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Configurações de Barra

ENG.° EDERSON ZANCHET


Objetivos

▸ É apresentar as principais configurações de barra utilizadas


em subestações de alta e extra-alta tensão.
▸ Também apresentar indicadores quantitativos de custos e
confiabilidade envolvendo estudos para a seleção de configurações
de barra.
▸ Sendo o enfoque sobre subestações convencionais, isoladas
em ar (AIS – Air Insulated Substation), aborda-se os aspectos mais
relevantes de subestação com tecnologia isolada em gás SF6 (Gas
Insulated Substa-tion – GIS), módulos híbridos e módulos
compactos isolados em ar, que podem, em determinadas situações,
serem alternativas viáveis em relação às subestações
convencionais.
Objetivos

▸ É esperado, idealmente, que uma subestação proporcione:

a. Confiabilidade adequada para o sistema elétrico, requisito este garantido principalmente por uma
escolha bem avaliada de sua configuração de barra;
b. Facilidades e segurança para a sua manutenção, facilidades para ampliações, boa visibilidade de seus
componentes etc., requisitos estes garantidos principalmente por um projeto de arranjo físico bem
elaborado;
c. Equipamentos do pátio de manobras com suportabilidade suficiente para atender às solicitações do
sistema e
d. Sistema de comando e proteção atuando corretamente de forma segura e eficaz.
Configuração em barra dupla com disjuntor e Meio
 A figura mostra a configuração de barra de um pátio de manobras em
barra dupla com disjuntor e meio.
 O termo “configuração de barra” pode ser entendido como sendo a
maneira pela qual os equipamentos do pátio de manobras estão
conectados, ou seja, a conectividade elétrica da subestação.
Corte típico de arranjo físico em barra dupla com disjuntor e meio
 A figura mostra uma planta de corte típico (projeto) do arranjo físico desta configuração. O termo “arranjo
físico” pode ser entendido como sendo a maneira pela qual os equipamentos do pátio de manobras estão
dispostos fisicamente de forma a atender, entre outras coisas, à configuração de barra previamente definida.
 Entretanto, alguns autores utilizam o termo “arranjo físico” tanto para a conectividade elétrica da subestação
como para a disposição física dos equipamentos no pátio da subestação.
Configuração de barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves.
Corte típico de arranjo físico em barra dupla com disjuntor simples a
quatro chaves
Disposição geral e arranjo físico dos pátios de manobras da SE Samambaia-DF
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Configurações de Barra

▸ A seleção criteriosa da configuração de barra da futura subestação é um fator essencial


para o sistema elétrico.

▸ Ao longo da vida útil da subestação, o sistema no qual ela está inserida sofrerá as
consequências desta escolha.

▸ Se a configuração de barra estiver aquém das necessidades do sistema, pode-se


fragilizá-lo, se estiver além haverá investimentos ociosos.
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Configurações de Barra

▸ Podem-se dividir as configurações de barra de subestações em dois grandes grupos:

▸ O primeiro grupo, das configurações com conectividade concentrada.

▸ Neste grupo estão, por exemplo, as configurações:

▹ Em barra simples;
▹ E as configurações do tipo barra dupla disjuntor simples.

▸ Uma das principais características das configurações deste grupo é que as contingências
simples externas a elas, no geral, são menos severas do que as contingências simples
internas à subestação, onde normalmente ocorre grande perda de circuitos.
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Configurações de Barra

▸ Podem-se dividir as configurações de barra de subestações em dois grandes grupos:

▸ O segundo grupo é o das configurações com conectividade distribuída.


▸ Neste grupo estão, por exemplo, as configurações:

▹ Em anel simples
▹ Em barra dupla com disjuntor e meio.

▸ Neste grupo, as contingências simples externas ou internas, normalmente, não provocam


grande perda de circuitos, porém as contingências duplas podem provocar grandes
perdas de circuitos, bem como a formação de ilhas elétricas no sistema.
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Configurações de Barra

▸ Podem-se dividir as configurações de barra de subestações em dois grandes grupos:

▸ O segundo grupo é o das configurações com conectividade distribuída.


▸ Neste grupo estão, por exemplo, as configurações:

▹ Em anel simples
▹ Em barra dupla com disjuntor e meio.

