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9 LASKI, H. J. The American democracy. Londres: Allen and Unwin, 1949.

Obra A TRADUÇÃO ORAL NO BRASIL


de um norte-americano sobre o complexo de inferioridade do seu povo em rela-
ção à Europa.
10 LACOMBE, Amélia M. Depoimento a Lia Wyler sobre a criação do primeiro
curso de revisor-tradutor-intérprete no Brasil. Rio de Janeiro, 9 nov. 1994.
11 A Ilha do Desterro, da Universidade Federal de Santa Catarina, dedicou um
número especial à tradução em 1992, mas desde 1996 o seu Grupo de Trabalho
de Tradução publica anualmente volumosos Cadernos de Tradução. A Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo lançou,
em 1994, a TradTerm, uma revista interdisciplinar para divulgação de pesquisas
em teoria literária, literatura comparada e lingüística aplicada, vinculadas à tra-
dução; em 1997, os Cadernos de Literatura em Tradução; em 200 l, um número
especial da revista Crop sobre pesquisa historiográfica em tradução, uma área
especializada que tem oferecido riqueza de subsídios para a reflexão teórica sobre
tradução. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem publicado
Cadernos de Tradução em uma das cinco línguas do Instituto de Letras e acaba
de lançar um novo periódico, a Translatio.
12 ECO, Humberto. Como se faz uma tese. Trad. Gilson Cesar Cardoso de Souza.
São Paulo: Perspectiva, 1985, 2~ ed.
SOB OS MAIS VARIADOS ASPECTOS, A TRADUÇÃO NO BRASIL TEM
13 HALLEWELL, Laurence. O livro no Brasil. Trad. Maria da Penha Villalobos e
Lólio L. Oliveira. São Paulo: T. A. Queiroz Editor, 1985. sido desde sempre descontínua. Essa característica pode ser obser-
14 PAES, José Paulo. Tradução: a ponte necessdria. São Paulo: Ática, 1990. vada nas língua fonte e alvo, na condição social do tradutor, na
15 ROMERO, Silvio. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: José sua cooptação pelas instituições, na formação de associações de
Olympio, 1980, 7ª ed. tradutores, nas políticas editoriais, nas teorias e publicações sobre
16 MARTINS, Wilson. História da inteligência brasileira. São Paulo: Cultrix/
tradução.
Edusp, 1976.
A descontinuidade parece ter afetado de maneira diversa a
17 PINTO, Milton. O ano em que a Standard Electric se fantasiou de papagaio. Rio
de Janeiro, 1983. (Comunicação)
tradução oral (ou interpretação) e a tradução escrita. As duas
18 BARBOSA, Heloísa Gonçalves e Wyler, Lia. "Brazilian Tradition". In: Ency- modalidades não só apresentam um desenvolvimento diferencia-
clopedia o/Translation Studies. Londres: Routledge, 1998. do como também marcos históricos diversos.
19 WOODSWORTH, Judith. "Translators and the emergence of national litera- Em termos documentais a tradução oral teve início com o
tures". In: Snell-Hornby, Mary, org. Tramlation Studies an interdiscipline, v. 2. achamento do Brasil. A tradução escrita, por sua vez, fez sua pri-
Amsterdã. J. Benjamins, 1994. A autora participou ativamente na comissão para meira aparição por aqui somente em 1549, com a vinda dos jesuí-
a História da Tradução da FIT.
tas, praticamente limitada, durante éculo , aos universos escolar
e burocrácico - e para línguas-alvos diferentes do porruguês.
O língua como era chamado então o tradutor em lfogua oral
(ou intérprete), foi imediatamente institucionalizado pelos colo-

