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Contribuições para uma história da notícia: um conceito e duas

hipóteses sobre a mutação no jornalismo


JORGE, Thaïs de Mendonça, doutora em Comunicação pela Universidade de Brasília,
também docente desta universidade (Brasília, DF).
thaisdemendonca@uol.com.br ou
thaism@unb.br
GT História do Jornalismo

Resumo
Metamorfose, mudança, transformação, alteração, inovação. O termo mutação vem
sendo usado, no campo do jornalismo, como sinônimo de uma evolução que tem
correspondência em todos esses termos e está sendo sentida na organização do trabalho,
na cultura profissional dos jornalistas, no produto oferecido ao público e no próprio
público. O conceito de mutação que aqui trazemos – derivado das ciências biológicas,
principalmente da Genética – e as duas hipóteses a ele relacionadas pretendem unificar
o uso desse vocábulo e compreender de que maneira as mudanças históricas vêm
conformando um novo jornalismo, ajudadas pela tecnologia e pela internet. A mutação
no jornalismo é fenômeno provocado por agentes humanos, que acontece de maneira
súbita e requer um elemento de explosão para se manifestar, causando alterações em
espectro amplo. Este artigo identifica pontos de mutação na trajetória do jornalismo,
levando em conta os vestígios que a história nos deixou. Apontamos algumas categorias
de mutação: a) mutação gênica – quando muda o suporte; b) supressora – ruptura entre
notícia e comentário; c) somática – criação dos gêneros entrevista e reportagem; d)
pontual – invenção da pirâmide invertida.
Palavras-chave: história do jornalismo, mutação, imprensa, notícia, internet.
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Contribuições para uma história da notícia: um conceito e duas


hipóteses sobre a mutação no jornalismo

Metamorfose, mudança, transformação, alteração, inovação. O termo mutação


vem sendo usado, no campo do jornalismo, como sinônimo de uma evolução que tem
correspondência em todos esses termos, e está sendo sentida na organização do trabalho,
na cultura profissional dos jornalistas, no produto oferecido ao público e no próprio
público. O fenômeno não é de hoje. A convergência tecnológica, junto com a
centralidade da mídia na vida pós-moderna, coloca aos pesquisadores em comunicação,
em especial aqueles dedicados à chamada “Teoria da notícia”, a seguinte questão: como
definir as mudanças no âmbito do jornalismo? A sociologia, a filosofia, a psicologia
social, a antropologia, a economia, a comunicação - as ciências sociais vêm tratando as
Tecnologias da Informação e da Comunicação (Tics) como componentes do processo de
desenvolvimento que, ao mudar a forma como as pessoas se comunicam e intercambiam
informações, atinge a organização econômica, a estrutura, o relacionamento cultural e
social, e afeta os paradigmas que até agora nos serviram de modelo.
O conceito de mutação – derivado das ciências biológicas, principalmente da
Genética – e as duas hipóteses a ele relacionadas pretendem unificar o uso desse
vocábulo (mutação) e comprender de que maneira as mudanças históricas vêm
conformando um novo jornalismo, ajudadas pela tecnologia e pela inovação mais
recente, que é o uso da internet. Nesse sentido, nós nos propomos a identificar os pontos
em que o fenômeno de mutação incidiu no passado, chegando até o presente para
mostrar que o processo de evolução das notícias também obedece a uma “seleção
natural”, assim como Darwin (Curitiba: Hemus, 2000: 84) remarcou em A origem das
espécies. Utilizaremos, dessa maneira, os “vestígios” que a história nos deixa – “os
indícios e os sinais que chegam ao presente”, no conceito de Marialva Barbosa (2007, p.
11) em sua obra História Cultural da Imprensa: Brasil 1900-2000.
O poder mutante
A idéia de mutação da notícia pode ser situada entre os assuntos da pesquisa
comunicacional que Santaella (2001: 93-96) determinou como “interface dos meios
com seu contexto” ou “interface dos meios com o sujeito produtor”. O presente trabalho
procura contribuir para colocar em discussão o tema da notícia como objeto mutante e
mutável, no paradigma do construcionismo, sob “os dois binários” destacados por Wolf
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(2003: 148): 1) a cultura profissional e 2) a organização do trabalho dos jornalistas e