▸ Neste grupo, as contingências simples externas ou internas, normalmente, não provocam


grande perda de circuitos, porém as contingências duplas podem provocar grandes
perdas de circuitos, bem como a formação de ilhas elétricas no sistema.
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Barra Simples - BS

 A figura 7 apresenta a configuração em barra simples. Trata-se de uma das mais


simples configuração de barra e pode ser utilizada em subestações de pequeno porte
em média e alta tensão, aplicadas em subestações de distribuição ou subestações
industriais para atendimento a cargas específicas.
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Barra Simples - BS

 No caso, o exemplo mostra duas linhas de transmissão alimentando dois


transformadores.
 Se o sistema for redundante, apenas falhas ou manutenções programadas
envolvendo o barramento e as chaves seccionadoras tornam a subestação
indisponível.
 Se for necessário, pode-se lançar mão de recursos de baixo custo de modo a
melhorar a flexibilidade operativa, como mostrado na figura.
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Barra Principal e Transferência – BT+T

 A figura apresenta a configuração em barra principal e transferência


utilizada em subestações de média e alta tensão.
 Em algumas subestações de extra-alta tensão no Brasil, é possível
também encontrar este tipo de configuração de barra.
 Aqui, a liberação de um disjuntor é realizada com auxílio das
chaves de bypass, da barra e do bay de transferência, mantendo-se a
proteção individual de cada circuito.
 As manobras são realizadas sem que haja desligamentos e somente
pode ser liberado um disjuntor de cada vez.
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Barra Principal e Transferência – BT+T

 Embora possua flexibilidade para a manutenção e reparos em disjuntores, a

sua flexibilidade operativa é limitada, pois opera somente um barramento

que limita a sua disponibilidade para ocorrências de falhas na barra e

seccionadoras.

 Também impõe desligamentos para a sua expansão.

 Outro aspecto tanto a barra quanto o bay de transferência permanecem

ociosos durante grande parte do tempo (mais de 95% do tempo), dado que

só operam em emergências.

 Na realidade, em operação normal (sem falhas ou manutenções) a

configuração é similar à barra simples e, em emergências, é similar às

configurações do tipo barra dupla com disjuntor simples.


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Barra Principal Seccionada e Transferência – BPS+T

 Para subestações que foram projetadas sem esta perspectiva de


evolução e tiveram aumento considerável do número de circuitos
conectados, aumentando com isto o seu grau de importância no
sistema, pode-se inserir um bay de seccionamento na barra
principal, como mostrado na figura.
 Embora o seccionamento não elimine por completo o risco de
perda total da subestação devido à ocorrência de falhas, a sua
probabilidade é substancialmente reduzida, pois somente uma falha
no disjuntor de seccionamento é que provocará este evento severo.
 A flexibilidade para a manutenção das secções de barras tem uma
sensível melhora, mantendo-se a subestação parcialmente em
operação.
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Barra Dupla com disjuntor Simples a três Chaves – BD-Ds-3 ch

 A figura apresenta a configuração em barra dupla com disjuntor simples a três


chaves.
 Nesta configuração, cada circuito do sistema pode ser conectado em qualquer das
duas barras mediante o uso das chaves seletoras de barras.
 As duas barras operam normalmente e a presença de um conjunto de
transformadores de corrente instalados no bay de interligação de barras permite a
separação de zonas de proteção das barras, melhorando a disponibilidade da
subestação para falhas em barras.
 Devido à inexistência de chaves de by-pass, a manutenção ou reparos em
disjuntores retira de operação um circuito do sistema.
 Na maioria dos casos em que se utiliza de chaves de by-pass, a configuração
normal é perdida e, nesta condição, o sistema é fragilizado.
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Barra Dupla com disjuntor Simples a Quatro Chaves – BD-Ds-4 ch