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º
n.izadores eur?pe~s .. tradutor em língua escrita só iria ser con-
tratado pela instituição colonial em 1808 com fi d - d O contexto lingüístico
I - R, · ' a un açao a
mpressao egia. Acrescente-se ainda que o conhecimento d l' - Comecemos por descrever em termos lingüísticos os grupos indí-
g~as secularmente ~xigido do brasileiro (e a expectativa dee i~e genas e alienígenas presentes no país a partir de 1500, de modo a
sep capaz.de traduzir) acabou constituindo mais um obstáculo\o definir o contexto em que se desenvolveu a tradução.
desenvolvimento da tradução escrita como profissão reconhecida No início do século XVI, habitavam a nova colônia portu-
e regulamentada, exceto para a modalidade "tradutor públ.ico,, . guesa povos indígenas ágrafos, diferenciados em suas tradições,
seus usos e costumes. Distribuídos de forma homogênea por todo
o território brasílico, embora mais concentrados no litoral, esses
povos falavam centenas de línguas e dialetos que contemporanea-
mente podem ser classificados em 102 grupos e três ramos lin-
güísticos: o tupi, o macro-gê e o aruaque.l Supomos que tal diver-
sidade lingüística estimulasse o bilingüismo - talvez o plurilin-
güismo - e a tradução intergrupal, pois, onde houve oportunida-
de, desenvolveram-se línguas francas.
Exemplificam esse processo o abanheenga, de tronco tupi,
falado em todo o litoral brasílico, e o cariri, de tronco macro-gê,
no interior do nordeste. Ambos foram estruturados em gramáti-
cas pelos jesuítas, que para aqui vieram com a missão de catequi-
zar e tornar dóceis os novos súditos do rei de Portugal.
É importante ressaltar que, por razões indeterminadas, os
povos brasílicos haviam iniciado no final do século XV duas gran-
des migrações de sul para norte. Assinalado por vários historiado-
res, esse movimento, em ondas sucessivas, acentuou-se no século
XVI devido à presença cada vez mais freqüente de europeus. Sua
conseqüência mais imediata foi o desequilíbrio na distribuição
territorial dos povos pré-cabralinos. A longo prazo tais migrações
também terão contribuído para a disseminação de uma língua
franca ou geral de base tupi por todo o território colonial, e para
sua persistência até o século XVIII, quando um decreto de dom
José, rei de Portugal, proibiu o seu uso.
João Ramalho interpreta para Martim Afonso de Souza e o cacique Tibiriçá.
Por sua vez, o colonizador português "era reconhecidamente
um poliglota nato, e o escol dirigente, educado à sombra da Igreja
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Católica ou a seu serviço", à época do achamento do Brasil, "vivia
no mundo da cultura latina medieval" .z
Era em latim que os portugueses cultos escreviam poemas,
epístolas, sermõe , mensagens diplomáticas, crônicas e relatos de
viagem. E, d~vido à rigidez da censura e à precariedade da tipo-
grafia, traduziam apenas os textos de interesse religioso, pois os
~ucores profanos que entravam clandestinamente no país, eram
lidos nas línguas estrangeiras de origem. Assim, o uso do latim
como idioma europeu de produção e intercâmbio culcurais
prolongou-se em Portugal até meados do século XVIII. Mas, par
a par com o latim, "e ainda mais importante que este como fome
de cultura e de espiritualidade, foi durante crê séculos o conheci-
mento generalizado do cascelhano"3 e o mais rescrito do francês,
que teve grande relevância para a nossa tradução escrita.
A primeira tentativa bem-sucedida de padronizar a língua
\\ porcugu~sa ocorre~ em 1536, com a publicação de uma gramáti-
ca fo?ética. 4 Segum-se quatro anos mais carde uma segunda, de
autona de João de Barros, que procurou enquadrar o português
nas regras do larim. Essa obra, lançada em 1540, marcou em Valongo, o principal mercado de escravos do país, no Rio de Janeiro.
Portugal a adoção da gramática no ensino aos jovens da corte e o
surgimento das primeiras cartil.has para o aprendizado de leitura. com a proibição de escravizar índios. A importação portuguesa
Conr~do.' o ensin~ da língua pátria nas escolas médias portugue- seguia a política de vadar o máximo possível a composição étnica
sas - l1m1tado a se1 meses - só iria se tornar obrigatório a partir e lingüística de cada leva, mantendo dispersos os grupos tribais
do alvará pombalino de 1779. nucleares de modo a evitar sua unidade e insubmissão.
Afém dos índios e portugueses, um terceiro grupo de culturas Os efeitos dessa dispersão são sentidos até hoje pelos pesqui-
contribuiu de forma significativa para a formação da babel que 0 sadores afro-brasileiros, que procuram definir corretamente as
padre Antônio Vieira dizia existir em 1688 na Terra Brasílica5 e características do contingente que o historiador Rocha Pombo
conseqüentemente para o crescimento da atividade dos intérpre- estimou em 15 milhões de escravos.6 O professor, médico e etnó-
tes: as africanas. logo Raimundo Nina Rodrigues os classificou em três grandes
, P?uco ~epois do achamento do Brasil, então apenas uma grupos: chamitas (tuaregues e fulas); sudaneses (walogues, ruan-
c~loma desu~a~a. à exrraç~o de madeiras e à lavoura de exporta- dês ou mandingas, felupos, sonrais, hauçás, bornuns, krus, egbês
çao, Portugal 1ruc1ou wna importação de mão-de-obra escrava do ou guineenses, ibos, michis, baghirmis, mabas); e bantos. É ainda
continente africano. Essa prática intensificou a partir de 1560, do mesmo autor a afirmação de que, da multiplicidade de línguas