seus processos de produção. Pretendemos, assim, estudar como os meios de construção
e difusão da notícia se relacionam com o contexto sócio-econômico-político e histórico-
cultural.
É importante registrar que a inquietação com o tipo de mudanças a que o
jornalismo e a própria comunicação vêm sendo submetidos tem sido objeto de análises
em várias vertentes e com distintas ênfases (Lévy, Marcuschi, Ringoot, Utard, Barbosa,
Saad, dentre outros). Lévy (1999, p. 35), por exemplo, observou que atualmente a
humanidade passa por uma “mutação técnica, econômica, cultural e antropológica de
grande alcance, comparável à invenção da escrita e da imprensa, porém muito mais
rápida”, o que seria equivalente a uma “mudança genética”. Barbosa (2007, p. 221)
admitiu que “inúmeras são as mutações que podem ser apontadas no jornalismo diário a
partir dos anos 1980”.
Ao ressaltar o “evidente processo de transformação que vem ocorrendo com o
jornalismo a partir da consolidação das Tics”, Saad & Ota (2005) indagavam se o
jornalismo “tal como praticado em suas formas tradicionais, estaria passando por um
momento de reestruturação paradigmática” de onde poderiam resultar novas formas de
mediação. Em seu estudo sobre os gêneros na internet, Marcuschi (2002) descobriu que
o meio digital1 “transmuta de maneira bastante complexa gêneros existentes”, ao mesmo
tempo em que cria novos. Outros autores qualificaram o fenômeno como metamorfose;
Fidler (1997) discorreu sobre uma possível midiamorfose.
Ringoot, Utard, Ruellan e outros integrantes da Rede de Estudos de Jornalismo
(REJ) pensam que o jornalismo é mutante em si. Algumas vezes eles utilizam as
palavras mutação e mutações para designar um dos processos de transformação no
jornalismo mas, essencialmente, consideram que existem vários jornalismos e sua
característica é a dispersão. “A dispersão jornalística apreende a diversidade e a
mutação das formas jornalísticas como traços constitutivos modulares, mais que como
desvios da norma”, afirma Ringoot (2005: 37, 41, 44), que vê na necessidade constante
de atualização a razão de muitas das mudanças: “A atualidade jornalística organiza um
presente com uma geometria variável em função da periodicidade da produção; a tal

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Poderemos usar aqui também o termo cibermeio como “o meio eletrônico que difunde seus conteúdos
através da internet” (Meso & Alonso, 2007).
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ponto que o critério temporal identifica e diversifica a produção: informação quente ou


fria, informação periódica ou contínua”.
Como se vê, a mutação pode ser observada em muitos aspectos da cadeia
comunicacional onde se insere o jornalismo (mudanças na sociedade; reestruturação de
práticas; novos gêneros; alterações na forma dos produtos, etc.), donde um
compreensível desordenamento conceitual. Este artigo ambiciona discutir e esclarecer a
possível ocorrência de mutações na história do jornalismo, como objeto fundamental de
análise das notícias. Antes, porém, de avançar em direção ao conceito de mutação e suas
hipóteses, fazemos uma aproximação ao conceito de notícia que usaremos neste
trabalho: a notícia é uma construção resultante de forças “interdependentes,
interactuantes e sem fronteiras rígidas” (Sousa, 2002: 16-17), fruto das ações pessoal,
social, ideológica, do meio físico-tecnológico e da história – durante a qual interagiram
as quatro forças anteriores.
Com freqüência seremos obrigados a fazer uma ponte com o presente, para
tentar estabelecer a relação com o passado, quando o homem, para se comunicar,
procurou extensões de si mesmo (McLuhan) na fixação e transmissão das mensagens e,
com isso, criou os primeiros sistemas de poder. A notícia não se tornou mercadoria nos
dias atuais: ela já era mercadejada na Europa pelos menanti e gazzettanti, e o privilégio
de saber das informações era também instrumento para a manutenção dos impérios
políticos e financeiros. Portanto, informação sempre significou poder. Temos
consciência de que, em todos os tempos, as transformações não atingem todas as
pessoas na mesma velocidade, o que provoca exclusão; de qualquer forma, a idéia de
que o midiacentrismo é uma realidade, hoje, representa um foco de incertezas quanto ao
futuro da democracia e das relações sociais.
Para que o produto noticioso chegasse à internet, antes precisou haver uma
evolução nos suportes. Debray (1993: 208) recorda que nenhum suporte é inocente e
que cada material tem um preço: quando o suporte é duro, como a pedra, a escrita é em
forma de desenho (pictograma). Já o ideograma nasce com a argila; esta permite
substituir o buril por um artefato de madeira ou osso (o cálamo), adequado à escrita
cuneiforme. “Quando muda o suporte, muda a grafia. O papiro permite o emprego do
caniço, mais flexível e sutil, assim como o pergaminho, mais tarde, há de permitir o uso
da pluma de ganso”, afirma Debray. Bauman (2000: 140) fala da passagem de uma
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modernidade “pesada” e “sólida” para uma modernidade “leve”, “líquida” ou “fluida”,


