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NITERÓI, RJ
2016
EDUARDO FERNANDES DA SILVA
Niterói, RJ
2016
S 581 Silva, Eduardo Fernandes da.
Escalas aplicadas no Brasil para avaliação do estresse do
trabalhador de enfermagem / Eduardo Fernandes da Silva. –
Niterói: [s.n.], 2016.
65 f.
BANCA EXAMINADORA:
_____________________________________________________________________
Prof. Dr. Jorge Luiz Lima da Silva
Presidente (EEAAC – UFF)
_____________________________________________________________________
Profa. Dra. Cristina Portela da Motta
1ª examinadora (EEAAC – UFF)
_____________________________________________________________________
Profa. Dra. Miriam Marinho Chrizostimo
2ª examinadora (EEAAC – UFF)
Niterói, RJ
2016
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter fortalecido minha fé, e ter me feito passar
por diversas provações que me fizeram hoje uma pessoa mais confiante e determinada.
Agradeço a minha família, principalmente minha mãe, Denise, minha irmã Bárbara e minha
avó Cleide por serem a base de tudo isso, e por terem acreditado em mim quando nem eu
mesmo acreditei.
Agradeço aos meus amigos do ensino médio que, mesmo após anos estiveram presentes;
principalmente, a minha amiga/irmã Letícia Souza que sempre esteve comigo nos melhores e
piores momentos, e à Mariana Ferreira que continuou na UFF comigo sendo minha caloura.
Agradeço aos amigos que fiz na UFF, Maria Clara Salomão, Marcelle Belarmino, Thamirys
Rodrigues Alves, Niana Almeida Mello, Beatriz Paiva, Barbara Amorim e Mariana Pereira,
com certeza o caminho foi mais fácil graças ao suporte, à amizade e ao carinho que sempre
alimentamos nessa faculdade. Agradecimento em especial ao Rodrigo Tenório, que além de
ser um amigo da faculdade, foi a pessoa que conviveu e morou comigo em Niterói,
compartilhando de momentos bons, ruins, risadas, choros, crises, cantorias e brincadeiras que
fizeram com que eu o enxergasse e nutrisse um sentimento de irmão pela sua pessoa.
Agradeço por sempre ter me mostrado que eu poderia ir além do que eu imaginava. Nunca
saberei expressar como sou grato pela convivência e por ter conquistado sua amizade.
Agradeço ao meu companheiro, Maxwell Cupertino, por ter aparecido no momento mais
difícil da minha vida. Seu amor e carinho foram essenciais para que eu chegasse até aqui.
Agradeço ao professor Jorge Luiz Lima, que inesperadamente se tornou meu orientador.
Obrigado por toda ajuda e suporte oferecidos.
Agradeço, por fim, a todos aqueles que de algum jeito sempre torceram por mim. Eu venci.
ABSTRACT
Introduction: the stress and burnout among nursing professionals is increasingly evident, these
workers face both quantitative overload, evidenced by the responsibility of more than one
hospital sector, and qualitative ascertained in the complexity of human relations. Studies have
evaluated these issues and used scales, which should be taken into account. The study aimed
to describe scales applied to evaluate the stress of the nursing worker in Brazil. Method:
research of descriptive nature aims at the identification, registration and analysis of the
characteristics, a descriptive study that has taken place through a systematized review of
literature including works of the last five years. Results: we obtained 25 articles that have
been described which show that the most used scales are: the Maslach Burnout Inventory for
burnout evaluation, the Bianchi Stress Scale and the Lipp Adult Stress Symptom Inventory,
which presented the three The highest number of works applied in the last five years. It was
concluded that these evaluation tools are effective as they allow the researcher to obtain
information about the quality of life of professionals, factors that may be influencing their
health and their competence so that they can solve problems and Instrumentalize the
knowledge for decision making and build possible indicators and future assistance protocols.
Key Words: stress scales; nursing; scales of emotional exhaustion; mental scale.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO, p.8
1.1 Objetivos do estudo, p.11
1.2 Justificativa e relevância, p.11
4. RESULTADOS, p.23
6. CONCLUSÃO, p. 57
7. OBRAS CITADAS, p. 59
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1 INTRODUÇÃO
acordo com três aspectos: estímulos estressores: estresse ocupacional refere-se aos estímulos
do ambiente de trabalho que exigem respostas adaptativas por parte do empregado e que
excedem a sua habilidade de enfrentamento (coping); estes estímulos são comumente
chamados de estressores organizacionais; respostas aos eventos estressores: estresse
ocupacional refere-se às respostas (psicológicas, fisiológicas e comportamentais) que os
indivíduos emitem quando expostos a fatores do trabalho que excedem sua habilidade de
enfrentamento; estímulos estressores-respostas: estresse ocupacional refere-se ao processo
geral em que demandas do trabalho têm impacto nos empregados.
Os estudos em relação ao estresse, enquanto patologia, além de suas implicações, tem
levado a frequentes avaliações sobre a qualidade de vida no meio profissional, em diversos
grupos considerados estressantes, constituindo-se como um relevante problema de saúde
pública da atualidade. Entre os principais fatores apontados como desencadeantes de estresse
na equipe de enfermagem encontram-se a sobrecarga emocional, a falta de recursos humanos
e materiais, questões salariais, relações interpessoais, insegurança profissional, excessiva
carga de trabalho e fatores relacionados com a estrutura organizacional, como: estilo de
gerenciamento; falta de cooperação; comunicação e apoio dos superiores e rígido controle;
entre outros resultando em queda na qualidade dos serviços prestados (CALDERERO, 2008).
O estresse está presente no cotidiano da enfermagem desde tempos remotos. É um
marco da profissão a questão da divisão social do trabalho onde na maioria das vezes, o
enfermeiro fica responsável pelo gerenciamento do cuidado e da unidade e, os técnicos e
auxiliares de enfermagem pelo cuidado direto ao cliente. Com isso, há uma divergência entre
os momentos de concepção e execução do cuidado. Outros fatores, próprios da função da
enfermagem, são considerados fontes de estresse, como as exigências em excesso e as
diferentes opiniões entre os colegas de trabalho. Além disso, a enfermagem enfrenta uma
sobrecarga tanto quantitativa evidenciada pela responsabilidade por mais de um setor
hospitalar, quanto qualitativa verificada na complexidade das relações humanas, por exemplo,
enfermeiro/cliente, enfermeiro/profissional de saúde; enfermeiro/ familiares (RODRIGUES,
2011).
A reação de cada pessoa ao estresse é particularizada, assumindo uma gama de
afecções dos mais variados tipos. A manifestação patológica do estresse no ambiente de
trabalho depende de como o indivíduo - enquanto um ser biológico, subjetivo, social e
cultural - interage com este ambiente.
