normas são aquelas
previstas no Anexo I do RDE com os desdobramentos decorrentes das infrações às Normas Internas em
vigor na AMAN.
Art. 9º As transgressões disciplinares, para efeito de aplicação destas normas, são
classificadas em cinco grupos, correspondendo, a cada um deles, uma determinada gradação da punição
disciplinar a ser aplicada, conforme a transgressão disciplinar tenha sido cometida uma ou mais vezes.
Seção II
Do Julgamento
Art. 10. O julgamento da transgressão disciplinar deve ser precedido de análise que
considere:
I- a pessoa do transgressor;
II - as causas que a determinaram;
III - a natureza dos fatos ou atos que a envolveram; e
IV - as conseqüências que dela possam advir.
Parágrafo único. O comandante encarregado de julgar a transgressão disciplinar deve
observar criteriosamente os aspectos contidos nos incisos I a IV deste artigo.
Art. 11. Haverá causa de justificação quando a transgressão disciplinar for cometida:
I - na prática de ação meritória ou no interesse do serviço, da ordem ou do sossego
público;
II - em legítima defesa, própria ou de outrem;
III - em obediência a ordem superior, desde que esta ordem não esteja enquadrada no
conceito de transgressão disciplinar contida no Art. 9º;
IV - para compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu dever, em caso de perigo,
necessidade urgente, calamidade pública, manutenção da ordem e da disciplina;
V - por motivo de força maior, plenamente comprovado; e
VI - por ignorância, plenamente comprovada, desde que não atente contra os sentimentos
normais de patriotismo, humanidade e probidade.
Parágrafo único. Não haverá transgressão disciplinar quando for reconhecida qualquer
causa de justificação.
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Art. 12. As circunstâncias atenuantes são:
I - o bom comportamento;
II - a relevância de serviços prestados;
III - ter sido a transgressão disciplinar cometida para evitar mal maior;
IV - ter sido a transgressão disciplinar cometida em defesa própria, de seus direitos ou de
outrem, não se configurando causa de justificação; e
V - a falta de prática do serviço.
§ 1º A atenuante do inciso I deste artigo será computada quando o cadete estiver
classificado no comportamento “bom”.
§ 2º A “relevância de serviços prestados” não deve ser utilizada de forma indevida ou
simplesmente para encontrar mais uma atenuante para a transgressão disciplinar cometida, porquanto o
fiel cumprimento de suas obrigações é um dever do militar, enquanto a relevância de serviços prestados
deve ser caracterizada por situação revestida de excepcionalidade.
Art. 13. As circunstâncias atenuantes especiais são as seguintes:
I - o exemplar desempenho profissional;
II - a perfeita conduta militar;
III- o correto procedimento nas atividades acadêmicas.
§ 1º O exemplar desempenho profissional do cadete é caracterizado pela participação
destacada no campo, em sala de aula ou laboratórios, na equitação, no treinamento físico militar, na
instrução especial, no tiro ou na situação de atleta.
§ 2º A perfeita conduta militar manifesta-se por boa apresentação individual, correção de
atitudes, presteza na execução de ordens e profundo sentimento de cumprimento de missão.
§ 3º O correto procedimento nas atividades acadêmicas é evidenciado:
1. pelo correto cumprimento das missões especiais da SU:
a) auxiliar de comando;
b) encarregado de material;
c) auxiliar de informática;
d) sargenteante;
e) furriel; e
f) outras;
I - pelo adequado exercício das funções previstas no programa de desenvolvimento e
avaliação da liderança militar;
II - pelo bom rendimento apresentado nos diversos serviços de escala, na parada diária e
nas atividades dos grêmios de SU e curso; e
III - pela participação nas agremiações esportivas, culturais ou sociais do CC, ou nas
comissões organizadoras de festas e outras atividades dos cursos ou seções de instrução do CC.
Art. 14. As circunstâncias agravantes são:
I - o mau comportamento;
II - o concurso de duas ou mais transgressões disciplinares;
III - a reincidência da transgressão disciplinar, mesmo que a punição anterior tenha sido
uma advertência;
IV - o conluio de duas ou mais pessoas;
V - ter o transgressor abusado de sua autoridade hierárquica ou funcional; e
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VI - ter praticado a transgressão disciplinar:
a) durante a execução de serviço;
b) em presença de subordinado;
c) com premeditação;
d) em presença de tropa; e
e) em presença de público.
§ 1º A agravante da letra a) do inciso VI deste artigo só será considerada quando a
transgressão disciplinar for cometida durante a execução do serviço de escala, incluindo-se os realizados
em acampamentos e exercícios no terreno.
§ 2º Na ocorrência de mais de uma transgressão disciplinar, sem relação entre si, a cada
uma delas deve ser imposta a punição correspondente.
§ 3º Havendo continuidade de transgressões disciplinares, a pena base será a que
corresponder à transgressão disciplinar principal, enquanto que a de menor gravidade, que também deve
ser citada no enquadramento, será considerada como circunstância agravante.
§ 4º A agravante da premeditação só será considerada quando ficar perfeitamente
caracterizada na prática da transgressão disciplinar.
CAPÍTULO III
DAS PUNIÇÕES DISCIPLINARES
Seção I
Da Conceituação e da Gradação
Art.15. Ao cadete aplicam-se as seguintes punições disciplinares, em ordem de gravidade
crescente:
I - previstas no RDE:
a) advertência (A);
b) repreensão (R);
c) detenção disciplinar (DD);
d) prisão disciplinar (PD); e
e) licenciamento a bem da disciplina (LD);
II - instituídas em virtude das peculiaridades da AMAN, o impedimento disciplinar é
desdobrado, em ordem de gravidade crescente, em:
a) licenciamento sustado (LS);
b) impedimento no conjunto principal (ICP); e
c) impedimento na ala (IA).
Art. 16. A advertência é a forma mais branda de punir, consistindo em admoestação feita
verbalmente ao transgressor, devendo ser registrada na pasta individual do cadete.
Art. 17. A repreensão é a censura enérgica ao transgressor, feita por escrito e publicada em
aditamento do CC ao Boletim Interno da AMAN (Adt/CC ao BI/AMAN).
Art. 18. A DD é o cerceamento da liberdade do cadete punido disciplinarmente, o qual
deve permanecer na ala da Subunidade a que pertencer ou em local que lhe for determinado pela
autoridade que lhe aplicar a punição disciplinar.
Art. 19. A PD consiste na obrigação de o cadete punido disciplinarmente permanecer em
local próprio e designado para tal.
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Art. 20. O LD consiste no afastamento, ex-offício, do cadete das fileiras do Exército,
conforme prescrito no Estatuto dos Militares e no Regulamento da AMAN.
§ 1º O LD será aplicado pelo Cmt AMAN ao cadete, após concluída a devida sindicância,
quando:
I - a transgressão disciplinar afetar a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da
classe e, como repressão imediata, se torne absolutamente necessário à disciplina;
II - a falta de natureza grave, pelas características e circunstâncias em que foi cometida,
incompatibilizá-lo para o oficialato ou para a sua permanência na AMAN, comprometendo o regime
disciplinar a que está sujeito; e
III - houver condenação, transitada em julgado, por crime doloso, comum ou militar.
§ 2º Quando o LD for ocasionado pela prática de crime comum, com sentença transitada
em julgado, o cadete deverá ser entregue ao órgão policial com jurisdição sobre a área da AMAN.
Art. 21. O LS é uma punição disciplinar aplicada em dois ou mais dias de um único
licenciamento, fim de semana ou feriado, com duração especificada nestas normas, limitada ao número de
dias do licenciamento ou fim de semana, aí incluída a sexta-feira que anteceder sábado sem atividade.
Art. 22. O ICP é uma punição disciplinar com duração especificada nestas normas, e
abrange, pelo menos, 02 (dois) dias de licenciamento, feriado ou fim de semana.
Art. 23. O IA é uma punição disciplinar com duração especificada nestas normas, e
abrange, pelo menos, 02 (dois) dias de licenciamento, feriado ou fim de semana.
Seção II
Do Caráter
Art. 24. Tendo em vista as peculiaridades da vida acadêmica e visando à formação do
cadete, futuro oficial, as punições disciplinares serão aplicadas em caráter educativo.
Parágrafo único. Somente as punições disciplinares no Anexo X serão transcritas para as
alterações do futuro Aspirante-a-Oficial.