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e dialetos falados, foram adotados como línguas francas o nagô ou Indígenas, europeus e africanos, em sua quase totalidade,
ioruba (do grupo sudanês) na Bahia e o quimbundo ou conguês provinham de culturas dependentes da transmissão oral de co-
(do grupo banto) no norte e no sul do Brasil.7 Ao desembarcar, o 1 nhecimentos, em alguns casos, por serem povos ágrafos ou sim-
negro era obrigado a aprender o português, para atender aos colo- plesmente iletrados. Em rais condições era natural que atribuís-
nizadores, e a língua franca tupi para se entender com os compa- sem grande prescígio a quem fosse capa:t de se expressar com
nheiros de escravidão.
fluência na língua materna, e prestígio ainda maior a quem fosse
Ressalte-se que entre os escravos havia os que se comunica- capaz de fazê-lo com igual fluência em línguas estrangeiras, uma
vam em uma língua franca de base portuguesa - o ladino -, habi- valorização que ainda obrevive.
lidade que lhes permitia assumir funções de capatazia e de media- - As leis de abertura dos por,tos e de concessão de terras a não-
ção entre os portugueses e os demais. E que nos quilombos não portugueses, ambas de 1808, desencadearam um intenso movi-
intercomunicantes surgidos desde o século XVI, é provável que a
mento imigratório que, até 1888, cresceu na mesma proporção
língua franca usada fosse a de base cupi. "Somente nas subleva-
em que decresceu o tráfico de escravos africanos. Além dos portu-
ções negras mbanas do século XIX é que repontam grupos falan-
tes de uma só língua africana."8 gueses, entraram no país grandes levas de imigrantes - que aringi-
ram sua maior densidade entre 1891 e 1900 - suíços, belgas, ale-
Além desses grupos de culturas fundamentais para a forma-
mães, ingleses, russos, japonese , italianos, espanhóis, austríacos,
ção do português brasileiro desde o achamento da colônia aré a
abertura de seus portos em 1808, outros europeus freqüentaram franceses e turco-árabes.
legal e ilegalmente o território brasílico (e por vezes aqui penna- No século XX, esse movimento foi diminuindo gradualmence
neceram por longos períodos). Piraras, corsários e colonizadores, até sua total interdição em 1932, no governo Getúlio Vargas. A
de nacionalidade espanhola, francesa, inglesa e holandesa, contri- Constituição de 1934, no entanto, ainda no mesmo governo
buíram para fortalecer as tradições de plurilingü.ismo e multipli- admitiu e regulou seu restabelecimenco, fixando quotas por nacio-
car o número de intérpretes durante o período colonial e além. nalidade.9 Destacaram-se nos estados ulistas, por sua maior esco-
No caso do idioma espanhol, assinalemo além do seu uso laridade, os imigrantes alemães e italianos, que chegaram a formar
secular em Portugal outro fatores que contribuíram para sua maior comunidades que desconheceram a língua portuguesa aré 1930.
disseminação no Brasil: a bü1acionaüdade dos membros da Por outro lado, a influência cultural francesa, mais profw1da
Sociedade de Jesus, principais responsáveis pela educação na colô- e duradoura, independeu da presença de grandes levas de imi-
nia até 1759; a ocupação do trono português pelos reis de Espanha, grantes, conforme veremos no capítulo que aborda o desenvolvi-
de 1580 a 1640; e o domínio espanhol do território a oeste da linha mento da tradução escrita.
de Tordesilhas, hoje brasileiro, que perdurou de 1494 a 1801. A chegada de tanto estrangeiros após a primeira Assembléia
Cremos, portamo poder afirmar que desde o achamento do Constituinte Brasileira, em 1823 - a qual escolheu o português
Brasil houve um extraordinário número de línguas em confronto, como língua nacional - trouxe um novo influxo ao plurilingüis-
o que exigiu a presença de mediadores - os Línguas ou .intérpretes m.o br ileiro, que o filólogo Antônio Houaiss restringe à camada
- para que a comunicação pudesse efetivamence ocorrer. dirigente e às camadas a seu serviço. to

