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ATIVIDADE AVALIATIVA

1° - Em face do conteúdo visto em sala de aula (SEGURIDADE SOCIAL – Saúde, Previdência e


Amparo Social), realize uma pesquisa jurisprudencial conforme os itens a seguir, na forma
discriminada:

a) Sobre o princípio da dignidade da pessoa humana, e seu caráter axiológico e como conquista
normativa e dever do Estado, faça uma pesquisa jurisprudencial no STF (duas decisões) em que a
proteção do trabalhador foi correlacionada ao princípio da livre iniciativa e valor social do trabalho
(citação dos princípios na decisão), dando as suas impressões e conclusões sobre as mesmas.

A Dignidade da Pessoa Humana foi elevada pelo constituinte ao patamar de fundamento da


República Federativa do Brasil, o que a torna um postulado absoluto que não pode ser relativizado por
nenhum outro princípio. Constitui alicerce do Estado Democrático de Direito, de modo que se pode
afirmar que um Estado onde não é garantida a dignidade humana não pode ser considerado
democrático nem de direito.
Nessa esteira, o Supremo Tribunal Federal – guardião da Constituição - coleciona uma série de
decisões onde pondera a aplicação princípios segundo a máxima efetividade da dignidade humana.
Dois princípios são recorrentes nas decisões do STF, quase sempre em lados opostos da balança: o
valor social do trabalho e a livre iniciativa. Sobre esses princípios e sua relação com a dignidade
humana seguem as jurisprudências acompanhadas de breves considerações.

INFORMATIVO STF 913: AP REPERCUSSÃO GERAL DIREITO DO TRABALHO –


TERCEIRIZAÇÃO Justiça do Trabalho e terceirização de atividade-fim – 3 É lícita a
terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas,
independentemente do objeto social das empresas envolvidas, mantida a responsabilidade
subsidiária da empresa contratante. Ao fixar essa tese de repercussão geral (Tema 725), o
Plenário, em conclusão de julgamento conjunto e por maioria, julgou procedente o pedido
formulado em arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) e deu provimento
a recurso extraordinário (RE) para considerar a licitude da terceirização de atividade-fim ou
meio (Informativos 911 e 912). No caso, o pedido de inclusão da ADPF em pauta e o
reconhecimento da repercussão geral foram anteriores à edição das Leis 13.429/2017 e
13.467/2017. Prevaleceram os votos dos ministros Roberto Barroso (relator da ADPF) e Luiz
Fux (relator do RE). O ministro Roberto Barroso advertiu que, no contexto atual, é inevitável
que o Direito do Trabalho passe, nos países de economia aberta, por transformações. Além
disso, a Constituição Federal (CF) não impõe a adoção de um modelo de produção específico,
não impede o desenvolvimento de estratégias de produção flexíveis, tampouco veda a
terceirização. O conjunto de decisões da Justiça do Trabalho sobre a matéria não estabelece
critérios e condições claras e objetivas que permitam a celebração de terceirização com
segurança, de modo a dificultar, na prática, a sua contratação. A terceirização das atividades-
meio ou das atividades-fim de uma empresa tem amparo nos princípios constitucionais da
livre iniciativa e da livre concorrência, que asseguram aos agentes econômicos a liberdade
de formular estratégias negociais indutoras de maior eficiência econômica e
competitividade. Por si só, a terceirização não enseja precarização do trabalho, violação
da dignidade do trabalhador ou desrespeito a direitos previdenciários. Terceirizar não
significa necessariamente reduzir custos. É o exercício abusivo de sua contratação que
pode produzir tais violações. Para evitar o exercício abusivo, os princípios que amparam a
constitucionalidade da terceirização devem ser compatibilizados com as normas constitucionais
de tutela do trabalhador, cabendo à contratante observar certas formalidades. É lícita a
terceirização de toda e qualquer atividade, meio ou fim, de forma que não se configura relação
de emprego entre a contratante e o empregado da contratada. Porém, na terceirização, compete
à contratante verificar a idoneidade e a capacidade econômica da terceirizada e responder
subsidiariamente pelo descumprimento das normas trabalhistas, bem como por obrigações
previdenciárias. A responsabilização subsidiária da tomadora dos serviços pressupõe a sua
participação no processo judicial. (...)
Decisão recente que tem gerado discussões doutrinárias é sobre a licitude da terceirização,
reconhecida pelo plenário do STF. A polêmica gira em torno da possibilidade de terceirização de
qualquer atividade (inclusive a atividade-fim) pelas empresas, o que poderia afrontar o valor social do
trabalho e a própria dignidade dos trabalhadores, na medida em que supostamente pressupõe a
precarização das condições de trabalho.
Segundo o plenário do STF, no entanto, a terceirização em si não diminui o valor das relações
de emprego nem afronta a dignidade, isso somente ocorre quando há abuso no exercício da contratação
de forma terceirizada. Assim, decidiu pela licitude da terceirização de qualquer atividade pelas
empresas, haja vista estar amparada pelos princípios da livre iniciativa e livre concorrência. No
entanto, impõe que essa modalidade de contratação deve ser exercida em respeito à dignidade humana.
A segunda decisão tem por fim proteger o trabalhador de demissão arbitrária permitida por
dispositivo inserido na CLT. O dispositivo dispunha que haveria extinção automática do vínculo
empregatício quando da concessão de aposentadoria espontânea. Por maioria o STF decidiu pela
inconstitucionalidade do dispositivo mencionado, haja vista que o mesmo viola os princípios do valor
social do trabalho e da dignidade humana, na medida em que impõe ao trabalhador uma “situação
jurídico-passiva de efeitos ainda mais drásticos do que aqueles que resultariam do cometimento de
uma falta grave”. Segue a ementa do julgado:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 3º DA MEDIDA


