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Tudo sobre o

maior conflito

da história de

Tormenta

A Guerra
Artoniana
Texto: Guilherme Dei Svaldi
Arte: Ricardo Mango e Samuel Marcelino
A Guerra Artoniana é a principal trama recrutando aliados e, claro, lutando em batalhas.
da Guilda do Macaco, a mesa oficial de Tor- Recentemente, por exemplo, os heróis conseguiram
menta que eu e os outros autores do cenário convencer os magos de Wynlla a se envolverem e
jogamos no canal da Dragão Brasil no Twitch ajudarem o Reinado. Uma vitória importante, mas
(e cujas recapitulações você acompanha aqui que vai apenas equilibrar as coisas, uma vez que

C
omo todos sabem, Arton é um mundo de pro- Portsmouth já havia se aliado com Yuden!
blemas. Que muitos desses problemas envolvem na revista, na seção “Anteriormente...”).
batalhas também não é nenhuma novidade. Mas As primeiras aventuras da Guilda, ocorridas em Ainda há muito a se desenrolar nessa história.
um conflito abrangendo todo o Reinado — e além — é 2016, envolveram os Puristas tomando o poder em E, com esta matéria, seu grupo poderá participar
algo especial, mesmo para os padrões artonianos. Yuden. Lá pelo episódio 30, já em 2017, os vilões desses eventos. A seguir, trazemos informações so-
conseguiram se livrar de Shivara, desestabilizando bre as facções participantes, o estado dos fronts, a
Tal conflito é a Guerra Artoniana. Começou em situação política e diplomática, a posições de figuras
o Reinado e abrindo caminho para atacá-lo aber-
1412, quando os Puristas tomaram o poder em Yuden e importantes e mais. Use essas informações para levar
tamente. De fato, pouco depois, no episódio 35, a
declararam guerra ao Reinado e, após meses de conflitos, a guerra à sua mesa. Os deuses sabem que o Reinado
guerra efetivamente começou. Desde então, o grupo
segue sem perspectiva de paz ou mesmo trégua. Pelo têm estado ocupado impedindo os planos Puristas, precisa de todo a ajuda possível!
contrário! A cada dia, as chamas do conflito se alastram
mais e mais e, neste ritmo, em breve todo o mundo de
Arton será engolfado.
Nas capitais diplomatas traçam acordos, enquanto
nas fronteiras generais preparam suas tropas. Nos er-
• As Forças Militares de Arton •
mos, monstros são expulsos de seus lares pela marcha Os exércitos artonianos são estruturados guerreiros. Na prática, o que faz de uma pessoa
dos exércitos, despejando sua fúria sobre aldeões in- basicamente de duas maneiras: feudal e pro- um nobre é justamente sua capacidade marcial!
defesos. Guildas de mercadores vendem armas e supri- fissional. A seguir, analisamos as duas. Um guerreiro poderoso, mesmo que não pertença
mentos para quem pagar mais — enquanto guildas de a uma linhagem, pode conquistar território, con-
vocar camponeses para trabalhar a terra e cobrar
ladrões fazem o mesmo com segredos e serviços escu-
sos. Em seus covis, vilões calculam como se aproveitar Exércitos feudais impostos deles. Ao fazer isso, na prática se tornará
do caos para avançar seus planos maléficos. E, acima de A forma de organização mais comum, usada um nobre. De fato, muitas famílias aristocráticas
tudo, o Panteão observa. De Marah, vertendo por quase todas as nações do Reinado. Exércitos do Reinado começaram assim...
lágrimas, a Keenn, que apenas gargalha e feudais consistem de guerreiros nobres (ou cava- Assim, a base do exército feudal é o guerreiro
se fortalece, nenhum deus está isento. leiros), guardas e plebeus recrutados. Para saber nobre, ou cavaleiro. E ele normalmente é um bom
mais, é preciso entender como funciona a socieda- combatente, por dois motivos. Para começar, por
Com tudo isso, é claro que sua
de feudal de Arton. não precisar trabalhar (lembre-se: seu sustento é
mesa não vai ficar de fora.
Nas sociedades feudais artonianas, os campo- fornecido pelos camponeses), pode se dedicar inte-
neses trabalham a terra, dando parte de sua pro- gralmente às armas — é comum que filhos e filhas
dução para os nobres na forma de impostos. Em de nobres humanos comecem a treinar aos sete anos.
troca, os nobres protegem os camponeses. Por esse Em termos de regra, possuem níveis de guerreiro
motivo, a maior parte dos senhores de terras são (ou outras classes combatentes, como paladino,

72 73
cavaleiro, etc.). Além disso, um nobre pode usar
seu ouro para comprar equipamentos diferenciados
A única força dos camponeses está na quantidade.
Alguns nobres convocam seus camponeses para Exércitos E os aventureiros?
— um cavalo de guerra, armadura completa, uma
espada obra-prima ou até mesmo de adamante —,
treinos eventuais no pátio do castelo ou num campo
perto da vila, e fornecem equipamento básico (cor- profissionais Guardas e soldados são capacitados para
lidar com problemas comuns, como bandidos
aos quais pessoas comuns não têm acesso. Esses dois seletes de couro e lanças) durante o recrutamento. Esse tipo de exército é formado por militares
e hordas invasoras. Entretanto, monstros, feiti-
fatores fazem com que cavaleiros consigam lidar Mas isso não é comum, e mesmo em feudos em que profissionais, ou seja, que têm na guerra seu ofício.
ceiros malignos e outras ameaças mais “exoté-
com quase todos os problemas comuns que aflijam acontece, o treinamento será rudimentar — afinal, Compare: em um exército feudal, o cavaleiro luta
ricas” fogem da alçada deles. Para isso existem
seus domínios — bandidos, salteadores, a eventual ao contrário dos nobres, os camponeses precisam por um dever para com seu povo; seus guardas lu-
grupos de aventureiros. Por outro lado, mesmo
alcateia de lobos famintos, etc. trabalhar! Em termos de regras, camponeses com tam porque são jurados a ele, e os camponeses lutam
heróis poderosos têm dificuldade em lidar com
Por mais valentes que guerreiros nobres sejam, treinamento podem ter um talento de combate apenas quando são recrutados. Já em um exército
ameaças muito numerosas, pelo simples fato
eles simplesmente não podem estar em todos os (normalmente, Usar Arma Marcial, Foco em Arma profissional, os militares servem em tempo integral, de não poderem estar em mais de um lugar ao
lugares ao mesmo tempo. Por isso, usam parte da ou Vitalidade). mesmo em épocas de paz. mesmo tempo.
riqueza gerada pelos impostos para sustentar uma Como nota final, feudos maiores e/ou ricos Essa forma de organização é rara, vista em Assim, exércitos e grupos de aventureiros
guarnição. Tais guardas podem se dedicar inte- podem sustentar outros cavaleiros, além do próprio poucos reinos. Pode parecer estranho que exércitos coexistem, cada um protegendo as terras e o
gralmente à luta, podendo ter níveis de classe de senhor da terra. Esses cavaleiros vivem no castelo do profissionais sejam a exceção, mas há dois motivos povo de ameaças específicas.
guerreiro, e possuem equipamento militar, embora lorde, sendo sustentados por ele, e têm praticamen- para isso. O primeiro, e mais simples, é que manter
não tão luxuoso quanto o de seu senhor — cotas te o mesmo nível de treino e equipamento que seu um exército profissional é caro. É muito mais barato
de malha, escudos pesados, alabardas e maças são o senhor, pagando por isso através de um juramento recrutar seus camponeses em épocas de necessidade tegoria tem suas subdivisões, chamadas de patentes.
padrão aqui. Eles fazem o trabalho diário de patru- de lealdade. Formam uma tropa de elite, mais capa- do que sustentar soldados em tempo integral. O As patentes variam de reino para reino, mas a seguir
lha e proteção das terras, enfrentando bandidos e citada que os guardas. segundo motivo decorre da organização feudal do apresentamos uma nomenclatura comum.
monstros menores, mas recorrem a seu senhor para Esses três tipos de tropas — cavaleiros, guardas Reinado, na qual, como visto acima, o dever de pro- Soldados são recrutados entre plebeus e plebeias
problemas mais sérios. e camponeses recrutados — formam os exércitos teger o povo e a terra cabe aos nobres. Assim, reinos com entre 16 e 20 anos. Na maior parte dos reinos,
Infelizmente, às vezes tais problemas surgem feudais, maioria no Reinado e além. que possuem exércitos profissionais caem em duas o alistamento é voluntário. Todos os verões, oficiais
em números muito grandes. Um cavaleiro e seus A liderança de um exército feudal sempre categorias: ou são grandes e poderosos o bastante recrutadores passam pelas fazendas, vilas e cidades,
guardas podem lidar com bandidos assaltando cabe ao senhor das terras, mesmo que porventura para manter tal exército (o caso de Deheon), ou recolhendo jovens que queiram ingressar no exérci-
na estrada. Mas e se em vez de uma gangue for ele não seja o mais experiente. Por exemplo, um encaram a guerra como uma doutrina de vida que to. Normalmente são camponeses e outros de ori-
uma horda de bárbaros? Nesses casos, por mais nobre jovem, que recém herdou seu trono, pode deve ser espalhada para todos, independentemente gem humilde — aqueles de melhor nascimento que
poderoso que o lorde local seja, ele irá precisar de saber menos de guerra que um guarda veterano, da classe social (o caso de Yuden). tenham interesse numa vida de viagens e batalhas
ajuda. Para isso, convoca os próprios camponeses mas será seu superior mesmo assim. Quando um Em exércitos profissionais, os militares são con- tornam-se oficiais ou mesmo aventureiros. Iniciam
da sua terra. exército é formado pela junção de vários nobres tratados, pagos, promovidos e, por fim, aposentados sua carreira como recrutas, quando passam por
Ao contrário dos cavaleiros e dos guardas, (no caso de um ataque em larga escala, que amea- em condições estipuladas em contrato. Tal contrato treinamento num acampamento ou castelo. Após
camponeses recrutados não têm treinamento nem ce mais de um feudo), o líder é o nobre de maior é normalmente redigido num pergaminho autenti- um ano, tornam-se soldados (em termos de regra,
equipamento militar. São pessoas comuns — fa- graduação. Em ordem crescente, a precedência cado pelo selo do oficial recrutador (ou nobre local) guerreiros de 1º nível). Soldados que sobrevivam
zendeiros, pastores, caçadores — e suas “armas” são é: cavaleiro, barão, conde, marquês, duque e o e é uma posse valiosa para seu dono — afinal, prova a diversas batalhas ou se destaquem em campo são
muitas vezes suas ferramentas de trabalho — arcos, próprio monarca do reino. Assim, um exército quando ele começou a servir e, consequentemente, promovidos a sargentos, veteranos que detém o res-
machados, foices. Em termos de regras, possuem formado pelo reino inteiro será sempre liderado quando poderá se aposentar. Os militares são dividi- peito (ou temor) de outros soldados — e, às vezes,
níveis de plebeu (classe de PdM) e armas simples. pelo próprio rei ou rainha. dos em duas categorias: soldados e oficiais. Cada ca- até mesmo de oficiais. Alguns exércitos possuem