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Acreditamo que cal fenômeno não somente abrange um uni- Vemos, assim, que no momento mesmo de sua instauração, o
verso bastante maior, como também tem presença mais relevante poder colonial define quem é intérp~ete - o degr~dado - e como
na realidade nacional, se adotarmos a classificação contemporânea deve atuar para facilitar o intercâmbio e?tre os diferente~ grupos
que admite o bilingüismo simétrico e o assimétrico. No primeiro, que participarão do sistema. Ao primeiro degre~ado vieram se
o indivíduo tem igual conhecimento de duas Unguas; o segundo juntar outros línguas, como os náufragos aqui encontrad~s,
por sua vez, admite quatro subdivisões: (a) o bilingüismo receptor, Diogo Alvares Correia (o Caramuru), o bacharel de Cananeia,
ou passivo - o indivíduo compreende uma segunda língua, mas João Ramalho e outros que muito ajudaram os P.º~t~gueses nos
não a fala; (b) o bilingüismo não-receptor - o indivíduo fala uma contatos com as tribos indígenas e na exploração inicial da terra.
segunda língua mas a compreende imperfeitamente; (c) o bilin- Aos degredados coube a comutação de sua pena e, aos náufragos,
güismo escrito - o indivíduo lê uma segunda Ungua, e talvez a títulos e privilégios. . . ,
escreva, mas não a compreende quando ouve; e (d) o bilingüismo A ci.cação freqüente de intérpretes nos textos de viapntes e
técnico - o conhecimento que o indivíduo cem de uma segunda administradores nos séculos que se seguiram ao achamento ates-
língua se reduz às suas necessidades profissionais e técnicas.! ! tam a importância desse ofício na;ida col.onial. O ~p.isódio ~ais
curioso é contado pelo padre Fernao Cardim, secretano do v1s1ta-
A definição de papéis dor 1'esuíta Cristóvão de Gouveia, que esteve no Brasil em 1583.
Conta o jesuíta 'que os índios estimavam tanto um "bom li:ngua"
O registro que inaugura a história da tradução no país é o mesmo
que coloca o Brasil no mapa das cerras "descobertas" pelos nave- que o chamavam Senhor da Fala.
gadores portugueses. Em carra datada de ! <?_ ~~maio de 1500, o Quando querem experimentar um e saber se é grande l!ngua, ajuntam-
escrivão da frota portuguesa, i'ero Vaz de CaminliãJrelata ao rei se muitos para ver se o podem cansar, falando toda a noite em peso com
de Porrugal o achamento de nova terra a este""" a linha demarca- ele, e às vezes dois, crês dias, sem se enfadarem. 14
da pelo Tratado de Tordesilha . Descreve com grande detalhe o
território, os habitantes, os atos de índios e portugueses e até Para os portugueses, os intérpretes talvez não fossem os
mesmo as justificativas desses atos. . enhores da fala, mas eram sempre referidos como "grandes lín-
Caminha descreve mais: relata o primeiro ato de tradução rea- gteas", qualidade que podia lhes garantir o sustento e mesmo a
lizado entre portugueses e índios, ao informar que precisaram vida. Em carta a El-rei datada de 1551, o governador Tomé de
recorrer à mímica para se fazer entender. Destaca ainda que os Souza relata que, tendo ido correr a costa, aprisionara no Rio de
portugueses não quiseram seqüestrar os habitantes da terra acha- Janeiro dois franceses e que "não os mandara enforcar por ser um
da para com eles aprender a se comunicar - prática aparentemen- deles grande língua e o outro ferreiro, ambos trabalhadores de
te ·usual à época - e que, ao invés, decidiram incumbir um degre-
dado de permanecer com os indígenas e "aprender bem sua fala e grande valia e, no caso, 'de graça"'. 15
os entender". 12
O degredado designado, Afonso Ribeiro criado de dom João
Telo foi o primeiro intérprete europeu - ou língua, como eles foram
chamados até o século XVII - a se formar em terras brasileiras.13 '
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·~ .
f
A institucionalização do intérprete brasileiro Em épocas mais recentes, o intérprete integrará a Força
Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial e as tropas
A institucionalização do intérprete brasileiro processou-se dentro de paz da ONU. No batalhão enviado ao Suez, em 1957, havia
de padrões clássicos. À medida que a estrutura colonial se amplia- oficiais formalmente designados para desempenhar a função de
va e se tornava mais complexa, o ofício de língua ~j!_lc()re_o_!~I!_do intérprete.
novas atribuições, ao mesmo tempo em que transformava ou per-
dia outras amigas, como a de auxiliar de confessor. A valorização Uma revolução lingüística
do bi/plurilingüismo, a princípiô porruguês-nheeogatu e depois
nheengaru e outras línguas européias ditas de culrura, estimulou A chegada dos jesuítas em 1549 provocou uma nova alteração na
um proce so paralelo de elitização da profissão que tem se manti- profissão de línguty Mais do que isto, provocou uma revolução
do acé os nossos dias. Cada ve-t que o intérprete era enquadrado e lingüística, na qual o português perderia a condição de língua-
absorvido pelo sistema, S~!g!a uma nova maneira de exercer seu alvo. Logo de início, os padres identifiq.ram duas questões de
ofício, com a exigênciaáe novos requisitos que apenas uns pou- extrema.importância para sua missão evangelizadora: a escolha da
cos poderiam satisfazer. língua de doutrinação e a legitimidade teológica de se emprega-
A partir da segunda metade do século XVI, os línguas que rem intérpretes para confessar índios, mestiços e filhos de portu-
participavam de entradas oficiais passaram a receber a patente de gueses nascidos na terra e que por isso desconheciam o idioma
"cabos" e "cabos de entrada" e serem nomeados pela mais alta paterno.17
autoridade local. Essa alteração terminológica parece indicar a Com vistas a solucionar tais questões, os jesuítas se lançaram
i~regração de intérpretes à tropa ou a designação de militares de corpo e alma ao aprendizado da língua franca usada pelas tribos
bi/plurilíngües para exercerem .as funções de intérprete. A segun- da costa brasileira, atentos à vantagem de utilizá-la como instru-
da hipótese encontra confirmação documemal em episódios anti- mento de poder terreno e espiritual. Em pouco tempo puderam
gos e mais recentes da história militar do país: a expedição oficial dispensar a mediação dos línguas e estabelecer as bases de uma edu-
ou entrada organizada pelo governador Lourenço da Veiga, de cação plurilíngüe ell} que missionários e alunos se transformam em
Pernambuco ao errão do rio São Francisco, levava "por cabo intérpretes de línguas nativas e da política jesuíta. Os mamelucos
Diogo de Craxto, que já havia ido da Bahia a outras entradas", 16 (filhos de portugueses e índias e seus descendentes) transfor-
A citação nos leva a crer que a experiência anterior em outras maram-se nos intérpretes da sociedade colonial, substituindo gra-
expedições surge como requisito no século XVI e acaba por tor- dualmente os degredados e náufragos dos primeiros tempos.
nar secundário o ofício de intérprete. Não é como língua, mas No cerne dessa revolução de longo alcance, encontra-se o
como sertanista, conhecedor da geografia e do homem do sertão, padre João de Azpilcueta Navarro, S. J.,18 grande língua e realiza-
que o intérprete passará à história. É nesta função que ele partici- dor da primeira tradução escrita no Brasil: A suma da doutrina
pará na con rrução de estradas e postos de telegrafia a cargo do cristã na língua tupi, "uma daquelas pontes entre duas línguas que
Exérci to, nos sei:viços públicos de colonização e no contato corri compete à tradução edificar, sendo paradoxalmente a língua de
os índios "bravios" até os séculos XIX e XX. · partida, no caso, o português", 19

