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Comissão
Interna de
Prevenção de
Acidentes
Hospital Tramandaí
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Siglas
CA – Certificado de Aprovação
NR – Norma Regulamentadora
PA – Pressão Arterial
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Sumário
Objetivos do Treinamento……………………………………………………………...………………………..04
Introdução………………...…………………………………………………………….………………………...04
Conceitos e Objetivos da CIPA…………………………………………………………………………………04
Conceito Atual da CIPA…...……………………………………………………………………………………..05
Papel do Cipeiro…………...……………………………………………………………………………………..05
Atribuições do Cipeiro……..…………………………………………………………………………………….06
CIPA: Constituição. Organização. Funcionamento…………………………………………………………..08
CIPA: Treinamento. Obrigações..………………………………………………………………………………09
Gestão Participativa……….……………………………………………………………………………………..10
Comissões de Trabalho…………...…………………………………………………………………………….10
Introdução à Segurança no Trabalho e Histórico da Segurança………….………………………………...11
Primeiras Obras Científicas……………………………………………………………………………………..12
Segurança do Trabalho no Brasil………………………………………………………………………………13
Medidas de Controle e Proteção dos Riscos….………………………………………………………………15
Equipamentos de Proteção………………………………………………………………………..……………15
Riscos Ambientais…...…………………………………………………………………………………………..24
Riscos Físicos..………….……………………………………………………………………………………….25
Riscos Químicos…………..……………………………………………………………………………………..26
Riscos Biológicos………………………………………………………………………………………………...27
Riscos Mecânicos/Acidentes…………………………………………………………………………………...28
Riscos Ergonômicos………..……………………………………………………………………………………28
Processo de Avaliação e Gerenciamento de Riscos nos Ambientes de Trabalho………………………..30
Gerenciamento de Riscos……………………………………………………………………………………….31
Metodologia de Investigação e Análise de Acidentes e Doenças do Trabalho……….…………….……..33
Campanhas Internas de Segurança do Trabalho...…………………………………………………………..36
Proteção Coletiva e Individual….……………………………………………………………………………….38
Lista de EPI’s……………..………………………………………………………………………………………44
Prevenção de Incêndio…...……………………………………………………………………………………..47
Primeiros Socorros………..……………………………………………………………………………………..51
Ergonomia……………….………………………………………………………………………………………..56
Ginástica Laboral ………………………………………………………………………………………………..64
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Objetivos do Treinamento
CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
INTRODUÇÃO
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CIPA
Prevenção: é o que define claramente o papel da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. É sua
meta principal. Prevenção significa caminhar antes do acidente. É a atuação do cipeiro quando se
depara com alguma situação de risco capaz de provocar um acidente, inerente à atividade laboral
desenvolvida.
Acidente: “qualquer ocorrência imprevista e sem intenção que possa causar danos ou prejuízos à
propriedade ou pessoa”.
CIPA
Conceito Atual
CIPA é uma comissão composta unicamente por empregados, sendo os representantes dos
empregados eleitos por voto secreto e os representantes do empregador designados por ele, de
acordo com o dimensionamento e grau de risco de cada empresa, com o objetivo de prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
O papel do cipeiro
Você foi escolhido para fazer parte da CIPA. Mas, sem dúvida, há em você algumas
qualidades, como vontade de colaborar, bom senso, responsabilidade e outras, que foram percebidas
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por aqueles que o escolheram e o viram como alguém capaz de desempenhar, a contento, o papel de
cipeiro. É aqui que sua responsabilidade começa, na medida em que esperam uma atuação positiva de
sua parte.
E agora? O primeiro passo é acreditar que algo pode ser feito para a prevenção de acidentes em sua
empresa, que a CIPA não é abstrata, mas que pode desenvolver um trabalho concreto, real.
Dificuldades poderão existir, visto que você nunca trabalhará sozinho. O cipeiro faz parte de
uma Comissão que, por sua vez, poderá esbarrar em outras áreas da empresa. Isto porque a CIPA
depende:
É necessário, pois, que o cipeiro esteja consciente dessa situação, de sua responsabilidade e
que se proponha a ser um agente de mudança, no sentido de ser o elemento de articulação para
resolver os problemas. Para tanto, é indispensável que o objetivo da CIPA – PREVENÇÃO DE
ACIDENTES – norteie todas as suas ações. O grupo ganhará maior coesão se todos os seus membros
reconhecerem a importância deste objetivo.
Ter uma atitude receptiva com tudo quanto diz respeito à prevenção de acidentes;
Estar predisposto a participar do treinamento para membros da CIPA, para adquirir
conhecimentos específicos, necessários à sua atuação;
Buscar e propor soluções para os problemas que porventura surjam, como se isto
dependesse especialmente dele.
A prevenção de acidentes não se faz de noite para o dia. É preciso trabalhar tendo em mente
as dificuldades, mas com a convicção de que pode ser concretizada, se houver boa vontade, por parte
de todas as pessoas envolvidas, e persistência nos objetivos.
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de Segurança e em Medicina do Trabalho), onde houver. Elaborar plano de trabalho que possibilite a
ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho.
Realizar, a cada reunião (mensal), avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano
de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas.
Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e
saúde dos trabalhadores.
4 Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados.
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NR 05 – CIPA
DA CONSTITUIÇÃO
Toda e qualquer empresa privada, pública, sociedades mistas, órgãos da administração direta ou
indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições
que admitam trabalhadores como empregados.
DA ORGANIZAÇÃO
DO FUNCIONAMENTO
As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em local
apropriado;
As reuniões terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para todos os
membros;
O membro titular perderá o mandato, faltando a mais de quatro reuniões sem justificativa;
Quando ocorrido uma vaga definitiva de cargo, a mesma será suprida por suplente, obedecendo a
ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o empregador comunicar à
unidade do MTE as alterações e justificar os motivos.
A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da
posse.
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DO TREINAMENTO
O treinamento da CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias, contados à
partir da data de posse.
O treinamento terá carga horária de 20 horas, distribuídos em no máximo 8 horas diárias e será
realizado durante o expediente normal da empresa.
O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa se houver, outra entidade patronal,
entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimento aos temas ministrados.
A CIPA deverá ser ouvida sobre o treinamento, inclusive quanto à entidade ou profissional que o
ministrará, constando em ata, cabendo à empresa escolher a entidade que ministrará o treinamento.
Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade
do MTE, determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo máximo
de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a decisão.
DAS OBRIGAÇÕES:
Cabe ao empregador:
Cabe ao empregado:
Colaborar com a gestão da CIPA; Indicar à CIPA, ao SESMT, e ao empregador situações de riscos e
apresentar sugestões para melhoria;
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Objetivos da CIPA
Esses objetivos serão atingidos na medida em que a CIPA tiver uma atuação positiva, no interesse
em resguardar a integridade física dos trabalhadores da empresa.
A CIPA atuando com esta filosofia de comissões de trabalho, cria motivações nos cipeiros,
melhorando suas participações e tirando-os da conhecida inércia. Esta metodologia manterá mais
coesos todos os membros da CIPA e firmará integração com SESMT, RH e os demais funcionários da
empresa e, por fim, ainda melhorando o grande problema da (falta) presença assídua de seus
membros nas reuniões ordinárias. Vale salientar que tudo dependerá da vontade, cooperação e
imaginação de seus membros titulares e suplentes para movimentar sua comissão de trabalho.
Comissões de Trabalho
Uma nova metodologia de funcionamento da CIPA buscando como tema principal: “CIPA – A
qualidade da Segurança a seu serviço”.
1- Comissões de Acidentes:
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2- Comissões de Assistência do Acidentado:
Os membros desta comissão deverão, por obrigação reunir-se pelo menos uma vez por
semana até concluir o MAPA DE RISCOS da empresa, conforme a NR-5. Os membros desta
comissão também deverão estudar junto com os profissionais do SESMT os agentes do processo
produtivo antes de começarem a confeccionar o MAPA DE RISCOS, e a cada reunião mensal da
CIPA apresentar o que já foi concluído. Negociar com a gerencia ou administração da empresa os
prazos para resolver alguns problemas levantados no mapa, para reduzir o tamanho dos círculos
dos agentes agressores.
460 - 375 AC - HIPÓCRATES (Pai da Medicina), descrevem na sua obra “Ares, Águas e Lugares”:
Intoxicação Saturnina - Verminose dos mineiros - Cólicas intestinais dos trabalhadores de Pb.
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99 - 55 AC - LUCRÉCIO (poeta latino) descreve os horríveis e penosos trabalhos nas minas de
Siracusa, cujas tarefas diárias prolongavam-se por 10 horas, em galerias de 1 metro de altura por 0,60
m largura
(cita que em algumas regiões as mulheres chegavam a casar 7 vezes, dada a precoce morte dos
maridos).
1567 - PARACELSO - seu livro aborda as relações entre trabalho e doença, com destaque as
intoxicação pelo mercúrio.
1700 - BERNADINO RAMAZZINE (Itália) - Livro “De Morbis Artificum Diatriba” descreve cerca de 100
profissões diferentes, bem como os riscos específicos de cada uma delas.
➔ doenças ocupacionais;
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SEGURANÇA NO TRABALHO NO BRASIL
1955 à 1960 – Aumento da industrialização nacional. A situação relacionada aos acidentes de trabalho
piorou pelos seguintes fatores:
1988 – NRR Normas Regulamentadoras Rurais – Aprovação da portaria 3067 de 12 de Abril de 1988.
“O direito de viver e trabalhar em um meio ambiente sadio deve ser considerado como um dos
direitos fundamentais do homem“. (Carta de Brasília, 25/08/71, VII Reunião do Conselho da União
Internacional dos Magistrados).
Não se sabe ao certo quando o homem começou a se preocupar com os acidentes e doenças
relacionadas com o trabalho. Já no séc. IV a. C., faziam-se referências à existência de moléstias entre
mineiros e metalúrgicos.
Mas foi com a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra, no final do séc. XVIII e com o
aparecimento das máquinas de tecelagem, movidas a vapor, que a ocorrência de acidentes aumentou.
A produção, que antes era artesanal e doméstica, passa a ser realizada em fábricas mal
ventiladas, com ruídos altíssimos e em máquinas sem proteção. Mulheres, homens e principalmente
crianças foram as grandes vítimas.
No Brasil, onde a industrialização tomou impulso a partir da 2ª Guerra Mundial, a situação dos
trabalhadores não foi diferente: nossas condições de trabalho mataram e mutilaram mais pessoas que
a maioria dos países industrializados do mundo.
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Com o objetivo de melhorar as condições de saúde e trabalho no Brasil, a partir da década de
30, várias leis sociais foram criadas; dentre elas, ressalta-se a obrigatoriedade da formação da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.
A partir daí, a CIPA sofre várias regulamentações, mas a preocupação com a Segurança e
Saúde do trabalhador ainda é pequena.
Quando da divulgação das primeiras estatísticas de Acidentes do Trabalho pelo então Instituto
Nacional de Previdência Social – INPS, tem-se conhecimento da gravidade da situação da Segurança
do Trabalho no Brasil – 16,75% de trabalhadores acidentados no ano de 1970.
