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Faculdade Católica de Fortaleza – FCF

Aluno do Curso de Bacharelado em Teologia


Disciplina de Teologia: Ecumenismo
Profº Francisco de Aquino Júnior
Francisco de Assis N. da Silva

TRABALHO DE ECUMENISMO E DIÁLOGO INTERRELIGIOSO


IGREJA EM DIÁLOGO (COLEÇÃO: TEOLOGIA DO PAPA FRANCISCO)
O DIÁLOGO ECUMÊNICO

Elias Wolff, no presente texto, O diálogo ecumênico, reflete a retomada do diálogo


ecumênico do Vaticano II no contexto atual, mundo, sociedade, a partir do pontificado
do Papa Francisco que aprofunda e amplia a visão trazida pelo concílio. Ele põe em
destaque três pontos fundamentais no debate ecumênico atual, a saber, a eclesialidade
das igrejas, a hierarquia das verdades reveladas e a intensificação do reconhecimento
das outras igrejas, com especial atenção às igrejas (comunidades evangélicas) advindas
da Reforma.
De início o texto situa a Igreja no contexto do mundo moderno, em que a Igreja se dá
por conta que não é a única voz ou guia espiritual da sociedade. Sociedade essa,
religiosamente pluralista a versa à exclusividades. Por isso, provocativa ao mesmo
tempo que possibilita convívio, diálogo e cooperação. No entanto, as igrejas se mostram
reticentes e indispostas a uma interação por aquilo que as diferenciam: seus credos.
A partir dessa realidade constatada da sociedade plurirreligiosa, Elias, aponta a
retomada do Vaticano II, como uma re-recepção do espírito do concílio sob o influxo
criativo do pontificado de Francisco. A pluralidade é, para Francisco oportunidade de
reflexão profunda interna na Igreja e uma possibilidade criativa de ampliar o alcance
ecumênico da participação da Igreja na ação do Espírito suscitado entre as Igrejas
(Católica e Ortodoxa) e as comunidades evangélicas oriundas da Reforma. Fica patente
o protagonismo e o magistério de Francisco no tocante a essa re-recepção do Vaticano
II, a partir da realidade da sociedade atual; faz-se especial menção, nesse texto, os
documentos UR e EG.
Na visão e ensino ecumênico de Francisco, a Igreja deve abrir-se sem medos ao agir
inspirado do Espírito entre as igrejas que têm a koinonia trinitária como paradigma de
relação de iguais. E juntas as Igrejas realizam historicamente a ekklesia tou theou,
enquanto com-vivem e peregrinam.
Para alcançar tal fim, a Igreja precisa aprofundar sua reflexão interna no que diz respeito
às suas doutrinas, entendendo que o depósito da fé é antes de tudo um bem que se
conserva enquanto se destina a nutrir o depósito da vida da Igreja e dos fiéis. Por outro
lado, a reflexão em perspectiva externa aponta para o acolhimento das outras igrejas
naquilo que as enriquecem e as diferenciam de modo que essas riquezas ilumine as da
Igreja mesma. Colaborar de forma ecumênica, nesse sentido, é re-ler o concílio a partir
do diálogo respeitoso. É tomar o concílio da Igreja não como ponto de chegada, mas de
partida. Com isso ganha a fé cristã; onde foca menos em barreiras e mais em pontos de
contato e de convergência entre as Igrejas. Portanto, esse acolhimento e colaboração é
decisivo para ser cristão e ser Igreja no contexto atual.
O diálogo ecumênico respeitoso é, na verdade, o esforço de Francisco, na óptica de Elias.
Isso fica caracterizado pelo fato de se ir além do Vaticano II sem com tudo negá-lo. Pôr-
se em diálogo e reconhecer na vivência das diferentes igrejas os elementos evangélicos
que lhes dão identidade e eclesialidade. Logo, a eclesialidade não é algo que se atribui
a outros a partir de si, mas que se reconhece na vivência do outro, a expressão da
Verdade revelada e da multiforme ação salvífica do Espírito. Isso se traduz nas diferentes
maneiras em que as diferentes tradições eclesiais expressão a verdade da fé. Daí, o texto
