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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS NATURAIS E TECNOLOGIAS

Engenharia Química

Disciplina: OPERAÇÕES UNITÁRIAS V

Absorção de Gases

Profª Marília Vasconcellos Agnesini

RIBEIRÃO PRETO

2019
1

1 INTRODUÇÃO

Absorção é uma operação unitária que envolve a retenção de um gás ou vapor


no interior de um líquido. Trata-se, portanto, de um processo de transferência de massa
de um soluto de uma fase gasosa para uma fase líquida, na qual o contato íntimo entre
as fases e a mobilidade das espécies químicas envolvidas regem a operação.

Para fins de nomenclatura, utiliza-se:

Para que a transferência de massa da fase gasosa para a líquida, o absorbato


deve ser compatível (solúvel) com o absorvente.

A operação inversa, recuperação do solvente dissolvido no líquido, através da


transferência para fase gasosa, é chamada dessorção (“Desorption” ou “Stripping”).

Entre as principais aplicações da absorção estão:

 Produção, separação e purificação de misturas gasosas e concentração de


gases;
 Produção de ácidos, amoníaco, amônia, formaldeído, carbonato de sódio;
 Tratamento de gases de combustão do carvão e de refinarias de petróleo;
 Remoção de compostos tóxicos ou de odor desagradável;
 Purificação de gases industriais;
 Separação de hidrocarbonetos gasosos.

2 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA ABSORÇÃO

Quando se projeta um equipamento para a absorção de gases o objetivo é


promover o contato eficiente entre soluto e o solvente, garantindo alta eficiência de
transferência de massa. Em geral, as colunas utilizadas para a absorção podem
operar em escoamentos concorrentes ou contracorrentes.
Os principais equipamentos utilizados para promover o contato eficiente entre
o soluto e o solvente são:

a) Colunas de bolhas: indicadas quando a resistência à transferência de massa


na fase líquida limita o processo (exemplo, como no caso do O 2 na água). Pouco
usadas, são úteis para pequena escala (Figura 1). Normalmente a perda de gás do
lado gás é proibitiva para uso de ventiladores centrífugos (mais versáteis e baratos
quando comparados com outros tipos de ventiladores). A coalescência das bolhas à
medida que sobem na coluna reduz a área de contato entre as fases, sendo difícil
promover a redistribuição da fase gasosa na fase líquida e possibilidade do arraste
das bolhas na direção da base da coluna quando o líquido escoa no sentido
descendente são desfavoráveis ao bom desempenho do equipamento.

Figura 1: Esquema representativo de colunas de bolhas em diferentes configurações

b) Torres de borrifo ou de nebulização: indicadas quando a resistência à


transferência de massa na fase gasosa limita o processo (por exemplo, no sistema
NH3 água ou vapor de acido absorvido por uma solução base forte). A baixa
velocidade ascensional do gás implica em equipamento de grande diâmetro em
escala industrial (Figura 2). O crescimento das gotas por aglomeração na direção da
base e a possibilidade de seu arraste na direção do topo do equipamento quando o
escoamento é contracorrente contribuem desfavoravelmente para o uso deste
equipamento.
Figura 2: Representação esquemática de coluna de nebulização em contato
contracorrente

c) Coluna de pratos perfurados, valvulados ou com campânulas: buscam


compatibilizar os benefícios das outras duas colunas, porém com perda de carga
elevada quando comparadas com as colunas de recheio (Figura 3).

Figura 3: Coluna de pratos

d) Colunas de recheio preenchidas com anéis ou elementos estruturados:


tentam compensar as duas resistências de transferências de massa, porém, com menor
perda de carga em relação às colunas de pratos (Figura 4). A existência de canais
preferenciais de líquido através da coluna e a necessidade de instalar redistribuidores
de gases e líquidos, a cada 2 m a 3 m em colunas com altura de recheio de mais de 6 m
ou a cada 5m diâmetros da coluna para unidades com menos de 6 m de altura de
recheio, são aspectos negativos associados ao uso das colunas de recheio. Além disso,
há possibilidade de ocorrer o fenômeno da inundação da coluna quando o contato for
contracorrente.

Figura 4: Esquema de coluna de recheio com dois módulos e um redistribuidor

Os recheios da coluna promovem o aumento da área de contato, aumentando a


eficiência da absorção. São compostos de elementos ou anéis estruturados (Figura 5)
com as características: quimicamente inertes, apresentar boa resistência mecânica, não
reter líquido, não causar aumento de pressão e ter baixo custo.

