Sunteți pe pagina 1din 1

Artigo “ PIB mostra consumo excessivo do Governo”

Os dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) referentes ao segundo trimestre,


divulgados na sexta-feira pelo IBGE, foram por um lado animadores e, por outro, chamaram a atenção
para um problema que, se não corrigido a tempo, porá em risco todo esse bom desempenho da
economia brasileira. O lado bom: o investimento cresceu três vezes mais que o consumo das famílias
e já há projeções que apontam para 2010 uma taxa que supera 19% do PIB.
A insuficiência de investimento sempre foi uma preocupação dos economistas, pois qualquer
aceleração no ritmo de evolução do PIB poderia gerar fortes desequilíbrios (nas contas externas e nos
preços), pela incapacidade de a oferta interna de bens e serviços acompanhar a evolução da
demanda. Os dados recentes do investimento confirmam que existe um esforço para se ampliar a
oferta.
Mas o sinal de alerta nas estimativas do PIB apareceu no consumo do setor público.
Em termos macroeconômicos, esse consumo se expandiu 2,1% no segundo trimestre, quase a
mesma variação do investimento (2,4%). Enquanto isso, a expansão do consumo das famílias ficou
em 0,8%.
O consumo do setor público foi tão forte que por si só contribuiu para aumentar de 1% para
1,2% o crescimento do PIB no segundo trimestre em relação ao primeiro. Nem os economistas que
trabalham para o governo chegaram a considerar essa hipótese em suas simulações.
Somente com os dados do segundo semestre será possível se observar se esse crescimento
excessivo no consumo do governo configura uma tendência, ou se tais números refletiram apenas a
farra de gastos pré-eleitorais.
O projeto de lei que define o Orçamento da União para 2011, enviado ao Congresso, não prevê
novos reajustes nos salários dos funcionários públicos - embora aumente o contingente de servidores
- e nem aumento real em valores que impactam fortemente as contas públicas, como o salário
mínimo, o Bolsa Família, as aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. Inexiste garantia, entretanto,
de que o novo presidente não vá inflar esses números, colocando as finanças públicas num rumo que
poderá interromper o crescimento.
Os economistas costumam alertar para as vantagens de o país assegurar um ciclo de
crescimento sustentável. Ou seja, que reúna as condições para que a expansão se mantenha por
vários anos, sem ser interrompida por crises de repique inflacionários, pressões sobre o câmbio,
escassez de financiamentos, etc. Em prol dessa sustentabilidade é que se deve insistir na tecla para
que os gastos públicos "não toquem fogo no circo".
Não há nada de ideológico nessa crítica. É uma questão de equilíbrio macroeconômico, para
que os avanços sociais não sejam perdidos.
Ainda há tempo para se eliminar esse risco. O atual governo até encaminhou ao Congresso
projetos que limitam o aumento dos gastos públicos, mas não se empenhou em aprová-los, e ao fim
do mandato tem dado mau exemplo, fazendo o oposto do que propôs. As esperanças são de que o
próximo governo não continue por este caminho perigoso.
O futuro depende de como serão administrados os gastos públicos

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

S-ar putea să vă placă și