Art. 25. As punições visam, particularmente, a:
I - impor uma sanção disciplinar ao transgressor; e
II - ajustar o cadete, que ainda não obteve completa adaptação ao meio militar.
Seção III
Do Cumprimento
Art. 26. Em face da comprovada necessidade de o cadete comparecer às atividades
previstas no Plano Geral de Ensino e considerando o caráter formativo da AMAN, as punições
disciplinares a que estiver sujeito serão cumpridas sem prejuízo dos trabalhos escolares e serviços
internos e as refeições serão realizadas em companhia dos demais discentes.
Art. 27. Todos os cadetes punidos disciplinarmente serão relacionados em documento
apropriado, que conterá seus números, nomes, apartamentos, camas e períodos de duração das respectivas
punições disciplinares.
Parágrafo único. O documento com a relação de cadetes punidos disciplinarmente será
confeccionada pela SU, escriturada em duas vias e encaminhada, até as 15:00h da sexta feira ou do dia
que anteceder o licenciamento, para:
I - Cad Dia CC; e
II - Sgt Dia SU;
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Art. 28. Todos os cadetes punidos disciplinarmente, durante o período da punição:
I - serão automaticamente arranchados para todas as refeições; e
II - responderão à Rev Rec e às revistas inopinadas.
§ 1º O previsto neste artigo não se aplica a cadetes punidos com A ou R.
§ 2º Os cadetes punidos com LS ficarão dispensados de responder às revistas inopinadas
até a Revista do Recolher.
Art. 29. O cadete detido disciplinarmente comparece a todos os atos de instrução e serviço,
exceto ao serviço de escala externo.
Art. 30. Para o cadete punido disciplinarmente com PD será observado o seguinte:
I - a PD será cumprida em dependência especial destinada a cadete preso
disciplinarmente, localizada próxima à Sala do Sup Dia/AMAN, ou em outro local a critério do Cmt
AMAN;
II - o cadete Sgt Dia SU deverá, ao término do expediente, apresentar ao Of Dia AMAN
os cadetes de sua SU punidos com PD, bem como comparecer à Sala do Sup Dia/AMAN logo após a
alvorada, para conduzi-los à SU, quando houver atividades das quais devam participar;
III - quando o número de cadetes em PD ultrapassar a capacidade da dependência a eles
destinada, cumprirão o restante da punição nas respectivas alas os cadetes que já tenham cumprido a
maior fração da punição imposta e, em igualdade de condições, os de maior precedência hierárquica;
IV - o cadete preso disciplinarmente só poderá se ausentar da prisão para as refeições,
para atender às atividades escolares ou de serviço interno ou com autorização expressa do Cmt AMAN; e
V - o recolhimento de qualquer cadete transgressor à prisão sem a respectiva nota de
punição, publicada em BI, só poderá ocorrer conforme previsto no art. 52 destas normas.
Art. 31. O cadete punido disciplinarmente com LS deverá permanecer na guarnição,
podendo, no entanto, se afastar da AMAN até a cidade de Resende nos horários permitidos, ou seja, entre
as refeições e no período entre o jantar e a revista do recolher (Rev Rec).
Art. 32. O cadete punido disciplinarmente com ICP:
I - será obrigado a permanecer no Conjunto Principal (CP); e
II - poderá afastar-se do CP para praticar esportes ou equitação recreativa, desde que
munido de permissão escrita de seu Cmt SU, a qual deverá ser entregue ao Sgt Dia SU para justificar sua
falta à eventual revista inopinada e para definir a faixa de horário da autorização.
Art. 33. O cadete punido com IA terá restrições idênticas àquelas impostas aos punidos
com detenção disciplinar.
Art. 34. O cadete punido disciplinarmente com PD, DD ou IA não poderá comparecer a
quaisquer atividades sociais que se realizarem no interior da Academia.
Art. 35. O cadete punido disciplinarmente com LS e ICP poderá afastar-se da ala, após a
Rev Rec, para:
I - estudar em sala de aula, biblioteca ou laboratório; e
II - comparecer à atividade social que se realize no interior da Academia.
Parágrafo único. Para os afastamentos previstos nos incisos I e II deste artigo, o cadete terá
que estar munido de permissão escrita de seu Cmt SU, a qual deverá ser entregue ao Sgt Dia SU para
justificar sua falta à eventual revista inopinada e para definir a faixa de horário da autorização.
Art. 36. O início e o término do cumprimento das punições disciplinares serão referidos ao
horário da parada diária, exceto nos casos previstos no art. 54.
Parágrafo único. As punições disciplinares de DD e PD terão seu início ao término do
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expediente e término na parada diária.
Art. 37. Nos finais de semana, licenciamentos ou feriados, os cadetes punidos com IA e
DD, e ainda aqueles que eventualmente estejam cumprindo PD na ala, deverão, após as refeições, ser
conduzidos em forma pelo Cb Dia SU, no seu retorno à ala.
Art. 38. A suspensão da contagem do tempo de cumprimento da punição disciplinar, nos
casos previstos no art. 84, têm início no momento em que o punido for retirado do local do cumprimento
da punição disciplinar e término no retorno a esse mesmo local.
Seção IV
Da Punição Disciplinar Base
Art. 39. No caso específico da AMAN, estas normas estipulam as punições disciplinares
bases (PDB) com o objetivo de proporcionar uma orientação ao julgamento das transgressões
disciplinares.
Art. 40. As PDB são determinadas conforme a natureza, a classificação da falta cometida e
a sua repercussão na disciplina, levando-se em conta, ainda, as peculiaridades da vida acadêmica.
Art. 41. As PDB são, inicialmente, determinadas no Anexo I, considerando-se a primeira
vez que a transgressão disciplinar tenha sido cometida.
Art. 42. A PDB também possui faixas de gradação, constantes do Anexo II.
Art. 43. A PDB, associada à reincidência, será determinada no Anexo III, conforme o
procedimento a seguir:
I - verificar, no Anexo I, o grupo ao qual pertence a transgressão disciplinar cometida e a
PDB correspondente; e
II - consultar o Anexo III, a fim de associar o grupo e a PDB com a reincidência da
transgressão disciplinar e:
a) para as transgressões disciplinares dos Grupos II a V, considerar:
1. a própria PDB do Anexo III quando a punição disciplinar a ser aplicada for
Advertência, não se aplicando, neste caso, o cálculo a que se refere o art. 46; e
2. a PDB do Anexo III, com o número de dias obtido no Anexo I quando a punição
disciplinar a ser aplicada for LS, ICP ou IA, não se aplicando, neste caso, o cálculo a que se refere o art.
46;
b) para as transgressões disciplinares do Grupo I, obter a PDB a ser utilizada no cálculo a
que se refere o art. 46.
Parágrafo único. As situações previstas nos incisos I e II deste artigo estão exemplificadas
no Anexo IV.
Art. 44. A reincidência, para fins de gradação da punição disciplinar a ser aplicada, deve
ser considerada para as transgressões disciplinares durante todo o curso da Academia para os cadetes dos
1º, 2º, 3º e 4º anos.
§ 1º Para efeito destas normas, a reincidência da transgressão disciplinar só poderá ser
considerada quando:
I - houver repetição de transgressão disciplinar que se enquadre no mesmo número e
desdobramento, especificados no Anexo I; e
II - a punição disciplinar anterior estiver registrada na pasta do cadete.
§ 2º As transgressões disciplinares cometidas na EsPCEx não serão consideradas para fins
de reincidência e classificação de comportamento.
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Seção V
Do Cálculo da Punição Disciplinar a Aplicar
Art. 45. A autoridade a quem couber julgar a transgressão disciplinar buscará, no Anexo I,
o artigo, o número e o desdobramento em que o transgressor incidiu, bem como a classificação da
transgressão, o grupo a que pertence e a PDB correspondente.
Art. 46. As circunstâncias atenuantes, as atenuantes especiais e as agravantes acarretarão,
sobre a PDB, o acréscimo ou a redução dos dias, conforme a predominância de umas ou de outras, cujo
valor será o apurado na forma deste artigo, não podendo, no entanto, serem ultrapassadas mais do que
duas faixas, superiores ou inferiores, na escala de gradação constante do Anexo II.
