Sunteți pe pagina 1din 11

O Lugar e a Estrutura da Psicopatologia Psicanalítica

Origens e Destinos da Psicopatologia no Campo Médico


Érico Bruno Vieira Campos

A psicopatologia é o campo de estudos sobre o adoecimento psíquico. Embora desde


o início da história humana haja descrições e conceituações sobre o adoecimento psíquico, é
só na modernidade ocidental, com a circunscrição propriamente da noção de um eu
psicológico, e posteriormente com o surgimento da psiquiatria como especialidade da
medicina científica, que se pode falar de doença mental e de um campo de saber sobre ele.
Assim a psicopatologia, embora tenha uma longa referência histórica, só vem a ser codificada
propriamente a partir da psiquiatria e nesse movimento traz algumas marcas de sua
constituição.
A grande referência nesse âmbito são os trabalhos de Foucault sobre o nascimento da
clínica e a história da loucura, que mostram como a psiquiatria surge na circunscrição da
loucura como paradigma do campo da psicopatologia. A loucura é caracterizada então pela
figura da psicose, sendo marcada pela noção de uma negatividade originária: a loucura é a
ausência ou perda da razão como fundamento da consciência reflexiva e, portanto, do
fundamento do sujeito, de forma tal que essa condição implicar em uma perda da condição
de sujeito e da responsabilidade civil, o que justificaria a condição asilar dos portadores dessa
forma de adoecimento. Nesse sentido, a psicopatologia surge como especialidade psiquiátrica
tendo a psicose, entendida como um comprometimento geral da personalidade, levando a
perda da identidade e da integridade da consciência, com despersonalização e perda da
realidade compartilhada.
Uma outra vertente de constituição do campo da psicopatologia surge a partir de outra
especialidade médica, a neurologia, que vai então definir o campo das doenças nervosas ou
neuroses como seu objeto de estudo e prática. A neurose, diferente da psicose, consiste em
um comprometimento parcial da personalidade, em que as funções complexas da identidade,
da personalidade e o senso de realidade não estão comprometidos. Seus sintomas são mais
circunscritos, referidos mais ao âmbito da afetividade e da senso-motricidade, e também se
entende que eles estão referidos mais ao sistema nervoso periférico do que os níveis mais
complexos do sistema nervoso central.
Desse modo, neurose e psicose são as duas figuras paradigmáticas que se constituem
e balizam o campo da psicopatologia médica em sua origem. Nessa origem, a psicopatologia
é marcada por algumas características que se tornarão clássicas do campo. Em primeiro lugar
um modelo clínico baseado no exame e avaliação das funções mentais, categorizando
sintomas em síndromes descritivas, as entidades psicopatológicas (esquizofrenia,
hipocondria, etc.). Em segundo lugar a necessidade de descrição de mecanismos etiológicos
para as doenças, que eram referidos então a dois grandes modelos, de um lado uma
perspectiva estritamente organicista, que buscava no nível do funcionamento fisiológico do
corpo as causas das doenças mentais, e por outro lado uma perspectiva psicológica, que
buscava na estrutura do psiquismo e da personalidade os mecanismos causais. Essas
concepções foram responsáveis por duas dicotomias que serão posteriormente criticadas no
desenvolvimento desse campo. A primeira é a oposição entre saúde e doença, em que a
doença é entendida como uma negatividade ou déficit em relação à saúde, não tendo um
sentido em si mesma. Além disso, essa posição traz um foco sobre a doença como objeto da
prática médica, em que o próprio cuidado médico era mais efetivo na categorização e