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• Os Beligerantes •
um posto intermediário entre soldado e sargento, néis que demonstrem capacidades de liderança, es-
mas isso não é unanimidade. Em alguns reinos, o tratégicas e diplomáticas ímpares são promovidos a
alistamento é obrigatório, e quem evitá-lo pode ser generais — a patente mais alta, com o comando de
preso ou mesmo executado. uma região inteira do reino. Generais normalmen- Agora que entendemos como a maior parte Assim, caso qualquer uma fosse atacada, as outras
te têm seu título nobiliárquico elevado, e via de re- dos exércitos artonianos se organiza, podemos se uniriam em sua defesa. Apesar disso, quando os
Já oficiais são recrutados entre filhos e filhas da
gra são condes ou mesmo duques. analisar os reinos envolvidos na guerra. Puristas declararam guerra ao Reinado, a reação ge-
nobreza ou da burguesia. Começam como tenentes,
ral foi de apatia. E quando os batalhões yudenianos
que lideram grupos pequenos (entre 10 a 30 solda- Normalmente, o “fim da linha” de um soldado Seria fácil imaginar que este conflito se resume a
efetivamente marcharam sobre Bielefeld, os outros
dos) ou atuam como auxiliares de oficiais mais gra- é o posto de sargento. Ao contrário do que possa “Yuden contra o resto”. Porém, na realidade a situação
países, em vez de se unirem em defesa do Reino dos
duados. Com o tempo e provando seu valor, podem parecer, sargentos veteranos não são promovidos a é mais complexa. Algumas nações, mesmo fazendo Cavaleiros, ficaram parados. Por quê?
ser promovidos a capitães — comandantes de gru- tenentes. Ou seja, soldados nunca viram oficiais. parte do Reinado, mantiveram-se neutras. Já outras
pos grandes, com por volta de 100 soldados, ou de Isso decorre do fato do treinamento e função das se uniram ao Exército com uma Nação, tornando a O primeiro e mais importante motivo é o desa-
uma guarnição pequena, como uma torre de vigia duas categorias ser diferente. Um sargento de desta- situação da coalizão ainda mais dramática! parecimento de Shivara. A falta de liderança deixou
ou posto de fronteira. Capitães são os oficiais mais que (em termos de regra, de alto nível) pode ser um o Reinado desnorteado. E, na dúvida, os regentes
Os países que decidiram resistir aos Puristas for- preferiram não comprar briga com Yuden, uma na-
graduados que ainda participam de batalhas em si- combatente temível, mas nada garante que seja um maram a Aliança do Reinado. Yuden e seus aliados, ção sabidamente poderosa.
tuações normais. Aqueles que se destacam são pro- bom líder. É claro que o potencial de um soldado por sua vez, formaram o Triângulo Autocrático.
movidos a coronéis e ganham o comando de uma assim não passará despercebido pelo exército, e ele O segundo motivo é mais complexo: política. O
guarnição grande, como um castelo ou fortaleza de Fichas militares. A seguir apresentamos as fi- pacto de defesa mútua presumia ataques externos,
provavelmente será alocado a uma unidade de elite
fronteira. Coronéis normalmente não atuam mais chas militares dos reinos. Cada ficha traz as tropas mas os Puristas são um inimigo interno. Um país que
ou posição de honra (como guarda real).
em campo, liderando de trás das linhas, mas alguns do reino, com sua quantidade de membros, nível de defendesse Bielefeld estaria, por definição, atacando
Como oficiais também ingressam no exército desafio médio e poderio — uma nova estatística, que
insistem em lutar lado a lado com seus subordi- Yuden — ou seja, quebrando o pacto de uma forma
muito cedo, às vezes um jovem inexperiente pode serve para medir o potencial militar de uma tropa.
nados. Tais oficiais são teimosos que podem botar ou outra. É claro, a lógica dita que como a agressão
acabar liderando soldados veteranos. Isso pode soar
tudo a perder com sua imprudência — ou cora- Para calcular o poderio de uma tropa, multipli- partiu dos yudenianos, seria certo ficar contra eles.
estranho, mas a verdade é que oficiais são treina-
josos que comandam a mais pura de- que a quantidade de membros dela pelo quadrado Mas, no mundo da política, a lógica raramente é
dos justamente para isso — liderar. Um oficial não
voção de seus soldados. Um co- de seu ND (ou seu ND, se ele for menor que 1). Esta um fator relevante. Casamentos, tratados comerciais
necessariamente é um combatente melhor que um
ronel que não seja um nobre estatística pode ser usada para comparar as forças e outras negociações garantiram que muitos países
soldado de nível equivalente, mas normalmente pos-
(algo raro) ganhará um título relativas de diferentes tropas e reinos, além de gerar não se envolvessem.
sui Carisma mais alto, treino em perícias como Co-
de nobreza e terras ao atin- modificadores para as regras de combate em massa Por fim, algumas nações não possuem condições
nhecimento (estratégia) e talentos como Comandar
gir essa patente. Coro- (veja a Dragão Brasil 130). de ajudar. Este é o caso, por exemplo, de Tyrondir e
ou outros que forneçam bônus a seus subordinados,
o que faz com que sejam comandantes melhores. Note que as fichas não têm como objetivo apre- Trebuck, já ocupados com seus próprios problemas
Claro, alguns oficiais possuem seu posto apenas sentar todas as tropas de uma nação, apenas aquelas (a Aliança Negra e Tormenta, respectivamente).
por conta de seu nascimento, e não possuem relevantes em escala nacional! Listar todos os com- Apesar disso tudo, alguns reinos se ergueram
aptidão alguma. Esses normalmente são trans- batentes de cada reino seria uma tarefa impossível. contra os puristas. São estes Deheon, Namalkah e
feridos para posições burocráticas ou para guar- Bielefeld. Wynlla originalmente não havia tomado
nições afastadas, onde dificilmente verão combate.
Em casos extremos, podem até mesmo sofrer um A Aliança do Reinado partido, mas após os atos de um grupo de heróis,
decidiu unir seus esforços. Juntos, estes países for-
“acidente”, causado por subordinados fartos de Séculos atrás, quando as nações de Arton forma- maram a Aliança do Reinado. A seguir estão infor-
seguir ordens estúpidas. ram o Reinado, firmaram um pacto de defesa mútua. mações sobre cada um deles.