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•..

Ao morrer Navarro em 1555, substiniiu-o nas tarefas lingüfs-


cicas o padre José de Anchieta, que dotou a língua franca da costa, ARTE DE G RAM-
o abanheenga, de uma gl·amácica - nos mesmos moldes que o MATICA DA LINGOA
polígrafo João de Bauos o fizera, apenas nove anos antes, para a mais vfada na coíl:a do Brafil.
lú1gua portuguesa - e rebatizou-o de nheengatu ou bela língua.
Sua Arte da gramdtica na lfngua mais usada na costa do Brasil foi Feyta pelo padre Iofaph de M.nchieta da Cópanhia de
I E S V.
reproduzida inicialmente em manu crico e mais tarde impressa
em Coimbra em 1595.
Um século após o achamento, o nheengatu ensinado e divul-
gado pelos jesuítas por todo o Brasil firmou-se como língua ofi-
ciosa. da colônia. "O gover11ador alvador Correia de Sá em·
1660, falava correntemente o tupi e era por isso muico estimado
pelos fndios."20
E quando a autoridade não conhecia a "língua da terrà' cha-
mava um intérprete para que a comunicação pudesse fluir nor-
malmente.
Em 1636, para entender as declarações de Luzia Esteve sobre
o inventário de seu falecido pai, o juiz de órfãos dom Francisco
Rendon de Quebedo, recém-chegado a São Paulo, precisou jura-
mentar Álvaro Neto, prático da l.íngua da terra, pois a moça não
sabia falar bem a língua portuguesa e ele, calvez por ser novo na
colônia, não falava nheengatu.21
Não faltam registros de bi/plurilíngüismo em nossa hi tória
mas Honório Rodrigues aponta dói registros parricularmenre
eloqüemes: o primeiro de um século mais carde, 1755, em que se
comentava que a língua portuguesa fora banida de São Luiz e
Belém; o segundo, que sem saber o nheengaru era impo ível
alguém se in regrar na Amazônia do século XVIII.

Com licença do Ordinario & do Prepofito geral '


da Companhia ~e I E S V:·
Em Coimbra per Antomo de Manz. I 5 9 S·

Fac-símile da gramática de José de Anchieta publicada pela UFBA em 1980.