Figura 5: Anéis de rasching (vidro), Anéis de Pall (metal) e Anéis de lessing


(cerâmica)
Em razão da sua confiabilidade e versatilidade as colunas de recheio são as mais
utilizadas nos processos industriais. Do ponto de vista da transferência de massa, o
escoamento contracorrente é mais eficiente, pois fornece uma força motriz média de
diferença de concentração consideravelmente maior que a fornecida no escoamento
concorrente.

No entanto o escoamento contracorrente em colunas de recheio é possível que


ocorra o fenômeno de inundação, causado pela retenção de líquido no interior do
recheio pelo aumento da velocidade ascensional do gás. Isto inviabiliza a operação da
coluna em regime permanente devido à elevação abrupta da queda de pressão da fase
gasosa. O projeto de colunas industriais deve levar em consideração a condição
operacional em que ocorre inundação para evitá-la.

3 DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS DE RECHEIO

3.1 BALANÇO MATERIAL

No projeto de colunas de recheio para absorção de gases deve-se


inicialmente aplicar o balanço material para obter as características das correntes
gasosa e líquida.

Em escoamento contracorrente (Figura 6), o balanço material é representado


por: La
Va
ya xa

Vb Lb
yb xb

Figura 6: Escoamento em contracorrente

L = vazão molar da fase líquida


V = vazão molar da fase gasosa
x = fração molar do soluto em fase líquida
y = fração molar do soluto em fase gasosa

- Hipótese 1: o líquido absorvente praticamente não evapora ao entrar em contato


com o gás, não é volátil (Equação 1).

𝐿𝑎 (1 − 𝑥𝑎 ) = 𝐿𝑏 (1 − 𝑥𝑏 ) (1)

- Hipótese 2: o solvente gasoso praticamente não é absorvido pela corrente líquida


(Equação 2).

𝑉𝑎 (1 − 𝑦𝑎 ) = 𝑉𝑏 (1 − 𝑦𝑏 ) (2)

- Hipótese 3: considerando regime permanente (Equações 3 e 4).

𝐿𝑎 + 𝑉𝑏 = 𝐿𝑏 + 𝑉𝑎 (3)

𝐿𝑎 . 𝑥𝑎 + 𝑉𝑏 . 𝑦𝑏 = 𝐿𝑏 . 𝑥𝑏 + 𝑉𝑎 . 𝑦𝑎 (4)

Em escoamento concorrente (Figura 7), o balanço material é representado


por: Va La
ya xa

Vb Lb
yb xb
Figura 7: Escoamento em concorrente

Considerando as mesmas hipóteses, o balanço total e de soluto são


(Equações 5 e 6):

𝐿𝑎 + 𝑉𝑎 = 𝐿𝑏 + 𝑉𝑏 (5)

𝐿𝑎 . 𝑥𝑎 + 𝑉𝑎 . 𝑦𝑎 = 𝐿𝑏 . 𝑥𝑏 + 𝑉𝑏 . 𝑦𝑏 (6)
3.2 VAZÃO MÍNIMA DE LÍQUIDO ABSORVENTE

A diminuição da vazão de líquido absorvente (La), mantidas as condições de


entrada e saída da corrente gasosa, ou seja, V b, yb, Va e ya, implicam no aumento de
xb. Portanto, é possível que a composição a corrente líquida na saída atinja a
condição de saturação. Essa condição determina a mínima vazão de líquido
absorvente necessária para uma dada remoção de soluto da fase gasosa.

A vazão mínima de líquido absorvente (La min) é definida pela condição de


equilíbrio termodinâmico da fase líquida com a fase gasosa na base da coluna. Caso

seja válida a Lei de Henry (soluções diluídas), a linha de equilíbrio do soluto entre as
fases líquida e gasosa pode ser aproximada por uma reta (Equação 7), em que o
símbolo yb* indica a condição de equilíbrio com a fase líquida na base da coluna.