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Deheon com espadas e escudos ou alabardas), besteiros ou
cavalaria. A unidade básica é a companhia, que con-
não possa liderar (por doença ou ausência, por
exemplo), um condestável ou outro nobre de
O reino-capital possui um exército feudal siste de aproximadamente 100 soldados, guardiães alta estirpe pode ser apontado como marechal
A milícia de Valkaria
bem equipado e com moral elevado. Entretanto, (soldados veteranos) e sargentos (subcomandantes). do reino, com autoridade suprema sobre todos Além dos exércitos feudal e
graças a sua riqueza, também possui um exército Uma companhia é liderada por um capitão — nor- os militares. profissional, Deheon ainda pos-
profissional — o Exército Real de Deheon —, malmente um cavaleiro, um herói aventureiro que sui uma terceira força relevante:
sendo um caso único em Arton. decidiu largar a exploração de masmorras para servir Comandante a milícia de Valkaria.
Guardas de cidades
a seu reino ou um sargento que se destacou e foi
Desde o desaparecimento da
Tropas promovido. O capitão é auxiliado por um ou dois
Rainha Shivara, o posto de co-
estão contabiliza-
das nos números do
O exército feudal de Deheon tem um bom tenentes — jovens nobres em treinamento para se
mandante do Exército Real de exército feudal de seu
contingente de guardas bem-equipados e cavaleiros tornarem capitães. Normalmente, companhias pos-
Deheon foi assumido pelo respectivo reino. A milícia da capital, entretan-
suem apoio mágico, mas isso nem sempre acontece.
heroicos... Mas também tem muito mais do que isso. Arquiduque Marechal to, é uma exceção, pois responde à própria ci-
Uma companhia típica tem 1d6–2 conjuradores a
Deheon é um reino cosmopolita e rico, com Sir Bradwen Lança dade e a sua estrutura urbana, não a nenhum
seu dispor, entre magos (normalmente ex-alunos
habitantes de todas as raças e nobres extravagantes. Dourada (humano, senhor de terras. Em outras palavras, os nú-
da Academia Arcana) e clérigos (normalmente de
A soma desses fatores resulta em tropas excêntricas, Nobre 7/Cavalei- meros na ficha militar de Deheon levam
Khalmyr, Lena ou Valkaria). Conjuradores gozam
como companhias de cavaleiros aggelus, protegidos ro 10, LB). Os mem- em conta os guardas de todas as cidades
de grande respeito nas fileiras, e são considerados
tanto por couraças e escudos quanto por bênçãos bros da família Lan- do reino, com exceção de Valkaria.
equivalentes a tenentes na hierarquia.
divinas; pelotões de arqueiras medusas, capazes de ça Dourada têm lutado A milícia da capital é descrita em
Dez companhias formam uma flâmula, lidera- desde a Grande Bata-
petrificar inimigos que alcancem corpo-a-corpo; detalhes no suplemento Valkaria: Ci-
da por um mestre de campo — ou nobre como um lha, e Sir Bradwen honra
guildas de alquimistas com catapultas que disparam dade sob a Deusa. Para propó-
barão ou conde, ou um capitão promovido. Quatro essa ascendência. Um ho-
fogo e ácido; e outras esquisitices. sitos da guerra, basta saber que
flâmulas formam um escudo, a maior divisão do mem de estirpe e valor,
Além disso, em épocas de guerra, Deheon exército de Deheon, liderado por um condestável (ou ela conta com aproximadamen-
confortável tanto em sa- te 8 mil patrulheiros (ND 1, po-
consegue erguer uma quantidade espantosa de cam- condestablessa) — um alto nobre, como um duque lões da nobreza quanto derio total 8.000) e 1.200 investiga-
poneses. Graças à prosperidade dos feudos, esses (ou mesmo um membro da família real), ou um em acampamentos mi- dores (ND 4, poderio total 19.200).
camponeses recebem equipamento acima da média mestre de campo promovido. O exército de Deheon litares, Sir Bradwen pos- A milícia completa, portanto, possui
(assim como os guardas). possui cinco escudos. Quatro deles são responsáveis sui ombros largos e postu- poderio 27.200 — o equivalente a alguns pe-
Mas a maior força do exército feudal de Deheon pelos pontos cardeais, enquanto o quinto guarda a ra altiva. Está na casa dos 70 quenos reinos!
não reside em sua riqueza, tamanho ou diversidade, capital. Assim, há o escudo do oeste, que guarnece o anos, fato percebível apenas
mas sim no elevado moral de suas tropas. Isso decor- reino-capital de investidas do Império de Tauron; o pelo grisalho de seu visto-
re do tratamento justo que a maior parte dos nobres escudo do leste, a postos para partir em auxílio dos so bigode. Em campo, luta a
dispensa a seus súditos — e também do orgulho em reinos aliados Bielefeld e Wynlla; o escudo do sul, Guardião de Deheon:
cavalo, trajando uma arma-
se lutar pela maior nação de Arton. preparado para um inevitável embate contra a Alian- pelo Reinado, por Valkaria
dura magnífica e a lança pela e pela liberdade!
Já o exército profissional de Deheon, mantido ça Negra; o escudo do norte, sempre vigilante contra qual sua família é conhecida
pela Coroa e liderado pelo próprio regente do rei- Yuden; e o escudo da Deusa, que protege Valkaria. — uma arma mágica com
no, é bem mais padronizado que sua contraparte Como dito acima, o exército é liderado pelo pró- mais de mil anos. Conhe-
feudal. Soldados podem ser de infantaria (equipados prio regente de Deheon. Porém, em casos em que ele cimento (estratégia) +26.

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Ficha militar de Deheon
Hierarquia do
Contingente máximo:
5 escudos, 20 flâmulas e 200
Exército feudal
Exército Real
companhias (21.426 pessoas)
Tropas Quantidade ND Poderio Contingente atual:
Camponeses
Guardas
215.000
40.000
1/3
1
71.667
40.000
de Deheon 5 escudos, 18 flâmulas e 175
companhias (18.276 pessoas)
Cavaleiros 2.000 5 50.000
Tropas especiais 1.000 7 49.000
Exército Real | Arquiduque Marechal Sir Bradwen Lança Dourada (humano, Nobre 7/Cavaleiro 10, LB)
Total 258.000 — 210.667

Exército profissional
Tropas Quantidade ND Poderio
Soldados 14.525 1 14.525
Guardiões 2.200 2 8.800 Escudo do Norte Escudo do Leste Escudo da Deusa Escudo do Sul Escudo do Oeste
Sargentos 875 3 7.875 Lorde Condestável Lady Condestablessa Adlya Lady Condestablessa Lorde Condestável Lady Condestablessa
Tenentes 230 3 2.070 Erik Raluvar (qareen, Liamenor (meia-elfa, Dama Edrika Ravas Bertin Dodinas Tallarinka (anã,
Conjuradores 247 5 6.175 Nobre 3,/Feiticeiro 4/ Swashbuckler 7/Capitã (humana, Cavaleira 13, LB) (halfling, Guerreiro 5/ Guerreira Colosso 14, LB)
Capitães 175 5 4.375 Guerreiro Mágico 6, LB) do Reinado 5, NB) Franco-Atirador 8, NB)
Mestres de campo 18 8 1.152 Uma flâmula consiste de 10
Condestável 5 13 845 companhias (embora nem
Marechal do reino 1 17 289 todas operem em capaci-
dade máxima). É nomeada
Total 18.276 — 46.106 de acordo com seu número
e o escudo a qual pertence.
1º Flâmula 2º Flâmula 3º Flâmula 4º Flâmula
Milícia de Valkaria Mestre de Campo Mestre de Campo Mestre de Campo Mestre de Campo
Assim, temos a 1ª Flamula
do Norte, a 3º Flâmula da
Tropas Quantidade ND Poderio Deusa e assim por diante.
Patrulheiros 8.000 1 8.000
Investigadores 1.200 4 19.200
Total 9.200 — 27.200 1º Companhia 2º Cia. 3º Cia. 4º Cia. 5º Cia. 6º Cia. 7º Cia. 8º Cia. 9º Cia. 10º Companhia
Capitão Capitão Capitão Capitão Capitão Capitão Capitão Capitão Capitão Capitão

Total A companhia é a organização básica do exército. Possui por volta de 100 homens e mulheres,
distribuídos da seguinte forma: 1 capitão, 1 ou 2 tenentes, 4 a 6 sargentos, 8 a 12 guardiões e de 80 a 85 soldados.
Tropas Quantidade ND Poderio Além disso, companhias normalmente possuem um clérigo e um mago, mas isso pode variar —
Variadas 285.476 — 283.973 algumas companhias não possuem nenhum conjurador, enquanto outras chegam a possuir quatro.
Uma companhia é nomeada pelo seu número, seguido pela sua flâmula e por fim pelo seu escudo.
Assim, temos a 1º Companhia da 1ª Flâmula do Norte, a 8º Companhia da 3ª Flâmula do Oeste e assim por diante.

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Bielefeld guardas e cavaleiros. Graças à cultura do reino, que
dá grande valor às virtudes da cavalaria e aos dogmas
O Reino dos Cavaleiros possui um de Khalmyr, Deus da Justiça, Bielefeld tem mais E o Exército do Reinado?
exército feudal típico, fortalecido pela cavaleiros do que seria esperado pela sua população. Criado por Lady Shivara Sharpblade para combater a Tormenta, o Exército do Reinado
Ordem da Luz. Além da grande quantidade de cavaleiros que é uma força militar composta por soldados dos diversos reinos da coalizão. Deveria ser um
servem a um nobre em seu feudo, Bielefeld também fator determinante na Guerra Artoniana, mas sua influência no conflito é quase nula. O fato
Tropas conta com a Ordem da Luz, a maior e mais distinta é que, desde sua criação, o Exército do Reinado nunca esteve tão enfraquecido. Três fatores
Como qualquer reino com ordem de cavalaria de Arton. Muitos consideram contribuem para isso.
um exército feudal, as tropas os cavaleiros da Luz os maiores heróis do Reinado. Primeiro, o desaparecimento da Rainha-Imperatriz. A existência do Exército do Reinado
de Bielefeld consistem de Já outros sustentam que a ordem está decadente, dependia de um grande esforço político — as nações preferem manter suas tropas dentro de suas
e que seus membros hoje são mais efetivos em in- próprias fronteiras do que cedê-las para batalhas longínquas. A única pessoa capaz desse esforço
trigas palacianas do que em campos de batalhas. era a própria Shivara e, sem ela, muitas nações recolheram suas tropas.
Decadente ou não, poucas unidades militares de Segundo, quando a Guerra Artoniana começou, muitos soldados deserdaram para lutar por
Arton podem resistir a uma investida montada de seus reinos.
cavaleiros da Luz.
Terceiro, alguns oficiais inescrupulosos se aproveitaram do caos para lucrar, transformando
suas unidades em companhias mercenárias ou mesmo em bandos de saqueadores.
Comandante As poucas guarnições do Exército do Reinado ainda ativas são aquelas formadas por soldados
Rei Khilliar Janz (humano, fiéis aos ideais de Shivara. Justamente por isso, se manterão vigilantes contra a Tormenta, e não se
Cavaleiro 6, LB). Khilliar as- envolverão nas disputas da Aliança do Reinado e do Triângulo Autocrático. Essas guarnições podem
sumiu o trono de Bielefeld após acolher refugiados e proteger vilas indefesas, mas não irão efetivamente atacar nenhum lado.
a morte de seu pai, assassi-
nado pelo infame pira-
ta Espinha no início da
Guerra Artoniana. Um
jovem cavaleiro, en- Ficha Militar de Bielefeld
frentou o terrível Ca- Tropas Quantidade ND Poderio
valeiro Risonho em seu Camponeses 27.000 1/3 9.000
primeiro torneio, alguns Guardas 6.480 1 6.480
anos atrás, e saiu cego
Cavaleiros 1.620 5 40.500
da disputa. Apesar de
Cavaleiros da Luz 1.100 8 70.400
ter acesso a curandeiros
Total 36.200 — 126.380
e clérigos, Khilliar nunca

procurou se curar. É um devoto fervoroso de Khal- comando do exército em prol de Sir Alenn Toren, o
myr, e acredita que será um monarca mais justo se Alto Comandante da Ordem da Luz e um guerrei-
Cavaleiro de Bielefeld:
pela justiça e pela honra! não puder julgar as pessoas pela aparência. Apesar ro e líder muito mais experiente do que ele próprio.
de inexperiente, o rei não é tolo, e abriria mão do Conhecimento (estratégia) +11.