 A figura apresenta a configuração em barra dupla com disjuntor simples a


quatro chaves. Nesta configuração, acrescenta-se uma chave de by-pass em
cada bay, de forma que todo disjuntor possa ser liberado para manutenção e
reparos sem que seja necessário desligar o circuito correspondente.
 Somente é possível liberar (transferir) um disjuntor de cada vez.
 A sequência de manobras é: remanejar os circuitos para a barra exclusiva de
operação (B1), exceto o do bay a ser transferido que deve ser conectado à
barra B2/BT; fechar a chave de by-pass do referido bay, abrir o disjuntor a
ser liberado e abrir as suas chaves de isolamento.
Barra Dupla com disjuntor Simples a Quatro Chaves – BD-Ds-4 ch
 Esta configuração, muito utilizada no Brasil, principalmente em 138 e 230 kV, otimiza os investimentos, de forma que
apenas duas chaves por bay operam normalmente abertas, sendo que o disjuntor de interligação de barras também faz a
função de transferência para liberação de disjuntores.
 Para subestações de pequeno e médio porte, em grande parte do tempo (da ordem de 95% do tempo), a subestação operará na
configuração de operação normal. Durante aproximadamente 5% do tempo, a subestação poderá estar operando em
configurações de emergência, onde somente uma barra poderá estar em operação, podendo com isto aumentar o risco para o
sistema.
 Esta configuração possui boa flexibilidade operativa, facilidades para a expansão, pois se pode liberar temporariamente uma
barra sem que se provoquem desligamentos de circuitos do sistema. Também o seu arranjo físico é de fácil visualização,
minimizando os riscos de acidentes.

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21
Barra Dupla com disjuntor Simples a Cinco Chaves – BD-Ds-5 ch

 A configuração em barra dupla com disjuntor simples a cinco chaves,


apresentada na figura, é também muito utilizada no Brasil, principalmente nas
tensões de 138 e 230 kV e em algumas subestações de 345 kV.
 Difere da solução anterior por possuir uma chave a mais por bay.
 Uma chave a menos por bay da configuração anterior significa um menor
número de intertravamentos entre os equipamentos de manobras, uma menor
probabilidade de falha na subestação (uma chave energizada a menos) e um
custo final menor, já que o número de equipamentos e a área energizada são
menores.
22 Barra Dupla com disjuntor Simples a Três e Quatro Chaves – BD-
Ds-3 e 4 ch
 Às vezes, para atender a uma subestação específica, uma
configuração mista pode ser a solução. A figura apresenta
uma configuração de barras onde os bays que conectam
máquinas são do tipo a três chaves, e os bays de linhas do
tipo a quatro chaves.
Barra Dupla com disjuntor Simples a Três e Quatro Chaves – BD-Ds-3 e 4
ch
 Às vezes, para atender a uma subestação específica, uma configuração mista pode ser a solução. A figura apresenta uma
configuração de barras onde os bays que conectam máquinas são do tipo a três chaves, e os bays de linhas do tipo a quatro
chaves.
 A premissa é que, de maneira geral, em usinas hidrelétricas o fator de capacidade médio é da ordem de 50%. Isto significa
que em parte do tempo há geradores desligados e que, ao entrarem em manutenção programada, se pode incluir os
equipamentos do bay para a manutenção no mesmo período, reduzindo a necessidade de instalação de chaves de by-pass.
 Para os bays de linhas, como mostrado, são mantidas as chaves de by-pass, pois a intenção é que as duas linhas estejam
sempre em operação.
 Para usinas com reduzido número de geradores, potência unitária elevada e alto fator de capacidade, esta solução pode não
ser a melhor opção.

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24 Barra Dupla e Transferência com disjuntor Simples a Três e Quatro
Chaves – BD-T
 Para usinas hidrelétricas de grande porte e elevado
número de máquinas, porém com média potência
unitária, pode ser conveniente (ou necessário) se
evitar configurações que em emergências
aumentem os riscos para o sistema.
 A figura 15 apresenta a configuração em barra
dupla e barra de transferência com disjuntor
simples a três e quatro chaves.
Barra Dupla e Transferência com disjuntor Simples a Três e Quatro
Chaves – BD-T
 É importante observar que a utilização de chaves de bypassnos baysde linhas juntamente com uma barra auxiliar (terceira
barra) proporciona alta flexibilidade operativa, reduzido número de manobras sem a alteração na configuração normal de
operação da subestação para o caso de liberação de disjuntores de linhas para manutenções e reparos.
 Como indicado, a barra auxiliar pode ter comprimento reduzido, suficiente para alcançar os bays de linhas. Há usinas
hidrelétricas de grande porte no Brasil que se utilizam de configurações similares à apresentada.
 Embora seja um tipo de configuração de barra em desuso devido à necessidade de se adotar uma terceira barra, para
determinadas situações específicas esta solução pode se mostrar viável e competitiva com outros tipos de configuração de
barra.

