Sunteți pe pagina 1din 4

Xamanismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


O xamanismo é um termo genericamente usado em referência a práticas
etnomédicas, mágicas, religiosas (animista, primitiva), e filosóficas
(metafísica), envolvendo cura, transe, transmutação e contato entre corpos
e espíritos de outros xamãs, de seres míticos, de animais, dos mortos.
Essencialmente técnicas de contato com o sagrado ou êxtase e, como
analisa Jerome Rothenberg (1951-2010), utilizando uma linguagem, de
certo modo precursora, do que conhecemos como poesia, uma criação de
circunstancias linguísticas especiais como a canção e a invocação. [2]

A palavra xamã vem do russo - tungue saman - e corresponde a práticas dos


povos não budistas das regiões asiáticas e árticas especialmente
a Sibéria (região centro norte da Ásia). Apesar, como assinala Mircea
Eliade, da especificidade dessas práticas na região (em especial as técnicas
do êxtase dos tungues, iacutes, mongóis, turco-tártaros etc.), não existe,
contudo, origem histórica ou geográfica para o xamanismo como conhecido
hoje, tampouco algum princípio unificador [3]. Outros nomes para sua
tradução seriam feiticeiros, médico-feiticeiros, magos, curandeiros e pajés.
Postal russo baseado em uma foto
Antropólogos discutem ainda na definição xamanismo a experiência
tirada em 1908 por S.I. Borisov,
biopsicossocial do transe e êxtase religioso, bem como as implicações mostrando uma mulher xamã
sociais da definição do xamanismo como fato social. É considerado uma provavelmente da etnia Khakas.[1]
tradição equivalente à magia enquanto prática individualizada relacionada
aos problemas e técnicas e ciência da sobrevivência cotidiana (agricultura,
caça, medicina, etc.) ou ao fenômeno religioso, abstrato, coletivo,
normatizador.[4][5]

Índice
Xamã
Xamanismo entre os viquingues (Seiðr)
Xamanismo no Brasil
Uso de plantas psicoativas
Referências
Filmes
Bibliografia
Ligações externas

Xamã Xamanismo na China

O sacerdote do xamanismo é o xamã, que geralmente entra


em transe durante rituais xamânicos, manifestando poderes incomuns, invocando espíritos, plantas etc., através de
objetos rituais, do próprio corpo ou do corpo de assistentes e pacientes. A comunicação com estes aspectos sutis da vida
pode se processar através de estados alterados de consciência. Estados esses alcançados através de batidas de tambor,
danças, sonhos e até ervas enteógenas. [6] [7][8]
As variações "culturais" são muitas mas, em geral, o xamã pode ser homem ou mulher, a depender da cultura, e muitas
vezes há na história pessoal desse indivíduo um desafio, como uma doença física ou mental, que se configura como um
chamado, uma vocação. [9] Depois disto há uma longa preparação, um aprendizado sobre plantas medicinais e outros
métodos de cura, e sobre técnicas para atingir o estado alterado de consciência e formas de se proteger contra o
descontrole. Naturalmente o processo de aprendizagem e as "técnicas" empregadas variam de cultura para cultura. [10]

O xamã é tido como um profundo conhecedor da natureza humana, tanto na parte física quanto psíquica.[carece de
fontes?]

De acordo com Eliade (o.c.), entre os manchus e os tungues da Manchúria a tradição dos dons xamânicos costuma ser
feita de avô para neto, pois o filho ocupa-se em prover as necessidades do pai, isso no caso dos amba saman (xamãs do
clã). Os xamãs independentes seguem a sua própria vocação. O reconhecimento como xamã só pode ser feito pela
comunidade inteira depois de uma prova iniciática. Ainda segundo esse autor das referências a distúrbios psicológicos
(especialmente no processo de formação) o ideal iacuto de um xamã é: um homem sério, que sabe convencer os que
estão à sua volta, não presunçoso nem colérico. Entre os kazak-quirguizes o baqça, guardião das tradições religiosas é
também cantor, poeta, músico, adivinho, sacerdote e médico.[carece de fontes?]

Talvez pela experiência do sofrimento antes da iniciação ou experiência de possessão o xamã é confundido com
indivíduos portadores de distúrbio mental tipo epilepsia, histeria e psicose, Lévi-Strauss citando os estudos de Nadel e
de Mauss na introdução à obra de Marcel Mauss[11] afirma que …existe uma relação entre os distúrbios patológicos e as
condutas xamanísticas, mas que consiste menos numa assimilação das segundas aos primeiros do que na necessidade
de definir os distúrbios patológicos em função das condutas xamanísticas… afirma ainda, baseado em estudos
comparativos, que a frequência das neuroses e psicoses parecem aumentar nas regiões sem xamanismo e que
xamanismo pode desempenhar um duplo papel frente as disposições psicopáticas: explorando-as por um lado, mas,
por outro canalizando-as e estabilizando-as.[carece de fontes?]

