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CLACSO - Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales

Seminário de Políticas Públicas e Justiça de Gênero


Trabalho final: Análise de uma política publica.
Tereza Meirelles, Agosto/2017

Política de Atendimento
Mães em Cárcere

1. Introdução
1.1 Política
Mães em Cárcere é a Política Institucional de Atendimento da
Defensoria Pública de São Paulo para as mulheres que estão presas e sejam
mães ou estejam grávidas.

1.2 Justificativa
Há um interesse pessoal no tema, trabalho diretamente na área desde
2016, na ala Materno-Infantil da Penitenciária Feminina da Capital.
Comparativamente é possível dizer que é uma das alas que recebe maior
cuidado e atenção, e ainda assim sofre de grande carência (de respeito e)
políticas publicas.
O abandono é apenas pela família e pela sociedade, mas também, e
principalmente: pelo estado. No trabalho que realizamos escutamos diversas
vezes as queixas que "ninguém garante a nossa segurança", "em polícia
[termo que usam para qualquer pessoa que trabalhe na penitenciária] não da
pra confiar", "ninguém esta pela gente aqui". É estarrecedor que os
sentimentos mais comuns entre as mulheres sejam de solidão e
desconfiança.
Mães em Cárcere além de visar o cuidado interdisciplinar das
mulheres e de seus filhos, também colabora muito para a geração de
informação. No sistema prisional acesso a dados é um dos grandes
empecilho de trabalhos. Se trata de uma política de extrema relevância e
importância social, que visa justamente trabalhar com a parcela população
feminina que mais sofre exclusão social e a não garantia de direitos.
1.3 Resumo
Mães em Cárcere é a política de atendimento da Defensoria Pública
de São Paulo (DPESP) para as mulheres que estão presas que estejam
grávidas ou sejam mães ou de filhos com até 17 anos, ou que possua alguma
deficiência física ou intelectual. Uma das principais ações que a Defensoria
faz pela política “Mães em Cárcere” é o pedido de prisão domiciliar. Mas há
várias outras ações realizadas nesse trabalho, por exemplo: pedido de
realização de pré-natal para as grávidas que não estiverem fazendo; busca
para identificar onde está a criança que foi abrigada e como está a situação
dela; extensão do período de amamentação; fazer defesa em casos de perda
do poder familiar; requerer que o abrigo leve a criança para visitar a mãe,
entre outras.
A Defensoria tem um acordo com a Secretaria de Administração
Penitenciária (SAP) e quando as mulheres entram nos presídios elas
preenchem uma ficha da Defensoria que diz respeito a quantos filhos têm, se
está grávida ou não, com quem os filhos estão etc. Dessa ficha é feita uma
triagem desses casos e tenta-se, por exemplo, a prisão domiciliar para
mulheres que já estejam no sétimo mês de gravidez ou que sejam
imprescindíveis aos cuidados de menores de seis anos. Nesses casos, a
pessoa tem direito à substituição da prisão preventiva pela domiciliar.
Esse formulário consiste na principal porta de entrada ao Mães em
Cárcere e a principal fonte de dados para fortalecer a política. Importante
ressaltar que o projeto entende que a maternidade é uma opção e um direito,
mas não é um dever.

Site oficial da Defensoria de SP, com acesso ao link da Deliberação CSDP nº


291, de 14/02/2014:
https://www.defensoria.sp.def.br/dpesp/Default.aspx?idPagina=5935

2. Análise
2.1 Aplicação da matriz
A) Identificação e definição dos problemas públicos
i) Contexto
Quando uma nova legislação de drogas entrou em vigor no país em
2006 o crescimento da população feminina carcerária disparou -como é
possível ver no gráfico abaixo - chamando atenção das principais
organizações que trabalham com o tema.

*dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, 2014

A política de atendimento Mães em Cárcere foi construído


conjuntamente a partir do ano de 2011, quando a Pastoral Carcerária
Nacional, com apoio da Ouvidoria da Defensoria Pública do Estado de São
Paulo, iniciou os diálogos com os Núcleos Especializados da Infância e
Juventude, de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher e de Situação
Carcerária.
Em agosto de 2011, como fruto desse diálogo e dessas primeiras
interlocuções a respeito do tema, a Defensoria Pública do Estado de São
Paulo, o Tribunal de Justiça do Estado e a Pastoral Carcerária realizaram o
Seminário Mães do Cárcere: Construindo Caminhos para a Garantia da
Convivência Familiar de Mulheres e Crianças. O evento resultou na produção
do documento, denominado Carta de São Paulo, no qual constam diretrizes
para atuação dos diferentes setores do Poder Público envolvidos, entre os
quais a Defensoria Pública, que elaborou uma Cartilha sobre o tema e se
comprometeu com o aprimoramento de sua política de atendimento às
mulheres presas.
A construção dessa política teve início ao se reconhecerem demandas
específicas na questão das mulheres presas que eram mães. Essa
percepção se deu por múltiplas fontes, como por exemplo: pesquisa realizada
pelo mutirão “Mulheres Encarceradas”, feito pela Defensoria Pública em 2011
(78% das mulheres presas tinham filhos, destas 72% não recebiam a visita
dos filhos); Seminário Mães do Cárcere realizado pela Defensoria Pública,
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Pastoral Carcerária, em 2011;
e através de diálogos com a Sociedade Civil.

ii) Identificação do (grande) problema


O Brasil tem uma das maiores população carcerária do mundo, atrás
apenas dos E.U.A., China e Rússia. Observa-se que segue prevalecendo a
punição antecipada: cerca de 43% da população prisional brasileira ainda
não tem condenação definitiva, ou seja, juridicamente inocente. E ao caráter
massivo do encarceramento no Brasil soma-se o caráter seletivo do sistema
penal, expresso na discriminação de bens protegidos e de pessoas
alvejadas. Representado nos gráficos abaixo, observa-se que as mulheres
submetidas ao sistema prisional têm em sua maioria um perfil, são pessoas:
jovens, pobres, periféricas e pretas. Apesar das centenas de tipos penais
constantes da legislação, cerca de 86% da população feminina prisional está
presa por crimes contra o patrimônio (e congêneres) ou pequeno tráfico de
drogas. .
Segundo o relatório da defensoria, em dezembro de 2016 havia
12.768 presas no Estado de São Paulo, entre essas 2.722 disseram ser
mães, somando a quantidade de 6.108 filhos e filhas. Foram dezesseis
unidades prisionais que enviaram formulários do “Mães em Cárcere” ao longo
do ano. Esse dados foram usados para gerar a tabela abaixo, onde pode-se
ver a quantidade de crianças que possivelmente ficam desassistidas quando
a mãe é presa; ou sobrecarregaram a avó materna, como vemos no segundo
gráfico.
A lei de execução penal fala que o período mínimo para o bebê ficar
com a mãe é de seis meses. O Estado entende o período mínimo como
máximo. Em poucos casos os bebês ficam mais tempo com as mães e
geralmente no caso da presa não ter alguém para ficar com a criança, ou, em
raros casos, o pedido de "extensão de amamentação" é acatado.
As mães, como vemos nos gráficos (2014) abaixo, além de terem um
perfil especifico, são presas em sua massiva maioria pelo que a "justiça"
chama de tráfico.
Para concluir, a última tabela referente a dados de 2016. Das 6.108
crianças, 33 foram adotadas e outras 232 mulheres disseram ter filhos em
abrigos. Além disso, 64 falaram não saber onde estavam seus filhos, 201
relataram que pessoas sem vínculo familiar cuidavam deles e 164 disseram
que as crianças estavam em outras situações (o que significa que não
estavam em abrigos nem com parentes). Segundo a Defensoria, esses dados
indicam que cerca de 7% dos filhos de presas estão em situação de
mendicância e/ou sem nenhum responsável por eles.
Em suma, um desastre social produzido e sustentando pelo judiciário e
pela cultura vigente. É possível supor que se não houvesse Mães em
Cárcere teríamos mais crianças desassistidas e (ainda) mais mulheres
encarceradas.
iii) Identificação de injustiça de gênero
Cerca de 95% das mulheres encarceradas no Brasil já sofreram algum
tipo de violência dentro da prisões, seja física, psicológica e/ou institucional.
Do total de mulheres presas, 68% têm entre 18 e 34 anos, 68% são negras,
68% são analfabetas ou com ensino fundamental incompleto e 57% são
mães solteiras, caracterizando uma população em alta vulnerabilidade. De
2007 a 2014, o número de mulheres presas no Brasil subiu em mais de
560%. Tais dados ressaltam ainda mais a importância de políticas públicas
para mulheres nessa área. Importante lembrar que a população carcerária
masculina não sofre o mesmo crescimento nesse período, menos de 200%, o
que já se trata de uma quantidade alta.
Como vimos nos itens anteriores, o recrudescimento da população
prisional feminina deriva, em larga escala, da assunção por centenas de
mulheres de postos de trabalhos precários e perigosos na cadeia de
comercialização de psicotrópicos, tornando-as principal alvo da - falaciosa -
guerra às drogas. Isso desde que a nova - mas antiga ideologicamente - lei
de tráfico de drogas entrou em vigor em 2006.
As mulheres aguardam suas sentenças privadas não apenas de
liberdade mas também de direitos. Observa-se que as com mais recursos
(financeiros, sociais...) não estão na mesma situação de abandono jurídico e
social. Vale mencionar, mesmo sem ter os dados, que a quantidade de visitas
que as mulheres recebem é muito inferior a dos homens.
Entre os homens não há o dado de quantos são pais (o que é um
dado!); mas entre as presas, muitas são mães e levando em conta o cenário
nacional onde a maioria das mulheres são as chefes de família; é de se
imaginar que quando o eixo organizador da casa se ausenta gera muitas
outras questões, desorganizando profundamente toda a família.
Os filhos às vezes estão sobre a tutela dos pais, mas o mais comum é
que estejam com as mães ou irmãs; ou em outros casos que tenham sido
retirados pelo conselho tutelar, o que denomina-se de destituição de poder
familiar. Ou seja, a realidade dessas mulheres não diz apenas delas, mas
também da realidade de tantas outras mulheres que tem que se reorganizar
para cuidar das crianças, levar o jumbo (mantimentos que a família leva para
prisão), etc. E de tantos(as) filhas(os) que carregarão na história essa
violência estatal.
Essas mulheres não recebem recursos, não tem reconhecimento e
pouca representação. Elas estão à margem - além da margem - de qualquer
noção que pudéssemos ter de justiça. O estado não apenas não garante
direitos e políticas à elas como ainda às ameaça.