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26 Barra dupla seccionadas com disjuntor simples a quatro chaves
BDS-Ds 4 ch
 A figura apresenta uma configuração de subestação
em barra dupla seccionadas com disjuntor simples a
quatro chaves.
 Esta poderia ser a previsão de configuração final de
todas as subestações de transmissão (ou de boa parte
delas) em extra-alta tensão em barra dupla e disjuntor
simples a quatro ou cinco chaves.
 Durante a fase de projeto, espaços deveriam ser
reservados para que no futuro, caso necessário, novos
equipamentos pudessem ser instalados, melhorando o
desempenho da subestação.
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Anel Múltiplo - ANM
 Para barras do sistema elétrico em que é necessário maior segurança e
disponibilidade, a configuração em anel múltiplo será mais adequada.
 A figura 18 apresenta um tipo mais usual desta configuração.
 Destaca-se que há várias subestações em 230, 345 e 500 kV com
configurações similares a esta em operação no sistema elétrico
brasileiro.
Anel Múltiplo - ANM
 A configuração continua a ser econômica, conectam-se oito circuitos com apenas nove disjuntores. Neste porte, a instalação
de um segundo laço elétrico, contíguo ao primeiro, conduz à estabilidade da configuração.
 As dificuldades relativas à expansão da subestação não é minorada em relação à configuração anterior.
 Observa-se que para conectar as chegadas de linhas, pátio de transformadores e pátio de autotransformadores tirando-se o
melhor proveito da configuração, como mostrado na figura anterior, haverá necessidade de se utilizar cruzamentos de
circuitos. Este recurso pode introduzir certas dificuldades no projeto do arranjo físico e atrapalhar a visualização de
equipamentos durante ações de manutenções no pátio.
 É importante também mencionar que a configuração não é simétrica, isto é, há dois terminais na subestação (TR-1 e TR-2)
que são protegidos por três disjuntores, enquanto que os demais por dois disjuntores. Nestes terminais, o ideal seria evitar a
conexão de linhas de transmissão, de unidades geradoras e de elementos de compensação de reativos que requeiram
manobras frequentes.
 Na hipótese de se ter contingências duplas envolvendo estes terminais, haverá a separação de circuitos na subestação
(formação de ilhas elétricas no sistema), com consequências que podem ser severas para o sistema elétrico.
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Barra dupla com disjuntor e Meio BD-D1/2

 Para determinadas barras do sistema, onde a segurança é um fator essencial, pode--se


adotar configuração de desempenho superior, como a configuração em barra dupla com
disjuntor e meio mostrada na figura.
 Esta configuração se torna estável (menores perdas de configuração devido às
ocorrências de falhas) com a existência do segundo laço elétrico, como mostrado.
 Mesmo com a saída das duas barras de operação, em situações envolvendo contingências
duplas, a perda da configuração leva a separação dos circuitos, isto é, perda de
sincronismo nesta barra do sistema, porém mantendo-se a continuidade nos circuitos.
 Esta configuração, usual nas subestações acima de 345 kV do sistema elétrico brasileiro,
possui boa flexibilidade operativa, facilidades para a sua expansão e fácil visualização
dos equipamentos no pátio de manobras devido ao arranjo físico adotado: equipamentos
instalados entre as barras.
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Barra dupla com disjuntor e Meio BD-D1/2
 No entanto, comparativamente com outras configurações de barra, esta configuração é
de custo relativamente elevado.
 Para a conexão de seis circuitos, são necessários nove disjuntores (um e meio por bay),
nove conjuntos de TC’s e 24 chaves seccionadoras.
 Portanto, é necessário realizar um balanço entre a real necessidade para o sistema
elétrico e os investimentos para a sua implantação e evolução.
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Barra dupla com disjuntor e Meio Modificado BD-D1/2M