Diante desses dados, uma série de medidas foram tomadas para tentar reverter a situação. Dentre
elas, ressaltamos:
Estas medidas têm colaborado para a redução do número de acidentes e doenças do trabalho
oficialmente divulgados. Porém, a complexidade das questões, relativas ao registro de acidentes e
doenças profissionais, torna difícil precisar o índice dessa redução, pois uma quantidade muito grande
de trabalhadores não é registrada e, portanto, seus acidentes e doenças não são comunicados ao
INSS e à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego.
Diante da persistência de elevados índices de acidentes de trabalho, com grandes perdas humanas e
econômicas, surgem o Mapa de Riscos Ambientais, o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais), o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) e, em fevereiro de 1999,
a Portaria 8, modificando a redação NR – 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
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Estes instrumentos representam a busca do comprometimento e envolvimento dos empresários e dos
trabalhadores na solução de um problema que interessa a todos superar.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO.
Eliminação do risco – Do ponto de vista da segurança, esta deve ser a atitude prioritária da empresa
diante da situação de risco.
A eliminação do risco pode ocorrer em vários níveis da produção:
Na substituição de uma matéria-prima tóxica por uma inócua, que ofereça menos riscos à
saúde do trabalhador.
Na alteração nos processos produtivos.
Realizando modificações na construção e instalações físicas de empresa.
Produzindo alterações no arranjo físico.
Sinalização de risco – A sinalização de risco é recurso que se usa quando não há alternativas que se
apliquem às duas medidas anteriores: eliminação e neutralização do risco pela proteção coletiva.
A sinalização deve ser usada como alerta de determinados perigos e riscos ou em caráter
temporária, enquanto tomam-se medidas definitivas.
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A legislação trabalhista prevê que:
É obrigação do empregador:
É obrigação do trabalhador:
Importante:
Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa
fabricante ou importador, e o numero do CA (Certificado de Aprovação)
O trabalhador está sujeito a sanções trabalhistas podendo até ser demitido por justa causa.
Quando o controle no ambiente não for suficiente ou possível para eliminar ou neutralizar o
risco, utiliza-se o controle individual. Dentro das medidas individuais que podem ser aplicadas, a lei
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prevê o uso de EPI, estabelecendo-se que deverá ele diminuir a intensidade do agente a limites de
tolerância.
Deste modo, o EPI a ser adquirido deve adequar-se ao risco e possuir fator de proteção que
permita reduzir a intensidade do agente insalubre a limites de tolerância. Além disso, o uso efetivo de
EPI é fundamental: portá-lo não significa uso efetivo. A NR-6 estabelece que a empresa é obrigada a
fornecer gratuitamente o EPI adequado à atividade, treinar o trabalhador para o uso e torná-lo
obrigatório. Já o trabalhador é obrigado a conservar e usar o EPI.
Com relação à periculosidade, não ocorre a neutralização mediante a utilização do EPI, pois esta é
inerente à atividade. O pagamento do adicional de periculosidade somente poderá ser cessado com a
eliminação do risco.
Protetores faciais: destinados a proteção dos olhos e da fase, dos riscos ocasionados por partículas,
respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas.
Óculos de Segurança contra impactos: para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos,
provenientes de impactos de partículas.
Este tipo de óculos é indicado para uso por parte de encanadores, ferramenteiros, funileiros, furadores,
laminadores, lixadores, mecânicos, pedreiros, serralheiros e torneiros, entre outros.
Óculos de Segurança contra respingos: para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e
outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos e metais em fusão.
São indicados para trabalhadores que executam trabalhos em laboratórios, galvanoplastia, em banhos
ácidos, operações em ácidos e demais líquidos agressivos, fundição de metais e trabalhos de metais
em fusão.
Óculos de segurança contra poeiras: para trabalhos que possam causar irritação nos olhos
provenientes de poeiras.
São indicados para algumas operações nas serrarias, carpintarias, britagem de rocha, operações com
cimento e outras operações onde existam partículas em suspensão.
Óculos de segurança contra radiações perigosas: para trabalhos que possam causar irritação nos
olhos e outras lesões decorrentes da ação de radiações perigosas.
São indicados para soldadores, ajudantes de soldadores, forneiros, ajudantes de forneiros,
alimentadores de fornos, cortadores de chapa e perfis (corte à quente) e seus ajudantes, ferreiros,
fundidores, maçariqueiros, transportadores de cadinho.
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Máscara para soldadores: Para trabalhos de soldagem e corte ao arco elétrico.
Chapéu de palha de abas larga e cor clara: para trabalhos rural para proteção do sol, chuvas,
salpicos, etc.
Luvas e/ou mangas de proteção: deverão ser usadas em trabalhos em que haja perigo de lesões
provocadas por:
Materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
Produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, solventes orgânicos e derivados
de petróleo;
Materiais ou objetos aquecidos;
Equipamentos energizados;
Radiações perigosas.
Será proibido o uso de luvas nos trabalhos em contato direto com partes giratórias de máquinas e
equipamentos.
Luvas de vaqueta ou cromo: para os seguintes trabalhos, entre outros; usinagem mecânica,
manuseio de fundidos e forjados já frios; transporte de concreto pré-moldado, sacos de cimento e
tijolos, cargas, descarga e transporte de materiais, perfuração, desmonte e britagem de pedras,
transporte de pecas usinadas ou forjadas, manuseio de chapas com rebarbas, montagem de estruturas
metálicas, dobragem e armação de ferros.
Luvas de raspa ao cromo: para os seguintes trabalhos, entre outros: Manuseio e transporte de
chapas recém-cortadas com ou sem rebarbas; transporte de pré-moldados, sacos de cimento e tijolos,
funilaria, montagem de estruturas metálicas, faxinas, usinagem mecânica; manipulação de peças;
soldagem e corte a quente.
Luvas de PVC(cloreto de polivinila): Para os seguintes trabalhos, entre outros: lavagem de pecas em
corrosivos; manuseio de ácidos, óleo, de graxa, serviços gerais de galvanoplastia, lavagem de pecas
com decapantes, lubrificação de peças; pintura a pistola ou pincel; manuseio de determinados
solventes orgânicos e derivados de petróleo, manuseio de baterias.
Luvas de borracha para eletricista: para trabalhos realizados em contato com circuitos ou
equipamentos elétricos.
Nota: As luvas de borracha para eletricistas deverão ser protegidas contra perfuração ou cortes
provocados por ferramentas ou qualquer outro material. Tal proteção far-se-á mediante luvas
protetoras adicionais, de pelica ou raspa curtida ao cromo.
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Creme protetor de segurança: para proteção dos membros superiores contra agentes químicos.
Manga de segurança: destinados a proteção do braço e antebraço, dos riscos ocasionados por
choques elétricos, produtos químicos, por agentes cortantes e perfurantes, operações com uso de
água e agentes térmicos.
Dedeira de segurança: para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
Calçado de segurança: para proteção de; impacto de objetos, choques elétricos, agentes térmicos,
agentes cortantes e escoriantes, umidade proveniente do uso de água e respingos de produtos
químicos.
Perneira de segurança: para proteção das pernas contra agentes abrasivos, escoriantes, cortantes e
perfurantes, agentes térmicos, umidade proveniente do uso de água e respingos de produtos químicos.
Calça de segurança: para proteção das pernas contra agentes abrasivos, escoriantes, agentes
térmicos, umidade proveniente do uso de água e respingos de produtos químicos.
Cinturão de segurança: com trava queda para trabalhos onde haja risco de queda.
PROTEÇÃO AUDITIVA.
Protetores auriculares: para trabalhos realizados em locais em que o nível de ruído for superior ao
estabelecido. Tipo Plugue ou concha.
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Máscara para jateamento: para trabalhos de limpeza por abrasão, através de jato de materiais
abrasivos.
Respiradores e máscaras com filtro químico: para trabalhos que ofereçam riscos provenientes de
ocorrências de poluentes atmosféricos em concentrações prejudiciais à saúde onde o teor de oxigênio
seja superior a 17% do volume no ambiente.
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Conjunto respirador autônomo: para uso em ambientes onde exista a presença de produtos nocivos
à saúde do homem, sejam eles: monóxido de carbono, dióxido de carbono, gases tóxicos, irritantes,
asfixiantes, anestésicos e que a concentração de oxigênio seja inferior a 17% do volume no ambiente.
PROTEÇÃO DO TRONCO
Vestimentas de segurança: que ofereçam proteção ao tronco contra risco de origem térmica,
mecânica, química, radiativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com o uso de água.
PROTEÇÃO SOLAR.
Comentário.
Riscos à saúde fazem com que a proteção solar seja essencial no trabalho desenvolvido a céu aberto,
como é o caso da Construção Civil e Trabalhos Rurais. A radiação ultravioleta (UV) está nos atingido
diariamente, proveniente do sol. Embora invisíveis, o efeito na pele e nos olhos pode ser visto e
sentido quando uma exposição prolongada resulta em queimaduras dolorosas.
A exposição crônica ou prolongada à radiação ultravioleta tem sido relacionada com diversos efeitos
na saúde, incluindo o câncer de pele, envelhecimento prematuro da pele e problemas nos olhos.
Apesar da Legislação Brasileira não considera como EPI os cremes de proteção solar, já que
considera nocivo apenas exposição a calor anormal de cunho artificial (sem participação do calor
oriundo do sol) não resta dúvidas o quanto a exposição ao sol causa danos a saúde dos trabalhadores.
Portanto, a orientação que se dá na proteção dos raios ultravioletas, é a do uso de filtro solar sempre
que se expor ao sol, uso de óculos escuros com proteção UV e a não exposição ao sol no final da
manhã e no início da tarde, quando os raios são mais intensos.
Vamos começar com um exemplo. Imaginemos a seguinte situação: em uma seção de uma fábrica,
existe a contaminação do ar por substâncias químicas. O que se pode fazer para proteger os
trabalhadores ali empregados?
Estas duas alternativas, proteção coletiva ou proteção individual, surgem com frequência no
momento de se tomarem medidas preventivas em relação ao risco. Existem também situações nas
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quais é necessário que tanto a proteção coletiva como a proteção individual sejam adotadas ao mesmo
tempo.
Esta etapa do curso tem por objetivo oferecer informações e conceitos para os agentes de
segurança poderem raciocinar sobre os tipos de prevenção frente aos riscos ocupacionais.
Do ponto de vista de proteção aos trabalhadores, as medidas de proteção coletiva são sempre
mais eficientes que os equipamentos de proteção individual.
O motivo disto está nas limitações dos EPI’s, mesmo quando são de boa qualidade:
Desconforto que causam aos trabalhadores;
Dificuldades que acarretam na realização das tarefas;
Problemas médicos acarretados pelo uso de EPI’s, como alergias, lesões de pele, etc.;
Inadaptação, por parte de alguns trabalhadores, ao uso do EPI;
Em certas situações, o EPI pode também facilitar a ocorrência de acidentes.