B) Formulação e desenho
i) Objetivo da política
Os principais objetivos da política em questão são: garantir o acesso a
justiça; garantir o exercício da maternidade; assegurar os direitos tanto da
mãe quanto da criança que se encontram no ambiente prisional; preservar ou
restabelecer o vínculo familiar, incentivando o contato entre mães e filhas(os);
estreitar o contato da Defensoria Pública com a mãe que está presa;
incentivar a atuação interdisciplinar e intersetorial, por exemplo entre as
áreas e entidades de Direito, Serviço Social e Psicologia, Defensoria, Saúde,
Assistência, Conselho Tutelar, etc.

ii) Marco jurídico


Em nível internacional há as Regras de Bangkok, Regras Mínimas da
ONU para o Tratamento de Mulheres Presas, traduzidas para o português
pela Pastoral Carcerária e o Instituto Terra Trabalho e Campo (I.T.T.C.). A já
mencionada Carta de São Paulo foi outro importante marco em nível
estadual. Mães em Cárcere, especificamente, é garantida e definida pela
Deliberação CSDP nº 291, de 14/02/2014 e pelo Termo de Cooperação
n.02/2016 (processo 9067/2015) assinado pela defensoria e pela SAP.
Outro marco relevante em nível federal é a Política Nacional de
Atenção às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do
Sistema Prisional, vigente no Brasil desde 2014 e gerida pela Secretaria de
Políticas para as Mulheres e pelo Departamento Penitenciário Nacional. A
política prevê, principalmente, reformular as práticas do sistema prisional
brasileiro, contribuindo para a garantia dos direitos das mulheres, nacionais e
estrangeiras, e a humanização no tratamento das presas.
Entre outros dispositivos jurídicos: LEP (Lei de Execução Penal); CPP
(Código de Processo Penal); Decreto Presidencial no 8.172 de 14 de
dezembro de 2013 (Indulto); Constituição Federal, no artigo 227; Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA); Estatuto da Primeira Infância Lei 13.257/16,
Marco Legal da Primeira Infância, que alterou o artigo 318 do Código de
Processo Penal, para garantir prisão domiciliar nos casos de mulheres
gestantes e para aquelas com filho de até 12 anos e também trouxe
alterações no ECA e na CLT; Resolução Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciário 4 de 15/07/2009.

