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RESUMO
INTRODUÇÃO
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XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012
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conteúdo deste trabalho visa promover a reflexão sobre este aspecto da linguagem
presente na educação das crianças, além de abordar a importância e as possibilidades de
trabalhar a linguagem oral através da Literatura Infantil.
A escolha do tema abordado neste trabalho surgiu a partir do
reconhecimento da importância de promover situações significativas para as crianças,
de modo a desencadear o desenvolvimento da oralidade. Para isso, é necessário que, ao
ouvir uma história, a criança sinta-se parte dela e tenha oportunidade de falar.O que é
relatado neste artigo é resultado, portanto, do diálogo entre as crianças e a literatura, em
forma de narrativas que durante a pesquisa foram transcritas e analisadas.
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importância muito grande para a criança: faz com que ela se sinta importante, sinta que
alguma coisa está sendo feita especialmente para ela”.
Ao desenvolver sua linguagem oral, a criança organiza seu pensamento e
aprende a realizar tarefas do cotidiano. Vygotsky, na visão de Rego, diz que (1995, p.
63) “[...] a linguagem habilita as crianças a providenciarem instrumentos auxiliares na
solução de tarefas difíceis, a superarem a ação impulsiva, a planejarem a solução para
um problema antes de sua execução e a controlarem seu próprio comportamento”.
Segundo Vygotsky (apud Rego, 1995, p. 57) “[...] a mente da criança
contém todos os estágios do futuro desenvolvimento intelectual: eles existem já na sua
forma completa, esperando o momento adequado para emergir”. Apoiado nessa ideia,
ele atribui uma grande importância ao papel da interação social no desenvolvimento
humano. Ouvir histórias não só é uma forma de interação social, como também é um
estímulo para que os estágios de desenvolvimento da sua linguagem aconteçam. Para
ele, de acordo com Rego (1995, p. 63), “[...] signos e palavras constituem para as
crianças, primeiro e acima de tudo, um meio de contato social com outras pessoas”.
Nesse estágio, Vygotsky diz que a fala é global e ainda não é utilizada como
instrumento do pensamento. Aos poucos é que a criança atinge a função planejadora da
fala, onde ela usa a linguagem para planejar uma ação futura.
A Literatura Infantil é um instrumento para estimular a imaginação e a
criatividade da criança, na medida em que promove situações para isso, como a
brincadeira do faz de conta, demonstrando cenas de uma história contada, ou o ato de
brincar espontaneamente. Na visão de Vygotsky (1984, p.110):
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destaca a visão de Vygotsky quando expõe que “a interação com membros mais
maduros da cultura, que já dispõem de uma linguagem estruturada, é que vai provocar
um salto qualitativo para o pensamento verbal”. Dessa maneira, cabe ao professor
promover situações onde a criança possa interagir com ele, que já tem uma linguagem
estruturada para que ela vá desenvolvendo a sua também. E a Literatura Infantil pode
ajudá-lo nesse aspecto, já que cada livro suscita linguagens diversificadas.
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fantoches, figuras com sequência de cenas, como também cantigas populares, parlendas
e poesias, havendo grande interesse das crianças por estas atividades.
Percebe-se, portanto, que existem vários caminhos e possibilidades para se
trabalhar a linguagem oral com crianças utilizando a Literatura Infantil, de maneira a
proporcionar as mesmas a construção de suas identidades da forma mais rica possível,
tornando assim a Educação Infantil um espaço de vivências sócio- culturais, onde as
crianças se sintam à vontade para viajar no imaginário e construir conhecimento.
No uso da Literatura Infantil há várias atividades que podem envolver
poesias, canções, gravuras. E, no caso específico deste artigo, foi analisada a contação
de histórias, em que o papel da professora é fundamental para a interação e a
participação da criança. Brandão e Rosa (2010, p. 45) explanam sobre isso dizendo que
“Recomenda-se, portanto que a professora assuma seu papel de mediadora, criando uma
situação de diálogo em que as crianças sejam realmente ouvidas, assegurando-se de que
a roda de história seja, de fato, um encontro entre leitores”.
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histórias escritas. Surge o prazer de também criar histórias, seja a nível familiar ou
escolar, com pretensão literária ou não”.
Para que as crianças sejam boas narradoras elas precisam vivenciar a prática
da narração de histórias, na escola ou em casa. Se a professora ou os pais têm o hábito
de contar histórias a elas, certamente terão mais chances de desenvolver esse hábito e
consequentemente desenvolverão melhor também a linguagem oral de forma mais
prática e prazerosa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi; ROSA, Ester Calland de Sousa (orgs.). Ler e
escrever na Educação Infantil: discutindo práticas pedagógicas. Belo Horizonte, MG:
Autêntica Editora, 2010.
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FARIA, Ana Lúcia Goulart de; MELLO, Suely Amaral (orgs.). Linguagens Infantis:
outras formas de leitura. 2º ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2009.
JOSÉ, Elias. Literatura infantil: ler, contar e encantar crianças. Porto Alegre:
Mediação, 2007.
SOUZA, Ana A. Arguelho de. Literatura infantil na escola: a leitura em sala de aula.
Campinas, SP: Autores Associados, 2010.
ZILBERMAN, Regina. Literatura Infantil na Escola. 10ª ed. São Paulo: Editora
Global, 1998.
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