Estes problemas podem também ocorrer mesmo com a utilização de EPI’s de boa qualidade.
O motivo principal que leva muitas empresas a adotarem frequentemente a utilização de EPI’s
em prejuízo da proteção coletiva é o custo. Apesar de menos eficazes, os EPI’s tendem a ser mais
baratos que as medidas voltadas para mudanças do ambiente de trabalho. Mas os custos com EPI’s, a
longo prazo, podem ser mais elevados que as medidas de ordem ambiental e coletiva.
Apesar das limitações, existem situações nas quais é plenamente justificável a utilização de
EPI’s.
Exemplo 1:
RUÍDO
O ruído elevado é um dos problemas que se encontra com mais frequência nos ambientes de trabalho.
Os seus efeitos nocivos para a saúde e os limites de tolerância serão abordados num outro momento
(insalubridade). Aqui somente apresentamos algumas medidas de proteção possíveis.
Proteção coletiva.
As máquinas desreguladas e mal ajustadas produzem ruído; portanto apenas a sua regulagem
pode ajudar.
O isolamento acústico das máquinas barulhentas ou a sua colocação em locais isolados
podem reduzir o número de trabalhadores expostos.
A colocação de calços sob as máquinas reduz as vibrações e diminui o ruído.
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A colocação de tapumes feitos com material absorvente de som impede que o ruído se espalhe
de um setor para outro. Estes tapumes, por absorverem o som, não o refletindo de volta,
também ajudam a diminuir o barulho no próprio local onde ele se originou.
Proteção individual.
Protetor tipo Plugue é o protetor contra ruídos que se insere dentro do conduto auditivo. O mais
comum é de material plástico. Se for bem ajustado, o plugue permite uma redução da exposição ao
ruído de 6 a 20 decibéis, dependendo do material e do fabricante do EPI. Esses dados são de testes
feitos em plugues nacionais pelo laboratório de teste da Fundacentro.
Já existem em nosso meio plugues descartáveis feitos de material fibroso, pasta de poliéster, etc. Por
se moldarem ao conduto auditivo externo e serem descartáveis, não apresentam os vários
inconvenientes dos plugues feitos de plástico...
O uso de plugues pode causar alergias ou infecções no conduto auditivo, porém, com os cuidados
higiênicos devidos, este risco fica bastante reduzido.
Protetor tipo concha, quando bem ajustado, causa uma redução da exposição ao ruído de 13 a 20
decibéis. Também aqui estes dados referem-se a EPI’s nacionais testados na FUNDACENTRO.
Pelo fato de ser externo ao ouvido, tem menos inconvenientes que o plugue. Entretanto, em
ambientes quentes, causa mais desconforto. Atém disso, a utilização de óculos, cabelos compridos,
barba, capacetes ou máscaras pode dificultar ou mesmo impedir sua utilização.
Exemplo 2:
CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL
Os ambientes de trabalho podem ser contaminados pelas mais diversas substancias químicas. Estas
substâncias podem ser encontradas no ar sob a forma de gases, vapores, poeiras, etc. Evidentemente
os riscos da exposição a estas substâncias dependem de sua toxidade e de sua concentração no ar.
Isto, porém, será tratado em outro momento. Aqui serão apresentadas apenas algumas modalidades
de prevenção.
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Proteção Coletiva
A ventilação é uma técnica muito usada para reduzir a contaminação do ar. Entretanto a
simples instalação de ventiladores pode servir apenas para espalhar o ar contaminado.
Para ser eficaz, a ventilação deve ser instalada sobre a fonte poluidora e ligada a um sistema de
exaustão do ar.
A umidificação é um método muito eficaz para diminuir a contaminação em atividades que
produzam poeira. Os recursos utilizados podem ser simples, como, por exemplo, molhar o piso
ou superfícies com poeiras usando-se um ¨splay¨ de água. Outra providência é a limpeza de
superfícies empoeiradas com um pano úmido.
O enclausuramento de uma operação onde haja desprendimento de substância tóxicas ocorre
quando ela é feita em um recipiente ou compartimento isolado do ar ambiente. Trata-se de uma
das mais eficazes de eliminação da contaminação ambiental.
Proteção Individual
Na proteção individual conta a contaminação do ar, os equipamentos mais conhecidos e
utilizados depende do tipo e da concentração do contaminante.
Os problemas maiores que existem na utilização de máscaras são decorrentes do desconforto
que causam em quem as utiliza, especialmente o desconforto respiratório.
Um risco importante na sua utilização é a possibilidade de, por falta de ajuste adequado à face
do trabalhador, o ar contaminado ser inalado por frestas.
Por outro lado, os filtros devem ser periodicamente trocados e os trabalhadores, devidamente
orientados sobre quando e como fazê-lo.
Como qualquer EPI, as máscaras envelhecem e devem ser substituídas periodicamente.
A implantação do uso de um EPI nem sempre é fácil, podendo haver resistência por parte dos
trabalhadores, pelos motivos que já foram apresentados.
Não é rara a existência de situações em que os trabalhadores, reivindicam o fornecimento de
EPI’s. A CIPA e o SESMT tomam providências para a sua compra, mas no final os próprios
trabalhadores acabam não aceitando ou não usando o EPI por causa do incômodo e desconforto.
Para ajudar a superar estas dificuldades, serão apresentadas a seguir algumas condutas.
1- Nunca é demais insistir sobre este ponto: antes de pensar no EPI, verificar se não existem
alternativas de medidas de proteção coletiva que eliminem ou, pelo menos, reduzam o risco
que se quer prevenir.
2- A seguir deve-se verificar se o EPI será usado de modo contínuo durante a jornada de trabalho
ou não. Isto é fundamental quando, por exemplo, é preciso usar máscaras respiratórias.
Dificilmente um trabalhador consegue suportar o uso de máscara por longos períodos, ainda
mais se precisar fazer trabalhos que exijam esforços físicos.
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3- O próximo passo é apresentar aos trabalhadores as várias alternativas de EPI que,
eventualmente, existam para a proteção contra determinados riscos. Para que eles possam
experimentá-lo e optar pelo que lhes parecer mais conveniente.
4- Quando forem adotados certos EPI’s, é indispensável que os trabalhadores sejam submetidos
a avaliação médica para verificar a conveniência do uso do equipamento.
5- Os trabalhadores deverão receber uma orientação minuciosa sobre como utilizar o EPI e sobre
eventuais problemas que seu uso pode acarretar. Por fim, devem ser informados sobre os
riscos a que estarão sujeitos se não usarem o equipamento.
6- A empresa deverá sempre dispor de EPI’s de reserva para que, em caso de necessidade
(perda, estrago ou desgaste), a reposição do EPI seja imediata.
RISCOS AMBIENTAIS
OPERAÇÕES INSALUBRES
ASPECTOS LEGAIS
CONCEITUAÇÃO:
O Art. 189 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) define atividades ou operações
insalubres como:
“Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde acima dos
limites de tolerância, fixados em razão da natureza e da intensidade e do tempo de exposição aos seus
efeitos”.
A palavra insalubre, de origem latina, significa doentio ou tudo que pode gerar doença.
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CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS PROFISSIONAIS
AGENTES AMBIENTAIS
CLASSIFICAÇÃO:
Os fatores desencadeantes das doenças do trabalho são chamados de agentes ambientais e podem
ser classificados, segundo a sua natureza, e forma com que atuam no organismo humano.
RISCOS FÍSICOS
RUÍDO: O ruído elevado poderá produzir uma redução na capacidade auditiva do trabalhador. Quanto
mais altos os níveis encontrados, maior o número de trabalhadores que apresentarão início de surdez
profissional e menor será o tempo em que este e outros problemas se manifestarão.
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VIBRAÇÕES LOCALIZADAS: Caracterizadas em operações com ferramentas manuais
elétricas ou pneumáticas. Poderão produzir, ao longo prazo, problemas neurovasculares nas
mãos, osteoporose (perda de substância óssea), e problemas nas articulações de mãos e
braços.
CALOR INTENSO: É responsável por uma série de problemas que afetam a saúde e o
rendimento do trabalhador. Entre as principais doenças do calor temos a intermação ou
insolação, a protração térmica, a desidratação e as cãibras do calor.
FRIO INTENSO: É encontrado em diversos tipos de indústrias que utilizam câmaras frigoríficas
ou em certas regiões do país, especialmente durante os meses do inverno. Poderão ocorrer
enregelamento dos membros, hipotermia (queda da temperatura corporal), lesões na
epiderme, conhecida como ulceração do frio.
RADIAÇÕES IONIZANTES: São provenientes de materiais radioativos como é o caso dos raios alfa,
beta e gama ou são produzidos artificialmente em equipamentos como o caso do Raio X. Podem
provocar diversos males à saúde, comprometendo, inclusive, gerações futuras.
UMIDADE: Contato prolongado da pele, mãos, pés ou qualquer parte do corpo com água ou outros
líquidos, podendo eliminar a membrana protetora da pele que ficará exposta à penetração de agentes
nocivos causadores de doenças.
RISCOS QUÍMICOS
São agentes em potencial de doenças profissionais devido a sua ação química sobre o
organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados na forma sólida, líquida e gasosa.
Exemplos de agentes químicos: névoas - poeiras – gases - neblinas – fumos - vapores – substâncias
compostas ou produtos químicos em geral.
26
NÉVOAS: São encontradas quando líquidos são pulverizados, como em operações de pinturas. São
formadas normalmente quando há geração de spray.
POEIRAS: São formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado. Quanto menos a
partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, sendo maior a chance de ser inalada.
EX: MINÉRIO, MADEIRA, POEIRAS DE GRÃOS, AMIANTO, SÍLICA, ETC.
GASES: São substâncias não líquida ou sólidas nas condições normais de temperatura e pressão, tais
como: oxigênio, nitrogênio, gás carbônico, etc.
RISCOS BIOLÓGICOS
FUNGOS: Responsáveis pelas doenças em crianças e velhos debilitados. Ex.: Sapinho em bebês.
27
RISCOS MECÂNICOS/ACIDENTES
São responsáveis por uma série de lesões nos trabalhadores, como cortes, fratura,
escoriações, queimaduras, etc.
RISCOS ERGONÔMICOS:
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AGENTE NOCIVO E GRAU DE INSALUBRIDADE
ANEXOS DA
AGENTE NOCIVO GRAU ADICIONAL CRITÉRIO
NR-15
1 Ruído cont./int Médio 20% Qt
2 Ruído de Imp. Médio 20% Qt
3 Calor Médio 20% Qt
5 Radiações íon. Máx. 40% Qt
6 Pressões hiperb Máx. 40% Ql
7 Radiações não íon Médio 20% Ql
8 Vibrações Médio 20% Qt
9 Frio Médio 20% Qt
10 Umidade Médio 20% Ql
11 Gases/ Vapores M/M/M 10%20%,40% Qt
12 Poeiras miner. Máx. 40% Qt
13 Agentes quím. M/M/M 10%,20%,40% Ql
14 Agentes biol. Mé/Máx 20%, 40% Ql
29
A ELIMINAÇÃO OU NEUTRALIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE
É ASSIM DEFINIDA PELA NR-15
1.1.1 Obtenção de informações básicas: é a etapa que visa conhecer o processo produtivo do
ambiente de trabalho.