onde não há engajamento, nem duração eterna. Diríamos que a uma época de relações
etéreas, embora socializadas em redes comunitárias, corresponde um suporte abstrato,
virtual – uma extensão do cérebro humano.
Hipóteses
O que chamamos notícia, hoje, é o resultado concreto de uma série de
intervenções sobre o produto do jornalismo, que acabaram transformando-o em um
objeto bem diferente daquele dos primeiros tempos da humanidade. Na hipótese
principal que orienta este trabalho, a notícia é um ser vivo cujo DNA estaria na pré-
história das comunicações. Foi aí, quando uma informação ou novidade passou a ser
comunicada, que começaram a se formar as células, o arcabouço da notícia, seu
genoma, tendo como base os fatos, os mitos e os acontecimentos da vida real. Os fatos
são, portanto, o DNA da notícia. Depois de passar toda a trajetória de organismo vivo
num contínuo processo de mudanças para se adaptar à sociedade, ao contexto e aos
suportes que lhe são oferecidos, a notícia muda mais uma vez, na tela eletrônica e sob a
tecnologia digital. Em nossa segunda hipótese, pontos de mutação podem ser
demarcados no trajeto, ajudando-nos a compreender melhor nossas formas de transmitir
informações, de nos comunicar e, enfim, de nos relacionar e criar mecanismos de poder.
O fato de percebermos que a notícia muda ou muta não é, como vemos, um
paradigma perfeito e estável. Zita de Andrade Lima (1966: 39-42) lembra que as
notícias mais palpitantes na história da humanidade – como a do domínio do fogo ou a
invenção da roda – circularam nos primórdios e, muitos milênios depois, as informações
não se perderam, ao contrário, a notícia divulgada foi capaz de deflagrar um processo de
evolução e aperfeiçoamento na vida humana, em que a própria notícia foi se adaptando
ao meio. Ao jornalismo oral sucedeu o jornalismo impresso, que se desenvolveu no
jornalismo televisivo e radiofônico e chegou ao jornalismo digital mantendo algumas
das características e mudando outras de maneira peremptória.
De que maneira a notícia, esse “bem simbólico de uso universal” (Lage, 2002:
16), evoluiu ao longo do tempo e agregou a seu genoma valores de atualidade,
periodicidade e compromisso com a cidadania – além da objetividade, imparcialidade e
neutralidade –, instituindo uma nova profissão: o jornalismo? Sabendo que, por vezes,
faltarão elementos, dados, ou será necessário, em louvor à clareza, suprimir detalhes,
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tentaremos apontar quais são os principais pontos de mudança – que preferimos chamar
pontos de mutação – na linha do tempo que as notícias vêm seguindo. Sob uma
perspectiva positivista não poderíamos interpretar os fatos de outra maneira que em
seqüência linear e diante de documentos. No entanto, fazemos aqui uma reflexão para
além do fato real comprovado pelos documentos e livros (Alves & Guarnieri, 2007),
certos de que, numa visão marxista, cabe ao pesquisador o papel de intérprete. A
história sobre a qual nos basearemos tem sido fartamente estudada.
O que é mutação
Como sabemos, cada espécie de animal ou vegetal possui um número constante
de cromossomos, responsáveis pela transmissão dos caracteres hereditários,
constituindo unidades definidas na formação de um novo ser. A teoria da célula como
unidade da estrutura dos seres vivos foi conformada apenas no século XIX, apesar de a
célula ter sido descoberta no século XVII. Já os estudos sobre o Ácido
Desoxiribonucléico (DNA) são recentes. Todas as células usam o ácido
desoxiribonucléico como material genético. As primeiras células datam de 3,5 bilhões
de anos. Não existem registros fósseis das primeiras células, assim como não existem
registros das primeiras notícias da história da humanidade. Os desenhos nas cavernas,
estampando fatos da vida primitiva, talvez sejam as primeiras informações que os seres
humanos tiveram a preocupação em anotar e divulgar.
Segundo Piaget (1997), a organização do conhecimento humano constitui um
desenvolvimento original da organização biológica. Isso quer dizer que nos
desenvolvemos à medida que estruturamos nosso pensamento. Começaríamos, pois, a
estabelecer as primeiras analogias da biologia com a notícia a partir do entendimento
desta como forma de conhecimento. Os métodos de aquisição do saber mudam
conforme a sociedade e obedecem à sua organização biológica. A notícia é uma das
formas de organização e difusão do conhecimento. Motta (2005: 8-15) assegura que “as
notícias tornam o complexo e desordenado mundo no qual vivemos menos caótico para
cada um de nós”, cabendo a elas o papel de ajudar “a selecionar, priorizar, organizar,
compreender e ordenar os acontecimentos de nossa realidade imediata”.
Lemos, ouvimos e vemos as notícias diariamente porque elas orientam
primordialmente a nossa vida prática, os nossos comportamentos, as nossas
preferências, os nossos gostos, as nossas decisões de todo tipo. As notícias
são, assim, experiências diárias de conhecimento prático primordial e
essencial para os indivíduos nas sociedades contemporâneas.
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É interessante observar que a notícia, como “conhecimento prático e primordial”