𝑦𝑏∗ = 𝑚. 𝑥𝑏∗ (7)

Assim, para o escoamento contracorrente o balanço fica:

𝐿𝑎 𝑚í𝑛 + 𝑉𝑏 = 𝐿𝑏 𝑚í𝑛 + 𝑉𝑎 (8)

𝐿𝑎 𝑚í𝑛 . 𝑥𝑎∗ + 𝑉𝑏 . 𝑦𝑏 = 𝐿𝑏 𝑚í𝑛 . 𝑥𝑏∗ + 𝑉𝑎 . 𝑦𝑎 (9)

E no escoamento em concorrente as equações para o balanço são:

𝐿𝑎 𝑚í𝑛 + 𝑉𝑎 = 𝐿𝑏 𝑚í𝑛 + 𝑉𝑏 (10)

𝐿𝑎 𝑚í𝑛 . 𝑥𝑎∗ + 𝑉𝑎 . 𝑦𝑎 = 𝐿𝑏 𝑚𝑖𝑛 . 𝑥𝑏∗ + 𝑉𝑏 . 𝑦𝑏 (11)

Além dos aspectos envolvidos na saturação do líquido com o soluto, é


necessário observar se a vazão de líquido proposta é suficiente para molhar todo o
recheio da coluna, uma vez que a área da superfície molhada do recheio é que
estará disponível para a transferência de soluto entre as fases líquida e gasosa.

A literatura recomenda o cálculo da mínima taxa de líquido – MWR (Minimum


Wetting Rate), da vazão mínima de molhamento (Qxa min) e comparação com a
vazão de líquido aplicada (Qxa):
𝑄𝑥𝑎 ≥ 𝑄𝑥𝑎 𝑚í𝑛

Sendo que MWR deve ser de:

MWR = 2,22.10-5 m³/m.s para anéis de 3 in.

MWR = 3,33.10-5 m³/m.s para os outros casos.

Com Qxa min calculado por:


𝑚𝑥𝑎 𝑚í𝑛 𝐺𝑥𝑎 𝑚í𝑛 𝑄𝑥𝑎 𝑚í𝑛
𝑀𝑊𝑅 = = = (12)
𝑎.𝜌𝑥𝑎 .𝑆 𝑎.𝜌𝑥𝑎 𝑎.𝑆

Em que:

mxa min é a vazão mássica mínima de líquido absorvente no topo da coluna (kg/s);
a é o parâmetro de área de contato entre as fases por volume de recheio (m²/m³),
ver Tabela 2 e note que é necessário converter as unidades;
ρxa é a massa específica do líquido absorvente no topo da coluna (kg/m³);
Gxa min é a vazão mássica mínima de líquido absorvente por unidade de área no topo
da coluna (kg/m².s);
S é a área de secção transversal da coluna (m²).

3.3 LINHA DE OPERAÇÃO

O balanço material de soluto no volume de controle que envolve uma seção


intermediária da coluna e o topo da coluna permite determinar uma função que relacione
y com x ao longo da coluna, ou seja, para o escoamento contracorrente:

Va La
ya xa

V L
y x

Vb Lb
yb xb

Figura 8: Volume de controle que envolve uma seção intermediária da coluna e o


topo da coluna em contracorrente
O balanço total de soluto é (Equação 13):

𝐿𝑎 . 𝑥𝑎 + 𝑉. 𝑦 = 𝐿. 𝑥 + 𝑉𝑎 . 𝑦𝑎 (13)

Que resulta na reta (Equação 14):

𝐿 𝑉𝑎 .𝑦𝑎 −𝐿𝑎 .𝑥𝑎


𝑦= 𝑥+ (14)
𝑉 𝑉

Se L e V forem essencialmente constantes, situação válida para fração molar


de fase gasosa na entrada inferior a 6 %, segundo McCabe, Smith e Harriott (1993),
a linha de operação será praticamente retilínea. A diminuição na relação L/V mantida
as condições das correntes gasosas (Vb, yb, Va e xa) faz com que a reta de operação
tenha sua inclinação reduzida e que xb aumente. Na condição limite, ou seja, de mínima
vazão de líquido absorvente para a mesma retenção de absorbato, xb = xb*.

Figura 9: Linha de equilíbrio e reta de operação.

3.4 DIÂMETRO DA COLUNA DE RECHEIO

O diâmetro da coluna é obtido a partir da correlação generalizada de Eckert,


que relaciona as vazões mássicas de gás e de líquido na base por unidade de área
da coluna (respectivamente Gyb e Gxb) com as propriedades do recheio, perda de
carga no leito e condição de inundação, conforme Figura 10.