1
exclusão do que no tratamento dos sintomas e na inserção social dos pacientes. A segunda é
a cisão entre a dimensão corporal e fisiológica da doença e sua dimensão psicológica e
também social, com uma valorização progressiva desse primeiro nível de determinação sobre
os demais.
O desenvolvimento do campo da psicopatologia levou a pelo menos três
desdobramentos. Um primeiro foi o predomínio do modelo psicológico dos anos 1920 até
meados dos anos 1960, momento em que o saber médico esteve aliado com teorias
psicológicas, em especial com a psicanálise, produzindo então o modelo da chamada
psiquiatria psicodinâmica. O segundo foi a crítica generalizada ao modelo psiquiátrico e
também à psicanálise a partir da renovação no campo dos saberes psi voltada por uma
perspectiva mais social e interdisciplinar dos fenômenos mentais, que levaram aos
movimentos antipsiquiátricos e de reforma psiquiátrica que culminaram no que hoje se
chama de modelo da atenção psicossocial que me muitos países, com destaque para o Brasil,
são modelos de referência em política pública. Essa vertente, fortemente calcada em teorias
marxistas, institucionalistas e pós-estruturalistas, traz uma renovação na compreensão do
fenômeno subjetivo, fundamentando-o de forma privilegiada na categoria do vínculo social
e descontruindo constructos psicológicos clássicos como as noções de identidade e
personalidade. Em especial, traz uma crítica generalizada à individualização, psicologização
e patologização dos fenômenos do adoecimento e do sofrimento subjetivo humano, marcando
a posição de uma postura de promoção da saúde e de resgate da condição de cidadania dos
sujeitos. O terceiro modelo veio com o resgate do modelo da psiquiatria organicista a partir
do advento da psicofarmacologia revolucionando o tratamento psiquiátrico e do avanço no
conhecimento das bases neurofisiológicas e anatômicas do funcionamento cerebral, que
levaram ao movimento geral da medicina baseada em evidências e de uma psicopatologia
exclusivamente sindrômica que prescindisse de qualquer constructo psicológico ou teórico
sobre a subjetividade para sustentar a categorização e compreensão dos mecanismos de
produção das doenças mentais. Esse modelo traz a valorização do tratamento medicamentoso
em detrimento de outras estratégias de intervenção que são sempre secundárias. Também
redundou em demandas de sistematização e codificação universal das entidades patológicas
a partir de fundamentos objetivos e parâmetros epidemiológicos verificados a partir de
procedimentos estatísticos, que culminaram nas versões mais recentes dos manuais
diagnósticos em psiquiatria (CID-10, DSM-IV e V).
Os modelos sindrômico e da atenção psicossocial hoje são os dois modelos de
referência na atenção à saúde e se posicionam em geral em franca oposição. Essa discussão
é bem estabelecida e conhecida, justamente na oposição entre a dimensão orgânica e a
psicossocial, entre o enfoque sobre a doença e a promoção da saúde, que levaram inclusive
à passagem geral da terminologia de psicopatologia para saúde mental.

O Lugar da Psicanálise na Psicopatologia Ontem e Hoje


Mas qual o lugar da psicanálise nessa história? Bem, a questão é que a psicanálise,
bem como toda a tradição compreensiva e psicodinâmica em psiquiatria, que eram o cerne
de uma perspectiva psicológica na tradição da psicopatologia, encontra-se marginalizada no
campo dos modelos atuais. É como se na tensão entre o foco na dimensão biológica e o foco
na dimensão social a posição do sujeito psicológico tenha se perdido. Inclusive nesse mérito
há bastante imprecisão e desconhecimento nas críticas que são feitas à tradição psicanalítica.
Por um lado, a perspectiva organicista critica veementemente a psicanálise como
representante de uma tradição pré-científica da psiquiatria, que ainda se pautava em modelos

2
psicológicos e métodos não experimentais, e, portanto, ultrapassada. Por outro lado, a
perspectiva da atenção psicossocial critica a psicanálise por ser representante da tradição
psiquiátrica, com uma visão do psiquismo como entidade dissociada da dimensão social e da
doença como pura negatividade.
A psicopatologia psicanalítica, contudo, embora esteja enraizada na tradição médica,
não se restringe a ela, pelo contrário. A psicanálise, em sua origem, faz uma série de rupturas
epistemológicas com os saberes médico e psicológico, incluindo justamente a concepção
geral de psicopatologia. A psicanálise foi pioneira na desconstrução da dicotomia entre
normal e patológico, ao mostrar que os mecanismos produtores da psicopatologia são
necessariamente os mesmos presentes no desenvolvimento normal da personalidade, sendo
a patologia muito mais uma questão de grau de expressão e de centralidade dos mecanismos
no funcionamento do aparelho psíquico do que de natureza. Além disso, sua concepção
clínica, ao valorizar a dimensão subjetiva e alteritária do vínculo transferencial e da
interpretação, rompe também com a noção de um distanciamento objetivo e observacional
do sujeito do conhecimento em relação ao fenômeno do adoecimento como pura negatividade
e passividade. Portanto, em sua origem a psicanálise rompe com a concepção médica clássica
de doença mental. Em especial, a psicanálise vem valorizar a dimensão histórica na
constituição da estrutura geral do aparelho psíquico a partir da categoria do desejo, em que
sua perspectiva individualizante sobre o sofrimento do analisante tem muito mais a
característica de uma singularização de como na história particular de uma pessoa se produz
um arranjo absolutamente próprio dos diversos níveis de determinação da produção da
doença. Ou seja, a individualização aqui não tem o sentido de um isolamento da dimensão
social ou biológica, mas antes a noção de que a articulação de uma personalidade só pode se
produzir em um processo histórico próprio e singular, que requer uma abordagem clínica
também singularizante e pessoal. Nesse contexto, o sintoma não é entendido como
negatividade, pelo contrário, ele é a expressão positiva dos modos de organização geral do
psiquismo e indicativo dos mecanismos específicos de defesa contra o desprazer e a angústia.
Portanto, mais do que doença como negatividade ou passividade, o adoecimento em
psicanálise é expressão positiva do desejo por meio do sofrimento. Isso quer dizer que mais
do que doença, patologia em psicanálise refere-se ao sofrimento do sujeito diante das
condições do humano. Além disso, o sofrimento é o mobilizador e norteador de todo o
processo psicanalítico, sendo a via mesma de elaboração do desejo e, portanto, de cura.
Assim, as críticas que ainda hoje são feitas à psicanálise em sua concepção de
psicopatologia são em geral equivocadas. Na verdade, a psicanálise é pioneira na crítica ao
modelo psiquiátrico clássico e vem resgatar perspectivas pré-modernas sobre a doença
mental. Na tradição da medicina hipocrática grega, a concepção de doença não é vista como
uma negatividade e também não parte de uma cisão entre somático e psíquico. Doença, do
corpo, da mente e da alma, é expressão de um páthos. Essa palavra originalmente refere-se a
sofrimento, afetação e paixão. Portanto, é da natureza de uma experiência emocional, que
toma o sujeito e é expressão de um desequilíbrio geral de seu funcionamento, e não de uma
doença efeito de uma condição externa ou deficitária do funcionamento normal do sujeito. O
mais importante, contudo, é que essa noção grega de entende que o sofrimento é o próprio
meio de elaboração e de cura, que nesse sentido precisa ser acolhido e trabalhado e não
expurgado ou retirado.
Essa concepção psicanalítica da psicopatologia em sua articulação com o resgate da
noção de páthos encontra respaldo em outras perspectivas compreensivas sobre a
psicopatologia, em especial as tradições do humanismo e da fenomenologia existencial. Essa