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O nheengatu teria servido de marca distintiva entre os Cruz, a Intendência Geral da polícia, para as alfândegas do Rio de
mazombos, ou seja, os nascidos na terra, e os reinóis, os naturais Janeiro, Bahia e Pernambuco.
na metrópole portuguesa. Os esforços da coroa portuguesa para Três desses documentos são particularmente dignos de nota,
sufocar o nheengatu, que culminaram com a expulsão dos jesuí- por assinalarem a vulgarização do bi/plurilingüismo e a conse-
tas em 1759, só iriam verdadeiramente produzir efeito após a pri- qüente alteração qualitativa no exercício do ofício. O primeiro,
meira Assembléia Constituinte Brasileira, ~m 1823. de 3 de dezembro de 1821, manda suprimir o lugar de oficial de
Mas as línguas aprendidas pelos jesuítas, em seu zelo evangé- línguas na Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da
lico, não se restringiram às dos íJrldios brasileiros. Cardim estima- Guerra, por haver na secretaria oficiais habilitados para tanto (e
va existirem, em 1583, de mil e quinhentos a dois mil escravos da por convir aliviar o Tesouro).
Guiné em Pernambuco, onde havia um padre intérprete que, por O segundo decreto, datado de 9 de dezembro de 1823, "Crêa
sua habilidade em se comunicar na língua dos negros, vinha o logar de traductor jurado da Praça e intérprete da Nação", para
obtendo bons frutos em sua catequese. o qual é nomeado Eugenia Gildmester, que perceberá das partes,
E não eram apenas os jesuítas que falavam línguas africanas. pelas referidas traduções, a quantia de 1$100 (hum mil e cem
Carl Schlichthorst22 - mercenário alemão que serviu no exército réis) por meia folha. Até onde pudemos averiguar, pela primeira
brasileiro entre 1824 e 1826 quando o tráfico ainda era intenso - vez o ofício de tradutor é associado ao de intérprete. Outro dado
relata que nos armazéns e depósitos de escravos no Rio de Janeiro interessante é que esse "tradutor jurado da praça e intérprete da
por vezes eram necessários dez ou mais intérpretes para interrogar nação" não estava sujeito a nenhum órgão oficial.
um negro sobre os sintomas de uma doença. Cremos que tal cena O terceiro decreto, de 21 de março de 1828, extingue o lugar
provavelmente terá se repetido muitas vezes durante o período de tradutor do Conselho do Almirantado criado por uma lei por-
colonial, em outros portos a que se destinaram navios negreiros, tuguesa de 1793, "pois há algum tempo os processos já tramitam
embora as referências à atividade de intérpretes de idiomas africa- desde as instâncias inferiores em portuguê.s". O decreto sinaliza
nos sejam extremamente infreqüentes. assim a crescente hegemonia do português sobre o latim como
idioma administrativo nacional.
O tradutor jurado da praça Em fins de 1850, o Código e o Regulamento comerciais
determinaram que os documentos passados em países estrangei-
A abertura dos portos ao comércio exterior provocou uma nova . ros só seriam considerados competentemente traduzidos em lín-
transformação na vida do intérprete. Data de 1O de novembro de gua nacional quando a tradução fosse feita por intérprete público
1808 o decreto histórico do Príncipe Regente Nosso Senhor nomeado pelos Tribunais de Comércio.
d. João, que "cria um Interprete para as visitas dos navios estran- No ano seguinte, o Decreto Imperial n<? 863, de 17 de
geiros que entram no Porto do Rio de Janeiro". novembro de l 8 51 "Estabelece Regulamento para os Interpretes
De 1808 em diante, seguem-se espaçadamente novos decre- de Commercio da Praça do Rio de Janeiro'', delegando sua no-
tos reais nomeando intérpretes para a Secretaria de Governo da meação e a fixação dos seus emolumentos ao Tribunal do Co-
Bahia, para o porto da ilha de Santa Catarina, a fortaleza de Santa mércio da capital do império. Sujeitou-os às mesmas condições
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impostas aos comerciantes para se estabdecerem, além da neces- rnerciais, e assegurou às mulheres o acesso à profissão - na qual
sidade de comprovar o conhecimento prático de línguas estran- hoje elas são maioria.
geiras e de pagar os impostos anuais devidos. O exercício da pro- Em menos de vinte anos, porém, as demais disposições do de-
fissão foiexpressam_ente P!Q_i!>ido às mulheres. creto tornaram-se obsoletas, bem como prejudiciais aos interesses
As obrigações do intérprete incluíam: pas~ar certidões e tra- da categoria. Tal situação levou os tradutores públicos do Rio de Ja-
duzir livros, documentos e papéis escritos em língua estrangeira a neiro e de São Paulo, respectivamente em 1962 e 1963, a criar asso-
serem apresentados em juízo ou em repartições comerciais; exa- ciações - as ATP's - para defender seus interesses profissionais. 23
minar tais documentos quando argüida sua exatidão pela Alfân-
dega ou pelas autoridades judiciais e interpretar o depoimento de Reflexos da Segunda Guerra Mundial
estrangeiros em juízo. .. - --
Com o advento da república, as0untas Comer~ediadas As mudanças ocorridas nos mercados de tradução norte-america-
na capital federal e em Belém, São L~!z,Fortaleza~Recife, Sal- no e europeu, em função da Segunda Guerra Mundial, refleti-
vador, São Paulo e Porto Alegre foram reorganizadas e receberam ram-se no Brasil. Entre suas conseqüências destacam-se a deman-
novo regulamento que deu a todas competência para nomear seus da de intérpretes e traducores pelos serviços públicos lig~dos à
intérpretes. A intenção descentralizadora do Decreto n9 596, de segurança nacional e as reuniões preparatorias e conferências
19 de julho de 1890, fica bastante clara no seu Art. 14: fora da internacionais que~ p ssaram a ocorrer c;om maior freqüência. O
sede das Juntas, a atribuição de nomear intérpretes será exercida professor aulo Rónai relata que os a·adutores públicos chamados
pelas Inspetorias Comerciais e, "onde não as houver, pelos magis- pela Cens rapara a-aduzir cartas redigida em países do Eixo, em
trados a quem competirem as funções de juiz do commercio". línguas de pequena disseminação no Brasil, subcontratavam refu-
Um ane depois, um novo decreto elevou para dez o número giados que com o tempo acabaram absorvido pelo mercado ines-
de intérpretes do comércio no Rio de Janeiro para cada uma das
peradamente ampliado. .
seguintes línguas: inglês, francês, alemão, italiano e espanhol. E,
Mas o reflexo mais importante da Segunda Guerra Mundial
por fim, em l 916, o Código Civil Brasileiro assegu.rou a conti-
foi a incorporação à profissão de um avanço tecnológico que
nuidade da profissão, mantendo a exigência de se traduzirem os
equipou o intérprete para ouvir simultaneamente o que é dito
documentos em língua estrangeira.
pelo orador e traduzi-lo para os participantes de um evento.
Durante quase cem anos, o ofício de intérprete de comércio
Foram os norte-americanos que utilizaram pela primeira vez
se acomodou a uma rotina burocratizada que só começou a sofrer
os rimeiros abalos na .sJ.~ada d'e 1940: Respondem por isso a essa modalidade de tradução para atender às especificidades e
reorganização promovida no serviço público pelo governo Ge- repercussão do julgamento de Nuremberg. Para tanto, montaram
túüo Vargas e a Segunda Guerra Mundial. um sistema de cabines equipadas com audiofones e microfones,
O Decreto n<? 13.609, de 21 de outubro de 1943, estabeleceu nas quais a equipe de intérpretes traduzia - para o inglês e o ale-
que a nomeação de intérpretes seria feita mediante concurso mão - o que era dito por réus, promotores, defensores, juízes e
público classificatório e universal, promovido pelas Juntas Co- testemunhas.