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Namalkah Nas vastas planícies do reino, a maior parte
do povo não é composta nem de nobres nem de
O Reino dos Cavalos é a terceira maior potên- seus servos, mas sim de homens e mulheres livres
cia militar do Reinado, atrás apenas de Deheon — pequenos fazendeiros donos de suas próprias
e Yuden. Seu exército feudal é rústico e pouco terras, que não servem a nenhum senhor, embora Ginete de Namalkah:
organizado, mas compensa essas falhas com a ainda sejam leais a Namalkah enquanto nação. pela liberdade e glória!
bravura de seus guerreiros. Esses homens e mulheres livres combatem como
cavalaria leve, sendo muito mais temíveis do que
Tropas fazendeiros de outros reinos. A falta de hierarquia
Namalkah é um reino grande, mas com popula- dentro do povo faz com que seja mais difícil er-
ção relativamente pequena. Por conta disso, a nobre- guer o exército, mas também faz com que cada
za é menos numerosa aqui do que em outras nações, combatente individual seja mais valoroso. Afinal,
e organizada de forma mais simples — a estrutura são pessoas que lutam pelas suas próprias terras,
nobiliárquica típica, com seus barões, condes e du- não pelas de um senhor.
ques, não existe no Reino dos Cavalos. Em vez disso,
todos os nobres são chamados de estancieiros, e o Comandante
único requisito para ser considerado da nobreza é ser Xavier Nash (humano, Ranger 9/Ginete de
dono de uma grande extensão de terra. Os guerreiros Namalkah 5, NB). Sob a fachada de um velho
jurados dos estancieiros, conhecidos como ginetes, tropeiro, com a pele curtida pelo sol e grandes
lutam montados. Entretanto, ao contrário dos cava- bigodes cinzentos, esconde-se um guerreiro sábio
leiros de outras nações, confiam mais em velocidade e astuto. Homem de confiança do regente de
e agilidade do que em equipamento pesado. Vestem Namalkah, Rei Borandir Silloherom, Xavier já
couro ou, no máximo, cota de malha, e empunham lutou ao lado de Sir Orion Drake contra a pró-
lanças, azagaias e arcos. Abaixo dos ginetes estão os pria Tormenta. Não teve medo naquela batalha,
peões — servos que trabalham a terra e, quando a e não terá em nenhuma outra na qual se envolva.
necessidade surge, lutam a pé. O equipamento dos Conhecimento (estratégia) +19.
peões é simples e rústico, normalmente adaptado de
ferramentas agrícolas.

Ficha Militar de Namalkah


Tropas Quantidade ND Poderio
Peões 11.600 1 11.600
Ginetes 2.900 6 104.400
Homens livres 72.500 1 72.500
Total 87.000 — 188.500

84 85
Wynlla dos, mas não especialmente valentes ou talentosos.
Além disso, são uma força policial, não militar —
Uma nação pequena, mas rica, Wynlla é um caso são treinados para lutar em becos contra bandidos,
peculiar no Reinado. Seus nobres não têm nenhuma não em campo aberto contra soldados. Ainda assim,
obrigação feudal de fornecer tropas para a defesa do estão prontos para auxiliar as tropas mais poderosas
reino. Em vez disso, pagam impostos ao conselho de do reino, e a defender as muralhas de suas cidades
magos que governa a nação. O conselho, por sua vez, em caso de uma invasão.
usa o dinheiro para manter um exército diminuto,
mas eficaz. Comandante
Mydrede Dur-Vergiht (humana, Evocadora
Tropas 15, N). Ex-maga de batalha e atual membra do
O Reino da Magia tem um dos menores exér- Conselho de Magos que governa Wynlla, Mydrede
citos do Reinado. Mas ele está longe de ser fraco! A é uma mulher negra e madura. Normalmente usa
base do exército são os magos de batalha, arcanistas vestidos longos, mas as vestes rebuscadas não es-
especializados em magias ofensivas e de impacto em condem sua força. A maga é confiante, exala poder
e seus olhos relampejam — literalmente. Mydrede
área — ou seja, especialmente eficazes contra tropas.
comanda o exército de Wynlla com perspicácia e
Ainda mais impressionantes que os magos são experiência, e está disposta a tudo para proteger o
os golens de Wynlla. Máquinas de combate de bron- Reino da Magia e o modo de vida de seu povo. Co-
ze e ferro, os construtos nunca se acovardam, nunca nhecimento (estratégia) +25.
se cansam e nunca sentem dor. São a tropa de cho-
que do Reino da Magia, e uma das forças mais te-
Na próxima edição, a conclusão da matéria, com
míveis de Arton. Felizmente para os outros reinos, o
informações sobre os reinos inimigos, detalhes dos
custo exorbitante de cada golem faz com que pou-
fronts da guerra, a posição de figuras importantes e
cos existam.
ganchos de aventuras.
Além dos magos e golens, as cidades de Wynlla
são protegidas por guardas urbanos. São bem-equipa- Guilherme Dei Svaldi

Ficha Militar de Wynlla


Tropas Quantidade ND Poderio
Guardas urbanos 400 1 400
Magos de batalha 400 6 14.400
Golens de bronze 200 7 9.800
Golens de ferro 75 13 12.675
Total 1.075 — 37.275

86 87
A Guerra • O Triângulo Autocrático •

Artoniana
Após Yuden declarar guerra ao Reinado,
dois países se uniram ao Exército com uma
Yuden
Nação: Portsmouth, o Reino da Magia Proi- Com um exército profissional composto
bida, e Ahlen, o Reino da Intriga. Juntos, os pelos soldados mais bem treinados e equi-
três formaram o Triângulo Autocrático, uma pados de Arton, Yuden é a maior potência
coalizão unida pelas visões intolerantes e militar do Reinado e uma das três maiores
autoritárias de seus membros. do mundo, junto com o Império de Tauron

parte 2 Embora oficialmente Portsmouth e Ahlen te-


e a Aliança Negra.
nham se unido a Yuden após a declaração de guerra,
especula-se que os três países já estivessem em con- Tropas
luio antes disso, no que teria sido uma manobra po- O militarismo está no âmago da cultura yude-
lítica articulada com discrição pela Cúpula Purista. niana. Nas grandes cidades, os quartéis ocupam o

N
a edição anterior da Dragão
Pouco se sabe sobre a estrutura ou funcionamento papel de centros cívicos, com boa parte da população
Brasil, apresentei o início do ar-
da coalizão, embora seja provável que o Exército trabalhando no exército ou para ele. Já nas vilas do
tigo sobre a Guerra Artoniana, com uma Nação atue como líder. O que se sabe é interior do reino, homens e mulheres reúnem-se em
principal trama da Guilda do Macaco e que, infelizmente, ela é bastante eficaz. A junção do salões de guerreiros e partem em saques. De uma
maior conflito da história de Tormenta. poderio militar de Yuden com os poderes sombrios forma ou de outra, no Exército com uma Nação a
Na primeira parte, trouxe informa- de Portsmouth e a capacidade de espionagem de sociedade gira em torno da guerra.
ções sobre as forças militares de Arton, Ahlen talvez seja mais do que o Reinado tenha con- O exército de Yuden possui uma estrutura rígida
necessárias para o entendimento de dições de enfrentar, especialmente em sua condição e burocratizada, no topo da qual está o General Má-
como uma guerra ocorre nesse mundo, fragilizada e sem liderança. ximo. Historicamente considerado o mais poderoso
e fichas das nações que formam a Alian- O nome “Triângulo Autocrático” tem um sig- do Reinado, o exército de Yuden hoje está tomado
ça do Reinado. Agora, nesta segunda e nificado bastante óbvio — é uma coalizão formada pela doutrina Purista. Para informações completas
última parte, trago as fichas das nações por três países (o “triângulo”) e cujos membros sobre essa facção, consulte a Dragão Brasil 130.
que formam o Triângulo Autocrático — acreditam em um domínio tirânico (“autocrático”). Além do exército, Yuden conta com os guerreiros
o outro lado do conflito — e ganchos de Além do significado mais óbvio, entretanto, o nome do interior do reino. Mais rústicos, seguem a tradi-
aventura para o mestre. provavelmente também é uma referência ao Triân- ção antiga: reúnem-se em salões e, sob o comando
Afinal, a Guerra Artoniana gulo de Ferro da Grande Batalha, ocorrida eras atrás. de um chefe, partem para saquear outras vilas ou
já tomou o Reinado. Agora vai A seguir estão informações sobre os três países reinos. Esses guerreiros compensam a falta de disci-
tomar sua mesa também! membros do Triângulo Autocrático. plina e armamento com força e agressividade.

