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TEMA 6
SOCIEDADE DE ADVOGADOS

Quando um advogado começa a assumir uma quantidade maior de causas, surge a ne-
cessidade de se unir a outro ou a outros advogados, para juntos dividirem as tarefas (e, até
mesmo, as despesas) e, ao final, ratearem os ganhos obtidos. Não raro, audiências são mar-
cadas para o mesmo dia, em juízos, em comarcas, em estados diferentes. Para o auxílio recí-
proco, os advogados constituem uma sociedade de advogados.
O tema está disciplinado nos arts. 15 ao 17 do Estatuto da Advocacia e da OAB (que foram
alterados pela Lei 13.247/16), nos arts. 37 ao 43 do Regulamento Geral e no Provimento nº
112/06 do Conselho Federal da OAB.

Natureza jurídica
De acordo com o texto original do art. 15 do Estatuto da Advocacia e da OAB, os advoga-
dos poderiam se reunir em sociedade civil de prestação de serviços de advocacia.
Por essa redação, poderíamos dizer que a natureza jurídica de uma sociedade de advoga-
dos é uma sociedade civil. Acontece que o EAOAB é uma lei de 1994 (Lei nº 8.906/94), quando
ainda vigorava o Código Civil de 1916, que, por sua vez, classificava as sociedades em civis e
mercantis. Com o advento do novo Código Civil (2002), a classificação passou a ser em socie-
dades simples e sociedades empresarias, razão pela qual, atualmente, sua natureza jurídica é
de sociedade simples. Porém, apenas com o advento da Lei 13.247/16 é que o mencionado
art. 15 foi alterado, constando agora, que os advogados podem reunir-se em sociedade sim-
ples de prestação de serviços de advocacia.
Acrescente-se que mais uma novidade veio com essa alteração da Lei 8.906/94. A partir
de então os advogados também podem constituir uma sociedade unipessoal de advocacia,
como se percebe na redação abaixo destacada:
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços
de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nes-
ta Lei e no regulamento geral.
Sem a intenção de nos aprofundarmos no tema, há quem entenda que a sociedade de ad-
vogados é uma sociedade simples sui generis, uma vez que há peculiaridades trazidas pela Lei
nº 8.906/94 que a torna diferente das demais sociedades simples do Código Civil. Essas carac-
terísticas serão abordadas logo abaixo.

Personalidade jurídica
Para qualquer sociedade adquirir personalidade jurídica, há de ser feito o registro de seus
atos constitutivos em um órgão competente.
Em relação à sociedade de advogados, esta adquire personalidade jurídica com o registro
aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB, em cuja base territorial
tiver sede, seja esta uma sociedade simples ou uma sociedade unipessoal de advocacia, sen-
do proibido o registro nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerci-
ais.
Prevê o Estatuto que não são admitidas a registro, e nem podem funcionar, as sociedades
simples de advogados ou sociedades unipessoais de advocacia que apresentem formas ou
características mercantis, que adotem denominação fantasia, que realizem atividades estra-
nhas à advocacia, que incluam sócios não inscritos no quadro de advogados da OAB ou que
estejam totalmente proibidos de advogar.