iii) Marco político-social


A política de atendimento Mães em Cárcere foi construída
conjuntamente pela Pastoral Carcerária Nacional e a Defensoria Pública do
Estado de São Paulo, e trabalharam conjuntamente aos Núcleos
Especializados da Infância e Juventude, de Promoção e Defesa dos Direitos
da Mulher e de Situação Carcerária.
Vale mencionar que certa - e errada - parcela da população não
aprova essa política, entendendo que garantir direitos humanos às pessoas
presas seria equivalente "defender bandido". Esse discurso raso, intolerante
e desumano ganha uma força preocupante nos últimos tempos.

C) Implementação
i) Descrição geral
A política conta com uma assessoria técnica de gestão informacional
chamada Convive, que é responsável pelo: recebimento de
casos; articulação junto as unidades prisionais femininas de São Paulo;
desenvolvimento de planilha para registro dos casos recebidos; elaboração
de apostila, treinamento e auxílio na inserção de dados; cadastro dos casos;
identificação do fórum que tramita o processo (Criminal, VEC, Infância ou
Família); triagem dos casos; levantamento de informações mais detalhadas
com aplicação do formulário expandido, se necessário; encaminhamento dos
casos aos(às) Defensores(as) responsáveis pelo processo de sua área;
articulação junto aos(às) Defensores(as) e Agentes de Defensoria para o
acompanhamento do caso; recebimento da devolutiva de atendimento;
sistematização e levantamento dos dados.
Infelizmente o recebimento da devolutiva do atendimento não é algo
que acontece; principalmente pela alta quantidade de casos que são
atendidos e baixa quantidade e defensoras (es), essa hipótese foi realizada
pelas trabalhadoras da Defensoria.
A porta de entrada para o Mães em Cárcere é principalmente pelas
Unidades Prisionais, onde ocorre o preenchimento do formulário inicial
(Fundação Casa e Cadeias Públicas ainda em processo de implantação).
Além disso o programa conta com as visitas de Defensores nas unidades
prisionais; atendimentos pela Divisão de Apoio ao Atendimento do Preso
Provisório (DAP) ao preso provisório (CDPs); visitas de organizações da
sociedade civil (ITTC, Pastoral Carcerária); Cartas de mulheres presas
enviadas para a DPESP
.
ii) Transversalidade
Essa política tem como base o cuidado transversal das mulheres e
crianças, está na sua criação a intenção declarada de incentivar a atuação
interdisciplinar e intersetorial de diversas áreas. Por se tratar de um tema que
exige que o Direito procure o Serviço Social, que aciona por sua vez a
Psicologia, etc. Assim como a própria Defensoria, mais especificamente os
C.A.M. (Centro de Atendimento Multidisciplinar), trabalham todo o tempo em
parceria com os equipamentos de saúde e os da assistência social, Conselho
Tutelar, etc.
Importante ressaltar que todavia falta bastante articulação entre as
partes. Na prática observa-se, por exemplo, que o Convive faz a triagem dos
casos, prepara e encaminha para as(os) defensoras(es), que por sua vez
encaminham seja para a primeira instancia, para o TJ, onde -por fim- há um
número grande de indeferimentos.
Além disso a relação do Convive com o Conselho Tutelar, por
exemplo, não é direta; acontece por entremeio dos CAMs da região do
processo, o que também termina por facilitar para que os casos não sejam
acompanhados em sua proximidade e complexidade como deveriam.
iii) Relação entre o sistema político, o sistema administrativo e a
sociedade civil
Como mencionado acima, é nesse item que encontramos um dos
grande desafio da política. Vemos que os pedidos são realizados porém
indeferidos. Na área judicial 56% dos pedidos foram indeferidos, como vemos
nos gráficos abaixo:

Esses dados evidenciam como a justiça de gênero ainda se encontra


pouco reconhecida e fortalecida. Há mulheres que ao longo da maternagem
entram com dois, três , quatro pedidos para a justiça. Em outras políticas é
possível observar a mesma dinâmica: no papel está uma ótima lei que na
prática não é seguida.
O que fazer - além de leis - para garantir que a lei seja seguida por
aqueles que tem a função de seguir a lei? Em relação ao Mães em Cárcere
pode-se acompanhar o fortalecimento de pressão pública nos casos,
tentativa de aumentar a visibilidade da mídia para a questão, e outras ações
como essas que visam a longo prazo: mudanças culturais.

iv) Informação e difusão


A maior fonte de informação, como é possível verificar nesse trabalho,
são os relatórios com dados que a Defensoria produz e disponibiliza em seu
site público. Além disso, outras organizações como o I.T.T.C. e a Pastoral
Carcerária também fazem um forte trabalho de divulgar o andamento das
políticas voltadas à população carcerária.
Em março desse ano o "Mães do Cárcere" apareceu com mais
freqüência nas mídias quando o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal
Federal, decidiu substituir a prisão preventiva da Adriana Ancelmo (mulher do
ex-governador Sérgio Cabral), pela prisão domiciliar. Podia-se ver diversas
matérias abordando o tema com títulos como " Assim como mulher de
Cabral, milhares de presas poderiam estar fora da cadeia ". Na penitenciária
esse momento gerou muita euforia por parte das presas, que tiveram uma
esperança de conseguirem proteção pelo mesmo caminho. Porém, aos
poucos, pode-se acompanhar a grande maioria dos pedidos
negados. Importante relatar que depois de um mês o ministério público
federal voltou atrás, a Adriana Ancelmo voltou para a prisão para aguardar
julgamento.

v) Sustentabilidade
O projeto em questão está incluído no orçamento geral da Defensoria
Pública do Estado de São Paulo, ou seja, financiado pelo governo do estado.
Nesse sentido o projeto está garantido, entretanto, após acompanhar o
desmonte de dezenas de políticas públicas consolidadas na cidade, é
sensato se preocupar também com o destino dessa. Ou ainda, considerando
que o financiamento à Defensoria não sofra alterações, existe o que
acompanhamos em muitos casos: um boicote lento aos serviços, deixando-
os com equipes mínimas, sobrecarregados, até que sejam fechados por
improdutividade.

vi) Desenvolvimento de competências, capacidades e habilidades


Em relação a formação de competências em analises de gênero para
os funcionários públicos não foi possível encontrar nenhuma informação
específica na internet - o que se torna um dado a ser analisado.
Em telefonema (no dia 10/agosto/2017) com Lidia, trabalhadora do
Mães em Cárcere, ela confirmou que não há esse trabalho de formação. Lidia
é formada em administração, e junto a advogada Michele, são as principais
responsáveis pelo Convive, ou seja, pela execução do Mães em Cárcere.
Levando em conta as cartilhas que a Defensoria já produziu, os
relatórios com os dados coletados e somando a isso a obrigatoriedade por
parte dos funcionários da SAP de preencher a ficha nas unidades, seria
possível ver esse conjunto de ações como uma forma de formar
indiretamente os trabalhadores. No mínimo garantiria que esse tema fosse
tratado ao menos uma vez nas penitenciárias.
Entretanto, no mesmo telefonema mencionado acima, Lídia relatou
que analisando os formulários conclui-se que são as próprias detentas que os
preenchem, diferente da orientação que é passada às unidades. Por
exemplo, há um item em relação a definição de raça e muitos formulários são
entregues com uma outra opção escrita à mão abaixo das oficias "sou negra,
não preta", isto é: em primeira pessoa. Isso sem entrar na discussão racial
explicita dessa colocação. Além disso, muitas informações não são
preenchidas corretamente, o que prejudica o trabalho e demonstra descaso
(desinformação?) por parte das agentes penitenciárias.
Quanto a isso, no Termo de Cooperação n.02/2016 (processo
9067/2015) assinado pela defensoria e pela SAP não tem nenhum item
referente a isso, contam apenas a orientação verbal dada pela Defensoria às
unidades. A orientação é de que quem deve preencher esse formulário é
alguém da área da assistência social, psicologia ou estagiárias da unidade. O
que igualmente não é ideal, dado que conta com a formação anterior dessas
profissionais ao invés de buscar formá-los e sensibilizá-los para o tema afim
de garantir uma melhor qualidade de trabalho. É importante que se dê mais
atenção a esse tema, porque esses formulários, além de gerarem os dados,
são a porta de entrada para muitas das mulheres atendidas pela política.