3
tradição, contudo, ficou marginalizada a partir das últimas décadas do século XX. Mas
algumas propostas interdisciplinares em psicopatologia surgiram nessa época fazendo essa
articulação a partir do campo da psicanálise como referência central. Uma delas, que
encontrou bastante disseminação no Brasil, foi a da psicopatologia fundamental. Esse termo
e movimento foi cunhado por Pierre Fédida, psiquiatra francês ligado à psicanálise e a
fenomenologia, para resgatar, em oposição a uma perspectiva puramente descritiva, uma
concepção da dimensão mais fundamental do sofrimento psíquico como expressão da
angústia na condição humana de ser um sujeito marcado pelo sentido e pelo desejo. É uma
proposta de abordagem interdisciplinar dos fenômenos da psicopatologia, integrando
filosofia, humanidades, medicina, psicologia, psicanálise e ciências sociais, tendo como
referência central justamente o resgate da concepção de grega de páthos como fundamento
da subjetividade. Outros modelos interdisciplinares de psicopatologia na atualidade também
compartilham dessas ideias gerais, em que se destacam as referências à psicanálise. Do
mesmo modo a própria psicanálise, em sua discussão psicopatológica tende a ter um olhar
mais interdisciplinar e integrativo fazendo esse tipo de convergência que estamos
assinalando. De todo modo, essas concepções e propostas mostram como o campo da
discussão da psicopatologia em psicanálise é bastante original, rico e vivo, podendo consistir
em um modelo alternativo aos outros dois modelos hegemônicos da atualidade.
A grande originalidade e importância de um olhar dos modelos de psicopatologia
psicanalítica é justamente o resgate dessa dimensão histórica e singularizante sobre o sentido
que se constitui em um sujeito em particular. Entendemos que esta é uma posição importante
de resistência contra o modelo organicista, que em sua objetividade e universalidade
naturalizante obviamente não tem abertura à dimensão histórica e singularizante do
sofrimento psíquico dos sujeitos. Mas também é uma alternativa importante ao modelo da
atenção psicossocial, que embora resgate a dimensão subjetiva e histórica, o faz em um
âmbito social mais amplo, onde a condição de cidadania e, portanto, de sujeito de direito, é
o foco. O que ser perde em ambos os modelos e a dimensão histórica de um sujeito do
inconsciente, marcado pela passividade de ser habitado e mobilizado por um desejo que lhe
escapa como uma marca alteritária fundamental e radical. Por isso, propomos que a
psicopatologia psicanalítica possa ter um lugar fundamental nas discussões sobre o campo
da psicopatologia, como uma posição de resistência da medicalização do social, mas também
como resgate da noção de sofrimento como fundamento da singularidade do sujeito.
Curiosamente, o âmbito geral das críticas ao discurso psicopatológico refletiu sobre
o campo psicanalítico, de forma que também em psicanálise se tende hoje a desvalorizar o
recurso a categorias psicopatológicas. Quer seja na vertente das relações de objeto, quer seja
na vertente das teorias lacanianas, a noção de uma estrutura subjetiva, de personalidade ou
clínica, tendeu a ser descontruída em função de uma perspectiva mais fluída de como essas
dinâmicas se organizam. Desse modo, se fala mais na alternância de posições subjetivas ou
na amarração singular do encadeamento de sentidos em um sujeito em particular do que as
grandes categorias estruturais da psicopatologia psicanalítica, como psicose, neurose e
perversão. De todo modo, essa relativização vem no esteio de um desenvolvimento intrínseco
da psicopatologia psicanalítica, trazendo justamente uma ampliação para considerar a
complexidade dos fenômenos e processos em jogo, o que quer dizer que a noção geral da
psicopatologia como um nível necessário da teorização em psicanálise não foi descartada.
É nesse sentido que para a prática do psicanalista a psicopatologia ainda comparece
como um operador teórico-conceitual fundamental para a prática clínica. Em suas diversas
acepções, mais ou menos estruturais, ela fornece um esquema referencial necessário para