 Às vezes a solução para compatibilizar a necessidade de se implantar uma subestação com


redução de custos e de se resguardar a segurança do sistema no futuro é a adoção da
configuração em barra dupla com disjuntor e meio modificado, mostrado na figura.
 Observa-se que esta configuração, neste estágio, nada mais é do que um anel simples com seis
terminais, semelhante àquele apresentado anteriormente na figura.
 A redução de custo (na verdade uma postergação por um determinado período) é significativa,
não havendo questões técnicas que impeçam seu uso.
 Porém, alguns cuidados devem ser tomados:
a. O sistema de proteção deve permitir a rápida identificação da falha, separando falha na barra de falha
nos autotransformadores conectados diretamente às barras,
b. não devem ser conectados diretamente às barras linhas de transmissão elementos de compensação de
reativos (bancos de capacitores ou de reatores), ou unidades geradoras.
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Barra dupla com disjuntor e Meio Modificado BD-D1/2M

 No caso de transformadores ou autotransformadores que se utilizam destas conexões, e


operem em paralelo, as suas proteções de sobrecargas devem abrir somente os
disjuntores do outro pátio de manobras, de modo a se evitar a formação de ilhas
elétricas.
 Em um estágio posterior, com um limite de até oito terminais na subestação, também
seria possível a operação. A figura 21 mostra um exemplo. Observe que esta
configuração é semelhante a em anel múltiplo, onde dois terminais da subestação são
protegidos por três disjuntores.
 Para promover esta redução de custos com a utilização temporária de configurações em
barra dupla com disjuntor e meio modificado, são necessários estudos criteriosos,
embasados por avaliações quantitativas que retratem as consequências para o sistema
elétrico.
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Barra dupla com disjuntor e um terço BD-D1/3

 Embora no Brasil praticamente não tem sido utilizada, a configuração em barra dupla
com disjuntor e um terço, mostrada na figura, pode ser uma solução de menor custo que
a configuração em barra dupla com disjuntor e meio e propiciar também um
desempenho superior em relação às demais configurações apresentadas.
 A sua utilização em subestações com elevados fluxos de potência, exemplo, em
subestações elevadora/manobra de usinas hidrelétricas, cujo número de máquinas seja
aproximadamente o dobro do número de linha de saída, poderia ser uma solução
técnico-econômica ótima.
 Esta configuração pode levar vantagem em relação à configuração em barra dupla com
disjuntor e meio na condição de perda das duas barras, pois a separação de circuitos se
dá em menor grau, podendo acarretar um ilhamento elétrico menos severo. Ressalta-se
que em determinados países, como o Canadá, esta configuração é largamente
empregada em subestações de extra-alta tensão.
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Barra dupla com disjuntor Duplo BD-Dd
 Para subestações muito específicas, com reduzido número de bays e alta capacidade de
potência por bay, como por exemplo, em conexões de usinas nucleares, a configuração
em barra dupla com disjuntor duplo pode ser uma solução apropriada.
 A figura ilustra a situação. É importante observar que nesta configuração não há
disjuntor de interligação de barras.
 Embora esta configuração seja de alto desempenho, uma eventual perda das duas barras
(baixa probabilidade) provoca a perda total de conectividade na subestação, ficando,
sob este aspecto, em desvantagem em relação às configurações em barra dupla com
disjuntor e meio e barra dupla com disjuntor e um terço.
 Um pátio com esta configuração de barra é de custo elevado e só deve ser aplicado
quando um estudo quantitativo criterioso embasar a decisão.
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Barra dupla com disjuntor Duplo BD-Dd
 As configurações com conectividade distribuída, apresentadas anteriormente, têm sido projetadas no Brasil, de maneira
geral, com os equipamentos dispostos entre os seus barramentos, como indicado nos diagramas unifilares.
 Porém, é possível para a mesma configuração de barra se ter um arranjo físico diferente, com os equipamentos instalados
fora das barras, como indicado na figura.
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Classificação qualitativa
de configurações de Barra
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Barra dupla com disjuntor Duplo BD-Dd