Linhas de ΔP/L em polegadas de


coluna de água/pé de recheio

Figura 10: Correlação para determinação da condição de inundação e a perda de


carga no recheio em função das vazões mássicas por unidade de área de seção
transversal da coluna

𝐺𝑦𝑏2 .𝐹𝑝 .𝜇𝑥0,1


Eixo das ordenadas:
𝑔𝑐 ..(𝜌𝑥 −𝜌𝑦 ).𝜌𝑦

𝐺𝑥𝑏 𝜌𝑦
Eixo das abscissas: .√
𝐺𝑦𝑏 (𝜌𝑥 −𝜌𝑦 )

Com Gx e Gy em lbm/ft².s; μx, a viscosidade do líquido em cP; Fp, fator de


perda de carga do recheio; ρy e ρx as massas específicas em lbm/ft³; e gc = 32,174
ft/lbf.s²
. A definição do diâmetro nominal dos anéis deve levar em consideração o
diâmetro da coluna. A Tabela 1 contém diretrizes para a escolha do diâmetro do
recheio.

Tabela 1: Diâmetro do recheio em função do diâmetro da coluna


Diâmetro da coluna (m) Diâmetro do recheio (in)
< 0,3 <1
0,3 a 0,9 1 a 11/2
>0,9 2a3

Além disso, o material construtivo deve ser compatível com as propriedades


do sistema (temperatura, resistência à corrosão, molhabilidade, etc.). A Tabela 2
contém as principais características físicas de alguns tipos de anéis.

Tabela 2: Propriedades físicas de alguns tipos de anéis


Tipo Material Tamanho ρ aparente a ɛ (%) Fp fp (fator
nominal (lbm/ft³) (m²/m³) (fator transferência
(in) perda de massa)
de
carga)
1
Rasching cerâmica /2 55 112 64 580 1,52
1 42 58 74 155 1,36
11/2 43 37 73 95 1,00
2 41 28 74 65 0,92
Pall metal 1 30 63 94 56 1,54
1
1 /2 24 39 95 40 1,36
2 22 31 96 27 1,09
plástico 1 5,5 63 90 55 1,36
11/2 4,8 39 91 40 1,18
1
Sela de cerâmica /2 54 142 62 240 1,58
Berl 1 45 76 68 110 1,36
11/2 40 46 71 65 1,07
1
Sela cerâmica /2 46 190 71 200 2,27
Intalox 1 42 78 73 92 1,54
1
1 /2 39 59 76 52 1,18
2 38 36 76 40 1,00
3 36 28 79 22 0,64
Super cerâmica 1 - - - 60 1,54
intalox 2 - - - 30 1,00

A queda de pressão no ponto de inundação é determinada utilizando a curva


referente à ΔP/L =1,5 in.H2O/ftrecheio. No entanto, o critério de projeto para obtenção da
área e do diâmetro da coluna consiste em achar Gyb de inundação (Gyb inundação) na
Figura 10 e dividir o valor de Gyb inundação por 2 (50% distante da inundação) para
posteriormente calcular a área e o diâmetro da coluna.
𝑚𝑦𝑏 ̅̅̅̅̅̅
𝑉𝑏 .𝑀𝑦 𝑏 4.𝑆
𝑆= = , logo 𝐷𝑐 = √ (15)
𝐺𝑦𝑏 𝐺𝑦𝑏 𝜋

Sendo que S é área de seção transversal da coluna, Dc é o diâmetro interno


da coluna, myb é a vazão mássica da corrente gasosa na base da coluna, ̅̅̅̅̅̅
Myb é a
massa molar média da corrente gasosa na base da coluna.

3.5 ALTURA DO LEITO RECHEADO

Nas colunas de recheio, em função do escoamento e do contato entre as


fases, o mecanismo de transferência de massa predominante é a convecção
forçada. Aplicando os conceitos, o fluxo de soluto transferido pode ser escrito pelo
produto entre coeficiente convectivo (Ky) e a diferença entre as frações molares do
soluto que foram transferidos, conforme mostrado na figura 11.

Figura 11: transferência de soluto do seio da fase gasosa para fase líquida

A partir da dedução, apresentada em Mc Cabe; Smith; Harriott (1993), conclui-se


que a altura do recheio é:
𝐺𝑦𝑏 𝑦𝑏 𝑑𝑦
𝑍𝑏𝑒𝑑 = ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ∫𝑦 (𝑦−𝑦∗) (16)
𝑀𝑦 .𝐾
𝑏 𝑦 .𝑎 𝑎

Que pode ser resumido em:

𝑍𝑏𝑒𝑑 = 𝐻𝑜𝑦 . 𝑁𝑜𝑦 (17)


Hoy - altura de unidade de transferência global de massa no lado gás, e
apresenta dimensão de comprimento;

Noy - número de unidade.