4
balizar a escuta como categoria geral de compreensão da lógica de funcionamento dos
processos subjetivos. Ela não deve ser usada de forma rígida ou como um mero rótulo
descritivo, mas como modelos mais específicos de compreensão do funcionamento dos
mecanismos subjetivos, delineando estilos de desejar e sofrer que são úteis para desenvolver
hipóteses e também para, a partir delas conduzir o tratamento. Por conta disso, ela continua
fundamental na avaliação, diagnóstico e condução dos casos clínicos em sua singularidade,
além de ser, como modelo geral, uma posição de resistência e originalidade em relação às
concepções hegemônicas na atenção à saúde mental na atualidade. Nesse sentido, apesar do
que costuma parecer, defendemos que a psicopatologia psicanalítica é extremamente atual e
pertinente.

A Estrutura da Psicopatologia Psicanalítica e seus Modelos


Mas em que bases essa psicopatologia psicanalítica se estrutura? A psicopatologia
consiste em um dos níveis necessários de teorização em psicanálise, em articulação à
metapsicologia, à teoria do desenvolvimento e à teoria da técnica. Trata da compreensão dos
parâmetros gerais de normalidade e de patologia segundo o olhar psicanalítico, bem como da
esquematização das diferentes saídas e resoluções possíveis dos conflitos e processos ao
longo do plano geral de desenvolvimento da personalidade, assentada nos destinos pulsionais
e na psicodinâmica dos conflitos entre fantasias e defesas, tendo no Complexo de Édipo seu
ponto de convergência e de definição estrutural. Portanto, trata das configurações específicas
que se estruturam a partir dos diversos pontos de fixação ao longo do desenvolvimento
psicossexual.
Diferentemente de um olhar puramente sintomatológico ou sindrômico como na
psicopatologia psiquiátrica, a perspectiva psicanalítica toma o sintoma como a expressão de
um sentido latente que remete à personalidade e aos conflitos que a estruturam. Nesse
sentido, a descrição sintomatológica é apena sum primeiro nível de apreciação dos quadros
psicopatológicos, sendo insuficiente para a caracterização e compreensão diagnóstica. Esses
sintomas precisam ser interpretados e referidos a um quadro geral de hipóteses que se
desdobram em dois níveis. Um primeiro trata da psicodinâmica dos conflitos predominantes,
ou seja, as fantasias, identificações, angústias, defesas que estão em jogo na produção dos
sintomas e dão a tônica do funcionamento do sujeito. Esse nível dinâmico de análise e
caracterização vem subsidiar uma hipótese sobre a estrutura geral da personalidade, baseada
no plano geral do desenvolvimento psicossexual. Isso porque as constelações de angústias,
defesas e fantasias podem ser referidas a fases específicas do desenvolvimento. Além disso,
a ênfase sobre o nível dinâmico ou estrutural na caracterização implica duas possibilidades
de abordagem da psicopatologia, uma que privilegia o aspecto genético e histórico da
dinâmica dos conflitos e outra que privilegia o aspecto estrutural de uma lógica geral de
articulação do desejo. Esses níveis e abordagens estão esquematizados no quadro abaixo.