PROVISÓRIA Nº 1.596-14/97, CONVERTIDA NA LEI Nº 9.528/97, QUE ADICIONOU AO
ARTIGO 453 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO UM SEGUNDO
PARÁGRAFO PARA EXTINGUIR O VÍNCULO EMPREGATÍCIO QUANDO DA
CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 1. A
conversão da medida provisória em lei prejudica o debate jurisdicional acerca da "relevância e
urgência" dessa espécie de ato normativo. 2. Os valores sociais do trabalho constituem: a)
fundamento da República Federativa do Brasil (inciso IV do artigo 1º da CF); b) alicerce da
Ordem Econômica, que tem por finalidade assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social, e, por um dos seus princípios, a busca do pleno emprego (artigo 170,
caput e inciso VIII); c) base de toda a Ordem Social (artigo 193). Esse arcabouço
principiológico, densificado em regras como a do inciso I do artigo 7º da Magna Carta e as do
artigo 10 do ADCT/88, desvela um mandamento constitucional que perpassa toda relação de
emprego, no sentido de sua desejada continuidade. 3. A Constituição Federal versa a
aposentadoria como um benefício que se dá mediante o exercício regular de um direito. E o
certo é que o regular exercício de um direito não é de colocar o seu titular numa situação
jurídico-passiva de efeitos ainda mais drásticos do que aqueles que resultariam do
cometimento de uma falta grave (sabido que, nesse caso, a ruptura do vínculo
empregatício não opera automaticamente). 4. O direito à aposentadoria previdenciária, uma
vez objetivamente constituído, se dá no âmago de uma relação jurídica entre o segurado do
Sistema Geral de Previdência e o Instituto Nacional de Seguro Social. Às expensas, portanto,
de um sistema atuarial-financeiro que é gerido por esse Instituto mesmo, e não às custas desse
ou daquele empregador. 5. O Ordenamento Constitucional não autoriza o legislador ordinário a
criar modalidade de rompimento automático do vínculo de emprego, em desfavor do
trabalhador, na situação em que este apenas exercita o seu direito de aposentadoria espontânea,
sem cometer deslize algum. 6. A mera concessão da aposentadoria voluntária ao trabalhador
não tem por efeito extinguir, instantânea e automaticamente, o seu vínculo de emprego. 7.
Inconstitucionalidade do § 2º do artigo 453 da Consolidação das Leis do Trabalho, introduzido
pela Lei nº 9.528/97.
(ADI 1721 / DF - Distrito Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade. Relator: Min.
CARLOS BRITTO. Julgamento: 11/10/2006. Órgão Julgador: Tribunal Pleno)

b) Acerca da flexibilização do direito do trabalho, faça uma pesquisa jurisprudencial no TST,


correlacionando a dignidade da pessoa e a função social da empresa (citação dos princípios na
decisão), conforme os ditames do art. 7° da carta maior brasileira, dando as suas impressões e
conclusões sobre as mesmas.