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As investigações dos estímulos ambientais que geram estresse vêm sendo estudadas,
principalmente devido às doenças vinculadas a atividade laboral, e a partir da década de 60 o
estresse vem sendo amplamente discutido. Há estudos abordando as relações entre trabalho,
estresse e suas repercussões sobre a saúde dos trabalhadores. Atualmente existem escalas que
permitem avaliar o estresse nos trabalhadores.
Tais escalas foram confeccionadas para avaliar a saúde do trabalhador em seu
ambiente laboral. Entretanto, têm-se a convicção de que algumas profissões são mais expostas
a agentes estressores devido à complexidade de seu trabalho. A enfermagem é exemplo de
profissão altamente exposta aos agentes estressores. A adaptação a este processo pode, por
vezes, se tornar difícil em condições em ambientais desgastantes, o que pode afetar a tríade
mente-corpo-espírito do trabalhador, afetando seu desempenho, bem como outros aspectos
não menos relevantes de sua vida, como a convivência em família e em comunidade.
A maioria das pesquisas sobre estresse aborda a saúde mental dos pacientes, e nos
estudos relacionados aos profissionais de saúde constata-se que o estresse acomete mais a
equipe de enfermagem devido à escassez de recursos nos serviços de saúde, aos cortes no
quadro funcional e ao contato com o sofrimento e a morte (LAURET; CHAVES; MOURA,
1999). Os enfermeiros cuidam de clientes e familiares e, às vezes, pelas contingências do
cotidiano, esquecem de se preocupar com sua qualidade de vida, em especial com sua saúde.
Neste contexto, destaca-se a dupla jornada de trabalho, vivenciada por grande parte destes
profissionais, que de certa forma, acaba por favorecer a diminuição do tempo dedicado ao
autocuidado e ao lazer, potencializando o cansaço e, consequentemente, gerando o estresse.
Nesta ótica, entende-se que o trabalhador de enfermagem dirige um “cuidar” que
utiliza ferramentas diversas, a seus clientes, produzindo interações que produzam bem-estar e
saúde como objetivos maiores. Outros produtos resultantes dessa interação podem ser
sobrecargas físicas e emocionais que podem diminuir a qualidade de vida desse profissional,
gerando repercussões importantes nos mais diversos meios.
A partir do exposto, este estudo visa responder a seguinte questão de pesquisa
(problema): quais as escalas são descritas na literatura para a avaliação do estresse do
profissional de enfermagem, no Brasil?
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2 REVISÃO DE LITERATURA
Há cada vez mais uma preocupação com a saúde dos trabalhadores para que os danos
sejam evitados. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há um favorecimento da
saúde física e mental quando o trabalho se adapta às condições do trabalhador e quando os
riscos para sua saúde estão sob controle (CARVALHO et al, 2004). No processo de trabalho,
observa-se que o estresse tem sido considerado um risco ocupacional acentuado para os
profissionais que trabalham na área de saúde, por lidarem constantemente com tais situações.
Para se compreender de forma mais clara o processo de desenvolvimento do estresse,
deve-se considerar o quadro sintomatológico do estresse, que varia dependendo da fase em
que se encontra. Na fase do alerta, considerada a fase positiva do estresse, o ser humano se
energiza pela produção da adrenalina, a sobrevivência é preservada e uma sensação de
plenitude é frequentemente alcançada. Na segunda fase, a da resistência, a pessoa
automaticamente tenta lidar com os seus estressores de modo a manter sua homeostase
interna. Se os fatores estressantes persistirem em frequência ou intensidade, há uma quebra na
resistência da pessoa e ela passa à fase de quase exaustão. Nesta fase, o processo do
adoecimento se inicia e os órgãos que possuírem maior vulnerabilidade genética ou adquirida
passam a mostrar sinais de deterioração. Se não há alívio para o estresse por meio da remoção
dos estressores ou pelo uso de estratégias de enfrentamento, o estresse atinge a sua fase final,
a da exaustão, quando doenças graves podem ocorrer nos órgãos mais vulneráveis, como
infarto, úlceras e outros. Quando surge o estresse e suas complicações, as queixas
psicossomáticas significam que existem pressões externas que precisam ser compreendidas e
gerenciadas para se atingir bem-estar e desempenho adequado no trabalho (LIPP, 2003).
Os serviços de saúde, sobretudo os hospitais, constituem organizações bastante
peculiares, concedidas quase que exclusivamente em função das necessidades dos pacientes.
Dotados de sistemas técnicos organizacionais muito próprios, proporcionam aos seus
trabalhadores, sejam eles técnicos de saúde ou não, condições de trabalhos precárias. Desta
forma o trabalho em ambiente hospitalar contribui não só para a ocorrência de acidentes de
trabalho, como também para desencadear frequentes situações de estresse e de fadiga física e
mental.
O estresse relaciona-se com a enfermagem principalmente pelo fato deste profissional
trabalhar com pessoas doentes, em sofrimento físico e psíquico, que requerem maior atenção,
compreensão e empatia. Lidando com este público e situações adversas, os sentimentos que
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profissional (esta subescala é inversa) indicam alto nível de burnout (SCHAUFELI et al,
2002). Gil-Monte e Peiró reforçam a importância de avaliar o MBI, independente de sua
versão, como um construto tridimensional, ou seja, as três dimensões devem ser avaliadas e
consideradas, a fim de manter sua perspectiva de síndrome.
A suposta relação entre os três componentes é que a exaustão emocional é uma
resposta a estressores emocionais no trabalho e que, contudo é a primeira fase do burnout. O
indivíduo pode tentar lidar com os estressores se afastando deles, desenvolvendo resposta
despersonalizada às pessoas. Quando a despersonalização ocorre, o indivíduo tende a avaliar-
se menos positivamente em termos de realização de um bom trabalho. Assim, a exaustão
emocional deve ser um preditor da despersonalização, que o é do nível de realização pessoal.
(GONZAGA, 2003).
A Escala de Estresse no Trabalho trata do estresse vivenciado dentro das condições e
organização do trabalho e é composta por 23 itens que abordam estressores variados e reações
emocionais; as questões são assertivas onde o participante concorda ou não, em escala tipo
Likert com variação de pontuação de 1 (discordo totalmente) a 5 (concordo totalmente).
Quanto maior a pontuação, maior será o nível de estresse.
Cada item da EET aborda tanto um estressor quanto uma reação ao mesmo. A decisão
de conjugar estressor e reação deve-se à convicção do papel central da percepção como
mediadora do impacto do ambiente de trabalho. Como foi discutido anteriormente, um fator
organizacional constitui-se num estressor quando ele é percebido como tal pelo sujeito.