Xamanismo entre os viquingues (Seiðr)


O seiðr, em muitos casos, foi descrito como uma feitiçaria realizada para "ferver" certos objetos imputados de poderes
mágicos, sendo basicamente utilizado como um rito adivinhatório ou para assassinato, ou ainda como prescreve Boyer,
relacionado a três ações básicas: prever o futuro, aprisionar, causar doenças/desgraças ou matar. A tradução do termo
varia segundo os pesquisadores, mas geralmente é interpretada como sendo canto. Tratava-se de um ritual mágico de
tipo divinatório e profético, com conotações xamanistas e uma arte mágica criada pela deusa Freia. Era um tipo de
magia extática com transe, êxtase do celebrante e cantos da assembléia, geralmente realizada durante a noite e
praticada sobre uma plataforma chamada de assento para encantamento (seiðhjallr). A sua realização era conectada
com sons mágicos ou encantamentos, e a melodia era considerada bonita para os ouvidos. Também compreendia
fórmulas mágicas para chamar tempestades e todos os tipos de injúrias, metamorfoses e predições de eventos futuros.
Criada pela deusa Freyja, era praticada especialmente por mulheres chamadas seiðkonur (sing. Seiðkona). Para Neil
Price seria antes de tudo uma forma de extensão do espírito e de suas faculdades, enquanto que para Zoe Borovsky a
performance do seiðr simbolizaria o modelo vertical de universo (cosmológico) da árvore Yggdrasill. Como para o
xamã, a praticante de seiðr devia descer ao mundo dos mortos para relatar os ensinamentos que buscam os vivos e para
efetuar certos malefícios. A magia nórdica era tanto praticada por homens quanto por mulheres, com uma nítida
especialização feminina. As Sagas estão repletas de práticas mágicas, mas maiores detalhes sobre o ritual do seiðr são
desconhecidos.[12]

Xamanismo no Brasil
O xamanismo é constante em diversas manifestações indígenas brasileiras. A palavra "pajé", de origem Tupi, se
popularizou na literatura de língua portuguesa em referência ao xamã. Seu estudo, descrições de caso e comparação,
tem sido recomendado para facilitar a implementação de práticas de assistência à saúde culturalmente adequadas
no Brasil há cerca de 4.000 índios pertencentes a 210 povos sob a
responsabilidade da FUNASA - Fundação Nacional de Saúde desde agosto
de 1999[carece de fontes?]

Xamanismo ou Pajelança – Comunicação com os encantados e entidades


ancestrais através de cânticos, danças assim como nos índios Guarani
Kaiová e utilização de instrumentos musicais (maracá, zunidores) para
captura e afastamento de espíritos malignos[13] tipo mamaés, anhangás. Há
também a utilização do jejum, restrições dietéticas, reclusão do doente,
além de uma série de práticas terapêuticas que incluem: o uso do tabaco (o
pajé fuma grandes cachimbos) e outras plantas psicoativas, aplicação de
calor e defumação, massagens, fricções, extração da doença por sucção/
vômito, escarificação no tórax e locais inflamados com bico, dentes de
animais ou fragmentos de cristais.[carece de fontes?]

No Brasil rural e urbano, apesar da tradição multi-étnica dos ameríndios,


observa-se a presença dessas práticas médicas-religiosas em comunhão com
rituais católicos e espiritualistas de origem africana. Esse xamanismo é Xamã guarani com maracá.
conhecido em algumas regiões como pajelança cabocla, culto
aos encantados, toré, catimbó, candomblé de caboclo, em rituais de umbanda ou de tambor de mina, culto a Jurema
sagrada.[carece de fontes?]

Atualmente no Brasil existem várias vertentes de neo-xamanismo ou xamanismo urbano, entre estas linhas diversos
grupos se reúnem para estudar e trocar conhecimentos sobre o tema.[carece de fontes?]

O Xamanismo, ou como conhecemos (índios) costumavam se obliterar em cavernas, matas virgens, além de florestas,
os rituais com seiva de animais mortos era um costume tanto quanto normal, o Xamanismo vem desde a existência
brasileira, e com isso, tem suas apresentações, coloniais realizadas apenas entre eles, e a diferenciação, de raças.
[carece de fontes?]

Uso de plantas psicoativas


Como foi dito algumas práticas xamânicas são marcadas pelo uso de elementos extraídos de fontes naturais que levam
o indivíduo a entrar em estados modificados de consciência denominados transe ou êxtase. Esses produtos, tem
característica da presença de substancias psicoativas ou enteógenos. Para entender o efeito de tais substâncias não
basta analisar a composição molecular e efeito bioquímico, é necessário situar-se no contexto (set) de utilização as
expectativas e formas de uso da substância incluindo os mitos ou crenças a seu respeito.[carece de fontes?]