Texto: Guilherme Dei Svaldi | Arte: Ricardo Mango e Samuel Marcelino

82 83
Ficha militar de Yuden Comandante
General Máximo Herman Von Krauser (hu-
Exército feudal mano, ???, Leal e Maligno). Veterano de incon-
Tropas Quantidade ND Poderio táveis conflitos, Von Krauser serviu em todas as
Guerreiros 25.000 2 100.000 patentes do exército, até atingir o posto de Lor-
Chefes de salão 835 6 30.060 de General — na sua juventude, era
Total 25.835 — 130.060 costume que mesmo filhos da nobre-
za começassem servindo como solda-
Exército profissional dos, para vivenciar todos os aspectos
da vida militar. Após uma carreira im-
Tropas Quantidade ND Poderio
pecável, aposentou-se e desapare-
Recrutas 24.000 1 24.000
ceu da vida pública, apenas para
Soldados 83.000 2 332.000
reaparecer, anos mais tarde, como
Sargentos 11.350 3 102.150 líder dos Puristas, no centro de
Sargentos-mor 1.190 4 19.040 uma conspiração que culminou
Capitães-cavaleiros 120 7 5.880 com um golpe de estado em Yu-
Soldados de elite 1.030 6 37.080 den, o desaparecimento de Shivara
Colossos yudenianos 60 15 13.500 e a subsequente declaração de guerra ao
Coronéis 21 9 1.701 Reinado. Hoje, Von Krauser acu-
Lordes generais 5 16 1.280 mula as funções de General Má-
General Máximo 1 20 400 ximo (o comandante supremo do
Total 120.777 — 537.031 exército yudeniano) com a de re-
gente do próprio reino. Mais do
Tropas puristas que nunca, Yuden é o Exército
Tropas Quantidade ND Poderio com uma Nação.
Clãs caçadores 17.500 1 17.500 Tendo estudado todos os ma-
Cavaleiros do Leopardo 1.000 8 64.000 nuais artonianos de estratégia mi-
Total 18.500 — 81.500 litar— e tendo escrito muitos ele
mesmo —, Von Krauser possui co-
Templo da Pureza Divina nhecimento incomparável sobre a
arte da guerra. Ele não detém o título
Tropas Quantidade ND Poderio
de General Máximo à toa. Conhecimento
Guardas de templo 2.000 1 2.000
(estratégia) +32.
Capelães de guerra 500 5 12.500
Total 2.500 — 14.500
Soldado de Yuden:
disciplinado e impiedoso
Total 167.612 — 763.091

84 85
Portsmouth Tropas Ficha militar de Portsmouth
O exército de Portsmouth é organizado da ma-
O Reino da Magia Proibida possui um
neira tradicional, com camponeses, guardas e cava- Tropas feudais
exército feudal pouco expressivo. Para su-
leiros servindo senhores feudais jurados ao regente Tropas Quantidade ND Poderio
plantar isso, o Conde Ferren Asloth reforça do reino, o Conde Ferren Asloth. Embora o exército Guardas 5.760 1 5.760
suas tropas com mercenários. não seja pequeno em relação à população do reino, Cavaleiros 1.080 5 27.000
como esta em si é baixa, acaba sendo menor que os Camponeses 24.000 1/3 8.000
das outras potências do Reinado. Agentes do Graath 360 6 12.960
Por conta de seu histórico de conflitos com Bie- Total 31.200 — 53.720
lefeld, Asloth sempre soube que não poderia abrir
mão de uma força militar imponente. Para resolver Companhias mercenárias
isso, o Conde emprega diversas companhias merce- Tropas Quantidade ND Poderio
nárias. Homens e mulheres que vivem pela luta, Mercenários 6.480 1 6.480
os mercenários são uma adição substancial ao
Mercenários veteranos 4.248 3 38.232
poderio do reino... e um peso ao tesouro do
Capitães 72 6 2.592
mesmo. Para sustentar tantas companhias, As-
Total 10.800 — 47.304
loth cobra impostos abusivos de seu povo, que vive
em condições de pobreza e sob um julgo tirânico.
Mais assustador que as companhias mercenárias é
Total 42.000 — 101.024
a polícia secreta do Conde, conhecida como o Graath.
Seus membros são assassinos treinados nas artes arca-
nas pelo próprio Asloth, e totalmente leais a ele. Os poderes sombrios de Portsmouth
Ironicamente, a maior força do Reino da Magia Proi-
Comandante bida é justamente a magia. Embora seja um segredo
Harghan Trozik (humano, Guerreiro 13/ para todos no Reinado, o Conde Ferren Asloth é um
Oficial de Yuden 2, Neutro e Maligno). Ex- arcanista de grande poder. O verdadeiro motivo dele
capitão mercenário, Harghan serviu ao Conde caçar os magos que adentram seus domínios não é
Ferren Asloth com lealdade — e crueldade — “proteger sua população de bruxos malignos”, mas sim
por muitos anos. Foi recompensado com um roubar o grimório deles!
título de nobreza e o comando do exército do Graças a isso, o Conde conseguiu criar uma ordem
reino. Entretanto, após ser derrotado e capturado em de magos assassinos, o Graath, que cede para seus alia-
um ataque a Norm, foi morto pelo bárbaro Klunc dos yudenianos. Pior ainda, descobriu como realizar
num ordálio (julgamento por combate) na capital de rituais poderosos, capazes de afetar batalhas e reinos
Bielefeld. Ainda não se sabe quem tomou seu em escalas nunca vistas antes. Mais uma arma terrível
Mercenário de
lugar. Conhecimento (estratégia) +19. nas mãos do Triângulo Autocrático.
Portsmouth:
ganancioso e cruel

86 87
Ahlen não significa que o país seja inofensivo. Com uma
rede de espiões infiltrados em quase todas as cortes • A Origem do Conflito •
Com uma cultura que repudia violência do Reinado, Ahlen pode ser capaz de derrubar um
aberta, e em uma posição geográfica bastante reino... sem derrubar uma única gota de sangue. Oficialmente, a Guerra Artoniana co- Infelizmente, ela foi traída, emboscada e capturada.
segura, Ahlen nunca quis nem precisou O Reino da Intriga possui uma única tropa digna meçou no verão (início) de 1412, quando o Na última vez em que Shivara foi vista (por aventu-
investir em forças armadas. de nota: os Esgrimistas de Rishantor. Esses guardas líder Purista e regente de Yuden, o General reiros que a estavam acompanhando e conseguiram
palacianos de elite usam roupas leves e floretes, pois escapar), ela estava sen-
Máximo Herman von Krauser, enviou uma
Tropas para eles a elegância é crucial. Não se trata (apenas)
carta ao conselho regente de Deheon com do preparada para ser
de soberba. A função dos Esgrimistas é proteger a sacrificada num ri-
O exército de Ahlen segue uma estrutura feudal uma declaração formal de guerra ao Reinado
aristocracia de Ahlen, e para isso eles precisam se tual profano...
típica, mas com tropas pouco numerosas em rela- (veja a íntegra da carta na Gazeta do Reinado
mesclar aos nobres e aos bailes dos quais eles partici-
ção à população do reino. Há dois motivos para isso. da Dragão Brasil 129). Mas suas raízes foram
pam. Se andassem com equipamento pesado, seriam
O primeiro é a cultura do país, que ao longo dos plantadas muito antes...
facilmente detectados (e, consequentemente, evita-
séculos se moldou para priorizar soluções engenho-
dos) pelos assassinos que devem impedir! Embora Yuden sempre foi um país intolerante, agressivo
sas para conflitos e repudiar a violência aberta.
a função dos Esgrimistas não seja a guerra aberta, e militarista. Intrigas políticas entre o Exército com
O segundo motivo é a sua posição geográfica.
eles são capazes de lutar em campo — mais de um uma Nação e outros reinos eram comuns, e não fo-
No coração do Reinado, sem nenhuma fron-
cavaleiro já encontrou seu fim na ponta de um ram poucas às vezes em que tais intrigas escalonaram
teira com os ermos ou potências
florete ao subestimar a velocidade e precisão para conflitos de fronteira. Para piorar, Yuden sempre
inimigas, Ahlen nunca precisou
desses espadachins. cobiçou a posição de Deheon como reino-capital.
se preocupar com defesa exter-
na. Além das tropas serem pou- Apesar disso, Yuden sempre fora parte da coalizão.
co numerosas proporcionalmen- Comandante Isso mudou com a ascensão Purista. A domi-
te, a população do país em si Thorngald Vorlat (hu- nação do reino por parte de uma facção movida
é pequena. Tais fatores com- mano, Nobre 18, Neutro e pelo ódio aos não humanos tornou inviável a con-
binados fazem com que Ah- Maligno). O Rei de Ahlen vivência pacífica com as outras nações do Reinado.
len tenha um exército quase é um homem astuto, mas Afinal, uma das características da coalizão é aceitar
irrelevante perto das grandes mais habituado a disputas membros de diversos povos! Mesmo assim, a guerra
potências, como Deheon, Yu- diplomáticas do que militares. talvez só tenha começado devido a dois eventos que
den e Namalkah. Porém, isso Conhecimento (estratégia) +13. ocorreram pouco antes da declaração.
O primeiro foi um desmoronamento catastrófi-
Ficha Militar de Ahlen co, que abriu uma fenda colossal na fronteira entre
Esgrimista
Tropas Quantidade ND Poderio Deheon e Yuden. Veja a cobertura do acontecimento de Ahlen:
Guardas 2.000 1 2.000 na Gazeta do Reinado da Dragão Brasil 128. elegante
e letal
Cavaleiros 375 5 9.375 O segundo evento foi o desaparecimento da Ra-
Camponeses 12.500 1/3 4.167 inha Shivara. A soberana do Reinado descobriu que
Esgrimistas de Rishantor 200 5 5.000 os Puristas estavam conspirando para tomar o poder
Total 14.875 — 15.542 em Yuden e partiu para capturar o líder da facção.