5
Quadro 1: níveis de descrição e perspectivas genéticas em psicopatologia psicanalítica.
Nesse sentido, do ponto de vista mais geral, básico e clássico da teoria psicanalítica,
entende-se que as diferentes psicopatologias estão centradas nos pontos de fixação e
regressão das fases da libido, a partir da resolução do complexo de Édipo na infância e de
sua revivência na adolescência. É nesse sentido que na psicanálise freudiana se estabeleceu
o esquema clássico e didático de relação entre pontos de fixação em fases da libido e tipos
de psicopatologia, em que se estabeleciam as seguintes relações: fase oral (incorporativa e
sádica) – psicoses esquizofrênicas; fase anal sádica - psicoses paranoicas; fase anal retentiva
– neuroses obsessivas; fase fálica – neuroses histéricas. Este esquema geral inicial é um
pouco datado e insuficiente, mas dá uma ideia da tônica geral da lógica da psicopatologia
psicanalítica, em que as neuroses estão firmemente relacionadas à constelação de fantasias e
defesas do Complexo de Édipo e as psicoses se colocam como um contraponto à neurose,
relacionadas às fases mais iniciais do desenvolvimento, em geral no âmbito da oralidade.
De fato, é a partir do balizamento dessas duas categorias que a psicopatologia
psicanalítica irá se organizar, assimilando as características gerais definidoras dessas duas
entidades na psiquiatria, ou seja, a ideia de que na neurose haveria um vínculo com a
realidade e um ego íntegro, que funcionaria em geral em um regime racional de simbolização,
em oposição à psicose em que o vínculo com a realidade e a integridade do ego estariam
prejudicados de forma mais originária, de forma que o funcionamento geral do psiquismo
operaria com simbolizações mais concretas e irracionais.
O problema é que de início Freud circunscreve e desenvolve uma teoria das neuroses,
que permanece sendo a referência central ao longo de sua obra, como matriz clínica e também
como saída paradigmática do complexo de Édipo. Apesar de na sequência de sua obra o autor
ter ao final ampliado o escopo dos seus modelos psicopatológicos, não há uma nosografia
plenamente sistematizada em Freud. Na neurose, o ponto de fixação seriam as fantasias de
cunho fálico-genital e a resolução edípica envolveria a instauração do mecanismo de defesa
do recalque e a identificação com a imago paterna para constituição de um superego. A
mobilização defensiva estaria organizada em torno de uma sinalização pela angústia de
castração e pelo sentimento de culpa. Desse modo, haveria a constituição de uma estrutura
da personalidade em que haveria uma diferenciação clara entre ego, id e superego e destes
em relação a realidade. Nessa configuração, o conflito fundamental seria entre o ego e o id,
já que o ego teria suplantado as fantasias edípicas para fazer um vínculo com a realidade

6
compartilhada socialmente, por meio da internalização de suas regras morais no superego.
Nesse nível de funcionamento, se instauraria uma plena diferenciação da realidade, pautada
por relações de objeto propriamente ditas ou anaclíticas e haveria a instauração de uma
simbolização que operaria em um nível de abstração e metaforização ordenada pelas
representações de palavra. Esse seria o modelo geral da categoria das neuroses de
transferência, em que se diferenciariam dois subtipos, o histérico e o obsessivo, que teriam
variações nos mecanismos de defesa secundários (conversão e angústia neurótica ou
isolamento, formação reativa e deslocamento) e na qualidade afetiva predominante das
fantasias (eróticas e genitais ou sádicas e anais).
A caracterização psicopatológica das neuroses foi bem estabelecida por Freud e
perdura em linhas gerais até a psicanálise contemporânea. A questão que ficou em aberto foi
a caracterização das psicoses e dos quadros entre essas duas polaridades. De início o autor
distinguiu dentro do campo das psicopatologias de alçada da psicanálise, em que a noção de
defesa seria o articulador principal, a categoria das neuroses de transferência, de todo o resto
dos quadros psicopatológicos, denominando-os de neuroses narcísicas, em que as relações
de objeto seriam ainda do tipo narcísico e que, portanto, não haveria se alcançado uma plena
diferenciação entre eu e realidade. Nesses quadros a dinâmica da transferência clássica não
se instauraria e o trabalho interpretativo seria prejudicado, inviabilizando o tratamento
psicanalítico. Não obstante, os psicanalistas, incluindo o próprio Freud, avançaram na
consideração desses casos, o que levou, no final da obra a algumas diferenciações. A mais
consistente delas foi a caracterização da psicose em oposição à neurose.
Nas psicoses, a saída do complexo de Édipo envolveria uma aliança entre o id e o
ego, pois este não abriria mão das suas fantasias edípicas e teria de negar a realidade em sua
dimensão moral e castradora. Para isso, lançaria mão de um outro mecanismo de defesa
primário, a recusa da realidade, e com isso permaneceria em um regime narcísico de relação
com os objetos, fixado em fantasias orais. O delírio e a alucinação seriam formas de
reconstruir um vínculo irracional com a realidade, por meio de simbolizações concretas, em
que as palavras funcionariam como representações de objeto. Nesses casos, o inconsciente
seria antes da ordem da permanência de formas de pensamento em processo primário na
consciência do que na repressão de fantasias para outro lugar no aparelho psíquico e o retorno
do excluído viria sobretudo da realidade e não do id. Embora tenha avançado bastante nessa
caracterização, ela não é completa, pois não chega a especificar propriamente o mecanismo
primário da psicose, a recusa é antes uma noção geral, que se aplicaria inclusive também no
caso das perversões e não se diferenciaria completamente de outros mecanismos
reconhecidos na psicose, principalmente a dissociação ou cisão do ego. De qualquer forma,
trilhou-se um caminho suficientemente consistente para que autores pós-freudianos como
Klein e Lacan viessem, com ênfases diferenciadas, consolidar uma teoria psicanalítica das
psicoses.
Desse modo, configurou-se então a polaridade entre neurose e psicose que orienta e
baliza o campo da psicopatologia psicanalítica até hoje. É também ponto pacífico que essas
saídas configuram estruturas claramente diferenciadas, com mecanismos, fantasias, angústias
e sintomas característicos, de forma que se mostram arranjos suficientemente estáveis em seu
modo de funcionamento e, por conta disso, permitem definir de forma mais clara um
diagnóstico e prognóstico. Isso faz com que alguns autores considerem essas constelações as
duas estruturas verdadeiras ou pelo menos os arranjos psicodinâmicos fundamentais que
organizam a personalidade.