§ 1º O acréscimo ou a redução a que se refere o caput deste artigo é determinado pelo
dobro do número de agravantes, menos o dobro do número de atenuantes, menos o número de atenuantes
especiais, expresso em números de dias
§ 2º O cálculo da punição disciplinar a ser aplicada é o que segue :
PDA = PDB + 2 (Ag – At) – At Esp
§ 3º Após o cálculo da PDA será acrescido, ainda, o valor agravante n (em dias),
correspondente ao ano do Cadete, que terá os seguintes valores: n= 0 para Cad do 1º ano, n= 1 para Cad
do 2º ano, n= 2 para Cad do 3º ano e n= 3 para Cad do 4º ano.
§ 4º Quando a PDB for dias de DD ou PD, e o cálculo apresentado no § 2º deste artigo
resultar em um valor igual a zero ou negativo, aplicar-se-á ao transgressor a punição disciplinar da
seguinte forma:
I - quando o cálculo da PDA resultar em valor igual a zero, a PDA será igual à PDB
acrescida do valor de “n”;
II - quando o cálculo da PDA resultar em valor negativo, a punição disciplinar será
correspondente à faixa imediatamente inferior a PDB considerada, acrescendo- se o valor de “n”.
§ 5º No caso da PDB ser a repreensão, adotar-se-ão as seguintes especificidades, acrescidas
do fator previsto no § 3º deste artigo:
I - a PDB, para fins de cálculo da punição disciplinar, será igual a 1 (um);
II - a PDA será de 10 (dez) dias de IA se o resultado final for menor ou igual a zero;
III - a PDA será repreensão se o resultado for igual a 1 (um) ou 2 (dois); e
IV - a PDA será de 2 (dois) DD se o resultado for maior que 2 (dois).
§ 6º Em virtude do resultado do cálculo a que se refere este artigo, poderá ocorrer a
necessidade de reclassificar a punição disciplinar, a fim de atender o que prescreve o art. 56.
§ 7º O Cmt CC e/ou Cmt AMAN poderão, cada um, modificar em duas faixas a escala de
gradação constante do Anexo II, além das previstas no Caput deste artigo.
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Seção VI
Da Competência
Art. 47. A competência para aplicar as punições disciplinares é definida pelo cargo e não
pelo grau hierárquico, sendo competente para aplicá-las:
I - o Cmt SU, até 8 DD;
II - o Cmt de curso, até 15 DD;
III - o Cmt CC, até 15 PD; e
IV - o Cmt AMAN, até LD.
Parágrafo único. A competência para aplicação da primeira prisão disciplinar é do Cmt AMAN.
Art. 48. O julgamento e a aplicação da punição disciplinar devem ser feitos com justiça,
serenidade e imparcialidade, para que o punido fique consciente e convicto de que ela se inspira no
cumprimento exclusivo do dever, na preservação da disciplina e que tem em vista o benefício educativo
do punido e da coletividade.
Art. 49. Todo militar que tiver conhecimento de fato contrário à disciplina deverá
comunicá-lo ao Cmt imediato do transgressor, por meio de documento de transgressão disciplinar.
§ 1º A autoridade que receber o documento de transgressão disciplinar, caso não seja de
sua competência decidir sobre o assunto, deve encaminhá-lo a seu superior imediato.
§ 2º Os documentos relativos à transgressão disciplinar, para efeito destas normas, são:
I - a parte, conforme prevista no RDE;
II - a parte disciplinar;
III - o memorando;
IV - o Formulário de apuração de transgressão disciplinar; e
V - o fato observado (FO), que poderá ser escrito ou eletrônico.
Art. 50. A parte deve:
I - ser clara, precisa e concisa;
II - identificar os envolvidos e as testemunhas;
III - discriminar bens e valores;
IV - precisar local, data e hora da ocorrência; e
V - caracterizar as circunstâncias que o fato envolve, sem tecer comentários ou emitir
opiniões pessoais.
Art. 51. Quando, para preservação da disciplina e do decoro da Instituição, a ocorrência
exigir pronta intervenção, mesmo sem possuir ascendência funcional sobre o transgressor, a autoridade
militar de maior precedência hierárquica que presenciar ou tiver conhecimento do fato deverá tomar
providências imediatas e enérgicas, inclusive efetuar prisão “em nome da autoridade competente”, dando
ciência a esta, pelo meio mais rápido, da ocorrência e das providências em seu nome tomadas.
Parágrafo único. No caso de prisão, como pronta intervenção para preservar a disciplina e
o decoro da Instituição, a autoridade competente em cujo nome for efetuada a ação é o Cmt AMAN.
Art. 52. Caso a autoridade determine a instauração de inquérito ou sindicância, a apuração
dos fatos será processada de acordo com a legislação específica.
Seção VII
Da aplicação
Art. 53. A aplicação da punição disciplinar obedecerá às seguintes normas:
I - a punição disciplinar deve ser proporcional à gravidade da transgressão disciplinar,
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dentro dos seguintes limites:
a) para a transgressão leve, de advertência até IA, inclusive;
b) para a transgressão média, de repreensão até a DD, inclusive; e
c) para a transgressão grave, de prisão disciplinar até o LD;
II - a punição disciplinar não pode atingir o limite máximo previsto no inciso I deste artigo
quando ocorrerem apenas circunstâncias atenuantes;
III - a PDA será estabelecida na forma do art. 46 quando ocorrerem circunstâncias
atenuantes, atenuantes especiais e/ou agravantes;
IV - por uma única transgressão disciplinar não deve ser aplicada mais de uma punição
disciplinar;
V - a punição disciplinar não exime o punido da responsabilidade civil;
VI – as previstas nos § 2º e §3º do art. 16; e
VII – As DD e PD não poderão ultrapassar 30 (trinta) dias.
Art. 54. A aplicação da punição disciplinar compreende:
I - a elaboração de nota de punição, em consonância com a proposta de punição disciplinar
apresentada no Anexo VIII;
II - a publicação correspondente, na forma dos art. 55 e 56; e
III - o registro na pasta individual do cadete.
Art. 55. As punições disciplinares de LS, ICP e IA serão publicadas em Adt/SU ao Adt/CC
ao BI/AMAN, não podendo exceder a 10 (dez) dias.
Parágrafo único. As punições disciplinares de que trata o caput deste artigo serão
registradas na pasta individual do cadete.
Art. 56. As punições de R, DD e PD serão publicadas em Adt/CC ao BI/AMAN e
constarão da pasta individual do cadete.
Art. 57. A nota de punição deve seguir os modelos do Anexo V, contendo:
I - a descrição sumária, clara e precisa dos fatos;
II - as circunstâncias que configuram a transgressão disciplinar, relacionando-as às
prescritas nestas normas; e
III - o enquadramento que caracteriza a transgressão disciplinar, mencionando:
a) o número no qual o fato se enquadra como transgressão disciplinar relacionada no
Anexo I;
b) a referência aos artigos, parágrafos, incisos, alíneas e números das leis, regulamentos,
convenções, normas ou ordens que forem contrariados ou contra os quais tenha havido omissão, no caso
de transgressões disciplinares a outras normas do ordenamento jurídico;
c) os artigos, incisos e alíneas das circunstâncias atenuantes ou agravantes, ou causas de
exclusão ou de justificação; e
d) a classificação da transgressão disciplinar;
IV - a punição disciplinar a aplicar;
V - o local para o cumprimento da punição disciplinar, se for o caso;
VI - a classificação do comportamento militar em que o cadete permanecer ou ingressar;
VII - as datas do início e do término do cumprimento da punição disciplinar;
VIII - a determinação para posterior cumprimento, se o punido estiver baixado, afastado do
serviço ou à disposição de outras autoridades; e
IX - a citação, entre parênteses e após o texto da nota de punição, do número e da data do processo de
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apuração da transgressão disciplinar.
X - Se a punição disciplinar constará ou não das alterações do futuro Aspirante-a-Oficial.
Art. 58. Ao redigir a nota de punição, a autoridade que pune o transgressor deve:
I - evitar a simples transcrição do texto das transgressões disciplinares especificadas que,
por serem genéricas, servem apenas para o enquadramento da falta cometida; e
II - descrever a forma como ocorreu a violação dos preceitos militares (dia, hora, local,
militares envolvidos, condições, etc.) conforme determina o art. 34 do RDE.
Parágrafo único. Não devem constar da nota de punição comentários deprimentes ou
ofensivos, permitindo-se, porém, os ensinamentos decorrentes, desde que não contenham alusões
pessoais.
