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Para alcançar essa meta, místicos que eram, optaram pelo auxílio de práticas mágicas.
Porém, essas coisas mágicas [fórmulas, rituais, químicas] são tão secretas que os
magos-políticos-miltares alemães tiveram de empreender longos estudos e buscar
Mestres mais capacitados, especialmente em magia negra, mais adequada aos propósitos
em vista.
Outro escritor, René Guénon [ou ─ seu nome muçulmano, Abd al-Wahid Yahya ─
1886-1951] francês, metafísico, pesquisador do simbolismo e das tradições da iniciação
mística sendo, ele mesmo, iniciado no hinduísmo, taoísmo e esoterismo islâmico
publicou, em 1927, com enorme êxito Le Roi du Monde [O Rei do Mundo, 1927], mais
uma obra que alimentou, no imaginário dos nacionalistas alemães, a esperança de que
poderiam recuperar a supremacia da raça ariana e seu [supostamente] legítimo poder
sobre o mundo [sobre outras raças] por meio de uma aliança com arcanas forças ocultas
cujos segredos estariam preservados no Tibete.
No livro, Guénon fala da destruição de uma antiga civilização que teria florescido no
deserto de Gobi. Essa civilização foi aniquilada por um desastre natural [outros, sobre o
mesmo tema, especulam sobre uma explosão atômica]. Os sobreviventes, Filhos das
Inteligências do Além, abrigaram-se em cavernas subterrâneas nos Himalaias e, ali,
restauraram sua civilização. Dividiram-se em dois grupos: os fundadores da cidade de
Agartha, que seguiram o caminho da espiritualidade; e os fundadores da cidade de
Shamballa, que praticavam a violência seduzidos pelo materialismo. Na ficção de
Guénon, esses habitantes do subterrâneo poderiam influenciar a vida e os
acontecimentos da Humanidade da superfície por meio das ciências metafísicas, como a
hipnose telepática e a mediunidade.
Expedições Nazistas
Outras expedições àquele país, anteriores, são pouco documentadas e não são
diretamente ligadas ao patrocínio nazista. Sabe-se, por exemplo que o mesmo Schäfer
esteve no Tibete duas vezes antes da expedição de 1938/39. A primeira vez, entre 1931-
1932; a segunda, 1934-1936. Schäfer, portanto, conhecia o terreno; por isso foi
escolhido pela Ahnenerbe. Naquela terceira expedição, a equipe compunha-se cinco
acadêmicos alemães e vinte membros das SS. Sua missão era estabelecer relações com
os misteriosos habitantes das cavernas, o povo de Agartha.
Antes mesmo da Ahnenerbe ser criada, Karl Haushofer, que era membro da Thule-Vril,
atuou, entre os nacionalistas, como uma espécie de consultor para assuntos do ocultismo
do extremo oriente ─ Japão, Índia, Tibete, instruindo os membros das expedições
alemãs [civis] que partiram em busca da fonte do poder sobrenatural, a partir de 1926
[curiosamente, ano de fundação da Colônia Tibetana em Berlim].
Por sua experiência com a mística naqueles países asiáticos, Haushofer estaria
envolvido com a implantação da colônia tibetana e com os imigrantes tibetanos que se
instalaram na Alemanha nos anos seguintes [a 1926]. Sobretudo, Haushofer teria
estabelecido um canal diplomático entre Terceiro Reich e os iogues negros. Embora
muito se insista em tibetanos, o fato é que a colônia de Berlim, em todas as fontes
históricas, é associada à uma Sociedade Secreta japonesa, e não tibetana; a Sociedade
Ordem dos Dragões Verdes. Todavia, também é verdade que os Dragões Verdes tinham
seus tentáculos na China e no Tibete.
Essa Ordem dos Dragões Verdes, se ocupava de alcançar a maestria, o domínio total do
ser humano, dos seus corpos perecíveis e do seu etérico [ou etéreo] corpo durável
[corpo ou Ser eterno, imortal]. A excelência nas ciências ocultas que, em última
instância dependem do absoluto auto-controle, conferia aos seus Mestres grandes
poderes: tinham o dom da profecia, podiam controlar os elementos em seus corpos
[calor, frio, fluidos, estrutura ósseo-cartilaginosa, o metabolismo do ar, a sutileza
escorregadia dos pensamentos]. Os iniciados de alto grau eram capazes de fazer uma
semente germinar e tornar-se planta adulta em poucas horas [Papus menciona este
fenômeno em seu Tratado Elementar de Magia Prática].