1.1.2 Identificação das situações de Risco: inclui o reconhecimento ou antecipação dos agentes ou
fatores de riscos, das fontes e medidas preventivas já existentes e dos possíveis danos à saúde do
trabalhador.
1.1.3 Estimativa qualitativa dos riscos: é feita com base na experiência do profissional, e seu
profissional, e seu resultado qualitativo é a graduação dos riscos estabelecendo as prioridades e
avaliação de controle.
Exemplo:
1: Medidas de Controle: Substituição de materiais ou processos ou de engenharia.
2: Mudanças administrativas: treinamentos, práticas de trabalho ou redução do
tempo de exposição.
3: EPI’s adequados aos riscos.
1.2.2 Análise de opções de controle: é o impacto potencial na eliminação ou redução de riscos dos
trabalhadores (custo-benefício).
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2 Gerenciamento de Riscos
2.1 Tomada de decisão: define quais opções de controle deverão ser adotadas e como planejar a
implantação.
Risco ocupacional: é a possibilidade de uma pessoa sofrer determinado dano para a sua saúde em
virtude das condições de trabalho.
a) Prever os riscos à saúde, que podem resultar de processos produtivos, rotinas de trabalho e de
equipamentos, na fase de projeto do local de trabalho e do planejamento de atividade laboral;
b) Reconhecer no ambiente de trabalho a ocorrência de agentes químicos, físicos e biológicos,
bem como outros fatores estressores.
c) Conhecer os efeitos que tais agentes podem causar nos órgãos vitais e na saúde dos
trabalhadores;
d) Avaliar a exposição dos trabalhadores aos riscos ocupacionais e interpretar os resultados;
e) Avaliar processos e métodos de trabalho, do ponto de vista da possível formação e dispersão
de agentes potencialmente nocivos à saúde, objetivando a eliminação ou redução da exposição a
níveis não prejudiciais;
f) Recomendar e avaliar a eficiência de estratégias de controle;
g) Participar de atividades de análise de riscos e gerência global de riscos, e estabelecer
prioridades;
h) Entender o contexto legal da prática da Higiene Ocupacional e da proteção ao meio ambiente;
i) Educar, informar e orientar pessoas em diferentes níveis: órgãos governamentais, gerenciais,
empregadores, trabalhadores e público em geral, utilizando métodos adequados de comunicação
de riscos;
j) Trabalhar efetivamente e de forma integrada com a equipe interdisciplinar de saúde e
segurança, com os trabalhadores e com empregadores;
k) Reconhecer agentes que possam ter impacto ambiental negativo, tendo em mente a integração
entre a Higiene Ocupacional e o Meio Ambiente.
Deve-se valer das informações obtidas com os trabalhadores e proporcionar a integração dos mesmos
com as melhorias no Ambiente do Trabalho.
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DEVERES E OBRIGAÇÕES DO PROFISSIONAL
INFORMAÇÕES AO TRABALHADOR
Os trabalhadores têm o direito de conhecer os riscos a que possam estar expostos, e os profissionais
da área de segurança do trabalho devem:
✔ Informar os trabalhadores de forma objetiva e clara sobre os riscos ocupacionais aos quais possam
estar expostos, sem ocultar nenhum dado, ressaltar as medidas preventivas e certificar-se de que os
trabalhadores compreenderam a situação;
✔ Orientar os trabalhadores quanto à proteção em relação ao trabalho que efetuam;
✔ Manter-se em contato com as comissões de segurança e saúde, CIPA, SESMT;
✔ Colaborar com o empregador e auxiliá-lo na orientação e capacitação adequadas sobre saúde e
segurança aos trabalhadores de todos os níveis.
Devemos ainda:
➔ contribuir para estabelecer uma política de segurança;
➔ propor medidas preventivas eficazes, verificar e acompanhar a implantação;
➔ interpretar as sugestões e contribuições dos trabalhadores no reconhecimento, avaliação e
aplicação das medidas;
➔ propor ao empregador medidas de controle que sejam viáveis economicamente.
Ao optar por atuar na área de saúde e segurança do trabalho, o profissional deve ter em mente:
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“Estabelecer e manter um ambiente de trabalho seguro e saudável, visando a proteção da saúde
daqueles que trabalham”.
Metodologia de Investigação e
Análise de Acidentes e Doenças do Trabalho
Acidente Pessoal: É aquele que é sofrido pelo empregado no desempenho de suas tarefas habituais,
no ambiente de trabalho ou fora deste quando estiver a serviço do empregador.
Acidente com Lesão com Perda de Tempo – (CPT): É um acontecimento não desejado que resulta
em lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou
que resulta em perda da vida, incapacidade permanente total, incapacidade permanente parcial ou
incapacidade temporária total.
Acidente com Lesão sem Perda de Tempo – (SPT): É um acontecimento não desejado que resulta
em lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente.
Acidente com Danos Materiais e ao Meio Ambiente: É um acontecimento não desejado, que gerou
perdas de estrutura, equipamento, veículos, materiais ou dano ao meio ambiente.
✔ Isolar o local diretamente relacionado ao acidente, mantendo suas características até a sua
liberação pela autoridade policial competente e pelo órgão regional do Ministério do Trabalho.
Comunicação ao INSS: Toda comunicação de acidente com lesão será feita através de CAT.
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Investigação de acidentes: Cabe à CIPA participar em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com
o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho. Além disso, no caso de
acidente grave, a CIPA deverá reunir-se extraordinariamente, para análise e proposição de medidas de
caráter corretivo.
É tudo aquilo que o trabalhador faz, voluntariamente ou não, e que pode provocar um acidente.
- O excesso de confiança dos que tem muita prática profissional e se julgam imunes aos
acidentes;
- A imperícia, isto, é, a falta de habilidade para o desempenho da atividade (pode decorrer de
aprendizado e/ou treinamento insuficiente);
- As ideias preconcebidas como por exemplo: a ideia de que o acidente acontecerá por
fatalidade, não sendo necessário cuidar de sua prevenção;
- O exibicionismo;
- A vontade de revelar-se corajoso ou indiferente ao perigo só para impressionar os
companheiros.
Condição Insegura
São situações existentes no ambiente de trabalho que podem vir a causar acidentes, tais como:
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Fator Pessoal de Insegurança
É o que podemos chamar de “problemas pessoais” do indivíduo e que, agindo sobre o trabalhador,
podem vir a provocar acidentes, como por exemplos:
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
A investigação de acidentes não poderá ter aspecto punitivo, pois o objetivo maior não é
descobrir culpados, mas sim causas que provocam os acidentes, para que seja evitada a sua
repetição.
A cuidadosa investigação de acidente oferece elementos valiosos para a análise que deve ser
feita. Além disso, as consequências dos acidentes acarretam uma série de providências
administrativas, técnicas, médicas, psicológicas, educativas dentro da empresa, repercutindo também
na área da previdência social que ampara por muitas formas os acidentados.
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES
A comunicação de acidente é uma obrigação legal. Assim, o acidentado, ou quem possa fazer
isso por ele, deve comunicar o acidente logo que se dê a ocorrência.
O Artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), define atividades ou operações
perigosas com explosivos e inflamáveis, como:
2º O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que por ventura lhe seja devido”.
35
O MTb, pot meio da NR 16, Anexos 1 e 2, Regulamentou as atividades ou operações perigosas,
bem como, as áreas de risco envolvidas com os agentes explosivos e inflamáveis.
Com o propósito de prover a CIPA com maiores condições para acordar o interesse dos
empregados pela prevenção de acidentes e doenças profissionais que os estimulam em forma
permanente para a adoção de comportamento preventivo no trabalho, deverá ser previsto durante a
gestão da mesma, Campanhas Internas de Prevenção. As empresas devem promover suas
campanhas de prevenção de acidentes, de acordo com as características das suas atividades,
principalmente nas datas comemorativas.
CAMPANHAS INTERNAS: Existem várias campanhas que podem ser desenvolvidas pela CIPA, com
a consultoria de órgãos da Empresa.
✔ Prevenção e Incêndios;
✔ Segurança no tráfico;
✔ Ordem e Limpeza;
✔ Primeiros Socorros;
✔ Uso de E.P.I.;
✔ Dependência Química
✔ Tabagismo
✔ Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida – AIDS;
Existem diversos métodos para promover uma CAMPANHA DE SEGURANÇA, entre as quais
destacamos:
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➔ VÍDEO EDUCATIVO: A prevenção de acidentes, tem um papel importante. Filmes apropriados,
esclarecedores, podem muito auxiliar uma CAMPANHA DE SEGURANÇA.
➔ CAIXA DE SUGESTÕES: Cujas criações poderão variar de acordo com as áreas envolvidas.
Nela os empregados deixarão seus comentários, criticas ou sugestões referentes as medidas
preventivas que estão sendo ou deveriam ser adotadas. É necessário que seja dada uma satisfação a
todas as sugestões, mesmo quando não sejam acatadas, pois caso contrário, sus autores
provavelmente não colaborarão mais.
Além desses meios principais, há uma infinidade de outros que darão resultados satisfatórios, como:
➢ Distintivos ou chaveiros;
➢ Competições desportivas;
➢ Revistas e outros.
37
Criatividade na hora da SIPAT
Considerada por alguns como apenas um problema a mais para ser resolvido dentro das
atividades de alguma empresa, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes pode vir a se
transformar numa importante alavanca de integração, além de auxiliar na redução dos riscos laborais.
Hoje em dia as empresas têm encontrado soluções criativas para suas SIPAT’s, motivando com isto
seus funcionários e reduzindo acidentes de trabalho.
Vamos começar com um exemplo. Imaginemos a seguinte situação: em uma seção de uma fábrica,
existe a contaminação do ar por substâncias químicas. O que se pode fazer para proteger os
trabalhadores ali empregados?
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Estas duas alternativas, proteção coletiva ou proteção individual, surgem com frequência no
momento de se tomarem medidas preventivas em relação ao risco. Existem também situações nas
quais é necessário que tanto a proteção coletiva como a individual sejam adotadas ao mesmo tempo.
Esta etapa do curso tem por objetivo oferecer informações e conceitos para os agentes de
segurança poderem raciocinar sobre os tipos de prevenção frente aos riscos ocupacionais.
Do ponto de vista de proteção aos trabalhadores, as medidas de proteção coletiva são sempre
mais eficientes que os equipamentos de proteção individual.
O motivo disto está nas limitações dos EPI’s, mesmo quando são de boa qualidade:
Desconforto que causam aos trabalhadores;
Dificuldades que acarretam na realização das tarefas;
Problemas médicos acarretados pelo uso de EPI’s, como alergias, lesões de pele, etc.;
Inadaptação, por parte de alguns trabalhadores, ao uso do EPI;
Em certas situações, o EPI pode também facilitar a ocorrência de acidentes.