D) Avaliação, controle e vigilância


i) Monitoramento
O órgão oficial para o monitoramento do Mães em Cárcere é Ouvidoria
da Defensoria, mas sabe-se que recebem poucas cobranças por parte das
mulheres, ou seja, não tem funcionado com essa função. A hipótese das
trabalhadoras do Convive é de que as presas ficam receosas de reclamar e
perderem o apoio da Política; o que evidencia o caráter imaturo e punitivista
em que a nossa justiça opera.
Além da Ouvidoria, a Pastoral e o I.T.T.C. fazem a visita as unidades
regularmente. A sociedade civil poderia acompanhar a política através dos
relatórios da Defensoria. Mas de maneira geral ainda observamos uma
despreocupação em monitorar e garantir direitos para essa população, como
se não fossem merecedoras.
Mudar a cultura de um país, que é construída e reforçadas todos os
dias pela mídia - "Datena" e dezenas de programas genéricos similares - é
uma batalha infindável que há de ter fim.

ii) Produção de informação e difusão


Os principais meios de difusão de informações são os artigos da
Pastoral e do I.T.T.C., junto aos relatórios da Defensoria que são públicos e
estão disponíveis online. Além disso, há matérias veiculadas por jornais
padrões, como o R7, ou mídias alternativas, como o Nexo. Pode-se observar
que o tema "presídio" gera certo fascínio e interesse da população, mas que
infelizmente não se converte em cuidado e luta pelos direitos básicos.

iii) Resultados e avanços na justiça para as mulheres


Em 2013, Mães e Cárcere conseguiu prisão domiciliar de quase 40%
das mulheres e isso cresce para quase 60% em 2014, não foi possível
encontrar o mesmo dado de 2016. Dessa maneira o projeto consegue evitar
que a mãe perca o filho e que tenha a pena perpétua de ter o filho tirado para
sempre - pela destituição do poder familiar. São avanços muito significativos.
Outra grande (e bela) mudança que foi possível observar na prática do
trabalho é que nas unidades escutamos das mulheres as reivindicações
pelos seus direitos; pode-se dizer que estão mais conscientes e se
reconhecem como merecedoras.
Esses avanços mostram importantes crescimentos dos direitos das
mulheres que colaboram para a diminuição da desigualdade de gênero.
Ainda há muito a ser feito, mas há que reconhecer os avanços.
iv) Avanços em justiça para as mulheres
Essa política alcança todas as mulheres em privação de liberdade e
mães no estado de São Paulo, com exceção de algumas unidades que a
consolidação da parceria ainda está em andamento. Em termos gerais ela
busca avançar em relação a garantir a autonomia física das mulheres,
trabalha com o empoderamento para que elas se tornem cada vez mais
conscientes dos seus direitos. Através dos dados e dos relatos das
trabalhadoras, verificamos que a política vem avançando com êxito nesse
sentido.