7
O grande problema para a psicopatologia psicanalítica desde Freud é sistematizar e
compreender o que há entre a neurose e a psicose. Nas indicações freudianas, há pelo menos
mais duas categorias a serem consideradas. A primeira é a da melancolia, em que uma
dinâmica de identificação narcísica por conta de uma impossibilidade de elaboração do luto
frente ao objeto primário levaria a formação de uma dinâmica masoquista do eu com os seus
componentes ideais. Embora na tradição psiquiátrica a melancolia se relacione ao campo da
psicose, principalmente em sua articulação a sintomas maníacos, Freud, no final da obra
marca uma diferenciação clara entre as psicoses e as melancolias, caracterizando estas
últimas como as verdadeiras neuroses narcísicas. Assim, no esquema didático que propõe,
nas melancolias o conflito fundamental seria agora entre o ego e o componente ideal do
superego. Então haveria uma diferenciação da realidade e a instauração de um ideal de ego,
mas este não seria plenamente diferenciado do eu e sua dinâmica seria marcada por uma
angústia que não seria exatamente a de castração, mas a de luto pela perda do objeto amado,
com dinâmicas de autorecriminação e esvaziamento psíquico que expressam uma dinâmica
mais arcaica do masoquismo. No entanto, Freud não deixa claro que ponto de fixação e que
mecanismo de defesa primário estariam em jogo nessas circunstâncias.
A segunda categoria é a das perversões, que no final da obra freudiana sai do lugar
de um contraponto genérico à culpa neurótica na afirmação do caráter polimórfico originário
da sexualidade (“a neurose como o negativo da perversão”) para vir a constituir um modelo
específico de saída e resolução do conflito edípico. Isso é feito por meio da interpretação que
é desenvolvida para o mecanismo de formação do objeto fetiche nas perversões sexuais de
cunho fetichista. No fetichismo, a incidência da angústia de castração na conflitiva edípica
viria a produzir uma cisão do ego que passaria a funcionar em um duplo registro: um que
reconhece a castração e outro que a desconhece, um que opera segundo o recalque e outro
que opera segundo a recusa. Daí decorreria que o perverso abriria mão da fantasia edípica e
conseguiria fazer um vínculo com a realidade e alçar a simbolização em regime de relação
de objeto e de representações de palavra. Mas, por outro lado, manteria em sua economia
libidinal a possibilidade de realização da fantasia edípica por meio do objeto fetiche. O objeto
fetiche seria o substituto do falo materno, representando a realização da satisfação incestuosa.
Desse modo, por meio do objeto fetiche, o sujeito alcançaria a condição de transgressão do
limite imposto pela castração e manteria um nível fundamental de relação de objeto narcísica.
Contudo, Freud não chega a indicar a diferenciação clara da recusa em jogo nas psicoses e
nas perversões, para estabelecer mecanismos de defesa primários distintos para essas duas
constelações psicopatológicas. Também não especifica a diferenciação desse regime
narcísico de relação com o ideal do ego e os objetos da configuração de fantasias e defesas
que se dá na melancolia. Além disso, não chega a mencionar a localização das perversões no
esquema geral das relações dependentes e conflituosas entre as instâncias psíquicas da
segunda tópica, de forma que se pode apenas insinuar que as perversões também
constituiriam neuroses narcísicas, em oposição às psicoses e às neuroses.
Foi nesse campo aberto de possibilidades que se instauram dois encaminhamentos no
tratamento das categorias psicopatológicas em psicanálise. Na tradição kleiniana, a ênfase
em dinâmicas pré-genitais da libido deslocou a ênfase do referencial edípico e paterno para
o plano da relação com o objeto materno. Klein propôs a teoria das posições, calcada nas
constelações esquizo-paranóide e depressiva, trazendo a dinâmica dos processos psicóticos e
melancólicos para o primeiro plano. Nesse sentido, trouxe contribuições valiosas na
discriminação de defesas, angústias e fantasias nesses níveis de funcionamento e
desenvolvimento da personalidade, contribuindo especialmente para a definição das

