De todos os mistérios da vida, nenhum deles é mais complexo, porquanto desconhecido,
do que a parte subjetiva que “repousa” nas entranhas do chamado corpo, exatamente no interior da caixa craniana: a mente. Se a mente é eminentemente humana, então dela surgem os mistérios, pois é ela quem os gera e é ela quem os raramente resolve. Na verdade, a mente poderia ser considerada como a matéria-prima do todo, seja este oculto, ou não. Em suma, nada é mais desconhecido e obscuro do que a mente. O que seria a mente, afinal? Deus? Não seria esta poderosa Divindade, tão idolatrada e adorada pela humanidade, uma espécie de congregação formada por várias mentes que alcançaram a harmonia cósmica, isto é, a chamada “Mente Suprema”? A mente do ser humano comum, enfim, deve ser simplesmente o pensamento ou a sua alma que está em constante e ininterrupta evolução. Um dia, portanto, ela poderá se unir a outras mentes e reger o Universo. Será possível? O fato é que todos sabem que a mente, apesar de intangível é real. Ninguém a vê, mas a sente e por seu intermédio, vive. Não importa se bem ou mal, mas, a máxima, “penso, logo existo”, corrobora a sua existência inequívoca. No mais, a mente é o instrumento que aciona a vida de todos os seres viventes. Todas as mentes são fortes em potencial e iguais em essência, mas poucas são verdadeiramente desenvolvidas. Poucas atingiram seu ápice. São aqueles que realmente souberam tirar proveito da sua força mental, ajudando não somente a si próprio, como aos outros, menos cientes dessa possibilidade infinita. São os heróis da humanidade, os “Iluminados” que tiveram missões diversas e as cumpriram com louvor e sacrifício. Nem sempre, infelizmente (na maioria das vezes, talvez) foram compreendidos e, uns tiveram finais trágicos quando passaram pela Terra. De qualquer forma, legaram suas ações e até hoje, os mais sensatos os reconhecem e lhes dão o devido valor, talvez recusado na época em que por aqui viveram. É assim que se deve utilizar a potencialidade da mente: em benefício, sobretudo do próximo, pois em assim sendo, a própria pessoa também irá se beneficiar. Este é o caminho para o almejado e, aparentemente, inalcançável domínio da vida que significa estar ciente da própria força, mas sem dela utilizar em prol de si mesmo, tampouco exibir tal força para alimentar à vaidade. Humildade é a estratégia. A mente forte não precisa se mostrar. Basta agir com, discrição, consciência e sapiência. Ao final de tudo, quando da matéria se “desprender”, a pessoa bem afinada com sua mente colherá os frutos que plantou. Essa é a lei do retorno. Implacável e soberana. Por outro lado, uma mente instável vai gerar a sua doença e principalmente do corpo que habita. Portanto, as emoções dominadas regem o coração e apuram a razão. Este é o óbvio resultado de quem está em franca evolução e aperfeiçoamento. A mente é tão forte que, dependendo do teor e da potência de suas emissões – que seriam os pensamentos – poderá não somente mover coisas (“telecinese”) e curar, como até mesmo gerar formas diversas no éter. A essas “montagens” dá-se o nome de “pensamentos-forma”, cuja função primordial seria também prejudicar seu criador, através de temores e outras modalidades de negativismos. Eis um motivo cabal para que os indivíduos “aprendam a pensar” com consciência, procurando controlá-lo de modo sóbrio e coerente. Tal maestria mental é, na verdade, a ante-sala da prosperidade e do sucesso, pré-requisitos básicos para uma vida plena, cujo propósito é servir e usufruir. Este ensaio não tem intenção, muito menos pretensão, de ser um texto de auto-ajuda. Seu objetivo é martelar na mesma tecla: conscientização do poder infinito da mente. O poder advindo de quem obteve a maestria, redundará na capacidade e habilidade de ultrapassar a barreira do tempo, do espaço e da vida, fatores precípuos para adquirir o conhecimento e, em conseqüência, desvendar os mistérios da existência. Somente assim, é que o ser humano “conhecerá Deus”... E a perfeição, um dia chegará.