Dada a preocupação de construir um instrumento econômico e geral, os itens foram
elaborados de forma a constituir um fator geral, contendo estressores variados e reações
frequentemente associadas aos mesmos. Com base em cada estressor organizacional de
natureza psicossocial, citado frequentemente na literatura (sobrecarga de trabalho, conflito
entre papéis, ambiguidade de papéis, relacionamento interpessoal no trabalho, fatores de
desenvolvimento na carreira e autonomia/controle no trabalho), foram elaborados itens, os
quais contemplavam também, uma reação ao estressor. Os itens foram desenvolvidos de
forma que pudessem ser aplicados a ambientes organizacionais diversos e a ocupações
variadas, como “sinto-me incomodado por ter que realizar tarefas que estão além de minha
capacidade” e “o tempo insuficiente para realizar meu volume de trabalho deixa-me nervoso”
(SIMONETTI et al, 2013).
Os itens da Escala de Estresse no Trabalho (EET) foram elaborados a partir da análise
da literatura sobre estressores organizacionais de natureza psicossocial e sobre reações
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3 MATERIAL E MÉTODO
Nesta seção, são explicitados o caminho percorrido, desde o material empregado até o
método de estudo, para que fossem atendidos os objetivos deste estudo, nos resultados e
discussão.
3.1 TIPOLOGIA
A pesquisa de natureza descritiva, que visa à identificação, registro e análise das
características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo, pode ser
entendida como um estudo de caso o qual, após a coleta de dados, é realizada uma análise das
relações entre as variáveis para uma posterior determinação dos efeitos resultantes (GIL,
2008). Foi realizada através de revisão bibliográfica sistematizada, que assim como outros
tipos de estudo de revisão, é uma forma de pesquisa que utiliza como fonte de dados a
literatura sobre determinado tema. Esse tipo de investigação disponibiliza um resumo das
evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica, mediante a aplicação de
métodos explícitos e sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação
selecionada.
As revisões sistematizadas são particularmente úteis para integrar as informações de
um conjunto de estudos realizados separadamente sobre determinada terapêutica/ intervenção,
que podem apresentar resultados conflitantes e/ou coincidentes, bem como identificar temas
que necessitam de evidência, auxiliando na orientação para investigações futuras (SAMPAIO,
2006).
4 RESULTADOS
Quadro 1: Obras capturadas em ambiente virtual, no período de 2010 a 2015, Niterói, 2016.
Quadro2: Nova busca com identificação do nome da escala somado ao termo enfermagem,
em ambiente virtual, no período de 2010 a 2015, Niterói, 2016.
Quadro 3: obras identificadas em ambiente virtual do ano 2012-2015, aplicando a escala Maslach Burnout Inventory, Niterói-2016 (9 estudos).
Fernandes e Identificar a presença da Síndrome de Burnout nos Estudo quantitativo e descritivo. Os resultados apontaram que a maioria dos profissionais
cols, 2012, profissionais de enfermagem do Serviço de Os sujeitos foram 17 apresenta graus de baixo a moderado em relação às
Teresina-PI, Atendimento Móvel de Urgência de Teresina - Enfermeiros e 33 Auxiliar- dimensões da Síndrome, não evidenciando a presença da
Piauí. Técnicos de Enfermagem. doença. Se faz necessária a adoção de medidas preventivas e
estratégias de minimização do estresse laboral, para
melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho e a
saúde do trabalhador.
França; Demonstrar a incidência da Síndrome de Burnout Estudo de natureza quantitativa, O estudo evidenciou a presença da SB nos profissionais de
Ferrari, 2012, (SB) de acordo com os aspectos sociodemográficos descritivo, com delineamento enfermagem, revelando assim a necessidade de intervenções
Cáceres-MT, dos profissionais de enfermagem que atuam em dois transversal, realizado com 141 em relação às condições de trabalho dos enfermeiros.
hospitais regionais, no município de Cáceres-MT. profissionais de enfermagem.
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Galindo e cols, Identificar burnout e alguns fatores associados entre Estudo descritivo, transversal A frequência de burnout era baixa na população estudada,
2012, Recife- enfermeiros da assistência pediátrica e com 63 profissionais de mas os resultados despertam preocupação, particularmente,
PE. tocoginecológica de hospital geral do nível enfermagem. devido ao caráter sorrateiro da síndrome, uma vez que algum
terciário de atenção do Recife (PE). dos seus sentimentos e atitudes constituintes pode estar
presente de modo intermitente, avançando com o tempo. A
sobrecarga de trabalho, o esgotamento e o recurso às
estratégias centradas na emoção, entre outros aspectos,
consubstanciados nos níveis altos e médios de exaustão
emocional e despersonalização que foram identificados,
evidenciam o comprometimento da qualidade de vida no
trabalho.
Schimdt e Avaliar a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) e a Estudo descritivo, correlacional, Os trabalhadores estudados apresentaram baixa exaustão
cols, 2013, presença da Síndrome de Burnout entre profissionais de corte transversal, com 53 emocional, baixa despersonalização e escore elevado para
Paraná. de enfermagem de Unidade de Terapia Intensiva. trabalhadores de enfermagem de realização profissional, não apresentando risco para a
um hospital escola do interior do doença. Cabe salientar que os temas abordados são
Paraná, Brasil. extremamente amplos, podendo ser objeto de estudo de
futuras investigações que visem aprofundar o conhecimento
sobre o trabalho da enfermagem nas diversas áreas de
atuação, a fim de apontar alternativas que possibilitem uma
prática profissional minimamente desgastante, além de
contribuir para a satisfação profissional e melhoria da
qualidade de vida no trabalho.
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Andolhe e Investigar o estresse emocional, o coping e burnout da Estudo transversal com 287 O controle do ambiente de trabalho e o sono adequado são
cols, 2015, equipe de enfermagem e a associação com fatores sujeitos. fatores decisivos e protetores para enfrentamento das
São Paulo.** biossociais e do trabalho em Unidade de Terapia situações de estresse ocupacional.
Intensiva (UTI).
Campos e cols, Investigar a prevalência da síndrome de burnout nos Estudo de abordagem Os resultados obtidos com a realização dessa pesquisa
2015, Minas profissionais de enfermagem de um hospital e de quantitativa consistiu em uma possibilitaram identificar quais variáveis estiveram
Gerais. Unidades Básicas de Saúde, comparando-a entre as pesquisa de levantamento, do relacionadas à ocorrência da síndrome de burnout nos
três categorias profissionais (enfermeiros, técnicos e tipo correlacional e de corte profissionais de enfermagem, possibilitando, assim, uma
auxiliares de enfermagem) e os tipos de serviços, e transversal, com 116 reflexão sobre o processo de adoecimento dos profissionais
identificou seus fatores sociodemográficos e profissionais de enfermagem. de enfermagem que atuam nos hospitais e nas UBSs.
ocupacionais preditores.