8
angústias psicóticas (fragmentação, dissociação e perseguição) e melancólicas (depressão e
luto), mostrando uma lógica de desenvolvimento que opera em uma dinâmica de alternância
ou passagens entre essas duas constelações fundamentais. Por conta disso, nessa perspectiva
o enfoque psicopatológico é mais psicodinâmico do que estrutural e as perversões não têm
um estatuto próprio, sendo entendidas como formas de saída maníacas para evitar a regressão
a estados psicóticos.
Já na tradição lacaniana, o encaminhamento foi o de resgatar a centralidade do
complexo de Édipo e da angústia de castração na constituição da personalidade, ainda que
trazendo uma caracterização importante da dinâmica do narcisismo articulada a ele, por meio
da proposição de um modelo geral de desenvolvimento calcado nos três tempos do Édipo.
Nesse esquema, o narcisismo primário está ligado à constituição imaginária do eu no reflexo
narcísico oferecido pela função materna (segundo o modelo do “estágio do espelho”). O
narcisismo secundário, por sua vez, está ligado à constituição de um ideal de eu e à
identificação com o falo materno como forma de satisfação narcísica. Por fim, o Édipo
propriamente dito está ligado à triangulação relacional, à angústia de castração, à instauração
do recalque e da identificação à imago paterna, etc. Na resolução do Complexo de Édipo a
incidência da angústia de castração resulta em saídas defensivas diferenciadas, que virão
estabelecer lógicas de simbolização distintas, articuladas então a esses pontos de articulação
subjetiva. O recalque instauraria uma estrutura neurótica, regulada pelo supereu e calcada
plenamente no registro do simbólico. Já no âmbito das saídas narcísicas, o registro
predominante seria o do imaginário. Aí Lacan vem diferenciar entre duas facetas do
mecanismo de recusa insinuado por Freud: a foraclusão como o mecanismo de defesa
primário das psicoses e a denegação como mecanismo de defesa primário das perversões.
Nessa perspectiva, as perversões são compreendidas como uma estrutura própria e
legítima, que se diferencia claramente da neurose e da psicose, tendo como paradigma o
modelo do fetichismo. Já a melancolia perde a sua especificidade e é desvinculada de uma
relação mais estreita com os sintomas maníacos, passando a ser entendida como um subtipo
dentro da estrutura psicótica. Além disso, o enfoque aqui é mais propriamente estrutural, pois
se entende que as saídas configuram lógicas de articulação desejante distintas e fixas.
Desse modo, percebe-se que as duas tradições traçam caminhos relativamente
diferenciados em sua teorização psicopatológica, não só pela tônica geral da abordagem, que
no caso kleiniano é dinâmica e no lacaniano é estrutural, como pela ênfase na categoria que
é alçada à condição de modelo paradigmático para articular esse espaço intermediário: no
primeiro é a melancolia e no segundo é a perversão. Todavia, por meio de encaminhamentos
distintos, pode-se afirmar que essas tradições vêm completar o quadro geral da psicopatologia
psicanalítica que fora anunciado por Freud, permitindo então pensar em modelos clássicos
que passam a orientar o campo.
Na psicanálise contemporânea, contudo, tem-se operado algumas transformações
nesses esquemas clássicos. Em primeiro lugar por conta da configuração das chamadas novas
psicopatologias e formas de sofrimento psíquico, que vem trazer novos aportes
sintomatológicos e também de interpretação dos conflitos estruturantes da dinâmica da
personalidade. Isso tem a ver com os aportes das doenças psicossomáticas, das patologias do
ato e do corpo, além de variações na modulação da afetividade que marcam os quadros
contemporâneos e resgatam a questão do que há entre neurose e psicose ou mesmo na
desconstrução dessas duas balizas fundamentais. Nesse sentido, a noção de borderline ganha
destaque e relevância. Mas, em segundo lugar, tem a ver também com a característica da
psicanálise contemporânea em sua interdisciplinaridade e permeabilidade pós-escolas de

9
buscar o diálogo e interlocução entre as tradições clássicas para construir novos e mais
amplos quadros de referência teórica.
Nesse sentido, um modelo que se destaca, por promover uma integração consistente
e interessante dessas tradições é o de Jean Bergeret. Esse psiquiatra e psicanalista francês
desenvolveu a partir dos anos 1970 uma sistematização do desenvolvimento da personalidade
normal e patológica que passou a ser referência em psicopatologia psicanalítica. Sua
concepção de desenvolvimento é calcada na noção de trauma desarticulador como
mobilizador de uma concepção psicopatológica específica. Defende que há apenas duas
estruturas verdadeiras, porque calcadas em defesas homogêneas e consistentes que permitem
a estruturação de um quadro estável de funcionamento da personalidade. As estruturas
neuróticas e psicóticas estariam calcadas nos parâmetros clássicos: a neurose referida a
constelação edípica, ao recalque e à angústia de castração, com subtipos histérico e obsessivo;
a psicose referida ao narcisismo primário, à recusa da realidade e dissociação do ego, bem
como à angústia de fragmentação e perseguição. Essas estruturas poderiam estar
compensadas e estabilizadas, implicando em condições de relativa normalidade, ou
descompensadas, configurando propriamente um quadro patológico.
Já no espaço intermediário haveria uma multiplicidade de defesas, angústias e
dinâmicas possíveis para lidar com o conflito estruturante centrado no narcisismo secundário
e na angústia pela perda do objeto primário. Por conta disso, esses quadros configurariam
antes organizações do que estruturas, pois são mais lábeis e inconsistentes, não chegando a
uma compensação estável. Além disso, são suficientemente múltiplos e lábeis para constituir
em quadros oscilantes e transitivos de funcionamento, portanto a noção de que estão no limite
entre normalidade e patologia e também entre neurose e psicose. Disso decorre sua
denominação de organizações limítrofes. Nessa ampla gama de configurações, situam-se: as
melancolias e depressões; perversões, adicções e patologias do ato; além das personalidades
narcísicas e borderline. Bergeret inclusive propõe algumas denominações novas, além de
indicar as doenças psicossomáticas como uma derivação específica diante dos traumas
desarticuladores precoces, mas o que interessa em uma perspectiva mais geral é que ele faz
uma grande síntese do que há entre neurose e psicose sob a denominação de organizações
limítrofes e centra sua problemática comum na angústia pela perda do objeto narcísico.
Portanto, é um autor que vem afirmar, sob um enfoque estrutural, a centralidade do modelo
da melancolia para pensar a problemática narcísica. Além disso, vem conciliar sob um
mesmo quadro de referências as principais contribuições das grandes tradições psicanalíticas
de Freud, Klein e Lacan. O quadro abaixo sintetiza de forma esquemática alguns dos modelos
gerais da psicopatologia psicanalítica que trabalhamos.