para a inserção do indivíduo na sociedade, vai se adequando às diversas molduras
requeridas nesse processo de orientação. Transita numa mão dupla ou, como a serpente
que morde o próprio rabo, alimenta-se de si própria: passa por mudanças e provoca
novos câmbios. O conceito de mutação na Genética oferece algumas explicações que
ajudam a avaliar a trajetória do jornalismo em direção ao século XXI, se entendemos a
notícia como um organismo vivo, constituído de “células” ou componentes, o que lhe
confere determinadas características que se transmitem de uma geração a outra, e ajuda
a classificá-la em padrões. Ao trazer o conceito das ciências biológicas para o
jornalismo, tentamos mostrar como os métodos da natureza podem ser vistos nesse novo
campo, já que a notícia, ser social e orgânico, é passível de ser observada historicamente
no próprio ambiente e no convívio com seus correlatos (os demais gêneros textuais/
jornalísticos).
Mutação é uma alteração permanente de um ou vários caracteres hereditários,
que surge de maneira espontânea ou provocada por agentes, podendo redundar na perda
ou adição de um ou mais elementos. Todos nós somos mutantes. “A mutação – acidente
genético ao acaso – é a fonte fundamental de toda a variação genética. Sem mutações,
não existiria variedade; e sem variedade, não ocorreria evolução” (Brookes, 2001: 26-
27). As mutações podem se manifestar de diversas maneiras: uma mudança de extensão
moderada, representando certa fase na evolução de um organismo, ou uma mutação de
grande efeito. No caso dos humanos, todas as diferenças genéticas foram causadas por
mutações em algum ponto da história.
Darwin (2000: 84) deu o nome de seleção natural ou persistência do mais capaz
à manutenção das variações individuais favoráveis e à eliminação dos caracteres menos
adequados. Por meio desse processo altamente dinâmico, as características mutagênicas
– de mutação dos genes – afirmam-se, entram em simbiose ou se reciclam. Pelas
definições vistas, podemos remarcar, a princípio, que uma mutação não é uma
transformação (ato de dar nova forma), nem tampouco uma metamorfose (mudança de
um ser em outro). Mutações acontecem espontaneamente na natureza e são resultado de
um processo de milênios. Também podem ser induzidas por ionização, luz ultravioleta
ou substâncias químicas (Ehrlich, Holm e Parnell, 1974: 40-41). Na mutação, podem
ocorrer: a) mudanças no estado (sólido, líquido, gasoso); b) mudanças na composição
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(novas substâncias, novos produtos); c) mudanças nas propriedades (características de


cor, cheiro e solubilidade); d) mudanças na energia (capacidade de fazer o trabalho).
Segundo Dorland (1997) e Manuíla (2003), o conceito de mutação admite
classificações de acordo com as características da mudança: mutação pontual (resultado
da alteração de um único par de bases na molécula do DNA); somática (ocorre em uma
célula somática); e supressora (mascara total ou parcialmente a expressão fenotípica de
uma mutação). Mutações também acontecem por categorias: cromossômica
(modificação do número, distribuição, estrutura dos cromossomos); ou gênica
(modificação de um único gene ou pequeno número de genes).
Se nos demoramos nesta discussão dentro das ciências biológicas é porque
vemos, desde o início, muitas aproximações com a notícia e o processo de mutações que
o produto jornalístico vem percorrendo. Segundo Johnson e Harriss, “a notícia é um
relato das relações mutantes” do ser humano. Ou seja, é o produto que estampa as
mudanças. Uma mutação importante parece estar ocorrendo nos tempos atuais – seria
correspondente ao que foi a invenção da escrita ou a da imprensa (Chalus, in: Febvre e
Martin, 1992: 9-102) –, quando a notícia passou a ser exibida na tela eletrônica do
computador e necessita de conexão com uma rede para ser consumida.
Se o DNA da notícia está nos fatos, os fatos, do ponto de vista do jornalista, não
existem enquanto não são “colhidos”, gravados ou elaborados para fins de publicação.
Não existe notícia sem fatos, mas os fatos existem na natureza e podem ou não ser
colhidos, virar ou não notícia. Para isso, eles obedecem aos valores-notícia, também
chamados critérios de noticiabilidade, e seguem determinados esquemas e modelos: o
conjunto dos valores-notícia representa um código ideológico, forma o mapa cognitivo
da sociedade. Analisar a composição intrínseca, verificar os elementos que compõem o
DNA das notícias, nos ajuda a classificá-las, estabelecer categorias e checar as relações
entre os fatores de interesse, a notícia publicada e o público, por exemplo, o que seria
tema para outra pesquisa.
Em nossa hipótese, a mutação no jornalismo é um fenômeno provocado por
agentes humanos, que acontece de maneira súbita e requer um elemento de explosão
para se manifestar (aí é possível detectar os pontos de ruptura); contudo, deriva de
experimentos, desenvolvimentos anteriores, e de necessidades sociais. Causa alterações
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Chalus compara a invenção da escrita às “emergências” dos biólogos e indaga: “Essa transformação do
manuscrito em livro impresso não será uma outra ‘mutação’”?
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em um espectro amplo que vai da produção em si ao formato, do suporte à transmissão,


