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RESUMO
Ouvir uma boa música sempre foi uma atividade que encanta o ser humano em
qualquer parte da Terra, mesmo nas culturas mais radicais, religiosamente falando,
existe sempre música mesmo que na forma de cânticos religiosos. Porém raramente
alguém ao ouvir uma música fará a ligação entre essa melodia e a física necessária para
entender a propagação do som, a análise das propriedades das ondas que se permite a
obtenção dos sons musicais. Neste trabalho serão apresentados e discutidos detalhes dos
processos físicos ligados a produção dos sons musicais. No projeto
EXPERIMENTOTECA DE FÍSICA, procura-se mostrar que para se entender
fenômenos físicos nem sempre é necessário equipamentos caros e sofisticados, muito
pelo contrário, é necessário apenas boa vontade e curiosidade para se elaborar
experimentos acessíveis a todos que produzam o mesmo efeito. Neste trabalho é
mostrado que utilizando tubos de PVC, em comprimentos bem definidos de modo a se
obter as freqüências necessárias para se criar uma escala musical, pode se facilmente
construir um TUBOFONE, assim, produzir sons musicais. Faz-se isto através do
conhecimento de um pouco da teoria ondulatória ligada a área da física conhecida por
acústica e será discutido o processo de percepção do som a partir das suas propriedades
físicas, e considerando a forma de como um som se propaga, e absorvido, atenuado e
transmitido através de um meio material. Usando estes conhecimentos serão mostrados
detalhes de como um som é produzido nos diferentes instrumentos musicais e porque
estes detalhes levam às diferenças nos sons obtidos por instrumentos diferentes e
também de um som qualquer produzido na natureza.
1. INTRODUÇÃO
2. NOTAS MUSICAIS
instrumentos musicais podem produzir tons dentro de um intervalo muito maior do que
o da voz humana. O ouvido humano, porém só percebe sons cuja freqüência se limita ao
intervalo entre 20 e 20000 Hz, porém pode ocorrer variações nesses números
dependendo da idade de uma pessoa.
Cada nota musical é caracterizada por uma freqüência de vibração que se
encontra dentro do intervalo perceptível pelo ouvido humano. Uma melodia é composta
por diferentes formas de combinações, de uma seqüência de notas musicais dentro de
intervalo pré-determinados. O intervalo representa uma relação entre as freqüências de
duas notas musicais, porém uma nota musical emitida por diferentes instrumentos
(fontes) pode ter uma mesma freqüência e produzir sons diferentes. A parte da física que
estuda todas as peculiaridades e características dos fenômenos sonoros em geral é a
acústica e a teoria da propagação das ondas.
Mas o ser humano reage de forma diferente, dependendo do som, mas porque
isso ocorre? A resposta é que a nossa reação relaciona-se à freqüência de vibração do
tímpano pela onda que adentrou o canal auditivo. E essa reação não ocorre apenas às
chamadas notas puras (modo fundamental), mas também para os outros modos
superiores de um som.
3. TUBOS SONOROS
4 - TUBOFONE
O tubofone (ou chinelotron), que ao ser tocados com a palma da mão ou com
chinelos, se comportam como tubos fechados (um extremo aberto e outro fechado).
Neste caso temos as duas extremidades do tubo abertas, porém ao espalmar ou chinelar
a extremidade do tubo a onda encontra um meio diferente (devido à diferença de
temperatura, pressão, densidade) de forma a sofrer reflexão e refração. A onda refletida
retorna e pode formar, com a incidente, uma onda estacionária, emitindo, assim, um
som de maior intensidade. O tubo pode formar um número n inteiro e positivo de nós.
Quando se formar no tubo um único nó, temos a onda estacionária de menor freqüência
possível, denominada de primeiro harmônico ou freqüência fundamental, com dois nós
tem-se o segundo harmônico e assim sucessivamente.
f
A velocidade do som não irá mudar significativamente a menos que você altere
drasticamente a temperatura do ar no interior do tubo ou substitua o ar por outros
gases. Pelo dito, parece-nos mais simples alterar a altura do som fundamental
produzido através da mudança do comprimento de onda. Os comprimentos de ondas
que interessam (n) podem ser selecionados através do conveniente comprimento do
tubo sonoro (Ln).
L = (v/4f) - ( ¼ dint),
Agora, tudo que precisamos saber são as freqüências das notas que pretendemos
tocar. Há muitas escalas que podem ser escolhidas, cada uma delas com seu "sabor
cultural". Adotaremos aqui, pela cultura ocidental, a escala em C maior, cujas
freqüências estão baseadas na escala cromática "bem temperada" de Bach. Eis a
fórmula:
f1 = fo [ 21/12]número do intervalo
Como um exemplo:
e a escala musical é:
Nota Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
musicais
Intervalo f 9f 5f 4f 3f 5f 15 f 2f
8 4 3 2 2 8
128 133,3 144 150 160 170,6 177,7 192 200 213,3 222,2 240 256
Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz
Hz Hz
65,7 63,1 58,3 55,9 52,3 49 47 43,4 41,6 38,9 37,3 34,5 32,2
cm cm cm cm cm cm cm cm cm cm cm cm cm
9
MONTAGEM
Limpe bem os tubos, retire qualquer eventual rebarba, e passe à fase de pintura.
Um tubo de cada cor facilitará o "regente da orquestra" na sala de aula. Os tubos
também poderão ser etiquetados indicando nome da nota, freqüência, comprimento
com correção. Tome cuidado com os extremos dos tubos, pois se não forem bem
lixados podem ferir as palmas das mãos.