Art. 59. O comandante, após a análise da transgressão disciplinar e o julgamento do
transgressor, aplicará a punição disciplinar, obedecendo às prescrições destas normas e adotando as
seguintes providências:
I – as punições leves, previstas no inciso II do art. 15, serão publicadas em Adt/SU até a 5ª
feira da semana em curso ou até o penúltimo dia que antecede a um licenciamento, atentando para o
seguinte:
a) uma via do aditamento será remetida ao comandante do curso, para conhecimento e
correções que se fizerem necessárias;
b) na elaboração do aditamento, o texto das punições deve ser sintético, citando, ainda, o
número, o desdobramento, a classificação da transgressão disciplinar e a PDB, constantes do Anexo I, a
PDA e as datas de início e término do seu cumprimento;
c) no caso dos documentos de transgressão disciplinar citados nos incisos de I a IV do § 2º
do art. 49, encaminhados pelo Cmdo CC ao Cmt SU:
1. a solução deverá, além de ser publicada no Adt SU, constar no verso do documento, que
será restituído ao Cmt CC, após visado pelo comandante do curso;
2. se a transgressão disciplinar for justificada, deverá ser citado um dos motivos do art. 11
desta NAPD; e
3. ocorrendo punição disciplinar, o Cmt SU citará todos os enquadramentos previstos na
letra b) deste inciso;
d) caso o Cmt SU receba um FO eletrônico, deverá lançar, no campo para isto destinado, a
solução da transgressão disciplinar e, se for o caso de punição disciplinar, publicar em aditamento da
subunidade ou confeccionar o Formulário de apuração de transgressão disciplinar;
II – nos casos de punições médias ou graves, a autoridade responsável pelo julgamento da
transgressão disciplinar dará início ao processo de apuração de transgressão disciplinar, observando o que
se segue:
a) dar ciência ao cadete da transgressão disciplinar que cometeu, entregando-lhe o
formulário de apuração de transgressão disciplinar;
b) julgar o caso e enquadrar na relação das transgressões disciplinares previstas no Anexo I;
c) confeccionar a nota de punição disciplinar e aplicar a sanção devida ao cadete,
atentando para os limites de competência de aplicação da punição disciplinar;
d) encaminhar o processo à instância superior, se a punição a ser aplicada exceder o seu
limite de competência; e
e) anexar ao Formulário de apuração de transgressão disciplinar ainda:
1. a pasta do cadete; e
2. o documento de transgressão disciplinar que deu origem ao processo (sfc).
Art. 60. A publicação em Adt/CC ao BI/AMAN é o ato administrativo que formaliza a
aplicação das punições disciplinares do Grupo I previstas no Anexo I desta NAPD, exceto para o caso de
15
advertência e impedimento, que são formalizados de acordo com Art. 62.
Art. 61. A publicação em aditamento da SU é o ato administrativo que formaliza a
aplicação das punições disciplinares de advertência, LS, ICP e IA.
Art. 62. O cadete poderá ser preso disciplinarmente, por prazo que não ultrapasse a 72
(setenta e duas) horas, se for necessário para a preservação do decoro da classe ou houver necessidade de
pronta intervenção.
Art. 63. A advertência verbal poderá ser registrada nas observações do Cmt SU/Pel a
critério do observador do fato.
CAPÍTULO IV
DO PROCESSO DE APURAÇÃO DE TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR
Seção I
Generalidades
Art. 64. Os comandantes responsáveis pela aplicação da punição deverão seguir os
modelos de processo de apuração de transgressão disciplinar e de proposta de punição disciplinar,
constantes dos Anexos VII e VIII, respectivamente.
Art. 65. Nenhum transgressor será interrogado ou punido em estado de embriaguez ou sob
a ação de psicotrópicos, mas ficará, desde logo, convalescendo em hospital militar ou civil, até a melhora
de seu quadro clínico.
Art. 66. Caso, durante o processo de apuração da transgressão disciplinar, venham a ser
constatadas causas de exclusão ou de justificação, tal fato deverá ser registrado no respectivo formulário
de apuração de transgressão disciplinar e arquivado na pasta do cadete.
Art. 67. Nenhuma punição disciplinar será imposta ao transgressor sem que a este sejam
assegurados o contraditório e a ampla defesa, inclusive o direito de ser ouvido pela autoridade competente
para aplicá-la, e sem estarem os fatos devidamente apurados.
Art. 68. Para fins de contraditório e ampla defesa, ao cadete são concedidos os seguintes
direitos:
I - ter conhecimento e acompanhar todos os atos de apuração, julgamento, aplicação e
cumprimento da punição disciplinar, de acordo com os procedimentos adequados para cada situação;
II - ser ouvido;
III - produzir provas;
IV - obter cópias de documentos necessários à defesa;
V - ter oportunidade, no momento adequado, de contrapor-se às acusações que lhe são
imputadas;
VI - utilizar-se dos recursos cabíveis, segundo a legislação;
VII - adotar outras medidas necessárias ao esclarecimento dos fatos; e
VIII - ser informado de decisão que fundamente, de forma objetiva e direta, o eventual
não-acolhimento de alegações formuladas ou de provas apresentadas.
Parágrafo único. As instruções para o contraditório e a ampla defesa estão contidas no
Anexo VI.
Art. 69. O formulário de apuração de transgressão disciplinar poderá ser originado pelo
Cmt SU, Cmt Curso, Cmt CC ou Cmt AMAN, para todas as punições disciplinares a serem aplicadas por
estas autoridades, devendo seguir o que prescreve o nº 4 do Anexo VI destas Normas.
Parágrafo único. A fim de agilizar o processo de apuração de transgressão disciplinar, o
16
FATD poderá seguir os trâmites abaixo:
I. Cmt Curso, cadete transgressor e Cmt Curso: no caso de FATD expedido pelo próprio
Cmt Curso;
II. Cmt CC, cadete transgressor e Cmt CC: no caso de FATD expedido pelo próprio Cmt
CC; e
III. Cmt AMAN, cadete transgressor e Cmt AMAN: no caso de FATD expedido pelo
próprio Cmt AMAN.
Seção II
No caso da PDB enquadrada no nível do Adt/SU (A, LS, ICP e IA)
Art. 70. O Cmt SU deverá divulgar no 1º dia útil da semana, uma relação dos cadetes que
foram observados negativamente.
Art. 71. Atendendo ao princípio da ampla defesa e do contraditório, os cadetes
mencionados no artigo anterior deverão se apresentar para serem ouvidos pelo Cmt SU até o 3º dia útil, a
partir da divulgação da relação supracitada, para o esclarecimento do fato observado.
Parágrafo Único. O cadete que foi observado negativamente, após ser ouvido pelo Cmt SU,
deverá rubricar a relação descrita no Art. 71, a fim de ficar registrada a ampla defesa e o contraditório.
Art. 72. O Cmt SU, após ouvir o cadete, poderá decidir por justificar, não justificar ou
desconsiderar o fato. No caso de não ser justificado o fato observado, o Cmt SU deverá enquadrar o
cadete transgressor de acordo com estas Normas.
Art. 73. Se a transgressão disciplinar cometida pelo cadete estiver enquadrada nos Gp II ao
V, o Cmt SU deverá publicar a referida punição no Adt/SU, de acordo com que prevê o parágrafo único
do Art. 27.
Seção III
No caso da PDB enquadrada no nível do Adt/CC (R, DD, PD e LD)
Art. 74. Quando a transgressão cometida pelo cadete estiver enquadrada no Gp I, a punição
deverá ser publicada no Adt/CC ao BI/AMAN.
Art. 75. No caso do Art. acima, deverá ser confeccionado o formulário de apuração de
transgressão disciplinar, de acordo com o que prevê o Anexo VI e seguindo o modelo constante do Anexo
VII destas Normas.
Parágrafo único. Após a punição disciplinar ser publicada em Adt/CC ao BI/AMAN, o
formulário retornará para a subunidade do cadete transgressor, para fins de arquivamento em sua pasta.
CAPÍTULO V
DO COMPORTAMENTO
Art. 76. O comportamento militar do cadete espelha o seu procedimento civil e militar sob
o ponto de vista disciplinar.