Ferreira; Avaliar a prevalência da síndrome de burnout em Estudo epidemiológico, de corte O trabalho em saúde exige dos profissionais uma atenção
Lucca, 2015, técnicos de enfermagem de um hospital público transversal com 534 intensa e prolongada a pessoas que estão em situação de
São Paulo. universitário e sua associação com as variáveis profissionais. dependência. Para os técnicos de enfermagem, o contato
sociodemográficas e profissionais. íntimo com os pacientes de difícil manejo e o receio de
cometer erros no cuidado são fatores adicionais de estresse
crônico e casos de burnout evidenciados neste estudo.
Silva e cols, Descrever a prevalência da síndrome de burnout entre Estudo descritivo seccional Contatou-se que os fatores psicossociais estavam envolvidos
2015, Rio de trabalhadores de enfermagem de unidades de terapia realizado com 130 profissionais, no surgimento de burnout no grupo estudado. Os resultados
Janeiro. intensiva, fazendo associação a aspectos enfermeiros, técnicos e despertaram a necessidade de estudos para intervenção e
psicossociais. auxiliares de enfermagem. posterior prevenção da síndrome.
Quadro 4: obras identificadas em ambiente virtual do ano 2010-2015, aplicando o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (4 estudos)
Souza e cols, Identificar o nível de estresse e suas causas nos Estudo de natureza A presença de estresse nos profissionais de enfermagem e a
2010, Minas profissionais de enfermagem atuantes em diversos setores quantitativa com 187 incapacidade de enfrentá-los resultam em enfermidades
Gerais. deste hospital. profissionais de físicas e psicológicas, insatisfação, desmotivação, diminuição
enfermagem. da produtividade, além de outras manifestações como a
diminuição do estado de “alerta”.
Maia e cols, Avaliar a ocorrência de estresse em enfermeiros, Pesquisa exploratória, Verificou-se moderada incidência de estresse nos
2012, Fortaleza. socorristas e técnicos de enfermagem que trabalhavam no transversal e quantitativa. A profissionais avaliados, com predominância de sintomas
SAMU/192-Fortaleza. amostra foi composta por psicológicos e da fase de resistência, e um sujeito na fase de
30 profissionais. exaustão.
Rosario e cols, Verificar a existência de estresse entre os enfermeiros que Estudo descritivo com É importante que esses profissionais saibam identificar a
2015, Montes atuam na estratégia saúde da família (ESF), identificar a abordagem quantitativa manifestação do estresse, bem como detectar
Claros-MG. fase na qual se encontram os profissionais acometidos pelo com 43 enfermeiros.
quais estressores estão persistentes no seu ambiente de
estresse, e identificar os principais agentes organizacionais
trabalho a fim de encontrar estratégias de enfrentamento
estressores.
eficientes.
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Kestenberg e Discutir o nível de estresse oriundo do trabalho dos Pesquisa descritiva, com Percebeu-se a necessidade de ações que visem reduzir fatores
cols, 2015, Rio profissionais de enfermagem de três unidades de um abordagem quantitativa passíveis de intervenção, além de pesquisas que abordem esta
de Janeiro. hospital universitário no Rio de Janeiro com 85 profissionais de temática.
enfermagem.
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Quadro 5: obras identificadas em ambiente virtual do ano 2012-2013, aplicando a Escala Bianchi de Estresse (4 estudos).
Versa e cols, Avaliar o nível de estresse de enfermeiros intensivistas do Estudo descritivo, transversal O ambiente laboral se associou positivamente ao estresse
2012, período noturno. com 26 enfermeiros de 5 em enfermeiros do turno noturno e que o seu
Cascavel-PR. hospitais. aparecimento e efeitos podem ser minimizados por meio
de melhorias na estrutura e na organização dos locais
onde atuam.
Monte e cols, Avaliar o estresse no ambiente de trabalho dos Estudo transversal desenvolvido Os enfermeiros apresentaram maiores índices de estresse
2013, profissionais enfermeiros dentro das Unidades de com 22 enfermeiros da unidade nas atividades relacionadas às condições de trabalho para
Fortaleza. Terapia Intensiva e identificar os agentes estressores de terapia intensiva de um o desempenho das atividades e relacionadas à
associados ao desencadeamento do estresse segundo a hospital público pediátrico. administração de pessoal.
Escala Bianchi de Estresse.
Inoue e cols, Identificar o nível de estresse em enfermeiros Pesquisa descritivo-exploratória Adotar estratégias para a prevenção/redução de estresse,
2013, Maringá- intensivistas que prestam cuidados diretos a pacientes com 58 enfermeiros intensivistas porque os principais estressores apontados relacionam-se
PR. críticos. assistenciais. a atribuições específicas dos enfermeiros.
30
Rocha, Analisar a relação entre estresse e qualidade do sono de Estudo quantitativo, transversal, O nível de estresse pode ser um fator diretamente
Martino, 2013, enfermeiros que atuam em diferentes setores descritivo e comparativo com correlacionado com o sono, visto que quanto maior o
Campinas-SP. hospitalares, dos turnos diurnos e noturnos. 203 enfermeiros. nível de estresse dos enfermeiros, pior é a qualidade de
sono.
31
Quadro 6: obras identificadas em ambiente virtual do ano 2011-2013, aplicando Job Stress Scale (3 estudos).
Negeliskii; Este estudo teve como objetivo avaliar a Utilizou-se um questionário com Os resultados desta investigação alertam para a necessidade de
Lautert, 2011, relação entre o estresse laboral e o índice de questões sócio-ocupacionais e duas restaurar o estado de saúde físico e psicológico dos enfermeiros
Porto Alegre- capacidade para o trabalho, de 368 escalas: a Job Stress Scale e o índice que trabalham principalmente em atividades assistenciais, em
RS. enfermeiros (82,1% da população) de um de capacidade para o trabalho. unidades abertas e com pacientes adultos.
grupo hospitalar. Pesquisa descritiva com 368
enfermeiros.
Theme-Filha; Analisar a associação do estresse no Estudo seccional com uma amostra O desenvolvimento de uma política efetiva de planejamento e
Costa; Guilam, trabalho, utilizando-se a Job Stress Scale de 134 profissionais de enfermagem. gerenciamento de recursos humanos, com estímulo à participação
2013, Mato com a autoavaliação da saúde entre os dos profissionais nas decisões, podem contribuir para redução do
Grosso do Sul. trabalhadores de enfermagem, nas unidades estresse no trabalho, com aumento da efetividade do sistema de
de emergências de hospitais públicos. saúde de forma geral e melhora dos resultados, tanto para os
provedores da assistência quanto para os usuários.