88 89
• Os Fronts •
A conjunção desses dois eventos permitiu que
Casus Belli Yuden atacasse nações como Bielefeld, Namalkah e
Zakharov praticamente sem interferência do reino-
Para todos que conhecem os dogmas
capital e dos outros países da coalizão. Uma coinci- Atualmente, a Guerra Artoniana está sen- conseguiram quebrar a maldição (matando bruxos
Puristas, a declaração de guerra do General
dência trágica... Ou a culminação do plano de um que estavam mantendo o ritual) e salvar os cavalei-
Máximo não foi nenhuma surpresa. Mas será do travada em três grandes fronts — Biele-
mestre estrategista. ros. Liderados pelo Alto Comandante da Ordem da
que Herman von Krauser é movido apenas feld, Namalkah e Zakharov — além de outro
por sadismo genocida? Alguns sábios e oficiais Independentemente dos eventos que tornaram Luz, os cavaleiros, junto com os guardas, o povo e os
fronts menores.
sustentam que não. Segundo eles, a morte de a guerra possível, o fato é que ela foi declarada no próprios aventureiros, derrotaram os mercenários.
não humanos seria apenas um pretexto para início de 1412. Pouco depois, os batalhões yude-
Bielefeld
Já em Roschfallen, um arsenal yudeniano lide-
a guerra, mas seu objetivo real seria a pura nianos já estavam marchando por Bielefeld. Mas os
rado pelo General Klinsmann (membro da Cúpula
e simples dominação política. É difícil dizer Puristas não atacaram apenas ao leste — o Exército
O principal front da Guerra Artoniana, e onde Purista) e fortalecido pela presença de colossos de
qual versão é menos asquerosa... com uma Nação também se movimentou em dire-
ocorreram algumas das maiores batalhas até então, guerra tentou dominar a capital. Graças à presença
ção norte, para Namalkah, e oeste, para Zakharov.
o Reino dos Cavaleiros é um ponto estratégico de de mais de mil heróis aventureiros, que vieram de
Tampouco atacaram sozinhos — como visto acima,
suma importância para Yuden. todo o Reinado, o arsenal foi repelido. Foi uma
Enquanto o desmoronamento impediu que o foram auxiliados por Portsmouth e Ahlen.
Bielefeld faz fronteira com Deheon; se o Exér- vitória custosa, entretanto. Muitos morreram, e os
exército de Deheon marchasse diretamente para Até o momento, poucos meses de conflito sobreviventes não tiveram condições defender o
Yuden, o desaparecimento de Shivara desestabilizou cito com uma Nação dominar essa área, poderá
transcorreram. Mas o mapa do Reinado já mudou resto do reino. Embora a capital tenha se mantido,
o Reinado como um todo. drasticamente. bloquear o movimento do Reino Capital, além de
ter uma ponta de lança para uma possível invasão. Klinsmann ocupou boa parte do sul de Bielefeld.
Além disso, Bielefeld possui saída para o mar. Se os Assim, as principais cidades do reino estão em
Puristas dominarem portos e navios, o alcance de relativa segurança. Pelo menos por hora, nem os
sua máquina de guerra será ainda maior. Puristas nem seus aliados de Portsmouth parecem
Esses fatores explicam porque o Reino dos Ca- ter o ímpeto necessário para invadir os muros de
valeiros foi praticamente o primeiro a ser atacado Roschfallen ou Norm. A situação do resto do reino,
(com exceção de Svalas; veja abaixo). O país poderia entretanto, é muito pior. Vilas e fazendas são alvo
ter sido pego desprevenido, mas graças à ação de fácil para os invasores. Muitas foram abandonadas,
heróis, foi alertado da invasão. Com o alerta, as seus habitantes tendo fugido para as duas metró-
autoridades recolheram o povo para a segurança das poles. Feudos que ainda são habitados vivem em
muralhas de suas maiores cidades: Roschfallen, a medo, com o povo aguardando pelo momento em
capital, e Norm, sede da Ordem da Luz. Lá, duas que escutarão a marcha de puristas se aproximando.
grandes batalhas aconteceram. Com sua tradição de cavalaria, Bielefeld nunca
Em Norm, uma maldição se abateu sobre o foi um reino fraco. Infelizmente, com as baixas so-
Castelo da Luz: uma névoa profana penetrou na fridas nas batalhas contra a Tormenta, há menos de
construção, fazendo os cavaleiros caírem num torpor dez anos, não é páreo para o poderio yudeniano. O
místico. Enquanto isso, um exército mercenário de Reino da Cavalaria precisa de heróis.
Com o início da guerra, os Clãs Caçadores de Yuden se
viram livres para atacar não humanos em todo o Reinado Portsmouth atacou os muros da cidade. Felizmente, O front de Bielefeld tem aparecido em destaque
os mesmos heróis que alertaram da investida purista nos episódios da Guilda do Macaco.

90 91
Namalkah Zakharov Resumo dos Exércitos do Reinado
Uma das maiores potenciais militares do Rei- Lar das maiores forjas e oficinas do Reinado,
nado, Namalkah foi o segundo grande reino a ser Zakharov sempre teve relação amigável com Yu- Aliança do Reinado
atacado pelos Puristas. den, fornecendo armas para o Exército com uma Reino População Tropas Regulares Tropas Totais Poderio Total
Namalkah possui uma população relativamente Nação. Quando a Guerra Artoniana começou, o Deheon 4.300.000 70.476 285.476 283.973
grande de não humanos — em média, a cada dez Reino das Armas oficialmente se manteve neutro. Bielefeld 540.000 9.200 36.200 126.380
habitantes, um é de outra raça. Pela doutrina purista, Na prática, quando os primeiros batalhões Pu- Namalkah 1.450.000 14.500 87.000 188.500
isso já seria motivo suficiente para a invasão. Entre- ristas cruzaram a fronteira, foram recebidos com Wynlla 80.000 1.075 1.075 37.275
tanto, os cínicos dizem que o ataque foi motivado festa pela população. As tropas yudenianas então Totais 6.370.000 95.251 409.751 636.128
por outra grande população de Namalkah... ocuparam cidades e fortalezas. Incorporaram sol-
dados nativos a suas fileiras. Começaram a ditar
O Reino dos Cavalos não tem esse nome à
leis. Quando o povo de Zakharov percebeu, seu Triângulo Autocrático
toa — possui as maiores manadas desse animal no
reino havia sido conquistado — sem que uma gota Reino População Tropas Regulares Tropas Totais Poderio Total
Reinado. Como cavalos são importantes para qual-
de sangue fosse derramada. Yuden 3.500.000 150.112 167.612 763.091
quer exército (são essenciais para a cavalaria e para
E então a tirania, as prisões e os extermínios Portsmouth 480.000 7.110 42.000 101.024
a logística), faz sentido que os yudenianos tenham
tentado tomar as montarias de Namalkah. começaram. Ahlen 250.000 2.575 15.075 20.542
Forjas e oficinas tiveram que vender sua pro- Totais 4.230.000 170.688 224.128 854.819
Independentemente do real motivo, Yuden in-
vadiu Namalkah. Ao contrário do front de Bielefeld, dução aos batalhões por preços irrisórios, sob pena
em Namalkah ocorreram menos batalhas grandiosas de serem desapropriadas pelo exército Purista. Não acharam que ele iria conclamar o povo, incentivan- Mas nem todos ficaram parados.
e mais escaramuças espalhadas. Isso ocorreu devido humanos foram presos. Anões foram forçados a do-os a se erguer contra a dominação Purista. O que Em Campodouro, um feudo no norte de
à geografia do Reino dos Cavalos. trabalhar em condições terríveis, muitos morrendo aconteceu foi o exato oposto. O monarca disse que Deheon, a jovem e valente Valerie Hardfeld, filha
Com um território extenso, mas população re- de exaustão e calor em fundições que nunca param. era uma época difícil, na qual todos passariam por do senhor das terras, o Conde Aldir Hardfeld, re-
lativamente pequena, Namalkah possui grandes re- E halflings e membros de outras raças “inúteis”, provações, e que o melhor seria ajudar os “amigos cebeu as notícias da tirania Purista em Zakharov
giões desabitadas. O povo vive em pequenos feudos segundo a doutrina purista, foram simplesmente de Yuden”. Não se sabe ao certo porque Walfengarr com indignação. Reunindo um bando de cavaleiros
(conhecidos aqui como “estâncias”) ou em fazendas massacrados e enterrados em valas comuns. agiu assim. O medo dos Puristas é a explicação mais leais, partiu para o Reino das Armas. Chegando lá,
isoladas. Se o arsenal responsável pela campanha em O povo de Zakharov começou a reclamar da simples, e talvez a certa. Mas é possível que o monarca arregimentou as milícias de vilas do sul do reino e
Namalkah marchasse unido, jamais conseguiria ata- ocupação, mas os Puristas tomaram medidas para genuinamente acredite que se submeter a Yuden seja então atacou e tomou Trokhard, uma das maiores
car todos os alvos. Assim, seus batalhões se separaram, sufocar uma revolta. Habitantes de Zakharov pegos a melhor opção. Afinal, Zakharov é ameaçado pela cidades da região. Puristas que não se renderam fo-
e estão operando de forma quase independente. reclamando sofreram multas pesadas, sob a alegação Tormenta, e o Exército com uma Nação talvez seja ram atirados das muralhas da cidade.
O sul do Reino dos Cavalos está tomado pelo de estarem “incitando a desordem”. Em casos mais bem-sucedido onde o Exército do Reinado falhou. Valerie e sua milícia ainda estão lá. A cidade é
conflito. Crianças, anciões e enfermos fugiram para graves, foram levados para acampamentos militares, Seja como for, Walfengarr decretou que durante a um porto seguro para não humanos e humanos que
o norte ou se esconderam em bosques ou grutas. Já onde eram “interrogados” — na prática, espancados guerra todos devem se submeter aos batalhões, e não concordam com os Puristas, incluindo soldados
os homens e mulheres jovens e adultos pegaram em até aceitar o comando Purista. que os oficiais Puristas terão autoridade total sobre de Zakharov que desobedeceram ao decreto real.
armas. A cada dia, reforços de Namalkah chegam das Até então, as autoridades de Zakharov nada ha- o povo. Por fim, colocou suas tropas à disposição Mas, tendo que lutar contra a força combinada dos
estâncias mais longínquas. Se eles serão suficientes viam feito. Quando a situação se tornou insustentá- dos generais Puristas. A atitude do monarca matou batalhões de Yuden e das tropas legalistas do Reino
para deter os Puristas, ainda é cedo para dizer. vel, o Rei Walfengarr Roggandin discursou. Alguns qualquer semente de rebelião. das Armas, a situação é drástica. Para piorar, também