Estes problemas podem também ocorrer mesmo com a utilização de EPI’s de boa qualidade.
O motivo principal que leva muitas empresas a adotarem frequentemente a utilização de EPI’s
em prejuízo da proteção coletiva é o custo. Apesar de menos eficazes, os EPI’s tendem a ser mais
baratos que as medidas voltadas para mudanças do ambiente de trabalho. Mas os custos com EPI’s, a
longo prazo, podem ser mais elevados que as medidas de ordem ambiental e coletiva.
Apesar das limitações, existem situações nas quais é plenamente justificável a utilização de EPI’s.
Exemplo
RUÍDO
O ruído elevado é um dos problemas que se encontra com mais freqüência nos ambientes de trabalho.
Os seus efeitos nocivos para a saúde e os limites de tolerância serão abordados num outro momento
(insalubridade). Aqui somente apresentamos algumas medidas de proteção possíveis.
Proteção coletiva.
- As máquinas desreguladas e mal ajustadas produzem ruído; portanto apenas a sua regulagem
pode ajudar.
- O isolamento acústico das máquinas barulhentas ou a sua colocação em locais isolados podem
reduzir o número de trabalhadores expostos.
- A colocação de calços sob as máquinas reduz as vibrações e diminui o ruído.
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- A colocação de tapumes feitos com material absorvente de som impede que o ruído se espalhe de
um setor para outro. Estes tapumes, por absorverem o som, não o refletindo de volta, também
ajudam a diminuir o barulho no próprio local onde ele se originou.
Proteção individual.
Protetor tipo Plugue é o protetor contra ruídos que se insere dentro do conduto auditivo. O mais
comum é de material plástico. Se for bem ajustado, o plugue permite uma redução da exposição ao
ruído de 6 a 20 decibéis, dependendo do material e do fabricante do EPI. Esses dados são de testes
feitos em plugues nacionais pelo laboratório de teste da FUNDACENTRO.
Já existem em nosso meio plugues descartáveis feitos de material fibroso, pasta de poliéster, etc. Por
se moldarem ao conduto auditivo externo e serem descartáveis, não apresentam os vários
inconvenientes dos plugues feitos de plástico...
O uso de plugues pode causar alergias ou infecções no conduto auditivo, porem, com os cuidados
higiênicos devidos, este risco fica bastante reduzido.
Protetor tipo concha, quando bem ajustado, causa uma redução da exposição ao ruído de 13 a 20
decibéis. Também aqui estes dados referem-se a EPIs nacionais testados na Fundacentro.
Pelo fato de ser externo ao ouvido, tem menos inconvenientes que o plugue. Entretanto, em ambientes
quentes, causa mais desconforto. Atém disso, a utilização de óculos, cabelos compridos, barba,
capacetes ou máscaras pode dificultar ou mesmo impedir sua utilização.
CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL
Os ambientes de trabalho podem ser contaminados pelas mais diversas substancias químicas.
Estas substâncias podem ser encontradas no ar sob a forma de gases, vapores, poeiras, etc.
Evidentemente os riscos da exposição a estas substâncias dependem de sua toxidade e de sua
concentração no ar. Isto, porém, será tratado em outro momento. Aqui serão apresentadas apenas
algumas modalidades de prevenção.
Proteção Coletiva.
A ventilação é uma técnica muito usada para reduzir a contaminação do ar. Entretanto
a simples instalação de ventiladores pode servir apenas para espalhar o ar
contaminado.
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Para ser eficaz, a ventilação deve ser instalada sobre a fonte poluidora e ligada a um
sistema de exaustão do ar.
Proteção Individual
Na proteção individual conta a contaminação do ar, os equipamentos mais conhecidos e
utilizados depende do tipo e da concentração do contaminante.
Os problemas maiores que existem na utilização de máscaras são decorrentes do desconforto
que causam em quem as utiliza, especialmente o desconforto respiratório.
Um risco importante na sua utilização é a possibilidade de, por falta de ajuste adequado à face
do trabalhador, o ar contaminado ser inalado por frestas.
Por outro lado, os filtros devem ser periodicamente trocados e os trabalhadores, devidamente
orientados sobre quando e como fazê-lo.
Como qualquer EPI, as máscaras envelhecem e devem ser substituídas periodicamente.
A implantação do uso de um EPI nem sempre é fácil, podendo haver resistência por parte dos
trabalhadores, pelos motivos que já foram apresentados.
Não é rara a existência de situações em que os trabalhadores, reivindicam o fornecimento de
EPI’s. A CIPA e o SESMT tomam providências para a sua compra, mas no final os próprios
trabalhadores acabam não aceitando ou não usando o EPI por causa do incômodo e desconforto.
Para ajudar a superar estas dificuldades, serão apresentadas a seguir algumas condutas.
1- Nunca é demais insistir sobre este ponto: antes de pensar no EPI, verificar se não existem
alternativas de medidas de proteção coletiva que eliminem ou, pelo menos, reduzam o risco
que se quer prevenir.
2- A seguir deve-se verificar se o EPI será usado de modo contínuo durante a jornada de trabalho
ou não.
3- Isto é fundamental quando, por exemplo, é preciso usar máscaras respiratórias. Dificilmente
um trabalhador consegue suportar o uso de máscara por longos períodos, ainda mais se
precisar fazer trabalhos que exijam esforços físicos.
41
marcas. Os EPI’s, para poderem ser comercializados, devem ser aprovados pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, após terem sido devidamente testados.
5- Quando forem adotados certos EPI’s, é indispensável que os trabalhadores sejam submetidos
a avaliação médica para verificar a conveniência do uso do equipamento. Esta cautela é
particularmente necessária com as máscaras respiratórias e os protetores contra ruído tipo
plugue. No caso de óculos de segurança, se o trabalho tiver alguma deficiência visual corrigível
por lentes, os óculos de segurança deverão ter lentes que façam a correção do déficit.
6- Os trabalhadores deverão receber uma orientação minuciosa sobre como utilizar o EPI e sobre
eventuais problemas que seu uso pode acarretar. Por fim, devem ser informados sobre os
riscos a que estarão sujeitos se não usarem o equipamento.
7- A empresa deverá sempre dispor de EPIs de reserva para que, em caso de necessidade
(perda, estrago ou desgaste), a reposição do EPI seja imediata.
Cabe ao agente de segurança (responsável, CIPA, técnico, engenheiro, médico, ...) identificar
os riscos e propor medidas de controle para situações perigosas ou insalubres da empresa. Há uma
série de medidas de controle, utilizadas no meio ambiente e/ou no homem. A prioridade deve ser
sempre dada às medidas de proteção coletiva.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO.
Importante: Do ponto de vista prevencionista, os EPI’s não evitam os acidentes do trabalho. Sua
finalidade é reduzir e/ou eliminar as consequências (lesões) desses acidentes.
Eliminação do risco:
Do ponto de vista da segurança, esta deve ser a atitude prioritária da empresa diante da situação de
risco.
A eliminação do risco pode ocorrer em vários níveis da produção:
✔ Na substituição de uma matéria-prima tóxica por uma inócua, que ofereça menos riscos à saúde
do trabalhador.
42
✔ Na alteração nos processos produtivos.
Neutralização do risco:
Na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco, por motivo de ordem técnica,
busca-se a neutralização do risco, que pode ser feita de três maneiras:
• Proteção do risco.
Ex.: Grade para proteção de polias.
• Enclausuramento do risco.
Ex.: Fechar completamente um forno com paredes isolantes térmicas
(esta medida protegerá os trabalhadores do calor excessivo).
Sinalização de risco:
A sinalização de risco é recurso que se usa quando não há alternativas que se apliquem às duas
medidas anteriores: eliminação e neutralização do risco pela proteção coletiva.
A sinalização deve ser usada como alerta de determinados perigos e riscos ou em caráter temporária,
enquanto tomam-se medidas definitivas.
É obrigação do empregador:
É obrigação do trabalhador:
➢ Usar os EPI’s apenas para a finalidade a que se destina;
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➢ Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
➢ Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.
IMPORTANTE
Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa
fabricante ou importador, e o número do CA (Certificado de Aprovação).
O empregador poderá responder na área criminal ou civil, além de ser multado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego.
O trabalhador está sujeito a sanções trabalhistas podendo até ser demitido por justa causa.
Lista de EPI’s
Protetores faciais: Destinados a proteção dos olhos e da fase, dos riscos ocasionados por partículas,
respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas.
Óculos de Segurança contra impactos: Para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos,
provenientes de impactos de partículas.
Este tipo de óculos é indicado para uso por parte de encanadores, ferramenteiros, funileiros, furadores,
laminadores, lixadores, mecânicos, pedreiros, serralheiros e torneiros, entre outros.
Óculos de Segurança contra respingos: para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e
outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos e metais em fusão.
São indicados para trabalhadores que executam trabalhos em laboratórios, galvanoplastia, em banhos
ácidos, operações em ácidos e demais líquidos agressivos, fundição de metais e trabalhos de metais
em fusão.
Óculos de segurança contra poeiras: para trabalhos que possam causar irritação nos olhos
provenientes de poeiras.
São indicados para algumas operações nas serrarias, carpintarias, britagem de rocha, operações com
cimento e outras operações onde existam partículas em suspensão.
Óculos de segurança contra radiações perigosas: para trabalhos que possam causar irritação nos
olhos e outras lesões decorrentes da ação de radiações perigosas.
São indicados para soldadores, ajudantes de soldadores, forneiros, ajudantes de forneiros,
alimentadores de fornos, cortadores de chapa e perfis (corte à quente) e seus ajudantes, ferreiros,
fundidores, maçariqueiros, transportadores de cadinho.
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Máscara para soldadores: Para trabalhos de soldagem e corte ao arco elétrico.
Luvas e/ou mangas de proteção deverão ser usadas em trabalhos em que haja perigo de lesões
provocadas por:
Materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
Produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, solventes orgânicos e derivados
de petróleo;
Materiais ou objetos aquecidos;
Equipamentos energizados;
Radiações perigosas.
Será proibido o uso de luvas nos trabalhos em contato direto com partes giratórias de máquinas e
equipamentos.
Luvas de raspa ao cromo: para os seguintes trabalhos, entre outros: Manuseio e transporte de
chapas recém-cortadas com ou sem rebarbas; transporte de pré-moldados, sacos de cimento e tijolos,
funilaria, montagem de estruturas metálicas, faxinas, usinagem mecânica; manipulação de peças;
soldagem e corte a quente.
Luvas de PVC(cloreto de polivinila): Para os seguintes trabalhos, entre outros: lavagem de pecas em
corrosivos; manuseio de ácidos, óleo, de graxa, serviços gerais de galvanoplastia, lavagem de pecas
com decapantes, lubricacao de pecas; pintura a pistola ou pincel; manuseio de determinados solventes
orgânicos e derivados de petróleo, manuseio de baterias.
Luvas de borracha para eletricista: para trabalhos realizados em contato com circuitos ou
equipamentos elétricos.