do discurso à prática cotidiana nas redações; do modo de produção ao sistema de
valores, bem como na representação social do produto. A mutação não é apenas uma
mudança no DNA da informação – os fatos e o modo de colhê-los, processá-los,
apresentá-los –, porém um conjunto de mudanças que se expressa em determinado
momento e alcança uma escala que lhe dá visibilidade pública. A mutação no
jornalismo é, enfim, um fenômeno que marca a história, transforma o ambiente social,
introduz novos conceitos e é passível de quebrar paradigmas.
Pontos de mutação
O primeiro registro de que dispomos sobre a existência de um produto noticioso
– com as características de regularidade, circulação pública e atualidade – são os tipao
(202 a.C), distribuídos aos oficiais chineses, constituindo nosso primeiro ponto de
mutação (Newton, 1997: 1-35). Quase 150 anos se passaram até que tivéssemos novos
vestígios dessa história: com a iniciativa de Júlio César, em 59 a.C. – a Acta Diurna
Populi Romani – registramos novo marcador temporal na trajetória da imprensa: o
segundo ponto de mutação foi responsável pela criação dos conceitos de atualidade,
cidadania, periodicidade, espaço público e da própria profissão de jornalista, com os
actuarii (Jorge, 2004). Nesta hipótese, a Acta assinala uma mutação na notícia, por
outras razões suplementares: a) a notícia se estenderia para além da palavra falada (os
tipao também), sendo propagada por meio de suporte físico, o Album ou tábua branca
onde eram esculpidos os textos; 2) pela primeira vez o fornecimento teria regularidade e
seria atualizado; e 3) gozava de credibilidade, dando organização ao produto noticioso.
Na Tabela 1, apresentamos a sistematização de alguns episódios do que seria a
história da notícia. Estão assinalados 25 pontos de mutação.
Tabela 1 – Pontos de mutação da notícia (do jornal à internet)
Data Local Acontecimento Mutação
(conceitos)
1. 202 a.C China Tipao, relatórios distribuídos a oficiais chineses. Imprensa/
periodicidade
2. 59 a.C Itália Júlio César cria a Acta Diurna Populi Romani. Regularidade/
Público/
Jornalista
3. 1450 Alemanha Gutenberg inventa os tipos móveis Imprensa/ grandes
tiragens
4. 1470 Inglaterra Livros de notícias (newsbooks) Conceito de
suporte: papel
5. 1503 Portugal Mundus Novus conta a descoberta do Brasil Primeira notícia
sobre o Brasil
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Tabela 1 – Pontos de mutação da notícia (cont.)