A altura Hoy pode ser obtida por meio da determinação das alturas de
transferência de soluto individual em cada fase (Hy e Hx) através de:
𝑉𝑏 .𝑚
𝐻𝑜𝑦 = 𝐻𝑦 + 𝐿𝑏
. 𝐻𝑥 (18)

A altura de unidade de transferência de massa no lado gás (Hy) pode ser obtida
por:
0,5
𝐻𝑦𝑁𝐻3 𝑆𝑐𝑦
𝐻𝑦 = 𝑓𝑝
. (𝑆𝑐 ) (19)
𝑁𝐻3

sendo que:

Hy,NH3 é a altura de unidade de transferência da amônia em ar absorvida em água a


25ºC com anéis de Raschig cerâmicos de 1 ½ in., que deve ser quantificada a partir
e Gyb e Gxb na Figura 12 (Fig. 22.20 da pág.716 de Mc Cabe; Smith; Harriott,1993);

DAB difusividade mássica do soluto A no meio B;

fp é o fator de transferência de massa do recheio (Tabela 2);

Scy é o número de Schmidt do soluto na corrente gasosa (0,66);

Sc,NH3 é o número de Schmidt da amônia em ar a 25ºC;

A altura de unidade de transferência de amônia em ar Hy.NH3 pode ser obtida


pela Figura 12 (curva tracejada).
Figura 12: Altura de unidade de transferência de amônia em ar no lado gás
absorvida em água a 25ºC com anéis de Raschig de 1 ½ in (McCABE, SMITH,
HARRIOTT, 1993).

A altura de unidade de transferência no lado líquido (Hx) pode ser obtida por:
0,1 0,5
𝐻𝑥𝑂2 1 𝑆𝑐
𝐻𝑥 = . (𝜇 ) . (𝑆𝑐 𝑥 ) (20)
𝑓𝑝 𝑥 𝑂2

Com Hx,O2 obtido pela Figura 13 (curva referente a anéis de Raschig de 1 ½ in. na
fig. 22.19 da página 715 de MC CABE; SMITH; HARRIOTT, 1993); μx é a viscosidade do
líquido em cP; SCx é o número de Schimdt do soluto no líquido absorvente; SC,O2 é o
número de Schimdt do oxigênio na água a 25°C (381).
Figura 13: altura de unidade de transferência de O2 em água a 25ºC em anéis de
Raschig de 1 ½ in.

No caso de soluções diluídas (inferior a 6% em mol na fase gasosa), pode-se


aproximar, de maneira geral, a linha de equilíbrio por um segmento de reta e neste caso,
Noy é calculado por:
(𝑦𝑏 −𝑦𝑎 )
𝑁𝑜𝑦 = (21)
(𝑦𝑏 −𝑦∗𝑏 )−(𝑦𝑎 −𝑦∗𝑎 )
[ ]
𝑦 −𝑦∗
𝐿𝑛( 𝑏 𝑏 ∗ )
𝑦𝑎 −𝑦𝑎

Lembrando que:

𝑦𝑎∗ = 𝑚. 𝑥𝑎 e 𝑦𝑏∗ = 𝑚. 𝑥𝑏 (22)

A difusividade do soluto no meio líquido pode ser estimada pela correlação de


Wilke e Chang (página 656 de McCABE; SMITH; HARRIOTT, 1993).

(𝜑𝑏 .𝑀𝐵 )0,5 .𝑇


𝐷𝐴𝐵 = 7,4.10−8 . 0,6 (23)
𝜇𝑥 .𝑉𝑀

Na qual,

ϕb é o parâmetro de associação do solvente: 2,6 para água; 1,9 para metanol; 1,5
para etanol; 1,0 para benzeno, éter, heptano ou outro solventes orgânicos;
MB é a massa molar do solvente;

T é a temperatura em K;

μx é a viscosidade do solvente em cP;

VM é o volume molar de soluto no ponto de ebulição normal (cm³/mol) (ver


VERBRUGGEN; HERMENS; TOLLS, 2000).

A altura total da coluna deve levar em consideração os espaçamentos


necessários para acomodar o eliminador de névoa, distribuidor de líquido e o limitador
de leito superior na seção de topo, redistribuidores de líquido e de gás na seção
intermediária, se for o caso para colunas com mais de dois módulos, e o suporte do
leito, entrada da corrente gasosa e nível do líquido de selagem na seção de fundo
(Figura 14).
Figura 14: Esquema representativo de uma coluna de recheio com indicação das
seções de topo e de fundo
4 EXERCÍCIOS

1. Represente a linha de operação no diagrama de fração molar de soluto na


fase gasosa (y) em função da fração molar de soluto na fase líquida (x) para o
escoamento concorrente. Indique também a reta que representa a condição mínima
vazão líquida para esse caso.

