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Leis Federais
Art. 1 o Fica aprovado o Plano Nacional de Educação, constante do
documento anexo, com duração de dez anos.
Art. 2o A partir da vigência desta Lei, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios deverão, com base no Plano Nacional de Educação, elaborar planos
decenais correspondentes.
Art. 3o A União, em articulação com os Estados, o Distrito Federal, os
municípios e a sociedade civil, procederá a avaliações periódicas da
implementação do Plano Nacional de Educação.
§ 1o O Poder Legislativo, por intermédio das Comissões de Educação,
Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados e da Comissão de Educação do
Senado Federal, acompanhará a execução do Plano Nacional de Educação.
§ 2o A primeira avaliação realizar-se-á no quarto ano de vigência desta Lei,
cabendo ao Congresso Nacional aprovar as medidas legais decorrentes, com
vistas à correção de deficiências e distorções.
Art. 4o A União instituirá o Sistema Nacional de Avaliação e estabelecerá os
mecanismos necessários ao acompanhamento das metas constantes do Plano
Nacional de Educação.
Art. 5o Os planos plurianuais da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios serão elaborados de modo a dar suporte às metas constantes do
Plano Nacional de Educação e dos respectivos planos decenais.
Art. 6o Os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios empenhar-se-ão na divulgação deste Plano e da progressiva
realização de seus objetivos e metas, para que a sociedade o conheça
amplamente e acompanhe sua implementação.
Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
7.1 Diagnóstico
Não há informações precisas, no Brasil, sobre a oferta de formação para
o trabalho, justamente porque ela é muito heterogênea. Além das redes federais
e estaduais de escolas técnicas, existem os programas do Ministério do Trabalho,
das secretarias estaduais e municipais do trabalho e dos sistemas nacionais de
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Destes, 3,2 eram concluintes egressos das habilitações de Magistério e Técnico
em Contabilidade – um conjunto três vezes maior que a soma de todas as outras
nove habilitações listadas pela estatística.
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Concluintes
Crescimento
Habilitações
1988-1996
1988 % 1996 %
Té cnico
113.548 18,0 174.186 15,0 53,4
Co ntab ilid ad e
Pro c. d e
14.881 2,4 31.293 2,7 110,3
Dad o s
Auxiliar d e
3.739 0,6 15.394 1,3 311,7
Co ntab ilid ad e
Fonte: MEC/INEP/SEEC
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Funcionando em escolas onde há carências e improvisações
generalizadas, a Educação Profissional tem reafirmado a dualidade propedêutico-
profissional existente na maioria dos países ocidentais. Funcionou sempre como
mecanismo de exclusão fortemente associado à origem social do estudante.
Embora não existam estatísticas detalhadas a respeito, sabe-se que a
maioria das habilitações de baixo custo e prestígio encontra-se em instituições
noturnas estaduais ou municipais. Em apenas 15% delas há bibliotecas, menos
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7.2 Diretrizes
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reconhecimento de créditos obtidos em qualquer uma das modalidades e certifica
competências adquiridas por meios não-formais de educação profissional. É
importante também considerar que a oferta de educação profissional é
responsabilidade igualmente compartilhada entre o setor educacional, o
Ministério do Trabalho, secretarias do trabalho, serviços sociais do comércio, da
agricultura e da indústria e os sistemas nacionais de aprendizagem. Os recursos
provêm, portanto, de múltiplas fontes. É necessário também, e cada vez mais,
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contar com recursos das próprias empresas, as quais devem financiar a
qualificação dos seus trabalhadores, como ocorre nos países desenvolvidos. A
política de educação profissional é, portanto, tarefa que exige a colaboração de
múltiplas instâncias do Poder Público e da sociedade civil.
As metas do Plano Nacional de Educação estão voltadas para a implantação
de uma nova educação profissional no País e para a integração das iniciativas.
Têm como objetivo central generalizar as oportunidades de formação para o trabalho,
de treinamentos, mencionando, de forma especial, o trabalhador rural.
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6. Mobilizar, articular e ampliar a capacidade instalada na rede de instituições
de educação profissional, de modo a triplicar, a cada cinco anos, a oferta de
educação profissional permanente para a população em idade produtiva e que
precisa se readaptar às novas exigências e perspectivas do mercado de trabalho.**
7. Modificar, dentro de um ano, as normas atuais que regulamentam a
formação de pessoal docente para essa modalidade de ensino, de forma a
aproveitar e valorizar a experiência profissional dos formadores.*
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