Urbanetto e cols, Avaliar a associação entre o estresse no Estudo transversal com 335 O estresse afeta a saúde mental dos trabalhadores e que os
2013, Porto trabalho, segundo o Modelo Demanda- profissionais, sendo 245 técnicos de aspectos relacionados a alta demanda psicológica e alto controle
Alegre-RS. Controle, e a ocorrência de Distúrbio enfermagem, com idade ainda necessitam de maiores aprofundamentos para que se
Psíquico Menor (DPM) nos trabalhadores de predominante entre 20 e 40 anos. entenda sua influência nos processos de adoecimento dos
enfermagem atuantes em unidades de trabalhadores de enfermagem.
emergência, intensivismo e internação.
32
Quadro 7: obras identificadas em ambiente virtual do ano 2011-2013, aplicando a Escala de Estresse no Trabalho (2 estudos).
Costa; Propôs-se a investigar o impacto das percepções de Estudo descritivo, transversal Destacam-se a importância do papel do médico responsável pela
Martins, conflito intragrupal e de bases de poder do médico com 124 profissionais de percepção de estresse na equipe de enfermagem e a necessidade de
2011, Minas sobre o estresse de profissionais de enfermagem enfermagem. buscar soluções para os conflitos de tarefa e, consequentemente,
Gerais. atuantes em atendimentos de média e alta reduzir o estresse nesses profissionais.
complexidade.
Simonetti e Identificar o nível de estresse percebido e no Estudo descritivo e O nível de estresse das enfermeiras assistenciais foi médio, tendo
cols, 2013, trabalho de enfermeiros assistenciais que atuaram exploratório realizado com 16 em vista um perfil de profissionais com vários papéis sociais que
São Paulo.** como educadores na construção, desenvolvimento enfermeiros, utilizando as acumularam atribuições em serviço, mas que foi equilibrado pela
e avaliação da educação distância (EaD). escalas de Estresse no motivação para inovar, atualizar-se no uso de tecnologias
Trabalho (EET) educacionais e domínio do conhecimento
**Artigo apresentou mais de uma escala.
33
Quadro 8: obras identificadas em ambiente virtual do ano 2013-2014, aplicando Inventário de Estresse para Enfermeiros (2 estudos).
Higash e cols, Avaliar e comparar a frequência de estresse Estudo transversal Enfermeiros atuantes no hospital acreditado perceberam/autodeclararam mais
2013, São percebido/autodeclarado por enfermeiros em com 262 profissionais estressores em situações relativas às relações interpessoais.
Paulo. instituições hospitalares, com e sem acreditação. de enfermagem.
Umann e cols, Avaliar o impacto das estratégias de Estudo transversal O contexto de trabalho em oncologia e algumas características dos
2014, Rio enfrentamento na intensidade de estresse dos analítico com 18 enfermeiros impactam na intensidade de estresse desses profissionais que
Grande do Sul. enfermeiros de hemato-oncologia. enfermeiros. buscam minimizar os efeitos do estresse por meio, principalmente, de ações
passivas frente aos estressores.
34
Quadro 9: obras identificadas em ambiente virtual do ano 2013, aplicando a Escala de Estresse Percebido (1 estudo)
Simonetti e Identificar o nível de estresse percebido e no Estudo descritivo e exploratório O nível de estresse das enfermeiras assistenciais foi médio, tendo em
cols, 2013, trabalho de enfermeiros assistenciais que realizado com 16 enfermeiros, vista um perfil de profissionais com vários papéis sociais que
São Paulo. atuaram como educadores na construção, utilizando as escalas de Estresse acumularam atribuições em serviço, mas que foi equilibrado pela
desenvolvimento e avaliação da educação no Trabalho (EET) motivação para inovar, atualizar-se no uso de tecnologias
distância (EaD). educacionais e domínio do conhecimento
Quadro 10: obras identificadas em ambiente virtual do ano 2013, aplicando a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (1 estudo)
Corrêa, Souza; O presente estudo teve como objetivo encontrar Estudo transversal com 117 Tais associações demonstram que, possivelmente, os dois construtos
Baptista, 2013, associações entre vulnerabilidade ao estresse no profissionais de enfermagem estão inter-relacionados e merecem novas investigações em
São Paulo. trabalho e qualidade de vida de enfermeiros da de uma cidade do interior de pesquisas que levem em consideração amostras maiores, de
área de saúde pública. São Paulo. instituições com diferentes segmentos de profissionais da área da
saúde.
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sono adequadas foi fator de proteção para burnout. Concluiu-se que o controle do ambiente de
trabalho e o sono adequado são fatores decisivos e protetores para enfrentamento das
situações de estresse ocupacional.
Por fim, no estudo de Schimdt e cols.(2013) , avaliou-se a Qualidade de Vida no
Trabalho (QVT) e a presença da Síndrome de Burnout entre profissionais de enfermagem de
Unidade de Terapia Intensiva. A avaliação da consistência interna do instrumento, avaliada
pelo alfa de Cronbach, constatou-se que somente a dimensão DP obteve valor abaixo de 0,70
(0,53), as dimensões EE e RP apresentaram, respectivamente, 0,83 e 0,76, considerado como
aceitável para essa avaliação. Quanto a avaliação de Burnout, os participantes não
apresentaram risco de manifestação do mesmo, porém constatou-se uma relação inversa e de
forte magnitude entre QVT (qualidade de vida no trabalho) e a dimensão exaustão emocional
(r=-0,68), corroborando o que já havia sido apontado em outra pesquisa, cujo resultado
revelou que a alta exposição ao estresse ocupacional diminui a QVT de profissionais de
enfermagem.
EaD, acumuladas às atribuições assistenciais que mostraram indícios de que podem ter sido
desencadeantes do estresse.
Na obra de Costa (2011), a amostra foi composta por profissionais de enfermagem,
que trabalham nas funções de auxiliar e técnico de enfermagem, com idade superior a 18
anos. Médias fatoriais foram calculadas para cada fator de cada escala para caracterizar os
níveis de estresse, de percepção de conflito intragrupal e de percepção de bases de poder
utilizadas pelo médico supervisor. Em relação ao estresse, os resultados revelaram que 24%
dos participantes podem ser considerados não estressados, 34% um pouco estressados e 28%
percebem-se com estresse em nível médio, enquanto 12% percebem-se muito estressados.