2. Uma coluna de absorção é utilizada para recuperar vapor de etanol


volatilizado em uma dorna de fermentação. A vazão volumétrica da corrente gasosa
de alimentação é de 10.000 m³/h, temperatura de 30°C e composição de 1,0 % de
etanol em mol. Considere que o restante da corrente gasosa seja composto por 99,0
% em mol de ar atmosférico a 1,0 atm. Deseja-se que a fração molar da corrente
gasosa na saída seja de 0,1% em mol. A coluna será preenchida com selas Intalox
de cerâmica com 2 in. de tamanho. Como líquido absorvente, será utilizada água
isenta de etanol, também a 30°C e com vazão duas vezes superior a vazão mínima
necessária para reter o soluto em escoamento contracorrente.
Nestas condições, determine:
a) A mínima vazão de líquido absorvente para remoção desejada;
b) Calcule as vazões molares e as frações molares das correntes de entrada e saída
da coluna;
c) Caso o escoamento seja concorrente, obtenha a vazão mínima de líquido nas
condições do item a.
Dado: reta de equilíbrio y* = 0,68.x*

3. Uma coluna de absorção será empregada para retirar 95 % de benzeno de


uma mistura gasosa com 6 % de benzeno e o restante de ar a 40.500 ft³/h. A coluna,
a ser preenchida com selas cerâmicas de Berl de 1 in., irá operar a 1 atm e 80°F.
Um óleo não volátil deve ser utilizado como líquido absorvente com 0,3 % em peso
de benzeno. Nestas composições, calcule a mínima vazão de óleo absorvente para
a operação contracorrente.
Dados:
-Benzeno: C6H6
- Pressão de vapor do benzeno a 80°F: 106 mmHg
- Massa molar do óleo: 240 lbm/lbmol

4. Determinar, nas mesmas condições do Exercício 2, o diâmetro da coluna, a


queda de pressão no lado gás em cmH2O/ft recheio. Compare o tamanho do recheio
utilizado com o recomendado na Tabela 1.
5. Uma coluna de absorção é utilizada para recuperar vapor de etanol
volatilizado em uma dorna de fermentação. A vazão volumétrica da corrente gasosa
de alimentação é de 10.000 m³/h, temperatura de 30°C e composição de 1,0 % de
etanol em mol. Considere que o restante da corrente gasosa seja formado de 99,0 %
em mol de ar atmosférico a 1,0 atm. Deseja-se que a fração molar da corrente
gasosa na saída seja de 0,1% em mol. A coluna será preenchida com selas Intalox
de cerâmica com 2 in. Como líquido absorvente, será utilizada água isenta de etanol,
também a 30°C e com vazão duas vezes superior a vazão mínima em escoamento
contracorrente. Note que este problema é continuação do Exercício 2. Nestas
condições, determine:
a) A altura do recheio;
b) A perda de carga no escoamento da fase gasosa na coluna;
c) Esquematize a configuração final da coluna;
d) Compare a vazão volumétrica no topo da coluna (Qxa) com a mínima vazão
de líquido recomendada por MWR.
e) Faça uma análise crítica do dimensionamento realizado.
Dados:
- Massa molar do etanol: 46 g/mol
- Inclinação da reta de equilíbrio para etanol e água a 30°C: 0,68
- Massa molar do ar: 28,8 g/mol
- Constante universal do gases: 0, 082 atm. L/mol.K
- Viscosidade da água a 30°C: 0,8 cP
- Difusividade do etanol em ar a 298K: 1,32.10-5 m2/s
- Massa específica da água a 30°C: 996 kg/m3
- Massa específica do etanol no ponto de ebulição normal: 0,722 g/cm 3