ressaltar a não ingerência ou não exigências às diferentes tradições eclesiais para que
mudem aquilo que lhes configuram e as constituem enquanto tais. O que há de
essencial não se pode mudar por pretexto de comunhão, desde que essas verdades de
fé e elementos eclesiais provenham do núcleo da fé comum. Nesse sentido, as igrejas
devem trabalhar no seu interior para ao final terem a possibilidade de reformular a fé
comum. Elias, faz transparecer no ensino de Francisco um grande projeto ecumênico no
qual não só a re-recepção do Vaticano II torna-se mais fecunda, mas também o próprio
patrimônio de toda tradição cristã pode em fim ser compartilhado. Ou seja, é uma re-
apropriação da tradição cristã que deve ser entendida como um instrumento teológico
e canônico para as diferentes igrejas que se fazem uma na Igreja.
No aprofundamento dessa visão ecumênica trazida por Francisco, Elias destaca quatro
pontos de estudo sobre a leitura quantitativa e qualitativa dos elementos de igreja, os
quais apontam para (1) a necessidade de se verificar a compreensão acerca da origem
da igreja em Cristo; (2) o que o Vaticano II ensina sobre a Igreja Católica, na qual a Igreja
de Cristo subsiste; (3) a verificação de que há graus de perfeição eclesial em relação à
tradição católica; e (4), o reconhecimento que se deve ter do caráter eclesial de outras
igrejas. A direção do ensino de Francisco, por sua vez, possui três pilares fundamentais
para que se chega à compreensão e à prática do ecumenismo: o reconhecimento da
verdade do outro; reconhecer o que de bom há no outro e beneficia a Igreja (Católica);
e na aceitação das diferentes formas de ser Igreja de Cristo que a com-vivência
ecumênica impõe.
Por fim, Elias Wolff, assinala mais um ponto fundamental no ensino ecumênico de
Francisco advindo do Vaticano II: o princípio da hierarquia das verdades. Segundo
Francisco, todas as verdades procedem da mesma fonte divina. E são aceitas na fé. O
núcleo da fé cristã reside na aceitação e no acolhimento do Belo amor salvífico de Deus
manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado. No diálogo ecumênico e para que se
dê a comunhão das igrejas em variados graus, leva-se em conta o vínculo imediato
efetivo de cada comunidade cristã com a verdade central e nuclear da fé. Nisso reside a
fidelidade de cada tradição de fé/igreja frente à verdade de Cristo e sua vontade
conforme se espelha em sua organização e doutrina. Por fim, reforça-se e intensifica-se
a busca do reconhecimento do outro enquanto igreja. Porque o reconhecimento da
eclesialidade das diferentes tradições cristãs é o centro do debate atual da unidade e
unicidade da Igreja de Cristo. Nisto centra-se o esforço do Papa Francisco: o pleno
reconhecimento da eclesialidade das comunidades evangélicas provenientes da
Reforma, posto que a eclesialidade da própria Igreja Católica e da Ortodoxa é ponto
pacífico.
CONSIDERAÇÕES
A reflexão trazida por Elias Wolff, a partir do ensino e da prática do Papa Francisco
concernente ao diálogo ecumênico, é bastante esclarecedor sobre o tema, além do que
provê uma fundamentação teológica e magisterial consistente e atual. Fica muito
evidente que o caminho para um ecumenismo passa pela autorreflexão no interior de
cada igreja das diferentes tradições, e pela abertura-acolhimento das outras tradições
cristãs, pondo o foco no núcleo da fé comum: o amor do Pai. E que, a pluralidade de
igrejas constituem a multiface da única Igreja de Cristo peregrina, animada pelo único
Espírito para ser testemunha do Evangelho.

Obra de referência
WOLFF, ELIAS. O diálogo Ecumênico. In: TEOLOGIA DO PAPA FRANCISCO. Igreja em
Diálogo. São Paulo: Paulinas, 2018. P. 51-72.

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