Referências
1. Hoppál, Mihály (2005) (hungarian) Sámánok Eurázsiában, Budapeste: Akadémiai Kiadó ISBN 963-05-8295-3 2.
The title means “Shamans in Eurasia”, the book is written in Hungarian, but it is published also in German,
Estonian and Finnish. (Wikimedia Commons)
2. ROTHENBERG, Jerome. La poética del chamanismo, in: Ojo de Testimonio, Escritos Selectos de Jerome
Rothenberg (1951-2010), Selección, traducción y notas de Heriberto Yépez, 2010, Siblila, Rev. de Poesia e Crítica
Literária, ISSN 1806-289X
3. ELIADE, Mircea. Xamanismo e as técnicas arcaicas do êxtase. São Paulo: Martins Fontes, 2002
4. DURKHEIM, E. As formas elementares da vida religiosa. SP, Paulinas, 1989,
5. MAUSS, Marcell Esboço de uma teoria geral da magia in Sociologia e antropologia. SP, Cosac Naif, 2003
6. BARTOLOME, Miguel A.; BARABAS, Alicia M.. Os sonhos e os dias: xamanismo no México atual. Mana, Rio de
Janeiro , v. 19, n. 1, p. 07-37, Apr. 2013 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0104-93132013000100001&lng=en&nrm=iso>. access on 27 Jan.
2016.http://dx.doi.org/10.1590/S0104-93132013000100001.
7. DE SOUZA, P.A.. Alcaloides e o chá de ayahuasca: uma correlação dos "estados alterados da consciência"
induzido por alucinógenos. Rev. bras. plantas med., Botucatu , v. 13, n. 3, p. 349-358, 2011 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722011000300015&lng=en&nrm=iso>. access on
27 Jan. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722011000300015.
8. LEWIS, Ioan M.Êxtase religioso, um estudo antropológico da possessão por espírito e do xamanismo. SP:
Perspectiva, 1977 ISBN 85-273-0522-4
9. VILACA, Aparecida. O que significa tornar-se outro? Xamanismo e contato interétnico na Amazônia. Rev. bras. Ci.
Soc., São Paulo , v. 15, n. 44, p. 56-72, out. 2000 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-69092000000300003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 27 jan.
2016.http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69092000000300003.
10. PEREZ-GIL, Laura. O sistema médico Yawanáwa e seus especialistas: cura, poder e iniciação xamânica. Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 17, n. 2, p. 333-344, mar. 2001 . Disponível em
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000200008&lng=pt&nrm=iso>.
acessos em 27 jan. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2001000200008.
11. LÉVI-STRAUSS, C. Introdução à obra de Marcel Mauss in: Mauss, Marcel. Sociologia e antropologia. SP, Cosac
Naif, 2003
12. LANGER, Johnni. Religião e magia entre os viquingues. Brathair 5 (2) 2005
13. Deise, Lucy. "Mbaraka': música e xamanismo guarani. Tese de Mestrado USP [1]

Filmes
Quantum Men (Carlos Serrano Azcona) Spain 2011

Other Worlds (Jan Kounen) France 2004

Bells From the Deep (Werner Herzog) Germany 1993

The Mad Masters (Jean Rouch) France 1955

Au pays des mages noirs (Jean Rouch) France 1947

Bibliografia
Um estudo sobre as religiões afro-brasileiras e a Saúde Coletiva - SUS
Langdon, E.J.M. (org.). Xamanismo no Brasil, novas perspectivas. UFSC, 1996.
Bastide, Roger. Candomblé da Bahia, rito Nagô. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1961. 370 p.
(Brasiliana, v. 313).
Bruce, Albert. O ouro canibal e a queda do céu: uma crítica xamânica da economia política da natureza, in: Albert,
Bruce & Ramos, Alcida R. 2002 Pacificando o Branco. Cosmologias do contato no norte amazônico, São Paulo:
Editora UNESP
Coelho, Vera Penteado, Os alucinógenos e o mundo simbólico. SP, EPU Ed.USP, 1976
Lévi-Strauss, C. O Pensamento Selvagem São Paulo, Companhia Ed Nacional, 1976
Martius, C.F.P. von. Natureza, doenças, medicina e remédios dos índios brasileiros, 1844. SP Cia Ed Nacional -
Brasiliana, 1939
Metraux, Alfred. A religião dos tupinambás e suas relações com as demais tribos tupi-guaranis. SP, Ed Nacional
(Brasiliana 267), Ed. USP, 1979
Needleman, J.; Lewis D.. No caminho do auto conhecimento, as antigas tradições religiosas do oriente e os
objetivos e métodos da psicoterapia. SP, Pioneira, 1982
Sangirardi Jr. O índio e as plantas alucinógenas. RJ, Alhambra, 1983
Villas Boas, Orlando. A arte dos pajés, impressões sobre o universo espiritual xinguano. SP, Globo, 2000

S-ar putea să vă placă și