6. Uma coluna de absorção é utilizada para remover ácido clorídrico (HCl)


presente em uma corrente gasosa com ar a 25ºC e 1 atm. A corrente gasosa de
alimentação possui vazão volumétrica de 5000 m3/h e contém 0,2 % em mol de HCl.
Deseja-se que a remoção seja 95% na coluna. A coluna será preenchida com anéis
de Pall de plástico com 1,0. in. de diâmetro. Como líquido absorvente, será utilizada
solução de soda caustica 5% em massa, também a 25ºC. No caso de absorção de
um ácido forte em uma base forte, o número de unidade de transferência global de
massa (Noy) é calculado por:
Ou seja, y* = 0 e assuma que a inclinação da linha de equilíbrio seja nula e que Gyb
= Gxb. Caso seja necessário, adapte as condições operacionais para o correto
projeto do equipamento. Nestas condições, determine:
a) O valor de Gyb na condição de projeto;
b) O diâmetro da coluna;
c) A vazão de solução de soda caustica 5% em massa;
d) A altura do recheio e da coluna;
e) A perda de carga na coluna;
f) Comente o que ocorreria no projeto da coluna se ao invés de solução de soda
caustica fosse utilizada água como líquido absorvente.
Dados:
- massa específica da solução de soda cáustica 5% em massa a 25ºC = 1052 kg/m³
- massa molar do HCl = 36,5 g/mol
- viscosidade da solução de soda cáustica 5% em massa a 25ºC = 1,2 cP
- difusividade do ácido clorídrico no ar a 0ºC =1,0.10-5 m²/s
- Difusividade do HCl na solução de soda cáustica a 25°C= 2,6.10-9 m²/s
- coeficiente angular da linha de equilíbrio a 25ºC = 0
- massa específica do dióxido de enxofre líquido = 1437 kg/m³

7. Uma coluna de absorção é utilizada para remover vapor de metanol (CH 3OH)
presente em uma corrente gasosa com ar a 40ºC e 1 atm. A corrente gasosa de
alimentação possui vazão volumétrica de 3600 m 3/h e contém 10000 ppm (v/v) de
CH3OH. Deseja-se que a remoção seja 95% na coluna. A coluna será preenchida
com anéis de Raschig de cerâmica com 2. in. de diâmetro. Como líquido absorvente,
será utilizada água isenta de metanol, também a 40ºC. Caso seja necessário, adapte
as condições operacionais para o correto projeto do equipamento. Nestas condições,
determine:
a) A mínima vazão de líquido absorvente (molar, mássica e volumétrica) para a
remoção desejada;
b) O diâmetro da coluna para que a vazão de líquido seja 100% maior que a mínima
e a queda de pressão no lado gás por unidade de comprimento do recheio;
c) A vazão mássica da fase gasosa por unidade de área da coluna (Gyb) e a vazão
mássica da fase gasosa para que ocorra a inundação da coluna;
d) O número de unidade de transferência (Noy).
e) A altura do recheio nas condições do item b;
Dados:
- massa específica da água a 40ºC = 992 kg/m³;
- viscosidade da água a 40ºC = 0,66 cP;
- difusividade do metanol no ar a 0ºC =0,515 ft²/h
- massa específica do metanol líquido no ponto de ebulição normal = 0,75 g/cm³
- coeficiente angular da linha de equilíbrio a 40ºC = 0,66

8. Refaça os exercícios 2, 3 e 5. Porém, admita que a coluna será preenchida


com anéis metálicos de Pall de 2 in. de diâmetro. Além disso, deseja-se que a vazão
de líquido no topo seja 10 % superior a mínima necessária para molhar o leito.

9. Uma coluna de absorção em escoamento contracorrente é utilizada para


remover dióxido de enxofre (SO2) a 1398 mg/m³ em ar a 20ºC e 1 atm. O recheio
utilizado é composto de anéis de Pall de metal com 2 in. de diâmetro nominal. A
vazão volumétrica da corrente gasosa é de 10.000 m³/h. Deseja-se que a
concentração de dióxido de enxofre na saída seja de 261 mg/m³. Como líquido
absorvente, será empregado água também a 20ºC, cujas propriedades são: massa
específica de 998 kg/m³ e viscosidade de 1,0 cP. O dimensionamento da coluna
deve ser feito para que a vazão mássica da corrente gasosa na base por unidade de
área de seção transversal da coluna (Gyb) seja de 500 lbm/ft².h e a que a vazão
mássica da corrente líquida na base por unidade de área de seção transversal da
coluna (Gxb) seja de 4500 lbm/ft².h. Nessas condições, determine:
a) O diâmetro da coluna e analise se o diâmetro dos anéis de Pall está condizente
com as recomendações;
b) A vazão molar de líquido operacional no topo (La) e compare com a mínima
necessária para absorver o soluto (La min);
c) A altura de unidade de transferência global de massa no lado gás (Hoy), o número
de unidade de transferência global de massa no lado gás (Noy) e a altura do recheio
na coluna nas condições do enunciado;
d) A perda de carga na coluna nas condições do enunciado.
Dados:
- massa molar do SO2 = 64,1 g/mol;
- massa molar média do ar = 28,8 g/mol;
- difusividade do SO2 em ar a 20ºC e 1,0 atm = 1,38.10-5 m2/s;
- coeficiente angular da linha de equilíbrio a 20ºC = 15
- viscosidade do ar a 20ºC = 1,8.10-5Pa.s;
- volume específico do SO2 no ponto de ebulição normal = 0,684 mL/g;
- as condições normais de pressão e temperatura são equivalentes à temperatura de
0ºC e 1,0 atm.