§ 1º O comportamento militar do cadete deve ser classificado em:
I - bom: quando, no período de dois anos de efetivo serviço, tenha sido punido com até 2
(duas) prisões disciplinares;
II - insuficiente: quando, no período de um ano de efetivo serviço, tenha sido punido com
2 (duas) prisões disciplinares ou, ainda, quando, no período de dois anos, tenha sido punido com mais de
2 (duas) prisões disciplinares; e
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III - mau:
a) quando, no período de um ano de efetivo serviço, tenha sido punido com mais de 2
(duas) prisões disciplinares;
b) quando punido com PD superior a 20 (vinte) dias, a contar da data da publicação
correspondente; e
c) quando condenado por crime culposo ou doloso, a contar do trânsito em julgado da
sentença ou acórdão.
§ 2º Quando uma transgressão disciplinar vier a ensejar o ingresso do cadete no
comportamento “mau”, a punição só poderá ser aplicada após concluída a devida sindicância, conforme
prescreve o Regulamento da AMAN (§ 1º, do art. 56, do R – 70).
§ 3º A classificação, reclassificação e melhoria de comportamento são da competência do
Cmt AMAN e do Cmt CC e, necessariamente, são publicadas em Adt/CC ao BI/AMAN, obedecidas as
disposições do RDE e as contidas nas presentes normas.
§ 4º Ao ser matriculado na AMAN, o cadete é classificado no comportamento “bom”.
§ 5º Para efeito deste artigo, fica estabelecida a seguinte equivalência de punições:
I - 1 (uma) PD equipara-se a 2 (duas) detenções disciplinares; e
II - 1 (uma) DD equipara-se a 2 (duas) repreensões.
§ 6º A condenação do cadete por contravenção penal é, para fins de classificação do
comportamento, equiparada a 1 (uma) PD.
Art. 77. As punições de Advertência, LS, ICP e IA não serão consideradas para fins de
classificação de comportamento.
Art. 78. A melhoria de comportamento é progressiva, devendo observar o disposto no § 7º
do art. 51 do RDE.
Art. 79. A reclassificação dar-se-á na data da publicação do despacho da autoridade
responsável em Adt/CC ao BI/AMAN, mediante solicitação do cadete interessado ao seu Cmt SU.
Art. 80. Conforme o art. 63 do RDE, as contagens dos prazos estipulados para a mudança
de comportamento e cancelamento de registro começam a partir da data:
I - da publicação, no caso de repreensão; ou
II - do cumprimento do último dia de detenção disciplinar ou de prisão disciplinar.
CAPÍTULO VI
DA ANULAÇÃO, DA RELEVAÇÃO E DA ATENUAÇÃO
Art. 81. A anulação, a relevação e a atenuação de punições disciplinares seguem o que
prescreve o RDE.
Art. 82. O modelo para anulação, relevação e atenuação de punições disciplinares está
contido no Anexo IX.
CAPÍTULO VII
DA SUSPENSÃO, DO CANCELAMENTO E DOS RECURSOS
Art. 83. A suspensão da contagem do tempo de punição tem início e término de acordo
com a decisão da autoridade competente.
§ 1º A suspensão de que trata este artigo poderá ocorrer nas seguintes situações:
I - baixa hospitalar ao HE ou a outro nosocômio militar ou civil;
II - instrução ou exercício, no campo de instrução da AMAN, superior a 24 horas;
III - viagem de instrução ou de visita a OM; e
18
IV - grandes licenciamentos ou férias escolares.
§ 2º O reinício da punição disciplinar deve ser publicado em Adt/CC ao BI/AMAN,
juntamente com a nova oportunidade em que será colocado em liberdade.
§ 3º As suspensões de que trata o caput deste artigo serão autorizadas pelo Cmt AMAN,
por meio de proposta do Cmt CC.
Art. 84. As punições disciplinares de que trata o Anexo X, a critério do Cmt AMAN, por
proposta do Cmt CC, poderão ser canceladas por ocasião do término do curso e, neste caso, não constarão
das alterações do futuro Asp Of, nem serão registradas na ficha disciplinar individual (FDI).
Art. 85. As punições disciplinares não canceladas constarão das alterações do futuro Asp
Of e serão registradas, conforme normas baixadas pelo Comandante do Exército, na sua FDI.
Art. 86. O cancelamento dos registros de punições disciplinares e de outras notas a elas
relacionadas, nas alterações e na FDI, segue o que prescreve o RDE.
Art. 87. O cadete que se julgue, ou julgue subordinado seu, prejudicado, ofendido ou
injustiçado por superior hierárquico tem o direito de recorrer na esfera disciplinar, na forma do que
prescreve o RDE, sendo cabíveis:
I - o pedido de reconsideração de ato; e
II - o recurso disciplinar.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 88. As punições disciplinares cometidas pelos cadetes que estiverem relacionadas no
Anexo X deverão constar da nota de punição.
N D C
Ú E L
S A P
M
D S D
E
O S G B
R
B I R -
O
R ESPECIFICAÇÃO F U 1ª
D A I P
V
O M C O
E
E A Z
R N Ç
D T Ã
E O O
Faltar à verdade ou omitir deliberadamente informações que possam
- - - -
conduzir à apuração de uma transgressão disciplinar.
01 Utilizar- se de argumentos totalmente falsos. G I 15 PD
1
02 Utilizar-se de evasivas tentando descaracterizar a falta cometida. G I 10 PD
Omitir, deliberadamente, informações durante a apuração de uma
03 G I 08 PD
transgressão disciplinar.
- Utilizar-se do anonimato. - - -
01 Quando se tratar de documento escrito de qualquer espécie. G I 10 PD
Quando se aproveitar da coletividade para manifestação verbal, de
2 02 G I 05 PD
qualquer espécie.
Quando, estando em forma, venha cometer qualquer alteração
03 G I 02 PD
aproveitando-se do conjunto, não tendo coragem de se acusar.
Fornecer, em qualquer ocasião, o número e (ou) o nome, de outro cadete
04 G I 10 PD
ou de cadete inexistente, quando solicitado a identificar-se.
Concorrer para a discórdia ou desarmonia ou cultivar inimizade entre
- - - -
militares ou seus familiares.
3 Concorrer para a discórdia ou desarmonia entre militares ou seus
01 G I 05 PD
familiares.
02 Cultivar inimizade entre militares ou seus familiares. M I R
- Deixar de exercer autoridade compatível com seu posto ou graduação. - - -
4 01 Quando de serviço de escala. M I 05 DD
02 Nas demais situações. M I R
Não levar falta ou irregularidade que presenciar, ou de que tiver ciência
- e não lhe couber reprimir, ao conhecimento de autoridade competente, - - -
no mais curto prazo.
6
Quando se tratar de irregularidades graves que possam comprometer o
01 G I 05 PD
nome do Exército.
02 Quando comprometer o nome da Academia. G I 02 PD
20
01 Fumar em lugar não permitido, sem atentar contra a segurança. L III 02 dias
54 02 Fumar em lugar não permitido, infringindo normas de segurança. G I 02 PD
03 Fumar, em público, quando de serviço de escala. M I 02 DD
Tomar parte em jogos proibidos ou em jogos a dinheiro, em área militar
- - - -
ou sob jurisdição militar.
Participar de jogo proibido, no interior da Academia ou em
55 01 M I 05 DD
estacionamentos, como passatempo.
Jogar a dinheiro os jogos permitidos, no interior da Academia ou em
02 G I 02 PD
estacionamentos.
Tomar parte, em área militar ou sob jurisdição militar, em discussão a
56 - G I 05 PD
respeito de assuntos de natureza político-partidária ou religiosa.
Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja
57 - G I 15 PD
autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária.
58 - Tomar parte, fardado, em manifestações de natureza político-partidária. G I 15 PD
Discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação,
59 - G I 15 PD
sobre assuntos políticos ou militares, exceto se devidamente autorizado.
Ser indiscreto em relação a assuntos de caráter oficial, cuja divulgação
60 - G I 05 PD
possa ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem do serviço.
Dar conhecimento de atos, documentos, dados ou assuntos militares a
61 - quem deles não deva ter ciência ou não tenha atribuições para neles G I 05 PD
intervir.
Publicar ou contribuir para que sejam publicados documentos, fatos ou
- assuntos militares que possam concorrer para o desprestígio das Forças - - -
Armadas ou firam a disciplina ou a segurança destas.
01 Quando se tratar de publicar. G I 15 PD
62 02 Quando se tratar de contribuir para que sejam publicados. G I 10 PD
Divulgar, nos celotex da AMAN, matéria que possa concorrer para o
03 M I 05 DD
desprestígio de superiores hierárquicos.
Divulgar, nos celotex da AMAN, matéria incompatível com o ambiente
04 L II 02 dias
acadêmico.