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A novidade foi introduzida no Rio de Janeiro na década de mercado de tradução e interpretação.25 Foi uma bacharel da
50, por Edith van de Beuque que reorganizou e treinou o peque- ao b . .
imeira turma formada na PUC, Sylvia Nó rega, a primeira
no grupo de inrerpretação consecutiva em atividade, formado por pr · d e Janeiro
intérprete a disputar o mercado do Rio · com Ed'h
it van
estrangeiros e filhos de estrangeiros. Com o apoio da IBM, deten-
tora do único eqLLipamento móvel existenre no Brasil, a empresá- de Beuque. . A • • • ~
O segundo acontecimento teve importancia pnmordial. nao
ria dispôs-se a atender o novo mercado de conferências imerna-
apenas para a interpretação, ~orno para toda a nova categona .de
cionais, cursos e seminários internos promovidos por empresas e
universidades. tradutores-intérpretes. Em 1ulho de 1971, um grupo de oito
intérpretes.residentes em São Paulo sob a lide~a~ç~ da sueca Ulla
Durante dua décadas, o grupo de dona Edith teve o mono-
Schneider fundaram a APIC. A entidade, que micialmente teve o
pólio da interpretação simultânea, não somente no Rio de Janeiro
nome de Associação Paulista de Intérpretes de Conferência, não
como no Brasil, reafirmando em pleno século XX a observação de
tardou a trocar o restritivo "Paulistà' por "Profissional", de modo
que o surgimento de uma nova maneira de exercer o ofício de tra-
a permitir a filiação de intérpretes de todo o Br.asil. .
dutor sempre traz consigo exigência que apenas un poucos são
capazes de atender. O mérito dessa associação, segundo depoimentos de vános
intérpretes, foi regular o mercado. de interpretaç.ão nos mol~es
No final da década de 1960, porém, dois acontecimentos vie-
recomendados pel~~ - Associação lnrernac10nal de Inter-
ram alterar essa situação exclusivista e excludente.24
pretes de Conferência - com sede em •Genebra, Stúça. .
O primeiro foi a criação na PUC do Rio de Janeiro de um
Nos contratos de trabalho dos filiados à APIC aparecia a frase
bacharelado em Letras com a habilitação de revisor-tradutor-
"De acordo com a AIIC", "passando a idéia de uma profissão
intérprete, aberto em regime experimental - antes mesmo da pro-
internacional" em que se obedeciam a certas regras éticas, comer-
mulgação da Lei de Diretrizes e Bases de 28 de novembro de
ciais e trabalhistas.26 Uma profissão que contava com o aval euro-
1968, que o autorizaria. Dez anos mais tarde, em 1978, o bacha-
peu, um dado de grande importância em um país ~ul~uralmente
relado já adquirira prestígio, embora se consolidasse em apenas
dependente. Para a consolidação da profissão contnbum ta°:1b.ém
duas habilitações: tradutor e intérprete - esta última recentemen-
0 fato de a intérprete - sim, porque o grupo era do se~o f~n_imi~o
te extinta. Contribuiu para isto um longo planejamento que visava
- pretender uma segunda fonte de renda, mas em pnnci~i~ n~o
oferecer novas opções de trabalho ao aluno de Lea·as, e a promo-
depender dela para viver - o que nos .re~ete à p.redommancia
ver a democratização do ensino proposta pela nova lei.
feminina já observada nos quadros dos mterpretes JUramen.tados.
Moldado segundo e colas de tradutores e inrérpretes na Suíça
Na esteira desses acontecimentos, um número expressivo de
e na França, o curso idealizado e inicialmente coordenado por
intelectuais se reuniu em torno1 -de Paulo Rónai ~ Raimundo
Amélia Maria Lacombe buscava preparar' o aluno de boa cultu-
Magalhães Júnior e fundou, em 1974-, - Associação Brasileira de
ra, de família de classe média alta" para o mercado de trabalho.
Tradutores - Abrates. Durante mais de uma década a Abrates
Ainda que falaz sob outros aspectos, a democratização permitiu
desempenhou um papel muito ativo aglutinando tradutores lite-
de maneira restrica mas concreta o acesso de novos profissionais
rários, técnicos, juramentados e intérpretes em congressos e
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'-·

