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Questão 2
Questão 3
Na teoria clássica, as decisões de investimento parecem ser automáticas, basta que seu custo
diminua e que os fatores de produção estejam disponíveis para que o investimento se realize,
kalecki combate essa ideia argumentando que a decisão de investir não é automática e é
levada em consideração do risco crescente, que se eleva com o aporte de capital em posse dos
agentes econômicos.
"Para Kalecki, o investimento em capital fixo privado numa economia capitalista desenvolvida
é determinado pela poupança dos capitalistas, pela diferença entre investimento efetivo e
necessário e pela influência direta do progresso tecnológico."
Para o autor a renda bruta ou produto bruto, Yt′, é completamente determinada pelo
investimento, It – ω.
a renda bruta, Yt , se desloca até um ponto em que os lucros sobre ela, determinados pelos
“fatores de distribuição”, correspondem ao nível de investimento It – ω. O papel dos “fatores
de distribuição” é assim o de determinar a renda ou o produto com base nos lucros, que por
sua vez são determinados pelo investimento.
∆Pt = ∆It – ω
1−𝑞
uma elevação dos lucros em ∆P provoca uma elevação da renda bruta ou produto em
∆𝑃𝑡
∆Yt =
1−α
Ou
∆lt – ω
∆Yt = (1 – α) (1 – q)
Deve-se lembrar que q é o coeficiente que indica a parte de ∆P, o incremento dos lucros, que
será dedicada ao consumo; e que α é o coeficiente que indica a parte de ∆Y, o incremento da
renda bruta, que vai para salários e ordenados. Tanto 1 – q como 1 – α são < 1, de modo que
∆Yt > ∆It – ω. Em outras palavras, a renda bruta ou produto aumenta mais que o investimento,
devido ao efeito da elevação do investimento sobre o consumo dos capitalistas (fator 1/1 – q )
e sobre a renda dos trabalhadores (fator 1/1 – α ). Uma vez que aqui se supõe que o consumo
dos trabalhadores seja igual à sua renda, isso quer dizer que a renda aumenta mais que o
investimento, devido à influência do aumento do investimento sobre o consumo dos
capitalistas e dos trabalhadores. Durante a depressão, a queda do investimento também
motiva uma redução do consumo, de modo que a queda do nível de emprego é maior do que
a que se origina diretamente da contração da atividade investidora.