92 93
Usando o Poderio Fronts menores • Ganchos de Aventuras •
Embora as maiores movimentações de tropas es-
Na primeira parte da matéria, apresenta-
tejam em Bielefeld, Namalkah e Zakharov, a Guerra
mos a estatística Poderio, que serve para medir Gritos de ordens e clangor de espadas. A seguir estão alguns ganchos de aventuras en-
Artoniana se espalhou por outras regiões do Reinado.
a força de uma tropa. Essa estatística deve ser Sangue e lama. O tropel dos cavaleiros e volvendo a Guerra Artoniana. Atente-se também às
usada com as regras de combate em massa Hongari foi invadido por companhias mercená- particularidades de cada front quando for criar uma
as explosões das bolas de fogo. E, é claro,
apresentadas na Dragão Brasil 130. rias de Portsmouth, que vagam pelas colinas pilhan- aventura. Em Bielefeld temos uma guerra de fanta-
do e queimando vilas halflings. São acompanhados
paredes de escudos. Um campo de batalha
Um general recebe +1 nos testes de Co- sia medieval mais “padrão”, com grandes batalhas e
por agentes do Graath — a polícia secreta do Conde é um ótimo cenário para uma aventura —
nhecimento (estratégia) para cada 20% que cercos a cidades muradas, cavaleiros em armaduras
Ferren Asloth, que garante que parte substancial dos e uma guerra é um ótimo pano de fundo
o Poderio de seu exército for maior que o do brilhantes enfrentando soldados cruéis, nobres dan-
saques vá para os cofres reais. Halflings são pacífi- para uma campanha! do ordens de seus castelos e o povo ajudando seus
exército inimigo (arredondado para baixo).
cos, e a maior parte deles simplesmente fugiu para Uma campanha com temática militar funcio- campeões. Se você quer algo épico, este é o seu lugar.
Para fazer esse cálculo, divida o Poderio tocas debaixo das colinas. Alguns, entretanto, se na bem em diversos níveis. Para começar, fornece
maior pelo menor, subtraia 1 do resultado edi- Já em Namalkah, substituímos as cidades mura-
ergueram contra os invasores. Formaram pequenos uma boa razão para manter o grupo junto e lhe dar
vida o valor restante por 0,2. O resultado será das por vilas com paliçadas. O esplendor da carga de
bandos que emboscam os mercenários, disparam direcionamento. Todos os personagens podem ser
o bônus que o general receberá. cavalaria dá lugar a escaramuças aguerridas, em que
tiros de funda e então fogem para os ermos antes membros de uma mesma unidade — as tropas jura- poucos valentes formam paredes de escudos sobre
Por exemplo: um exército com Poderio 25.000 que possam ser atacados em corpo a corpo. Mesmo das a um barão, uma companhia do Exército Real de
a lama e lutam para defender seus lares e famílias.
enfrenta outro com Poderio 17.000. 25.000 / esses valentes sabem que, sem heróis para ajudá-los, Deheon, a guarnição de um castelo — e subordina-
Se você quer algo mais “duro” e menos “brilhante”,
17.000 = 1,47 – 1 = 0,47 / 0,2 = 2,35. Logo, a luta está perdida. dos a um mesmo nobre ou oficial — um PdM que
mas não com menos valentia, leve seu grupo para o
o general do exército mais poderoso recebe +2 em Ao sul, o pequeno reino de Collen está sendo será praticamente a “voz do mestre” na campanha,
Reino dos Cavalos.
seus testes. invadido por mercenários, bandidos e bárbaros. passando as missões para o grupo. Também fornece
Essa regra substitui os modificadores por Suspeita-se de que os invasores foram contratados um inimigo claro (o exército adversário) e um obje- Por fim, em Zakharov temos um lado mais
superioridade numérica e qualidade de tropas, por nobres de Ahlen, que aproveitaram o caos tivo final bem definido (o fim da guerra). sombrio da guerra. No Reino das Armas ocorre uma
pois o poderio leva em conta ambos fatores. no Reinado para aumentar seus ganhos — sem guerra civil, com parte da população apoiando os
Os personagens podem ter uma base de opera-
Caso o mestre não tenha como calcular o po- se incriminar diretamente, como são as coisas no Puristas — seja por concordar com sua ideologia,
ções — um acampamento, uma cidade, um forte
derio, pode continuar usando os modificadores Reino da Intriga. seja por estar lucrando vendendo armas para eles
— com um elenco de coadjuvantes recorrentes.
da matéria, mais abstratos, mas mais simples. — e parte lutando por sua liberdade. Encontros
Ao norte de Yuden, o recém-independente reino Desde os mais clichês, como o oficial instrutor
discretos em tavernas podem ser mais tensos que
de Svalas luta para manter sua liberdade. Contando exigente, o médico rabugento e o mercador que
qualquer luta, e decidir em quem confiar uma de-
há inimigos dentro das muralhas, pois nem todos os apenas com uma pequena milícia liderada pela sua fornece suprimentos para a unidade, até tipos mais
cisão de vida ou morte.
habitantes de Zakharov são contra a ocupação. Do- regente, a donzela espadachim Lady Ayleth, Svalas sutis, como o escriba que registra as façanhas dos
nos de grandes oficinas, por exemplo, conseguiram não tem chance contra os Puristas, e só não foi soldados e o nobre almofadinha que secretamente
lucrar com os Puristas — a demanda nunca esteve conquistado ainda porque os batalhões têm preocu- é um espião sagaz. Aldeia em apuros
tão alta, e o fato dos batalhões pagarem pouco pelas pações maiores. Quando Yuden se voltar a Svalas, a Por fim, uma campanha militar permite ce- Um batalhão Purista está a poucos dias de marcha
armas é suplantado pelo uso do trabalho forçado de única esperança do pequeno reino será a intervenção nários variados. Afinal, uma guerra envolve mais de uma aldeia. Assim que chegar, irá massacrar todos
não humanos, agora permitido. dos deuses... Ou de heróis. do que apenas batalhas: diplomacia, espionagem e os aldeões... A não ser que os personagens os impeçam!
Com tudo isso, parece questão de tempo até que Com o caos generalizado, talvez existam outros até mesmo o comércio podem render encontros e A aventura começa quando os aldeões pedem
Valerie e sua milícia sejam derrotadas. lugares assolados pelo conflito. aventuras interessantes. ajuda aos aventureiros. Como alternativa, um nobre

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que quer proteger o lugar, mas não tem tropas para ação), etc. Apresente alguns PdMs visivelmente in-
isso, pode fazer o pedido. Ou, ainda, os próprios defesos. O ferreiro pode ter perdido as pernas quan-
personagens, em suas andanças, podem avistar o do uma árvore caiu sobre ele; a curandeira pode ser
batalhão indo na direção da comunidade. O inte- uma anciã; e a criança fofinha, bem, é uma criança.
ressante desta opção é que são os próprios heróis A conclusão da aventura é a batalha em si.
que devem dar para o povo a notícia ruim de que Descreva o batalhão se aproximando e os aldeões
um batalhão inimigo se aproxima. se escondendo em suas casas, contando com os he-
A segunda parte da aventura a preparação para róis para protegê-los. O comandante inimigo pode
a batalha. Permita que os personagens façam coisas querer falar com os personagens — mas não estará
como erguer defesas (cavar trincheiras, erguer pali- interessado em negociar, e sim em intimidá-los ou
çadas...), treinar homens e mulheres para ajudar na se gabar — ou simplesmente mandar seus soldados
batalha, etc. Nesta parte, é importante definir quanto para cima deles, iniciando logo a batalha. Durante
tempo o batalhão levará para chegar. O ideal é alguns a luta, descreva o povo assustado e como os casebres
poucos (1d3) dias. Menos que isso e a cena não terá são frágeis perante as armas do batalhão. Os joga-
graça, pois os jogadores não terão tempo para nada. dores devem entender que não estão lutando para
Mais que isso e opções como evacuar a aldeia ou saquear uma masmorra, ou por qualquer outra mo-
chamar ajuda externa se tornam viáveis, o que não é tivação meramente financeira, típica de grupos de
a ideia aqui (mas veja outros ganchos, a seguir). aventureiros, mas sim para salvar pessoas indefesas!
Você pode resolver essa cena detalhadamente ou De fato, no meio da batalha, um dos PdMs que
com um desafio de perícia, fornecendo um teste por os personagens conheceram pode ser ameaçado por
dia para cada personagem. A cada sucesso, os heróis soldados. Caberá a um personagem se arriscar para
conseguem erguer uma defesa (algo que forneça um salvá-lo. Uma cena legal envolve uma casa pegando
bônus temporário na classe de armadura para um fogo com pessoas lá dentro. Um dos personagens
personagem, atrase um inimigo...), treinar uma uni- precisa sair do combate para resgatar as pessoas,
dade de aldeões para ajudar na batalha, etc. Tente sofrendo dano de fogo e tendo que fazer testes de
aceitar as ideias dos jogadores, a não ser que sejam Fortitude contra a fumaça enquanto isso!
realmente esdrúxulas. Para mecânicas, você pode se O tamanho da tropa depende do nível do gru-
inspirar em magias. Por exemplo, colocar estacas no po. Se o grupo for de nível baixo, 10 ou 20 soldados
chão pode simular o efeito de pedras afiadas. podem ser suficientes. Para grupos de nível mais Maga de
Use esta cena também para introduzir PdMs da alto, aumente a quantidade de acordo. Acima de 20 batalha de
aldeia, e faça com que os jogadores se importem com inimigos, use as regras de unidades militares, ou o Wynlla e
eles. O jeito mais fácil de conseguir isso é fazer com seu golem:
combate ficará muito lento. É claro, o tamanho da
um exército
que os PdMs ajudem o grupo. Por exemplo, eles tropa também define o tamanho da comunidade. pequeno,
podem encontrar um ferreiro que melhore um item Não faz sentido que 10 soldados ameacem uma vila mas temível
deles de graça, uma curandeira que lhes dê bálsamos com mil habitantes — da mesma forma, um ba-
restauradores, uma criança fofinha que restaure a fé talhão inteiro não perderia tempo com um mísero
deles na humanidade (concedendo um ponto de povoado de cinquenta pessoas.