Apenas 2% relatam sentir-se extremamente estressados. A literatura aponta que um potencial
estressor nas atividades laborais seja a percepção de intragrupal pelos integrantes do grupo.
Problemas nas relações interpessoais são uma das fontes de estresse com maior peso
(STACCIARINI, 2002). Os dados obtidos neste estudo corroboram aos achados da literatura,
ou seja, conflito intragrupal tem poder preditivo sobre estresse ocupacional. No entanto, ao
contrário do que a literatura aponta a relação entre a percepção de relacionamento e estresse
não foi encontrada no presente estudo. Para os participantes desta pesquisa, apenas conflito de
tarefa revelou participação na explicação do estresse, contrariando o caráter construtivo,
defendido pela literatura. Esta aparente contradição, em que conflito de tarefa, em oposição ao
de relacionamento, tem relação com o estresse, pode ser explicada pela intensidade do de
tarefa, que quando muito intenso, produz efeitos negativos semelhantes ao de relacionamento,
podendo gerar sobrecarga cognitiva e sofrimento entre os membros do grupo.
No estudo de Andolhe e cols. (2015) que utilizou além da MBI, a EET, avaliou que
quanto ao nível de estresse encontrado pela Escala de Estresse no Trabalho (EET), 74,47%
dos sujeitos estavam com médio nível de estresse, 13,29% com baixo nível e 12,24% com alto
nível de estresse.
respostas efetivamente positivas sobre o estressor, como respostas negativas para a saúde do
indivíduo.
Quadro 10: Síntese dos achados coletados na BVS nas bases Lilacs, Medline e na Scielo nos anos de 2010 a 2015, pela ordem cronológica de
acordo com a Escala de Maslach Burnout Inventory (MBI).
AUTORES, ANO, ESTUDO DE
VALIDAÇÃO OU
REVISTA N ESCALA ALPHA DESFECHO QUALIS
ADAPTAÇÃO
Oliveira, Pereira. 2012, 25 MBI - Os inquiridos obtiveram níveis médios de exaustão emocional e baixos níveis de B2 Não
Revista de Enfermagem realização pessoal e de despersonalização (MBI). Relativamente à ansiedade e à
Referência. depressão, os valores obtidos foram compatíveis com um nível moderado de ansiedade
e ligeiro de depressão (HADS). Não se encontraram diferenças estatisticamente
significativas (dos níveis de ansiedade, depressão e burnout) do primeiro para o
segundo momento de avaliação.
Galindo e cols. 2012, 63 MBI - Analisou a síndrome de burnout a fatores associados como as condições laborais A2 Não
Revista da Escola de geradoras do estresse
Enfermagem da USP.
Fernandes e cols. 2012, 50 MBI - Os resultados apontaram que a maioria dos profissionais apresenta graus de baixo a B2 Não
Revista de pesquisa: moderado em relação às dimensões da Síndrome, não evidenciando a presença da
Cuidado é fundamental doença.
(online).
França; Ferrari. 2012, 141 MBI - Evidenciou a presença da SB nos profissionais de enfermagem, revelando assim a A2 Não
Acta Paulista de necessidade de intervenções em relação às condições de trabalho dos enfermeiros.
Enfemagem.
48
Schimdt e cols. 2013, 53 MBI 0,70 Os participantes não apresentaram risco de manifestação de burnout, porém constatou- A2 Sim
Revista Brasileira de se uma relação inversa e de forte magnitude entre QVT (qualidade de vida no trabalho)
Enfermagem (REBEN). e a dimensão exaustão emocional (r=-0,68), corroborando o que já havia sido apontado
em outra pesquisa, cujo resultado revelou que a alta exposição ao estresse ocupacional
diminui a QVT de profissionais de enfermagem.
Silva e cols. 2015, Revista 130 MBI >0,80 Contatou-se que os fatores psicossociais estavam envolvidos no surgimento de burnout B2 Sim
Brasileira de Terapia no grupo estudado. Os resultados despertaram a necessidade de estudos para
Intensiva. intervenção e posterior prevenção da síndrome.
Campos e cols. 2015, 116 MBI >0,70 Observou-se uma alta prevalência da síndrome (47%), e um grande número de A1 Sim
Psicologia: Reflexão e trabalhadores em risco de adoecimento (entre 41% a 49% da amostra, dependendo da
Crítica dimensão do Burnout). Não houve diferenças significativas em função das categorias
profissionais e locais de trabalho. As variáveis ocupacionais “problemas de
relacionamento com colegas de trabalho” (OR = 3) e “insatisfação com o trabalho”
(OR = 11) foram as preditoras da síndrome (p < 0,05). As variáveis sociodemográficas
não foram significativas.
Ferreira; Lucca. 2015, 534 MBI >0,70 A prevalência da síndrome de burnout entre os técnicos de enfermagem foi de 5,9%. B1 Sim
Revista Brasileira de Além disso, 23,6% desses apresentaram alto desgaste emocional; 21,9% alta
Epidemiologia. despersonalização; e 29,9% baixa realização profissional. Houve associação
estatisticamente significativa do desgaste emocional com setor de trabalho e estado
civil; despersonalização com possuir filhos e apresentar problemas de saúde; e baixa
realização profissional com setor de trabalho e número de empregos. Houve associação
de satisfação no trabalho com as três dimensões.
49
Andolhe e cols. 2015, 287 MBI >0,80 Participaram da pesquisa 287 sujeitos, predominantemente mulheres, com companheiro A2 Sim
Revista da Escola de e filhos. O nível médio de estresse e coping controle foram prevalentes (74,47% e
Enfermagem da USP. ** 79,93%, respectivamente) e a presença de burnout em 12,54%. Fatores associados ao
estresse referiram-se às condições de trabalho. Ter companheiro, atuar em UTI Clínica
e gostar do trabalho foram fatores de proteção para coping prevalente, enquanto que
horas de sono adequadas foi fator de proteção para burnout.
**Artigo apresentou mais de uma escala.
50
Quadro 11: Síntese dos achados coletados na BVS nas bases Lilacs, Medline e na Scielo nos anos de 2010 a 2015, pela ordem cronológica de
acordo com a Escala de Estresse no Trabalho (EET).
AUTORES, ANO, ESTUDO DE
VALIDAÇÃO OU
REVISTA N ESCALA ALPHA DESFECHO QUALIS
ADAPTAÇÃO
Costa; Martins. 2011, 124 EET - Em relação ao estresse, os resultados revelaram que 24% dos participantes podem ser A2 Não
Revista da Escola de considerados não estressados, 34% um pouco estressados e 28% percebem-se com
Enfermagem da USP estresse em nível médio, enquanto 12% percebem-se muito estressados. Apenas 2%
relatam sentir-se extremamente estressados. No geral, a maioria apresentou baixos
níveis de estresse (58%).