Comparecer o militar da ativa, a qualquer atividade, com traje ou
- - - -
uniforme diferente do determinado.
01 Comparecer em trajes civis à atividade militar. M I 15 DD
63
02 Comparecer com o uniforme diferente do previsto. M I 10 DD
Como no desdobramento 02 acima, por desconhecimento e desinteresse
03 M I 02 DD
em se informar a respeito.
Deixar o superior de determinar a saída imediata de solenidade militar
64 - ou civil de subordinado que a ela compareça em traje ou uniforme dife- M I R
rente do determinado.
Apresentar-se em qualquer situação, sem uniforme, mal uniformizado,
- com o uniforme alterado ou em trajes em desacordo com as disposições - - -
65 em vigor.
01 Apresentar-se mal uniformizado no interior da AMAN. L III 02 dias
02 Apresentar-se desuniformizado no interior da AMAN. L II 02 dias
35
Seção I
No caso da PBD enquadrada no nível do Adt/SU (A, LS, ICP e IA)
1. Como faxineiro de dia, apresentou o apartamento com o piso sujo. É a 1ª vez que comete a
transgressão.
a. Consultando o Anexo I, obtém-se o seguinte enquadramento: 07-04-L-V-02 dias.
b. No Anexo III, relacionar a reincidência da transgressão (1ª vez) com grupo (Gp V)
no qual a transgressão se enquadra para o levantamento da PDB (A): a PDA será A.
Publicação no Adt SU.
2. Como faxineiro de dia, apresentou o apartamento com o piso sujo. É a 3ª vez que comete a
transgressão.
a. Consultando o Anexo I, obtém-se o seguinte enquadramento: 07-04-L-V-02 dias
b. No Anexo III, relacionar a reincidência da transgressão (3ª vez) com grupo (Gp V)
no qual a transgressão se enquadra para o levantamento da PDB correspondente (LS): a
(PDA) será 2 dias de ICP. Publicação no Adt SU.
Seção II
No caso da PBD enquadrada no nível do Adt/CC (R, DD, PD e LD)
3. Cadete do 3º ano deixou de realizar a manutenção de seu fuzil após a realização do 2º ELD. É a
1ª vez que comete a transgressão.
Anexo I: 22-08-M-I-R
a. No Anexo III, relacionar a reincidência da transgressão (1ª vez) com grupo (Gp I)
no qual a transgressão se enquadra para o levantamento da PDB correspondente
(repreensão):
b. Agravantes: 1 (uma); atenuantes: 1 (uma); atenuantes especiais: 3 (três)
c. Cálculo: PDA = PDB+2(Ag-At)-At Esp = 1+2(1-1)-3 = 5+0-3 = -2
Após o cálculo da PDA, acrescentar o valor agravante n= 2, por se tratar de Cadete do 3º
ano.
Cálculo = 0, logo a PDA será de 10 (dez) dias de IA, conforme o inciso II do § 5º do art. 46.
Publicação no Adt CC ao BI/AMAN.
4. Cadete do 1º ano, estando de serviço, foi encontrado dormindo em horário que não lhe era
permitido. É a 1ª vez que comete a transgressão.
a. Anexo I: 19-12-M-I-R
b. Anexo III: Grupo I: repreensão (1ª vez); a PDB será repreensão
c. Agravantes: 1 (uma); atenuantes: 2 (duas); atenuantes especiais: 3 (três)
d. Cálculo: PDA = PDB+2(Ag-At)-At Esp = 1+2(1-2)-3 = 1-2-3 = -4
Após o cálculo da PDA, considerar o valor agravante n= 0, por se tratar de Cadete do 1º ano .
Cálculo = -4, logo a PDA será 10 dias de IA, conforme o inciso II do § 5º do art. 46.
Publicação no Adt SU.
5. Cadete do 1º ano recusou- se a executar o obstáculo “comando craw”, sem estar com dispensa
médica ou apresentar qualquer sintoma de mal-estar súbito, durante a realização da Pista de Cordas,
prevista em instrução da 1ª semana verde do Curso Básico. É a 1ª vez que comete a transgressão.
a. Anexo I: 19-36-G-I-05 PD
b. Anexo III: Grupo I: 5 dias de PD (1ª vez); a PDB será 5 dias de PD
45
c. Agravantes: 2 (duas); atenuantes: 1 (uma); atenuantes especiais: 1 (uma)
d. Cálculo: PDA = PDB+2(Ag-At)-At Esp = 5+2(2-1)-1 = 5+2-1 = 6
Após o cálculo da PDA, considerar o valor agravante n= 0, por se tratar de Cadete do 1º
ano.
Cálculo = 6, logo a PDA será 6 dias de PD. Publicação no Adt CC ao BI AMAN.
Cálculo = 14, logo a PDA será 14 dias de PD. Publicação no Adt CC ao BI AMAN.
46
ANEXO V
Seção I
Modelo de nota de punição publicada em Adt/CC ao BI/AMAN e que deverá constar das alterações
do futuro Asp Of
- O Cad nº ....., [nome completo do militar], da ..... Cia do [curso] por ter faltado à verdade
quando inquirido pelo Cap ......, no dia.... do corrente (número 1 do Anexo I, com a agravante da l etra “c”,
do inciso VI, do art. 20, e a atenuante do inciso I, do art. 19, tudo do RDE, transgressão grave), fica preso
disciplinarmente por 15 (quinze) dias, ingressa no “comportamento insuficie nte”. Início da punição no dia
............... e término na Parada Diária de ................ (Processo nº ......................., de .............). Esta punição
deverá constar das alterações do futuro Asp Of, conforme prevê o Art. 88 das NAPD.
Seção II
Modelos de notas de punição publicadas em Adt/CC ao BI/AMAN e que não deverão constar das
alterações do futuro Asp Of
- O Cad nº ....., [nome completo do militar], da ..... Cia do [curso] por ter chegado atrasado,
sem justo motivo, ao primeiro tempo de instrução de .............. do corrente (número 26 do Anexo I, com a
agravante do inciso III, do art. 20, tudo do RDE, transgressão média), fica repreendido, permanece no
“comportamento bom”. (Processo nº ................................, de .................................). Esta punição não
deverá constar das alterações do futuro Asp Of, conforme prevê o Art. 88 das NAPD.
- O Cad nº ....., [nome completo do militar], da ..... Cia do [curso] por ter usado de força
desnecessária no ato de efetuar a prisão do Soldado ....... , no dia.... do corrente (número 48 do Anexo I,
com as atenuantes dos incisos I e II, do art. 19, tudo do RDE, transgressão média), fica detido
disciplinarmente por 8 (oito) dias; perman ece no “comportamento bom”. Início da punição no dia ...........
e término na Parada Diária de ........................ (Processo nº ............................., de ........................). Esta
punição não deverá constar das alterações do futuro Asp Of, conforme prevê o Art. 88 das NAPD.
- O Cad nº ....., [nome completo do militar], da ..... Cia do [curso] por ter faltado ao
expediente, sem chegar a passar a ausente, no dia.... do corrente (número 26 do Anexo I, transgressão
grave), fica preso disci plinarmente por 02 (dois) dias, permanece no “comportamento insuficiente”. Início
da punição no dia ....................... e término na Parada Diária de ....................... (Processo nº ...................,
de ..............................). Esta punição não deverá constar das alterações do futuro Asp Of, conforme prevê
o Art. 88 das NAPD.
Observação : não dispondo de boletim, à autoridade que aplicar a punição caberá solicitar
sua publicação no boletim daquela a que estiver subordinado.
47
ANEXO VI
1. FINALIDADE
Regular, no âmbito da AMAN, os procedimentos para a concessão do contraditório e da
ampla defesa nas transgressões disciplinares do Gp I.
2. REFERÊNCIAS
a. Constituição Federal
b. Estatuto dos Militares
c. Regulamento Disciplinar do Exército
d. Instruções Gerais para Elaboração de Sindicância, no Âmbito do Exército - (IG 10-11)
3. OBJETIVOS
Auxiliar a autoridade competente na condução do processo, bem como na tomada de
decisão referente à aplicação de punição disciplinar.