Nota: As luvas de borracha para eletricistas deverão ser protegidas contra perfuração ou cortes
provocados por ferramentas ou qualquer outro material. Tal proteção far-se-á mediante luvas
protetoras adicionais, de pelica ou raspa curtida ao cromo.
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PROTEÇÃO PARA OS PÉS E PERNAS
PROTEÇÃO AUDITIVA
Protetores auriculares: para trabalhos realizados em locais em que o nível de ruído for superior ao
estabelecido. Tipo Plugue ou concha.
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Máscara para jateamento: para trabalhos de limpeza por abrasão, através de jato de materiais
abrasivos.
Respiradores e máscaras com filtro químico: para trabalhos que ofereçam riscos provenientes de
ocorrências de poluentes atmosféricos em concentrações prejudiciais à saúde onde o teor de oxigênio
seja superior a 17% do volume no ambiente.
Conjunto respirador autônomo: para uso em ambientes onde exista a presença de produtos nocivos
à saúde do homem, sejam eles: monóxido de carbono, dióxido de carbono, gases tóxicos, irritantes,
asfixiantes, anestésicos e que a concentração de oxigênio seja inferior a 17% do volume no ambiente.
PROTEÇÃO DO TRONCO
Avental de raspa: para trabalhos de soldagem e corte e quente e de dobragem e armação de ferro.
46
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
O efetivo controle e extinção do incêndio requerem um entendimento da natureza química e
física do fogo. Isso inclui informações sobre fontes de calor, composição e características dos
combustíveis e as condições necessárias para combustão.
O QUE É FOGO?
O fogo é uma reação química das mais elementares, chamada combustão ou queima entre três
elementos: COMBUSTÍVEL, COMBURENTE e FONTE DE CALOR.
TRIÂNGULO DO FOGO
TETRAEDRO DO FOGO
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geram mais calor liberando mais gases ou vapores combustíveis, sendo que os átomos livres são os
responsáveis pela liberação de toda a energia necessária para a reação em cadeia.
1. COMBUSTÍVEL:
Os combustíveis dividem-se em três grupos, de acordo com o estado físico em que se apresentam:
b) Combustíveis líquidos: tem algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor,
aumentando o perigo. Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contém, é importante notar
também que a maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água, e portanto, flutuam sobre
esta.
Outra propriedade a ser considerada é a sua volatilidade, que é a facilidade com que os
líquidos liberam vapores, também é de grande importância, porque quanto mais volátil for o líquido,
maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão.
c) Combustíveis gasosos: os gases não tem volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo
o recipiente que estão envolvidos.
2. COMBURENTE:
É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum na natureza é
o oxigênio, encontrado na atmosfera a 21%.
3. FONTE DE CALOR:
Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia,
através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da matéria em
movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria.
4. REAÇÃO EM CADEIA:
A reação em cadeia torna a queima auto sustentável. O calor irradiado da chama atinge o combustível
e este e decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando
outra vez calor para o combustível, formando um círculo constante.
48
de aquecimento que chamaremos de: PONTO DE FULGOR, PONTO DE COMBUSTÃO, PONTO DE
IGNIÇÃO.
PONTO DE FULGOR
É a temperatura na qual o combustível começa a desprender vapores (gases), que se tomarem
contatos diretos com uma chama queimarão, porém a chama produzida se mantém, em vista da
quantidade de vapores desprendidos ser muito pequena.
PONTO DE COMBUSTÃO
É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases), que se tomarem contato
direto com uma chama queimarão, até que acabe o combustível.
PONTO DE IGNIÇÃO
É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases), que, com o simples
contato com o oxigênio existente no ar, queime até que o combustível acabe.
1. Fogo: É uma reação química de oxidação com desprendimento de luz e calor, esta reação é
denominada de combustão.
2. Incêndio: É todo o fogo não controlado pelo homem que tenha a tendência de se alastras e de
destruir.
3. Triângulo de fogo: Para que exista fogo são necessários três elementos:
o Combustível - É todo corpo capaz de alimentar o fogo. Ex.: madeira, papel, tinta,
algodão, etc.
o Comburente - É o elemento químico existente na atmosfera que alimenta o processo
de combustão (alimenta a reação química de oxidação). Ex.: oxigênio
o Calor - É a condição favorável causadora da combustão.
4. Formas de propagação do calor: Desde que a combustão fique localizada, o fogo não é perigoso.
Só a sua extensão no espaço constitui incêndio. A propagação do calor pode fazer-se por três
maneiras diferentes: condução, convecção e irradiação.
5. Classificação dos incêndios quanto ao combustível: Os combustíveis têm propriedades que são
inerentes ao seu estado físico, a sua natureza química e a função que exercem, e por isso queimam de
maneira diferente. Dessa forma classificamos os incêndios em quatro classes:
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o Classe C - São os incêndios em material elétrico em carga (energizado). Ex.: motores
elétricos, computadores, etc.
6. Classificação dos incêndios quanto a proporção: Esta classificação visa definir as dimensões e a
intensidade de um sinistro, bem como os meios necessários para sua extinção. São classificados em
cinco itens:
8. Agentes extintores: são substâncias empregadas para extinguir a combustão. Existem inúmeros
agentes extintores, sendo os mais empregados os de mais baixo custo, facilidade de obtenção e bom
rendimento operacional.
o Água - É o agente extintor universal, sendo o de mais fácil obtenção, mais baixo custo
e de maior rendimento operacional.
50
o Pó Químico Seco (PQS) - É uma mistura de pós micro-pulverizados constituídos
basicamente, de bicarbonato de sódio ou bicarbonato de potássio.
o Gás Carbônico (CO2) - É um gás incolor, inodoro (sem cheiro), não tóxico e não
condutor de eletricidade.
PRIMEIROS SOCORROS
SINAL: É o que se vê, sente, olha, apalpa e se observa quando se examina uma vítima.
(OBSERVAÇÃO DO SOCORRISTA).
SINTOMA: É a sensação manifestada pela vítima, que pose corresponder à doença física ou
mental, real ou imaginária. (MANIFESTAÇÃO DA VÍTIMA).
1.1 PULSO
É uma onda de sangue gerada pelo batimento e propagada ao longo das artérias. Frequência
de pulso dos adultos em geral é de 60 a 100 batimentos por minuto.
PULSO
Frequência
ADULTO
60 – 100 batimentos
15 segundos x 4
O pulso é palpável em qualquer área onde passe sobre uma proeminência óssea ou se localize
próximo à pele. As alterações na frequência e volume do pulso representam dados importantes no
socorro pré hospitalar.
Localização dos principais pulsos utilizados na técnica de compressão sobre os pontos arteriais:
ARTÉRIA RADIAL: artéria do antebraço, palpável na face lateral do punho, ao nível da base do
dedo polegar.
ARTÉRIA FEMURAL: pode ser apalpada à medida que emerge debaixo do ligamento inguinal
na virilha.
51
ARTÉRIA PEDIOSA OU DORSA DO PÉ: palpável na superfície dorsal do pé, imediatamente
lateral ao tendão de hálux.
Um pulso rápido, fraco geralmente é resultado de um estado de choque por perda sanguínea.
A ausência de pulso pode significar um vaso sanguíneo bloqueado ou lesado, ou que o coração
parou de funcionar (parada cardíaca).
1.2 RESPIRAÇÃO
É a troca gasosa entre o meio externo e o interno, é o momento em que ocorre a troca de O 2 e
CO2.
A respiração normal é fácil, sem esforço e sem dor. A frequência pode variar bastante. Um
adulto respira normalmente em 12 a 20 vezes por minuto.
RESPIRAÇÃO
Frequência
ADULTO
12 – 20 respirações
30 segundos x 2
52
Respiração e ventilação significam a mesma coisa, ou seja, o ato de inspirar e expirar o ar.
HOMEM MULHER
Observar o abdome Observar o tórax
Uma respiração profunda, difícil e com esforço, pode indicar uma obstrução das veias aéreas,
doenças cardíaca ou pulmonar.
CARACTERÍSTICAS
PROFUNDA: Extensão, amplitude simétrica dos pulmões.
SUPERFICIAL: Respiração de “cachorro”, músculo intercostal.
SIMÉTRICA: Respiração normal.
01 a 06 MESES ................................. 65
06 A 12 MESES ................................ 65
01 A 04 ANOS .................................. 45
04 A 10 ANOS .................................. 25
10 A 14 ANOS .................................. 20
ACIMA DE 14 ANOS ........................ 17
1.3 TEMPERATURA
53
Uma pele fria e úmida, é indicativo de uma resposta do sistema nervoso simpático a um
traumatismo ou perda sanguínea (estado de choque).
A exposição ao frio geralmente produz uma pele fria e seca, pode ser causada por febre, em
uma doença ou ser resultado de uma exposição excessiva ao calor, como por exemplo, insolação.
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre as paredes internas das artérias.
Uma vez que na pessoa normal o sistema arterial é um sistema fechado, ligado à bomba e
completamente cheio de sangue.
A pressão arterial pode cair acentuadamente no estado de choque, após uma hemorragia
grave, ou ainda, após um infarto do miocárdio.
PRESSÃO ARTERIAL
0 até 03 meses ......................... 75x50
03 até 09 meses ....................... 85x65
09 até 12 meses ....................... 90x70
01 ano até 03 anos ................... 90x70
03 anos até 09 anos ............... ..95x60
09 anos até 11 anos ............... 110x60
11 anos até 13 anos ............... 105x65
54
1.5 PUPILAS
Pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vítimas com lesões de crânio ou acidente
vascular cerebral (AVC – Acidente Vascular Cerebral).
EM ÓBITO
AS PUPILAS ESTÃO TOTALMENTE DILATADAS
E NÃO RESPONDEM A LUZ
TIPOS
ISOCÓRICAS: Pupilas iguais
ANISOCÓRICAS: Pupilas desiguais
MIOSE: Pupilas contraídas
MIDRÍASE: Pupilas dilatadas.
Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas em choque ou
infarto do miocárdio.
Uma cor azulada (cianose) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução das veias
aéreas, e também em alguns casos de envenenamento.
Poderá haver cor vermelha em certos estágios do envenenamento por monóxido de carbono
(CO) e na insolação.
Normalmente uma pessoa está alerta, orientada e responde aos estímulos verbais e físicos.
Qualquer alteração neste estado, pode ser indicativo de doença ou trauma.
A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida como paralisia e pode ser
o indicativo de uma lesão da medula espinhal, na altura do pescoço (coluna cervical).
55
A capacidade de movimentar somente os membros inferiores, pode indicar uma lesão medular
abaixo do pescoço.
A paralisia de um lado do corpo, incluindo a face, pode ocorrer como resultado de uma
hemorragia ou coágulo intra-encefálico (AVC – Acidente Vascular Cerebral).
ERGONOMIA
Grandejean (1982 p.7) conceituou esta ciencia, multidisciplinar como “a adaptação do ambiente de
trabalho ao homem e não ao contrário”.
Segundo Couto (1995 p.11) a “ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que procura fazer
um ajuste confortável e produtivo entre o ser humano e o seu trabalho, basicamente procurando
adaptar as condições de trabalho às características do ser humano”.