Simonetti e cols. 16 EET - O nível de estresse das enfermeiras assistenciais foi médio, tendo em vista um perfil B3 Não
2013, Journal of de profissionais com vários papéis sociais que acumularam atribuições em serviço,
Health Informatics. ** mas que foi equilibrado pela motivação para inovar, atualizar-se no uso de tecnologias
educacionais e domínio do conhecimento.
Andolhe e cols. 2015, 287 Escala de >0,80 Participaram da pesquisa 287 sujeitos, predominantemente mulheres, com A2 Sim
Revista da Escola de Estresse no companheiro e filhos. O nível médio de estresse e coping controle foram prevalentes
Enfermagem da USP. Trabalho (74,47% e 79,93%, respectivamente) e a presença de burnout em 12,54%. Fatores
** (EET) associados ao estresse referiram-se às condições de trabalho. Ter companheiro, atuar
em UTI Clínica e gostar do trabalho foram fatores de proteção para coping prevalente,
enquanto que horas de sono adequadas foi fator de proteção para burnout.
**Artigo apresentou mais de uma escala
51
Quadro 12: Síntese dos achados coletados na BVS nas bases Lilacs, Medline e na Scielo nos anos de 2010 a 2015, pela ordem cronológica de
acordo com a Escala Bianchi de Estresse (EBS).
AUTORES, ANO, ESTUDO DE
VALIDAÇÃO OU
REVISTA N ESCALA ALPHA DESFECHO QUALIS
ADAPTAÇÃO
Inoue e cols, 2013, 58 EBS - A maioria (65,5%) apresentou nível de estresse médio. Os estressores com maior A2 Não
Brasil. Revista Brasileira pontuação foram Enfrentar a morte (5,6 pontos); Atender às emergências na unidade (5,1
de Enfermagem pontos); Atender os familiares de pacientes críticos ou Orientar familiares de pacientes
(REBEN). críticos (ambos com 4,8 pontos). É preciso adotar estratégias para a prevenção /redução
de estresse, porque os principais estressores apontados relacionam-se a atribuições
específicas dos enfermeiros.
Rocha, Martino. 2010, 203 EBS >0,90 Os resultados indicaram que houve uma correlação significativa entre estresse e sono A2 Sim
Revista da Escola de (correlação de Spearman; r= 0,21318; p= 0,0026) e entre níveis elevados de estresse e
Enfermagem da USP. qualidade de sono ruim para os enfermeiros do turno da manhã (p=0,030; Teste Qui-
Quadrado).
Versa e cols. 2012, 58 EBS - O ambiente laboral se associou positivamente ao estresse em enfermeiros do turno B1 Não
Revista Gaúcha de noturno e que o seu aparecimento e efeitos podem ser minimizados por meio de
Enfermagem. melhorias na estrutura e na organização dos locais onde atuam.
52
Monte e cols., 2013, 22 EBS - Os enfermeiros apresentaram maiores índices de estresse nas atividades relacionadas às A2 Não
Acta Paulista de condições de trabalho para o desempenho das atividades e relacionadas à administração
Enfermagem. de pessoal.
Quadro 13: Síntese dos achados coletados na BVS nas bases Lilacs, Medline e na Scielo nos anos de 2010 a 2015, pela ordem cronológica de
acordo com o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL).
AUTORES, ANO, ESTUDO DE
VALIDAÇÃO OU
REVISTA N ESCALA ALPHA DESFECHO QUALIS
ADAPTAÇÃO
Souza e cols. 2010, 187 ISSL - Constatou-se que 71,7% dos profissionais de enfermagem apresentavam-se estressados, B4 Não
Ciência et Praxis. sendo que no grupo de enfermeiros, 75% encontravam-se estressados, nos técnicos em
enfermagem 70,4% e nos auxiliares de enfermagem, 72%. Quanto à fase de estresse,
encontravam-se: 61,6% (115) dos profissionais de enfermagem, na fase de resistência;
10,1% (19) na fase de exaustão; 28,3% (53) não se encontravam estressados.
Maia e Cols. 2012, 30 ISSL - Verificou-se moderada incidência de estresse nos profissionais avaliados, com B2 Não
Revista de Pesquisa: predominância de sintomas psicológicos e da fase de resistência, e um sujeito na fase de
Cuidado é exaustão. Dos fatores mais estressantes citados, o trânsito foi o principal, mencionado por
fundamental. 50% dos entrevistados.
53
Rosario e cols. 2015, 43 ISSL - Os resultados refletem um panorama dos enfermeiros da ESF que apresentam uma B5 Não
Revista Norte Mineira quantidade de sintomas físicos e psicológicos que os classificam como estressados,
de Enfermagem. inclusive revelam que alguns já estão na fase avançada do estresse, bem como os agentes
estressores que circundam seu ambiente de trabalho.
Kestenberg e cols. 85 ISSL - Constatou-se que 56,5% dos participantes apresentavam estresse e 49,4% encontravam-se B1 Não
2015, Revista de na fase de resistência. Identificou-se que 68,5% dos participantes apresentaram média a
Enfermagem da UERJ. alta exposição aos fatores estressores laborais.
Quadro 14: Síntese dos achados coletados na BVS nas bases Lilacs, Medline e na Scielo nos anos de 2010 a 2015, pela ordem cronológica de
acordo com a Job stress Scale (JSS).
AUTORES, ANO, ESTUDO DE
VALIDAÇÃO OU
REVISTA N ESCALA ALPHA DESFECHO QUALIS
ADAPTAÇÃO
Negeliskii e Lautert. 368 JSS 0,77 O estresse laboral está presente em 23,6% dos enfermeiros, e, desses, 15,2% apresentam A1 Sim
2011, Revista Latino alta exigência no trabalho e 8,4% trabalho passivo. Os resultados desta investigação
Americana de alertam para a necessidade de restaurar o estado de saúde físico e psicológico dos
Enfermagem. enfermeiros que trabalham principalmente em atividades assistenciais, em unidades
abertas e com pacientes adultos. As estratégias apontadas visam a valorização dos
trabalhadores e o investimento na educação permanente em saúde, as quais podem ter
papel protetor para a saúde do trabalhador contra estressores no cotidiano de trabalho, à
medida que proporcionam autonomia aos trabalhadores de enfermagem.