Data Local Acontecimento Mutação
(conceitos)
6. 1534 México Primeira tipografia das Américas imprime hojas Conceito de
volantes. jornalismo
7. 1549 Inglaterra A palavra Newes aparece pela primeira vez na Incorporação do
publicação Newes concernynge the Councell conceito de
holden at Trudent. notícia
8. 1587 Itália Acusado de ser chefe de um grupo de menanti, Retrocesso: não
Annibale Capello é condenado à forca. reconhecimento
da notícia
9. 1588 Alemanha Distribui-se nas feiras publicação com resumo Conceito de
dos acontecimentos do ano notícia
10. 1594/ Alemanha Mercúrio torna-se sinônimo de Conceito de
1600 França comunicação:Mercurius gallo-belgicus, Mercure comunicação
Portugal Galant, Mercúrio Portuguez
11. 1609 Alemanha Avisa (Avisos) e Relation (relação ou lista). Primeiras
publicações com
periodicidade da
era pós-
Gutenberg
12. 1622 Inglaterra A Current of General Newes Primeiro
semanário
13. 1650 Alemanha Einkommende Zeitungen Primeiro diário
14. 1702 Inglaterra Daily Courant: “Only news, no comments” Primeiro diário:
conceito de
jornalismo
informativo
15. 1808 Brasil Chegada da família imperial. Publicação da Conceito de
Inglaterra Gazeta do Rio de Janeiro e do Correio jornalismo
Braziliense informativo
16. 1832 França Havas: primeira agência internacional de notícias Conceito de
notícia em rede
17. 1833 Estados Benjamin H. Day propõe no New York Sun Afirmação do
Unidos jornalismo imparcial jornalismo
informativo
18 1836 Estados James Gordon Bennett publica entrevista com Primeira
Unidos dona de bordel. entrevista
19 1840 Estados O jornal New York Herald espalha Afirmação do
Unidos correspondentes na Europa conceito de
Europa repórter
20 1861 Estados Pirâmide invertida é publicada por The New York Conceito de
Unidos Times pirâmide invertida
21 1900 Brasil Gazeta de Notícias publica As religiões no Rio Conceito de
reportagem
22 1950 Brasil Pompeu de Sousa escreve manual de redação do Conceitos de lide
Diário Carioca e pirâmide
invertida
23 1977 Alemanha Lançamento do Bildschmerzeitung na tela do Conceito de
computador jornal digital
24 1993 Estados San José Mercury News: todo o conteúdo em Primeiro jornal
Unidos meio digital em rede
25 1995 Brasil Jornal do Commercio, O Estado de S. Paulo e Primeiros jornais
FolhaWeb lançam sites em rede no Brasil
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Voltando ao conceito de Sousa (2002: 13) de notícia, e tomando o cuidado para


não cair no determinismo de Lamarck, notamos que existe uma evolução gradual nos
conceitos, com a eliminação de fórmulas antigas e a absorção de novas. No capítulo dos
gêneros, por exemplo, alguns desapareceram, como foi o caso do artigo de fundo, e
outros deram origem a novos produtos, como o folhetim, do qual as novelas televisivas
seriam parentes próximos. Observamos que, enquanto o conceito de notícia como
sinônimo de “novas” (nouvelles, newes, news) aparece logo no início desta tábua de
acontecimentos, o de periodicidade foi construído aos poucos: primeiro a Acta, depois
os semanários, em seguida os diários, agora a internet – o espaço de fluxos (Patiño).
Segundo Peucer, foi a partir de 1600 que surgiram na Europa folhas com o nome da
divindade romana Mercúrio, o deus-mensageiro, patrono das comunicações: os
mercúrios, periódicos populares, misturavam fábulas com histórias reais, calcados na
“curiosidade humana” e na “busca de lucro” (apud Abreu, 2005: 179-183).
Rizzini (1988: 147-148) anotou que a carta de Américo Vespúcio a Lorenzo di
Médici, impressa em Roma em 1503, sob o título Mundus Novus, seria a primeira
notícia sobre o Brasil a aparecer no mundo e causou na época o que hoje chamaríamos
“um sucesso de livraria”. A notícia, como conceito e como idéia, demorou a chegar ao
nosso país e isso só ocorreu quase 300 anos depois de as primeiras “folhas volantes”
terem circulado no continente. Em 1587, na Itália, preso por ordem do papa Sixto V
como cabeça de um grupo de menanti (os leva-e-traz, talvez os primeiros repórteres),
Annibale Capello foi condenado à forca. A designação repórter somente surgiria, como
figura e como profissão, no século XIX, nos Estados Unidos.
O primeiro diário em língua inglesa, Daily Courant, de 1702, estabeleceu mais
um ponto de mutação do jornalismo, fazendo a diferença entre notícia e comentário,
com o slogan: “Only news, no comments” e a divisão das páginas entre reportagem e
opinião. Apesar de tudo, pelo menos até 1765, nos Estados Unidos e na Europa, o
jornalismo ainda tinha fortes traços partidários: os escritos são ensaios e cartas, nada de
“reporting” (Schudson, 1999: 43-45). Os jornais do século XVIII foram vitais para o
desenvolvimento das sociedades, para a integração das pessoas nas comunidades e para
fins comerciais. Já os do século XIX exerceram papel-chave na urbanização, quando as
cidades deixam de ser apenas walking cities e passaram a ser metrópoles modernas, com
lojas de departamentos e painéis de publicidade.
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Em 1820, com uma mentalidade comercial desenvolvida, os diários norte-