Quadro 2: comparação de categorias nos modelos em psicopatologia psicanalítica.

10
O modelo de Bergeret é bastante útil para a clínica contemporânea, sendo um ponto
de chegada consistente desse longo percurso de teorização no campo psicanalítico,
contemplando além dos quadros clássicos também as novas psicopatologias. Sobretudo é um
quadro de referência importante para a prática clínica diária, na medida em que organiza as
constelações estruturais e a dinâmica dos conflitos fundamentais que articulam e configuram
o desejo e o sofrimento psíquico dos sujeitos. Conhecê-lo bem ajuda a reconhecer certas
dinâmicas e estabelecer mais facilmente hipóteses norteadores do trabalho interpretativo e
das construções sobre o caso. Também viabiliza parâmetros diagnósticos importantes para a
avaliação da conduta e do manejo, já que se entende em psicanálise que as diferentes
constelações psicopatológicas requerem técnicas e enquadres diferenciados. Principalmente,
é um modelo que toma como aspecto mobilizador central da estruturação da personalidade a
qualidade da angústia que mobiliza o conflito, o que permite, para além do olhar metódico e
racionalizador que normalmente marca os esforços codificadores e sistematizadores da
tradição psicopatológica, um contato mais intuitivo e empático com o sentido afetivo que
mobiliza o outro que nos busca e nos demanda em análise. Nesse sentido, é um modelo que
está bem articulado à noção fundamental de páthos que defendo como uma marca distintiva
e necessária da psicopatologia psicanalítica na contemporaneidade.

Bibliografia Indicada
Bergeret, J. et. al. (2006). Psicopatologia: teoria e clínica. 9. ed. Porto Alegre: Artmed.
Berlinck, M. T. (2001) Psicopatologia Fundamental. São Paulo: Escuta.
Birman, J. (2001) Mal-estar na atualidade: a psicanálise e as novas formas de subjetivação.
2. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Birman, J. (1991). A constituição da clínica psicanalítica. In J. Birman, Freud e a
interpretação psicanalítica. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1991, p. 135-166.
Birman, J. (2006). A psicanálise e a crítica da modernidade. In J. Birman, Arquivos do mal-
estar e da resistência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, p. 33-56.
Magalhães, M. C. R. (Org.) (2001), Psicofarmacologia e psicanálise. São Paulo: Escuta.
Dor, J. (1991). Estruturas e clínica psicanalítica. Rio de Janeiro: Taurus-Timbre.
Fédida, P. (1999) Depressão. São Paulo: Escuta.
Freud, S. (1917). Luto e melancolia. In: Edição Standard Brasileira (ESB). v. XIV.
Freud, S. (1923). Neurose e Psicose. ESB v. XIX.
Freud, S. (1924). A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose. ESB v. XIX.
Freud, S. (1927). Fetichismo. ESB v. XIX.
Foucault, M. (1978). História da loucura. São Paulo: Perspectiva.
Laplanche, J.; Pontalis, J.-B. (1998). Vocabulário da psicanálise. (4. ed.). São Paulo: Martins
Fontes.
Mezan, R. (2014). O tronco e os ramos: estudos de história da psicanálise. São Paulo:
Companhia das Letras.
Violante, M. L. V. (org.) (2001). O (im)possível diálogo psicanálise e psiquiatria. São Paulo:
Via Lettera.
Vaisberg,T. M. J. A.; Machado, M. C. L. M. (1999). Diagnóstico estrutural de personalidade
em psicopatologia psicanalítica. Psicologia USP 11(1): 29-48.

11

S-ar putea să vă placă și