Theme, Costa e Guilam. 134 JSS - Analisou a associação do estresse no trabalho com a autoavaliação da saúde entre os A1
54
2013, Revista Latino trabalhadores de enfermagem, nas unidades de emergências de hospitais públicos. O
Americana de baixo controle, aliado à baixa demanda, pode servir como fator desestimulador,
Enfermagem. contribuindo para o aumento da insatisfação profissional. Recomenda-se que as
instituições adotem uma política de planejamento e gerenciamento de recursos humanos
com estímulo à participação dos profissionais nas decisões, visando redução do estresse
no trabalho entre os trabalhadores de enfermagem. 2013 Não
Urbanetto e cols. 2013, 335 JSS - Os trabalhadores nos quadrantes trabalho ativo e alto desgaste, do Modelo Demanda- A2 Não
Revista da Escola de Controle, apresentaram chances de desenvolver DPM, quando comparados com os
Enfermagem da USP. situados no quadrante baixo desgaste. Concluiu-se que o estresse afeta a saúde mental
dos trabalhadores e que os aspectos relacionados a alta demanda psicológica e alto
controle ainda necessitam de maiores aprofundamentos para que se entenda sua
influência nos processos de adoecimento dos trabalhadores de enfermagem.
55
Quadro 15: Síntese dos achados coletados na BVS nas bases Lilacs, Medline e na Scielo nos anos de 2010 a 2015, pela ordem cronológica de
acordo com o Inventário de Estresse para Enfermeiros (IEE).
AUTORES, ANO, ESTUDO DE
VALIDAÇÃO OU
REVISTA N ESCALA ALPHA DESFECHO QUALIS
ADAPTAÇÃO
Higashi e cols. 2013, 262 IEE - Avaliou e comparou a frequência de estresse percebido/autodeclarado por enfermeiros B2 Não
Revista da Rede de em instituições hospitalares, com e sem acreditação. Percebeu-se que enfermeiros
Enfermagem do atuantes no hospital acreditado perceberam/autodeclararam mais estressores em
Nordeste. situações relativas às relações interpessoais.
Umann e cols. 2014, 18 IEE 0,964 Observou-se que, quanto maior o uso das estratégias de enfrentamento de Esquiva e de B1 Sim
Revista Gaúcha de Controle, maior é a intensidade de estresse apresentada pelos enfermeiros.
Enfemagem.
56
Quadro 16: Síntese dos achados coletados na BVS nas bases Lilacs, Medline e na Scielo nos anos de 2010 a 2015, pela ordem cronológica de
acordo com a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT).
AUTORES, ANO, ESTUDO DE
VALIDAÇÃO OU
REVISTA N ESCALA ALPHA DESFECHO QUALIS
ADAPTAÇÃO
Corrêa, Sousa e 117 Escala de - Os resultados indicaram correlações significativas e negativas e outras limítrofes B2 Não
Baptista. 2013, vulnerabilidade ao entre as dimensões do EVENT, denominadas clima e funcionamento
Psicologia estresse no trabalho organizacional; pressão no trabalho; infraestrutura e rotina. E os domínios do
Argumento. (EVENT). WHOQOL-bref, quais sejam, físico, psicológico, relações sociais, meio
ambiente e geral, de forma que quanto maior a vulnerabilidade ao estresse
laboral, menor a qualidade de vida relatada pelos respondentes.
Quadro 17: Síntese dos achados coletados na BVS nas bases Lilacs, Medline e na Scielo nos anos de 2010 a 2015, pela ordem cronológica de
acordo com a Escala de Estresse Percebido(PSS).
AUTORES, ANO, ESTUDO DE
VALIDAÇÃO OU
REVISTA N ESCALA ALPHA DESFECHO QUALIS
ADAPTAÇÃO
**Simonetti e cols. 16 Escala de - O nível de estresse das enfermeiras assistenciais foi médio, tendo em vista um perfil B3 Não
2013, Journal of Estresse de profissionais com vários papéis sociais que acumularam atribuições em serviço,
Health Informatics. Percebido mas que foi equilibrado pela motivação para inovar, atualizar-se no uso de
tecnologias educacionais e domínio do conhecimento.
**Artigo apresentou mais de uma escala.
57
6 CONCLUSÃO
Este trabalho explicitou sobre os instrumentos que mensuram o estresse na
enfermagem, abordando a validação no Brasil, onde os autores estão realizando a pesquisa e
como está o estresse na equipe de enfermagem. As principais escalas utilizadas no Brasil e
que foram descritas são: a Maslach Burnout Inventory, Escala de Estresse no Trabalho, Escala
Bianchi de Estresse, Inventário de Estresse para Enfermeiros e o Inventário de sintomas de
estresse para adultos de LIPP-ISSL, Escala de Estresse Percebido, Escala de Vulnerabilidade
ao Estresse no Trabalho e Job Stress Scale com estudos aplicados nos últimos cinco anos por
diversos autores.
Conforme se observou nos quadros acima, os achados demonstraram que oito estudos
eram de validação, onde nesses estudos que calcularam a força de evidência, houve uma
variação de 0,7 a 0,9 na medida de consistência interna (Alfa de Cronbach), que é uma forma
de estimar a confiabilidade de um questionário aplicado em uma pesquisa, logo nesses
estudos, assegurou-se a confiabilidade dos itens de pesquisa. A escala mais utilizada foi a
Maslach Burnout Inventory com 9 estudos, seguido da Escala Bianchi de Estresse (EBS) e
Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL) com 4 estudos, Escala de
Estresse no Trabalho e Job Stress Scale com 3 estudos, Inventário de estresse para
enfermeiros com 2 estudos e Escala de Estresse Percebido (PSS) e Escala de Vulnerabilidade
ao Estresse no Trabalho (EVENT), com 1 estudo, e a média da população de trabalhadores de
enfermagem desses estudos foi de aproximadamente 123 pessoas e no geral todos os estudos
comprovaram o acometimento do estresse na equipe de enfermagem, que pode estar
relacionado a diversos fatores e chamando a atenção para a relevância em se realizar
pesquisas para mensurar o estresse no trabalhador de enfermagem e também pesquisas que
possam levantar maneiras para minimizar o estresse e o impacto que este causa na vida destes
trabalhadores, principalmente por estes serem profissionais essenciais na assistência da saúde
na população.
Quanto ao critério Qualis dos periódicos, obteve-se uma variação de A1 a B4,
revelando diversidade quanto à classificação e qualidade da produção científica dos
programas de pós-graduação no que se refere aos artigos.
Esses instrumentos de avaliação tornam-se eficazes à medida que permitem ao
pesquisador colher informações sobre a qualidade de vida dos profissionais, dos aspectos que
possam estar influenciando em sua saúde e pela competência dos mesmos para que
58
7 OBRAS CITADAS
ALVES, M. G. M., CHOR D., FAERSTEIN E., LOPES, C. S., WERNECK, G. L. Versão
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