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Professora Giovanna Guimarães Corsino Rodriguez

Área de Conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias


Componente Curricular: Arte
CULTURA URBANA

Seja para registro, adorno ou protesto, a humanidade vem deixando há muito tempo as suas marcas nas paredes.

Hoje, é quase inconcebível imaginar algum centro urbano sem as marcas da pichação e da grafitagem. Inscrições
de cunho político, propagandas, protestos, exposição de sentimentos, xingamentos e garatujas estão presentes
nas grandes cidades de todo o planeta. Nada disso, porém, é recente. Embora com características bem distintas
dessas duas manifestações, desde a Pré-história há registros de escrituras humanas em paredes.

Não foi só nos tempos das cavernas que o homem sentiu a necessidade de se expressar publicamente adotando
esse tipo de suporte. Artistas do Renascimento, tais como Michelangelo, Leonardo da Vinci; além
dos espanhóis Joán Miró e Pablo Picasso, no início do século 20, utilizaram muros, paredes e até tetos para pintar.
O mexicano Diego Rivera, por exemplo, ficou famoso por fazer obras sócio-políticas em gigantescos murais.

Antes, na Antiguidade, cidadãos de civilizações greco-romanas, asiáticas e pré-colombianas também pintavam os


muros das cidades a fim de exprimir os seus pensamentos políticos. ”Essas manifestações foram os embriões da
pichação e do grafite. Tiveram um papel muito importante para dar voz a discursos de oposição aos poderes
dominantes em boa parte da história. Por ser clandestino, permitia uma maior liberdade de expressão, sem passar
por regulações”, analisa o jornalista Júlio Cavani, especialista em arte urbana. “No Brasil, por sinal, a pichação foi
peça-chave para combater o regime militar – entre 1964 e 1985″, completa.

O mesmo aconteceu no Muro de Berlim, durante a década de 1970. O lado oriental era limpo, porque o governo
comunista reprimia qualquer tentativa de inscrição. A outra face do muro, em contrapartida, ficou famosa pelas
marcas de tintas e spray que representavam a vontade de reunificação da Alemanha. Na Revolução Cultural da
França, em maio de 1968, os muros de Paris também tornaram-se locais de inscrições de valor poético e político.

Esse caráter contestador da pichação, no entanto, foi perdendo o sentido. “Hoje em dia, ainda existem pichações
políticas, mas a maioria é feita por gangues que as utilizam como mecanismo de demarcação de território, pois
existem muito mais ferramentas de expressar politicamente sem a necessidade de ações clandestinas perigosas”,
comenta Cavani.

Por outro lado, a grafitagem, associada à arte, ainda permaneceu com essa característica contestadora. Surgiu
com hip-hop, nos anos de 1970, em guetos de Nova Iorque, até se espalhar mundo afora. Atualmente, em Bristol,
na Inglaterra, Banksy é um exemplo de quem dá cores às ruas com obras de conteúdo social.

Em pouco tempo, o grafite foi sendo feito em outros suportes, além dos muros. Desembarcou no Brasil na década
de 1980, onde ganhou estilo próprio. “Por aqui, a maneira de grafitar é mais voltada para desenhos e personagens.
Diferentemente, por exemplo, da escola francesa, que utiliza mais assinaturas com letras coloridas”, pontua
Cavani. Este estilo pode ser visto nas obras de Otávio e Gustavo Pandolfo, Os Gêmeos, expoentes da arte urbana
no País.

Grafite x Pichação

Desde maio de 2011, pichação e grafitagem não são mais sinônimos. Segundo o artigo 65 da lei, “não constitui
crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante
manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário”. Pichação é crime, grafitagem é arte. Mas quais as
reais diferenças entre as duas?

De acordo com a procuradora de Justiça Criminal e professora de direito da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), Eleonora Luna, a diferença é, na prática, a autorização. “Se for grafitar sem a autorização continua sendo
crime, pois será interpretado, juridicamente, como pichação”, esclarece. E, portanto, a pena de três meses a um
ano de prisão e/ou multa podem ser aplicadas.
Para a sociologia, a questão é menos objetiva, existem mais “comos” e “porquês”. A maioria das vezes, as pessoas
que estão pichando são de uma classe economicamente menos favorecida. Dessa forma, a pichação é uma forma
de protesto social e uma atitude política. “Há uma necessidade de aparecer para a sociedade e a pintura é uma das
formas. Pichando eles passam a existir para a sociedade e a sociedade para eles”, explica o doutor em Sociologia
da Comunicação, Nadilson Silva.