 Nem todos os atributos de uma dada configuração de barra são quantificáveis. Muitos deles são qualitativos com base na
experiência acumulada e nas práticas de projeto. Por isto, tem certa dose de subjetividade e a sua graduação pode variar,
dependendo do grupo de técnicos que a definem. Abaixo são definidos os atributos usualmente adotados para classificar as
configurações de barra.
a. Flexibilidade operativa – FO
Caracterizada pela capacidade de disponibilizar um componente do pátio de manobras para manutenção ou reparo com um mínimo
de manobras, preferencialmente sem perda de continuidade na subestação.
b. Facilidades para expansão – FE
Caracterizada pela capacidade de realizar conexões de novos bays na subestação com o menor número de desligamento possível e
com interferência mínima nos bays já instalados.
c. Simplicidade do sistema de proteção – SP
Caracterizada pelo reduzido nível de intertravamento entre os componentes de manobra do pátio e pela ausência ou reduzida
necessidade de transferências da atuação da proteção.
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Comparação Qualitativa entre as configurações de Barra decritas
Subestações Isoladas
a Gás SF6 - GIS
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Subestações isoladas a gás SF6 (GIS)
 As subestações isoladas a gás SF6 (GIS) possuem posição de destaque quando é necessária a redução de área para
implantação de subestações, envolvendo desde subestações de distribuição, passando por subestações de transmissão em
extra-alta tensão, até subestações de usinas hidrelétricas, instaladas no interior de casas de forças.
 As vantagens da subestação isolada a gás SF6, além da compactação, são baixas indisponibilidades de seus módulos, quando
comparados com equipamentos isolados em ar: baixa necessidade de manutenção e longa vida útil.
 As unidades de transporte, ou até mesmo bays completos montados, são testadas na fábrica e possibilitam a redução de
tempo e custos de montagem e comissionamento.
 Equipamentos GIS são, em geral, de construção modular, com invólucro fabricado em alumínio.
 Todos os componentes, como disjuntores, barramentos, chaves de terra, secionadoras, transformadores de tensão,
transformadores de corrente e conexões são montados em invólucros aterrados com gás SF6 como meio dielétrico.
41
Subestações isoladas a gás SF6 (GIS)
 Até a tensão de 170 kV, as três fases da GIS são montadas em um único invólucro, sendo que para tensões mais elevadas, os
invólucros podem ser monofásicos (fases segregadas), trifásicos ou a combinação dos dois.
 Embora os tempos médios de reparos dos módulos de uma GIS sejam maiores do que os tempos para os equipamentos
isolados em ar, as taxas de falhas são menores, resultando em menores indisponibilidades dos módulos blindados.
 A combinação desta vantagem com um arranjo físico adequado conduz a subestação GIS à melhores indicadores de
confiabilidade.
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Subestações isoladas a gás SF6 (GIS)
 A figura mostra um corte de uma subestação GIS com
configuração em barra dupla com disjuntor simples a três
chaves. O invólucro é mostrado em azul, as partes vivas em
vermelho e o volume isolado a gás em amarelo.
 Os dois barramentos ➀ estão dispostos em posição elevada na
horizontal. Em seguida, em compartimento vertical, estão
localizadas as duas chaves seletoras ② de barras, que se
conectam ao disjuntor ③, instalado no piso em posição
horizontal. Em seguida o transformador de corrente ④,
sobreposto ao invólucro, a chave seccionadora com chave de
terra no lado da linha ⑤, o transformador de potencial ⑥,
chave de terra ⑦ e, finalmente, a bucha SF6/Ar ⑧.
43
Módulos Compactos

 Uma solução intermediária entre subestação convencional, isolada a ar, e subestação isolada a gás SF6 é o equipamento
compacto híbrido.
 Neste caso, os equipamentos são isolados a gás SF6, permitindo sua compactação, porém a conexão é feita por barramentos
isolados a ar.
 Estes módulos híbridos proporcionam redução de espaço e podem proporcionar melhores indicadores de confiabilidade para
a subestação, dependendo de sua configuração de barra.
 São principalmente aplicáveis para substituição de equipamentos danificados ou superados, mas também para novas
subestações, principalmente na distribuição de energia.
44
Módulos Compactos

 A figura mostra exemplos de módulos


híbridos compactos isolados a gás SF6 de
diferentes fabricantes.
 Os módulos são compostos de
transformadores de corrente de bucha (1),
chave seccionadora e de aterramento (2) e
disjuntor (3), as chaves e o disjuntor são
instalados no mesmo compartimento com
isolamento a gás SF6, painel de controle (4)
e buchas SF6/Ar.
45
Módulos Compactos