“A Ergonomia é definida como estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, basicamente
procurando adaptar as condições de trabalho às características do ser humano”.
Esta é uma controvérsia a respeito da Ergonomia: ela é ou não ciência, visto não ter um corpo
teórico próprio e apropriar-se dos conhecimentos de outras ciências. Provavelmente é a “apropriação”
de conheceres tão diversos que a torna tão singular, porque analogamente o ser humano também é
uma apropriação de elementos diversos como máquina + cognição + sentimentos + memórias +
mecânica + ambiente físico + ambiente social + emoção + razão +inconsciente + metabolismo +
comportamento celular + engenharia genética + tantas outras engrenagens conhecidas e
desconhecidas.
56
Somos, nossa estrutura hominídea, constituídos de bilhões de pequenos postos de trabalho à
nível de organização celular. Se um ou alguns postos estiverem em desajustes, irão desarranjar
paulatinadamente o tecido, órgão e todo o complexo biológico. Da mesma forma, desarranjos macro
da nossa estrutura organizacional, emocional, psíquica, cognitiva, também influenciam o nível micro e
somatizam em forma de doenças biológicas.
Portanto, é imprescindível que a ergonomia para realizar o seu objetivo, estude o homem em
seus diversos aspectos, os trabalhos em suas diversas nuancem e a relação entre os dois. Os
objetivos práticos da ergonomia são a segurança, satisfação e o bem estar dos trabalhadores no seu
relacionamento com o sistema produtivo, e os trabalhadores, satisfeitos.
Segundo fatores pessoais (fadiga, boa forma física, idade, treinamento,) e circunstanciais (organização
do trabalho, turnos, formato do piso, mobiliário, equipamentos, comunicação, apoio psicológico dentro
da equipe) que afeta o desempenho no trabalho.
Wisner (1987) refere que toda atividade laborativa demanda uma carga de trabalho composta por três
elementos: a carga física, cognitiva e psíquica.
57
Texto elaborado pela Enfª Sonia Terezinha Franzoi Bodanese, especialista em ergonomia com base na
Bibliografia citada.
Xanxerê, 16 de fevereiro de 2002.
Para a pessoa menos avisada, trabalhar na posição sentada poderia significar o ideal de pouca
exigência das condições de trabalho sobre o organismo. Apartentemente é mais confortável, mas
também apresenta muitos inconvenientes. Segundo Grandjean (1998), as vantagens do trabalho
sentado são:
Este é dos problemas, pois tradicionalmente não se pensa (às vezes nem se sabe) no conforto
músculo – esquelético quando se adquire mobiliário para um posto de trabalho.
Além do critério preço, costuma-se usar o critério status “que a cadeira aparentemente fornece, e isto
desde os tempos primordiais (““...a cadeira do rei é a mais bonita e mais imponente...”).
Assim os operadores têm cadeira de madeira ou estofamento fino, a gerencia tem cadeira com
estofamento grosso regulagem de altura do assento e a direção tem cadeira giratória, regulável, ampla,
com braços e encosto para toda a coluna. E nem sempre esta é a mais ergonômica.
58
➔ altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
➔ encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. Para as
atividades em que os trabalhos devem ser realizados sentados a partir da Análise Ergonômica
do Trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna
do trabalhador.
Esta norma dispõe ainda outros cuidados se o trabalho envolver digitação, assim com
discorre sobre outros condicionantes do ambiente físico e do ambiente organizacional de um local
de trabalho.
NR 17 Ergonomia
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é
suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da
carga.
59
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira
contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e
maior de 14 (quatorze) anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um
trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. (117.001-5 / I1)
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as
leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que
deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 / I2)
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados
meios técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual
de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os
homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. (117.003-1 / I1)
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho
deve ser planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1)
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização
e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade,
com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; (117.007-4 / I2)
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; (117.008-2 / I2)
60
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação
adequados dos segmentos corporais. (117.009-0 / I2)
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos
estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem
ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as
diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a
ser executado. (117.010-4 / I2)
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; (117.011-2 / I1)
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; (117.012-0 / I1)
c) borda frontal arredondada; (117.013-9 / I1)
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. (117.014-7 / Il)
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da
análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao
comprimento da perna do trabalhador. (117.015-5 / I1)
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser
colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores
durante as pausas. (117.016-3 / I2)
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
‘ 17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou
mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando
boa postura, visualização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual;
(117.017-1 / I1)
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização
do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. (117.018-0 / I1)
61
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de
acordo com as tarefas a serem executadas; (117.020-1 / I2)
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as
distâncias olho-tela, olhoteclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; (117.021-0 / I2)
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. (117.022-8 / I2)
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de
conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no
INMETRO; (117.023-6 / I2)
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados);
(117.024-4 / I2)
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; (117.025-2 / I2)
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. (117.026-0 / I2)
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas
não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído
aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor
não superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de
trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na
altura do tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial,
geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
62
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são
os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
(117.027-9 / I2)
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no
campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida
para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. (117.028-7 / I2)
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4,
este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no
mínimo:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo; e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço,
ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve
ser observado o seguinte:
a) para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração
as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; (117.029-5 / I3)
b) devem ser incluídas pausas para descanso; (117.030-9 / I3)
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15
(quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção
vigentes na época anterior ao afastamento. (117.031-7 / I3)
63
(cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer
outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que
não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; (117.034-1 / I3)
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) minutos
para cada 50 (cinquenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; (117.035-
0 / I3)
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15
(quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de tóques deverá ser iniciado em níveis
inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente. (117.036-8 / I3)
GINÁSTICA LABORAL
Rua André Lunardi, 1283, sala 105. Fone 353 4747 Xaxim – SC
Rua José Bonifácio, 205, sala 01B. Fone 433 6760 Xanxerê – SC
A saúde, primeira dádiva do ser humano ao nascer, é posteriormente o primeiro bem a ser
abandonado, enquanto escala de valores. (VIEIRA, 1996)
O trabalho ocupa um espaço muito importante na vida de todo indivíduo, sendo que muitas
vezes passamos mais horas dentro de nosso local ocupacional do que em nossas casas, resultando
na necessidade da criação de propostas diferenciadas para melhoria e incentivo da qualidade de vida
do trabalhador ativo.
Muitas empresas direcionam a atenção de seus colaboradores para a importância no processo
de qualidade e produtividade, investindo maciçamente em programas de treinamento específicos,
aliados à possibilidade de incrementos salariais ou outros benefícios, como recompensa aos ganhos e
aumento de produtividade.
Notadamente, é ignorado o fato de que um trabalhador produz melhor quando em equilíbrio
harmônico entre seu desempenho profissional e estabilidade físico-mental, que não necessariamente
será suprido por benefícios como os citados anteriormente.
Entende-se que um equilíbrio harmônico dependerá da realização de atividades prazerosas e
saudáveis durante a maior parte de seu tempo, principalmente em ambientes onde se permaneça
muito (como o local de trabalho) e o nível de stress costuma ser alto, implicando em ansiedade, falta
de concentração e queda de rendimento/desempenho produtivo.
Nesse sentido, o maior promotor isolado de saúde que não os medicamentos - o exercício
físico é também o primeiro a ser abandonado ao haver a inserção no mercado de trabalho. A partir daí
mais da metade dos dias úteis dos cidadãos são despendidos no trabalho, e em seus trajetos de ida e
volta. (MELLO, 1991 apud SOUZA, 2003).
Sendo assim, a Ginástica na Empresa vem contribuir para que o indivíduo volte a praticar
atividade física, mesmo inserido no mercado de trabalho. De acordo com Cañete (2001) a ginástica
64
surge no ambiente de trabalho em 1925, sob a terminologia de "ginástica de pausa". Mas ainda existe
divergência a respeito da paternidade e origem da mesma. (ZILLI, 2002; MASCELANI, 1988).
“A Ginástica Laboral (Ginástica de Pausa) nada mais é do que a prática da atividade física
orientada e dirigida durante o horário do expediente e no local de trabalho, isto é, existe uma pausa
para que possam ser realizados exercícios físicos que visam benefícios pessoais e no trabalho. Tem
como principal objetivo minimizar os impactos negativos oriundos do sedentarismo na vida e na saúde
do trabalhador.” (CARVALHO, 2004).
“Uma definição clássica também conhecida é a do Serviço Social da Indústria (SESI), que a
caracteriza como a prática voluntária de atividades físicas realizadas pelos trabalhadores,
coletivamente, dentro do próprio local de trabalho, durante sua jornada diária.” (SESI, 1999 apud
SOUZA, 2003).
“A ginástica laboral traz também grandes benefícios para as empresas (rendimento e
produção), motivas pelo qual essa atividade física é estimulada e implementada por diversas
organizações.” (CARVALHO, 2004).
Além das terminologias usuais de ginástica laboral ou de pausa, estas metodologias são
também conhecidas como Cinesioterapia Laboral (ZILLI, 2002), tendo como objetivos a busca de
alguns benefícios físicos e fisiológicos, psicológicos e sociais do trabalhador, influenciando em sua
qualidade de vida (indireta e diretamente) e promovendo melhorias no ambiente de trabalho e
produtividade.
Couto (1995) enfatiza a importância da pausa para o organismo humano. Dentre os
mecanismos que previnem as lesões, através da realização de pausas em atividades repetitivas,
podemos destacar que:
Este tipo de atividade física vem crescendo e ganhando espaço dentro das empresas, uma vez
que diminui os efeitos negativos do trabalho. Não só problemas físicos, mas também psicológicos
(conflitos interpessoais, estresse, baixa concentração e confiança) e sociais (convívio, trabalho em
equipe, relacionamento social). Isto é, visa a promoção da saúde psicossomática do trabalhador, a
melhoria do relacionamento interpessoal no trabalho, além do aumento da produtividade.
Clark (1962 apud SOUZA, 2003) já destaca que o ser humano passa a metade da sua vida
trabalhando em condições que não lhe permitem desenvolver-se, nem psicologicamente, nem
fisicamente, é lícito reconhecer os efeitos nefastos que daí advêm. Zilli (2002, p.53) complementa:
65
Análises epidemiológicas demonstraram que muitos indivíduos morreram simplesmente por
sedentarismo, o que fez com que a atividade física fosse vista, em diversos países e sob diferentes
óticas, como uma questão de saúde pública.
O trabalhador também recebe benefícios, pois grande parte dos exercícios que são executados
durante a aula, visam reduzir o impacto e o estresse muscular que o indivíduo sofre durante sua
jornada de trabalho (ZILLI, 2002).