Nadilson acredita que a pichação é uma forma primitiva de iniciação artística e que o grafite é o segundo passo.
“Os que têm talento artístico vão aperfeiçoando e desenvolvendo a arte”. É o que pensa, também, a professora de
história da arte da UFPE, Madalena Zaccara. “Um pichador pode se organizar e se transformar num grafiteiro. Um
grafiteiro já foi confundido com o pichador.” Ainda segundo Madalena, os traços do grafite são mais elaborados e
pensados, já a pichação é uma forma de expressão mais imediata e sem tanta elaboração. A professora defende
que o grafite é a arte que saiu das galerias e foi às ruas. “O grafite não polui a cidade, mas constrói um espaço de
divulgação nela”, conclui.

Qual a diferença entre Rap e Hip Hop? São a mesma coisa? Um está dentro do outro? São dois estilos musicais
diferentes?

O Rap é fácil: é um gênero musical que significa “Rythm And Poetry” (Ritmo E Poesia), ou seja, é uma forma de
poesia cantada a partir de um determinado ritmo. E disso a gente já consegue ver a presença de duas pessoas:
o DJ, que a partir da sua criatividade e, muitas vezes, usando outras batidas e ritmos como inspiração, cria uma
base musical; enquanto que o MC (o Mestre de Cerimônias) rima em cima dessa base criada pelo DJ, seja de forma
de forma inusitada criando uma letra na hora (freestyle), seja escrevendo a letra antes e interpretando.

O Hip Hop já é um pouco mais confuso. Tudo começa quando o Afrika Bambaataa, um dos 3 principais DJs do
Bronx entre os anos 70 e 80, disse que o Rap, o Grafite e o Break tinham a ver um com o outro já que os três
retratavam problemas sociais dos guetos negros da cidade de Nova York e dos EUA como um todo.
Então Bambaataa resolveu fundar o movimento Hip Hop composto de 4 elementos: o Break, o Grafite, o Djeeing (a
arte de ser DJ) e o MCeeing (a arte de rima sendo MC). Já nos anos 90 Bambaataa vai falar sobre o quinto
elemento do Hip Hop: o conhecimento. Muita gente dirá, então que o Hip Hop é um movimento, enquanto outras
pessoas dirão que ele é uma cultura.

O que causa confusão é que, lá para os anos 2000, a indústria fonográfica criou um sub-gênero também
chamado Hip Hop (que muitas vezes a galera escreve usando um hífen: Hip-Hop) e que nós brasileiros costumamos
chamar de Black. E esse gênero musical surgiu a partir de cantores e cantoras que nasceram dentro da cultura Hip
Hop mas, ao invés de rimar, eles cantavam (como na música Pop) e também mudaram muito a batida tradicional
do Rap. Em geral eles tem letras mais comerciais, mesmo que muito lutem pelas mesmas causas que a galera
do Rap luta: contra o racismo, contra a violência policial, etc. É a diferença entre intérpretes como Jay-Z, Lil
Wayne, Lauryn Hill (todos do Rap), para intérpretes como Beyoncé, Rihanna e Jason Derulo (que se dizem desse
gênero Hip-Hop).

Enfim, para resumir tudo então: enquanto o Rap é um gênero musical, o Hip Hop pode tanto ser um
movimento/cultura que engloba o Rap, quanto um gênero musical em si (Hip-Hop) e por isso é importante sempre
prestarmos atenção à qual sentido de Hip Hop nós usamos para falar e ao sentido que as pessoas atribuem ao
termo.

Hip-hop é o ritmo mais ouvido por quem pratica a grafitagem.

Entre uma “sprayzada” e outra, o hip-hop embala o trabalho dos grafiteitos. Não é apenas um ritmo. Trata-se
quase de um estilo de vida. A maneira de se vestir de quem curte a música, por exemplo, é marcante: bonés para
trás ou de lado e roupas vistosas e largas, a fim de dar maior movimentação para o break, uma dança inspirada em
movimentos de guerra. No hip-hop, também não pode faltar MC – “mestre de cerimônias” que, através de rimas,
manda mensagens nas canções, seja políticas ou amorosas. O DJ, para ditar o as batidas, e o beatbox, que reproduz
sons de percussão na boca, são outras peças fundamentais do ritmo.

O hip-hop nasceu nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque, nos Estados Unidos, durante os anos de 1970.
Teve o rap como vertente. Na década seguinte, chegou com toda a força no Brasil, primeiro em São Paulo para
depois se espalhar para o restante do País. O rapper Sabotage é um dos que mais fazem a cabeça dos grafiteiros.

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