assembléias para discutir as especificidades da profissão e suas rei- 14 CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. São P~ulo: Companhia
vindicações. Editora Nacional, 1939, 2• ed., p.172.
Graças em parte à atuação dessa entidade o Decreto 15 MORAES, Alexandre José de Mello. Cronica geral e minuciosa. Rio de Janeiro:
Dias da Silva Jr., 1875, p. 42.
n<? 82.990 de 5 de janeiro de 1979, incluiu finalmente, no grupo
16 SALVADOR, Vicente do, Frei. História do Brasil. São Paulo: Weisflog Irmãos,
"outra arivi.d.ade de nível superior" do serviço público, o antigo 1918. ed. rev. por Capistrano de Abreu, p. 230.
língua, cabo, sertanista, assistente de confessor e de médico e visi- 11 RODRIGUES, J. H. História viva. São Paulo: Global, 1985, p. 14.
tador de navios. 18 João de Azpilcueta Navarro ~ra sobrinho do célebre dr. Martim Navarro, S. J.,
doutor em direito canônico, e primo de São Francisco Xavier. Natural de
Navarra, veio para o Brasil em 1549 com o primeiro Governador Geral Tomé
NOTAS de Souza e aqui se destacou por ser o primeiro missionário a aprender a língua
geral e a usá-la para a catequese e a composição de cânticos, orações e compên-
dios de moral e religião, tal como a Suma da doutrina cristã. Faleceu na Bahia em
I GREENBERG, J. H. "Língua". ln: Grande Enciclopédia Delta Larousse, Rio de
30/4/1557.
Janeiro: 1980, p. 4.035.
19 PAES, José Paulo. Tradução: a ponte necessária. São Paulo: Ática, 1990, p. 12.
2 GONÇALVES RODRIGUES, A. A. A tradução em Portugal, Lisboa: Imprensa
20 RODRIGUES, J. H., op. cit., p. 40.
Nacional-Casa da Moeda, 1992, p. 27.
21 HOLLANDA, Sérgio B. de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio,
3 GONÇALVES RODRIGUES, A. A. p. 27, op. cit.
1989, 21" ed., p. 90.
4 SARAIVA, António J. et al. História da literatura portuguesa. Porto: Porto
22 SCHLICHTHORST, C. O Rio de janeiro como é. 1824-1826. Uma vez e nunca
Editora, 1976, 9ª ed., p. 25.
mais. Rio de Janeiro. s. ed. Is. d., p. 139-40.
5 VIEIRA, Antônio, pe. Sermões, Rio de Janeiro: W.M. Jackson, 1957.
23 ROSE, Waltraut. Carta a Lia Wyler sobre a organização da ATPIESP. São ~
6 HOUAISS, Antônio. O português no Brasil. Rio de Janeiro: Unesco-UERJ,
1988, 2• ed., p. 71-2. Paulo, 5 jun. 1994.
24 XAVIER, Sergio. Depoimenco feito a Lia Wyler sobre a organização da profis-
7 RODRIGUES, R. Nina. Os afticanos no Brasil. São Paulo: CEN, 1977, 5ª ed., p.
127-128. são de intérprete de conferências'. Rio de Janeiro, 31 out. 1994.
25 LACOMBE, Amélia M. Depoimento a Lia Wyler sobre a criação do primeiro
B HOUAISS, Antônio, op. cit., p. 107.
curso de revisor-tradutor-intérprete no Brasil. Rio de Janeiro, 9 nov. 1994.
9 DIEGUES JR., Manuel. Etnias e cultura no Brasil. Rio de Janeiro: Bibliex,
26 XAVIER, Sergio. Depoimento feito a Lia Wyler sobre a organização da profis-
1980, p. 121-2.
10 HOUAISS, Antônio, op. cit., p.107.
são de intérprete de conferências. Rio de Janeiro, 31out.1994.
11 A. T.-K. "Plurilingüisme". ln: Universalis, p. 183-7.
12 CORTESÃO, Jaime. A cnrtn de Pêro Va.z de Caminha. Lisboa: Portugália, 1967.
13 Afonso Ribeiro fom degredado pam a f ndia, acusado de ter cometido assassina-
to. Era criado de d. João Telo e noivo de Elena Gonçalves que, desgostosa com
o seu destino, fez votos religiosos. Há regisrro de que os dois degredados desem-
barcados no Brasil por Cabral voltaram a Porrugal vime meses depois e presta-
ram depoimento perante o tabelião real Valcmim Fernandes sobre os habiranccs
e a nova terra. É provável que tenham sido resgatados pela expedição de
Gonçalo Coelho em 1501-2, afirma Ronaldo Vainfas em Dicionário do Brasil
colonial(J500-1808), Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, p. 19-20.

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