americanos começaram a contratar repórteres, competindo pela melhor cobertura. Na
Inglaterra, na década de 1830, repórteres eram chamados para cobrir o Parlamento,
enquanto os penny papers americanos enviavam jornalistas para a cobertura da polícia e
dos tribunais. Em 1832 inaugurou-se na França a primeira agência de notícias, com a
idéia de colocar os acontecimentos, pela primeira vez, em rede; já em 1833, nos Estados
Unidos, Benjamin H. Day propôs no New York Sun, um jornalismo imparcial,
desvinculando-se dos partidos políticos. Este é um ponto de mutação que marca o
critério da objetividade, com um produto econômico, vendido em números avulsos – o
que ajudava a custear a edição – e não apenas por assinatura.
Em 1836, Gordon Bennett inaugurou o gênero entrevista e marcou mais um
ponto de mutação, relacionado à afirmação da notícia como construção da realidade. A
agilidade na assimilação de novas tecnologias e a rápida absorção dos fluxos de capital,
nos Estados Unidos, contribuíram para que os jornalistas norte-americanos saíssem na
frente em muitos dos produtos informativos. A implantação do telégrafo mudou a
maneira como as notícias eram transmitidas: antes, elas iam a cavalo, de navio, de trem;
depois, passaram a ser comunicadas pelo ar. Em fins de 1850 já se notavam esforços
para mudar os textos, num esforço por resumi-los. A primeira pirâmide invertida foi
publicada por The New York Times em 1861, num ponto de mutação definitivo para o
estilo das notícias, no mundo ocidental.
O embarque da família real portuguesa em direção aos trópicos, a 27 de
novembro de 1807, foi um marco: “uma nova impressora, recém-chegada de Londres,
foi despachada para o comboio, ainda em sua embalagem original” (Wilcken, 2005: 38)
e chegou ao Rio de Janeiro, numa viagem cheia de percalços, na fragata Medusa. A 31
de maio do mesmo ano, um ato do regente inaugurou a Impressão Régia, com dois
prelos, dando início à primeira etapa da construção de um conceito de notícia em terras
brasileiras. A gráfica iniciou a publicação, em setembro, do jornal oficial Gazeta do Rio
de Janeiro (Sodré, 1966: 23). Entretanto, Hipólito José da Costa, com o Correio
Braziliense, foi quem lançou as bases do jornalismo informativo (embora ainda com
muita opinião) no território nacional, num ponto de mutação importante para o país.
Em 1900, João Paulo Alberto Coelho Barreto, sob o pseudônimo de João do Rio,
publicou na Gazeta de Notícias a série “As religiões no Rio”, ponto de mutação da
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reportagem na imprensa brasileira. Em 1943, o jornalista Pompeu de Souza (1992)


trouxe ao Brasil o lead e a pirâmide. O movimento para colocar jornais na rede teve
origem nos anos 1970. Em 1977, na Alemanha, o primeiro “teleperiódico”, o
Bildschirmzeitung, fez seu lançamento na Exposição Eletrônica de Berlim. Em 1993,
um jornal colocou todo o seu conteúdo em meio digital – o San José Mercury News. No
Brasil, o ponto de mutação digital aconteceu em 1995, quando a Agência Estado
entrou no ar com os conteúdos do jornal O Estado de S. Paulo. Entretanto, o primeiro
periódico brasileiro em tempo real é o Jornal do Brasil. A ele se seguem: O Estado de
S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Estado de Minas, Zero Hora, Diário de
Pernambuco, Diário do Nordeste (Jorge, 2004).
Na Tabela 2 podemos ver uma comparação das fases históricas da notícia com
as categorias de mutação das ciências biológicas. A notícia começou por via oral e isso
estaria no genoma do relato jornalístico. Uma primeira mutação gênica teria sido, por
exemplo, quando a notícia foi transmitida por tambores ou sinais de fumaça. Tudo
parece fazer crer que, a cada mudança de suporte ocorre uma nova mutação gênica: no
suporte físico, pela primeira vez, os fatos tiveram memória e documentação. Agora,
com o suporte digital, as alterações incidem sobre a forma de captar e apresentar as
informações, influindo na maneira como as notícias são transmitidas de geração a
geração. Na verdade, a notícia nunca será como antes, pois agrega imagem e som;
apesar disso, os genes da notícia – os fatos –, não mudaram: eles apenas reagem ao
contexto global de digitalização e são capazes de gerar novas tendências.
A narrativa impressa, de início, possuía caráter opinativo; foi necessário
promover uma quebra (ou supressão de características) para separar notícia de
comentário. Os gêneros próprios do jornalismo se desenvolveram, donde uma etapa
somática. A pirâmide como modelo de texto, que veio contribuir na valorização do
produto jornalístico e organizar a edição, seria uma mutação pontual.
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Tabela 2 – Mutações da notícia