 O DCB é montado em uma estrutura suporte,


típica de disjuntor convencional, na qual uma
lâmina de terra motorizada é instalada.
 As figuras apresentam o DCB (Disconnecting
Circuit Breaker) com a lâmina de terra aberta e
fechada, respectivamente.
 Neste caso, como não há chaves seccionadoras
na subestação, a execução de manutenção ou
reparo em disjuntor requer, no mínimo,
desligamentos temporários na barra da
subestação para a sua desconexão.
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A LEGISLAÇÃO E AS
SUBESTAÇÕES DO SISTEMA
ELÉTRICO BRASILEIRO
47
Referências de Configurações de Barra

 O documento “Padrões de Desempenho da Rede Básica e Requisitos Mínimos para as suas Instalações” , em seu Submódulo
2.3, estabelece que:
a. Pátios de manobras de subestações da rede básica com tensão igual ou superior a 345 kV devem ser concebidos com configuração de
barra em barra dupla com disjuntor e meio.
b. Pátios de manobras de subestações da rede básica com tensão igual a 230 kV devem ser concebidos com configuração de barra em
barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves.
c. As configurações de barra acima são definidas para a fase final. Na fase de implantação da subestação podem ser avaliadas
configurações mais simples, dependendo da configuração da rede básica, a serem analisadas pelo ONS. Porém, devem permitir a sua
evolução para as configurações padrões definidas, com as áreas adquiridas já na fase de implantação.
d. As configurações padrões são definidas para subestações convencionais, isoladas em ar. Podem ser aceitas para análise do ONS
configurações com tecnologias diferentes como, por exemplo, as subestações isoladas em SF6– GIS.
48
Referências de Configurações de Barra

 Com base nos custos do banco de preços da Aneel, é possível realizar uma estimativa de custos destas subestações. Ressalta-
se que este banco possui custos para as configurações de barra mais usuais existentes no sistema elétrico brasileiro e
representa uma boa estimativa, uma vez que tem como base os custos reais praticados em instalações já construídas.
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Referências de Configurações de Barra

 Com base nos custos do banco de preços da Aneel, é possível realizar uma estimativa de custos destas subestações. Ressalta-
se que este banco possui custos para as configurações de barra mais usuais existentes no sistema elétrico brasileiro e
representa uma boa estimativa, uma vez que tem como base os custos reais praticados em instalações já construídas.
BIBLIOGRAFIA
[1] MAMEDE Filho, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais. LTC, 2002.

[2] MAMEDE Filho, João Mamede. Manual de Equipamentos Elétricos. Ed. 3. Rio de Janeiro: LTC,2005.

[3] NORMAS TÉCNICAS. NBR 14039 – Normas Abnt: Instalações Elétricas de Média Tensão de 1,0kV à 36,2 kV. Rio
de Janeiro, 2003.

[4] NORMAS TÉCNICAS. NBR 6548 – Normas Abnt: Eletrotécnica e Eletrônica, Transmissão de Energia Elétrica em
Corrente Contínua de Alta Tensão. Rio de Janeiro, 1981.

[5] NORMAS TÉCNICAS. NBR 7094 – Normas Abnt: Disjuntores de Alta Tensão. Rio de Janeiro, 1994.

[6] NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60439-1: Conjunto de Manobra e Controle de Baixa Tensão. Rio de Janeiro, 2003.

[7] COPEL, Companhia Paranaense de Energia Elétrica. NTC 841001. Projeto de Redes de Distribuição Urbana. Ed.
3. Curitiba: Copel, 1999.

[8] COPEL, Companhia Paranaense de Energia Elétrica. NTC 841000. Projetos de Redes de Distribuição Compacta
protegida. Ed. 1. Curitiba: Copel, 1997.
EDERSON ZANCHET
Especialista em docência no ensino superior - FAG
Engenheiro de Controle e Automação - FAG
Departamento de Engenharia – FAG
Docente Disciplina de Eletrônica Industrial e de Potência

ezanchet@fag.edu.br
ederson.zt@gmail.com
ederson.zt@outlook.com

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