4. DO PROCEDIMENTO
a. Recebido e processado o documento de transgressão, será entregue o Formulário de
Apuração de Transgressão Disciplinar ao cadete arrolado como autor do(s) fato(s) que aporá o seu ciente,
tendo, a partir de então, três dias úteis, para apresentar, por escrito (de próprio punho ou impresso) e
assinado, suas alegações de defesa, no verso do formulário.
b. Em caráter excepcional, sem comprometer a eficácia e a oportunidade da ação
disciplinar, o prazo para apresentar as alegações de defesa poderá ser prorrogado, justificadamente, pelo
período que se fizer necessário, a critério da autoridade competente, podendo ser concedido, ainda, pela
mesma autoridade, prazo para que o interessado possa produzir as provas que julgar necessárias à sua
defesa.
c. Caso não deseje apresentar defesa, o cadete deverá manifestar esta intenção, de próprio
punho, no verso do Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar.
d. Se o cadete não apresentar, dentro do prazo, as razões de defesa e não manifestar a
renúncia à apresentação da defesa, nos termos do item “c”, a autoridade que estiver conduzindo a
apuração do fato certificará no Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar juntamente com
,
duas testemunhas, que o prazo para apresentação de defesa foi concedido, mas o cadete permaneceu
inerte.
e. Cumpridas as etapas anteriores, a autoridade competente para aplicar a punição emitirá
conclusão escrita, quanto à procedência ou não das acusações e das alegações de defesa, que subsidiará a
análise para o julgamento da transgressão.
f. Finalizando, a autoridade competente para aplicar a punição emitirá a decisão,
encerrando o processo de apuração.
5. DA FORMA E DA ESCRITURAÇÃO
a. O processo terá início com o recebimento da comunicação da ocorrência, sendo
processado no âmbito do comando que tem competência para apurar a transgressão disciplinar e aplicar a
punição.
b. O preenchimento do Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar se dará sem
emendas ou rasuras, segundo o modelo constante do Anexo VII.
c. Os documentos escritos de próprio punho deverão ser confeccionados com tinta azul ou
preta e com letra legível.
48
d. As justificativas ou razões de defesa, de forma sucinta, objetiva e clara, com
menção de eventuais testemunhas, serão aduzidas por escrito, de próprio punho ou impresso, em folha
específica do Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar na parte de JUSTIFICATIVAS /
RAZÕES DE DEFESA, pelo cadete e anexadas ao Formulário. Se desejar, poderá anexar documentos
que comprovem suas razões de defesa e aporá sua assinatura e seus dados de identificação.
e. Após ouvir o cadete e julgar suas justificativas ou razões de defesa, a autoridade
competente lavrará, de próprio punho, sua decisão.
g. Ao final da apuração, será registrado no Formulário de Apuração de Transgressão
Disciplinar o número do boletim interno que publicar a decisão da autoridade competente.
6. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. As razões de defesa serão apresentadas no verso do Formulário de Apuração de
Transgressão Disciplinar podendo ser acrescidas mais folhas se necessário.
,
b. Contra o ato da autoridade competente que aplicar a punição disciplinar, publicado em
BI, podem ser impetrados os recursos regulamentares peculiares do Exército.
c. Na publicação da punição disciplinar, deverá ser acrescentado, entre parênteses e após o
texto da nota de punição, o número e a data do respectivo processo.
d. O Formulário será arquivado na pasta do cadete arrolado.
e. Os procedimentos formais previstos nestas Instruções serão adotados, obrigatoriamente,
nas apurações de transgressões disciplinares que redundarem em punições publicadas em Adt/CC ao
BI/AMAN.
f. Os procedimentos para a concessão do contraditório e da ampla defesa nas transgressões
disciplinares dos Gp II a V seguirão o previsto na Seção II do Capítulo 4 destas Normas.
7. REGRAS DE NUMERAÇÃO
a. Numeração Geral
1) Os processos serão numerados com 3 (três) grupos de dígitos, a saber :
a) o primeiro grupo, a quatro dígitos, designará o ano civil (2006, 2007, 2008...);
b) o segundo grupo, a quatro dígitos, designará o curso e ano para o CC;
c) o terceiro grupo se destinará à numeração, em ordem crescente, dos processos
instaurados no âmbito dos universos citados na alínea “b” acima e se reiniciará a cada ano.
2) Designação de numeração no âmbito do CC (2° grupo de dígitos):
30 00 Cmdo/CC 31 00 Cmdo/C Bas 05 04 4º ano/C Eng 00 11 1ª Cia/C Bas
30 07 Cmdo/C Inf 32 00 Cmdo/C Avcd 05 03 3º ano/C Eng 00 12 2ª Cia/C Bas
30 02 Cmdo/C Cav 07 04 4º ano/C Inf 10 04 4º ano/C Int 00 13 3ª Cia/C Bas
30 06 Cmdo/C Art 07 03 3º ano/C Inf 10 03 3º ano/C Int 00 14 4ª Cia/C Bas
30 05 Cmdo/C Eng 02 04 4º ano/C Cav 11 04 4º ano/C Com 00 21 1ª Cia/C Avcd
30 10 Cmdo/C Int 02 03 3º ano/C Cav 11 03 3º ano/C Com 00 22 2ª Cia/C Avcd
30 11 Cmdo/C Com 06 04 4º ano/C Art 09 04 4º ano/C MB 00 23 3ª Cia/C Avcd
30 09 Cmdo/C MB 06 03 3º ano/C Art 09 03 3º ano/C MB 00 24 4ª Cia/C Avcd
3) Exemplos:
a) 2009-0603-15: processo nº 15, da SU enquadrante do 3º ano do C Art, instaurado
no ano de 2009;
b) 2009-0014-3: processo nº 3, da 4ª Cia/C Bas, instaurado no ano de 2009.
49
ANEXO VII
MODELO DE FORMULÁRIO DE APURAÇÃO DE TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEP-DFA-AMAN
CORPO DE CADETES
FORMULÁRIO DE APURAÇÃO DE TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR
IDENTIFICAÇÃO DO MILITAR
Grau Hierárquico: Nr / Idt:
Nome completo:
Subunidade/Curso/OM:
IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE
Grau Hierárquico: Nr / Idt:
Nome completo:
Subunidade/Curso/OM:
RELATO DO FATO
_______________________________
Cad nº nome
______________________________________
Cad nº nome
50
JUSTIFICATIVAS / RAZÕES DE DEFESA
____________________________________
Cad nº nome
__________________________________________
nome e posto da autoridade
51
DECISÃO DO COMANDANTE DE CURSO
______________________________
nome e posto da autoridade
DECISÃO DO COMANDANTE DO CORPO DE CADETES
____________________________
nome e posto da autoridade
DECISÃO DO COMANDANTE DA AMAN
_______________________________
posto e nome da autoridade
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
D E P - D F A - AMAN
CORPO DE CADETES
1. Solicito-vos:
publicação da punição disciplinar no Adt CC, de acordo com o § 7º do art. 34 do RDE.
X propor ao Cmt CC aplicar punição disciplinar, de acordo com o § 4º do art. 40 do RDE.
propor ao Cmt AMAN, por intermédio do Cmt CC, aplicação de punição disciplinar, de
acordo com o § 4º do art. 40 do RDE.
3. Documento ou fato que motivou a punição disciplinar: PD nº 443, de 29 Jul 09, do Of
Dia/AMAN
5. Antecedentes:
a) Comportamento atual: (X) Bom ( ) Insuficiente
b) Punições disciplinares anteriores em Adt/CC ao BI/AMAN
Punição Adt
Dias Data Motivo
Disciplinar BI
Ingeriu bebida alcoólica em excesso
12 DD 067 26/08/08
durante o Baile do Espadim.
6. Atenuantes e agravantes:
a)Atenuantes (art. 19 RDE)
X I – comportamento “bom” TOTAL
II – relevância de Sv prestados
1
III – transgressão cometida para evitar mal maior
53
IV – defesa própria, de seus direitos ou de outrem, não se
configurando causa de justificação
V – falta de prática do serviço
7. Cálculo da PDA:
PDA = PDB + 2 (Ag – At) - At Esp
PDB 2 (Ag – At) - At Esp Punição disciplinar
Cálculo
15 DD 2 (1 - 1) – 2 = - 2 13 DD
Cadete do 2º ano, n= 1 14 DD
Leve Média Grave
Classificação
X
Bom Insuficiente Mau
Comportamento após a punição
X
8. Nota de punição disciplinar:
O Cad nº 547, Lucas de Almeida Júnior, da 2ª Cia Avçd, por ter, estando punido
disciplinarmente com IA, em 29 Jul 08, se afastado da ala da SU, dirigindo-se à cidade de Resende
(número 28 do Anexo I, com a agravante da letra “c”, do inciso V I, do art. 20, e atenuante do inciso I,
do art. 19, tudo do RDE, transgressão média, fica detido disciplinarmente por 14 (quatorze) dias;
permanece no “comportamento bom”. Início da punição no dia __/__/ 09 e término na Parada Diária
de __/__/ 09. (Processo nº 2009-0022-34, de 01 Ago 09). Esta punição não deverá constar das
alterações do futuro Asp Of, conforme prevê o Art. 88 das NAPD.