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Denominação
No contrato social, que será registrado no Conselho Seccional da OAB, deve constar a de-
nominação (razão social) da sociedade. No entanto, existem regras a serem seguidas para que
o registro seja aprovado.
Conforme dito, não se admite o uso do nome fantasia (por exemplo, “Justa Causa, advo-
gados”. Tampouco se permite a utilização do nome de algum advogado renomado já falecido
(“Escritório de Advocacia Rui Barbosa” ou “Evandro Lins e Silva, advogados associados”).
Quando se tratar de uma sociedade simples de advocacia, a denominação adequada deve
trazer o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, acompanhado de
uma expressão que indique a finalidade do escritório. Assim, se três advogados – Pedro Meira
Júnior, Ana Cristina Secioso de Sá Pereira e Carlos Henrique Afonso Dias – resolvem constituir
uma sociedade simples de advogados, poderão ser colocadas, entre outras, as seguintes de-
nominações: “Meira e advogados”; “Ana Cristina Secioso de Sá Pereira, advocacia”; “Escritório
de Advocacia Carlos Dias”; “Escritório Jurídico Meira, Secioso e Dias”. Não importa se a ex-
pressão indicadora da finalidade vem antes ou depois do nome do advogado.
O Regulamento Geral permite o uso do nome abreviado do advogado, o que não significa
que serão utilizadas siglas com as iniciais de cada parte do seu nome completo. Apenas para
melhor ilustração, o nome completo de uma pessoa é formado por um prenome mais um so-
brenome, podendo, ainda, ter um agnome. O prenome pode ser simples (p. ex., Pedro, Fabia-
na, Rafael) ou composto (Pedro Henrique Tiago, Ana Cristina), do mesmo modo que pode ser
o sobrenome (Vidal, sobrenome simples; Meira Matos, sobrenome composto). O agnome só
deve constar quando houver nomes iguais na mesma família, justamente, para que possa ser
feita a distinção: Júnior, Neto, Sobrinho, Filho. Então, quando o Regulamento Geral disse “no-
me abreviado”, quis dizer, qualquer parte do nome.
Por autorização do Provimento nº 112/06, pode ser utilizado o símbolo “&” na denominação
da sociedade de advogados (Meira & Dias, Sociedade de Advogados – por exemplo).
Quando vigorava o Código Civil de 1916, era possível constar a abreviatura “S.C.”, de so-
ciedade civil no final da denominação (p. ex., Escritório de Advocacia Pedro Meira S.C.), mas,
pelo fato de o novo Código Civil não mais adotar esta classificação, hoje, não se pode utilizá-la.
Advirta-se que sempre foi proibida, por motivo óbvio, a adoção das expressões “Ltda”, “Cia”,
“S/A” e “ME”.
Em caso de falecimento de um dos sócios, cujo nome é utilizado na denominação da soci-
edade simples de advogados, o Estatuto determina que a permanência do nome é condiciona-
da à previsão no contrato social (art. 16, §1º, in fine).
Quando houver licenciamento de um sócio para o exercício de atividade incompatível com
a advocacia em caráter temporário, deverá tal fato ser averbado no registro da sociedade, não
alterando sua constituição. Por outro turno, caso o advogado passe a exercer atividade incom-
patível em caráter definitivo, gerando o cancelamento da inscrição, será obrigatória a alteração
contratual para que seja retirado o nome daquele sócio. Lembre-se de que a razão social deve
ter o nome de pelo menos um advogado da sociedade. Neste caso, ele não será mais advoga-
do em virtude do cancelamento da inscrição.
Em relação à grande novidade trazida pela Lei 13.247/16, quando se tratar de sociedade
unipessoal de advocacia, a sua denominação deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do
seu titular, completo ou parcial, com a expressão “Sociedade Individual de Advocacia”, como
por exemplo, “Ana Cristina, sociedade individual de advocacia” ou “Ana Cristina Pereira, soci-
edade individual de advocacia” (conforme art. 16, §4º, do EAOAB).
Outras considerações

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Os mandamentos do Código de Ética e Disciplina são aplicados às sociedades simples de
advogados ou às sociedades unipessoais de advocacia, no que couber.
A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das
quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal
concentração.
Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de
uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de ad-
vogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territori-
al do respectivo Conselho Seccional. Dessa forma, se um advogado já é sócio de um escritório
de advocacia no Estado do Rio de Janeiro, não poderá integrar, como sócio, nenhuma outra
sociedade simples de advogados nem constituir uma sociedade unipessoal de advogados nes-
te Estado. Poderá, todavia, ser sócio de outra sociedade de advogados (simples ou unipessoal)
no Estado de Minas Gerais, por exemplo.
Já na hipótese de constituição de filial em outro estado, o ato de constituição deve ser
averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se fixar, ficando
os sócios obrigados à inscrição suplementar. Essa obrigação também é exigida para o titular
da sociedade unipessoal de advocacia (art. 15, § 5º, do EAOAB).
Os sócios de uma mesma sociedade simples de advogados não podem representar em ju-
ízo clientes com interesses opostos.
As procurações passadas aos advogados devem ser outorgadas individualmente aos pro-
fissionais, mencionando a sociedade de que façam parte. As atividades de advocacia são
exercidas pelos próprios advogados, ainda que os honorários se revertam à sociedade. No en-
tanto, podem ser praticados pela sociedade, com o uso da razão social, os atos indispensáveis
às suas finalidades, que não sejam privativos de advogado.
A sociedade simples de advogados pode contemplar qualquer tipo de administração social,
sendo permitida a existência de sócios gerentes, com indicação dos poderes atribuídos (art. 41
do Regulamento Geral).
Por fim, no que diz respeito à responsabilidade civil, os advogados sócios, o titular da soci-
edade individual de advocacia e os advogados associados respondem subsidiária e ilimitada-
mente pelos danos causados diretamente ao cliente, por dolo ou culpa, por ação ou omissão,
no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar e penal em que pos-
sam incorrer (art. 17 do EAOAB, com a redação dada pela Lei 13.247/16, combinado com o art.
40 do Regulamento Geral).

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