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Este gancho é simples, direto e, de certa forma, palpável, estipule a quantidade de provisões que Grande batalha bate em massa como soldados rasos, quando subirem
o mais básico de uma campanha militar. Por outro o povo possui, medida em dias. Por exemplo, as de nível e se tornarem líderes, se lembrarão do tempo
Os exércitos se movimentam. Os generais traçam em que eram pobres coitados e acharão tudo mais di-
lado, nenhuma história de guerra está completa pessoas têm comida para 15 dias, e o porto seguro
seus planos. As trombetas tocam. É hora da batalha! vertido. Mas se os personagens rotineiramente forem
sem pelo menos uma batalha entre os personagens, que buscam está a duas semanas. Ou seja, pos-
sozinhos, contra uma tropa inimiga! Para variações suem um dia de “sobra”, mas se atrasarem mais do Não podemos ter uma campanha militar sem “mais um na multidão” poderão se cansar.
desse gancho, os personagens podem ter que prote- que isso, começarão a passar fome. Se você quiser pelo menos um combate em massa! O importante Novamente, você pode dividir esta aventura em
ger outros tipos de comunidade, como um mosteiro um clima realmente sombrio, pode matar alguns aqui é a escala: não se trata do grupo sozinho contra três partes. Na primeira, o grupo descobre a batalha
isolado, uma vila élfica no meio da floresta, etc. camponeses de fome a cada dia sem provisões. poucos inimigos. Os inimigos são muitos — mas os iminente e se junta ao exército (se ainda não for par-
personagens também não estão sozinhos. te dele). Os próprios personagens podem descobrir
Para jogadores mais interessados em combate,
Evacuação faça batedores do exército inimigo alcançarem o O combate em massa pode ser um cerco ou a movimentação inimiga (ao acaso ou como uma
grupo de tempos em tempos. uma batalha campal. Os personagens podem estar missão de batedores) e avisar o nobre ou oficial co-
Como no gancho anterior, uma aldeia ou outra na cidade ou acompanhando o exército, ser convo-
A conclusão da aventura deve ser uma última mandante de seu exército.
comunidade está no caminho de tropas inimigas. Mas cados às pressas ou ouvir notícias (por um viajante,
aqui, não existe a opção de lutar. Para que as pessoas se batalha. A diferença aqui é que o objetivo não é Na segunda parte, os aventureiros se preparam
em uma hospedaria de beira de estrada) de que uma para a batalha. A escala do que eles poderão fazer
salvem, devem fugir! derrotar o exército inimigo, mas sim dar tempo às batalha está prestes a acontecer e correr para ajudar.
pessoas escaparem. Calcule um combate difícil, fei- aqui dependerá do nível deles, assim como de sua
Mais uma vez, a primeira parte da aventura Grupos de nível baixo serão soldados rasos, su- posição dentro do exército. Se forem de nível baixo/
envolve a descoberta do perigo. Algum fazendeiro, to para os jogadores perderem. Então, estipule uma
bordinados a um oficial intermediário (como um soldados rasos, a preparação será garantir algumas
caçador, mascate ou qualquer outra pessoa que viva quantidade de rodadas que o grupo deve resistir e
sargento ou capitão) e sequer terão acesso aos planos poções de cura no templo local e coisas similares.
afastada ou na estrada pode ver a movimentação das descreva, a cada rodada, as pessoas chegando à segu-
dos generais. Grupos de nível médio podem ser ho- Ou seja, preparações mais para eles do que para o
tropas inimigas e avisar os aldeões ou os personagens. rança graças aos esforços dos personagens. Uma vez
mens de confiança de um nobre ou alto oficial, com exército como um todo. Se o grupo for de nível mé-
A partir disso, as pessoas decidem fugir. Para onde que todos estejam em segurança, o próprio grupo
autoridade sobre soldados comuns e missões especí- dio ou alto, poderão fazer coisas mais abrangentes.
exatamente, depende do cenário. Pode ser uma ci- pode fugir também.
ficas. Por fim, grupos de nível alto podem participar Por fim, a batalha em si. Use as regras de com-
dade murada, um castelo, uma floresta... No fundo, Por exemplo, para chegar ao lugar onde ficarão do planejamento, tomando decisões estratégicas — bate em massa apresentadas na Dragão Brasil 130.
não é tão importante, pois quando o grupo chegar seguras, as pessoas devem passar por um desfiladeiro, ou até mesmo serem os líderes do exército. Estipule os valores de Conhecimento (estratégia)
lá, a aventura termina (mas pode ser importante para ponte ou outro caminho estreito. Quando come- Uma aventura na qual os personagens são pessoas dos dois generais (supondo que o exército do grupo
a próxima aventura, é claro). Importante: para que çam a passagem, o exército inimigo finalmente as “comuns” — apenas mais um grupo de soldados no não seja liderado por um dos próprios personagens)
este gancho funcione, você deve deixar claro para alcança. Cabe ao grupo ficar no fim da fila, lutando meio de um grande exército — pode ser bem diver- e os modificadores específicos da batalha. Quaisquer
os jogadores que lutar será suicídio. Descreva uma contra os soldados e dando tempo para que as pes- tida. Ver os jogadores se esforçando para ajudar seu preparações que os aventureiros tiverem feito na
quantidade de inimigos absurdamente alta para o soas passem. Se o grupo estiver guiando 80 pessoas, exército, apenas para ver tudo ir por água abaixo por parte anterior podem refletir em bônus para o seu
nível do grupo, ou um inimigo muito poderoso e a cada rodada dez pessoas conseguirem passar, o causa da rolagem ruim de um PdM, pode propor- general/penalidades para o general inimigo aqui.
(como um colosso). grupo precisará segurar os inimigos por 8 rodadas. cionar boas risadas. Mas faça os jogadores rolarem Você vai precisar preparar as fichas dos membros
A segunda parte envolve a evacuação em si. Menos que isso e inocentes serão mortos! pelo general do exército deles, pois assim eles não do exército inimigo, mas lembre-se de que você preci-
Aqui, o trabalho do grupo é ajudar as pessoas co- Assim como no gancho anterior, a graça aqui poderão culpar você! sa apenas dos valores de classe de armadura, testes de
muns a superarem uma jornada árdua. Exemplos está no fato da batalha ter um objetivo verdadeira- Tome cuidado para não exagerar. Uma aventura resistência, ataques e danos. Com exceção do próprio
de desafios incluem arranjar comida, evitar o frio, mente heroico. O RPG de computador The Banner na qual os personagens são “bucha de espada” é legal, general, não é necessário ter fichas completas! Gru-
atravessar um rio ou penhasco e expulsar feras Saga é envolve uma caravana em êxodo, fugindo de até para fazer os jogadores verem as coisas com outra pos de nível mais baixo terão que ser mais prudentes,
e monstros do caminho. Para tornar isso mais um exército inimigo. Vale a conferida! perspectiva. Inclusive, se eles passarem por um com-

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avançando e recuando nas áreas da batalha conforme
sejam feridos. Grupos mais poderosos podem ser mais Contagem de mortos
ousados, e procurar até mesmo enfrentar o exército Uma campanha temática — isto é, com um
inimigo (ou seja, ficar “atrás das linhas inimigas” e pano de fundo que interliga as aventuras — nor-
rolar um 19 ou 20 no teste de evento). malmente funciona melhor do que uma na qual os
O pós-batalha pode ser tão interessante quanto a personagens simplesmente pulam de masmorra para
batalha em si. Seja uma vitória ou derrota, descreve as masmorra, sem que haja nenhuma relação entre elas.
suas consequências. Por exemplo, se os personagens O motivo é óbvio: aventuras interligadas garantem
estavam defendendo uma cidade e forem derrotados, uma história mais coesa.
a cidade estará em mãos inimigas. A taverna ou loja De todos os temas, um dos melhores é a guerra.
preferida dos personagens não estará mais acessível, Isso porque um pano de fundo militar abre diversos
PdMs queridos podem ser presos ou executados, etc. ganchos. Diplomacia, espionagem e até mesmo
Seja como for, o mundo nunca mais será o mesmo logística são elementos que rendem aventuras inte-
— e os jogadores terão feito parte disso. ressantes. Isso sem contar as próprias batalhas!
Embora isso tudo seja legal, tome cuidado para
Outros ganchos não saturar seu grupo. Sim, ter uma campanha temá-
Nem todas as aventuras em uma campanha mi- tica é legal. Porém, se todas as aventuras forem sobre
litar precisam ser sobre batalhas. o mesmo tema, as coisas podem ficar enjoativas. Uma
boa medida é alternar entre aventuras ligadas ao tema
Escolta. O grupo deve escoltar uma pessoa e aventuras “genéricas”. Por mais que seus persona-
importante — um nobre, oficial, mensageiro com gens estejam envolvidos na guerra, por exemplo, uma
informações importantes, etc. — por território ini- aventura na qual eles partam atrás de um tesouro
migo. Precisam ser discretos, talvez se disfarçando, e pirata no Mar Negro pode ser boa para variar.
se forem atacados, precisam colocar a segurança do
VIP acima da deles próprios! Na própria Guilda, alterno entre aventuras liga-
das à guerra e outras na qual os heróis podem sim-
Espionagem. Um clássico! Os personagens devem plesmente desbravar masmorras, matar monstros,
se infiltrar numa cidade, fortaleza ou acampamento coletar tesouros e fazer outras coisas de “heróis”. É
inimigo, roubar planos de batalhas ou outra informa- claro que, de tempos em tempos, o tema principal
ção importante e sair de lá vivos para contar a história. volta. Até por que não há nada melhor do que bater
Suprimentos. Os personagens precisam obter em Puristas!
suprimentos para uma cidade sitiada ou exército
acampado — armas, comida, remédios... Talvez haja Guilherme Dei Svaldi
uma oficina de anões nas redondezas (armas), um
bosque com árvores frutíferas mágicas protegidas por Para mais informações e ideias sobre a
druidas (comida), um templo de Lena (remédios). Guerra Artoniana, acompanhe a Guilda
Encontrar o lugar é metade do desafio. Negociar com do Macaco. Novos episódios são jogados
seus habitantes, a outra metade! ao vivo toda terça-feira, às 20h30.

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