________________________________
JOÃO CARLOS E SILVA – Cap
Cmt 2ª Cia/ C Avçd
Pelo:
54
Cmt SU
Cmt Curso
X Cmt CC
Cmt AMAN
ENCAMINHAMENTO AO CMT CC
Em 01 Ago 09
Do Cmt C Avçd
Ao Sr Cmt CC
Encaminho-vos a parte nº 054-Sgte, de 31 Jul 09, para as providências julgadas cabíveis.
______________________________
LUIS ALMEIDA DE SOUZA – Maj
Cmt C Avçd
55
ANEXO IX
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
D E P - D F A - AMAN
CORPO DE CADETES
3. Cad punido: Cad nº 456, Luiz Antônio Brito e Silva, da 2ª Cia / C Bas
5. Justificativa da solicitação:
Com fulcro nos art. 41 e 46 do RDE, solicito a atenuação da Pun Discp de 10 (dez) dias de DD
para 5 (cinco) dias de DD, considerando que uma Pun Discp mais branda atingirá os efeitos educativos
desejados sobre o Cad transgressor.
6. Caso a solicitação seja aceita, proponho a seguinte nota para Adt/CC ao BI/AMAN:
Atenuo, atendendo à proposta do Cmt C Bas, de acordo com o Art 41 e 46 e seu parágrafo único,
do RDE, a Pun Discp de 10 (dez) dias de detenção disciplinar aplicada pelo Cmt C Bas ao Cad nº 456
Luiz Antônio Brito e Silva, da 2ª Cia/ C Bas, no Adt/CC nº 135 ao BI AMAN nº 167, de 13 Set 09, para 5
(cinco) dias de detenção disciplinar, haja vista que uma Pun Discp mais branda atingirá os efeitos
educativos sobre o Cad transgressor. Em conseqüência, seja o Cad posto em liberdade após a Parada
Diária de 18 Set 09.
________________________________
OTÁVIO DA SILVEIRA – Cap
Cmt 2ª Cia / C Bas
56
Em 15 Set 09.
__________________________________
ANTÔNIO DA SILVA – Maj
Cmt C Bas
DECISÃO CMT CC
( )Concordo ( )Discordo ( )Concordo parcialmente ( )Enviar ao Cmt AMAN (X) Publique-se
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__________________________________________________
Em 16 Set 09.
___________________________________
JOSÉ LÚCIO DE ALBUQUERQUE – Cel
Cmt CC
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Em __/__/__
___________________________________
Gen Bda JOAQUIM CURVELO RAMOS
Cmt AMAN
57
ANEXO X – RELAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES QUE CONSTARÃO
DAS ALTERAÇÕES DO FUTURO OFICIAL
N D C
Ú E L
P
M S A
D
E D S
B
R O S G
-
O B I R
R ESPECIFICAÇÃO F U 1ª
D A I P
V
O M C O
E
E A Z
R N Ç
D T Ã
E O O
Faltar à verdade ou omitir deliberadamente informações que possam
- - - -
1 conduzir à apuração de uma transgressão disciplinar.
01 Utilizar- se de argumentos totalmente falsos. G I 15 PD
- Utilizar-se do anonimato. - - -
2 Fornecer, em qualquer ocasião, o número e (ou) o nome, de outro
04 G I 10 PD
cadete ou de cadete inexistente, quando solicitado a identificar-se.
Não levar falta ou irregularidade que presenciar, ou de que tiver ciência
- e não lhe couber reprimir, ao conhecimento de autoridade competente, - - -
no mais curto prazo.
10 Deixar de marcar o consumo de material no grêmio ou cantina. G I 05 PD
Como no desdobramento 24 anterior, quando solicitar a companheiro
25 que assine a relação de regresso de licenciamento em seu lugar, visando G I 10 PD
acobertar a falta cometida.
7 Deixar de cumprir, como membro de Diretoria de Comissão de Festas
45 ou de Agremiação Interna, prescrições relativas a transações G I LD
financeiras, ficando caracterizada a má fé.
Quando se tratar da utilização de meios de informática ou eletrônicos
71 que alterem ou danifiquem os sistemas de informática existentes na G I 15 PD
AMAN.
Como no desdobramento acima, com objetivo de alterar dados
72 cadastrais ou resultados de avaliações para benefício próprio ou de G I LD
outrem.
Deixar de cumprir prescrições expressamente estabelecidas no Estatuto
dos Militares ou em outras leis e regulamentos, desde que não haja
- tipificação como crime ou contravenção penal, cuja violação afete os - - -
preceitos da hierarquia e da disciplina, a ética militar, a honra pessoal, o
pundonor militar ou o decoro da classe.
9
Utilizar, comprovadamente, meios ilícitos na realização de trabalho G
01 I LD
para julgamento.
Adulterar, comprovadamente, solução, correção ou somatório de
02 escores de trabalho para julgamento, com o objetivo de aumentar o grau G I LD
recebido.
58
Permanecer com material e/ou anotações não permitidos, durante
03 G I LD
realização de avaliação, com o objetivo de facilitar a sua resolução.
Deixar de cumprir normas específicas para a realização da avaliação da
04 G I 15 PD
aprendizagem.
Auxiliar companheiro ou facilitar-lhe a observação de sua prova em
05 G I LD
qualquer trabalho para julgamento.
Elaborar Trabalho de Conclusão de Curso que apresente cópias, no todo
06 G I 15 PD
ou em parte, de outros autores, configurando o plágio.
Concitar companheiro ou subordinado à prática de transgressão
07 G I 15 PD
disciplinar.
9 08 Adulterar documento para auferir vantagem própria ou de outrem. G I 15 PD
Cometer ações que afetem a honra pessoal, o decoro da classe e o bom
16 G I LD
nome da Academia ou do Exército.
Cometer ações que afetem prescrições estabelecidas em leis e
18 G I 10 PD
regulamentos, com maior gravidade ou repercussão.
Cometer ações contra subordinados, de maneira violenta, sem
24 G I 15 PD
configurar crime.
Cometer ações contra os deveres militares, estabelecidos no art. 31 do
25 G I 10 PD
Estatuto dos Militares.
Cometer ações contra os preceitos da ética militar, estabelecidos no art.
26 G I 10 PD
28 do Estatuto dos Militares.
Apresentar parte ou recurso suprimindo instância administrativa,
- dirigindo para autoridade incompetente, repetindo requerimento já - - -
13 rejeitado pela mesma autoridade ou empregando termos desrespeitosos.
03 Apresentar parte com argumentos falsos ou usando de má fé. G I 10 PD
06 Apresentar recurso com argumentos falsos ou usando de má fé. G I 10 PD
Aconselhar a ou concorrer para o não cumprimento de qualquer ordem
- - - -
16 de autoridade competente, ou para retardar a sua execução.
01 Quando se tratar de aconselhar para que não seja cumprida. G I 10 PD
Deixar de cumprir ou alterar, sem justo motivo, as determinações
- constantes da missão recebida, ou qualquer outra determinação escrita - - -
ou verbal.
Ficando caracterizada a falta como ato voluntário ou intencional, sem
17
03 chegar a se constituir crime de insubordinação, embora não tenha G I 10 PD
causado prejuízo ao serviço ou a terceiros.
Como no desdobramento 03 acima, porém causando prejuízo ao serviço
04 G I 15 PD
ou a terceiros.
Simular doença para esquivar-se do cumprimento de qualquer dever G
18 - I
militar. 10 PD
Trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção, em qualquer
- - - -
serviço ou instrução.
19
Recusar-se a realizar qualquer atividade prevista para aula, instrução ou
38 G I 05 PD
exercício no terreno sem justo motivo.
- Disparar arma por imprudência ou negligência. - - -
21 Como no desdobramento 01 acima, colocando em risco a integridade
02 G I 10 PD
física de terceiros.
59