c) Uma pesquisa jurisprudencial no STJ, acerca da proteção da saúde do trabalhador com base na
interpretação de leis federais em concordância prática com a dignidade da pessoa humana e função
social da empresa (citação dos princípios na decisão), dando as suas impressões e conclusões sobre
as mesmas.

d) Uma pesquisa jurisprudencial (TRF da 1° Região) acerca dos direitos à benefícios previdenciários e
assistencial (um de cada) em que se busca proteger e assegurar ao trabalhador um mínimo existencial
com dignidade (citação dos princípios na decisão), dando as suas impressões e conclusões sobre as
mesmas.

Em vista do princípio da dignidade da pessoa humana, já apresentado, revela-se um


consequente princípio que busca garantir que os benefícios auferidos pelo trabalhador sejam os
suficientes para que este possa sobreviver com dignidade: o princípio do mínimo existencial. No
campo da ordem social previsto na Constituição, previu-se a criação de certos benefícios de cunho
assistencial e previdenciário que, em razão de muitas vezes serem a única renda a ser auferida pelo
trabalhador que a eles têm direito, devem garantir esse mínimo existencial.
Em recentes decisões, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região mostrou-se sensível a essa
realidade, buscando aferir, para a concessão de benefícios assistenciais e previdenciários, se o
trabalhador que postulava pela direito já detinha o mínimo para sua sobrevivência digna. Dessa forma,
o princípio supramencionado revelou-se um parâmetro de atuação, conforme se observa nas seguintes
decisões do tribunal:

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SEGURADO ESPECIAL.


PROVAS INSUFICIENTES. 1. A perícia médica concluiu que a autora padecia de patologia
graves, tais como o glaucoma avançado em ambos os olhos, o que a tornou inapta para o
trabalho; posteriormente, em virtude de parada cardiorrespiratória, cardiopatia crônica e
choque cardiogênico, ocorreu o seu óbito em 25/06/2010 (fls. 260/265 e 281). 2. A autora
nasceu em 08/04/1934 (fls. 13) e para comprovar sua condição de trabalhadora rural apresentou
os seguintes elementos: certidão de casamento, realizado em 25/09/1954, qualificando o
cônjuge como lavrador, constando averbação de separação judicial em 26/04/1993 (fls.16);
certidão de registro de imóvel denominado Fazenda São Bento, com área de 35,6 hectares, que
qualifica o cônjuge como "fazendeiro" e do "comércio" em 15/01/1996 (fls. 17); documentos
referentes à Fazenda São Bento em nome do cônjuge (fls. 29/73). 3. Apesar dos testemunhos
aqui reunidos, o único documento que faz menção a ocupação do marido como trabalhador
rural é a certidão de casamento realizado em 1954, (averbação de separação judicial em 1996)
que perdeu sua força probante diante dos demais elementos que apontam ser o varão
"fazendeiro" e "comerciante", bem como pela percepção de aposentadoria daí decorrente. 4. "A
atividade urbana superveniente do cônjuge afasta a admissibilidade da prova mais antiga que o
qualifica como trabalhador campesino para fins de reconhecimento do direito à aposentadoria
rural por idade, devendo, nesses casos, ser apresentada prova material em nome próprio da
parte autora" (AgRg no REsp 1359279/SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA
TURMA, julgado em 07/05/2013, DJe 15/05/2013). 5. O acordo judicial realizado em abril de
1997 revela uma significativa capacidade financeira do casal que é incompatível com a
realidade dos segurados especiais; dentre os diversos bens repartidos se encontram uma
edificação de dois pavimentos construída durante o casamento na zona urbana do município,
medindo 585,6m2, constituído por um apartamento residencial (local de moradia da finada,
segundo suas próprias declarações por ocasião da partilha) e uma loja comercial; um caminhão
marca Mercedes-Benz; parte da Fazenda São Jerônimo, que permaneceu em poder do varão
após quitação de dívida, a saber, 315,41ha, dentre outros (fls. 116/127). 6. A própria autora
declarou durante a entrevista rural apresentada à Previdência Social em 2008, que havia
deixado a roça há treze anos e durante os últimos dez anos a autora e seu marido tinham um
empregado para tirar o leite e fabricar o queijo, que era remunerado mensalmente (fls. 144). 7.
A existência de mão-de-obra assalariada é suficiente para descaracterizar a condição de
segurada especial, diante do que estabelece o art. 195, § 8º,d a Constituição Federal. 8. Os
benefícios devidos aos trabalhadores rurais independem de contribuição ao sistema
previdenciário justamente em razão da notória e histórica precariedade da renda
familiar dos lavradores, penúria que seria agravada por eventuais exigências
contributivas. É nítido o objetivo de preservar aquele mínimo existencial sufragado pela
legislação, o que seria deturpado acaso a benesse fosse estendida à autora, que não
demonstrou sobreviver efetivamente do resultado da produção campesina. 9. Apelação e
remessa providas, para reformar a sentença e julgar improcedentes os pedidos iniciais. (AC
0006972-78.2014.4.01.9199.TRF-1. Primeira Câmara Regional Previdenciária de Juiz de Fora.
Relator: JUIZ FEDERAL UBIRAJARA TEIXEIRA. Julgamento: 26/06/2018).