10. Uma coluna de absorção em escoamento contracorrente é utilizada para


remover amônia (NH3) a 1,2 % em base molar, diluída em ar a 40ºC e 1 atm. O
recheio utilizado é composto de anéis de Pall de plástico com 1 in. de diâmetro
nominal. A vazão volumétrica da corrente gasosa é de 2000 m³/h. Deseja-se que a
remoção se soluto seja de 90 %. Como líquido absorvente, será empregada água
também a 40ºC. O dimensionamento da coluna deve ser feito para a condição em
que a vazão de líquido alimentada no topo deve ser o dobro da mínima necessária
para absorver o soluto. Nessas condições, determine:
a) O diâmetro da coluna e analise se os diâmetros dos anéis de Pall estão
condizentes com as recomendações.
b) Compare a vazão de líquido operacional com a mínima necessária para molhar o
recheio.
c) A altura do recheio na coluna nas condições do enunciado.
Dados:
- massa molar da NH3 = 17 g/mol
- difusividade do NH3 em ar a 0ºC e 1,0 atm = 1,98.10-5 m2/s
- coeficiente angular da linha de equilíbrio a 40ºC = 1,98
- viscosidade do ar a 40ºC = 2,0.10-5Pa.s
- volume específico do NH3 no ponto de ebulição normal = 0,682 mL/g
- massa específica da água a 40ºC = 992 kg/m3
- viscosidade da água a 40ºC = 0,653 cP

11. Uma coluna de absorção é utilizada para remover n-hexano (C6H14) a 0,5 %
em mol diluído em ar a 40ºC e 1 atm. O recheio utilizado é composto de anéis de
Pall de aço inox com 1,5 in. de diâmetro nominal. A vazão volumétrica da corrente
gasosa é de 5000 m3/h. Deseja-se que a coluna remova 95 % do n-hexano
alimentado. Como líquido absorvente, é empregado um óleo não volátil e isento de
n-hexano, cujas propriedades são: massa específica a 40ºC de 930 kg/m 3,
viscosidade a 40ºC de 3,5 cP e massa molar média de 240 g/mol. A coluna deverá
operar com vazão mássica da corrente gasosa por unidade de área da coluna de
800 lb/ft²h. O óleo deverá ser alimentado de forma que a sua vazão seja 50% acima
da mínima. Nessas condições, determine:
a) O diâmetro da coluna para o escoamento contracorrente.
b) As mínimas vazões de líquido absorvente no topo da coluna (molar, mássica e
volumétrica) para a remoção desejada nos contatos concorrente e contracorrente.
c) A mínima vazão de líquido para molhar o recheio.
d) A altura do recheio e esquematize a altura total da coluna.
e) Verifique se há risco da coluna inundar e calcule a queda de pressão na coluna.
f) A vazão mássica de óleo para que ocorra a inundação para a mesma vazão
volumétrica da corrente gasosa na entrada de 5000 m 3/h.
g) Faça uma análise crítica da condição operacional e de projeto estabelecida no
enunciado.
Dados:
- massa molar do n-hexano = 86,2 g/mol;
- pressão de vapor do n-hexano a 40ºC = 279 mmHg;
- fator de perda de carga do recheio = 92;
- fator de transferência de massa do recheio = 1,54;
- difusividade do n-hexano em ar a 294 K e 1,0 atm = 0,080 cm²/s;
- coeficiente angular da linha de equilíbrio a 40ºC = 0,367 = PvA/P;
- viscosidade do ar a 40ºC = 2,0.10-5Pa.s;
- volume molar do n-hexano no ponto de ebulição normal = 140 mL/mol.

BIBLIOGRAFIA

McCABE, W.L., SMITH, J.C., HARRIOTT, P. Unit Operations of Chemical Engineering. 5


ed. New York: McGraw-Hill, 1993. 1130 p.

Reinaldo Pisani Jr – Operações Unitárias 5, UNAERP (2017)

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