Tipo de mutação histórica Característica “genética” Resultado
mutação gênica Alteração de base que ocorre dentro da seqüência que Notícia falada
carrega a informação genética (gene). Genes criam
campos de tendências, que reagem ao contexto

mutação somática Alteração restrita, visível, pode ser transmitida aos Gêneros jornalísticos
descendentes e provocar outros tipos de
desenvolvimento

mutação supressora Determina a supressão de uma característica. Às Notícia x comentário


vezes a existência de um gene só é notada quando ele
muda ou desaparece

mutação pontual Incide sobre o código do sistema, causando mudanças Pirâmide invertida
de âmbito restrito

Para testar nossa hipótese principal sobre a mutação da notícia, a trazemos ao


presente, onde ela pode ser melhor examinada. Assim como as mutações acontecem
espontaneamente na natureza e são resultado de um processo de milênios – podendo
também ser induzidas.Tal como ocorrem alterações no estado dos seres vivos, a notícia
hoje: (a) muda do estado “sólido” (físico) para o estado virtual; (b) em termos de
composição, agrega novos produtos, como as ciberentrevistas e os flashes; (c) quanto às
propriedades, não tem mais as tintas do papel, mas as cores da tela eletrônica; não pode
mais ser manuseada, deve ser apenas vista, ouvida ou assistida; e (d) há uma mudança
na energia, quando a capacidade de fazer o trabalho, pelos jornalistas, passa a ser
pressionada pela velocidade. Se não fossem as mutações, a notícia não seria o que é
atualmente.
Considerações finais
Um dos principais cuidados na articulação do conceito de mutação é quanto à
sua operacionalização, ou melhor, a possibilidade de comprovação das hipóteses no
meio ambiente do jornalismo. Qual o critério ou padrão para se identificar uma mutação
na notícia? O principal critério é o da ruptura, com repercussões no ambiente e na
recepção. Aqui mostramos a mutação em seu processo histórico, mas muitas outras
formas de identificação das mutações podem ser apontadas no estudo das características
das notícias, com vistas à sua classificação, tipificação e colocação em grupos. Por
enquanto, a mutação é uma metáfora, construção simbólica, conceito transplantado das
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ciências biológicas que procura responder ao anseio de explicar a história das mudanças
no Jornalismo.
A identificação de uma mutação deve ser expressa pela leitura de suas
manifestações na mídia e estará balizada pelo comportamento deste ser vivo em
correlação com os produtores-jornalistas e o contexto em que se apresentam, além do
fator público. No momento, o ambiente ideal para se estudar a mutação no jornalismo é
o ciberespaço – os portais noticiosos, com vários tipos de produção informativa, vídeos,
áudios, infográficos e ciberentrevistas, os blogs e chats e as comunidades informativas.
O conceito de mutação não é um conceito fechado. Tampouco ignora as
dimensões do processo político e de constituição do contexto dos mídia. O que
pretendemos foi: a) esclarecer, jogar um pouco de luz sobre o terreno onde as mudanças
se processam; b) concentrar, numa mesma moldura teórica, várias sugestões,
observações e intuições relacionadas às alterações no jornalismo; e c) oferecer uma
possível interpretação para o panorama de mudanças. Todavia, se pode haver
controvérsias sobre o(s) processo(s) de câmbio no jornalismo, parece não pairar
nenhuma dúvida a respeito da existência e concretude dessa realidade.
A freqüência com que os termos mutação e mutações vêm sendo tratados, em
estudos teóricos ou trabalhos leigos, demonstram que existe unanimidade quanto ao
cenário de transformações provocadas pela internet. Mas isso requer ainda atenção para
que muitos aspectos deixem de ser misteriosos e intangíveis. Infelizmente, por falta de
espaço, não podemos alinhar aqui todos os conceitos correspondentes a cada etapa de
mutação, registrados na Tabela 1. Uma mutação é melhor observada quando tomamos
distância dela. No presente momento, em que o novo suporte tecnológico nos faz
imaginar uma mutação gênica na notícia, a única coisa que podemos afirmar é que
estamos em meio a um processo e todos nós somos cobaias.

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