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA.


DEFICIÊNCIA CONFIGURADA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE
VULNERABILIDADE SOCIAL DO GRUPO FAMILIAR. RENDA MENSAL PER CAPITA
CONDIZENTE COM O MÍNIMO EXISTENCIAL. PEDIDO IMPROCEDENTE.
SENTENÇA MANTIDA. 1. O benefício de prestação continuada é devido à pessoa com
deficiência e ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos, que comprovem não possuir
meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. 2. Nos
termos do art. 20, § 1o, da Lei n. 8.742/93, com redação dada pela Lei n. 12.435/2011, a
família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um
deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores
tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. 3. A incapacidade está devidamente
comprovada nos autos, inexistindo controvérsia em relação a tal aspecto. 4. Estudo sócio-
econômico que não evidencia a vulnerabilidade social do apelante, ante a existência de
renda mensal per capita condizente com o mínimo existencial. 5. Deferida a gratuidade de
justiça requerida na inicial, fica suspensa a execução dos honorários de advogado e custas
processuais, enquanto perdurar a situação de pobreza do autor pelo prazo máximo de cinco
anos, quando estará prescrita. 6. Apelação desprovida. Sentença mantida. (AC 0052214-
94.2013.4.01.9199.TRF-1. Primeira Turma Suplementar. Relator: JUIZ FEDERAL MURILO
FERNANDES DE ALMEIDA. Julgamento: 23/05/2016).

Na primeira das decisões, ocorreu a improcedência da ação que requeria o benefício de


aposentadoria por invalidez de suposta trabalhadora rural. No caso, destacou-se que o benefício em
questão é devido aos trabalhadores rurais independentemente de contribuição ao sistema
previdenciário, em atenção às condições de vida dos mesmos, buscando preservar seu mínimo
existencial. Ocorre que a trabalhadora em questão não necessitava do benefício, conforme decidiu a
Câmara Previdenciária, por conta de sua situação financeira favorável e pelo fato desta não haver
demonstrado sobreviver efetivamente do resultado da produção campesina.
No segundo caso, observa-se nova improcedência de pedido, desta vez referente a benefício
assistencial de prestação continuada. Destaca o tribunal os novos aspectos referentes à concessão do
BPC, relativos à garantia do mínimo existencial a quem o refere, sobrepondo-se ao critério de renda
per capita definido em lei, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
No caso em estudo, comprovou-se que o requerente já detinha o referido mínimo existencial e,
apesar de comprovada sua incapacidade, não fazia jus ao BPC por não se encaixar em situação de
vulnerabilidade.

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