Os Homens Verdes afirmavam que tinham contato direto com a central japonesa através
do medium [meio, campo de informação astral, Akasha] astral. A certa altura dos
acontecimentos, A Green Dragon Society teria enviado para Alemanha sete membros,
legítimos asiáticos, supõe-se japoneses, ou não... para auxiliar os Green Men em seu
nazi-projeto de produzir mutações na genética dos nórdicos a fim de transformar os
arianos em Homens-deuses! Tudo isso, naturalmente, acontecia sob o mais rigoroso
sigilo.
Mas os Green Men começaram a perder o prestígio entre 1943 e 1944. Eles falharam em
alterar os rumos da Guerra e, além disso, seu padrinho, Haushofer, estava encrencado
com as SS: seu filho se envolveu em um atentado contra a vida de Hitler [em 1944].
A colônia tibetana em Berlim foi instituída bem antes do começo da Segunda Guerra,
em 1926 e continuou crescendo durante o conflito. Depois da ascensão dos nacionalistas
ao poder, os tibetanos eram importados pela Ahnenerbe, que selecionava os imigrantes
precisamente entre os chamados Irmãos Negros da Ioga negra do Tantra negro! Apesar
de todo esse negror, nessa colônia, destacava-se a figura de um monge tibetano que
ficou conhecido como o Homem das Luvas Verdes [e non das luvas negras...]. Hitler
consultava-o com freqüência, deferência atribuída ao interesse [do Fürer] nos poderes
psíquicos da personagem e pela fama do sujeito de possuir o segredo do acesso ao reino
de Agharta.
O mistério em torno desse ocultista das luvas verdes é tão labiríntico que há quem
afirme que ele nem era tibetano; uns dizem que que era alemão, erudito orientalista;
outros, que era um judeu alemão! ─ chamado Erik Jan Hanussen [1889-1933] ou,
talvez, um um ex-judeu, Ignatius Timothy Trebitsch-Lincoln [1879-1943] vulgo Chao
Kung.
Nos casos de Ignatius Timothy Trebitsch-Lincoln e Erik Jan Hanussen, apesar das
biografias pitorescas, as datas oficiais de suas mortes eliminam a possibilidade de um
deles ter sido o "monge das Luvas Verdes". Hanussen, morto em 1933 e o outro,
Trebitsch, morreu em 1943 e, ainda por cima, na China! Ora, segundo consta nos
registro históricos, o cadáver da personagem encontrado em 1945; não estava em
putrefação, eram defuntos frescos e a morte se deu por suicídio. Finalmente, o defunto
do centro círculo tibetano também tinha feições orientais.
A terceira hipótese, da colônia tibetana ser, na verdade uma Loja esotérica, filial dos
Dragões Verdes nipônicos-tibetanos é bastante plausível. A migração para a Alemanha
teria sido intermediada por Karl Haushofer, desde o começo dos anos de 1920, a partir
dos contatos que fez, quando esteve em missão militar no Japão e, muito interessado na
cultura local, foi um, dos apenas três ocidentais, admitidos entre os Dragões ao longo da
longuíssima existência daquela organização.
Tudo indica, portanto, que o Homem das Luvas Verdes, de fato, existiu na mística do
nazismo. Descartando hipótese de ser um ocidental orientalista ou orientalizado, resta
investigar a identidade de um verdadeiro tibetano radicado em Berlim. Embora as
referências sobre esta possibilidade sejam constantes porém exíguas, todas as fontes
concordam que o exótico conselheiro das SS, se tibetano, era um mago negro daquele
país pertencente ao clã dos Dag-Dugpa. Sobre os Dag Dugpa, escreve o ocultista
Samael Aun Weor [1917-1817]:
O Clã de Dag Dugpa pratica o Tantrismo Negro. Os Iniciados Negros Bonzos e Dugpas
[de gorro vermelho] ejaculam o sêmen, misticamente... têm um procedimento fatal para
recolherem o sêmen carregado de átomos femininos de dentro da própria vagina da
mulher, logo, o injetam [aspiram-no] uretralmente [pela uretra!] e reabsorvem-no, com a
força da mente, para levá-lo até o cérebro.
E sobre Hitler e o Homem das Luvas Verdes: O homem das luvas verdes pertenceu ao
clã dos Dag Dugpas. Hitler deixou-se dirigir por este homem que lhe ensinou
acristalizar tudo negativamente.
Os Sete Orientais
Apesar de terem sido identificados como tibetanos, os sete corpos encontrados pelos
russos em 1945 tinham característica bem japonesa impressa em suas mortes: todos os
suicídios foram cometidos rasgando o ventre com uma faca, método japonês. O mesmo
método que Karl Haushofer usou às vésperas de ser preso pelos Aliados, no fim da
Guerra.