v) Elementos para continuação


Para a continuação do programa seria importante ampliar a ação e
para isso seria necessário ter um defensor que trabalhe fixo no Mães e
Cárcere. Da maneira como acontece hoje, o Convive encaminha os casos
para os defensores mas depois não recebem o retorno de para onde o caso
foi encaminhado ou se foi deferido.
No telefonema já mencionado anteriormente, a trabalhadora relatou
que não recebem a devolutiva dos defensores, mas como por exemplo
atendem a mesma mulher grávida e mais tarde lactante conseguem saber
que grande parte dos pedidos são indeferidos. Se houvessem mais
Defensores, haveria menos sobrecarga e possivelmente poderia ser feito um
serviço mais atento e cuidadoso.
Lidia também relatou a história de uma mulher que conseguiu
extensão de amamentação, depois teve dois pedidos negados, um de prisão
domiciliar e outro para conseguir liberdade. Ela escreveu então uma carta,
em qual relatava sua história detalhadamente, de próprio punho e enviou
direto para a(o) Juiz(a); que a atendeu prontamente. Um caso de sucesso
mas que evidencia o funcionamento falho, impreciso e imprevisível do nosso
sistema jurídico que ora nega o pedido ora aceita.
Outro ponto importante que necessita de melhoras urgentes é a
comunicação entre o andamento dos processos e as presas, muitas não
recebem informação - ou não as compreendem - o que gera desinformação e
menos busca por direitos, por exemplo, há diversos casos que elas contam
que o "pedido está parado" quando na verdade já foi indeferido. Essa
desinformação a que elas são abandonadas é de muita violência. O Mães em
Cárcere se propõe a mantê-las informadas por meio de cartas, mas ainda
não é suficiente, há que aumentar a comunicação.
Em suma, há ainda muito o que ser feito e aperfeiçoado,
principalmente que o judiciário não indefira tantos pedidos. E pensando em
uma perspectiva mais ampla, deve-se caminhar para que essa política dê
assistência às demais mulheres, que a política de encarceramento seja
fortemente reformada.

2.2 Reflexões
Após a análise do projeto, é possível chegar a algumas conclusões
que em parte já foram feitas ao longo da aplicação. A política parte de bases
bem consolidadas mas ainda não está completa, precisa de melhorias,
aperfeiçoamentos e expansão. Seria muito importante principalmente que o
projeto fosse garantido por lei, que se tornasse uma política pública aplicada
em todo o país. Ao longo da análise observa-se muitas melhorias e
aperfeiçoamentos possíveis, no sentido, por exemplo, de fornecer uma
formação as agentes carcerárias; estreitar e fortalecer a relação com o
judiciário.
Quanto mais se aprofunda no tema do encarceramento e suas
conseqüências mais a luta pelo desencarceramento em massa se faz
necessária. Luta grande, que atravessa a sociedade e todas as estruturas de
poder que temos.
A pastoral lançou em 2014 a Semana pelo Desencarceramento em
Massa, que aconteceu em decorrência de uma audiência publica, novembro
de 2013, cuja proposta central aponta para a exigência de um programa de
desencarceramento que estabeleça metas claras para a redução imediata e
drástica da população prisional. E seguem basicamente as seguintes
diretrizes: suspensão de qualquer investimento em construção de novas
unidades prisionais; restrição máxima das prisões cautelares, redução de
penas e descriminalização de condutas, em especial aquelas relacionadas à
política de drogas; ampliação das garantias da execução penal e abertura do
cárcere para a sociedade; vedação absoluta da privatização do sistema
prisional; combate à tortura e desmilitarização das polícias e da gestão
pública.
Para além das reflexões já realizadas, parece-me importante concluir a
análise pontuando de maneira mais ampla sobre ter o desencarceramento
como norteador de qualquer reforma (ou criação) de política pública para a
população carcerária. Porque qualquer reforma e aperfeiçoamento não será
suficiente se partimos do pressuposto que a existência das penitenciarias em
si já tornam impossível a execução de qualquer justiça.