66
Diminuição de queixas relativas à dor;
É bastante importante salientar que a ginástica laboral faz parte de um projeto de qualidade de
vida no trabalho com seus objetivos voltados à saúde do trabalhador e tal projeto tem parâmetros
ergonômicos que não se restringem somente à prática da atividade física. (ZILLI, 2002, p. 69)
Deste modo, é necessário compreender todo o projeto de intervenção (a curto, médio e longo
prazo) na qualidade de vida dos trabalhadores participantes. Assim, a Ginástica Laboral compõe uma
das ações efetivas neste programa de qualidade de vida, sendo necessário também a reeducação
alimentar, orientações ergonômicas e estruturais, acompanhamento médico preventivo (saúde) e
estímulos ao desenvolvimento de hábitos saudáveis, dentro e fora do ambiente de trabalho.
Por falta de estímulos, basicamente educacionais, os indivíduos crescem adquirindo vícios dos
mais diversos, só retornando suas preocupações em relação à saúde na terceira idade, quando se
encontram frente a doenças e seqüelas; muitas delas evitáveis através da adoção de uma postura
mais saudável durante a juventude e seu período laboral.
Vários estudos evidenciam que as empresas também estão promovendo ações de melhoria da
qualidade de vida de seus colaboradores, uma vez que ambos se beneficiam com esta atitude, pois:
Conforme já definimos, a Ginástica Laboral ou Ginástica de Pausa (ZILLI, 2002) é então a prática da
atividade física regular e orientada durante o horário do expediente onde existe uma pausa para que
possam ser realizados exercícios físicos, visando benefícios pessoais do trabalhador e também
voltados à produtividade e rendimento.
Cada vez mais é possível constatar que a saúde e longevidade estão relacionadas com o estilo de vida
de cada um. Pesquisas e estudos no mundo inteiro demonstram que um estilo de vida saudável está
ligado diretamente com uma alimentação equilibrada e atividades físicas regulares.
67
Através da Ginástica Laboral é possível estimular a diminuição do sedentarismo e levar indivíduos
cada vez mais à prática de atividades físicas, uma vez que a mesma se insere no ambiente de
trabalho.
Outro ponto que nos chama a atenção quando um Programa de Ginástica Laboral está em analise é o
fator motivacional. A Ginástica Laboral vem contribuir para que estas diretrizes possam ser agregadas
com maior facilidade, pois "A Ginástica Laboral é um programa que intensifica a ligação do trabalhador
com a empresa, valorizando o significado do seu trabalho, já que a série de exercício é baseada na
função exercida" (LIMA, 2003).
É possível perceber também uma maior integração entre as diferentes comunidades da empresa, isto
é, como as aulas atendem a todos os setores de trabalho sem distinção de cargo, indivíduos de
diferentes posições passam a conviver num mesmo ambiente onde não existe a presença da
hierarquia corporativa (do chefe e do subalterno/subordinado).
A ginástica laboral tem uma grande importância no que diz respeito à produtividade. A produção é
analisada em um período de dois anos após a implantação do programa, e sua eficácia é comprovada
através de números obtidos dentro da empresa. Nota-se que a produtividade teve aumento significativo
com a implantação da atividade física na empresa.
O índice de gravidade das doenças pode ser amortizado, pois o período de ausência no trabalho
diminui. Observa-se também a diminuição dos casos crônicos, que requeriam longos períodos de
afastamento. Com isto, comprova-se a redução no absenteísmo.
Outro dado importante que é possível verificar após a Ginástica Laboral é a freqüência com a qual os
funcionários procuram o ambulatório, após um ano da implantação do programa há registros de
decréscimo de 52% na procura ambulatorial. Nada pode ser mais prazeroso para indivíduos que atuam
na área da saúde, do que poder identificar os benefícios que seus esforços vem propiciando para uma
certa comunidade. Isto torna nosso trabalho mais ameno e nos incentiva a continuar as atividades em
parceria com empresas e instituições que investem nos seus colaboradores.
Todas as situações em que o trabalhador tenha que fazer grande força física é inadequado e
anti-ergonômico. Podemos encontrar consequências, distensões músculo-ligamentares, compressão
de estruturas nervosas, desinserção da extremidade de fixação do osso e sintomalogia dolorosa.
Todas as situações de esforço estático, ou isométrico leva a fadiga muscular.
68
- trabalhar com o corpo fora do eixo vertical natural;
- trabalhar rotineiramente equilibrando o corpo sobre um dos pés, enquanto o outro aperta um
pedal;
- trabalhar sentado, porém sem utilizar o apoio para o dorso, sustentando o tronco através de
esforço estático dos músculos das costas;
- trabalhar sem apoio para os antebraços, e tendo que sustentá-los pela ação dos músculos dos
braços;
- sustentação estática.
➔ Quando sentado, o joelho deverá estar em ângulo de 90 graus com apoio nos pés se
necessário.
69
➔ Quando em pé, manter a lordose lombar e um dos pés sempre apoiados em uma elevação
de 15 a 20 cm.
➔ Utilizar a postura de cócoras quando o trabalhador tiver que tocar o nível do chão com as
mãos, permanecendo muito tempo na mesma posição.
✔ Braços abduzidos.
✔ Sustentação estática.
REPETITIVIDADE
Quanto maior o número de movimentos repetitivos realizados pelo trabalhador em sua jornada de
trabalho, tanto mais frequente o mesmo virá a ter as LER/DORT.
Podemos considerar como trabalho repetitivo, quando o ciclo de trabalho é menor que 30 segundos
e quando 50% da jornada de trabalho é ocupada com apenas um tipo de movimento.
A ergonomia provê conhecimento científico para a prevenção das lesões por esforço repetitivo ou
doenças osteomusculares. Para obtenção dos benefícios ao trabalhador deve-se organizar uma
melhoria nos postos de trabalho.
70
Alterações fundamentais:
A ginástica Laboral traz grandes benefícios para as empresas, motivo pelo qual essa
atividade física é estimulada e implementada por diversas organizações.
Essa afirmativa se verifica de diversas formas, mas os principais pontos notados são a
diminuição na ocorrência de faltas ao trabalho por motivos médicos e também a diminuição dos
acidentes de trabalho.
71
Portanto, se por um lado o fator de sofrimento humano é significativamente reduzido, por
outro lado a empresa é beneficiada ao promover programas orientados de Ginástica Laboral.
Desse modo, trabalhadores que utilizam de seus músculos para manejar instrumentos,
ferramentas ou produtos podem ser beneficiados por um programa de atividades para
trabalhadores braçais. Por exemplo, trabalhadores em uma linha de montagem de uma fábrica
necessitam de exercícios específicos para os grupos musculares utilizados para que não ocorra
lesão muscular por superutilização, similar, por exemplo, à lesão de um atleta ao final de uma
competição extrema. Afinal, a jornada de trabalho pode durar até mais de 10 horas, às vezes...
Por outro lado, trabalhadores administrativos como digitadores, secretárias, atendentes, etc.
são acometidos de problemas posturais, musculares ou visuais. Assim, um bom programa de
atividades para trabalhadores administrativos ajudará a diminuir lesões por tais fatores.
Ginástica Laboral
Principais Benefícios
Fisiológicos
Possibilita melhor utilização das estruturas osteo-mio-articulares, como maior eficiência e menor
gasto energético por movimento específico.
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Promove a sensação de disposição e bem-estar para a jornada de trabalho.
Psicológicos
Sociais
Empresarias
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Relaxar no Escritório
Ninguém perde centímetros nem fica sarado. Mas quem faz exercícios de ginástica laboral
durante alguns minutos, alguns dias na semana, alonga a musculatura, evita lesões e melhora o
humor.
Uma pausa de cinco a dez minutos para alongar, flexionar ou espreguiçar já é rotina nas
empresas americanas e, de alguns anos para cá, vem se tornando comum também em grandes
empresas brasileiras. Conhecida como ginástica laboral, a modalidade surgiu como forma de
prevenção contra os problemas causados pelas lesões de esforço repetitivo, também conhecidas como
L.E.R.
A doença afeta os tendões, provocando dores nas mãos, braços e pescoço, e também traz
prejuízos consideráveis para as empresas: segundo dados do Instituto Nacional de Seguro Social, a
L.E.R. é a segunda causa de afastamento do trabalho no País, responsável por um gasto anual de
cerca de R$ 20 bilhões em aposentadorias, indenizações e tratamentos médicos.
De cada cem brasileiros que trabalham na região Sudeste, um é portador da lesão, de acordo
com o levantamento da Organização Mundial de Saúde. Mais, as mulheres são maioria entre as
vítimas, quase sempre desempenhando funções que as prendem sentadas, por muito tempo, em
frente a um computador.
Contra a L.E.R. e outras dores musculares originadas por tensão ou vícios de postura, o melhor
antídoto é o alongamento. "Interromper o padrão postural por alguns momentos e fazer os movimentos
indicados são expedientes que podem evitar uma tendinite, por exemplo", explica Osvaldo Stevano,
diretor-executivo da Maratona, de São Paulo, uma das primeiras empresas a implantar e executar
programas de ginástica laboral no Brasil.
A ginástica laboral não exige grande esforço físico, não se trata de uma atividade aeróbica, por
isso, não é preciso mudar de roupa nem calçar tênis. Basta ficar em pé, ao lado da mesa de trabalho
ou na própria cadeira. Com o entrosamento do grupo e a assimilação dos movimentos, o instrutor pode
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introduzir exercícios de alongamento e técnicas de massagem, que são realizadas em duplas ou trios.
Pode, ainda, usar elementos como bolas de tênis, elástico e massageador manual, para incrementar a
aula. "Cada grupo muscular ganha atenção em um dia da semana. Os efeitos são cumulativos; assim,
no final de cinco dias, todo o corpo terá sido beneficiado."
Quem não faz ginástica laboral pode adotar alguns hábitos simples para tentar evitar os
problemas típicos da repetição de movimentos. De acordo com Luceni Bortolato, fisioterapeuta e
profissional de Reeducação Postural Global (RPG), é fundamental levantar da cadeira, sempre que
possível: um café ou um copo de água são bons motivos para dar alguns passos e ativar a circulação.
O ideal é fazer movimentos de alongamento, práticas simples, como esticar os braços para cima,
enchendo os pulmões de ar, e soltar o ar e os braços, ao mesmo tempo, como uma forma de se
espreguiçar.
Além disso, vale prestar atenção na postura: os pés têm de encostar-se ao chão, os braços
devem formar um ângulo de 90 graus em relação ao teclado e a tela do computador não pode ficar
acima ou abaixo, mas na altura dos olhos. Manter na gaveta uma bolinha de borracha é outra dica
esperta: ao ler um documento ou falar ao telefone, é só manusear a bolinha para diminuir a tensão nas
mãos.
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Couto, Hudson de A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: o manual técnico da máquina humana.
Belo Horizonte: Ergo. Vls I e II. 1995.
Lima, Deise Guadalupe de. Ginástica Laboral: metodologia de implantação de programas com
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caminho. Porto Alegre: Artes e Ofício, 1996.
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Sites: http:www.spotif.hpg.com.Br
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http:www.eps.ufsc.Br:ergon:revista:artigos
TEXTO Livro da cipa pág.143 - Exigência Legal. NR – 6 - Ruído. EPI x EPC. - Como implantar um EPI
pág 148 - ANEXO 1 – Lista de EPI´s
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