3. Conclusões
3.1 Relação da política com a Justiça de Gênero
De maneira ampla o Mães em Cárcere se relaciona à Justiça de
Gênero por atuar na redução das desigualdades. Ao meu ver, uma das
conseqüências mais importantes dessa política é a mudanças social de
paradigmas que ela enfrenta, aos poucos logra evidenciar e mudar a
representação das mulheres encarceradas. É possível acompanhar como
nas mídias cada vez mais vemos as mulheres aparecendo como pessoas
que tem direitos. Por exemplo, esse ano foi sancionada (finalmente) a lei (Nº
13.434. 2017) que proíbe as mulheres de serem algemadas durante o parto.
A criação dessa lei evidencia a dimensão da questão que estamos lidando.
Estarrecedor, primeiro, que essa lei seja necessária, e, depois, que tenha
demorado tanto para ser elaborada.
Para diminuir a brecha de desigualdade é necessário enfrentar as
normas e padrões culturais que atribuem as mulheres um status inferior na
interação social. No caso das mulheres encarceradas há um status inferior
duplicado, porque além de mulheres elas são encarceradas. Muitas também
são pobres, pretas e mães solteiras. Nelas convergem muitos estigmas
sociais, o que apenas reforça a importância e a potência do Mães em
Cárcere que se propõe a trabalhar em tema tão central e nevrálgico da nossa
sociedade.
Concluímos que a política em questão representa claramente um
avanço na garantia da autonomia física das mulheres. Entretanto, é preciso
analisar e aperfeiçoar o projeto a fim seguir avançando em favor dos
objetivos de justiça de gênero - até quando ainda for necessário.
3.2 Outras conclusões
O projeto em questão se propõe a uma parceria entre os sistemas de
cuidado do estado, o jurídico, os centros da infância, centros de saúde,
assistência social, etc. Entretanto o que observamos é que essa estrutura,
aparentemente muito mais razoável, sofre dificuldades para sair do papel.
Mães em Cárcere nos aponta um caminho a se seguir, uma direção
para onde as políticas públicas poderiam caminhar. Faltam políticas públicas,
muitas políticas públicas, para as mulheres em privação de liberdade. Os
avanços são passos pequenos, frutos de muita batalha e luta, e ainda por
cima, sabe-se que não estão assegurados, como vivemos agora na cidade
de São Paulo, com diversos centros importantes de atendimentos a mulheres
sendo fechados ou desassistidos; e em nível nacional com o desmanche da
Secretaria da Mulher.
O encarceramento aumenta com a insegurança e intolerância que
acompanhamos no cenário nacional. Hoje, e principalmente hoje, essa luta
se faz ainda mais importante. É necessário desconstruir o imaginário do
nosso sistema carcerário, veicular os dados que evidenciam o quanto ele é
falacioso e não está realmente a serviço da segurança pública, que não visa
diminuir a criminalidade como é vendido. E digo "vendido" sim, por ter se
tornado um mercado de vidas. Nesse sentido a criminologia crítica precisa
ganhar mais visibilidade. Impossível discutir esse tema sem conjuntamente
ampliar e difundir urgentemente a discussão sobre a fatídica Guerra as
Drogas.
O Brasil carece (muito) de políticas de qualidade voltadas ás mulheres
encarceradas, sejam mães ou não. Temos hoje em dia o Programa Pró
Egresso (2009) que vem se mostrando falho, e Egresso e Família (2003) que
se propõe a auxiliar a reinserção social dos egressos e egressas.
É importante fortalecer o estado como responsável dessas ações;
acompanhamos o crescimento das demandas da Defensoria, entretanto
esses cuidados não deveriam ser centralizados em apenas um órgão
estadual. Existem os equipamentos municipais que poderiam ser fortalecidos,
incentivados e cobrados a se responsabilizar mais e trabalhar com as
demandas da área criminal. Além de que a centralização da Defensoria
causa a sobrecarga, que gera menos qualidade no acompanhamento dos
casos.
No gráfico abaixo (2016) pode-se observar como ainda é alta a
quantidade de destituição familiar. Dados alarmantes.

O fato de serem mulheres encarceradas que são mães aparece como


um dado que ora joga a favor das mulheres e ora contra. Ao mesmo tempo
que observa-se uma maior aceitação social por se tratar de uma política que
visa benfeitoras aos bebês, quando se analisa os dados de destituição
familiar percebe-se que essa empatia somada a preconceitos colabora para
que a cultura de destituição familiar siga tão recorrente. Se tornando um
desafio lutar contra os preconceitos e estigmas e conseguir comprovar a
imprescindibilidade da mãe para a criança.
Nesse sentido há resistência em diversas esferas, por exemplo, uma
pequena e grande luta por parte dos juízes em não informar nos processos
criminais quando tem um processo de infância (acolhimento, por exemplo)
correndo em relação aos filhos das mulheres. São posturas como essas que
impedem que o Mães em Cárcere tenha ainda mais sucesso.
Conclui-se que o encarceramento em massa se trata de um desastre
social produzido e sustentando pelo judiciário e pela cultura vigente. E o
encarceramento materno gera um agravamento de problemas sociais já
existentes; que deve ser urgentemente combatido com a ampliação e
elaboração de políticas públicas.

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